informe publicitário
:: www.cbca-acobrasil.org.br
Produtividade das Estruturas de Aço Construção em aço
Crédito: CBCA
As estruturas de aço, por terem características de pré-fabricação e de montagem, apresentam em geral melhor produtividade e potencial de redução de prazo de execução quando comparadas às estruturas de concreto armado convencional. “Estima-se que a estrutura de aço em edifícios apresente ganhos da ordem de 25% em produtividade da mão de obra em relação à estrutura em concreto armado”, conta o engenheiro Caio Mingione, especialista em gestão da produção de edifícios. Indicadores de Produtividade Indicadores de produtividade, como os homem-hora de trabalho da equipe por peça montada (Hh/peça ou Hh/ton) e as horas de equipamento por peça montada (hEq/peça e hEq/ton) são úteis para se mensurar objetivamente os benefícios advindos da adoção desse tipo de estrutura. A partir desses indicadores é possível fazer o diagnóstico e controle de desvios durante a execução da obra e também o prognóstico e a programação no planejamento de obras futuras. Segundo Mingione, os indicadores médios para montagem de vigas e pilares de aço em edifícios de múltiplos andares variam em torno de 40 Hh/ton, 12 Hh/peça e 0,9 hEq/ peça. No entanto, ele observa que esses valores podem variar muito por conta de diferentes fatores como o tipo e peso dos perfis, repetitividade de peças, tipo de ligações e também fatores ligados ao canteiro de obras, como o tipo e quantidade de equipamentos, layout do canteiro, interface com outras atividades, capacitação e motivação das equipes, condições climáticas etc. Planejamento e organização O professor da Poli-USP e consultor de produtividade, professor Dr. Ubiraci
Espinelli Lemes de Souza, explica que o grau de industrialização da construção depende do conjunto de três fatores: organização, pré-fabricação e mecanização. Uma vez que é da natureza das peças metálicas a pré-fabricação, a construtora deve planejar o uso de equipamentos e a organização em canteiro. Pensando na sequência executiva da obra, deve-se acordar com o fornecedor a fabricação das peças, para que estejam disponíveis no prazo necessário, e também elaborar uma boa logística de descarga, planejamento de sequência de montagem e dimensionamento de equipe coerente com o planejado. Se as peças forem descarregadas do caminhão diretamente para o local de uso, a produtividade aumenta consideravelmente, aproximando a execução do sistema just in time. A quantidade e o posicionamento dos equipamentos, como gruas, devem ser pensados para extrair o maior potencial de cada um. Se, por exemplo, a mesma grua usada para içar as peças estruturais de aço também for utilizada para transporte de outros materiais, como fôrmas, armação e equipamentos de segurança, a equipe de montagem pode ficar ociosa, reduzindo-se , assim, a produtividade.
“Pode ser planejado, por exemplo, que materiais que não sejam as peças da estrutura de aço sejam içados apenas em um determinado período do dia, ou mesmo avaliar a possibilidade de um turno noturno ou a adoção de outro equipamento de içamento”, aconselha Mingione. No entanto, com a especificação da estrutura metálica, há a possibilidade de se industrializar mais ainda a construção. “Embora seja possível realizar edifícios com estrutura de aço e paredes de alvenaria, as grandes oportunidades estão em levar os outros subsistemas a um grau superior de industrialização”, reflete o Prof Ubiraci de Souza. REFERÊNCIAS - MINGIONE, Caio. Produtividade na montagem de estruturas de aço para edifícios. Dissertação – Mestrado Profissional Inovação na Construção – ConstruInova – orientador Prof. Ubiraci de Souza- Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. - PINHO, M. O.; Transporte e Montagem. Rio de Janeiro: IBS/ CBCA, 2005. 144 p. Série Manual de Construção em Aço.
Gestor:
Para saber mais sobre esse e outros assuntos ligados à construção em aço, consulte o site do CBCA: www.cbca-acobrasil.org.br