& ARQUITETURA AÇO Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 15 setembro de 2008
Marquises e escadas
“
A tecnologia do aço tem que ser pensada tanto no seu conjunto quanto nos seus detalhes. Ela é arquitetura e desenho industrial ao mesmo tempo.” arquiteto Siegbert Zanettini
Um dos mais experientes arquitetos brasileiros na utilização de estruturas metálicas, Zanettini está presente, nesta edição, com o projeto de ampliação do Hospital Albert Einstein. Ali, a marquise metálica com estrutura em tubos de aço causa impacto aos visitantes. Este projeto, ao lado de outras marquises, aparece na matéria de abertura, onde selecionamos alguns exemplares deste componente fundamental na arquitetura. Há marquises nos mais variados desenhos e materiais conjugados ao aço em diversos tipos de acabamento, proporcionando sempre rapidez de montagem e leveza estética às edificações. A festejada marquise do Auditório do Ibirapuera, chamada “Labareda”, com desenho de Oscar Niemeyer, merece destaque nesta edição, assim como alguns projetos que chamam atenção não apenas pela marquise, mas também pela escada, os dois temas dessa edição: o Centro Brasileiro Britânico, de Botti Rubin, o Aeroporto de Natal, de Sérgio Parada, a Mahle Metal Leve, de Roberto Loeb, e o Shopping Salvador, de André Sá e Francisco Mota. Em Memória, relembramos um projeto histórico: o Planetário do Ibirapuera, construído em 1957 e restaurado nos anos 2000, exibindo ampla marquise sustentada por tirantes de aço. As escadas aparecem numa seleção com formas diferenciadas e usos distintos, abrangendo desde as mais sofisticadas, como a da Clube Chocolate e a da Competition, às mais populares, como as implantadas nos CEUs da Prefeitura de São Paulo, as pré-fabricadas projetadas pela Tecsteel para a CDHU e a da Cohab. Acompanhando funções e usos, o aço entra em cena demonstrando seu potencial técnico ao se adaptar às variadas linguagens arquitetônicas. E uma novidade: a partir dessa edição, Arquitetura & Aço passa a oferecer um serviço ao leitor: uma página com os endereços dos profissionais e
Alex Ferro / agência Pedra Viva
fornecedores que participaram das matérias apresentadas. Os editores
ARQUITETURA&AÇO
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Nelson Kon
Arquitetura & Aรงo nยบ 15 setembro 2008
Foto de capa: "Labareda", a marquise do Auditรณrio Ibirapuera, desenhada por Oscar Niemeyer
sumรกrio 04.
08.
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22.
24.
ENDEREÇOS
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04. Uma seleção de marquises mostra o potencial do aço em diversos acabamentos e desenhos variados. 08. No Aeroporto de Natal, a marquise e a escada são características marcantes desta edificação quase 100% em aço. 10. Denominada “Labareda”, a marquise do Auditório Ibirapuera tem sido a mais festejada pelo público paulistano. 14. Aço e vidro compõem harmoniosamente a marquise e a escada do Centro Brasileiro Britânico. 16. Um resgate da história do Planetário do Ibirapuera, inaugurado em 1957, cuja marquise é sustentada por tirantes de aço. 18. Na Mahle Metal Leve, o aço permitiu desenhos esbeltos para os brises e para a marquise. 22. Perfis tubulares e vidro compõem a escada e a marquise do Shopping Salvador. 24. Das mais sofisticadas às populares, as escadas de aço apresentam perfil escultórico nesta seleção.
Boas-vindas... MARQUISES
RECEPCIONAM , ABRIGAM , PROTEGEM .
CONSTITUEM A PRIMEIRA IMPRESSÃO DE UMA
GERALMENTE EDIFICAÇÃO . O S
LIVROS TÉCNICOS AS CLASSIFICAM COMO ALPENDRE EM BALANÇO SUSTENTADO POR MÃOS - FRANCESAS , QUE TÊM COMO FUNÇÃO A DE RESGUARDAR PLATAFORMAS DE ESTAÇÕES , VITRINES , CALÇA DAS ETC .
HOJE,
USA - SE MARQUISE PARA DESIGNAR PRATICA -
MENTE TODAS AS COBERTURAS ABERTAS NAS LATERAIS . SELECIONAMOS ALGUMAS MARQUISES COM DESENHOS
ASSIM, INOVA -
DORES E QUE CUMPREM O PAPEL DE ORGANIZAR A ENTRADA DE
CORTE TRANSVERSAL
PRÉDIOS COMERCIAIS E HOSPITALARES E QUE , ALIADAS AO USO DO AÇO , GANHAM LEVEZA E FUNCIONALIDADE
CENTRO EMPRESARIAL E CULTURAL JOÃO DOMINGUES DE ARAÚJO/SÃO PAULO, SP Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural: Eng. Flávio D'Alambert; fornecimento e montagem da estrutura metálica: Engemetal
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN/SÃO PAULO, SP
Fotos acervo Zanettini Arquitetura
Aço empregado: ASTM A53 (tubos) e ASTM A36 (para planos e laminados); cálculo estrutural: SVS Projetos Estruturais; fornecimento e montagem da estrutura metálica: Alufer; execução da obra: Fonseca & Mercadante
“A idéia foi a de se ter uma grande cobertura com 7 m de balanço e, num só tempo, buscar a leveza e a simplicidade, como se fosse um pano jogado sobre dois apoios.” Assim o arquiteto Carlos Bratke resume o projeto da marquise do Centro Empresarial e Cultural João Domingues de Araújo, executada em aço tipo COR sobre apoios perpendiculares à fachada, dando personalidade ao edifício de 16 andares e desafiando a materialidade do metal. A maior dificuldade do projeto foi o grande balanço, “solucionado por uma série de vigas triangulares de forma que duas chapas, a superior e a inferior, acabassem em uma só linha”, destaca o arquiteto. Ainda pouco utilizado no Brasil, o aço COR possui em sua composição elementos que aumentam a resistência à corrosão. Sua principal característica, quando deixado aparente, é a formação de uma pátina de cor avermelhada que se forma com a exposição aos agentes do ambiente com o passar do tempo e que protege o aço da corrosão.
Fotos Cacá Bratke
Projetado por Rino Levi na década de 1950 e inaugurado dez anos depois, o Hospital Albert Einstein necessitou adequar algumas áreas para atender melhor aos usuários, como recepção, espera de pacientes e acompanhantes e estacionamento de carros. O projeto de retrofit, criado em 1998 pelo arquiteto Siegbert Zanettini, enfocou a ampliação dos espaços da entrada e o resultado ainda surpreende após uma década. Um dos destaques do projeto é o novo átrio, que segundo o arquiteto, constitui um elemento de valorização da fachada do prédio, tornandoa mais contemporânea. A área ampliada recebeu estrutura metálica com 36 m de comprimento, pintura eletrostática branca e fechamento em vidro. A marquise, com 3,60 m de altura e balanço de 7,70 m, é sustentada por tirantes de aço. Montada em tempo recorde (cerca de dez dias), a estrutura tem pilares constituídos por perfis I com seção 30 x 30 cm, distanciados 7,20 m entre si, soldados e aparafusados no edifício antigo. Nas vigas principais e nas peças de contraventamento, foram usados perfis tubulares com diâmetro de 273 mm e 168/355 mm, respectivamente, e a carga da estrutura em balanço recai somente sobre os cinco pilares. No entanto, a inovação tecnológica deste projeto está no modo como se obteve a curvatura dos perfis tubulares: tradicionalmente, a peça é calandrada a frio e os tubos vão sendo curvados sob pressão que alteram sua seção, apresentando pequenas ondulações no raio interno. No novo processo, a peça é curvada eletromagneticamente sem deformações graduais, preservando integralmente sua seção original. Envolvese a peça com uma bobina por onde flui uma corrente alternada, criando-se um campo magnético que induz um potencial elétrico para a peça e, conseqüentemente, um fluxo de corrente. A resistência da peça ao fluxo causa o aquecimento que permite a curvatura de tubos com até 20 polegadas de diâmetro.
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CONTINENTAL SQUARE FARIA LIMA/SÃO PAULO, SP
Fotos acervo Aflalo & Gasperini
Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Beltec Engenharia; execução da obra: Inpar
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ARQUITETURA&AÇO
Arrojo e sofisticação são as marcas do complexo Continental Square Faria Lima, situado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, composto por três unidades: uma torre de escritórios Continental Office Tower e dois blocos justapostos que abrigam o flat Caesar Business e o hotel Caesar Park. Um dos destaques deste projeto do escritório Aflalo&Gasperini é o acesso principal, pela rua Olimpíadas: a praça central recebeu uma marquise de 220 m² em balanço, revestida com vidros laminados incolores de 10 mm e fixados com gaxetas de silicone em quadros metálicos, cuja característica é a leveza do desenho. Para completar a cobertura da marquise, um plano horizontal curvo recebeu painéis metálicos na face interna e telhas metálicas na externa. Com 45 m de comprimento, 10 m em sua área mais larga e 11 m em balanço, a marquise utiliza perfis de aço patinável, com tratamento superficial à base de epóxi e poliuretano. Para sua sustentação, foram adotadas quatro grandes mãos-francesas, apoiadas em colunas metálicas de 250 mm de diâmetro, dispostas a cada 2,5 m, que nascem de pilares de concreto e estão fixadas, na parte superior, em uma viga de concreto, integrante do terraço. Os perfis possuem o mesmo conceito utilizado nas fachadas, com acabamento de pintura eletrostática na cor branca. Na interface dos quadros foi utilizado silicone de cor neutra.
VIVO, SÃO PAULO/SP Aço empregado: ASTM A36 (estrutura) e A304 (revestimento); cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Phyton Engenharia e Equipamentos Industriais; construtora: Walter Torre Jr. Construtora
Fotos Carlos Gueller
Investindo em novas instalações para as sedes da empresa em várias capitais do país, a Vivo construiu edificações que empregam o que há de mais moderno em tecnologia e sistema construtivo. Na capital paulistana, o impacto começa logo na entrada. Para recepcionar as pessoas, clientes e funcionários, o arquiteto Edo Rocha projetou uma marquise de 4,5 m x 22 m, e 3 m de altura, suportada por pilares de aço inox 304 (revestimento) encravados em espelhos d’água, distantes 6 m uns dos outros, e com guarda-corpos também em aço inox. “A idéia foi deixar a estrutura aparente e colocamos os pilares nos espelhos d’água para dar leveza ao projeto. O teto, cujo forro é do tipo minibrise, em policarbonato compacto jateado permite a entrada de luz natural”, destaca o arquiteto Mauro Halluli, do escritório Edo Rocha. Assim, a nova sede da Vivo, implantada no bairro do Brooklin, em São Paulo (SP) exibe um exemplo de projeto arquitetônico arrojado que também chama a atenção pela torre de 100 m, com efeitos multicoloridos, à frente dos dois blocos da empresa. (D.P.) M
ARQUITETURA&AÇO
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Fotos Ricardo Junqueira
Inspiração na natureza Com restrições de tempo, espaço, mas muita ajuda da natureza local, Parada elabora projeto pioneiro, quase 100% em aço, em Natal, RN
o arquiteto
Sérgio
O Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Natal (RN),
ção e ventilação naturais, além de um
é o primeiro do país executado inteiramente em aço. Segundo
cuidado com o entorno paisagístico, a
o autor do projeto, o arquiteto Sérgio Roberto Parada, expert em
brisa e a luz abundantes do local, que
projetos aeroportuários, o aço foi uma solução lógica e natural.
definiram a linguagem arquitetônica
Afinal, além de permitir grande plasticidade, o material responde
adotada. A circulação de ar deve-se, em
satisfatoriamente às exigências da Infraero, como rapidez e adap-
parte, à forma sinuosa da estrutura,
tação do projeto às fundações já existentes que delimitavam vãos
obtida por meio de treliças, formadas
estruturais de 12 m.
por perfis tubulares, com seção trans-
Assim, o novo terminal de passageiros, localizado junto a outro
versal variável. No encontro das cober-
já existente, deveria ser dimensionado para atender a 1,5 milhão
turas, a instalação de um shed reforça
de passageiros/ano, em um nível A de conforto, de acordo com as
os recursos de iluminação e ventilação
normas internacionais.
dos espaços internos.
A cobertura assume papel de destaque no conjunto e privile-
Telhas metálicas, duplas e ondu-
gia grandes aberturas de modo a garantir o máximo de ilumina-
ladas, pré-calandradas com isola-
ARQUITETURA&AÇO
sinuosa apresentam na parte mais baixa pé-direito de 5 m, na seção intermediária 7 m, na parte mais elevada o pé-direito chega a 13,5 m, e um balanço de 23 m. As escadas internas também assumem papel importante na configuração dos espaços. No saguão de embarque e desembarque, ela tem degraus de perfis dobrados, piso de granito, corrimão tubular e vigas estruturais – tudo na cor branca – ficando o laranja da estrutura geométrica, formada por perfil tubular metálico, responsável pelo contraste. Além de razões pragmáticas, as formas sinuosas marcantes desta edificação podem evocar o mar e as dunas típicas de Natal – um dos cartões-postais mais belos do país. (I.G.) M As marquises metálicas apresentam formato sinuoso inspirado nas famosas dunas de Natal e têm pé-direito de até 13,5 m em sua parte mais elevada. A sustentação fica a cargo de braços com articulações na base. A escada principal em forma helicoidal foi desenhada estruturalmente com dois tipos de apoio: um vertical central e outro nos diversos níveis de chegada, dando ao conjunto uma ambigüidade proposital de leveza e robutez
Projeto arquitetônico: Sérgio Roberto Parada > Colaboradores: Antônio Henrique Sottovia e José Mauro de Barros Gabriel (co-autores), Rodrigo Marar, Antônio Carlos, Mariano Garcia, Gilson Freire e Renata Scafuto > Área construída: 13 mil m2 > Aço empregado: aço de maior >
resistência à corrosão em perfis soldados (vigas, pilares, chapas de nós), perfis dobrados a frio (terças, travamentos, pontaletes e acessórios da cobertura) e perfis tubulares das marquises > Cálculo estrutural: Technica Consultoria e Projetos (Paulo André B. Barroso)
Fornecimento da estrutura metálica: Cibresme/Tecnoserv > Execução da Obra: Empire Tecnologia S/A > Local: Natal, RN > Data do projeto: 1998 > Conclusão da obra: 2000 >
mento de lã de vidro, e o colchão de ar criado entre esta superfície e o forro asseguram o necessário conforto termo-acústico. Importante elemento de transição entre os espaços interno e externo do edifício, as marquises metálicas são sustentadas por braços ou pés-de-galinha que funcionam com três articulações na base, ligadas a um aparelho fixo e a uma articulação superior, solução que minimiza problemas de deformação na cobertura e reduz as cargas nas fundações. Estas marquises em forma ARQUITETURA&AÇO
Fotos Nelson Kon
“Labareda” no parque PARA
O AUDITÓRIO MUSICAL DO PARQUE IBIRAPUERA,
CONSIDERADA UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE
CONCEBEU UMA MARQUISE
– E A TRANSFORMOU NA FESTEJADA MARCA REGISTRADA
DO ESPAÇO, ONDE REINA A CALMARIA DA NATUREZA
10 ARQUITETURA&AÇO
OSCAR NIEMEYER
QUANDO O PÚBLICO OUVIU os acordes
então, diversas promessas de que a obra seria construída animaram
iniciais das Bachianas, de Villa-Lobos,
o arquiteto, que se apressava em adaptar o desenho a novos pedidos
em outubro de 2005, estava finalmente
e condições. No total, 12 versões foram criadas até 2005, quando
inaugurado o Auditório do Ibirapuera.
finalmente a proposta saiu do papel.
Foram mais de 50 anos em compasso
Em sua forma definitiva, o Auditório do Ibirapuera ganhou uma
de espera, desde os primeiros traços do
volumetria surpreendentemente simples – e, por isso mesmo, genial.
arquiteto Oscar Niemeyer para a cria-
Trata-se de um bloco único, com planta trapezoidal e corte triangular,
ção de um espaço destinado a espetá-
que abriga palco, foyer e platéia. Tudo erguido em concreto armado e
culos musicais no Parque do Ibirapuera
revestido com pintura impermeabilizante inteiramente branca.
até a implantação do projeto.
Quem dá o tom da marcante identidade visual do espaço é
A idéia original surgiu em 1951,
a marquise metálica vermelha que envolve a porta de entrada,
quando Niemeyer foi convidado para
erguendo-se em direção ao céu com força monumental. O elemento
projetar o conjunto de edifícios do par-
possui tanta personalidade que foi transformado em logomarca do
que paulistano. Na ocasião, o prédio
auditório e, dado seu formato, oficialmente batizado de “Labareda”.
não foi considerado essencial e acabou
Com 7,5 m de largura nos apoios, 5,5 m de largura na extremi-
indo para o fundo da gaveta. A partir de
dade e 16 m de balanço, a marquise foi inserida posteriormente no
De dentro ou de fora: a platéia interna do Auditório do Ibirapuera comporta aproximadamente 800 pessoas; nos fundos do palco, uma porta com 20 m de largura permite a exibição de espetáculos na área externa, para mais de 15 mil expectadores
ARQUITETURA&AÇO
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Projeto arquitetônico: Oscar Niemeyer Área construída: 4.870 m² > Aço empregado: ASTM A36 > Cálculo estrutural: José Carlos Sussekind e Mário Terra > Fornecimento da estrutura metálica: Construmet > Execução da obra: Construtora OAS > Local: São Paulo, SP > Data do projeto: setembro de 2002 > Conclusão da obra: dezembro de 2004 > >
contexto da obra. “Por isso, precisávamos de rapidez em sua execu-
do edifício por meio de chumbadores
ção”, afirma o arquiteto Jair Valera, que trabalha há mais de 30 anos
químicos.
no escritório de Niemeyer. Segundo ele, a partir desta necessidade,
Com 4.870 m2 de área construída, o
a opção pelo aço foi o caminho natural. “Tecnicamente, poderíamos
Auditório Ibirapuera tem sido um ponto
ter apostado em outro material. No entanto, a facilidade de insta-
de atração em São Paulo, com a realiza-
lação das peças metálicas, que já chegaram prontas ao canteiro, foi
ção de shows musicais das mais diver-
decisiva”, completa.
sas culturas internacionais e nacionais.
Para dar vida à sinuosa imaginação de Niemeyer, as chapas de
O palco do Auditório também merece
aço foram moldadas ainda na indústria, a partir de um processo
destaque: uma boca de cena de 28 m
de deformação a frio com o uso de calandras. “Uma técnica que
de largura, 15 m de profundidade e uma
não é nenhum bicho-de-sete-cabeças”, explica o engenheiro Wilson
porta de 20 m, localizada ao fundo, que,
Ramos da Silva, diretor da Construmet, empresa fornecedora da
quando aberta, permite espetáculos na
estrutura metálica. Dividida em três tiras longitudinais, a marquise
área externa para aproximadamente 15
foi facilmente montada no campo e encaixada nas vigas de concreto
mil pessoas. (C.P.) M
Fotos Nelson Kon
A simplicidade dá o tom à volumetria do edifício: palco, foyer e platéia foram acomodados em um bloco único, com corte triangular. A marquise metálica vermelha, batizada de “Labareda”, surge imponente com a assinatura de Oscar Niemeyer
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Manuais da Construção em Aço
NovoManual Viabilidade Econômica Saiba como obter no site:
www.cbca-ibs.org.br
Revista Arquitetura&Aço Nº 6 Foto: Carlos Alberto Maciel
Carlos Gueller
Elegância britânica O CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO COMBINA FUNCIONALIDADE, INOVAÇÃO E TRADIÇÃO – BEM AO ESTILO INGLÊS . A ESCOLHA DOS MATERIAIS , COMO O AÇO E O VIDRO , CONFIRMA TAL PREMISSA
DOIS VOLUMES ROBUSTOS E SIMÉTRICOS unidos por uma caixa central leve e translúcida. Trata-se do Centro Brasileiro Britânico (CBB), localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em terreno de 5 mil m2. O prédio destaca-se não só por sua forte presença arquitetônica como pelas múltiplas funções que congrega. Afinal, é neste imponente e moderno prédio que estão a Sede da Cultura Inglesa, o Consulado Britânico, a Câmara de Comércio, entre outras instituições da área educacional, cultural, comercial e política que representam as relações entre a Inglaterra e o Brasil. 14 ARQUITETURA&AÇO
A fachada de 285 m2 de pano de vidro do saguão foi montada sem caixilhos. Para isso, foi utilizado sistema do tipo spider-glass em que garras aparafusam uma folha de vidro à outra e fitas de silicone completam a vedação. É interessante observar, ainda, que, para sustentar toda esta estrutura transparente e conferir um inusitado desenho geométrico, foi implantada uma delicada rede de tubos de aço na parte interna desta fachada
O projeto, elaborado pelo escritório
de vidro na parte anterior e na posterior, próxima ao prédio, ocul-
Botti Rubin Arquitetos Associados, esco-
ta uma treliça horizontal que absorve os esforços de compressão
lhido por meio de um concurso privado,
decorrentes do processo de atirantamento.
deveria, desta maneira, combinar fun-
Mesmo no interior do edifício a dupla aço-vidro é destaque. A
cionalidade e imponência. “O projeto se
escada que liga o térreo às galerias de exposição do mezanino é
destaca pela leveza, em que elementos,
formada por degraus de vidro temperado de 40 mm de espessura e
como espelhos d’água, aço aparente
perfis laterais em U em chapa dobrada, vinculados a um espaçador
combinado com o vidro ressaltam estes
que garante o afastamento para o encaixe do guarda-corpo, tam-
aspectos”, explica Mark Rubin.
bém de vidro. Com isso, o público pode não apenas apreciar o espe-
A fachada frontal confirma isso. Com 285 m2, é formada por vidros estru-
lho d’água sob os pés, como observar reflexos da luz que incide na água e rebate nos degraus e nos patamares translúcidos. (I.G.) M
turais ultra-resistentes, importados da Inglaterra, fixados uns aos outros pelos vértices com garra de aço (spider), dis-
>
Projeto arquitetônico: Botti Rubin
elemento estrutural que confirma tal
>
Área construída: 11.545 m2
premissa é a marquise lateral, com lar-
>
Aço empregado: ASTM A36
gura de 14,80 m e balanço de 6,50 m,
>
Fornecedor da estrutura metálica: Projecta Estrutura Metálica
pensando caixilhos e molduras. Outro
executada em perfis-caixa que variam de 100 a 200 mm. Esta estrutura, que
>
Cálculo estrutural: Eng. Heloísa Martins Maringone (Cia de Projetos)
>
Execução da obra: Racional Engenharia Ltda.
>
Local: São Paulo, SP
>
Data do projeto: 1999
>
Conclusão da obra: 2000
Gerson Bilezikjian
Cristiano Mascaro
dá acesso ao foyer, sustenta a cobertura
ARQUITETURA&AÇO
15
Fotos Arquivo
Nelson Toledo
memória
Planeta metálico AÇO
POSSIBILITA A INCORPORAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS E RESTAURO , COM
UM MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA , EM OBRA - SÍMBOLO DA ARQUITETURA DOS ANOS
16 ARQUITETURA&AÇO
DA CIDADE DE
SÃO PAULO:
O
PLANETÁRIO
DO I BIRAPUERA
Nelson Toledo
1950
Projeto arquitetônico: Paulo Faccio e Pedro Dias Arquitetura
>
Colaboradores: Luis Antônio Cambiaghi Magnani; Orlando Morassi Júnior e Piti Rezende
>
Aço empregado: ASTM A36
>
Cálculo estrutural: Eng. Wagner de Carvalho
>
Execução da obra: Construtora Cyrela
>
Local: São Paulo, SP
>
Data do projeto: 2002
>
Conclusão da obra: 2006
Nelson Toledo
>
Internamente, o Planetário sofreu várias interferências para que pudesse comportar as novas atividades e tecnologias relacionadas à astronomia. Mas, como ressalta o arquiteto Luis Cambiaghi Magnani, sempre com a premissa de restaurar e preservar o desenho arquitetônico original. Um exemplo desta decisão é a cúpula de madeira que fica sob a abóbada de concreto. Muito danificada pela umidade e ataque de cupins, os projetistas resolveram substituí-la por uma outra idêntica e deixá-la à mostra. Assim, parte do mezanino está propositalmente sem forro para que os visitantes apreciem esta estrutura formada por arcos e forro de peroba-rosa e sustentada por perfis de aço, uma vez que, como exalta Cambiaghi, “observar a feitura primorosa dessa cúpula de madeira é, por si só, uma aula de engenharia”
INAUGURADO EM 1957 e conside-
projeção tornaram necessária uma reforma. Em 2002, a Prefeitura
rado pioneiro na América Latina, o
abriu licitação para a recuperação deste patrimônio tombado pelo
Planetário Aristóteles Orsini, conheci-
Conpresp (Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do
do como Planetário do Ibirapuera, tem
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo)
sido atração para um público de todas
e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
as idades interessado no espetáculo da
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).
reprodução da abóbada celeste.
O projeto escolhido foi o dos arquitetos Paulo Faccio, Pedro Dias
Projetado pelos arquitetos Roberto
e Luis Antonio Cambiaghi Magnani, que adotou como diretrizes a
Goulart Tibau, Eduardo Corona e
recuperação das características externas do edifício e, internamen-
Antonio Carlos Pitombo, a edificação
te, as adequações necessárias à acessibilidade. “Na maquete origi-
compreende basicamente uma cúpu-
nal, percebemos que a idéia era ancorar a marquise com tirantes
la semi-esférica de 20 m de diâmetro,
a partir do anel circundante. O projeto foi alterado antes da cons-
onde um aparelho mecânico projeta-
trução: o anel deixou de ser estrutural, mas na nossa intervenção
va as imagens espaciais, de estrelas
manteve-se como elemento arquitetônico”, esclarece Magnani.
e planetas.
A grande marquise é uma estrutura simples em treliças planas,
O planetário ainda impressiona por
de perfis de chapas dobradas com revestimento metálico em todas
seu porte e aparência, semelhante a
as superfícies. Apresenta balanço de 16,60 m e espessura variável
uma nave espacial metálica, pousan-
(frontal 0,64 m, central de 1,04 m e 0,48 m próxima ao edifício). Tem
do entre as árvores do parque. Uma
formato trapezoidal (10,15 m na base junto ao edifício e 14,80 m no
marquise de dimensões avantajadas,
extremo oposto) e perfil ascensional (2,33 m junto ao acesso e
executada em estrutura metálica e ati-
4,45 m na outra face).
rantada à cúpula, enfatiza o acesso e prenuncia o clima do interior.
A aquisição de um novo equipamento digital tornou necessária outra tela de projeção – pré-moldada, composta de nervuras
Desgastes naturais ocorridos ao
em forma de arco e chapas metálicas perfuradas. “Para suportá-la,
longo do tempo em sua estrutura (infil-
empregamos uma estrutura de aço, em balanço, que a sustenta a
trações e infestação de cupins) e mesmo
uma altura que permite a circulação do público ao redor de toda a
a defasagem tecnológica do aparelho de
sala de projeção”, explica o arquiteto. (I.G.) M ARQUITETURA&AÇO
17
Conceito
eco-tech
AS
ESCOLHAS SUSTENTÁVEIS NORTEARAM O PROJETO ; A TEC -
NOLOGIA DO AÇO GARANTIU QUE MARQUISE E BRISES FOSSEM EXECUTADOS DE FORMA RÁPIDA E INTELIGENTE
A UNIÃO DE TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE é exemplar neste projeto: o novo Centro de Pesquisas e Tecnologia da Mahle Metal Leve, que leva a assinatura dos arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote, foi concebido de forma a respeitar as características do terreno de topografia irregular e adotar novas tecnologias construtivas. Localizado em uma reserva florestal da Mata Atlântica, na Serra do Japi, em Jundiaí (SP), o resultado é um edifício industrial que em nada lembra os espaços convencionais das antigas construções fabris. Por se tratar de uma área de preservação ambiental, o objetivo foi adaptar o edifício ao solo íngreme. Para tanto, a dupla apostou em uma ousada volumetria baseada em semicírculos escalonados: o conjunto divide-se em três anéis incrustados nas encostas do terreno, cada um com dois pavimentos e cerca de 10 m de desnível entre eles. No primeiro anel, ficam as áreas administrativa e de infra-estrutura, auditório e estacionamento. No segundo, laboratórios e data center. No terceiro, o coração da indústria: salas especiais para pesquisa de novas tecnologias, cada uma com necessidades técnicas específicas, como sistema de abastecimento de gases, isolamento acústico, base antivibração e detecção e combate a incêndio. Os anéis foram construídos a partir de peças de concreto prémoldadas, ou moldadas in loco, de acordo com as necessidades específicas de cada trecho. A tecnologia do aço garantiu rapidez e 18 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Nelson Kon
Elementos metálicos compõem a fachada do edifício. No detalhe à direita, brises protegem as laterais do prédio sem barrar a vista panorâmica para a Mata Atlântica, que se descortina através de enormes painéis de vidro. Abaixo, destaque para as marquises metálicas que cobrem a área de embarque e desembarque de veículos: as peças foram criadas a partir de telhas trapezoidais do tipo sanduíche, com alta performance em isolamento térmico e acústico
ARQUITETURA&AÇO
Projeto arquitetônico: Roberto Loeb e Luis Capote > Área construída: 17.500 m2 > Aço empregado: ASTM A36, ASTM A572 GR50 > Cálculo estrutural: Renato Gioielli (Grupo Dois Engenharia de Estruturas) > Fornecimento da estrutura metálica: Sulmeta Construções > Execução da obra: Racional Engenharia > Local: Jundiaí, SP > Data do projeto: junho de 2006 > Conclusão da obra: junho de 2008
O desafio do projeto era implantar um centro tecnológico de grande porte em uma área de preservação ambiental; a solução foi acomodar a construção ao terreno íngreme, evitando a necessidade de terraplenagem. Acima, a inusitada volumetria, baseada em anéis semicirculares. Nas imagens à direita, a marquise, a passarela de ligacão entre os edifícios e o espelho d'água
praticidade para os brises que contornam a fachada e a marquise que protege a área de embarque e desembarque no primeiro pavimento. “Mais do que conquistar praticidade, com o uso do aço pudemos lançar mão de elementos mais leves e esbeltos”, diz o arquiteto Luis Capote. Os brises, que favorecem o conforto térmico sem barrar a entrada da luz natural, são compostos por chapas metálicas onduladas e perfuradas, instaladas sobre grandes panos de vidro que oferecem uma generosa vista para a mata. Já a marquise, sobre o estacionamento, é composta por telhas trapezoidais do tipo sanduíche com isolamento termo-acústico. “Além da alta performance, as peças metálicas permitiram que chegássemos a um balanço de 7,5 m, por meio de um sistema de pórticos engastados nos pilares de concreto”, completa o engenheiro Renato Gioielli, responsável pelo cálculo estrutural da obra. A integração da arquitetura com a paisagem é marca registrada de Loeb, conhecido por projetar parques industriais que valorizam as relações humanas e, conseqüentemente, o bem-estar dos funcionários. Sem deixar de seguir esta trilha, neste novo projeto o arquiteto optou por valorizar também a atmosfera high-tech – que reflete a modernidade da companhia, uma das maiores do mundo no ramo de peças para motores automotivos – e sistemas construtivos racionais – que tornaram possível executar em tempo mínimo um edifício tão técnico e complexo. (C.P.) M 20 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Nelson Kon
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Associação Brasileira da Construção Metálica Atuando há mais de 30 anos no mercado brasileiro da construção em aço, a ABCEM reúne fabricantes de estruturas e coberturas metálicas, empresas de galvanização, indústria de componentes e materiais complementares, escritórios e profissionais de arquitetura e engenharia.
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Flutuando
no espaço
UM DOS MAIORES CENTROS COMERCIAIS DO NORDESTE DO PAÍS, O SALVADOR SHOPPING INOVA AO IMPLANTAR UMA ESCADA CUJO BALANÇO RENDEU-LHE O NOME POPULAR DE "ESCADA VOADORA" SÃO 180 MIL M2, 263 lojas, 21 escadas rolantes, o mesmo número
Associados a travamentos, estes pila-
de elevadores, quatro esteiras rolantes e escadas monumentais.
res funcionam estruturalmente como
Trata-se do Salvador Shopping, projetado pelos arquitetos André
pórtico espacial. Em aço inox, os guar-
Sá e Francisco Mota e considerado um megaempreendimento para
da-corpos foram fixados à estrutura
a região Nordeste do país. Foram utilizadas aproximadamente 7
principal da escada por parafusos.
mil toneladas de aço de alta e média resistência mecânica, como o ASTM A572 GR 50 e o ASTM A588.
Outro destaque do projeto é a marquise de entrada. Seu perfil em for-
Um dos destaques do projeto é a chamada "escada voadora"
mato de "asa de pássaro" tem o trecho
implantada no vazio central da edificação. Concebida com patama-
maior, de 16 m, ancorado na edificação
res triangulares em balanço de 10,25 m, a escada interliga todos os
e com balanço de 8 m. O conjunto está
pavimentos e tem estrutura metálica e degraus de vidro laminado
apoiado em um pórtico cujos pilares
de 20 mm. Os pontos de fixação das estruturas localizam-se próxi-
têm 3,3 m de altura e 60 cm de diâme-
mos aos primeiros e últimos degraus de cada lance, onde se apóia
tro. A estrutura é de aço ASTM A588 e
a estrutura metálica que dá a sensação de estar solta no espaço. Os
a grelha estrutural da cobertura envi-
pilares, que vão do piso térreo ao último pavimento, são metálicos,
draçada é constituída de módulos de
tubulares, vazados, com 400 mm de diâmetro e 10 m de altura.
1,20 x 2,00 m. (L.V.L.) M
Na página ao lado, a "escada voadora" que passou a ser a grande atração do local dada a sensação de estar solta no ar, com mais de 10 m de balanço
O formato "asa de pássaro" é marcante na marquise de entrada do shopping, que tem um balanço de 8 metros sustentado por pilares metálicos com 3,3 m de altura
22 ARQUITETURA&AÇO
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Projeto arquitetônico: André Sá e Francisco Mota
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Área construída: 180 mil m²
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Aço empregado: ASTM A572 GR 50 e o ASTM A588.
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Cálculo estrutural: Enpro Engenharia e Projetos
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Execução: Codeme
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Local: Salvador, BA
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Data do projeto: 2005
>
Conclusão da obra: 2007
Fotos divulgação
ARQUITETURA&AÇO
23
ACADEMIA COMPETITION/SÃO PAULO, SP
Sidnei Palatnik
À ASSOCIAÇÃO DE MATERIAIS COMO VIDRO , MADEIRA E AÇO
ATUALMENTE , FIGURAM COMO ELEMENTO ESCULTÓRICO DE UMA CONSTRUÇÃO , GRAÇAS ÀS FORMAS INUSITADAS E
TECNOLÓGICA E A CRIATIVIDADE DOS ARQUITETOS , NO ENTANTO , DERAM - LHES DESENHOS TÃO INOVADORES QUE ,
ESCADAS TÊM O PAPEL FUNDAMENTAL DE INTEGRAR OS PAVIMENTOS DE UMA EDIFICAÇÃO .
AS
Como esculturas
A
EVOLUÇÃO
Aço empregado: ASTM A36 (estrutura) e SAE 1010-1020 (degraus); cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Poliaço; execução da obra: Tessler
As escadas da Academia Competition, localizada em São Paulo (SP), desempenham um papel fundamental na compreensão da arquitetura que os autores do projeto, Marco Donini e Francisco Zelesnikar, quiseram imprimir à reforma do antigo Colégio Imaculada Conceição que, desde 1999, ganhou novo uso. A escada da fachada foi projetada para solucionar a distribuição do fluxo dos alunos pelos vários andares. Em formato de serpente, é o grande destaque do projeto, pois confere a sensação de que atravessa o prédio na diagonal, resultando num layout agradável e instigante. Como um apêndice da fachada, a escada metálica tem traçado fluído e contínuo, suavizando o desenho retilíneo e a rigidez da estrutura original. Encaixada entre os vãos dos pilares de concreto existentes, o elemento com sua sinuosidade deixa transparecer o movimento interno da academia às pessoas que circulam pela rua e, aos alunos, permite visualizar o exterior.
24 ARQUITETURA&AÇO
Fotos acervo Ruy Rezende Arquitetura
Foi inaugurado em abril deste ano um dos primeiros prédios do Rio de Janeiro a receber a pré-certificação do US Green Building Council, que regula os mais modernos conceitos de sustentabilidade: é o Edifício Cidade Nova que abriga a nova sede da Universidade Petrobras, órgão da área de Recursos Humanos da estatal. Projetado pelo arquiteto Ruy Rezende, tem 52 mil m² de área construída e nove andares, com capacidade para operar simultaneamente com cerca de quatro mil pessoas. Para ligar as áreas comuns do primeiro pavimento, foi construída uma escada helicoidal em aço. Pensada para o átrio (coberto por uma clarabóia, recoberta por planos de vidro, de aproximadamente 900 m2), a escada foi projetada para ser um ponto focal marcante no edifício. “Desta forma, optou-se por uma escada metálica, leve, helicoidal, para lançar por todo o átrio o olhar de quem a usasse”, descreve Ruy Rezende. A escada é composta por uma folha dupla de aço dobrado, estruturada por pilares escultóricos distribuídos em espiral ao seu redor e com alturas diferentes. A opção pelo aço, segundo o arquiteto, se deu porque o material é 100% reciclável, integrando-se perfeitamente ao conceito de sustentabilidade do projeto. “Além disso, a leveza pretendida para o elemento não seria conseguida por meio do concreto.”
UNIVERSIDADE PETROBRAS/RIO DE JANEIRO, RJ Aço empregado: A36; cálculo estrutural: Eng. Heloísa Martins Maringone (Cia de Projetos); fornecimento e montagem da estrutura metálica: Construmet; execução da obra: Confidere
ARQUITETURA&AÇO
25
COHAB PEDRO FACCHINI/SÃO PAULO, SP
Bacco Arquitetos Associados
Aço empregado: ASTM A36 (chapas de piso, em aço galvanizado), ASTM A120 (tubos), SAE 1020 (barras quadradas); cálculo estrutural: Gepro Engenharia; montagem da estrutura metálica: Construtora Cronacon
26 ARQUITETURA&AÇO
“Com materiais simples, como alvenaria armada, estrutura metálica, tintas de linha, caixilhos de aço etc., os mesmos usados pela Cohab em outros projetos, conseguimos fazer uma obra diferenciada que privilegiou o espaço tridimensional e garantiu a uma população carente um local digno para morar.” É desta forma que o arquiteto Marcelo Barbosa, do escritório Barbosa & Corbucci, explica o partido do edifício construído pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) na rua Pedro Facchini, no bairro paulistano do Ipiranga, que utilizou materiais de qualidade em uma construção popular. São 12 unidades habitacionais distribuídas em três pavimentos acessados por escadas metálicas externas. “O aço possibilitou a instalação da escada no local pretendido e a colocação de degraus vazados (chapa perfurada), que permitem a entrada de luz natural nos ambientes do térreo. Um tratamento de galvanização a fogo deu à escada, toda revestida com esmalte branco, um aspecto industrial contrastante com a edificação em alvenaria”, finaliza o arquiteto. Este projeto recebeu o Prêmio Asbea 2004, na categoria edifícios residenciais multifamiliares.
CENTROS EDUCACIONAIS UNIFICADOS, SÃO PAULO/SP
Nelson Kon
Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural: Eng. Alberto Hamazaki; Arquitetos – CEU Butantã: Vera Lúcia Domschke, Cristiano Arns Kato, Alan Chu Silveira, Tomaso V. Lateana, Fabiana Nakabayashi Paulinetti e Mário E. Ferreira da Silva; CEU Jambeiro: Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci; CEU Perus: Ângelo Bucci, Fernando de Mello, Marta Moreira e Milton Braga (MMBB Arquitetos)
CEU Jambeiro
A partir de vários símbolos de infinito sobrepostos, os arquitetos Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza (da Divisão de Projetos do Departamento de Edificações – Edif – da Prefeitura de São Paulo) estabeleceram o percurso-conceito das escadas laterais dos 21 Centros Educacionais Unificados (CEU) construídos na periferia pela Prefeitura, entre 2003 e 2004, durante a primeira fase do projeto. O objetivo dos CEUs é oferecer educação, cultura e lazer para as regiões carentes da periferia da
Fotos Rosa Carlos
CEU Butantã
CEU Perus
maior cidade brasileira; para os arquitetos, é dar dignidade às classes baixas com espaços urbanos que tenham referenciais significativos da cultura arquitetônica. “As extremidades das escadas permitem trocar de lance sem precisar voltar, as pessoas admiram a paisagem e podem escolher o novo percurso que querem fazer pela varanda, para oeste ou para leste; admirar o ‘entardecer’ ou o ‘amanhecer’”, explica Alexandre Delijaicov, descrevendo-as como um ponto de encontro de pessoas e como as loggias européias, calçadas cobertas que oferecem abrigo do sol e da chuva. Executadas em aço patinável de maior resistência à corrosão, do ponto de vista estrutural as escadas laterais formam um triângulo perfeito, têm 20 m de largura e 3,75 m de altura em cada lance.
ARQUITETURA&AÇO
27
CLUBE CHOCOLATE/SÃO PAULO, SP
SOUZA, CESCON AVEDISSIAN, BARRIEU E FLESCH ADVOGADOS/ SÃO PAULO, SP
Tuca Reinés
Aço empregado: ASTM A36, aço inox A304; cálculo estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten; fornecedor e montagem da estrutura metálica: SCA Caldeiraria Ltda.; execução da obra: Fairbanks & Pilnik
Projetada por Isay Weinfeld, a principal característica da loja Clube Chocolate – situada em terreno de pequena frente na Rua Oscar Freire, uma das mais sofisticadas da capital paulista – é o amplo vazio interno e a escada capaz de integrar espacialmente seus quatro pavimentos. Para tanto, os pisos são atirantados e vedados apenas por guarda-corpos, ganhando forma de um avarandado contínuo, debruçando-se sobre um grande jardim tropical, no nível do subsolo. Os acessos à loja são atendidos por elevador hidráulico e pela grande escada helicoidal de 9,70 m de altura, disposta neste vazio, nos fundos da loja, de modo a ganhar especial destaque. Seu formato e os materiais empregados – estrutura em aço ASTM A36 e guarda-corpos em aço inox 304 com acabamento polido espelho – contrastam harmoniosamente com os degraus de madeira e conferem um layout contemporâneo ao ambiente de linhas retas. O sistema construtivo utilizado na loja rendeu ao escritório do arquiteto o prêmio Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica) 2006.
Corte Longitudinal 28 ARQUITETURA&AÇO
O vazio criado para interligação dos três andares do escritório paulistano Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados, localizado no E-Tower, edifício com infra-estrutura de alta tecnologia situado no bairro Vila Olímpia, em São Paulo, é a cena principal para os clientes, e o personagem principal é a escada. Com esta idéia cenográfica, os arquitetos Henrique Reinach e Maurício Mendonça desenharam a escada escultural, com estrutura em aço carbono e revestida em aço inox escovado e vidro, que liga os pavimentos do escritório de advocacia. “A escada precisava ser um ótimo ator, ou seja, do tipo que não precisa chamar atenção para ser notado; o resultado é um desenho leve, discreto e transparente, que não bloqueia a luz que se difunde por todo o vazio aberto entre os pavimentos”, descreve Maurício Mendonça. Estruturada pelas laterais, com fixação apenas nas extremidades inferior e superior, seu desenho foi definido por chapas laterais cortadas, com o mesmo traçado dos degraus. Estas chapas em aço suportam os degraus de vidro laminado de 30 mm, que são também a única ligação estrutural entre as duas chapas. A obra trabalhou com um cronograma total de
MCKINSEY, SÃO PAULO/SP
Fotos Divulgacão
Aço empregado: SAE 1020 (estrutura principal onde estão fixados os degraus em vidro), aço inox A304 (revestimento desta estrutura, spiders de fixação de vidros e guarda-corpos); cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Plasmont
três meses e o aço foi fundamental na agilidade e, especialmente, no processo construtivo, segundo o arquiteto, pois o trabalho foi todo desenvolvimento com o prédio em funcionamento. “A maior dificuldade que encontramos na execução da escada foi nas emendas, pois as chapas estruturais não puderam vir inteiras para a obra. Por isso, o acabamento final de escovação precisou ser muito bem feito”, finaliza Maurício.
Aço empregado: SAE 1020; cálculo estrutural, fornecimento e montagem da estrutura metálica: Ser-Cop
Divulgação
Elegância e leveza são características marcantes da escada projetada pelo escritório Roberto Loeb Associados para a sede da McKinsey. Pintada em branco, a escada helicoidal em aço interliga os andares e transmite a imagem pretendida pela empresa: um local sofisticado, moderno. Com corrimão metálico de tubos de 3,4 polegadas em linhas paralelas, o guardacorpo lembra uma pauta musical, conforme descreve o arquiteto Roberto Loeb. Os degraus são em chapa de aço revestidos de madeira, com um diâmetro total aproximado de 4 m e largura de 1,30 m. “Como o prédio estava em uso e para não afetar a estrutura do concreto, optamos por fazê-la em aço para dar a leveza requerida pelo ambiente, além de permitir que a escada fosse implantada in loco, pois veio em módulos do fabricante”, explica Loeb.
ARQUITETURA&AÇO
29
LIVRARIA CULTURA/SÃO PAULO, SP
Fotos Fran Parente
Aço empregado: ASTM A36; cálculo estrutural: Modus; fornecedor da estrutura metálica: Permetal
Um local adequado para a leitura, reflexão e encontros intelectuais. Assim é a nova loja da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo, a maior do país. Instalada em 2007 no espaço do antigo Cine Astor, a livraria exibe soluções arquitetônicas originais, como o aproveitamento dos diversos níveis do local, cujos acessos são realizados por rampa, elevador ou escada, que leva ao primeiro pavimento. Construída em aço ASTM A36 e madeira freijó, a escada tem como diferencial o desenho, que ganhou em leveza com os materiais escolhidos, de forma a entrar em sintonia com as características da loja. “A opção pela estrutura metálica deveu-se à rapidez no processo de construção e melhor aproveitamento do espaço, sem falar na leveza que proporcionou ao desenho do projeto”, afirma Fernando Brandão, arquiteto responsável pelo projeto.
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DE SÃO PAULO/SÃO PAULO, SP
Rapidez na montagem, precisão, qualidade construtiva. Estes são alguns dos benefícios de dois tipos de escadas pré-fabricadas projetadas pela Tecsteel para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo, órgão da Secretaria Estadual da Habitação: uma escada com dois lances e um patamar intermediário e outra de um lance único sem patamar intermediário, ambas utilizadas em conjuntos habitacionais, com 1,30 m de largura e degraus com 30 cm de largura e 17,4 cm de altura. Fabricadas com aço patinável de maior resistência à corrosão e com alta resistência mecânica, são montadas apenas com parafusos, “o que permite uma execução rápida, precisa e com grande qualidade construtiva”, destaca o arquiteto Jaime Gonçalves de Souza, da Tecsteel. “O baixo peso das peças permite manuseio e montagem sem equipamentos especiais, como gruas, guindastes etc. Após a montagem, os degraus são preenchidos com concreto”, completa. As vigas das escadas são fabricadas com perfis tipo C, formados a frio, e os degraus feitos de chapas dobradas compondo um V. A fabricação de todas as peças foi feita numa prensa convencional, do tipo “dobradeira”. Outro importante benefício é que esta solução dispensa a construção de uma escada de serviço para atendimento à obra. (D.P.) M
30 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Roberto Inaba
Projeto arquitetônico: Arq. Jaime Gonçalves de Souza (Tecsteel); aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão; cálculo estrutural: Eng. Mauri Rezende Vargas (Tecsteel); fornecimento e montagem da estrutura metálica: Brastubo; execução da obra: Alusa
Endereços > ESCRITÓRIOS DE
ARQUITETURA Aflalo & Gasperini Arquitetos Rua Helena, n° 235, 2° andar – Vila Olímpia – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3040-7200 E-mail: ag@aflaloegasperini. com.br André Sá e Francisco Motta Av. Lucaia, n° 295, 3° andar – Rio Vermelho – Salvador (BA) Tel.: (71) 3334-5166 E-mail: afa@afa.arq.br Arqdonini – Marco Donini e Francisco Zelesnikar Rua Groenlândia, n° 54 – Ibirapuera – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3887-7866 E-mail: arqdonini@arqdonini. com.br www.arqdonini.com.br Barbosa & Corbucci Rua General Jardim, n° 645, cj. 21 – Vila Buarque – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3258-5961 E-mail: bacco@bacco.com.br Botti Rubin Arquitetos Associados Rua Hungria, n° 888, 7º andar – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3035-1717 E-mail: bra@bottirubin.com.br www.bottirubin.com.br Carlos Bratke Ateliê de Arquitetura Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, n° 1.091, 1° andar – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5505-2344 E-mail: cbratke@uol.com.br Edo Rocha Espaços Corporativos Av. das Nações Unidas, n° 11.857, 8° andar – Brooklin Novo – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5505-1255 E-mail: edorocha@edorocha. com.br Fernando Brandão – Arquitetura + Design Rua João Lourenço, n° 91 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3845-2053 E-mail: arqfebra@arqfebra. com.br Isay Weinfeld Rua André Fernandes, n° 175 – Itaim-Bibi – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3079-7581 E-mail: info@isayweinfeld.com www.isayweinfeld.com Luis Antonio Cambiaghi Magnani Restarq Arquitetura Restauração & Arte Rua São Samuel, 85 – Vila Mariana – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5572-4357 E-mail: restarq@uol.com.br Oscar Niemeyer www.niemeyer.org.br Paulo Faccio e Pedro Dias Arquitetura Rua Monte Aprazível, n° 185 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3045-7500
E-mail: projeto@pparquitetura. com.br www.pparquitetura.com.br Reinach Mendonça Arquitetos Associados Rua Santonina, n° 75, cj. 32 – Pinheiros – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3032-1110 E-mail: rmaa@rmaa.com.br Roberto Loeb e Associados Rua José Maria Lisboa, n° 1.077 – Jardim Paulista – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3081-6344 E-mail: loeb@loebarquitetura. com.br www.loebarquitetura.com.br Ruy Rezende Arquitetos Rua Fonte da Saudade, n° 215, ap. 303 – Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 3579-2254 E-mail: contato@ruyrezende. com.br Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados S/A Ltda. CLN 111 – Bloco D – salas 102/103 – Brasília (DF) Tel.: (61) 3379-4644 E-mail: contato@sergioparada. com.br www.sergioparada.com.br Zanettini Arquitetura Planejamento Consultoria S/C Rua Elvira Ferraz, n° 204 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3849-0394/3849-2557 E-mail: zanettini@zanettini. com.br > CÁLCULO ESTRUTURAL
Alberto Hamazaki Tel.: (11) 3848-0052 E-mail: hamazaki@terra.com.br Enpro Engenharia e Projetos Rua Dr. Antonio Monteiro, nº 134 – Itaigara – Salvador (BA) Tel.: (71) 3359-4174 www.enpro.com.br José Carlos Sussekind e Mário Terra Tel.: (21) 2523-7173 Heloísa Martins Maringone (Cia de Projetos) Rua Mourato Coelho, n° 69, sala 6 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3061-2603 E-mail: cia_proj@uol.com.br Flávio D’Alambert Praça das Papoulas, nº 30, 3º andar – Alphavile – Barueri (SP) Tel.: (11) 4195-6136 E-mail: alambert@terra.com.br Paulo André Barroso (Technica Consultoria & Projetos) Av. Santos Dumont, n° 2.626, sala 1.111 – Fortaleza (CE) Tel.: (85) 3224-9252 www.technica.com.br Wagner de Carvalho (WA Engenharia de Projetos) Rua Dona Luiza de Gusmão, n° 555 - Campinas (SP) Tel.: (19) 3296-2020 E-mail: comercial@ waengenharia.com.br www.waengenharia.com.br
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Racional Engenharia Av. Chedid Jafet, n° 222 – Vila Olímpia – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3732-3777 www.racional.com Walter Torre S/A Rua George Eastman, n° 280 – Morumbi – São Paulo Tel.: (11) 3759-3300 E-mail: fernanda.torre@wtorre. com.br e tales.baroni@wtorre. com.br > ESTRUTURA METÁLICA
Alufer S/A Estruturas Metálicas Rua General Furtado Nascimento, n° 684, 7° andar – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3022-2544 E-mail: sp@alufer.com.br Alusa Av. Dr. Alberto J. Byington, n° 160 – Osasco (SP) Tel.: (11) 3659-6590 Beltec Engenharia Rua Professor Tranquilli, n° 239 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5549-2971 Brastubo Av. Brigadeiro Faria Lima, n° 1.234, 13° andar – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3035-4933 E-mail: mauro.batista@ brastubos.com.br Cibresme/Tecnovserv Rua Gaudioso de Carvalho, nº 217 – Jd. Iracema – Fortaleza (CE) Tel.: (85) 3236-4477 E-mail: tecnoserv@veloxmail. com.br www.tecnoserv.ind.br Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) Av. do Café, n° 277, Torre B, 8°e 9° andares – Vila Guarani – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5070-8800 www.cosipa.com.br Construmet Av. Santo Amaro, n° 537, cj. 8 – Vila Nova Conceição – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3846-1364 E-mail: construmet@ construmet.com.br Cronacon Rua Aimberê, n° 1.081 Perdizes – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3676-0908 E-mail: cronacon@terra.com.br Engemetal Rua Pedro Paulo Celestino, n° 150 – Piraporinha –
Diadema (SP) Tel.: (11) 4070-7070 E-mail: engemetal@engemetal. com.br Hunter Douglas Rua General Furtado do Nascimento, n° 740, cj. 55 – Alto de Pinheiros – São Paulo (SP) Tel.: (11) 2135-1000 www.hunterdouglas.com.br Permetal Estrada Velha de São Miguel, n° 717 – Guarulhos (SP) Tel.: (11) 2823-9205 www.permetal.com.br Phyton Engenharia e Equipamentos Industriais Estrada do Sacramento, n° 1.725 – Bairro dos Pimentas – Guarulhos (SP) Tel.: (11) 2480-4222 E-mail: phyton@ phytonengenharia.com.br Planmetal Rua Dr. Rodrigo de Barros, n° 317 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3326-2636 Email: planmetal@planmetal.com.br www.planmetal.com.br Plasmont Estruturas Metálicas Rua Pires da Fonseca, n° 184 – Jaçanã – São Paulo s(SP) Tel.: (11) 2241-0122 E-mail: solange.plas@plasmont. com.br Poliaço Engenharia Indústria e Comércio Ltda. Rua Maria Aparecida Meneghini, 488 – Parque N. Sra. da Candelária – Itu (SP) Tel.: (11) 4023-1651/40226719/4022-7642/4013-0830 E-mail: poliaco@poliaco.com.br www.poliaco.com.br Projecta Estrutura metálica Av. Projecta, n° 798 – Guarulhos (SP) Tel.: (11) 2085-4355 www.projecta.com.br SCA Caldeiraria Ltda. Av. Cel. Oliveira Lima, n° 3.705 – Bairro Aliança – Ribeirão Pires (SP) Tel.: (11) 4828-7941 E-mail: sca@scacaldeiraria.com.br Ser-Cop Rua Tenente Aly C. de Paula, n° 13 - Jd. Cumbica – Guarulhos (SP) Tel.: (11) 2446-5060 E-mail: correio@sercop.com.br Tessler Engenharia Rua Dr. Cesário Mota Júnior, n° 424 – Vila Buarque – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3154-2727 E-mail: tessler@tessler.com.br www.tesslerengenharia.com.br Sulmeta Construções Av. Candido Costa Filho, n° 588, cj. 29 – Vila São Francisco – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3763-4010 E-mail: sulmeta@sulmeta.com.br www.sulmeta.com.br
ARQUITETURA&AÇO
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expediente
Apoio:
NÚMEROS ANTERIORES: Os números anteriores da revista Arquitetura & Aço estão disponíveis para download na área de biblioteca do site: www.cbca-ibs.org.br PRÓXIMA EDIÇÃO: Coberturas e fechamentos – dezembro de 2008
ERRATA: Na edição nº 14, junho 2008, na legenda da página 18, o nome correto do arquiteto é Marcelo Barbosa e não Manuel Barbosa, como publicado.
MATERIAL PARA PUBLICAÇÃO: Contribuições para as próximas edições podem ser enviadas para o CBCA e serão avaliadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura & Aço. Entretanto, não nos comprometemos com a sua publicação. O material enviado deverá ser acompanhado de uma autorização para a sua publicação nesta revista ou no site do CBCA, em versão eletrônica. Todo o material recebido será arquivado e não será devolvido. Caso seja possível publicá-lo, o autor será comunicado. É necessário o envio das seguintes informações em mídia digital: desenhos técnicos do projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, cliente, data do projeto e da construção, autor do projeto, engenheiro calculista e construtor) e dados do arquiteto (endereço, telefone de contato e e-mail).
& 32 ARQUITETURA AÇO
Revista Arquitetura & Aço Uma publicação trimestral da Quadrifoglio Editora para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 2141-0001 cbca@ibs.org.br www.cbca-ibs.org.br Conselho Editorial Catia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IBS Marcelo Micali – CSN Paulo Cesar Arcoverde Lellis – Usiminas Roberto Inaba – Cosipa Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas Silvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão Supervisão Técnica Sidnei Palatnik Publicidade Sidnei Palatnik – Tel.: (11) 8199-5527 arquiteturaeaco@ajato.com.br cbca@ibs.org.br Quadrifoglio Editora Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SP Tel.: (11) 6808-6000 cbca@arcdesign.com.br Direção Cristiano S. Barata Coordenação Editorial Ledy Valporto Leal Redação Carine Portela, Deborah Peleias e Isis Gabriel Revisão Deborah Peleias Projeto Gráfico e Editoração Cibele Cipola e Jefferson Moura (estagiário) Pré-impressão e Impressão Cantadori / Ibep Endereço para envio de material: Revista Arquitetura & Aço – CBCA Av. Rio Branco, 181 – 28º andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ cbca@quadried.com.br É permitida a reprodução total dos textos, desde que mencionada a fonte. É proibida a reprodução das fotos e desenhos, exceto mediante autorização expressa do autor.
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