Associação Brasileira do Aço Inoxidável Set./Dezembro de 2014
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ENTREVISTA Dois artistas, uma sentença: o inox
APLICAÇÃO aeroporto INTERNACIONAL DE sÃO PAULO esbanja inox
GUIA
Uma viagem por cidades onde o inox é a estrela principal
sumário
entrevista ........................................................ 6
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Artistas do inox Ana Paulo Castro e Gilmar Pinna, apesar dos diferentes estilos artísticos, contam em suas entrevistas como exploram o inox para imprimir seus trabalhos. Ana usa o metal há quase 20 anos em projetos de decoração. Já, Gilmar, utiliza o inox há 43 anos em esculturas exuberantes.
Foto: Marcelo Scandaroli
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guia do inox ................... 10
Tour pelo mundo Como um especial de “férias” a Revista Inox preparou um roteiro de grandes obras que se destacam por seu brilho, onde a estrela principal é o inox. Selecionamos desde arenas esportivas a obras arquitetônicas. Aproveite!
Surpresa do começo ao fim Nesta edição de fim de ano resolvemos dar um presente aos associados e leitores. Uma viagem ao mundo do inox! E para isso fizemos uma seleção das obras mais marcantes no mundo e que brilham aos nossos olhares, uma espécie de “Guia turístico pelo inox”. Com certeza deve ter faltado uma ou outra obra, mas o que vocês vão ver é um pouco da magnitude deste metal valioso e que surpreende quem o admira. Já que estamos iniciando uma viagem, você terá uma surpresa na matéria Aplicação, que vai mostrar o novo layout do terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, que usou o inox na maioria das peças de mobiliário nas áreas de check-in. Na Entrevista, conversamos com dois artistas de estilos diferenciados mas que buscam no inox um universo de opções para imprimirem seus trabalhos, são eles, Ana Paula Castro que domina a técnica principalmente em suas peças de decoração e Gilmar Pinna que usa
o inox para eternizar suas esculturas enormes nos espaços urbanos. Para quem gosta de artigos mais técnicos abordamos nesta edição quais os requisitos de desempenho e estética devem ser balanceados contra considerações de orçamento para a melhor relação custo-benefício do inox em aplicações arquiteturais, uma análise de Julio Cesar Di Cunto, engenheiro de aplicações, da Aperam South America. Para finalizar, trouxemos em Tecnologia um padrão de instalações que já está mudando o visual dos parques industriais no Brasil. São as coberturas e fachadas das edificações que passaram a utilizar as telhas de aço inoxidável que elevam a construção a um alto padrão de beleza e conforto térmico. Boa leitura e um ótimo 2015! Paulo Ricardo C. Andrade, diretor executivo da Abinox
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Mobiliário de aeroporto Especificação do inox em diversas áreas do novo terminal 3, do Aeroporto Internacional de São Paulo, levou em conta a grande resistência, durabilidade e facilidade de limpeza e manutenção do metal.
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artigo............................................................. 22 O inox na arquitetura Julio Cesar Di Cunto, engenheiro de aplicações, da Aperam South America, avalia os diversos requisitos de desempenho e estética que devem ser balanceados contra considerações de orçamento para a melhor relação custobenefício do aço inox, em aplicações arquiteturais.
notícias inox......................................... 29 tecnologia .............................................................. 20
Galpões industriais Complexos industriais ou centros de logística e distribuição no Brasil adotam nas coberturas e fechamentos o aço inox. Como é o caso da unidade de serviços e logística, da Aperam Serviços, em Campinas, que foi totalmente revestida em aço inox.
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Confira as feiras e conferências da agenda 2015 em que a Abinox estará presente e os eventos que a entidade participou nestes últimos meses. Falmec ganha Prêmio Top of Mind. Abinox encerra atividades com almoço de confraternização.
Publicação da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – ABINOX Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1234 – conjunto 141 – CEP 01451-913 São Paulo-SP – Telefone (11) 3813-0969 – Fax (11) 3813-1064 abinox@abinox.org.br; www.abinox.org.br Conselho Editorial: Paulo Ricardo Coelho de Andrade, Roberto Guida, Debora Sesti e Liliana Goldstein Coordenação: Paulo Ricardo C. Andrade (diretor executivo) Circulação/distribuição: Liliana Goldstein Edição e redação: Ateliê de Textos – Assessoria de Comunicação Rua Dr. Alberto Seabra, 1010, Conj. 12, Alto de Pinheiros, São Paulo-SP, telefone (11) 3675-0809; atelie@ateliedetextos.com.br; www.ateliedetextos.com.br
Diretora de redação e jornalista responsável: Alzira Hisgail (MTb 12326) Repórteres: Adilson Melendez, Eduardo Gomes e Gabriela Calencautcy Comercialização: Abinox, com Liliana Goldstein tel. (11) 3813-0969 ou abinox@abinox.org.br Capa: foto Allianz Parque, de Thiago Fatichi. Edição de arte/diagramação: Vinicius Gomes Rocha (Act Design Gráfico) Impressão: Pauligrafi A reprodução de textos é livre, desde que citada a fonte.
entrevista Fotos: Divulgação
As possibilidades estéticas e plásticas do inox vêm atraindo artistas de diferentes expressões e estilos. Na entrevista, trouxemos dois nomes que há décadas descobriram no metal um universo de opções para imprimir seus trabalhos. Ana Paula Castro cultiva a natureza como raiz de sua inspiração, são traços
As várias facetas do inox
Ana Paula Castro explora as possibilidades do inox, como epsessura e maleabilidade para dar formas aos seus objetos
Em que momento vocês incorporaram o aço inox em suas obras? Ana Paula Castro: Há quase 20 anos uso o inox. Gilmar Pinna: Incorporei o metal em minhas obras assim que parei com a escultura em areia da praia, há 43 anos. Já, o inox, uso há 38 anos, após um tempo trabalhando com o cobre e o ferro. De uma forma geral os artistas estão interessados nas possibilidades plásticas e estéticas do material, foi isso que aconteceu com vocês? AC: É um material que me traz várias possibilida-
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des por ter diversidade de espessura e ser maleável para dobras e formas. O aço inox é um material versátil e durável. A obra de arte precisa ser durável e o aço inox é um material que eterniza meu trabalho. GP: Há muito tempo pesquiso todos os tipos de metais, tais como o cobre, o bronze, o alumínio, o ferro e o aço. Mas o inox é o meu favorito, pela beleza e durabilidade. Aliás, sou um dos pioneiros neste material em relação a escultura. É mais fácil trabalhar com o inox? AC: Posso dizer que é um material mais maleável.
e perspectivas de rara beleza. Já Gilmar Pinna, como definiu o crítico de arte Luiz Ernesto Kawall, “sua arte escultórea é repleta de formas e estruturas diferentes, cuja elaboração necessita de ousadia dinâmica e muita força interior. É uma arte feita com alma, coração e muito esforço físico”.
nas artes
GP: É mais fácil de cortar o inox, mais limpo e mais maleável. Não polui como outros materiais. Quais as qualidades do metal nas artes plásticas. É mais contemporâneo? GP: É muito moderno. O inox transcende todo tipo de material. Vocês trabalham com chapas virgens e sucatas? AC: Já fiz algumas experiências com sucatas mas, na maioria das vezes, utilizo a chapa virgem. GP: Trabalho com chapas novas direto da usina e, também, com sucatas de inox, pois inox é sempre
inox, não existe “sucata”. Quais as vantagens da especificação do aço inox em seus projetos? GP: Levar ao povo uma arte feita por um artista escultor e um material criado pelo homem que é o aço inox. Em quais obras de arte já utilizaram o inox, só em esculturas e objetos ou, também, em outras expressões? AC: Uso aço inox em vários momentos, tanto nas esculturas quanto nos painéis de parede.
Gilmar Pinna trabalha o inox em esculturas de grandes dimensões. Acima, destaque para Os Ciclistas, A Família e o Busto dos Jogadores
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Acima, com temas inspirados na natureza, Ana Paula Castro desenvolve objetos de design, de painéis de parede a fruteiras Ao lado, obra de Pinna intitulada “Cavaleiro Fiel” instalada na entrada do Aeroporto Internacional de São Paulo
GP: Já utilizei nas esculturas, em painéis, móveis e portais. Agora utilizo o inox em tudo. Qual a relação entre suas obras em inox e a temática? AC: Meu processo criativo se inicia com a ideia. Depois de desenvolver o conceito da peça é que avalio qual matéria-prima se encaixa melhor dentro da produção. O aço inox está muito presente nos meus trabalhos por seus atributos. GP: A temática é transcender a expectativa popular. Quando há corte em suas peças, como ele é reali8 INOX • SETEMBRO/DEZEMBRO 2014
zado? Usam o polimento ou o aço inox polido? AC: As duas formas. O corte às vezes é manual e, às vezes, a laser. GP: Uso a própria máquina de solda. Quais as virtudes do inox além de ser um material nobre e que pode ficar exposto à intempéries? GP:. O aço inox é perene, uma arte sobre arte, é simples já que o produto é uma arte. Quais são suas obras de mais destaque e onde estão instaladas? AC: Tenho obras no Brasil e no exterior. Considero todas especiais. GP: Tenho algumas obras em destaque, mas a última é sempre a que posso destacar. Inclusive, foi a Aperam South America que me apoiou com o que precisava fornecendo o aço inox. Juntos realizamos a obra “Cavaleiro Fiel”, que está na entrada do Aeroporto Internacional de São Paulo. É uma obra inteira em aço inox, com 26 m de altura. Foram utilizadas 60 toneladas de chapa de inox e mais 20 toneladas nas obras dos Bustos dos Jogadores. Já desenvolveu algum projeto para a Aperam South America? AC: Uma escultura de parede em forma de mapa mundi trabalhada em aço inox 2mm. Está desenvolvendo algum projeto com aço inox que já pode ser divulgado? AC: Estou em contínuo processo criativo, há sempre novos projetos. Qual seu projeto futuro? Sabemos que tem um sonho pela frente, conte um pouco. GP: Estou começando uma obra com aproximadamente 50m de altura. É um novo desafio para qualquer ser humano, principalmente um escultor brasileiro. Será o maior Cristo do mundo, uma escultura, com muito movimento, não uma estátua.
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guia
Peixe Olímpico Local: Barcelona - Espanha Projeto: Frank Gehry Escultura feita para as Olimpíadas de 1992, em frente ao porto olímpico, se tornou o ícone da cidade. A obra foi fabricada com aço inox na cor bronze montada sob estrutura metálica, que muda de aspecto a partir da luz do sol remetendo ao efeito das escamas do peixe.
Um guia turístico pelo inox
Petronas Twin Towers Local: Kuala Lumpur - Malásia Projeto: Cesar Pelli & Associados A obra Petronas Twin Towers é uma mega estrutura, com uma arquitetura em estilo pós-moderno, baseada em formas geométricas islâmicas simples de dois quadrados entrelaçados que criam uma forma de estrelas de oito pontas. Sua fachada é composta por 65 mil m² de aço inoxidável e alumínio.
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A Revista Inox preparou para nosso leitor um passeio surpreendente por diversos pontos turísticos do planeta, onde o aço inox é a estrela principal. Contemplamos desde arenas esportivas, museus, monumentos a edifícios e obras arquitetônicas. Com certeza em alguma dessas localidades você um dia já passou ou terá a oportunidade de visitar. Boa viagem!
Humberto Gontijo
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Floralis genetica Local: Buenos Aires - Argentina Projeto: Eduardo Catalano A Floralis genetica é uma escultura metálica feita de aço inoxidável com esqueleto de alumínio, com uma altura de 23 de metros pesando 18 toneladas. Uma das curiosidades desta escultura é que ela possui um sistema elétrico que abre e fecha automaticamente, dependendo da hora do dia. De dia ela abre e, de noite, se fecha.
Local: Belo Horizonte-MG Projeto: Humberto Gontijo Complexo urbano une entretenimento, gastronomia com ambientes culturais e comerciais diversificados. Uma das grandes atrações do local é uma torre, de quase 80 metros de altura, totalmente revestida por painéis de aço inox, se destacando na paisagem da cidade.
Pedro Motta
Local: Paulínia-SP Projeto: Ruy Ohtake Apelidada de Maquetário, o Pavilhão de Exposições é revestido externamente com chapa de inox, está instalado no centro de Paulínia. A escolha pelo inox se deu, segundo o arquiteto, por ser um material extremamente contemporâneo, além de flexivel, ou seja, se adequa tanto a desenhos simples como formas mais elaboradas.
Abinox
Maquetário
AltaVila Center Class
Narcissus Garden Local: Instituto Cultural Inhotim - Brumadinho- MG Projeto: Yayoi Kusama A obra, primeira existente no Brasil, é composta por quinhentas esferas brilhantes de aço inoxidável que formam um grande espelho convexo que distorcem, fragmentam e multiplicam a imagem de quem a contempla.
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The Lou Ruvo Center
Edo Rocha Arquiteturas
Divulgação: Aperam South America
Local: Las Vegas - EUA Projeto: Frank Gehry Centro de pesquisas, The Lou Ruvo Center, é um edifício nada convencional formado por dois prédios, que se tornou um marco da cidade. O projeto arquitetônico de uma das edificações é em formato de folhas contorcidas em aço inoxidável, que se mesclam, dando vida e identidade para o prédio.
Escultura Reach
Allianz Parque
Divulgação Gilmar Pinna
Local: São Paulo-SP Projeto: Edo Rocha Arquiteturas O Allianz Parque é o primeiro estádio a receber revestimento de aço inox. Utilizado na fachada externa, este material funciona muito melhor no isolamento acústico, ideal para este tipo de projeto. O novo estádio é uma das atrações dos moradores e frequentadores da zona oeste de São Paulo.
Local: Jataí-GO Projeto: Dror Benshetrit Essa escultura possui 5 metros de altura e 1,5 tonelada de aço inox. A obra lembra uma enorme escada a céu aberto a fim de inspirar a criatividade das crianças, por isso foi doada para a “Casa da Criança Amor & Arte”, centro de arte educacional e esportivo na qual realiza trabalhos sociais com crianças.
Multiplicação Local: Ilha Bela-SP Projeto: Gilmar Pinna Localizada na orla da praia do Itaguaçu, a obra tem 10 metros de altura. Os diversos peixes esculpidos em ferro e aço inox simbolizam a passagem bíblica da multiplicação dos peixes. Gilmar é reconhecido internacionalmente por suas obras expostas em praças públicas da Itália, Suíça, Espanha e Portugal, utilizando sempre os mesmos materiais.
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Fotolia
Monte de San Pedro
Adriano Azevedo
André Brasco Moreno
Local: La Corunã - Espanha Projeto: Narón Ártabro Samdeu O elevador panorâmico Monte de San Pedro pode ser visto como uma esfera com a superfície envidraçada. Com o formato esférico é possível ter uma vista privilegiada da paisagem da região a partir do Monte. A estrutura metálica interna é toda construída em aço inoxidável.
São José
Local: Santos-SP Projeto: Prefeitura de Santos As modernas passarelas chamam atenção pelo design de suas grades de proteção, confeccionadas em aço inox, sobre os canais na orla marítima de Santos. A resistência à corrosão foi um dos fatores primordiais na escolha do material, tendo em vista que Santos tem um clima mais úmido.
Roger Frei
Passarela Canal 6
Local: Ribeirão Pires-SP Projeto: Lúcio Bittencourt A obra, intitulada com o nome do padroeiro da cidade, ficou muito conhecida em Ribeirão Pires por inovar. A escultura é feita em aparas de inox e está instalada na entrada da cidade.
City Garden Hotel Local: Zug - Suíça Projeto: Daniel Niggli e Mathias Müller (Escritório EM2N) Com um design atraente, o City Garden Hotel se destaca, em meio à paisagem verde exuberante, por sua fachada tridimensional coberta de painéis de aço inox.
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International Polar Foundation - René Robert
Estação polar Princess Elisabeth
Burj Khalifa Bin Zayid Local: Dubai - Emirados Árabes Unidos Projeto: Adrian Smith Com 15.500 m² de aço inoxidável gravado, o edifício faz parte de um complexo com empreendimento comercial e residencial, dispõe de mais de mil apartamentos, escritórios e um luxuoso hotel.
Acervo Vigliecca & Associados
photoeverywhere.com
Local: Antártica Projeto: International Polar Foundation A obra é a primeira base polar que combina materiais de construção ecologicamente corretos, uso de energia limpa e eficiente e a otimização do consumo de energia. A camada exterior é feita de aço inoxidável, escolhido por ser resistente às extremas condições do ambiente, temperatura baixa e ventos fortes.
Arco La Défense Local: Paris - França Projeto: Johann Otto von Spreckelsen O Arco La Défense, um dos destaques turísticos de Paris, utiliza na estrutura dos seus elevadores aço inoxidável, por ser apropriado para aplicações estruturais e que não agride o meio ambiente. Esta obra possui 110 metros de altura e 30 mil toneladas.
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Arena Castelão Obra: Plácido Aderaldo Castelo Branco Local: Fortaleza-CE Projeto: Vigliecca & Associados A durabilidade proporcionada pelo material e a aparência moderna foram fatores determinantes para o uso do aço inoxidável na fachada da Arena Castelão. Além disso, o material, resistente à corrosão, vai de encontro ao clima úmido de Fortaleza.
Divulgação: Carbondale
Rafael Viñoli Architects
David L. Lawrence Convention Center Local: Pittsburgh - Pensilvânia Projeto: Rafael Viñoly Considerado como um dos maiores Centros de Convenções do Mundo e importante símbolo de Pittsburgh, o edifício utiliza em sua cobertura aço inoxidável. A escolha do metal se deu devido as qualidades estéticas, como durabilidade e baixa manutenção, e remete ao legado de Pittsburgh – forte centro produtor de aço do mundo.
Loja Tiffany
flashdeviagem.wordpress.com
Divulgação: Edo Rocha Arquiteturas
Local: Tóquio - Japão Projeto: Eric Carlson e Pierre Tortrat (Carbondale) Com a nova loja da Tiffany & Co no edifício Standard Office, o prédio renovou a sua fachada com elementos arquitetônicos. Foram usados painéis de aço inoxidável e vidros especiais, que ficaram sobrepostos à fachada já existente, com o objetivo de unir a característica do prédio com a identidade da grife.
Prédio da Vivo Local: São Paulo-SP Projeto: Edo Rocha Arquiteturas Marco na cidade de São Paulo, a sede da Vivo possui 105 metros de altura. Na fachada foi utilizado dois diferentes acabamentos de aço inoxidável: o polido nos painéis curvos e o inox lixado nos painéis planos, que criam um contraste na fachada.
Atomium Local: Bruxelas - Bélgica Projeto: André e Jean Polak Formada por 9 esferas gigantes de aço inoxidável que dão o brilho à obra e quando se juntam formam um enorme cristal de ferro, o Atomium é um dos pontos mais atraentes de Bruxelas.
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Divulgação: Aperam South America
Walt Disney Concert Hall Cidade: Los Angeles – EUA Projeto: Frank Gehry Sede da Orquestra Filantrópica, Walt Disney Concert Hall é um espaço inovador com 18 mil m², no qual as paredes exteriores são revestidas com painéis de aço inoxidável composta por superfícies côncavas e convexas ondulantes, remetendo a uma escultura. O local comporta até 2.275 pessoas.
Beekman Tower
Divulgação: Aperam South America
Divulgação: Aperam South America
Cidade: Nova Iorque, EUA Projeto: Frank Gehry Edifício residencial com um design clássico e inovador, utilizou em sua fachada painéis ondulantes de aço inoxidável revestindo toda a sua estrutura.
Vinícola Irius Local: Barbastro - Espanha Projeto: Jesús Marino Pascual Além de apresentar uma arquitetura surpreendente, a vinícola Irius - que produz vinhos brancos e tintos - conta com tanques em aço inoxidável, que permite que não haja nenhuma influência na bebida, além de preservar as características frutadas da variedade da cepa.
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Cloud Gate Cidade: Millennium Park – Chicago – EUA Projeto: Anish Kapoor Símbolo de Chicago, a escultura, apelidada The Bean, pois remete a forma de um feijão, é composta por 168 placas de aço inoxidável e o seu exterior é completamente polido. A obra reflete e distorce toda a linha horizontal da cidade de Chicago e o céu.
Regie der Gebouwen / Everaert Anne
Euroinox
Universal Science Center
Local: Antuérpia – Bélgica Projeto: Richard Rogers Partnership Situado na Praça Bolivar, na Bélgica, passou por um processo de modernização e utilizou em seus revestimentos bandas de inox. Após a reforma, a obra passou a ser um ponto turístico da região.
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Marcelo Scandaroli
Local: Bremen - Alemanha Projeto: Bremen Thomas Klumpp Em formato que remete a uma espécie de concha, o prédio apresenta fachada e cobertura em inox. No local, crianças, adolescentes e adultos podem fazer uma viagem emocionante aos reinos fantásticos da humanidade, terra e cosmos, através de exposições interativas.
Palácio de Justiça de Antuérpia
Estação Butantã Local: São Paulo-SP Projeto: Marc Duwe, Arno Hadlich e Eduardo Velo (Tetra Projetos) O uso do aço inox na nova estação Butantã é uma das novidades arquitetônicas dessa e das demais estações da linha Amarela do Metrô de São Paulo, devido as suas vantagens como a durabilidade, resistência a riscos e facilidade na manutenção.
Chrysler Building Local: Nova Iorque - EUA Projeto: William Van Alen Um dos prédios mais surpreendentes de Nova Iorque, o Chrysler Building possui 77 andares e no topo foi construído uma espiral de aço inoxidável com arcos brilhantes e janelas triangulares vazadas, que remete ao radiador de um automóvel, por se tratar na época da sede da Chrysler Corporation. O prédio é hoje um ponto turístico da cidade.
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Fotos: Móveis Sular
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EM GUARULHOS, INOX ACOMPANHA a primeira quinzena de outubro, a GRU Airport, concessionária responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de São Paulo (cujo nome oficial é Aeroporto Governador André Franco Montoro) anunciou que todos os voos internacionais teriam suas operações centralizadas no terminal 3, encerrando o processo de transferência, iniciado no primeiro semestre, quando foi inaugurado o mais recente edifício do aeroporto. Na mesma ocasião, a concessionária informou também que, até o final do ano, o total de passageiros atendidos no novo terminal alcançaria 10 milhões. O número é expressivo, porém, ainda abaixo da capacidade do terminal que numa primeira etapa é capaz de atender até 12 milhões de pessoas, de acordo com a concessionária. No TPS 3, como é chamado o edifício, os números são quase sempre superlativos: o prédio tem área construída de 192 mil m2, distribuída em dois blocos, cada um com cinco níveis. Um dos blocos é reservado 18 INOX • SETEMBRO/DEZEMBRO 2014
à recepção e processamento de passageiros – nele estão as área de check-in, raio X, controle de passaporte, alfândega e restituição de bagagens; o outro é o píer de acesso às aeronaves, que conta com 20 pontes de embarque. CONTATO DIRETO COM USUÁRIOS Ainda de acordo com a GRU Airport, as tecnologias instaladas no TPS3 tornou mais ágil o fluxo de passageiros em Guarulhos – uma dessas tecnologias está embutida nos totens de autoatendimento para check-in, que são capazes de imprimir o bilhete de embarque e as etiquetas de bagagem. Há também três ilhas com balcões de check-in (cada uma delas com trinta posições) e, para os passageiros em conexões, existem outros 18 balcões para fazer essas operações. É nesse setor do TPS3 que o aço inoxidável se aproxima mais diretamente dos milhões de passageiros que partem ou chegam ao país nesse aeroporto. “O aço inoxidável está presente na maioria dos balcões do aeroporto como
nas áreas de check-in, embarque/desembarque, controle de passaportes, informações, e bagagens extraviadas, entre outras áreas”, informa Jair Biagio Canevese, diretor da Móveis Sular, empresa sediada em Caxias do Sul que fabricou boa parte das peças do mobiliário utilizadas no novo terminal. A especificação do inox partiu do escritório Paula Souza Arquitetura, de São Paulo, principalmente em função de o material proporcionar maior resistência e prolongar a vida útil dessas peças. A encomenda foi feita à Sular diretamente pela concessionária em razão de a empresa já ter fornecido, em outras ocasiões em licitações realizadas pela Infraero – empresa estatal que administra boa parte dos aeroportos brasileiros –, o mobiliário para outros terminais. Apesar das experiências acumuladas nesses fornecimentos, foi essa a primeira vez em que a Sular, por solicitação do contratante, fez uso do inox para revestir as peças na íntegra. “Havíamos utilizado o inox, porém em alguns
CHEGADAS E PARTIDAS detalhes ou componentes”, acrescenta o diretor da Sular. Para o revestimento foram empregadas chapas de 2 mm. RESISTÊNCIA NO DIA A DIA Na avaliação de Canevese, o mobiliário de aeroportos necessita de muita resistência, devido ao grande esforço que
ele é submetido no dia a dia. “Em todos os terminais do mundo, o inox vem mostrando maior durabilidade”, ele afirma, lembrando, ainda que alguns materiais – entre os quais o aço inoxidável – vêm progressivamente substituindo o MDF, granitos e mármores nessas circunstâncias. E, ainda, argumenta, “que o inox
No novo terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, o aço inox domina o mobiliário das áreas de checkin, embarque/desembarque, controle de passaportes, informações e bagagens extraviadas
além da resistência, tem maior facilidade de limpeza e proporciona excelente durabilidade ao móvel”, argumenta. Além de maior vida útil, o aspecto estético também conta no caso desse tipo de aplicação – a beleza permanece com a manutenção adequada, que é bastante simples. Com limpeza rotineira é possível manter inalteradas as características originais do móvel. “A manutenção é indicada para evitar a corrosão e os produtos recomendados são: água, sabão ou detergentes neutros. Álcool isopropílico também pode ser utilizado para remover manchas mais insistentes. Mas, em geral, o inox é um dos materiais de mais fácil conservação, alta resistência e dispensa grandes cuidados”, avalia Canevesi. A Móveis Sular atua na fabricação de peças para diversos segmentos. Conta com um dos maiores portfólios do mercado oferecendo linhas de mobiliários para escritórios, hotéis, hospitais, instituições financeiras e um sistema de divisórias de ambientes. A empresa possui moderna estrutura de engenharia que permite a prototipagem de novos projetos, proporcionando soluções específicas para cada cliente. A concepção arquitetônica do terminal 3 é da empresa austríaca ADM Airport Design Managfement e, segundo a GRU Airport, semelhante à estrutura dos aeroportos mais modernos da Ásia e da Europa. A Engecorps, empresa do Grupo Typsa, que tem origem na Espanha e é considerada uma das mais importantes corporações de engenharia consultiva do mundo, foi responsável pelo desenvolvimento do conceito inicial da edificação. A valorização da iluminação natural e a amplitude dos espaços para facilitar a circulação de pessoas em áreas chaves – como é o caso do saguão de embarque, da área de restituição de bagagens, e da alfândega – são algumas das características do projeto. SETEMBRO/DEZEMBRO 2014 • INOX 19
Foto: Aperam Serviços
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Inox na cobertura de galpões industriais
As edificações industriais passaram a fazer parte do marco visual das empresas e a terem relação direta com a sua imagem no mercado arquitetura dos complexos industriais ou centro de logística e distribuição no Brasil ao longo de sua história foi caracterizada, em sua maioria, pelo valor funcional das construções. Galpões serviam para abrigar a atividade industrial e garantir o armazenamento e distribuição da produção de bens de consumo e ponto final. Porém, este cenário vem mudando, sobretudo com a modernização dos parques industriais instalados hoje em condomínios urbanizados. As coberturas e fachadas das edificações industriais passaram a fazer parte do marco visual das empresas e terem relação direta com a sua imagem no mercado. Por isso, as telhas de aço inoxidável utilizadas com essa finalidade podem ser uma boa alternativa para o padrão industrial moderno. O uso do inox nesse tipo de instalação, por causa da gradação de cores e reflexos, pode 20 INOX • SETEMBRO/DEZEMBRO 2014
transmitir a sensação de movimento e o efeito de modernidade. Segundo Ciero Ashide, gerente de operações da Aperam Serviços, as vantagens do aço inoxidável são inúmeras para a arquitetura de galpões, entre elas, a estética, o conforto térmico, baixo custo de manutenção e limpeza. Contudo, Ashide afirma, “antes de especificar o inox com essa finalidade é necessário realizar uma análise criteriosa das influências atmosféricas locais para se obter o melhor desempenho do material”. A Aperam mantém uma unidade de produção e logística em Campinas (foto acima) que foi totalmente revestida em aço inox, desde a cobertura, fachada até os fechamentos laterais, elevando a construção a um alto padrão de beleza e conforto térmico, pois o aço reflete os raios solares e ajuda a manter amena a temperatura ambiente. O aço inoxidável se destaca pelas inú-
meras possibilidades de aplicações, podendo fazer parte de coberturas planas ou em arco com raios grandes. As chapas mais utilizadas são do tipo perfurado para sistemas de absorção acústica ou como elemento sombreador. Os aços mais utilizados são o 304, o 439 e o 430. Já as telhas podem ser as LR 25, LR100, LR33 e LR 40 de perfil trapezoidal ou ondulado com espessuras que variam entre 0,40, 0,50, 0,60 ou 0,80 mm. Utilizado normalmente em projetos especiais o inox é o material que possui a maior resistência aos agentes corrosivos presentes na atmosfera. Para Mauro Patricio, gerente comercial da Jatinox, distribuidora exclusiva de matérias primas em aço inoxidável, “o aço inox é um produto que não necessita de nenhum acabamento adicional para uso. As características naturais de beleza, higiene e alta resistência à corrosão abrem um vasto campo de aplicação no uso arquitetural, devido ao seu apelo estético”. A Jatinox também desenvolveu um tipo de telha em aço inox para cobertura de seu próprio galpão. Passou, a partir de então, a disponibilizar o produto para o mercado no perfil trapezoidal e ondulado. De acordo com Julio Cesar Di Cunto, Engenheiro de aplicações da Aperam South America, o aço inox possui uma das melhores relações custo-benefício do mercado. Segundo Di Cunto, “o investimento inicial no inox é ligeiramente superior aos materiais convencionais presentes no mercado, mas a resistência e o uso praticamente sem manutenção, leva o produto a ser a melhor opção do mercado”. Di Cunto explica ainda que o inox possui um grande potencial a ser explorado de utilização na arquitetura e que a Aperam, a Abinox e a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquietura) trabalham em parceria para ampliar ainda mais o relacionamento da cadeia produtiva do material com os arquitetos.
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AS DIVERSAS APLICAÇÕES ARQUITETURAIS DO AÇO INOX aço inoxidável é um dos materiais mais duradouros utilizados na arquitetura. No entanto, o aço inoxidável não é apenas um único material: há muitos tipos diferentes, com propriedades diversas e, o mais importante, diferentes níveis de resistência à corrosão. Se o tipo de aço inoxidável, acabamento superficial e design apropriados são selecionados e devidamente mantidos, sua aparência irá continuar praticamente inalterada ao longo da vida do edifício, mesmo que a vida seja superior a 100 anos. Por outro lado, se um aço inoxidável e /ou acabamento inapropriado são utilizados, a corrosão pode ser um problema. Embora em alguns casos ela possa não afetar consideravelmente a integridade estrutural, a corrosão pode ser esteticamente indesejável e os requisitos (e custos) de manutenção aumentarão. Introdução Em aplicações arquiteturais, requisitos de desempenho e estética devem ser balanceados contra considerações de orçamento para a melhor relação custo-benefício. A diretriz principal assume que qualquer mancha de corrosão do aço inoxidável 22 INOX • SETEMBRO/DEZEMBRO 2014
é esteticamente inaceitável, mesmo se não houver nenhuma deterioração estrutural. Identificar um aço inoxidável que cumpra com este padrão estético e seja custo-eficaz irá requerer a avaliação de 5 tópicos principais: ambiente local, clima, acabamento, design e provável cronograma de manutenção. Claramente, avaliar diretamente estes 5 tópicos pode ser complexo. Locais próximos podem ter necessidades diferentes devido a condições localizadas ou microclimas. A análise deve ser vista como uma diretriz que gera uma avaliação inicial dos requisitos de aço inoxidável; e não como uma determinação precisa e científica. 1a variável: local da obra (ambiente) Avaliação entre (com níveis relativamente crescentes de exigência para o aço a ser empregado): - Zona rural - Zona urbana (principal poluente: emissões de veículos automotivos) - Zona industrial (poluentes oriundos de indústrias químicas, pesadas, etc)
2a variável: proximidade do mar (devido ao cloreto de sódio) O sal mais comum (cloreto de sódio) pode corroer vários metais arquitetônicos, incluindo alguns aços inoxidáveis. Se a umidade e temperatura forem altas o suficiente ou se houver chuva leve e regular ou neblina, depósitos de sal na superfície irão absorver a umidade e formam uma solução de sal altamente concentrada e corrosiva. Além disso, outro item que deveria ser avaliado nesta 2a Variável é a presença de sal para derreter a neve. Como moramos no Brasil, essa variável não é incluída no contexto e, consequentemente, a análise fica mais simples, baseada apenas na exposição costeira (marinha). De acordo com a velocidade do vento no local, o que influencia até onde os sais do mar são transportados para o interior, teremos a definição de uma zona costeira. De cidade para cidade esta distância varia mas, geralmente, os locais até 16 quilômetros distantes da água salgada são considerados zonas costeiras. Assim, uma boa escala com níveis relativamente crescentes de exigência para o aço a ser empregado pode ser assim traçada: - Baixíssima (mais de 16 km de distância do mar); - Baixa (distância entre 1,6 a 16 km); - Moderada (distância entre 30 m a 1,6 km); - Alta (distância até 30 m do mar); - Marinha (borrifadas ocasionais de água do mar); - Marinha severa (borrifadas contínuas ou imerso na água do mar) 3a variável: condições climáticas Informações sobre temperaturas típicas, umidade, níveis de chuva e neve (não aplicável no Brasil) e dias de nevoeiro são muito importantes na avaliação climática. A umidade em cada situação (nevoeiro, chuva fina ou alta etc.) pode combinar com compostos corrosivos sobre uma superfície para ativá-los e iniciar o processo corrosivo. A prática nos leva a esta boa escala com níveis relativamente crescentes de exigência para o aço a ser empregado: - climas temperados ou frios, com chuvas fortes e regulares; - climas quentes ou frios, mas com umidade relativa do ar superior a 50%;
- climas temperados ou frios, com chuvas fortes ocasionais; - climas tropicais/subtropicais, úmidos, com chuvas muito fortes regulares; - clima temperado, umidade relativa do ar inferior a 50%, com chuvas ocasionais; - chuvas fracas regulares ou nevoeiro constante; - clima quente, umidade superior a 50%, com taxas de precipitação muito baixas. 4a variável: considerações sobre o projeto Rugosidade da superfície: a corrosão não pode ocorrer a menos que substâncias corrosivas adiram a uma superfície. Um revestimento liso de superfície torna a adesão dos contaminantes difícil e torna a lavagem através da chuva mais eficaz. Já uma superfície áspera acumula mais SETEMBRO/DEZEMBRO 2014 • INOX 23
contaminantes e é limpa com mais dificuldade. Orientação de grão de acabamento: orientação de acabamento é importante se há uma linha óbvia de orientação de grão (como no acabamento #4, em alto-relevo e acabamentos similares). Se o sentido do lixamento for vertical torna-se mais fácil para a chuva lavar a superfície, limpar os contaminantes e drenar a água. Por outro lado, uma orientação horizontal tende a reter os contaminantes na superfície. Superfícies cobertas e horizontais (ângulo em relação ao chão): Em superfície abertas, porém com alguma proteção contra a ação direta da chuva, as partículas agressivas podem se depositar e permanecer. Com o mesmo raciocínio, quanto mais horizontal (entenda-se: menos inclinada em relação ao solo) for uma superfície, pior para a própria superfície. Fendas/frestas: corrosão por frestas pode ocorrer quando o projeto permite o acúmulo de água da chuva (na verdade, toda e qualquer solução) fique retida em “cantos” da estrutura. Quanto menos, melhor. 5a variável: cronograma de manutenção Como a água pura (da chuva, por exemplo) é “amiga” dos aços inoxidáveis (pois, como um agente oxidante, reforça a camada passiva), quanto maior a frequência de lavagens, melhor. Uma lavagem mensal reduziria drasticamente o risco de cor24 INOX • SETEMBRO/DEZEMBRO 2014
rosão comparativamente a uma estrutura que nunca mais fosse lavada. Análise A somatória de todas as variáveis acima nos leva aos possíveis resultados relativos à agressividade do meio: - baixa agressividade: emprego dos tipos 430, 439, 304 e 304L. - agressividade moderada: emprego dos tipos 444, 2304, 316 e 316L. - agressividade alta: emprego dos tipos 2205 e 317L. Os aços indicados acima não são os únicos, mas sim os que possuem excelente relação custo-benefício e alta disponibilidade no mercado nacional. Julio Cesar di Cunto
Engenheiro de aplicações, da Aperam South America
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notícias inox Eventos 2015
Comemorando o fortalecimento Na confraternização de fim de ano da Abinox, realizada em novembro, o público superou as expectativas e o clima profissional provou que a entidade se fortalece ano a ano. O diretor executivo da entidade, Paulo Ricardo C. Andrade, iniciou o encontro apresentando as principais atividades de 2014 e as ações para 2015. Entre os destaques, foco na ampliação da entidade e no associado e intensificação de novidades no site. Em seguida, Patricia L. Vidigal, da Diretoria de Desenvolvimento da SP Urbanismo, apresentou o Projeto Centro Aberto, um piloto de ações e experiências estabelecidas em praças públicas. “A ideia é testar, avaliar e efetivar, através da implantação de mobiliário urbano, iluminação noturna e banheiros químicos, entre outros, o que melhor se adequa a esses espaços”, segundo ela. Entre as conclusões, um dos elementos que poderiam ser usados nos locais são os banheiros de inox mais higiênicos, duráveis e de fácil manutenção. Uma boa dica ao presentes.
A Abinox já programou sua participação, em 2015, nas principais feiras do setor metalúrgico. No início do ano, Roberto Guida, gerente executivo da Aperam South America e diretor de tecnologia da Abinox, fará palestra na Flow Control Exchange Brasil, primeira conferência e exposição no Brasil sobre válvulas e aço inox, entre os dias 03 e 04 de março, no Rio Centro, RJ. Além disso, a Abinox estará presente com um estande e os associados terão desconto de 20% para a participação na Feira e na conferência. De 23 a 26 de junho, quando ocorrerá a Brasil Offshore, em Macaé, RJ, os associados da entidade também terão 10% de desconto na inscrição. Já, entre os dias 12 e 14 de julho, a Abinox participará no Transamérica Expo Center, da 26a edição do Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço, em São Paulo. No segundo semestre, através de vários representantes da cadeia produtiva do aço inox, a associação integrará a 22a edição da Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, entre os dias 25 e 28 de agosto, em Sertãozinho, SP.
Conceitos e especificações do inox Consultores A Abinox promoveu, no dia 18 de novembro, em sua sede, o curso Conceitos e especialistas Especificação de Aços Inoxidáveis, ministrado pelo consultor associado Claudio da Silva Hora, cujo objetivo foi dar noções básicas sobre os aços inoxidáveis, com foco no processo de fabricação, famílias de aços inox, atributos, normas, especificação e aplicações. Foi um sucesso!
Falmec ganha Top Of Mind A Falmec, associada à Abinox e referência no segmento de eletrodomésticos para cocção, foi premiada como a empresa Top Of Mind na categoria de Coifa do Brasil, promovida pela Editorial Magazine. A pesquisa foi elaborada pelo DataFolha junto aos especificadores de arquitetura e de design de interiores, e registrou a opinião das empresas do setor com outras marcas.
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Com o objetivo de auxiliar empresas ligadas em assuntos técnicos, entre eles, nas áreas de desenvolvimento de produto, mercado e gestão, a Abinox disponibiliza ao mercado quatro consultores especializados e com larga experiência em aço inox, Cláudio Silva da Hora, José Antônio Nunes de Carvalho, Michel Massih e Júlio Cesar Ferreira. Quem for associado tem desconto especial. Mais informações no site da Abinox. www.abinox.org.br.
notícias inox
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notícias inox Fórum em Belo Horizonte reúne arquitetos “Inox em Foco. Presente e Futuro” foi o tema do Fórum de Arquitetos, Fabricantes e Projetistas promovido, em novembro, em Belo Horizonte, pela Comisa – empresa mineira associada à Abinox e há 20 anos referência no uso arquitetural do aço inox no Brasil –, sob patrocinio da Aperam South America e apoio da Abinox. Para apresentar um panorama sobre o inox no mercado, estavam presentes da Aperam South America, Clênio Guimarães, presidente, e Roberto B. Guida, gerente executivo; e da Abinox, Paulo Ricardo C. Andrade, diretor executivo. Segundo Guimarães, o inox ainda tem muito a ser explorado principalmente nas áreas de mineração, arquitetural, agrobusiness e petroquímica. “Consome-se hoje no país aproximadamente
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1,7 kg de aço inox plano por habitante/ ano, enquanto na China são 7 kg por habitante/ano. Nosso objetivo é crescermos 5% ao ano, investindo em renovação de portfólio e incentivo à inovação. Atualmente produzimos 800 mil t/ano e para 2015 vamos investir 85 milhões de dólares”, completou. Mais técnica, a palestra de Guida focou em mostrar as diversas séries de ligas e quais suas aplicações e atributos. “Se especificarmos a liga e o acabamento corretamente a aplicação durará para sempre”, alertou. O papel da Abinox no desenvolvimento do aço inoxidável no mercado brasileiro norteou a apresentação de Paulo Ricardo que propôs ao público consultar a entidade nas mais diversas necessidades. O Fórum finalizou com o diretor de marketing da Comisa, Ederson dos San-
tos, e o arquiteto Paulo Lucio Brito. Santos falou sobre o potencial de investimento no sistema prisional e a parceria com a empresa colombiana Socoda, no projeto Comisa-Socoda que engloba o fornecimento e produção de equipamentos sanitários em inox neste setor. Já o arquiteto Brito, que há 30 anos trabalha com projetos em penitenciárias, contou sobre a experiência positiva com uma PPP – Parceria Público Privada, no presídio Ribeirão das Neves, em BH, em que todas as instalações sanitárias foram usadas peças em inox. “Estamos trabalhando num projeto voltado para a ressocialização do preso, que é uma concepção baseada num modelo inglês. Se tratarmos bem do preso, evitamos a criminalidade e temos uma resposta mais positiva”, finalizou.
notícias inox Inox na construção civil
III Semana Tecnológica A Abinox, representada pelo diretor executivo, Paulo Ricardo C. Andrade, participou da III Semana Tecnológica promovida pelo Senai, na Escola Manuel Garcia, em Diadema, em outubro. Durante o evento, Andrade proferiu a palestra “Trabalhabilidade dos aços inoxidáveis”, para um público de mais de 600 pessoas, entre eles, estudantes, professo-
res e outros interessados no setor. Esta é uma ação em conjunto do Senai e da Abinox, com o objetivo de ensinar e treinar os profissionais da construção civil sobre a correta aplicação e execução de produtos em aço inoxidável. Para os estudantes, foi uma oportunidade de aperfeiçoamento e de ampliação do conhecimento sobre os aços inoxidáveis.
A Abinox e a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), com apoio da Aperam South America, promoveram em novembro o primeiro evento em conjunto após firmarem parceria, o workshop “O Aço Inoxidável na Arquitetura e Construção Civil”. Os palestrantes foram o arquiteto Marc Duwe, que falou sobre a versatilidade do aço inox nas estações do Metrô de SP e o engenheiro Roberto Guida, Gerente Executivo de Desenvolvimento de Mercado e Assistência Técnica, da Aperam South America e diretor de tecnologia da Abinox, que debateu sobre as oportunidades para o uso do aço inox na construção civil. Os participantes puderam conhecer as famílias dos aços inox, características e atributos, e saber mais sobre obras em todo o mundo onde o material foi utilizado.
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