Informativo Nhá Chica #46 | Outubro de 2011

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Impresso Especial 9912282533/2011 - DR/MG

Associação Beneficente Nhá Chica CORREIOS

Órgão Oficial da Associação Beneficente Nhá Chica - Baependi - MG / Ano IV - Nº 46 - outubro de 2011

“Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo 20,21)

Saiba mais detalhes sobre as festividades Página 08


Informativo Nhá Chica Notícias do Santuário e da ABNC outubro de 2011

Expediente Nhá Chica Informativo

Notícias do Santuário e da ABNC

outubro de 2011 - Ano IV - Nº 46 Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor Província Brasil / Bolívia Provincial Madre Cristina Alves Ribeiro Diretora da ABNC Irmã Claudine Ribeiro Vice-Diretora da ABNC Irmã Gertrudes das Candeias Conselho de Comunicação da ABNC Irmã Sandra Aparecida Gontijo Francisco Joaquim de Siqueira Flávia Maria Maciel Neves Yolanda Aparecida Fernandes Eduardo Luiz Magalhães Brochado Programação Visual Nádia Ferreira da Silva Editor / Jornalista Responsável Sérgio Monteiro Mtb 7697/02 CTP e Impressão Gráfica e Editora Novo Mundo São Lourenço - MG Tiragem 5 mil exemplares Associação Beneficente Nhá Chica - ABNC Rua da Conceição, 165 - Centro Baependi - MG / CEP: 37.443-000 Tel. (35) 3343-1077 Fax. (35) 3343-1661 E-mail: contato@nhachica.org.br Website: www.nhachica.org.br

Irmãs Franciscanas do Senhor 125 anos promovendo a Paz e o Bem

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Opinião A missão que cada um de nós tem a realizar como cristão batizado é permanente. Não acaba nunca. Assim como é para sempre o amor de Deus por todos nós. Neste mês dedicado às Missões, lembramonos de exemplos de verdadeiros missionários que nos ajudam hoje a cumprir também nossa missão. Um deles, São Francisco de Assis. Sua missão, após a volta a Assis (Itália), começou de forma gradual, levando-o a abandonar o estilo de vida mundano que havia levado até então. Foi quando, no encontro com o leproso a quem Francisco, descendo do cavalo, deu o beijo da paz, e da mensagem do Crucificado na pequena igreja de São Damião, que teve início, de fato, sua conversão. Em três ocasiões, o Cristo na cruz adquiriu vida e lhe disse: “Vai, Francisco, e repara minha Igreja, que está em ruínas”. Um convite a uma missão renovadora, não só do prédio físico, mas da Igreja como instituição, que atravessava momentos conturbados naquela época. Nestes passos da espiritualidade franciscana foi que Frei Angelico Lipani fundou, na Itália, a Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor, que completa, neste mês, 126 anos de missão pelo mundo. Presença marcante nos cinco continentes, atuando em diversas frentes de missões, buscando acolher o menor, o mais pobre, o necessitado. Também temos o exemplo da Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, que viveu sua missão de forma simples, mas com grande dedicação, na difusão do Evangelho. Mulher de virtudes reconhecidas pela Igreja que até hoje são um farol que ilumina a vida de todos os que buscam cumprir os mandamentos de Cristo. E não podíamos deixar de falar de Santa

Teresinha, Padroeira das Missões, que também, numa radicalidade simples, sem grandes obras, mostrou ao mundo como as pequenas ações fazem a diferença. São exemplos de fé, de amor a Deus e ao próximo e dedicação à missão da Igreja, que atuam para iluminar com a luz do Evangelho todos os povos no seu caminhar na história rumo a Deus. Seja em obras de destaque ou em gestos menores na família, na atuação profissional, na vida religiosa, em comunidade, a missão do cristão batizado passa pelo anseio e paixão de trabalhar em favor de iluminar todos os povos com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus. Neste momento importante de relembrarmos a missão que Deus confiou a todos os seus filhos batizados, somos lembrados de que “as nações caminharão à Sua luz” (Ap 21, 24). O Santo Papa Bento XVI, em sua mensagem na celebração do Dia Mundial Missionário, admoesta-nos sobre o anúncio incessante do Evangelho, que vivifica também a Igreja, o seu fervor e o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais, para que sejam cada vez mais apropriados às novas situações – inclusive àquelas que exigem uma nova evangelização - e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dálhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris Missio, 2).

Espaço dos Leitores São José dos Pinhais (PR), 16 de agosto de 2011. Estimadas Irmãs, Acuso o recebimento do CD “Cantando a nossa História”, bem como do exemplar do Informativo Nhá Chica com notícias da ABNC e do Santuário de Nossa Senhora da Conceição em BaependiMG, cujas remessas agradeço. Com sentimentos de estima e consideração e abundantes bênçãos de Deus,

Dom Ladislau Biernaski, CM Bispo Diocesano - São José dos Pinhais (PR) Belo Horizonte, 18 de agosto de 2011. Queridas Irmãs Franciscanas do Senhor, Verdadeiramente não tenho palavras para agradecer por tantas atenções e carinho, com o envio do Informativo Nhá Chica, CD’s, novenas de Nhá Chica... Tenho recebido com muita alegria tudo isto e minha gratidão é imensa para com vocês. Isso nos aproxima sempre mais, nos levando a conhecer melhor a congregação. Parabéns pelo II Capítulo Provincial, reelegendo Irmã Cristina e equipe de Conselheiras. Que Nhá Chica abençoe sempre mais a congregação. Por tudo, muito grata,

Irmã Maria Veleda Cenáculo – Casa de Retiro Belo Horizonte (MG)


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Irmãs Franciscanas do Senhor: 126 Anos de Atuação no Exemplo de Maria, a Primeira Missionária Em seu belíssimo legado, Francisco de Assis admoestou seus irmãos a honrarem Maria. “Ordeno a todos os meus irmãos, quaisquer que sejam, aos atuais e aos vindouros, que a honrem e glorifiquem sempre, de todo jeito e de toda maneira que for possível, e de tê-la em muito grande devoção e veneração. Quero ainda que sejamos sempre seus fiéis servos”. Seguindo de perto o santo exemplo de Francisco, a Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor - que completa 126 anos de atuação neste 15 de outubro – espelha-se, para a realização da presença missionária nos cinco continentes, como todos os franciscanos assim também o fazem, em Maria, Mãe de Deus, a primeira missionária. O centro da devoção franciscana está em Maria. São Francisco não é apenas um santo muito devoto, muito afeiçoado a Mãe de Deus, mas é um dos santos em que a piedade mariana aparece numa floração original e singular, sem, contudo, se afastar, por pouco que seja, das linhas marcadas pela Igreja. Assim também Nossa Senhora, a Mãe de Deus, é para as Irmãs Franciscanas do Senhor um modelo de vida, de obediência, de entrega e, principalmente, de fé. Maria, uma missionária exemplar, que desde o seu modo de vida interior até hoje nos guia no caminho de Cristo, cumprindo sempre sua verdadeira missão. Para a Igreja também, especialmente

nos dias de hoje, este modo de vida missionário está intimamente ligado à pregação da fé cristã. É um mandato conferido a determinadas pessoas, clérigos ou leigos, para levar o Evangelho àqueles que ainda não o conhecem ou ajudar no aprofundamento da fé nas comunidades. A origem da missão está no próprio Deus, que suscita profetas, apóstolos e discípulos, para anunciarem Sua Palavra. Jesus diz aos apóstolos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt. 28,19-20). Chegada a “plenitude dos tempos”, Deus, através do anjo Gabriel, anuncia a Maria que ela foi escolhida para ser a Mãe do Salvador (Lc. 1,26 ss). Esta é a primeira missão de Nossa Senhora: gerar em seu seio o Redentor. Maria é guiada pela Palavra de Deus durante toda a sua vida. Ela escuta e põe em prática a Palavra de Deus em todos os momentos de sua missão. Nossa Senhora é Mãe e Modelo e assim desempenha um papel de missionária, educadora e protetora. Deseja conduzir seus filhos ao caminho da salvação. Maria cumpre esta missão com seu exemplo de vida: fidelidade ao projeto do Pai. Nesse modelo de vida consagrada, as Irmãs Franciscanas do Senhor seguem Maria, levando adiante sua missão de evangelizar, com marcante presença em diversas partes do mundo. Uma atuação tam-

bém vivida por tantos outros santos e santas, religiosos e religiosas em missões, num especial exemplo para leigos e leigas da Igreja. Este povo fiel pode, em seu modo de vida interior simples, direto, cotidiano, também cumprir sua missão de pai, de mãe, de filho ou filha, em diversas situações, buscando espelhar-se em Maria, assim como fazem todos os franciscanos, incluindo as religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor, buscando, em cada missão, cumprir aquilo a que Deus os destinou para a atuação no mundo e na Santa Igreja. E foi com muita sensibilidade que São Francisco de Assis conseguiu fazer a experiência de Maria em sua vida e deixar a toda a família franciscana o legado da devoção mariana. Nestes 126 anos de fundação, a Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor lembra-se ainda de seu fundador, também franciscano, devoto de Maria, Frei Angélico Lipani, além da Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, cujo legado espiritual de devoção mariana foi ao encontro das religiosas a partir de 1954. E certamente a presença e ação de Maria na vida e história da Igreja e de todos os fiéis, religiosas, religiosos, leigos e leigas, capacitam todos a acolher e promover a vida, e a vontade de Deus. O exemplo de Maria na história da humanidade é fato inconteste. Venerada por sua dignidade de Mãe de Deus, pelo seu papel na história da salvação e pela incessante intercessão pela humanidade, Maria continua cumprindo sua missão, concebida desde o início sob as bênçãos do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42).

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Nhá Chica: missionária nos passos do amor a Deus uando saiu do pequeno distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, próximo a São João del-Rei (MG), pouco depois do ano de 1810, a pequena Francisca de Paula de Jesus, acompanhada de sua mãe, rumava, mesmo sem saber, para uma grande missão: viver uma vida exemplar nos ensinamentos de Jesus na cidade de Baependi, também em Minas Gerais. E ali permaneceu por toda a sua vida, cumprindo sua missão de propagar a devoção a Nossa Senhora e de ajudar quem precisava. Naquele tempo, a distância entre as cidades, as dificuldades do percurso, a condição de sua mãe de ex-escrava eram fatores que contribuíram para que, certamente, a viagem fosse longa, cansativa e cheia de desafios. Ao revisitar toda a sua vida, temos a certeza de que Nhá Chica foi mesmo uma verdadeira missionária, no exemplo de vida que deixou. Foi de sua terra natal para um lugar desconhecido e ali exerceu uma vida santa, como cristã batizada. Assim como Santa Teresinha, Padroeira das Missões (veja matéria ao lado), que também deixou sua casa e depois viveu em um único lugar até sua morte, Nhá Chica não fez grandes obras, não fundou mosteiros, nem viveu em outro país. Vivia de oração e de pregar o amor a Deus. Vendo a devoção de sua mãe, também ela

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mesma optou por viver essa mesma dedicação a Nossa Senhora da Conceição. Ainda menina, com 10 anos apenas, ficou órfã e foi auxiliada por seu irmão. Decidiu não se casar e tomou como missão viver para difundir a fé em Nossa Senhora, a atenção aos mais necessitados e o amor a Deus. Era conselheira de ricos e pobres, de poderosos e de gente comum do povo. Sempre cumpria sua missão, colocando tudo nas mãos de Nossa Senhora da Conceição. Conseguiu, com muito sacrifício e ajuda do povo, construir uma pequena capela para sua Sinhá. Uma missão de vida simples, exemplar. Assim como Santa Teresinha, que disse: “Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo”, Nhá Chica também foi radical e escolheu viver sua vida de devoção de forma completa. Sempre dizia: “Isto acontece porque rezo com fé”. Santa Teresinha também, sem ter saído de seu Carmelo, viveu à sua maneira um autêntico espírito missionário. Desde Pio XI até os nossos dias, os Papas não têm deixado de recordar os laços entre oração, caridade e ação na missão da Igreja. Foi neste mesmo modo de vida que Nhá Chica cumpriu uma grande missão dentro da Igreja. Apesar de não ter pertencido a uma ordem ou congregação religiosa, sua vida foi consagrada a Deus através de muita oração, de pequenas obras, mas que proporcionavam grandes resultados, especialmente na

ampliação da fé do povo. Se ser missionário é mostrar o rosto de Cristo, Nhá Chia certamente o foi. A hoje Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, soube cumprir sua missão, seguindo o caminho da simplicidade, entregando-se com todo amor a Deus com muito zelo, rezando sempre pela salvação da humanidade. Por isso, nos dias de hoje, quando se fala em missão, quando se pensa na vida interior de cada um dos cristãos, no sentimento mais íntimo de descobrir e cumprir sua própria missão, seja para executar uma tarefa profissional, escolar, mas especialmente religiosa, tem-se Nhá Chica como exemplo, que, mesmo em sua pequena missão, fez uma grande obra. Mesmo sem ter ido ao encontro de um outro país, num lugar longínquo, deixou sua terra natal e adotou outra cidade onde viveu, morreu e está sepultada com fama de santidade. Uma missionária a serviço de Deus, para que, com sua vida santa, pudesse hoje, mais de duzentos anos depois, ser lembrada como modelo para o cristão que tem em sua missão particular trabalhar por um mundo melhor. E que este compromisso, confiado não apenas a alguns, mas sim a todos os batizados, que são “raça escolhida... nação santa, povo adquirido por Deus” (1 Pd 2,9), cresça no exemplo dos santos, para que todos proclamem as obras maravilhosas do Senhor.


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O Rosário Missionário dos Cinco Continentes Uma bela forma de reforçar a Fé é a recitação do Rosário. Uma reza que dilata a alma e amplia o encontro com Maria e seu filho Jesus. Sempre houve cristãos particularmente devotos de Maria e que cultivaram sua espiritualidade através da reza do Rosário. O Papa Pio XII afirmou: - “O Santo Rosário é o compêndio de todo o Evangelho. Quem conhece o Rosário, conhece o Evangelho, conhece a vida de Jesus e de Maria, conhece o próprio caminho que conduz ao destino eterno”. Em sua simplicidade, Santa Teresinha, a padroeira das missões, assegura que a reza do Rosário “é como o fermento que faz crescer a massa e que pode transformar os corações”. È neste sentido quando os Cristãos celebram o tempo de lembrar das missões a recitação do Rosário homenageia ainda a mãe do Céu, que sempre protege todos os missionários e missionárias que, nos cinco continentes, estão se doando a serviço da evangelização. O bispo Fulton Sheen, quando era Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias, nos Estados Unidos teve a idéia do “Terço

Missionário”. O Terço é formado de cinco dezenas. Cinco são também os continentes do mundo. Ele escolheu uma cor para cada Continente que, de alguma forma, recorda suas características. Ao rezar cada dezena pedese por todos os que vivem nesse Continente. A originalidade do Terço Missionário é o encontro na oração com todos os povos, raças e culturas do nosso planeta. Rezar o terço missionário é dar à oração um sentido católico, pois rezamos por todas as pessoas, sem distinção inclusive as pessoas comuns, como nós, marcadas pelo batismo. Não existe missão sem comunhão e todos os verdadeiros cristãos devem sempre trabalhar unidos assumindo a grande causa missionária.

“Não Quero ser Santa pela Metade, Escolho Tudo” anta Teresa de Lisieux, também chamada de Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, viveu neste mundo apenas 24 anos, no final do século XIX, levando uma vida simples e oculta. Depois de sua morte e da publicação de seus escritos, tornou-se uma das santas mais conhecidas e amadas. Em sua existência terrena, diferente dos demais elevados à honra dos altares, Santa Teresinha não realizou grandes obras, não sofreu martírio, enfim, viveu de um modo um pouco diferente do que ocorreu com a maioria dos santos. Mas também sempre atuou no auxílio aos mais simples, aos pequenos, e ainda iluminou toda a Igreja com sua profunda doutrina espiritual. O Bem-Aventurado João Paulo II, em 1997, concedeu-lhe o título de Doutora da Igreja, acrescentando-o ao título de Padroeira das Missões, dado por Pio XI, em 1939. Entrando no Carmelo, Teresa não perdeu

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tempo e deu vazão a seu maior objetivo. Ela mesma escreveu: “O desejo constante de toda a minha vida tem sido fazer-me santa; mas, sempre que me pus em paralelo com os santos, pude facilmente verificar que há entre eles e mim a mesma diferença que entre uma montanha e um grão de areia, que todos pisam sem darem sequer pela sua existência. Com isso não desanimei, mas fiz comigo esta reflexão: não vai Deus inspirar desejos impossíveis de realizar; apesar, pois, da minha pequenez, nada me impede de aspirar à santidade. Não posso progredir? Terei paciência para me suportar como sou, com as minhas imperfeições sem conta, mas hei de buscar meio de chegar ao Céu por algum caminho bem direto, bem curto, por uma sendazinha inteiramente nova”. Seu objetivo foi alcançado e esta jovem santa mostrou ao mundo um caminho novo, o mesmo que Jesus recomendara tão claramente: “Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos céus” (Mt 18,3). Santa Teresinha ensinou sobre a humildade, a paciência, a constância, a fidelidade dos pequenos gestos; a suportar os outros com amor, vendo na fragilidade do próximo uma ocasião de

serviço, de uma palavra de conforto, de bondade. Seu exemplo de vida é ainda uma maneira para, nos dias de hoje, o cristão viver a dimensão missionária do Batismo. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face nasceu em Alençon, França, em 1873, e morreu em Lisieux, em 1897. Conseguiu algo que até então nunca ninguém tinha alcançado: uma autorização do Papa, que permitiu que ela entrasse para o Carmelo com apenas 15 anos de idade. Seu nome religioso - Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face - expressa o programa de toda a sua vida, na comunhão com os mistérios centrais da Encarnação e da Redenção. Sua profissão religiosa, na festa da Natividade de Maria, em 8 de setembro de 1890, é para ela um verdadeiro matrimônio espiritual, na “pequenez” do Evangelho, que se caracteriza pelo símbolo da flor: “Que festa bonita a Natividade de Maria para me tornar a esposa de Jesus!”, escreve. É neste exemplo de dedicação e confiança em Deus que a Padroeira das Missões, olhando para a primeira e maior missionária, Maria, afirma: “Amar é dar tudo, é dar a si mesmo”.

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Relatos de Graças Alcançadas Hoje estou com minha filha nos braços graças à intercessão de Nhá Chica É com muita alegria que escrevo nesta data sobre a graça alcançada por intermédio da minha Santa Nhá Chica. No dia em que o Papa Bento XVI anuncia o reconhecimento das virtudes heroicas, quero expor a graça que recebi há 8 meses. Aos 30 anos tive um problema sério nos ovários. Passei por vários médicos, fiz vários exames e, de fato, nada poderia ser feito se eu quisesse ter um filho, a não ser através da adoção. Desde pequena, meu maior sonho era ser mãe. Eu era aquela pessoa que atraía crianças, tamanha era a minha disposição e também a minha satisfação em estar com elas e, claro, aquele desejo de ser um pouquinho mãe de cada uma. Sofri muito na época do diagnóstico. Entrei numa depressão profunda, já que estava casada com o amor da minha vida há três anos, com minha vida preparada para ter, enfim, nosso bebê. Foi a pior fase da minha vida. Saber que nunca poderia engravidar, nunca poderia dar essa alegria a meu marido e a meus pais foi uma quase morte. Muita tristeza! Mas algo em mim não me deixou desistir. Procurei razões para o diagnóstico, procurei estudos, fui atrás ainda inconformada. Achei um médico na cidade de São Paulo que estudava casos como o meu e que dizia ser possível uma gravidez. A partir daí, foram 1 ano e 4 meses de tratamento até que, enfim, o POSITIVO! Nesse tempo de tratamento recebi de uma pessoa da família um folheto da Nhá Chica. Li nele o testemunho de uma mulher

que tinha conseguido engravidar depois de anos, por intermédio da intercessão dela. Comecei a orar, diariamente, pedindo a ela que intercedesse para eu alcançar essa graça. Fui até Baependi para conhecê-la, conhecer sua história de perto e, nesse dia, senti que ela estava comigo! A vela que sempre mantive acesa para as minhas orações estava quase acabando no dia em que soube da gravidez. À noite, fiquei no quarto que será da minha filha, no escuro, chorando de alegria. Só a vela iluminava o quarto. Eu chorava de gratidão e pedia um sinal de que aquele milagre tivesse mesmo acontecido. Parecia tudo um sonho, mas havia o medo da gravidez não se manter. O sinal enviado por ela foi um momento único, que mudou minha vida a partir dali. Pedi um sinal e assim que me virei e olhei para a vela, ela se apagou. Tenho certeza absoluta de que foi ela quem intercedeu para esse milagre e de que esse sinal foi dela! Hoje estou grávida de 8 meses. Tive uma gravidez completamente tranquila e estou agora só à espera da minha linda filha. Meu profundo desejo é que Nhá Chica seja reconhecida como Santa, porque é! Ela merece todas as honras possíveis, porque ela é milagrosa! Que Deus a abençoe sempre! Serei eternamente grata a ela! Obs.: Esta carta foi escrita quando estava grávida de 8 meses. Agora estou com minha filha já nos braços, saudável! Flávia, Ricardo e nossa Manuela São José dos Campos - SP

Relate você também sua graça alcançada. Visite o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, reze com fé. Conte ao mundo como sua fé em Deus está trazendo santidade para sua vida e transformando o seu caminhar. Nos procure para que sua história seja registrada no livro de graças.

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Obrigada por tudo, Nhá Chica!

Bom dia! Meu nome é Gisela. Minha mãe, desde nova, sempre ia a Caxambu (MG) com meus avós. Sempre foi devota de Nhá Chica. Quando nasci, estava enrolada em um cordão umbilical enorme. Tive que nascer às pressas, no dia 3 de novembro de 1981. Tive várias complicações. Muitos médicos não acreditavam na minha recuperação. Minha mãe rezava intensamente pela intercessão de Nhá Chica, até que um dia ela e minha madrinha viram sua imagem no hospital dizendo pra minha mãe: “Não chore, a Gisela vai se salvar”. Neste ano faço 30 anos. Fiquei totalmente recuperada! Nhá Chica pra mim é mais do que uma santa, uma alma extraordinária, sempre disposta a ajudar. Será que teria algo que pudesse fazer para ajudálos no processo de beatificação? Ontem me emocionei... Tenho um amigo que estava adoentado no hospital já fazia 4 meses. Dei a ele a oração de Nhá Chica, mas ele a havia perdido. Na segunda-feira passada lhe enviei a oração de novo e pedi que ele rezasse, pedindo a intercessão de Nhá Chica, e acreditasse que sairia do hospital, já que dia 10 de agosto, quartafeira, seria seu aniversário. Ontem ele me enviou uma mensagem, informando que saiu do hospital: está em casa! Obrigada!!!!! Gisela Saramago Veríssimo Corrêa Rio de Janeiro – RJ


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Relatos de Graças Alcançadas Rezei e a graça veio imediatamente Minha filha, Simone de Souza Terra, foi hospitalizada na maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Lavras (MG), à uma hora da manhã, para ter o seu primeiro filho. O médico que estava de plantão queria que o parto fosse normal. Ela ficou sofrendo, pois o parto deveria ser por cesariana. Ao saber que a criança não nascia, fui à Igreja de Nhá Chica (de Nossa Senhora da Conceição). Pedi para a Irmã Claudine que me ajudasse, pois não suportava saber que minha filha estava sofrendo. Então ela entrou comigo na igreja e ficamos em frente à Imagem de Nossa Senhora da Conceição. Nesse momento, chegaram à igreja umas pessoas vindas de Juiz de Fora (MG) e rezaram conosco três Salve Rainha. Assim que terminamos a oração, recebemos um telefonema de que a criança tinha nascido. Luís Felipe, meu neto, nasceu perfeito

e sadio, através de uma cesariana, graças à intercessão de Nhá Chica. Sou muito grata e por isso deixo aqui a graça registrada! Sandra Lúcia Estevão Baependi - MG

Simone com seu filho nos braços veio ao Santuário agradecer Nhá Chica

Consegui engravidar! Gostaria de deixar um relato de uma graça que alcancei por intermédio de Nhá Chica. Desde 2007 eu tentava engravidar e não conseguia... Já estava desesperada com medo de não poder ser mãe. Fui à igreja e pedi com fé pra que eu conseguisse engravidar. Cansada de tantas decepções, não me importei com o atraso de minha menstruação, que sempre foi irregular. Mas fui ao médico e ele me disse que eu estava grávida. Foi uma bênção! Meu marido não

acredita muito em milagres. Mas, depois que ficamos sabendo da gravidez, ele e eu queremos voltar para agradecer por essa graça e pedir saúde para esse bebê tão amado que irá chegar... Acredito que Nhá Chica intercedeu a Deus por mim. E se hoje tenho um ser dentro de mim, isto é graça de Deus por intermédio de Nhá Chica. Tenham fé! Lauana São João del-Rei – MG

ORAÇÃO PELA BEATIFICAÇÃO DE

NHÁ CHICA Ó Pai, que mostrais a Bondade e a Sabedoria do Vosso Filho Jesus, naquelas pessoas que O procuram seguir, e que “ocultais as novidades do Reino aos sábios e inteligentes, e as revelais aos pequeninos”, nós Vos pedimos que a Igreja possa reconhecer oficialmente as virtudes de amor ao próximo, de fé profunda e de grande sabedoria de vida que concedestes à Vossa filha e servidora Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Por ter sido de uma vida exemplar, fiel seguidora de Jesus Cristo, devota de Maria Santíssima, e de grande amor à Igreja, nós Vos pedimos que, pela sua valiosa intercessão, Vós nos concedais a graça de que mais temos necessidade. Concedei-nos também, ó Pai, que a seu exemplo, o nosso coração esteja cheio de ardente amor a Vós e ao nosso semelhante. Tudo isso Vos pedimos por intermédio de Jesus Cristo, Vosso Filho, em união com o Espírito Santo. Amém.

+ Dom fr. Diamantino Prata de Carvalho, ofm. Bispo Diocesano de Campanha MG, 04/10/1998 Lembre-se das palavras de Nhá Chica: ”Isto acontece porque rezo com fé”.

Rosário de Nossa Senhora da Conceição Reza-se nas contas do Pai Nosso Aflita vos vistes Senhora, Aflita aos pés da Cruz, Aflita estou eu agora, Valei-me ó mãe de Jesus! Reza-se nas contas da Ave Maria Ó Virgem da Conceição, Valei-me nesta ocasião! Oração a Nossa Senhora da Conceição Ó Maria Imaculada, Senhora da Conceição, Filha predileta do Eterno e Divino Pai, Mãe Santíssima do Eterno Divino Filho, Esposa Imaculada do Espírito Santo, Nossa Senhora pela devoção e amor terníssimo que para convosco teve a serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, erguendo em vossa honra uma capela, intercedei junto à Santíssima Trindade e alcançai-nos as graças que com viva fé vos pedimos.Ó nossa boa mãe do Céu, não nos abandoneis. Protegei-nos, defendei-nos, salvai-nos. Assim seja.

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s Irmãs Franciscanas do Senhor estão organizando a Festa da Imaculada Conceição deste ano, que terá o tema: Com Maria, em favor da vida. Um dos eventos mais tradicionais de toda a região, a festa foi iniciada pela própria Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, em 1877, como forma de divulgar a devoção a Nossa Senhora da Conceição. Nestes 134 anos, a Festa da Imaculada é um misto de religiosidade e solidariedade. Desde que as Irmãs Franciscanas do Senhor foram nomeadas pela Igreja como guardiãs do legado espiritual de Nhá Chica, em 1954, e deram início à obra assistencial que hoje leva o nome de Associação Beneficente Nhá Chica, a festa tem também como objetivo arrecadar fundos para a instituição.

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Num movimento que conta com o apoio de centenas de pessoas que se doam integralmente à causa, a Festa da Imaculada tem seu ápice religioso com a Missa Solene do dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Para ajudar a manter as obras assistenciais da instituição o evento conta com um leilão de gado, que, neste ano, será em 11 de dezembro, domingo. As doações mobilizam fazendeiros e criadores de todo o Sul de Minas e de outras partes do país, que não medem esforços para ajudar. A Novena Preparatória começa no dia 29 de novembro, às 18:30h. As celebrações serão todas na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída também por Nhá Chica em honra da Mãe de Deus e com a ajuda do povo de sua época. Estão programadas ainda outras atrações, como apresentações musicais,

além da transmissão de todas as celebrações pela rádio web Nhá Chica no site www.nhachica.org.br, para o mundo todo, e pela Rádio Comunitária Serrana FM 107,9, a partir das 19:30h, para Baependi (MG) e região. “É um momento marcante, de grande alegria para todos nós. E contamos, mais uma vez, com o apoio e, principalmente, com a presença de todos, para que possamos juntos, como fez Nhá Chica, rezar para agradecer a Deus por todas as bênçãos derramadas” – convida Irmã Claudine Ribeiro, diretora da Associação Beneficente Nhá Chica.


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