número 02
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço
dezembro de 2003
Edifício Alfacon
Mondial Airport Guarulhos
Scala Work Center
Edifício New Century
Edifício Capri
Grupo Pão de Açúcar
Caesar Park e Business Class Guarulhos Íbis Hotel Paulista
ISSN 1678-1120
n.02 edifícios de múltiplos andares
Conselho Regional de Química Centro Empresarial do Aço
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a construção em aço Tal como vem acontecendo em outros setores, o processo de industrialização da construção civil está alterando substancialmente a forma de se projetar e construir no Brasil. A arquitetura migra do processo artesanal para um processo industrializado, cujos elementos préfabricados são componentes de uma montagem sequencial. Resultado: melhor qualidade dimensional e menor desperdício de material e de tempo.
. Rapidez: obras mais rápidas; . Flexibilização no projeto de instalações e equipamentos; . Facilidade de modificações futuras.
Neste cenário, o aço é o material mais versátil e adequado a contribuir de forma decisiva para esta nova etapa da arquitetura e da construção civil brasileira.
. Material certificado: confiança na qualidade; . Conexões visíveis: checagem do comportamento estrutural; . Capacidade de absorver ações excepcionais: terremotos e colisões.
Mais do que isso, pode-se dizer que o aço associa quatro questões fundamentais: 1. PROJETO . Transparência, esbeltez e leveza; . Grandes vãos livres, permitindo espaços mais flexíveis; . Garantia de precisão construtiva. 2. ECONOMIA . Redução do canteiro de obras; . Menor peso da estrutura: fundações mais baratas; . Estruturas esbeltas: menor seção dos pilares e menor altura das vigas;
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3. M EIO AMBIENTE . Menor desperdício de material de construção; . Menos barulho e poeira; . Material 100% reciclável. 4. SEGURANÇA
Assim, estimulando a criatividade dos nossos projetistas, o aço permite associar projetos arquitetônicos arrojados segundo novas formas estéticas. Permite ainda maior racionalidade econômica, menos impacto sobre o meio ambiente e mais segurança para os usuários, oferecendo maior satisfação para clientes, usuários, arquitetos, engenheiros e construtoras e contribuindo de forma definitiva para a melhoria da qualidade e da produtividade da construção civil brasileira.
sumário ISSN 1678-1120
04. Edifício Alfacon
Luiz Fernando Rocco
06. Scala Work Center
editorial
08. Edifício Capri
Entre as inúmeras contribuições que a Arquitetura Moderna legou ao mundo está a criação de duas novas tipologias: o edifício horizontal isotrópico, isto é, com as mesmas características físicas em todas as direções, e o edifício vertical ou arranha-céu. No caso do arranha-céu, trata-se de uma invenção que adquire significado no fim do século XIX com a Escola de Chicago, através de arquitetos como Louis Sullivan, que se dedicou a estabelecer uma linguagem arquitetônica própria para aqueles edifícios, que marcariam definitivamente a paisagem das grandes cidades. Foram duas as condições técnicas que possibilitaram o desenvolvimento deste tipo de edifício tanto em Chicago como em Nova Iorque: a invenção do elevador e o uso da estrutura metálica.
João Diniz João Diniz
11. Caesar Park e Business Class Guarulhos Roberto Candusso Arquitetos Associados
14. Íbis Hotel Paulista
Roberto Candusso Arquitetos Associados
16. Mondial Airport Guarulhos
KMD Kaplan McLaughlin Diaz e KOM Arquitetura e Planejamento
20. Edifício New Century Aflalo & Gasperini
23. Grupo Pão de Açúcar Aflalo & Gasperini
26. Conselho Regional de Química Sérgio Teperman
28. Centro Empresarial do Aço Alberto Botti e Marc Rubin
expediente conselho editorial Alcino Santos - CST Catia Mac Cord Simões Coelho - CBCA Paulo Cesar Arcoverde Lellis - USIMINAS Roberto Inaba - COSIPA Ronaldo do Carmo Soares - AÇOMINAS Sidnei Palatnik - CSN
produção Núcleo de Excelência em Estruturas Metálicas e Mistas Universidade Federal do Espírito Santo
coordenação editorial Tarcísio Bahia
apoio editorial Mariana Biancucci Tiago Scaramussa Vionet Correia
projeto gráfico e editoração Ana Claudia Berwanger Ricardo Gomes
revisão Reinaldo Santos Neves
Arquitetura & Aço é uma publicação semestral do Centro Brasileiro da Construção em Aço. Centro Brasileiro da Construção em Aço Av. Rio Branco 181, 28o andar 20040-007 Rio de Janeiro RJ Tel: (21) 2141-0001 http://www.cbca-ibs.org.br e-mail: cbca@ibs.org.br
n.02 edifícios de múltiplos andares
De lá para cá, foram muitas as transformações impostas ao edifício vertical, seja quanto à linguagem, seja quanto à tecnologia e estrutura, e até mesmo no que diz respeito à terminologia: hoje prefere-se chamá-lo de edifício de múltiplos andares, o que denota a preocupação de se conceituar com maior precisão tal tipologia. No Brasil, onde é ubíqua a imagem dos edifícios verticais nas grandes cidades, sempre houve, por parte de inúmeros arquitetos, uma tentativa de atualização e contextualização do melhor da arquitetura produzida no Primeiro Mundo. Assim se explica, em parte, a vinda ao Brasil de Le Corbusier, que contribuiu para que aqui se construísse o verticalizado edifício do Ministério de Educação e Saúde, marco da Arquitetura Moderna brasileira e mundial. Se este paradigma arquitetônico foi construído em concreto, devemos lembrar que dois dos arquitetos que participaram daquele grupo de profissionais mais tarde projetaram altos edifícios em aço: o Jockey Club de Lúcio Costa, no Rio de Janeiro, e os edifícios dos ministérios e do Congresso Nacional de Oscar Niemeyer, em Brasília. Contudo, outros dois edifícios verticais melhor traduzem a tentativa brasileira de estabelecer uma expressão local a partir da interpretação da produção estrangeira: o edifício Avenida Central de Henrique Mindlin, no Rio de Janeiro, e a Casa do Comércio de Oton Gomes e Fernando Frank, em Salvador. Se na década de 1950 Mindlin procurava vincular-se ao International Style num projeto que mostra influências tanto da obra americana de Mies Van der Rohe como do escritório Skimore, Owings & Merril, nos anos 80 o que a Casa do Comércio expressa é uma criativa aproximação à arquitetura high-tech e às oníricas imagens dos arquitetos britânicos do Archigram. Hoje a produção nacional é bastante diversificada, atendendo aos mais diversos fins, desde o edifício empresarial aos hotéis, passando por obras emblemáticas como o Instituto Cultural Itaú, em São Paulo. Arquitetura & Aço apresenta a seguir uma pequena amostra desta rica e variada arquitetura em aço que busca arranhar o céu brasileiro. 3
Luiz Fernando Rocco
Edifício Alfacon Em Alphaville/SP, edifício destaca-se na paisagem através de um desenho dinâmico, resultado do jogo de balanços e da valorização dos componentes construtivos.
O Alfacon é um edifício com 13 pavimentos tipo, outros três andares tipo distintos e localizados entre o 4º e 6º andar – dinamizando a volumetria final –, além de térreo, mezanino, pavimento intermediário e dois subsolos. Adotando um partido aparentemente simples, cuja racionalidade deriva de um retângulo central com volumes periféricos e em balanços, este projeto tem como resultado uma forma dinâmica mas sem comprometimento da funcionalidade intrínseca a um edifício de escritórios. Neste sentido, a planta desenvolve-se a partir de um retângulo de 9 por 40 metros, circunscrita pelos volumes de circulações verticais e dos sanitários, solução que liberou todo o espaço dos escritórios, inclusive da presença dos pilares. Estes, por sua vez, e como quase toda a estrutura, são de aço. A concepção estrutural do edifício utiliza um núcleo central de concreto – que abriga a torre de elevadores – e quatro pórticos de aço, cujos pilares I de 400x400 mm definem os
O jogo de recuos e volumes em balanço conferem uma imagem dinâmica ao edifício.
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Luiz Fernando Rocco
Edifício Alfacon volumes nos quais estão localizados as caixas de escadas e os sanitários. No alto, os pórticos de aço são unidos por uma treliça em diagonal em função da diferença de altura final dos pilares. Tratase de uma solução que valoriza o coroamento do edifício, juntamente com a torre de elevadores que termina com uma diagonal invertida em relação às treliças. As lajes avançam além das vigas, numa solução que além de impedir a propagação vertical do fogo no caso de incêndio, também trabalha como um brise horizontal sombreando as vedações verticais externas dos pavimentos.
Projeto:
Luiz Fernando Rocco Área construída: 14.181 m2 Aço empregado: ASTM-A36 Peso da estrutura: 1240 ton. Arquitetos colaboradores:
Vasco M. Lopes Eduardo Brandileone Consultoria:
Jorge Zaven Kurkdjian Projeto estrutural:
Júlio Kassoy Mário Franco ALUFER S.A Fornecedor da estrutura em aço:
ALUFER S.A. Construção:
Construtora Alfacon Cliente:
Construtora Alfacon Local:
Barueri - SP Data do projeto: 1990 Data de conclusão da obra: 1992
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À esquerda, visão da estrutura, durante a fase de execução da obra.
No meio da paisagem de Alphaville, o edifício tem destaque em função da sua composição espacial e do desenho estrutural.
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João Diniz
Scala Work Center Revelada plenamente, a estrutura de aço delineia os contornos de uma arquitetura desenhada como um objeto escultórico.
Com referências históricas diversas, seja as antigas igrejas coloniais, seja a arquitetura construtiva russa, ou mesmo lembrando torres simbólicas como o Chrysler ou o Empire State Buildings, este edifício, localizado numa área de concentração de serviços hospitalares, destina-se a atender fundamentalmente ao público médico. Parte da motivação da forma final do edifício se deve a uma interpretação própria do código de obras municipal, que pede maiores afastamentos a partir do 14º pavimento. Deste ponto em diante, o volume construído estreita-se, afunilando obliquamente, enquanto a estrutura de aço aparente sobe totalmente livre desde o térreo até a cobertura, onde se encontra com um anel circular de aço, ‘a aura do prédio’ nas palavras do arquiteto. Esta estrutura de aço, por sua vez, liga-se ao núcleo rígido de concreto que abriga a circulação vertical. O programa é composto por catorze pavimentos tipo de escritórios/consultórios sobre uma base com os acessos e lojas no térreo e mais três pavimentos de garagem. Quanto aos aspectos construtivos, além da estrutura de aço, foram empregados lajes
A torre foi composta com a justaposição de dois volumes contíguos, no qual o primeiro é fortemente marcado pela cor amarela dos lambris, enquanto que o volume superior tem seu destaque na estrutura de aço que se desenvolve livremente.
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João Diniz
Scala Work Center
Projeto: João Diniz Área construída: 5.500 m
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Aço empregado: USICIVIL-300
Peso da estrutura: 540 ton. Arquitetos colaboradores:
Adriana Aleixo Daniela Fenelon Fabiana Couto Projeto Estrutural:
Codeme Engenharia Fornecedor da estrutura em aço:
Codeme Engenharia Construção: CVA / Tríade Cliente: Tríade Engenharia Local:
Belo Horizonte - MG Data do projeto: 1995 Data de conclusão da obra: 1998
A estrutura de aço, na cor branca, é sempre deixada à mostra.
steel deck, painéis de gesso acartonado na divisão dos ambientes internos e alvenarias cerâmicas nas paredes externas, revestidas com pastilhas de cerâmica e com lambris de alumínio amarelo. Estes, quando usados, escondem a estrutura de aço, reforçando a idéia do revestimento como uma pele que envolve a edificação, marcando e valorizando a plasticidade da fachada. Um anel circular de aço coroa o edifício juntamente com a torre de concreto das circulações verticais.
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João Diniz
Edifício Capri A geometria da estrutura de aço define e destaca esta obra na paisagem de Belo Horizonte.
Há na expressão deste projeto algo que é próprio da arquitetura mineira: a vontade de resgatar o simbolismo histórico, tal como nas torres das igrejas barrocas que marcavam a paisagem montanhosa da região, aliado a um desejo de atualização da linguagem da produção arquitetônica contemporânea. Neste sentido, este edifício se propõe como uma metáfora das torres, sejam elas de igrejas ou dos edifícios de múltiplos andares. Sua simetria e seu grafismo cromático reforçam tal idéia. Mais surpreendente é o fato de que as particularidades da estrutura de aço, com seus contraventamentos diagonais, terem conduzido a uma solução lógica em que o projeto
O edifício tem forte presença na paisagem da capital mineira, tanto pela geometria de suas formas quanto pelo seu cromatismo.
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João Diniz
Edifício Capri
Ao lado e abaixo, vê -se a estrutura de aço usada também como elemento de expressão estética.
tira partido do próprio desenho da estrutura para valorizar a arquitetura. O edifício tem dezenove pavimentos, sendo treze tipos, conformando a torre de escritórios e os demais na base que abriga acessos, lojas e garagens. Estruturalmente, são sete pórticos de aço, cujos contraventamentos
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João Diniz
Edifício Capri
nos extremos frontal e posterior definem a forma triangular das janelas. No topo e na base da torre, o contraventamento assume a forma de “X” valorizando o conjunto edificado. Assim, com a franca interação entre a proposta arquitetônica e o modelo estrutural adotado, tem como resultado uma obra em aço atraente e marcante no cenário local.
Tirando partido das diagonais dos contraventamentos, as janelas triangulares dinamizam a fachada.
Projeto:
João Diniz Área construída: 7.220 m2 Aço empregado: ASTM-A529
com cobre
Peso da estrutura: 540 ton. Arquitetos colaboradores:
Carla Resende Luísa Imagawa Fernando Magalhães Louise Bruno Viviane Marques François Rodrigues Verônica Matta Machado Consultor estrutural e cálculo:
Hélio Chumbinho MISA Estruturas Projeto estrutural:
Módulo S.A. Construção:
Ponta Engenharia Ltda Cliente:
Ponta Engenharia Ltda. Local:
Belo Horizonte - MG Data do projeto: 1989 Data de conclusão da obra: 1992
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Roberto Candusso Arquitetos Associados
Caesar Park e Business Class Guarulhos Projeto concilia linguagem arquitetônica pós-moderna com processo construtivo industrializado.
O início deste empreendimento foi sucessivamente adiado por parte dos investidores. Quando confirmado, teve como conseqüência a redução do prazo de execução da obra, o que por sua vez levou inevitavelmente à escolha da estrutura de aço para a construção deste conjunto composto por dois hotéis num único imóvel. A partir de uma planta radial com três alas e núcleo central de circulação, buscou-se lidar simultaneamente com dois aspectos projetuais: o primeiro, de caráter funcional, envolve diminuir as distâncias a serem percorridas pelos hóspedes em cada pavimento.
A forma radial tem como resultado uma concavidade provocada pelas alas dos volumes dos apartamentos. Em primeiro plano, a marquise que marca o acesso ao hotel.
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Roberto Candusso Arquitetos Associados
Caesar Park e Business Class Guarulhos Apesar da linguagem pós-moderna, foram utilizados elementos industrializados mesmo nas fachadas.
O segundo diz respeito à espacialidade do edifício, pois tal solução reduz a escala das fachadas, diminuindo a aparência do volume construído e tornando a arquitetura mais convidativa em função da concavidade imposta pelas alas que conduzem o olhar ao núcleo central, local de acesso ao hotel. São, na verdade, dois hotéis funcionando num único edifício — o Caesar Park, de padrão superior, e o Business Class, de padrão executivo —, e administrados por um único grupo. Enquanto em termos formais a arquitetura segue tendências mercadológicas predominantes num contexto que vê no passado
Projeto:
Roberto Candusso Arquitetos Associados Área construída:
23.107,48 m2 Aço empregado: ASTM-A36
Peso da estrutura: 1080 ton. Coordenação de projeto:
Cecília Levy Projeto estrutural:
Codeme Engenharia Fornecedor da estrutura em aço:
Codeme Engenharia Construção: Inpar Coordenação da obra:
André Luiz Denon Cliente:
Grupo Pousadas Local:
Guarulhos - SP Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2001
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Roberto Candusso Arquitetos Associados
Caesar Park e Business Class Guarulhos
sua fonte de inspiração, usando referências estilísticas tais como ornamentos historicistas, simetrias ou composição tripartídica de base, corpo e coroamento, a construção utiliza os mais atuais recursos tecnológicos disponíveis. Deste modo, a obra foi executada com a estrutura de aço, lajes steel deck, fechamento externo em painéis pré-moldados e internos em gesso acartonado, além de banheiros prontos com instalações hidráulicas flexíveis. O caso específico dos banheiros representou, na época, um procedimento inédito no país, pois chegavam ao canteiro em caminhões, sendo içados por guindastes e instalados nos locais específicos em reduzido espaço de tempo. A opção tecnológica por uma obra totalmente racionalizada permitiu um ganho de 135 dias no prazo de execução, atendendo assim as necessidades dos empreendedores quanto ao início das atividades do hotel.
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Vista geral do hotel, no centro o acesso e a torre de circulação vertical ladeados pelos blocos de apartamentos.
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Roberto Candusso Arquitetos Associados
Íbis Hotel Paulista Restrições de legislação em área de grande dinâmica urbana motiva o uso de sistemas construtivos totalmente industrializados.
Localizado na importante e movimentada Av. Paulista, este hotel de categoria econômica tem no contraste entre a sobriedade das cores e formas do corpo da edificação com a volumetria da cobertura e do térreo – provocado, aqui pela marquise – seu principal aspecto arquitetônico. Uma estratégia projetual que responde adequadamente ao programa e também assimila o entorno, no qual a imponência simbólica das edificações vizinhas já não deixa espaço para novas arquiteturas eloqüentes. Contudo, se a localização, de um lado traduz a sobriedade da linguagem arquitetônica, do outro determinou o sistema construtivo. As restrições legais quanto a carga e descarga de materiais e construção de obras, associado à limitação do terreno quanto à instalação de canteiros de obras, motivou o uso da estrutura de aço e de componentes industrializados. As características da construção em estrutura de aço se impuseram como resposta ideal a estas necessidades. O resultado é uma obra “seca”, sem entulho, e que se assemelha a um jogo de armar,
Painéis pré -moldados de concreto foram utilizados nas vedações externas, complementadas pelos caixilhos, vidros e, no caso do térreo, pela marquise.
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Roberto Candusso Arquitetos Associados
Projeto:
Íbis Hotel Paulista
Roberto Candusso Arquitetos Associados Área construída: 8.482,29 m2 Aço empregado: ASTM-A36
Peso da estrutura: 410 ton. Coordenação de projetos: Cecília Levy Projeto estrutural:
Codeme Engenharia Fonecedor da estrutura em aço:
mas que necessita um preciso planejamento de execução. Os elementos construtivos chegam à obra e são imediatamente içados e instalados. Assim, juntamente com a estrutura de aço, foram utilizados painéis pré-moldados em concreto, lajes steel deck, gesso acartonado e banheiros pré-fabricados. Neste caso, a estrutura de aço também permitiu que se alcançasse grandes vãos, otimizando o espaço interno, e ainda o grande balanço da marquise curva que marca e valoriza a entrada do hotel.
Codeme Engenharia Coordenação de obra:
Nelsom Faverzani Construção: Inpar Cliente: Inpar Local:
São Paulo - SP Data do projeto: 2001 Data da obra: 2003
Fachada principal do hotel, na qual se nota a organização dos ambientes internos – duas alas de apartamentos divididos por um corredor central –, além do destaque das curvas da marquise e da cobertura.
Abaixo, uma marquise curva de aço valoriza a entrada do hotel, contrapondo-se á opacidade dos painéis da fachada.
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Kaplan McLaughlin Diaz e KOM Arquitetura e Planejamento KMD
Mondial Airport Business Hotel Arquitetura inovadora torna-se um novo marco urbano no entorno do Aeroporto Internacional de São Paulo.
A opção pelo aço foi técnica e não estética; uma vez concluída a obra, nada se vê da estrutura.
A partir de um concurso internacional, o projeto elaborado pelo escritório norte-americano KMD em conjunto com a brasileira KOM para um novo empreendimento em Guarulhos tem como premissa resolver com eficácia os objetivos propostos pela incorporadora Setin: tratase de uma arquitetura que alia linguagem contemporânea e construção racionalizada num programa amplo e complexo. O programa previa a construção de unidades hoteleiras, de apartamentos (flats), escritórios, centro de convenções, restaurantes e lojas. Deste modo, a questão do uso misto foi trabalhada visando estabelecer relações dinâmicas: a torre do hotel e a torre de flats e escritórios são interligadas por um bloco mais horizontal onde está instalado o centro de convenções, com salas de reunião, auditórios, foyers e terraços; ao passo que, no nível térreo, os restaurantes e lojas
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KMD KOM
Kaplan McLaughlin Diaz e Arquitetura e Planejamento
Mondial Airport Business Hotel
Acima e ao lado, vista das torres do hotel e do flat durante a fase de construção; a estrutura de aço viabilizou a conclusão da obra num prazo exíguo.
são interligados por uma praça central, garantindo fluidez tanto de espaço como de pessoas. O conjunto edificado é formado por duas torres interligadas nos pavimentos inferiores. Uma dessas torres destina-se a um hotel com dezesseis pavimentos tipo, enquanto a outra abriga cinco pavimentos de escritórios e mais dezesseis pavimentos de flats, além de subsolos, térreo, pavimentos intermediários e andares técnicos em ambas as torres. Do ponto de vista tecnológico, pode ser considerada uma obra seca, uma vez que todos os seus componentes são industrializados e a construção se faz por montagem. A estrutura
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KMD KOM
Kaplan McLaughlin Diaz e Arquitetura e Planejamento
Mondial Airport Business Hotel
A estrutura de aço permitiu ganhos no cronograma da obra, evitando também o desperdício de materiais.
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KMD KOM
Projeto:
Beatriz Ometto Moreno KMD Kaplan McLaughlin Diaz e KOM Arquitetura e Planejamento
Kaplan McLaughlin Diaz e Arquitetura e Planejamento
Mondial Airport Business Hotel
Área construída:
31.683,39 m2 Aço empregado: ASTM-A36
Peso da estrutura: 1600 ton. Coordenação de projeto:
Sara Gusmão Ferreira KOM Arquitetura e Planejamento Arquitetos colaboradores:
José Takigawa Godoy Sara Gusmão Ferreira, Luciano Braga de Lima Estagiários:
Tatiana Osawa Flavia Ometto Moreno Adriana Mika Nakamura Projeto estrutural:
Eduardo Assis Fonseca e Lúcia Fadini Tanure Codeme Engenharia
Na base do conjunto, volumes justapostos valorizam o espaço do pedestre.
Fornecedor da estrutura em aço:
Codeme Engenharia Coordenação da obra:
Fernando Câmara / SETIN Cliente: SETIN Local:
Guarulhos - SP Data do projeto: 1999 Data de conclusão da obra: 2002
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de aço garantiu a velocidade da construção e as tolerâncias dimensionais adequadas para receber os painéis pré-moldados de concreto nas fachadas. No interior foram usados painéis de gesso acartonado na divisão dos ambientes e as unidades de banheiros foram totalmente pré-fabricadas e instaladas no local.
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Aflalo & Gasperini
Edifício New Century Novo marco visual urbano, esta sofisticada obra, totalmente racionalizada, é resultado do jogo de volumes e linhas puras.
À noite, graças às relações entre cheios e vazios e à luminotécnica, a torre não perde sua forte presença urbana.
Localizado numa região de São Paulo, cujo entorno ainda apresenta-se pouco verticalizado mas em processo de rápida transformação urbana e verticalização, este edifício de escritórios adotou a simetria da planta quadrada com fachadas idênticas como forma de valorizar todas as vistas, ao mesmo tempo que confere uma forte presença no espaço urbano imediato. Tal imagem deve-se principalmente pelo tratamento dado à volumetria como um todo: pequenos desvios nos planos verticais das fachadas, ao passo que o atrio de acesso e o volume que circunscreve o heliponto foram projetados como cilindros, insinuando uma continuidade espacial no sentido vertical, e que se contrapõe às faixas horizontais das janelas contínuas.
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Aflalo & Gasperini
Edifício New Century
Além da torre de escritórios, um jardim serve de contraponto visual e lugar de convívio.
O térreo, onde os pilares de aço foram revestidos, é marcado por um átrio circular envidraçado.
Com 18 pavimentos-tipo de 1.000 m² cada, três subsolos de garagem, térreo e heliponto na cobertura, o edifício foi projetado segundo um sistema construtivo totalmente industrializado. A estrutura é toda de aço, com a ressalva para as colunas periféricas que são mistas: perfis I de aço preenchidos com concreto, solução que aumenta tanto a resistência da seção, quanto a resistência ao fogo. A parceria aço e concreto também foi adotada nas lajes em steel deck, sobre a qual foram instalados pisos elevados. Quanto aos fechamentos, foram utilizados painéis pré-moldados em concreto nas fachadas, com 7,5 m de comprimento previamente reves-
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Aflalo & Gasperini
Edifício New Century tidos em granito, além dos caixilhos e vidros das janelas. A industrialização do processo construtivo é um procedimento cada vez mais usual entre os arquitetos e as construtoras, uma vez que a construção racionalizada através de componentes industrializados garante rapidez e qualidade, características cada vez mais valorizadas, tal como demonstrado nesta obra.
Projeto:
Aflalo & Gasperini Roberto Aflalo Filho Área construída: 34.300 m2 Aço empregado: ASTM-A36
Multigrade
Peso da estrutura: 1880 ton. Coordenação de projeto:
Renato Trussardi Paolini Arquitetos colaboradores:
Paola Vena Curatolo Vanessa Contesini Francisco Projeto estrutural:
Codeme Engenharia Fornecedor da estrutura em aço:
Codeme Engenharia Construção:
Método Engenharia Cliente:
Visto de longe, o edifício apresenta-se perante à cidade tal qual um totem urbano.
Triedro Engenharia e Construções Ltda, Scrak Participações e Administração Ltda, M5 Engenharia Ltda, Kamo Participações Ltda, EAS Incorporadora e Administração de Bens S/C Ltda, AAM Empreendimentos e Construções Ltda, MC4 Empreendimentos Ltda, CNH Participações e Empreendimentos Ltda, Vivenda Nobre Incorporadora Ltda, Luís Sucar e Victor Sucar Local:
São Paulo - SP Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2002
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Aflalo & Gasperini
Grupo Pão de Açúcar Proximidade com as demais construções do grupo Pão de Açúcar justifica uma contextualização que não abre mão de uma arquitetura atualizada
O partido espacial se faz através da justaposição de dois volumes de alturas distintas.
Tendo como vizinhas tanto a primeira loja do grupo empresarial como a atual sede da diretoria, este novo edifício teve que lidar simultaneamente com vários aspectos: integração arquitetônica com um conjunto edificado ainda em desenvolvimento (segundo um plano diretor elaborado pelos mesmos arquitetos), uma imagem contemporânea associada com eficiência e reduzido tempo de construção. Além disso, houve a necessidade de modificar o projeto já com a obra em andamento, uma vez que novos terrenos foram adquiridos quando os níveis inferiores do edifício já estavam executados. Tal integração foi resolvida através de uma volumetria em dois níveis, um dos quais se relaciona com o entorno, e pelo uso de materiais que no térreo dialogam com as demais construções pré-existentes. Se, por um lado, a opção pela estrutura de aço era inicialmente menos importante, num segundo momento ela mostrou-se fundamental para o êxito da construção. Trata-se, portanto, de uma obra na qual a adoção de um sistema construtivo industrializado viabilizou o desempenho arquitetônico, e o
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Aflalo & Gasperini
Grupo Pão de Açúcar
projeto sofreu alteração sem traumas, atendendo as expectativas do cliente. Com uma modulação de 7,5 x 15 m, a estrutura de aço recebeu ainda lajes steel deck, painéis de vedação em concreto pré-moldado fixados através de inserts metálicos diretamente na estrutura, além de caixilharia com modulação de 2,5 por 2,5 m e vidros refletivos nas fachadas. O resultado é um projeto cuja volumetria apresenta certo dinamismo, com a arquitetura atraente e ao mesmo tempo racionalmente modulada, condição necessária para um edifício de múltiplos andares com 15.000 m² de área construída.
No alto do edifício, um heliponto serve de coroamento ao conjunto.
O recuo do térreo do plano da fachada, contraposto por uma marquise, cria um jogo de luz e sombra que valoriza o acesso.
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Aflalo & Gasperini Projeto:
Aflalo & Gasperini Luiz Felipe Aflalo Herman Roberto Aflalo Filho Gian Carlo Gasperini Área construída: 15.000 m2 Aço empregado: ASTM-A36
Grupo Pão de Açúcar
Durante o dia, o exterior é fortemente marcado pelo contraste entre homogeneidade quase branca dos painéis de concreto e a luminosidade escura do vidro refletivo.
Peso da estrutura: 635 ton. Coordenação de projeto:
Luiz Felipe Aflalo Herman Arquitetos colaboradores:
Milene Sabbag Abla Jonatas Campos Olim Caio Rocha Paola Curatolo Emiliana de Andrade Projeto estrutural:
Eduardo Assis Fonseca Lúcia Fadini de Leon Tanure Fornecedor da estrutura de aço:
Codeme Engenharia Construção:
Racional Engenharia Cliente:
Grupo Pão de Açúcar Local:
São Paulo - SP Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2001
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As fachadas foram resolvidas com o uso de painéis pré moldados de concreto, além de caixilhos e vidros refletivos.
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Sérgio Teperman
Conselho Regional de Química Num endereço badalado da capital paulista, prédio de escritórios busca expressar a classe profissional que representa.
Buscando estabelecer uma imagem representativa para o cliente, neste caso, a classe dos químicos, associando-a à face tecnológica de um conjunto extremamente avançado em termos construtivos e de instalações, foi possível oferecer uma área livre de escritórios com 562,5 m² por andar, sem pilares internos e sem exageros estruturais. Assim, utilizando-se a estrutura de aço como um sistema racional, repetitivo e modular e adotando-se um eficiente sistema de montagem, foi concluída, em pouco mais de um ano, uma obra de acabamento refinado em meio à intensidade do trânsito da Oscar Freire. Trata-se portanto de resposta consciente dos arquitetos a um programa e um terreno, com todas as suas peculiaridades. Fazendo uso do jogo de recuos na tentativa de aumentar o volume do edifício, foi introduzido um vazio vertical longitudinal que se desenvolve desde o térreo até a
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Vista externa do edifício, cuja imagem é de equilíbrios entre verticais à direita e as linhas horizontais à esquerda.
Sérgio Teperman Projeto:
Sérgio Teperman Koichi Shidara Susete Taborda
Conselho Regional de Química
Área construída:
7.500 m2 Aço empregado: AR-COR250
e ASTM-A36
Peso da estrutura: 270 ton. Coordenação de projetos: Sérgio Teperman Projeto estrutural:
Ernesto Tarnoczi Beltec Engenharia Ltda Fornecedor da estrutura em aço:
ALUFER S.A. Gerenciamento da construção:
Francisco Morato / CRQ Construção: MPD
Um vazio interno, desenvolve-se desde o térreo até a cobertura, criando um espaço de transição entre o exterior e os ambientes de trabalho.
Vista posterior, na qual a reflexão dos vidros se vê emoldurada pelas linhas da estrutura de aço.
Engenharia
Cliente:
Conselho Regional de Química – IV Região Local:
São Paulo - SP Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2002
n.02 edifícios de múltiplos andares
cobertura, deixando visíveis as plataformas de circulação e serviços. Trata-se de um espaço elegante, aliás como toda a obra, em que a estrutura de aço aparente valoriza a leveza do ambiente. Os interiores foram projetados com um sistema modulado de 1,25 x 1,25 m para forro, luminárias, ar condicionado, esquadrias, divisórias, instalações eletro-eletrônicas, proteção contra incêndio e piso elevado, o que permitiu que um conjunto inicialmente concebido para espaços abertos fosse depois totalmente dividido em salas, adaptando-se melhor às demandas do cliente.
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Alberto Botti e Marc Rubin
Centro Empresarial do Aço Emblemático e imponente, uma demonstração convincente das reais possibilidades da construção em aço.
Razão de ser do próprio edifício, o Centro Empresarial do Aço foi idealizado para abrigar empresas vinculadas às indústrias siderúrgicas como um todo. Quanto ao projeto propriamente dito, as dimensões do terreno, aliadas às restrições de altura em função da proximidade com o aeroporto de Congonhas, motivaram uma solução em duas torres quadradas articuladas entre si por um espaço intermediário que configura um pátio coberto entre os blocos. O resultado é um conjunto edificado que surpreende os usuários: enquanto a imagem externa apresentase imponente, destacando-se por seu volume e
Projeto:
Alberto Botti Marc Rubin Área construída:
78.584,73 m2 Aço empregado: ASTM-A441
Estruturalmente, o edifício foi resolvido com colunas tubulares apoiando uma grande viga verandel no alto, que por sua vez, atirantam as vigas dos andares, também apoiadas nas colunas.
Peso da estrutura: 4850 ton. Arquiteto colaborador:
João Walter Toscano Projeto estrutural:
Figueiredo Ferraz Fornecedores da estrutura em aço:
ALUFER S.A. Pierre Saby Sade Construção:
Método Engenharia Cliente:
FEMCO – Fundação COSIPA de Seguridade Social Local:
São Paulo - SP Data do projeto: 1989 Data de conclusão da obra: 1993
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Centro Empresarial do Aço
Internamente, um pátio de dimensões monumentais valoriza o ambiente e organiza a distribuição dos espaços de trabalho.
pela coloração azulada e uniforme dos vidros refletivos, internamente o pátio coberto, que alcança toda a altura do conjunto, é diluído pela luz zenital que banha todo o espaço, subdividido horizontalmente pela marcação das vigas de aço.
Deixado panfletariamente a mostra, a estrutura de aço oferece aqui imagens de grande plasticidade.
Estruturalmente o edifício resolve-se através de vigas vierendeel de altura monumental, localizadas na cobertura; estas, por sua vez, estão apoiadas em colunas cilíndricas de um metro de diâmetro, posicionadas em cada um dos cantos das torres. Deste modo, há apenas duas colunas, afastadas 40 metros, em cada face das fachadas de cada bloco. Já os andares se apoiam nas colunas e nos tirantes de aço suspensos a partir da viga vierendeel. Trata-se, evidentemente, de uma solução bastante engenhosa que visa
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demonstrar a versatilidade e eficácia da estrutura em aço e que permitiu uma grande flexibilidade na ocupação e divisão dos espaços internos. Deixou-se à mostra toda a estrutura de aço, protegida por pintura betuminosa na cor prata. Contrastando com a estrutura, o vidro foi utilizado extensamente nas fachadas externas e no monumental pátio central. O resultado é uma obra antenada com a produção contemporânea e com a imagem simbólica desejada. A ligação dos tubos de aço com as vigas dos andares procurou valorizar a lógica da construção metálica.
Os vidros refletivos da fachada funcionam como grandes painéis de fundo que destacam os elementos da estrutura.
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Durante a execução, quando a estrutura de aço estava totalmente à mostra, podia-se perceber a complexidade construtiva e projetual do edifício.
realização:
produção:
www.ufes.br/~nexem/
www.cbca-ibs.org.br email: cbca@ibs.org.br
apoio:
www.ibs.org.br
fotos:
material para publicação:
capa: Marcílio Gazzinelli e Paulo Batista (Edifício Capri) p. 4: Marcelo Aniello p. 5: Marcelo Aniello p. 6: Marcílio Gazzinelli p. 7: Marcílio Gazzinelli p. 8: Marcílio Gazzinelli e Paulo Batista p. 9: Marcílio Gazzinelli e Paulo Batista p. 10: Marcílio Gazzinelli e Paulo Batista p. 11: Carlos Eduardo de Oliveira Santos p. 12: Carlos Eduardo de Oliveira Santos p.13: Carlos Eduardo de Oliveira Santos p. 14: Nelson Faverzani p. 15: Nelson Faverzani p. 16: Sara Gusmão Ferreira p. 17: Sara Gusmão Ferreira p. 18: Sara Gusmão Ferreira p. 19: Sara Gusmão Ferreira p. 20: Nelson Kon p. 21: Nelson Kon p. 22: Nelson Kon p. 23: Carlos Gueller p. 24: Carlos Gueller p. 25: Carlos Gueller p. 26: Nelson Kon p. 27: Nelson Kon p. 28: Marcello Anielo p. 29: Marcello Anielo p. 30: Marcello Anielo e acervo Botti e Rubin
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impressão:
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Gráfica Santonio
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próximo número: Terminais de Passageiros
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