Prêmio Jovem Extensionista

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Universidade Federal do Pará Pró-Reitoria de Extensão

Prêmio Jovem Extensionista

Jornada de Extensão 2014

Direitos Humanos & Tecnologia


Prêmio Jovem Extensionista Editoração eletrônica Érika Maia Lima José Ailton Faro de Noronha Felipe Leite Nazareth José Peixoto da Costa Neto Editor Mauro José Guerreiro Veloso Maria Bernadete Souto do Nascimento Catalogação Jane do Socorro Sampaio

Maria Bernadete Souto do Nascimento Contatos Fone: 3201-8391 e 3201-7260 e-mail: jornadaext@ufpa.br

Pró-Reitoria de Extensão da UFPA Endereço: Rua Augusto Corrêa, 1 Cidade Universitária Prof. José da Silva Netto – Campus Básico Telefones: (91) 3201-7260, 3201-8391, 3201-8812 e-mail: proex@ufpa.br © Direitos de cópia/copyright 2014 Por/by PROEX/UFPA

ISSN 2176-7246

Belém - PA 2014


Universidade Federal do Pará Pró-Reitoria de Extensão Reitor Carlos Edílson de Almeida Maneschy Vice-Reitor Horácio Schneider Pró-Reitor de Administração Edson Ortiz de Matos Pró-Reitora de Ensino de Graduação Maria Lúcia Harada Pró-Reitor de Extensão Fernando Arthur de Freitas Neves Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Emmanuel Zagury Tourinho Pró-Reitora de Planejamento Raquel Trindade Borges Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal Edilziete Eduardo Pinheiro de Aragão Pró-Reitor de Relações Internacionais Flávio Sidrim Nassar

Coordenação Geral Fernando Arthur Freitas Neves Coordenação Executiva Mauro José Guerreiro Veloso Leonardo José Araujo Coelho de Souza José Maia Bezerra Neto Coordenação Multicampi Carlos Alberto Cordeiro e Neide Lobão (Bragança) Luiz Marcelo de Lima Pinheito (Breves) Doriedson Rodrigues (Cametá) Assunção José Pureza Amaral (Castanhal) Coordenação Acadêmica Maria Bernadete Souto do Nascimento, Jane do Socorro Sampaio, Thaís do Socorro Carvalho, André Luís Moraes, Jânio Maciel da Silva, Renata Andrade, José Peixoto Neto, Coordenação Serviços Ana Maria Barbosa Sena, Salomy Lobato, Tatiana de Melo Castelo Branco Sauma Coordenação Cultural Leonardo José Araujo Coelho de Souza, Antônio Cândido Neto, Odete Barbosa Gonçalves Coordenação de Comunicação Ailton Faro, Pedro Loureiro, Joana Sena, José Peixoto Neto, Dayanne Eguchi, Fernanda Libdy, Lucas Muribeca, João Loureiro, Lidia Saito Coordenação de Infra Estrutura e Logística Antônio Cândido, Maria Vilma Figueredo, Silvana Nascimento, Nélio Borges de Sousa, Kátia Limão, André Moraes, Rosângela Nunes, Cláudia Nóvoa Coordenação Tecnologia da Informação Érika Maia Lima, Robson Santos Silva, Priscila Sayuri Lameira, Suelen Braga Brabo, Felipe Leite de Nazareth Apoio Jânio Maciel da Silva, Renata Andrade, Carina Pereira, Maria da Graça Brito, Gedson Thiago Borges, Heliny da Silva Nogueira, Tatiany dos Reis


SUMÁRIO

1- Laboratório de Engenhocas no Ensino Médio de Tucuruí-PA: Incentivando a Formação de Futuros Engenheiros 2- Comunicação PARA a Cidadania e Popularização da Ciência: Os Desafios da Divulgação da Ciência e da Extensão Universitária 3- Libras e Cultura Surda: Identidade e Espaço para Comunicação 4- Estado Nutricional e Promoção de Alimentação Saudável Em uma Escola Pública da Cidade de Belém/PA 5- Laboratório de Desenvolvimento de Ideias Tecnológico 6- Ações Interdisciplinares: Possibilitando o Direito à Saúde na Terceira Idade da Comunidade Bom Jesus I, Belém-PA 7- Arqueologia e o Público no Engenho do Murutucu 8- PRADIME: Uma Proposta de Capacitação de Dirigentes Municipais de Educação 9- Caápuam do Combú – Autoavaliação da Saúde e Morbidade Referida pela População Ribeirinha do Arquipélago do Combú no Município de Belém – PA 10- O Cotidiano de Familiares de Pacientes Internados na UTI 11- Curso de Solidworks - Desenvolvimento de Desenhos 2D e 3D Voltado para Discentes de Engenharia e Para Alunos do Ensino Médio 12- Contribuição com a Vigilância Epidemiológica em Doença de Chagas no Estado do Pará 13- Programa de Capacitação em Regularização Fundiária de Interesse Social: Movimentos Sociais e Efetivação do Direito Humano à Moradia 14- Projeto Infância em Tela: Debatendo Direitos por Meio da Arte Cinematográfica 15- Empoderando Escolas Públicas de Belém-PA para o Enfrentamento da violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes Através de uma Educação com Viés em Direitos Humanos

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LABORATÓRIO DE ENGENHOCAS NO ENSINO MÉDIO DE TUCURUÍ-PA: INCENTIVANDO A FORMAÇÃO DE FUTUROS ENGENHEIROS Educação e Meio Ambiente Patrícia Mota Milhomem Universidade Federal do Pará – Campus de Tucuruí (UFPA – CAMTUC) Autores: Patrícia M. Milhomem; Diorge de Souza Lima RESUMO Sabe-se que a engenharia se destaca por ser uma das profissões mais antigas, no entanto o seu desenvolvimento permanece de grande relevância para o progresso econômico e até mesmo sustentável de uma nação. Desta maneira, necessita-se da constante qualificação de profissionais para este segmento. Todavia, um dos obstáculos para adquirir tais resultados imprescindíveis no mercado de trabalho, está relacionado com à imensa dificuldade encontrada em diversas escolas públicas aos níveis fundamental ao ensino médio em incentivar os alunos a familiarizem-se com as matérias exatas, relevantes para a eficiência no decorrer da graduação em engenharia. Dessa forma, o presente artigo tem por objetivo demonstrar as atividades desenvolvidas pelos alunos do ensino médio participantes do projeto Laboratório de Engenhocas no Ensino Médio, sendo o projeto desenvolvido pelo Programa de Extensão Laboratório de Engenhocas localizado na Universidade Federal do Pará/Campus Tucuruí, o mesmo tem como intuito aprimorar a metodologia de ensino e aprendizagem e incentivar os alunos a profissionalizarem-se em uma das áreas da engenharia. Nessa perspectiva o projeto está sendo executado na escola estadual de nível médio Rui Barbosa, onde se trabalha diretamente com um grupo de alunos a execução de projetos científicos, com o intuito de aproximá-los da universidade. Dessa forma, o projeto já conquistou alguns resultados, dentre eles, trabalhos finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE12) e aprovações de alunos em cursos de engenharia. Palavras-chave: Ensino Médio, Atividades Experimentais, Engenharia.

INTRODUÇÃO A engenharia é uma das mais antigas e importantes profissões do mundo, através do seu conhecimento o homem foi e é capaz de produzir e construir estruturas até então duvidosa aos olhos humanos. Além disso, sua relevância deve-se ao desenvolvimento econômico e social de um país, por isso o que se observa atualmente no mercado brasileiro é uma grande 4


demanda por profissionais qualificados nesse segmento, ou seja, profissionais capazes de trabalharem em equipe, que possuem atitude pró-ativa na resolução de problemas reais, consigam absorver e aplicar novas tecnologias desenvolva cultura empreendedora baseada na inovação tecnológica, responsabilidade socioambiental, ter bons conhecimentos teóricos especializados, treinamento em pesquisa, boa comunicação oral e escrita e pensamento inovador ao longo da vida profissional (LEHMANN, 2008 e SILVA, 2011). Entretanto, o que se observa é uma decadência na formação de engenheiros qualificados no Brasil decorrente na sua maioria do processo de ensino-aprendizagem. Conforme Campos et al., (2011) os currículos dos atuais cursos de engenharia no Brasil, estão estruturados de modo que os conhecimentos estão compartimentados em disciplinas estanques, não dão conta dessas demandas em razão multidisciplinaridade da formação exigida do engenheiro nos dias atuais. Outro motivo que justifica essa escassez de engenheiros qualificados está correlacionado ao Ensino Médio onde os alunos não são incentivados a gostar das matérias exatas, relevantes para a eficiência no decorrer da graduação em engenharia. Em vista disso, o presente artigo possui como objetivo demonstrar o trabalho que vem sendo realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Rui Barbosa através do projeto “Laboratório de Engenhocas no Ensino Médio”, realizado pelo Programa de Extensão Laboratório de Engenhocas do Campus de Tucuruí. Onde já se obteve vários resultados e vem sendo realizadas várias atividades, como a realização de diversos treinamentos para aperfeiçoar a comunicação entre outras habilidades, simultaneamente a aptidão para as ciências exatas, a metodologia de ensino e aprendizagem, para posteriormente poderem adquirir eficiência ao ingressarem nas universidades. METODOLOGIA Como meio de levar para além dos limites da universidade a metodologia implantada pelo Laboratório de Engenhocas (UFPA-CAMTUC), ou seja, o desenvolvimento de atividades científicas que despertam nos alunos a afinidade às engenharias utilizando-se de uma metodologia que aborda conceitos físicos, químicos e matemáticos através da criação de experimentos com materiais reutilizáveis e/ou de baixo custo, além de ressaltar com os mesmos a conscientização da responsabilidade socioambiental (Silva, 2012). No ano de 2013 foram selecionados sete alunos da escola estadual de Ensino Médio Rui Barbosa para incentivá-los a obterem um nível superior em um curso de engenharia.

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Almejando a conquista desse objetivo, várias atividades já foram executadas e outras continuam em andamento, a começar pela própria seleção dos bolsistas onde os mesmos participaram de um treinamento desenvolvido por integrantes do Laboratório de Engenhocas do CAMTUC, docentes e discentes da UFPA – Campus Tucuruí, ao término do treinamento os alunos apresentaram um experimento sendo possível analisar individualmente suas habilidades. Desenvolveram-se também relatórios científicos sobre o experimento apresentado, nesta fase foi realizado um minicurso para redações científicas e a ambientação na utilização de ferramentas computacionais, com intuito de inicialmente aprimorarem a caligrafia e ortografia. Desde a criação das equipes, definiu-se que os alunos do nível médio deveriam passar por todos os projetos desenvolvidos pelo Programa de Extensão Laboratório de Engenhocas do Campus Universitário de Tucuruí (CAMTUC), sendo estes: Engenhatube Camtuc, Jogoteca Tucunaré, Introdução a Nanotecnologia e Supercondutividade, Feira de Ciências e Introdução a Robótica, como já o fizeram. No ano de 2012 os alunos participantes do projeto, realizaram a II Feira de Ciências da Escola Estadual Rui Barbosa e desenvolveram projetos de pesquisa que foram apresentando na FEBRACE 12. Durante esse ano de 2013 as atividades continuam em andamento, foram selecionados mais alunos para participarem do projeto na escola Rui Barbosa, houve também treinamento de Metodologia Cientifica e como realizar e organizar uma Feira de Ciências para os professores e alunos da presente instituição como também da escola estadual Ribeiro de Souza, nesta ocasião, ocorreu a participação do Professor Gilberto Silva organizador da Feira de Ciências do Moju - Pa uma das Feiras credenciadas a FEBRACE, o mesmo, ministrou palestras de Iniciação Científica e relatou sobre a sua experiência na organização e realização de feiras científicas e a importância no desenvolvimento desses eventos para o progresso científico e tecnológico do país. Os alunos estão organizando a III Feira de Ciências da Escola Rui Barbosa, assim como a Feira Regional do Município de Tucuruí. Os mesmos estão desenvolvendo vários projetos de pesquisa como “O Iogurte Medicinal” onde será acrescento ervas medicinais na composição do mesmo, o outro projeto é o “Meu Peixe” onde irá utilizar as carcaças dos peixes de peixarias da região para ser acrescento como adubo orgânico na horta escolar, além dos projetos utilizando arduínos, o intuito é apresentar esses projetos na III Feira de Ciências da Escola Estadual Rui Barbosa assim como ser submetidos para a FEBRACE 13.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

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Desde o início do projeto já foram realizadas várias atividades com o intuito de motivarem os bolsistas pelas disciplinas fundamentais em um curso de engenharia, como matemática, física e química. Essa motivação deve-se principalmente pelo desenvolvimento de projetos que utilizam materiais alternativos, como também da aproximação e interação entre eles e a universidade. A título de informação foi realizado um debate com os bolsistas a respeito do andamento do projeto, a influência do mesmo na sua carreira profissional, as habilidades desenvolvidas e adquiridas até então e como gostariam que fossem ministradas as aulas de física, química e matemática na sua escola, além de opinarem a respeito do papel do professor e do aluno. O debate foi surpreendente, os alunos agradeceram pela oportunidade concedida, outros relataram que antes de participar do projeto não refletiam a respeito de prestar vestibular, mas após executar algumas atividades e se aproximar do ambiente universitário, começaram a se planejar e dedicar a maior parte do tempo para estudar, com intuito de obter bons resultados no vestibular. Outros enfatizaram o seu desenvolvimento na comunicação com o público, que atualmente apresentam os trabalhos escolares com mais segurança e determinação. No entanto, o comentário enfatizado com unanimidade foi referente às aulas de exatas todos argumentaram a relevância de relacionar a teoria com a prática, pois assim haverá motivação e dedicação dos alunos em aprender ciência em geral. Outros foram mais adiante em relatar que a prática da experiência facilita o entendimento dos fenômenos físicos e químicos que acontecem no cotidiano. Além, de tornar as aulas mais prazerosas, uma vez que as experiências podem ser apresentadas com caráter lúdico. Para comprovar a eficácia do projeto foi encaminhado ao Prêmio Jovem Cientista no ano de 2012 o projeto de pesquisa realizado pelos bolsistas do Colégio Rui Barbosa, cujo título “Índices da qualidade da água em bairros de Tucuruí – Pa – Criação de um Filtro Ecológico”. Os alunos do projeto também submeteram relatórios à FEBRACE 12, onde obtiveram 3 projetos finalistas, sendo eles: “Implantação de um Aquecedor Solar de Baixo Custo na Amazônia”, “Proposta de produção de um gerador de Van de Graaff de baixo custo destinado ao laboratório multidisciplinar da EEEM Dep. Raimundo Ribeiro de Souza”, “Qualidade da água na zona urbana de Tucuruí e a proposta de criação de um filtro de baixo custo”. Para as discentes de graduação orientadoras do projeto, as mesmas conseguiram publicar o artigo “Uma abordagem de ensino-aprendizagem baseada na proatividade dos alunos de ensino médio em Tucuruí” publicado em anais do XLI Congresso Brasileiro de

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Educação em Engenharia - COBENGE – 2013 (MILHOMEM et al., 2013), como também no International Symposium on Project Approaches in Engineering Education – PAEE 2014 através do artigo “Estratégias Ativas de Aprendizagem Aplicadas em Escola de Ensino Médio na Região Amazônica” (MILHOMEM, et al., 2013).

CONCLUSÃO Nessa perspectiva o intuito do trabalho foi demonstrar a iniciativa do Programa de Extensão Laboratório de Engenhocas junto aos professores das escolas estaduais do município de Tucuruí que almejam fomentar nos alunos a vontade de obter o nível superior em um curso de engenharia. REFERÊNCIAS LEHMANN,M; CHRISTENSEN,P.; du, x. E thrane, t (2008). Problem oriented and project based learning as an innovative learning strategy for sustainable development in engineering education. European journal of engineering education, v. 33, n. 3, pp. 281- 293. CAMPOS, L. C., DIRANI, E. T., & MANRIQUE, A. L. (2011). Educação em Engenharia. Novas abordagens. (p. 280). São Paulo: EDUC. MILHOMEM, Patrícia M., BEZERRA, Waldson M., SOUZA, Daniel A., FONSECA, Wellington d., BARROS, Fabrício B. (8-9 de July de 2013). Aplicando a metodologia PBL na região Amazônica para incentivo ao Estudo em Engenharia. International Symposium on Project Approaches in Engineering Education - PAEE 2013. MILHOMEM, Patrícia M., SILVA, Jéssica L M., LIMA, Diorge de S., FONSECA, Wellington da S. Uma abordagem de ensino-aprendizagem baseada na proatividade dos alunos de ensino-médio em Tucuruí. In: Anais do XLI CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA. Gramado – RS: UFRGS, 2013. SILVA, D. C. (novembro de 2012). Laboratório de Engenhocas: Incentivando a formação de engenheiros com o uso de experimento de baixo custo na Amazônia. XV Jornada de Extensão da UFPA, pp. 1-6. MILHOMEM, P. M., DIORGE S. L., FONSECA, W. d., BARROS, F. B. & CARDOSO, M. N., (8-9 de July de 2013). Estratégias Ativas de Aprendizagem Aplicadas em Escola de Ensino Médio na Região Amazônica. International Symposium on Project Approaches in Engineering Education - PAEE 2014.

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COMUNICAÇÃO PARA A CIDADANIA E POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA: OS DESAFIOS DA DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA E DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Área Temática: Comunicação Responsáveis pelo Trabalho: Kleyton Silva Orientação: Profa. Dra. Rosane Maria Albino Steinbrenner Unidade Acadêmica: Instituto de Letras e Comunicação (ILC) Nome dos Autores: Kleyton Silva1; Lidyane Albim2; Tarcízio Macedo3 RESUMO: O presente trabalho é uma síntese das atividades e resultados que envolvem a comunicação estratégica para o fortalecimento da cidadania, por meio da popularização da Ciência e da Extensão Universitária, realizados pelo projeto de extensão da Faculdade de Comunicação (FACOM), da Universidade Federal do Pará (UFPA) intitulado Comunicação para a Cidadania e a Popularização da Ciência, que integra as ações da Agência Cidadã de Comunicação da FACOM. Foram realizadas ações para três eventos: o 9º Colóquio de Fotografia e Imagem; o Seminário Nacional "Rádios Comunitárias para Todos os Povos"; e o 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU). Foi possível perceber nas ações desenvolvidas o enorme desafio que em especial a popularização da Extensão enfrenta para dar visibilidade a um setor permeado por escassez de informações e de recursos, que ainda muito carece de reconhecimento institucional e social. Palavras-chave: Comunicação Estratégica; Extensão Universitária; Popularização da ciência. INTRODUÇÃO Promover o diálogo inclusivo e democrático entre saberes por meio da comunicação estratégica. Esta ideia, em síntese, foi o que moveu a articulação do projeto “Comunicação para a Cidadania e a Popularização da Ciência, aprovado em Edital Transversal, como ação integrada e segunda etapa da Agência Cidadã de Comunicação, projeto desenvolvido por alunos e professores da Faculdade de Comunicação da UFPA. Neste resumo, o que buscaremos apontar é , primeiramente, o contexto epistemológico no qual se situam as tensões e desafios da divulgação científica e da própria Extensão Universitária em si, principal foco das ações desenvolvidas pelo projeto de junho de 2013 à junho de 2014. Na sequ6encia, apresentaremos os resultados obtidos e as perspectivas e dilemas enfrentados. 1

Graduando do 8º semestre de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Pará. Graduando do 6º semestre de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Pará. 3 Graduando do 6º semestre de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Pará. 2

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Racionalidade científica e senso comum O que moveu durante séculos a chamada ciência moderna foi o modelo de racionalidade, surgido a partir da revolução científica do século XVI e melhor desenvolvido nos séculos seguintes, no qual o domínio permaneceria concentrado nas ciências naturais. Quando tal modelo de racionalidade aproximou-se das ciências sociais emergentes do século XIX, tornando-se global, impõem-se uma fronteira visivelmente vigiada para tentar se defender de duas formas de conhecimento não científico, intrusas e desnorteadoras (consideradas irracionais): o senso comum e os estudos humanísticos ou humanidades (SANTOS, 1987, p. 10). Essa característica da ciência moderna fez com que um novo paradigma surgisse, o de uma ciência pós-moderna que, ao contrário de sua antecessora, sabe que nenhuma forma de conhecimento detém a racionalidade em si própria, que só é possível alcançá-la por meio do diálogo com as várias formas de conhecimento, sobretudo o saber comum, que orienta as ações e confere sentido às vidas. É sabendo disso que essa ciência pós-moderna procura reconhecer o senso comum, procurando nele virtualidades para compreender a nossa relação com o mundo. O dever da divulgação científica é o de “sensocomunizar” a ciência, popularizá-la e traduzir o conhecimento científico para um saber prático, em um autoconhecimento que se deve transcrever em sabedoria de vida, acessível a qualquer pessoal, pois, conforme Souza, “todo conhecimento científico visa constituir-se em senso comum” (1987, p. 55), convertendo-se em um benefício social compartilhado com a sociedade. Ao analisar a relação de trabalho entre os camponeses e o agrônomo, ao qual foi atribuída a função de “extensionista”, o pesquisador Paulo Freire (1983) afirmou que objetivo da extensão “não é estender suas mãos, mas seus conhecimentos e suas técnicas”, e de que só há sentido se a presença humana for levada em consideração. O mesmo conceito se aplica à educação, uma vez que o conhecimento adquirido dentro das Universidades não pode ser guardado a sete chaves, mas compartilhado e edificado com a participação da comunidade. É nesse sentido que o projeto Comunicação para a Cidadania e a Popularização da Ciência, que integra as ações da Agência Cidadã de Comunicação da Faculdade de Comunicação da UFPA, buscou promover a divulgação da ciência e das atividades extensionistas, visando ao fortalecimento da cidadania. A Agência Cidadã de Comunicação é um projeto de Extensão da Universidade Federal do Pará que, em sua fase inicial, em 2012, surgiu com o propósito de implantar os conceitos de Comunicação

Institucional

em

empreendimentos

econômicos

solidários

(agenciacidadaufpa.blogspot.com.br) e, assim, promover a transformação social que é o centro da Extensão Universitária. Após essa primeira fase, voltou-se à elaboração e ao desenvolvimento do

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planejamento da comunicação para a cidadania e a popularização da ciência, constituindo um projeto específico para este fim, aqui apresentado, e que atuou efetivamente na comunicação estratégica de dois eventos nacionais e um local: o 9º Colóquio de Fotografia e Imagem, em junho de 2013; o Seminário Nacional "Rádios Comunitárias para Todos os Povos", em novembro de 2013; e o 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), evento nacional realizado pela UFPA, em maio de 2014. Os eventos acima tiveram como foco central a popularização das atividades relacionadas à atividades científicas ou extensionistas, dentro ou fora da universidade. Sobre esse assunto, é importante pensar qual o propósito que se pretende alcançar, já que, conforme Marcelo Germano (2006) há diferentes formas de se abordar a temática científica, cujos termos são frequentemente tratados como se fossem análogos: vulgarização da ciência, divulgação científica, alfabetização científica e popularização da ciência. O foco que adotamos aqui é a popularização científica, cujo objetivo é colocar a ciência “no campo da participação popular e sob o crivo do diálogo com os movimentos sociais”, ou como explica o autor,“é convertê-la ao serviço e às causas das maiorias e minorias oprimidas numa ação cultural que, referenciada na dimensão reflexiva da comunicação e no diálogo entre diferentes, oriente suas ações respeitando a vida cotidiana e o universo simbólico do outro” (GERMANO, 2006, p. 20). Entende-se, portanto, que, para aproximar os saberes tradicionais e acadêmicos, é preciso adotar uma linguagem que seja compreensível a ambos para a construção de um conhecimento único e edificante. MATERIAL E METODOLOGIA A equipe, formada por alunos do Curso de Comunicação Social – Jornalismo e Publicidade e Propaganda - um bolsista, três voluntários regulares e cerca de dez voluntários episódicos durante os eventos, tanto da FACOM/UFPA quanto do Curso de Jornalismo da FAP/Estácio - centrou-se na organização comunicacional de três eventos principais destacados a seguir, desenvolvendo o planejamento e a execução da comunicação estratégica em vários suportes midiáticos – material impresso, audiovisual e on line (site e redes sociais). Para atender o princípio da comunicação integrada que prevê a participação de várias áreas da comunicação em organizações (KUNSH, 2003), o projeto estabeleceu parceria com a Oficina de Criação, laboratório extensionista do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação da UFPA. 9º Colóquio Fotografia e Imagem: Autografias A Associação Fotoativa foi o primeiro evento para o qual o projeto desenvolveu ações de comunicação institucional, visando à realização da 9ª edição do Colóquio Fotografia e Imagem, 11


que ocorreu de 19 a 22 de junho de 2013. Optou-se pelo uso de ferramentas comunicacionais em diversas mídias, priorizando as de mídias digitais (texto, áudio e vídeo em redes sociais na internet). Os bolsistas participaram de oficinas de formação e treinamento em comunicação, buscando-se especialmente a popularização da ciência, a partir dos objetivos e públicos-alvo. Seminário Nacional "Rádios Comunitárias para Todos os Povos" Promovido pela Associação Mundial de Rádios Comunitárias - AMARC Brasil, o seminário foi realizado em 29 de agosto de 2013, abordando o direito à comunicação de populações indígenas, comunidades tradicionais e em áreas rurais do País e assim garantir o acesso pleno à comunicação desses grupos. Foram desenvolvidas as ações de administração das redes sociais; cobertura fotográfica e audiovisual; identidade visual e peças (banner; cartaz; backdrop); clipping; release; convite virtual; estrutura; produção; assessoria; edição. 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária – CBEU Realizado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, a sexta edição do Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) foi o terceiro e mais maior cliente do projeto. A ação foi voltada à prestação de assessoria institucional ao evento nacional, realizado entre 19 e 22 de maio de 2014, em Belém.O congresso, que reuniu cerca de 4 mil participantes, teve como tema os “Diálogos da Extensão: saberes tradicionais e inovação científica” e permitiu a socialização e troca de experiências, bem como contribuiu para a elaboração de estratégias para o futuro da Extensão Universitária no Brasil. A Agência Cidadã, como projeto matriz, integrou a Comissão de Comunicação do 6º CBEU, com o apoio da Proex e Instituições parceiras. As ações promovidas objetivaram a visibilidade e promoção da Extensão Universitária, dentre elas, destacam-se a elaboração do plano de Comunicação; releases; produção do conteúdo do site; criação e administração das redes sociais digitais; convite virtual; produção de boletins quinzenais; organização de pré-eventos; publicação de matérias veiculadas nos jornais locais com produção de fotografias; levantamento de contatos de Instituições de Ensino Superior do Brasil para a construção do mailing do projeto; levantamento de publicações sobre o evento em sites e consequente produção de matérias sobre algumas dessas publicações. RESULTADOS E DISCUSSÃO É importante ressaltar que a participação como bolsistas e voluntários no projeto Comunicação para a Cidadania e Popularização da Ciência/Agência Cidadã nos possibilitou desenvolver o tripé ensino-pesquisa-extensão, dando-nos a oportunidade de vivenciar mais especialmente a realidade da Extensão Universitária. Foi possível perceber que há, nesse aspecto, um longo caminho a se percorrer, já que a comunicação pública das ações da Extensão está

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contingenciada por desafios estruturais que desvendam um cenário de precariedades, marcado por dificuldade de acesso à informação, escassez de publicações específicas sobre o tema, bem como pelo baixo investimento financeiros no setor4. A experiência mostrou o enorme desafio e, portanto, a relevância da comunicação estratégica para a superação de certa invisibilidade institucional, e consequentemente, social, que afeta a Extensão Universitária no país. Este trabalho pode e deve contribuir para refletir-se sobre o processo de ensino-aprendizagem e o papel da comunicação na sociedade para popularizar a ciência e engrandecer o conhecimento tradicional. Dentre os resultados obtidos pelo projeto, destaca-se ainda a contribuição para a obtenção da premiação do 9º Colóquio Fotografias e Imagens que levou o primeiro lugar na terceira edição nacional do edital Conexão Artes Visuais, promovido pelo Ministério da Cultura, Fundação Nacional de Arte e Petrobrás. CONSIDERAÇÕES FINAIS Fortalecer a cidadania por meio da popularização da ciência é uma tarefa que exige dedicação contínua. A Extensão Universitária em especial, foco central das ações do projeto aqui apresentado, ainda carece de investimentos financeiros, reconhecimento institucional e visibilidade social, porém esbarra na dificuldade primeira de escassez de informações oficiais sobre o setor – há censos sobre o Ensino e a Pesquisa no país, mas ainda nada integrado e sistematizado nacionalmente sobre a Extensão no Brasil - além de poucas publicações específicas da área. O papel que o projeto de Comunicação para a Cidadania e Popularização da Ciência, vinculado à Agência Cidadã, buscou justamente articular a construção de um conhecimento mais acessível, que respeite e contribua para o reconhecimento da necessidade do diálogo entre os saberes científico e tradicionais para a transformação social. REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? Disponível em <http://forumeja.org.br/files/Extensao_ou_Comunicacao1.pdf> Acesso em: 22 set. 2014. GERMANO, Marcelo Gomes. Popularização da Ciência: uma revisão conceitual. Disponível em <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/1546/5617> Acesso em: 22 set. 2014. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003. STEINBRENNER, Rosane Maria Albino. Projeto “Agência Cidadã de Comunicação”. Belém, No prelo 2010. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Lisboa: Edições Afrontamento, 1987. 4

O aumento em 2015 do valor de recursos destinados ao principal edital financiador da Extensão no Brasil - o Programa de Extensão Universitária (ProExt 2015), com um montante total estimado em R$ 85 milhões - significa em si um avanço nas políticas públicas para a extensão, porém ainda pequeno se comparado aos investimentos em pesquisa no país – R$ 2,2 bilhões em 2013, somente de recursos do CNPq - e longe de atender às demandas da extensão universitária no Brasil.

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Título: Libras e cultura surda: identidade e espaço para comunicação

Área Temática Principal: Comunicação/Educação Coordenador (a): Prof. Francisco Arimir Alves Cunha Filho Unidade Acadêmica: Campus do Marajó Breves Autora: Renata Kelly Palha Modesto

Resumo: O projeto Libras e cultura surda: identidade e espaço para comunicação tem como meta desenvolver atividades que permitam criar hábito ligados à cultura surda que, ao longo do tempo, estabeleçam, resolutamente, um espaço interacional e físico para a livre manifestação da língua brasileira de sinais. O mesmo se define, inicialmente, como, desenvolvendo práticas pedagógicas que insiram a comunidade acadêmica e citadina nessa nova forma de comunicação gestual. Mais a frente, lança-se à criação espontânea e marcada de práticas efetivamente comunicativas que possam se desenrolar no Campus do Marajó Breves. Os discentes do curso de Letras tem demonstrado grande interesse por essa nova forma de comunicação e se conscientizam que se trata de uma maneira de incluir o sujeito desprovido da audição, promovendo inclusão social. Ao contar com esses elementos e intenções, elaboram-se estratégias por meio de materiais didáticos, constituição de aulas e momentos culturais que promovam a expansão do número de sujeitos falantes de Libras e desenvolvam competência comunicativa gestualmente. Palavras-chave: LIBRAS – comunidade surda – educação especial – inclusão

INTRODUÇÃO O projeto “Libras e cultura surda: identidade e espaço para comunicação” tem como objetivo promover a Língua Brasileira de Sinais no Campus do Marajó Breves para comunidade acadêmica e geral, assim como desenvolver práticas pedagógicas adequadas para formar sujeito usuário de LIBRAS. Tenciona-se, igualmente, com essa ação envolver os discentes do curso de letras para atuarem como professores de LIBRAS, e iniciar a criação de material didático no formato de língua estrangeira voltado para falantes ouvintes que queiram aprender LIBRAS. Neste afã, incluir os sujeitos surdos da cidade é um dos nossos grandes objetivos, para isso haverá a promoção de manifestações artísticas em LIBRAS como teatro e música pelos alunos que participarem de nosso projeto.

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Com isso, pretende-se materializar os objetivos acima na forma das seguintes ferramentas: - o registro de padrões metodológicos de ensino no que se refere a LIBRAS; - a promoção de um espetáculo que reúna, no mínimo, três peças de teatro em LIBRAS para comunidade surda; - a publicação de pelo menos 02 (dois) artigos sobre a prática pedagógica de LIBRAS para o público ouvinte; - o início de produção de um livro didático com o suporte de registro visual (vídeo).

MATERIAL E METODOLOGIA O nosso lócus de trabalho para o atendimento ao público e as reuniões entre a equipe técnica ocorre nas dependências do Campus do Marajó – Breves, voltado para comunidade em geral do Município de Breves e sua comunidade acadêmica, na forma de 60 vagas. Apresentamos a seguir as etapas ou fase que farão parte do nosso plano de trabalho a fim de conseguirmos contemplar os objetivos já acima mencionados: FASE 1:      

Encontros entre o coordenador e equipe de monitores; Seleção dos Discentes; Explicitação do projeto e sua execução; Discussão do embasamento teórico norteador das práticas didáticas; Estabelecimento das primeiras turmas de LIBRAS, ECLEB e período regular; Procedimento efetivo das aulas

FASE 2:     

Escolha de elenco e intérpretes de música; Definição das peças; Elaboração de relatórios ao final de cada Etapa; Ensaios das apresentações artísticas; Apresentação de das peças em LIBRAS.

FASE 3:      

Reuniões para discussão e avaliação das dinâmicas e procedimentos pedagógicos; Leitura de texto da área metodológica e de base comunicativa e acional; Produção de artigos que discutam a realidade pedagógica de LIBRAS; Iniciar a produção do livro didático de LIBRAS; Divulgação dos Resultados Apresentação de Relatório Final do Projeto

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Essas três fases se desenrolarão na corrente do tempo, assumindo a seguinte configuração cronológica para o ano de 2014: Janeiro: Início da Fase 1 e Fase 2 Definição dos Discentes voluntários que farão parte da Equipe técnico-pedagógica do projeto; estabelecimento da orientação teórica, diretrizes do projeto e a divisão de atividades para cada membro integrante; início das oficinas de LIBRAS a começar pelo ECLEB. Preparação para implantação dos cursos livres para o período regular. Definição de espaço e horários para realização dos cursos livres junto a Administração do Campus. Início da escolha de elenco e de narrativas a serem desenvolvidas na forma de teatro. Fevereiro: Continuação da fase 1e fase 2- Divulgaremos na mídia local do oferecimento de 60 vagas para o curso livre gratuito de LIBRAS. Abertura para o procedimento de matrícula e lotação de turmas. Fechamento dos conteúdos e das competências a serem desenvolvidas. Início do funcionamento das aulas do curso livre de LIBRAS. Definição do roteiro da história e adaptação para linguagem gestual para primeira peça.

Março: Continuação da fase 1, fase 2 e início da fase 3- para o mês acima planejam-se 08 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas. No final do mês, acontecerá nossa primeira reunião sobre o desenrolar das atividades e as discussões sobre a condução das aulas programadas para o mês corrente. Daremos inicio às proposições sobre a montagem e confecção do livro didático para ouvintes desejosos de aprenderem LIBRAS. Definição do roteiro da história e adaptação para linguagem gestual para segunda peça. Abril: Continuação da fase 1e fase 2 - para o mês acima planejam-se 09 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas. Procederemos com as primeiras avalições juntos aos alunos que fazem parte das turmas do curso livre. As aulas passarão a ter um registro audiovisual para fins de reflexão no mês vindouro. Definição do roteiro da história e adaptação para linguagem gestual para terceira história. Maio: Continuação da fase 1, fase 2 - para o mês acima planejam-se 08 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas. Continuaremos a registrar as aulas no formato audiovisual visando discutirmos algumas possibilidades de melhorar as interações em sala. Procederemos com o ensaio das três peças de teatro em linguagem de sinais. Para isso, reservaremos o auditório do campus ou alguma sala para a passagem de falas e adaptação ao espaço, levando em consideração a montagem de cenário.

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Junho: Continuação da fase 1, fase 2 e fase 3- para o mês acima teremos um número reduzido de aulas haja vista ser um mês com vários festejos. Planejam-se 04 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas. Na segunda quinzena do mês, acontecerá nossa segunda reunião sobre o desenrolar das atividades e as discussões sobre a condução das aulas programadas para o mês corrente. Definiremos as avaliações para finalização do primeiro nível de LIBRAS. Retomaremos as proposições sobre a montagem e confecção do livro didático para ouvintes desejosos de aprenderem LIBRAS. Apresentaremos nosso espetáculo teatral para o público que vivencia a cultura surda Agosto: Retomada da Fase 1 e Fase 3: Neste mês, o curso livre de LIBRAS se encontra em recesso. O tempo será aproveitado para retomarmos alguns aspectos apresentados no ano de 2013, dando ênfase as metodologias que, de fato, contribuíram para desenvolver competência comunicativa em língua de sinais. Traçaremos os rumos para novas turmas do curso livre, reunindo os alunos do ano anterior e abrindo novas turmas. Discutiremos os caminhos que devem tomar o nível 2 de um curso livre de LIBRAS. Partiremos para as gravações que comporão os diálogos formadores das primeiras lições de nosso livro didático.

Setembro: Continuação da Fase 3: Aproveitaremos o momento de recesso para agilizarmos um pouco mais a confecção de nosso material didático para isso vamos precisar contar com a estrutura mínima de instrumentos de captação de imagem e edição. Coletaremos todo o material possível para já realizarmos alguma divulgação na instituição e fora dela. Produziremos um artigo que tratará dessa questão do ensino de LIBRAS para alunos ouvintes. Outubro: Continuação da Fase 1: Divulgaremos a reabertura, na mídia local, para oferecimento de 40 vagas para o curso livre gratuito de LIBRAS. Procederemos novamente com as matrículas, lotação de turmas e fechamento dos conteúdos e das competências a serem desenvolvidas. Reinicia-se o funcionamento das aulas do curso livre de LIBRAS. O curso livre oferecerá para cada turma 4 aulas de 2h/a para cada turma já que retomaremos as aulas efetivamente na segunda metade do mês acima. Iniciaremos o processo de produção de um sarau musical com interpretação da música em linguagem gestual.

Novembro: Continuação da Fase 1e Fase 2: Para o mês acima planejam-se 08 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas, podendo aumentar essa oferta dependendo da demanda de alunos. No final do mês, acontecerá nossa primeira reunião do ano corrente para analisarmos o desenrolar das atividades e as discussões sobre a condução das aulas programadas para o mês corrente. Retomamos a produção de mais duas lições para confecção de nosso livro didático. Depois da escolha do repertório, inicia-se o ensaio para a execução do sarau de LIBRAS programado para o mês de junho. 17


Dezembro: Continuação da Fase 1 e Fase 2: Para o mês acima planejam-se 08 aulas, com duração de 2h/a cada, para cada uma das três turmas montadas. Continuaremos a registrar as aulas no formato audiovisual visando discutirmos algumas possibilidades de melhorar as interações em sala. Intensificaremos os ensaios para a execução das músicas no Sarau já que a sua realização se dá no mês vindouro. Para isso, reservaremos o auditório do campus ou alguma sala para a adaptação ao espaço, levando em consideração a montagem de cenário. Janeiro: FASE 3 - Reuniões para avaliação da Equipe Técnica e das práticas pedagógicas dos Discentes Voluntários; Elaboração de Relatório de Projeto; Divulgação dos Resultados e do livro didático em caráter experimental, com a participação da comunidade participante no projeto.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nível de ensino 1º nível 2º nível Total

Nº de turmas 5 1 6

Nº de alunos 100 20 120

Durante o desenvolvimento do projeto participaram mais de 120 pessoas, como demonstrado na tabela acima, pessoas tanto do meio acadêmico quanto da comunidade que ao decorrer do curso obtiveram a competência comunicativa em LIBRAS, afirmando os objetivos desejados do projeto, visto que os participantes entraram no projeto sem nenhum conhecimento em LIBRAS. Os alunos que tiveram bons resultados no nível 1(um) passaram para o nível 2(dois), como previsto na metodologia do projeto. A metodologia usada nas aulas pelos monitores no nível 1, se baseia em trabalhar situações cotidianas onde os diálogos serão apresentados em LIBRAS, o objetivo das aulas não é o aluno aprender sinais isolados e sim contextualizados em situações reais. Os materiais usados são apostilas de LIBRAS, além de construção de diálogos gravados pelos monitores, teatros e outros, sempre seguindo a proposta do ensino ser através de apresentação de situações cotidianas.

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No nível 2(dois) trabalhamos gramática de LIBRAS e os diálogos são mostrados em vídeos gravados pelos monitores responsáveis, além de construção autônoma de diálogos pelos alunos. A avaliação de desenvolve em duas fazes tanto para o nível 1 quanto para o nível 2, o participante tem que entender a mensagem em LIBRAS, então é passado uma situação em Libras e os participantes têm que escrever a mensagem entendida, em seguida, o participante tem que mostrar que consegue passar uma informação

apresentando uma situação em

LIBRAS. O projeto não se desenvolve de forma fechada, sempre os monitores socializam com os alunos sobre o desenvolvimento das aulas, pois é importante a opinião dos alunos, pois assim averiguamos se os objetivos estão sendo alcançados.

CONCLUSÃO O projeto tornou-se muito importante, pois o público maior são pessoas da comunidade, visto que na cidade tem um número significativo de pessoas surdas e a necessidade e importância do ensino/aprendizagem da LIBRAS se faz necessário para interação com esses indivíduos. Muito tem que ser feito em relação à inclusão do surdo no contexto social, partindo do principio que a língua de sinais é de fundamental importância para que isso ocorra, com a ação do projeto, não só ensinamos a Libras para afins comunicativos, mas estamos contribuindo para que o surdo possa ter com quem interagir podendo assim agir como sujeito social. De acordo com os resultados e metas construídas, percebemos que os objetivos foram e estão sendo alcançado, quando percebemos nas aulas as pessoas que não sabiam nada de Libras inicialmente, construírem discursos mesmo pequenos de forma autônoma. A experiência em participar desse projeto está sendo muito importante para meu amadurecimento profissional, em vista que minha área de atuação é LIBRAS, além de poder está compartilhando meus conhecimentos adquiridos na academia com a comunidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, Y. 1994. A língua de sinais e cultura dos surdos'. Palestra proferida no VI Encontro Nacional de Pais e Amigos de Surdos - ENPAS / IV Encontro Nacional dos Surdos. Rio de Janeiro. BAGNO, M. 2001. Norma linguística. São Paulo: Loyola. BROWN, H. D. 1994. Principies of language learning and teaching. San Francisco, Prentice Hall. CALVET, L.-l. 2001. Três espaços linguísticos perante os desafios da mundialização. Colloque international, Paris, 20 et 21 mars. Organization Internationale de la Francophonie, OEI, União Lati- na, SEC1B, CPLR p. 244-5. ELLIS, R. 1999. Learning a second language through interaction. Studies in Bilingualism, 17. Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins. FELIPE, T. A. 2001. LIBRAS em contexto: curso básico. Livro do estudante. Brasília, Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial. FENEIS. 1999. 'Grupo de Pesquisa de LIBRAS e Cultura Surda Brasi- leira da FENEIS'. Revista da FENEIS. ano 1, n. 3, julho/setembro, p. 8, 14-15. FERNANDES, E. 2002. Linguagem e surdez. Porto Alegre, Artmed. FERRE1RA-BRITO, L. 1995. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro. FINOCCHIARO, M. &C. BRUMFIT. 1983. The functional-notional approach: form theory to practice. Oxford, University Press. FODOR, J. 1983. The modularity of mind. Cambridge, Mass., MIT/Bradford Press. GÓES, M. 1996. Linguagem: surdez e educação. Campinas, Autores Asso- ciados. HYMES, D. 1979. 'On communicative Competence'. In BRUMFIT, C. J. & K. IOHNSON (orgs.). The communicative approach to language teaching. Oxford, University Press. PIMENTA, N. 2001. 'Oficina-palestra de cultura e diversidade'. Anais do Seminário do INES, 19 a 21 de setembro. SKLIAR, C. (org) 1997. Educação e Exclusão: Abordagens sócio-antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação. ____ 1998. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre, Mediação.

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ESTADO NUTRICIONAL E PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE BELÉM/PA

Área Temática: Nutrição e Saúde Pública Orientadora: Claudia Daniele Tavares Dutra Unidade Acadêmica: Faculdade de Nutrição (FANUT) – Instituto de Ciências da Saúde (ICS)- Universidade Federal do Pará (UFPA)

Autores: Fabrício Medeiros, Amanda Laís Ferreira de Moraes, Reiko Sayuri Yokosawa Carneiro Silva

Resumo A obesidade infantil é um problema de saúde pública, que pode desencadeiar várias problemas de saúde à vida adulta. Objetivo: realizar a avaliação nutricional e promover ações de educação alimentar e nutricional aos escolares de uma escola pública do município de Belém-Pará. Método: estudo transversal, com participação de todas as crianças matriculadas no 2º ao 5º ano, do ensino fundamental. Para a coleta de dados foi utilizado um protocolo semiestruturado para avaliação dos dados sociodemográficos e realizado a aferição das medidas antropométricas (peso e estatura). O estado nutricional foi avaliado conforme os índices P/I e IMC/I. Para promoção da educação nutricional foram realizadas palestras, dinâmicas e atividades lúdicas. Resultados: Foram avaliados 512 escolares, na faixa etária entre 7 a 16 anos, sendo 49,6% meninas e 50,4% meninos. Na análise da avaliação do estado nutricional observou-se que a maioria dos escolares apresentou: E/I adequada (95,7%) e IMC/I adequado (64,6%). A magreza foi identificada com um percentual baixo entre os escolares (IMC/I= 2,0%). Entretanto foi observado 33,5% (IMC/I) de excesso de peso. As ações educativas foram realizadas com os escolares de forma lúdica e interativa. Conclusão: Observou-se que a maioria dos escolares apresentou estado nutricional adequado, entretanto foi observado um percentual considerável de excesso peso. Estes resultados servem de incentivo à implantação de políticas públicas que possam promover a educação alimentar e nutricional e reduzir a prevalência de doenças crônicas na vida adulta.

Palavras-chave: Estado nutricional, Escolares, promoção da saúde

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Introdução

A obesidade infantil é um problema de saúde pública, pois frequentemente se estende à vida adulta, além de estar associada a outras situações adversas como hipertensão, dislipidemias, inflamação crônica, hiperinsulinemia e outras doenças, assim como profundas consequências psicossociais (PADEZ, 2004). Seu manejo nesta fase da vida pode ser ainda mais difícil, pois está relacionada à mudança de hábitos, a disponibilidade dos pais, além da falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade (MELLO, LUFT & MEYER, 2004). O comportamento alimentar dos indivíduos é construído por meio das relações sociais, inicialmente com a família e depois, na escola. Embora os hábitos alimentares estejam condicionados às práticas familiares, a escola é um espaço importante de socialização e de construção do conhecimento do cidadão, constituindo-se um espaço privilegiado para a formação dos hábitos alimentares mais saudáveis (VARGAS & LOBATO, 2007). Assim, deve ocupar papel de destaque em relação à orientação de hábitos alimentares, por meio de incentivo de políticas públicas e ações da iniciativa privada com o intuito de modificar o quadro atual de obesidade dos escolares (COSTA, CINTRA & FISBERG, 2006). Este trabalho tem como objetivo realizar a avaliação nutricional e promover ações de educação alimentar e nutricional aos escolares de uma escola pública do município de Belém-Pará.

Metodologia Estudo transversal, desenvolvido em uma escola pública da rede municipal de ensino da cidade de Belém/PA. Participaram do estudo todas as crianças matriculadas no 2º ao 5º ano, do ensino fundamental. Para a coleta de dados foi utilizado um protocolo semiestruturado para avaliação dos dados sociodemográficos. Foram estudados: sexo (masculino e feminino), idade (dividida em faixas etárias de 7 a 9 anos, crianças; e de 10 a 16 anos, adolescentes) e escolaridade. As características antropométricas foram determinadas a partir da aferição de peso e estatura. Sendo o peso aferido em balança digital da marca SECA® e a estatura em estadiômetro vertical portátil da marca ALTUREXATA®, com precisão,

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respectivamente, de 50 gramas e 1mm. Foi utilizado o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) para classificação do estado nutricional em baixo peso, adequado, sobrepeso e obesidade, sendo estes analisados por meio dos indicadores, Estatura para Idade (E/I) e IMC para Idade (IMC/I), conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (2007) . A variável excesso de peso foi constituída pela somatória dos dados de sobrepeso e obesidade. Para análise dos dados foram utilizados os programas WHO AnthroPlus versão1.0.3, Epi Info versão 3.5.2 e Bioestat versão 5.0, foi considerado valor de p≤ 0,05 e Intervalo de Confiança de 95%. Para as ações de educação alimentar e nutricional foram convidadas as crianças diagnosticadas com alteração do estado nutricional e seus respectivos pais. As ações educativas constaram de palestras e dinâmicas, atividades lúdicas e aulas interativas.

Resultados e Discussão Foram avaliados 512 escolares do ensino fundamental do 2º ao 5º ano, na faixa etária entre 7 a 16 anos, correspondendo, no total, a 49,6% meninas e 50,4% meninos. Foi observado que 58,2 % eram crianças e 39,9 % adolescentes. Na análise da avaliação do estado nutricional observou-se que a maioria dos escolares apresentou: E/I adequada (95,7%) e IMC/I adequado (64,6%). A magreza foi identificada com um percentual baixo entre os escolares (IMC/I= 2,0%). Entretanto foi observado 33,5% (IMC/I) de excesso de peso (Tabela 1), com diferença estatística entre os sexos (p<0,05), ou seja, os meninos apresentaram mais excesso de peso do que as meninas. Resultados semelhantes aos estudos de Farias et al (2008); e Suñé et al (2007), onde neste foi visto que 27,9% dos meninos apresentaram prevalência de sobrepeso ou obesidade, para 21,6% das meninas. Estudos têm demonstrado que as taxas de excesso de peso e obesidade estão aumentando em todas as faixas etárias, enquanto que a desnutrição está diminuindo, comprovando a transição nutricional (BONCRISTIANO & SPINELLI, 2012; DE PAULA et al, 2012). Estes resultados são preocupantes, uma vez que o excesso de peso é considerado grande problema de saúde pública por acarretar múltiplas doenças, principalmente em faixas etárias cada vez mais jovens.

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Tabela 1: Distribuição de escolares segundo classificação do estado nutricional de Estatura para Idade, Peso para Idade e IMC para Idade de acordo com sexo. Estado Nutricional

Amostra

Sexo

Dos Escolares

p valor

Masculino

Feminino

N

%

N

%

N

%

Estatura baixa

16

3,1

6

37,5

10

62,5

Estatura adequada

490

95,7

247

50,4

243

49,6

Estatura elevada

6

1,2

5

83,3

1

16,7

Magreza acentuada

3

0,6

3

100

-

-

Magreza

7

1,4

2

28,6

5

71,4

Adequado

331

64,6

159

48,0

172

52,0

Sobrepeso

112

21,9

59

52,7

53

47,3

Obesidade

49

9,6

26

53,1

23

46,9

Obesidade grave

10

2,0

9

90,0

1

10,0

Estatura/Idade *0,156

IMC/Idade

*0,013

*Teste G

As ações de educação alimentar e nutricional foram realizadas por meio de palestras, dinâmicas, atividades lúdicas e aulas interativas, onde se abordou conceitos sobre a alimentação saudável, melhores escolhas de alimentos e promoção de um estilo de vida saudável. Os escolares realizaram atividades lúdicas com temas a cerca de grupos de alimentos, pirâmide alimentar, composição de alimentação saudável, e etc., de forma interativa e dinâmica (Figura 1).

Figura 1: Apresentação de vídeo sobre alimentação saudável e apresentação de trabalhos pelos escolares.

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Conclusão Os resultados deste estudo observaram que a maioria dos escolares apresentou estado nutricional adequado, entretanto foi observado um percentual considerável de excesso peso. Estes resultados servem de incentivo à implantação de políticas públicas que possam promover a educação alimentar e nutricional e reduzir a prevalência de doenças crônicas na vida adulta.

Referências Bibliográficas PADEZ, Cristina. Prevalence of overweight and obesity in 7-9-year-old Portuguese children: Trends in body mass index from 1970-2002. American journal of human biology. v. 16, p. 670-678. 2004. MELLO, Elza D.; LUFT, Vivian C.; MEYER, Flavia. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria. v. 80, n. 3, 2004. VARGAS, Vagner de S.; LOBATO, Rubens C. O desenvolvimento de práticas alimentares saudáveis: uma estratégia de educação nutricional no ensino fundamental. Vita et Sanitas. Trindade, v. 1, n. 1, p. 24-33, 2007. COSTA, Roberto F.; CINTRA, Isa de Paula; FISBERG, Mauro. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Santos, SP. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia. v. 50, n. 01. 2006. FARIAS, Edson S.; GUERRA-JUNIOR, Gil; PETROSKI, Édio Luiz. Estado nutricional de escolares em Porto Velho, Rondônia. Rev. Nutr., Campinas, v.21, n.4, p.401-409, jul./ago., 2008. SUÑÉ, Fabio R.; DIAS-DA-COSTA, Juvenal S.; OLINTO, Maria Teresa; PATTUSSI, Marcos P. Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 13611371. 2007. BONCRISTIANO, R.M.S., SPINELLI, M.G.N. Avaliação do estado nutricional de crianças e análise da prática pedagógica de educação nutricional com a utilização de oficinas de culinária. Revista Simbio-Logias, v.5, n.7, p. 51-61, 2012. PAULA, D.V., et al. Avaliação nutricional e padrão de consumo alimentar entre crianças beneficiárias e não beneficiárias de programas de transferência de renda, em escola municipal do Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil, em 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, v.3, n.2, p. 385 394, Brasília, 2012.

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LABORATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO DE IDÉIAS TECNOLÓGICO Área Temática: Tecnologia e Produção. 1. Danilo C. Celestino; 2. Paulo H. C. Souza; 3. Yan S. Silva Instituto de Tecnologia (ITEC) Resumo: O Laboratório de Desenvolvimento de Ideias (LDI) Tecnológico é um projeto que engloba todos os cursos do Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele tem como objetivo unir o conhecimento entre os cursos das variadas engenharias e arquitetura para que desta forma possam desenvolver projetos extensionistas mais elaborados. Diferente da maioria dos laboratórios, o LDI oferece ao aluno a oportunidade de criar e desenvolver os seus próprios projetos em um ambiente físico dentro da própria universidade. Dentre os vários projetos desenvolvidos no laboratório é valido destacar o Projeto TecComunidade e o de Construção de Placa Fotovoltaica com Materiais Recicláveis, os quais tiveram ótimos resultados, além da aprovação de dois artigos no Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE) de 2014. Palavras-chave: Desenvolvimento, Educação, Extensão.

1. INTRODUÇÃO O Laboratório de Desenvolvimento de Ideias (LDI) do Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará (UFPA) é um laboratório que tem como diferencial a capacidade de unificar todos os cursos de engenharia e arquitetura do ITEC em um só ambiente. Nele são desenvolvidos projetos das diferentes áreas do conhecimento trazidos pelos próprios alunos para serem executados com o auxílio do laboratório e o corpo docente de apoio. No contexto do método de aprendizagem, os alunos se esforçam para levar o conhecimento para reuniões feitas no laboratório e, dessa forma, são obtidas respostas e conclusões em equipe, além de serem feitas as separações de tarefas semanais para a execução do projeto. 1.1 Projeto TecComunidade O projeto TecComunidade, desenvolvido com o apoio do LDI, priorizou dar assistência a escolas do ensino médio, tendo como objetivo principal promover a inclusão digital utilizando as tecnologias da informação como instrumento de construção e exercício de cidadania. Assim, a equipe se deslocou até duas escolas (“E.E.E.M. Raymundo Martins Vianna” e “E.E.E.F. José Marcelino de Oliveira”) da rede pública a fim de levar

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conhecimento sobre computação aos alunos destas instituições e inseri-los no contexto da era digital. A importância do projeto está em oferecer, aos alunos do ensino médio, cursos informativos de algoritmo, lógica e programação e cursos de manutenção de computadores e de desenvolvimento de Web em PHP, além de dar suporte à manutenção de computadores, da escola, em software e hardware para que o máximo de alunos tenha acesso ao espaço e aos cursos. 1.2 Projeto Placa Fotovoltaica De LEDs Com o intuito de construir uma placa fotovoltaica simples, foram utilizados materiais recicláveis, o que tornou possível a produção de uma placa fotovoltaica de baixo custo. Esta produção foi realizada no LDI e chama atenção de vários alunos, pois, engloba várias áreas das engenharias da computação, elétrica e telecomunicações, além de simular o trabalho em equipe como engenheiros em um projeto. 2. MATERIAL E METODOLOGIA O projeto seguiu uma base metodológica para melhorar a organização e o desenvolvimento de cada trabalho, bem como para padronizar os projetos nele desenvolvidos. A partir do momento em que um discente chega ao laboratório com uma nova ideia, ele recebe um formulário de projeto onde são solicitadas algumas informações do projeto, como: título, quantidade de membros da equipe, objetivo, justificativa, metodologia, resultados esperados, um organograma e uma prévia de orçamento. Após preencher este formulário e entrega-lo para um dos gestores do laboratório, o formulário preenchido passa por uma análise de viabilidade, onde tanto os gestores quanto os professores participam. Aprovado o formulário é iniciada a etapa de desenvolvimento do projeto. Ao concluir o projeto, os gestores do LDI solicitam um relatório final sobre o projeto, o qual é analisado pelos professores responsáveis pelo laboratório, que depois da análise assinam um documento formalizando a entrega da devida carga horária, de extensão ou complementar. Também é solicitado um artigo completo sobre o projeto, que possivelmente é publicado em congressos. 2.1 O Projeto TecComunidade Foram feitas apresentações do Projeto TecComunidade pelo turno da manhã para a comunidade da Escola no laboratório de informática onde estiveram presentes os alunos, professores e técnicos do turno da manhã, até a última aula sobre programação. Também foi explicado o porquê de se estar desenvolvendo o projeto na escola através dos cursos, sendo um conjunto de atividades acadêmicas, de caráter múltiplo e flexível, que se constitui em um processo educativo, cultural e científico, articulado ao ensino e pesquisa, e que viabiliza, através de ações concretas e contínuas, a relação entre universidade e a sociedade. O 27


Laboratório de Desenvolvimento de Ideias foi apresentado como sendo a parceria de desenvolvimento, apoio e coordenação do projeto junto com a equipe de discentes. 2.1.1 Curso de Algoritmos e Programação em Linguagem C Primeiramente foram mostradas a ementa e o cronograma e as metas do curso, além disso, foram ministradas palestras que sobre o quanto é importante se manter atualizado com relação a tecnologia, valendo-se de vídeos com documentários tratando do início da programação. Outro ponto marcante tratou-se do desenvolvimento e incentivo a tecnologia e programação sem fins lucrativos, mostrando sites de compartilhamentos de códigos de programação, o que serviu de grande estímulo para os estudantes participarem do curso o que futuramente os tornaria aptos a somar forças nos avanços tecnológicos. Após essa primeira fase do projeto foi iniciada a etapa de aulas, as quais foram dedicadas para explicar a importância da lógica ao trabalhar com desenvolvimento de sistemas e programas, além dos conceitos de programação, exercícios e revisões sobre os mesmos. 2.1.2 Curso de Manutenção de Microcomputadores e Rede de Computadores O curso foi iniciado dando o suporte da equipe do projeto em manutenção dos computadores ao laboratório da escola e foram colocados vários computadores em funcionamento novamente para que os alunos participassem do curso. Após esta etapa, começaram a ser vistos os conteúdos previstos no curso de manutenção: o computador enquanto equipamento eletrônico, os dispositivos de resfriamento e de alimentação, como reconhecer componentes defeituosos e resolver alguns pequenos problemas de manutenção, formatação de diferentes tipos de sistemas de arquivos usados pelo Windows e as mais famosas distribuições Linux, como desmontar os componentes de um computador de maneira eficiente, como funciona a verificação e reinstalação de programas para sobrescrever dados corrompidos, checagem de vírus, spywares e malwares, desfragmentação de disco e backup além de explicar sobre a BIOS de um computador. 2.2 Placa Fotovoltaica de LEDs Como modelo de célula fotovoltaica foi proposto o uso de um LED, que é muito mais acessível do que as células convencionais em termos de custo e mercado. Reunidos os materiais, foram montadas placas fotovoltaicas utilizando garrafas PET de 500 ml e de 2L e garrafas de leite Tetrapak, as quais utilizariam diferentes tipos de LED como célula solar, verificando desta maneira, a eficiência dos modelos em gerar energia. A partir da pesquisa e dos testes, os alunos envolvidos obtiveram experiências e conhecimentos acerca do assunto.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, pois houve um grande ganho de conhecimento por parte dos envolvidos, principalmente os alunos presentes que conseguiram realizar as atividades sem muita dificuldade. No caso do curso de algoritmo e de programação em C foi possível repassar para os alunos o conteúdo básico e necessário para aprender novas linguagens de programação, além de como continuar no desenvolvimento e como solucionar os problemas usando a lógica e o raciocínio. O curso manutenção de microcomputadores também foi concluído e recuperados seis computadores que estavam completamente parados no laboratório, o que deu maior oportunidade aos alunos de ter acesso à inclusão digital. Com relação à construção da placa de LEDs, os alunos puderam observar que os valores de tensão variavam entre 2,1 e 2,4 Volts tanto quando se utilizava o sistema da garrafa PET de meio litro, quanto quando se utilizava a garrafa PET de dois litros, e, analisando os resultados, eles concluíram que isso ocorre pelo fato de a capacidade dos LEDs em converter energia luminosa em energia elétrica ser muito limitada para aproveitar toda a luz fornecida pelo sistema, ou pela precisão do multímetro utilizado ser muito baixa para mensurar a diferença. Devido a isso foi utilizado o conjunto Garrafa PET de meio litro e caixa Tetra Pak em formato circular côncavo, por ocupar menos espaço que o modelo que utilizava a garrafa de dois litros e fornecia eficiência equivalente. É importante ressaltar que no ano de 2014, foram aprovados pelo Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE) dois artigos desenvolvidos pelo LDI: “Inclusão Digital - Projeto TecComunidade” e “Laboratório de Desenvolvimento de Ideias: Estudo do Caso da Construção de Placa Fotovoltaica de LEDs”, e pelo Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) três trabalhos: “LDI Tecnológico: Uma Nova Metodologia de Integração e Aprimoramento da Extensão Universitária no ITEC UFPA (Roda de Conversa)”; “Arduino: Uma Ferramenta Didática Multidisciplinar, Incentivando o Estudo das Disciplinas de Ciências Exatas e Naturais por Alunos do Ensino Secundário (Oficina)”; e “Laboratório de Desenvolvimento de Ideias: Um Espaço Multidisciplinar que Incentiva o Lado Empreendedor e Inovador dos Alunos da Universidade Federal Do Pará (Comunicação Oral)”. 4. CONCLUSÃO Visto que o objetivo do LDI é promover a maior integração entre os diversos cursos do ITEC para desenvolver idéias que tragam retornos positivos à sociedade, e que ao longo deste ano foram levados às escolas públicas cursos de programação e manutenção de computadores; efetivados serviços de reparos com o auxílio dos próprios alunos; desenvolvido o projeto de uma placa fotovoltáica com o uso de materiais descartáveis;

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escritos e aprovados diversos artigos na area de ensino e extensão; pode-se concluir que o laboratório tem cumprido com as expectatívas a ele atribuídas. Além destes projetos já concluídos ou em execução, há também outros em andamento para que em breve alunos do ITEC entrem em uma ação colaborativa à Escola de Ensino Fundamental e Médio Cristo Redentor, no bairro Cabanagem, para desenvolver projetos de aprimoramento de segurança e conforto ambiental; manutenção de equipamentos eletrônicos; treinamento e capacitação dos funcionários; além da construção de laboratórios de ciencias exatas com auxílio de estudantes do local. Um grande programa integrando os conhecimentos da comunidade acadêmica para levar bem estar e aprimoramento social e intelectual ao público.

REFERÊNCIAS ALVES, Esdras G.; SILVA, Andreza F. A Física na Escola. v.9, n.1,p.26,2008. CELESTINO , D. C.; SOUZA; P. H. C.; SILVA; Y. S.; SILVA; F. A.; CRUZ; O.; TOSTES; M. E. L; MARTELLI; M. C. ; Laboratório de Desenvolvimento de Ideias: Estudo do Caso da Construção de Placa Fotovoltaica de LEDs, In Anais XLII Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2014. GALIC-UNICAMP, Introdução à Linguagem C, UNICAMP, Campinas, 2001 HANCOCK, Les; KRIEGER, Morris. Manual de Linguagem C, Rio de Janeiro, Campus, p.182, 1985. MARTELLI M. C.; SOARES, V. J.; CAVALCANTE, G.P.S.; SOARES, R.P.O; ARAUJO, F.G.M.; TORRES, P. F.; FREITAS, R.S.F.; RIBEIRO, L.L.B.P.; A Extensão Universitária no ITEC/UFPA: Um Desafio de Integrar Projetos e Aprimorar o Processo de EnsinoAprendizagem, In Anais XL Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2012. SOUZA; P. H. C., MAUES; K. G., CELESTINO; D. C., MARTELLI; M. C., CAVALCANTE; G. P. S., Inclusão Digital - Projeto Teccomunidade, In Anais XLII Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2014.

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AÇÕES INTERDISCIPLINARES: POSSIBILITANDO O DIREITO À SAÚDE NA TERCEIRA IDADE DA COMUNIDADE BOM JESUS I, BELÉM (PA).

Área temática: Saúde Instituto de Ciências Biológicas (ICB) Responsável pelo trabalho: Alisson Bruno Leite Lima Autores: Alisson Bruno Leite LIMA 1; Flavio Henrique Souza LOBATO 2

Resumo Este trabalho tem por objetivo identificar as melhorias decorridas na saúde, a partir de atividades interdisciplinares desenvolvidas por graduandos dos cursos de fisioterapia, educação física, turismo, artes cênicas e dança, dos idosos da Comunidade Bom Jesus I, bairro da Pratinha II, participantes do Projeto de Extensão Universitária Pobreza e meio ambiente entre gerações (Eixo Transversal 2013). Para isso, foram realizadas duas avaliações, uma em agosto e outra em maio de 2013/2014, que envolveram a aferição de Pressão Arterial Sistêmica (PAS), Frequência Cardíaca (FC), dores (por meio da Escala Visual Analógica), entre outras. A primeira avaliação teve como objetivo identificar as limitações e doenças que os idosos apresentavam. A partir deste momento as atividades foram planejadas e adequadas às condições físicas dos participantes do projeto. As diversas atividades eram realizadas duas vezes por semana, durante os meses de agosto e junho de 2013/2014. A segunda e última avaliação objetivou visualizar as melhorias que a atuação interdisciplinar do projeto de extensão acarretou na saúde de seus beneficiários. Assim, puderam ser coletados dados que evidenciaram que, grande parte dos idosos atendidos pelo projeto apresentava hipertensão arterial sistêmica (HAS), sinais de taquicardia, dores em membros superiores e inferiores e diferentes níveis, além de outras doenças. Com a atuação interdisciplinar verificou-se resultados positivos para a melhoria da saúde dos idosos. Entre os benefícios constatou-se o alívio e/ou desaparecimento de dores nas articulações, melhora da circulação, mobilidade articular e postural, aumento da flexibilidade e do relaxamento muscular, prevenção de lesões e dores musculares. Palavras-Chave: Atuação Interdisciplinar; Direito à Saúde; Idosos. Introdução A saúde pública brasileira tem desenhado, em sua efetivação, cenários alarmantes de violação da dignidade e integridade humana. Números insuficientes de médicos, leitos, equipamentos e estruturas em precariedade ou ausência destas, têm evidenciado que o direito à saúde do brasileiro(a) vem sendo negligenciado. Atrelada a esta problemática, a saúde enfrenta um dos maiores desafios contemporâneos, o envelhecimento populacional, momento em que as limitações e impactos 1 Graduando em Bacharelado em Fisioterapia da Universidade Federal do Pará – UFPA e Bolsista do Projeto de Extensão Promovendo o Esporte e Lazer Intergeracional. E-mail: a.brunolima@hotmail.com 2 Técnico em Eventos (IFPA), Graduando em Bacharelado em Turismo da Universidade Federal do Pará – UFPA e Voluntário do Projeto de Extensão Promovendo o Esporte e Lazer Intergeracional. E-mail: flaviolobato@hotmail.com

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desencadeados pelas doenças são mais expressivos, sobretudo, quando aliados à uma má alimentação e falta de exercícios físicos. (LIMA-COSTA e VERAS, 2003). Nesse sentido, de acordo com Takahashi e Tumelero (2004) muitos são os benefícios de atividades físicas voltadas para esse público, como melhora no condicionamento cardiorrespiratório e função motora. Apesar de diversos pontos positivos, o acesso à prática de exercícios físicos é desigual. De conformidade com Siqueira (2011), a população mais pobre, por exemplo, que dependente exclusivamente dos serviços públicos de saúde, tem que se submeter a filas grandiosas e atendimentos em corredores de postos de saúde ou prontos-socorros, muitas vezes, sucateados. Tendo que conviver com a inexistência ou precariedade de espaços destinados à prática de exercícios físicos que auxiliem na manutenção da saúde, principalmente dentro das comunidades mais periféricas. Frente a essa afronta aos direitos e à dignidade humana, emergem práticas alternativas para tentar minimizar esta problemática, entre elas a Extensão Universitária. Como é o caso do Projeto de extensão Projeto Pobreza e meio ambiente entre gerações: Construindo diálogos, formando cenários de possibilidades virtuosas em uma área periférica de Belém, que desde o ano 1998 sob várias facetas, desenvolve atividades interdisciplinares de arte, esporte e lazer voltadas à promoção da saúde de idosos da Comunidade Bom Jesus I, localizada no bairro da Pratinha II, Belém/PA. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência da atuação do Projeto de extensão, como enfoque nas concepções de saúde coletiva, apresentando as contribuições da atuação extensionista interdisciplinar na melhoria do bem-estar e da saúde dos participantes. Procurando identificar as melhorias na saúde dos idosos, a partir das atividades interdisciplinares desenvolvidas pelos extensionistas.

Metodologia O projeto, em 2013/2014, trabalhou com 20 idosos, na Comunidade Bom Jesus I, localizada no bairro da Pratinha II. A comunidade é perfilada por uma exclusão social preocupante, estando em contínuo e evidente processo de expansão urbana. Assim, é possível notar constantes ocupações irregulares, por famílias de baixa renda, em espaços com precária ou nenhuma infraestrutura básica, com ausência de serviços urbanos como: água encanada, esgoto, pavimentação asfáltica, inexistência de espaços e atividades de lazer, principalmente aqueles voltados à manutenção da saúde (RAVENA-CAÑETE, 2006).

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Nessa direção, pesquisas divulgadas pelo Índice de Bem-estar Urbano – IBEU do Observatório das Metrópoles do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), revelam que a Região Metropolitana de Belém – RBM apresenta o pior índice de Bem-estar do país, de 0,251, considerado "muito ruim", evidenciando a seriedade do problema (RIBEIRO; RIBEIRO, 2013). Cenários como este têm contribuído para o surgimento de diversos processos de desequilibro no quadro de saúde de seus moradores, tanto do ponto de vista físico, como psicológico. Barroso (2007, p. 245) ressalta que “(...) os ambientes físico e social determinam e condicionam a resposta biológica do indivíduo. Este, por sua vez, desenvolve mecanismos adaptativos que influenciam na produção da doença e na saúde/função”. A fim de reverter tal quadro, o projeto, a partir de abordagens integradas, utilizou diferentes práticas na busca da promoção da saúde dos idosos. As atividades tiveram início por meio de planejamentos detalhados sobre as ações e formação dos bolsistas para atuação na área, como uma forma de conhecer e se aproximar da realidade do lócus de intervenção, possibilitando um preparo frente a possibilidades desafiadoras que porventura surgissem. Após o planejamento, foram desenvolvidas as seguintes atividades junto aos idosos beneficiários do projeto: conversas, aplicação de questionários; caminhadas e passeios turísticos; contação de estória; confecções artísticas; aferição de pressão e taxa de glicose no sangue; programas de exercícios com alongamentos globais de membros superiores e inferiores (MMSS e MMII), tronco e pescoço; mobilizações ativas com progressão para movimentos com resistência da gravidade (sentar e levantar da cadeira para trabalhar força e resistência muscular de MMII), mecânica (garrafas com água) e/ou manual; exercícios de contração isométrica dos músculos abdominais; correções posturais; circuitos com diversos graus de dificuldade com o objetivo de trabalhar o equilíbrio; exercícios proprioceptivos e treinos de marcha. Para a construção deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas, observações sistemáticas, análises de questionários e feitas duas avaliações, uma em agosto de 2013 e outra em maio de 2014. A primeira delas teve como objetivo identificar as limitações, doenças e demais problemas de saúde que os idosos apresentavam. A segunda, por sua vez, visualizar as possíveis melhorias (ou não) que a atuação interdisciplinar acarretou.

Resultados e Discussões Sob a ótica de que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS apud SEGRE; FERRAZ, 1997 p. 12), a saúde é definida “não apenas como a ausência de doença, mas como 33


a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social” e que a saúde coletiva sugere uma renovação na organização do trabalho, promovendo a saúde, prevenção, reorientação na assistência aos doentes e melhoria na qualidade de vida, primando por mudanças significativas nos modos de vida e nas relações e inter-relações entre agentes sociais envoltos no cuidado à saúde da população (UFBA/ISC, 2014), chegar ao status de saúde não é tarefa simples. Nessa direção, as atividades desenvolvidas pelos bolsistas das mais variadas áreas do conhecimento apresentavam um caráter interdisciplinar, sempre explorando ao máximo as contribuições das áreas de estudo envolvidas a fim de atender e promover de forma mais ampla e completa as especificidades das condicionantes que envolviam (envolvem) a melhoria do bem-estar e saúde social na terceira idade. Com base nos procedimentos metodológicos aplicados, os dados obtidos pela primeira avaliação revelaram, segundo Nascimento (et al, 2013), que 55% dos idosos apresentaram hipertensão arterial sistêmica (HAS), seguida por 35% em estágio inicial da HAS, mas sem diagnóstico, e apenas 10% apresentou PAS normal. Quanto à frequência cardíaca (doravante FC) em repouso 55% dos idosos apresentaram normalidade, e apenas 25% sinais de taquicardia. Foi relatada dor intensa em membros superiores (MMSS) em 60% dos idosos, seguido por dor moderada e leve com 20% cada. E em membros inferiores (MMII) 60% de dor moderada, 40% de dores intensas e não houve relato de dores de intensidades leve. Na avaliação final, 40% dos idosos encontravam-se HAS, 30% em estágio inicial da doença, sem diagnóstico e 30% com a PAS normal. 70% estavam com FC normal e 30% em bradicardia. Em relação às dores em MMSS, a distribuição entre grupos foi igualitária, de aproximadamente 33% em cada um. Em MMII 40% relataram dor leve e 60% dor moderada, e, não houve relato de dores intensas. Destarte, os dados obtidos revelaram que atividades fisioterápicas e lúdicas das várias áreas alcançaram resultados positivos na saúde dos participantes, contribuindo na melhora de sinais vitais, alívio e desaparecimento de dores nas articulações, melhora da circulação, mobilidade articular e postural, aumento da flexibilidade e do relaxamento muscular, prevenção de lesões e dores musculares, fazendo com que os idosos pudessem ter ciência de como é essencial a atividade física e a compreensão de saúde, a partir das orientações repassadas pelos bolsistas por meio dos diálogos e palestras. Além das atividades físicas, o projeto desenvolveu passeios turísticos, que proporcionaram o estimular da memória, por meio da visitação a lugares que possibilitaram um (re) encontro com as vivências de lugares por onde se passou no transcorrer de suas 34


trajetórias pessoais. Outro foco de atuação, para a melhoria do bem estar são as práticas artísticas manuais e de teatro que permitiram o desenvolvimento pessoal por meio de jogos cognitivos e contação de histórias que estimularam e desenvolveram a concentração, percepção, atenção, memorização e raciocínio como a resolução de problemas, bem como o aumento da auto estima como incentivos a melhora da saúde social e qualidade de vida.

Conclusões As atividades do projeto basearam-se em práticas alternativas que de forma integrada promoveram a interlocução entre os vários campos do conhecimento como uma forma de buscar no entrecruzamento de diferentes áreas, uma significativa melhoria no bem-estar físico, psicológico e social da população idosa da Comunidade Bom Jesus I, atendida pelo projeto. Apesar das melhorias, a formação de um ambiente social de fato saudável está longe da realidade da comunidade em questão. Para que isso ocorra, é necessária a atuação conjunta do Estado e da sociedade civil organizada na elaboração e execução de Políticas Públicas adequadas às realidades específicas, de forma a atender com qualidade e em uma perspectiva igualitária a população.

Referências BARROSO, M. G. T. Saúde Coletiva e Promoção da Saúde: sujeito e mudança. Cadernos de Saúde Pública vol.23 no.1 Rio de Janeiro Jan. 2007 LIMA-COSTA, M. F; VERAS, R. Saúde pública e envelhecimento. Cadernos de Saúde Pública, v.19, 2003. NASCIMENTO, N. I. C.; et al. Múltiplas intervenções em um grupo de idosos na comunidade da Pratinha. In: II Congresso de Educação em Saúde da Amazônia, 2013, Belém. Anais... 2013. p. 207-207. RAVENA-CAÑETE, V. A descrição do possível: a experiência de intervenção da Unama no Igarapé Mata Fome e o levantamento de dados socioeconômicos. Belém: Editora Unama, 2006. RIBEIRO, L. C. D. Q; RIBEIRO, M. G. Índice de bem-estar urbano – IBEU. In:______ (Orgs.) Observatório das Metrópoles. 1. ed. - Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013. SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O conceito de saúde. Revista de Saúde Pública, vol. 31, nº. 5. São Paulo out de 1997. SIQUEIRA, N. L. Desigualdade social e acesso à saúde no Brasil. 60f. Juiz de Fora, 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais). Instituto de Ciências Humanas. Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, Juiz de Fora, 2011. TAKAHASHI, S. R. D. S.; TUMELERO, S. Benefícios da atividade física na melhor idade. Efdeportes Revista Digital. Ano 10 - N° 74. Buenos Aires. jul. de 2004. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Instituto de Saúde Coletiva. Sítio oficial – O campo da saúde coletiva. 2014. Disponível em: <http://www.isc.ufba.br/isc.php?externa=3>. Acessado em: 15 mar. 2014.

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Arqueologia e o Público no Engenho do Murutucu Área temática: Cultura. Responsáveis pelo trabalho: Sabrina Fernandes dos Santos, Prof. Dr. Diogo Menezes Costa Unidade Acadêmica: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Autores: Sabrina Fernandes dos Santos¹

Resumo Os lugares em que as sociedades vivem representam elos históricos essenciais para a perpetuação cultural, reconhecimento da identidade cultural e desenvolvimento social. Em Belém temos o Engenho do Murutucu que representa um dos mais bem sucedidos engenhos de açúcar surgidos na região Amazônica no século XVIII. O presente projeto de extensão tem como principal foco a divulgação do conhecimento científico produzido a partir das análises dos remanescentes materiais provenientes do Engenho do Murutucu. Por objetivo têm-se a divulgação do conhecimento produzido arqueologicamente dando espaço para a demonstração dos resultados da pesquisa com as comunidades locais próximas ao engenho. Também foram confeccionados materiais informativos na forma de folders e banners, para a divulgação do projeto e do histórico do Engenho do Murutucu, onde mais de 60 folders foram entregues à visitantes acadêmicos e não acadêmicos durante a escavação.

Palavras-chave: Arqueologia, Público, Patrimônio.

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Introdução O Engenho do Murutucu localiza-se na estrada da CEASA, Bairro Curió Utinga / Belém-PA (1°26'48.3"S / 48°25'38.5"W) e se constitui das ruínas da casa grande, das ruínas da capela e das ruínas do engenho. Este projeto é parte integrante do projeto de pesquisa intitulado “Projeto Sítio-Escola Engenho do Murutucu: Uma Arqueologia dos Subalternos” que consistiu nas realizações de práticas de campo, onde foram realizadas escavações em três áreas distintas, próximas às ruínas da capela, sendo denominadas de área 1, 2 e 3 respectivamente. Para as escavações foram selecionados bolsistas e voluntários pertencentes às áreas da Antropologia, Ciências Sociais, História e Museologia da UFPA (COSTA, 2013). A etapa da abertura de quadrículas foi realizada no período entre 07 à 30 de julho de 2014. Para a abertura de cada uma das quadrículas foram utilizados colheres de pedreiro, baldes de 3 litros e peneiras para a retirada de todos os vestígios materiais que pudessem ser encontrados nos níveis de terra. Todo o material foi quantificado, etiquetado e acondicionado em sacos plásticos para transporte ao laboratório. Na segunda etapa do projeto todo o material coletado no sítio arqueológico foi levado ao laboratório de Arqueologia do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, localizado na Universidade Federal do Pará. No laboratório o material sofre uma triagem de acordo com sua categoria que pode ser: Metal, Grês, Vidro, Faiança fina, Faiança portuguesa, Porcelana e Cerâmica. Uma vez realizada a triagem, os artefatos passam por lavagem em água corrente, que conta com a utilização de escovas de dente para a retirada dos detritos sólidos provenientes do solo onde se encontravam, após isso estes artefatos passam por um processo de secagem a temperatura ambiente sendo para isto, acondicionados em gavetas de madeira e tampa telada. Após todos os procedimentos detalhados anteriormente, o material recebe numeração de identificação permanente com pincéis de tinta permanente ou caneta nanquim para futuramente ser catalogado, identificado, analisado e interpretado. Este projeto de extensão visa, levar para a população acadêmica e não acadêmica o conhecimento produzido a partir da análise da cultura material proveniente do Engenho do Murutucu.

Material e Métodos Para o projeto de extensão foram confeccionados materiais informativos na forma de folder e banner, para a divulgação do projeto de pesquisa e do histórico do Engenho do

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Murutucu. Mais de 60 folders foram entregues à visitantes na escavação e o restante será distribuído nas escolas próximas. Durante o período de escavação dois banners ficaram expostos para ações de educação patrimonial que ocorreram concomitantemente às visitações no sítio. Como parte indispensável a fomentação e discussão da Arqueologia Histórica na Amazônia, foi organizado Colóquio de Arqueologia Histórica, no período de 01 à 04 de julho de 2014 no auditório Setorial Básico I na Universidade Federal do Pará, contando com mais de 190 inscrições. Resultados e Discussão Até o presente momento, foram encontrados 13 mil objetos divididos entre metais, faianças, porcelanas, grês, cerâmicas e vidros. Todas estas peças se encontram na segunda etapa do projeto de pesquisa que consiste na lavagem e numeração das mesmas. As práticas laboratoriais de tratamento de artefatos arqueológicos estão sendo também aplicadas junto aos bolsistas e voluntários do projeto. A principal parcela da população não acadêmica que o projeto de extensão atingiu e pretende atingir, foram os funcionários da Centrais de Abastecimento do Pará (CEASA) e os moradores do entorno do Engenho, especialmente os residentes no Porto da CEASA. Através de visitas guiadas ao Engenho do Murutucu e de futuras palestras em escolas da região onde ações de educação patrimonial serão realizadas. Parte dos resultados obtidos até o momento com a população acadêmica também foram expostos na forma de pôster na 2ª Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira Regional Norte (SAB-Norte) realizado em Macapá-AP no período de 25 à 30 de agosto de 2014. Por fim, como parte integrante a este projeto de extensão, foi realizado o Colóquio de Arqueologia Histórica que também suscita e fomenta o debate da Arqueologia Histórica na Amazônia, abrindo espaço para a troca de experiências entre os pesquisadores e os participantes do evento. Referências COSTA, D. M. Arqueologia dos Subalternos no Engenho do Murutucu. Projeto de Pesquisa PROPESP, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

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PRADIME: UMA PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO DE DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi criado e proposto pelo MEC em 2007 com o objetivo de melhorar a educação no Brasil em todos os níveis e modalidades em um prazo de quinze anos. Sua estrutura compreende o Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação”, considerado um programa estratégico instituído pelo decreto 6.094 de 24 de abril de 2007, visando à melhoria dos indicadores educacionais através de um Regime de Colaboração que busca garantir a sustentabilidade das ações planejadas.

Suziany PORTÉGLIO; Fábio CARVALHO Universidade Federal do Pará (UFPA) Área Temática: Educação Gráfico 1. Inscritos por Estado NÚMERO DE INSCRITOS POR ESTADO 212

71

64 53

Amapá

Amazonas

Pará

Roraima

Fonte: Relatórios PRADIME NORTE, 2014.

COMO O MUNÍCIPIO PARTICIPA Gráfico 2: Situação geral dos cursistas por Estados Após aderir ao Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação” a equipe municipal deve fazer um diagnóstico minucioso sobre a situação da educação, baseando-se nos indicadores contidos no PAR (Plano de Ações Articuladas), que é um instrumento de planejamento criado para auxiliar os entes federados na execução das políticas públicas. O PAR está dividido em quatro dimensões Gestão Educacional; Formação de Professores e de Profissionais de Serviço e de Apoio Escolar; Práticas pedagógicas e Avaliação e Infraestrutura Física e Recursos Pedagógicos. No que se refere a formação de dirigentes foi criado o Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação – PRADIME que tem intuito de contribuir para o avanço em relação às metas e aos compromissos do Plano Nacional de Educação (PNE) e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA

O curso de Formação Continuada de Dirigentes Municipais de Educação proposto pelo PRADIME foi realizado nos Estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, em nível de extensão na modalidade de ensino à distância por meio da plataforma Moodle, com carga horária de 170hs, sob coordenação do Laboratório de Planejamento da Educação Municipal (LAPEM) do Instituto de Ciências da Educação (ICED), em conjunto com a UNDIME e as Associações e Consórcios dos municípios.

INDICADORES DO CURSO Foram matriculados 400 cursistas, distribuídos pelos quatro estados mencionados, mas apenas 69 realizaram todas as do curso. Vários cursistas realizaram as tarefas didáticas das salas, mas interromperam sua participação deixando de encaminhar as demais atividades.

Fonte: Relatórios PRADIME NORTE, 2014.

CONCLUSÃO A metodologia de educação a distância através de plataformas baseadas na internet é um fenômeno relativamente recente no Brasil e na região norte ainda apresenta uma série de dificuldades tecnológicas. Seu emprego pressupõe, a priori, a existência de infraestrutura de acesso à internet amplamente distribuído, com qualidade constante, estável, rápida e acessível economicamente. Entretanto, nenhuma dessas précondições ocorrem nos quatro estados onde foi desenvolvido o trabalho. De modo que houve muitas dificuldades na realização do curso e frustrando os cursistas e professores locais. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal; BRASIL. Planos de Ações Articuladas; BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação; BRASIL, Plano Nacional da Educação; DAMASCENO, Alberto; SANTOS, Émina e COSTA, Vanessa. A efetivação do compromisso municipal no regime de colaboração: obstáculos para cumprir o planejado. Anpae, 2012; Manual de elaboração- PARmunicipal;PAR- Guia Prático de ações para o município; Relatórios PRADIME NORTE 2014.

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CAÁPUAM DO COMBÚ – AUTOAVALIAÇÃO DA SAÚDE E MORBIDADE REFERIDA PELA POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO ARQUIPÉLAGO DO COMBÚ NO MUNICÍPIO DE BELÉM – PA Área Temática: Saúde Responsável pelo trabalho: Maisa dos Santos Feitosa Unidade acadêmica: Instituto de Ciências da Saúde (ICS) Nome do autor: Maisa dos Santos Feitosa1 1 - Bolsista do PIBEX. Acadêmica de Medicina – UFPA.

Resumo O arquipélago do Combú faz parte da área insular de Belém com população de 1942 pessoas para as quais se desconhece a vulnerabilidade ao diabetes, à hipertensão e demais agravos relacionados. Objetivos: analisar os resultados parciais referentes à autopercepção do estado de saúde e o perfil de morbidade referida em ribeirinhos do arquipélago do Combú. Metodologia: foi realizado um inquérito domiciliar com questionário padronizado, levantando as doenças referidas, percepção do estado de saúde, fatores socioeconômicos como renda, escolaridade, atividade laboral, entre outros, em pessoas com idade superior a 29 anos. Resultados parciais: até o momento foram entrevistadas 405 pessoas. A maioria dos entrevistados considera o seu estado de saúde como “regular” (52%). As principais morbidades relatadas foram hipercolesterolemia (23%), hipertensão (20%), asma (14%) e doença renal (8%). Conclusão: o modo de vida peculiar desta população, assim como a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, torna ainda mais necessária a intervenção através de programas de extensão que possibilitem diminuir a vulnerabilidade da mesma. Palavras-chave: Morbidade Referida; Autoavaliação da saúde; População Ribeirinha. Introdução Diferentemente do ocorrido na maioria dos países desenvolvidos, na transição epidemiológica pela qual o Brasil está passando as doenças transmissíveis ainda desempenhem um papel importante, embora predomine as doenças crônicodegenerativas. Por ser um país extenso e de origens e modos de vida miscigenados, esta mudança ocorre em diferentes perfis de acordo com as grandes regiões. Desta forma, justifica-se a importância de estudos que investiguem a vulnerabilidade das diversas populações a tais grupos de doenças.

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As doenças crônicas tem sido um importante foco de ação das equipes das Estratégias de Saúde da Família (ESF). O diabetes mellitus e a hipertensão arterial, assim como outras doenças, são agravos de grande prevalência na população do Pará e da cidade de Belém, passíveis de ações de promoção e prevenção. Entretanto, tais ações tem tido pouco alcance aos grupos de maior vulnerabilidade e ainda sem doença. O “Programa de integração docente-assistencial Caápuam do combú – enfrentando a vulnerabilidade ao DM2 e HAS”, vinculado ao Projeto Katuana da Baía do Guajará tem como objetivo promover a integração docente-assistencial de professores e estudantes da Faculdade de Medicina e Nutrição/ICS e da Faculdade de Educação/ICED da UFPA com o serviço de saúde municipal através da equipe de saúde da família da ilha do Combú, tendo como foco as ações para a melhoria do Programa de controle da Diabetes e Hipertensão na população com idade acima de 29 anos, e, desta maneira, propiciar a construção de alternativas de melhor sobrevivência da comunidade. O objetivo do presente estudo é analisar os resultados parciais referentes à autoavaliação do estado de saúde e morbidade referida -reunidos a partir da aplicação do questionário padronizado no Projeto Katuana da Baía do Guajará-, afim de que se definam as estratégias de prevenção primária e promoção da saúde de acordo com o perfil de morbidade desta população específica. Metodologia O projeto está sendo realizado em parceria com a ESF do Combú, que possibilitou o acesso às famílias através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desta unidade. De acordo com os dados da ESF, existe no arquipélago um total de aproximadamente 428 pessoas com idade superior a 29 anos. Os resultados parciais desta análise são de um total de 405 pessoas residentes nas áreas: Margem do Rio Guamá, Furo do Rio São Benedito, Beira Rio, Igarapé do Combú, Piriquitaquara e Murutucum. Após treinamento para a aplicação do questionário padronizado feito pelo coordenador da pesquisa, os entrevistadores foram a campo semanalmente em grupos de 3 a 5 pessoas em viagens com duração média de 5 horas. O voluntário foi orientado sobre a pesquisa pela leitura do termo de consentimento livre e esclarecido e, com o seu consentimento por escrito, respondia ao questionário padronizado, no qual são levantadas, entre outras informações, as morbidades referidas, fatores de risco para diabetes e hipertensão arterial, complicações e antecedentes, questionário de angina da Organização Mundial da Saúde versão em português, dieta e fatores sócio-econômicos.

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O questionário completo consta de 238 perguntas. A autoavaliação da saúde foi medida por meio da pergunta “De um modo geral, em comparação a pessoas da sua idade, como você considera o seu próprio estado de saúde?” com as seguintes opções de resposta (1) muito bom (2) bom (3) regular (4) ruim (5) muito ruim. Quanto às morbidades referidas o voluntário responde sim ou não ao diagnóstico prévio das seguintes doenças, sendo condicionado que o mesmo tenha sido informado por um médico: “hipertensão”, “diabetes”, “colesterol alto”, “infarto do miocárdio”, “angina de peito”, “insuficiência cardíaca”, “febre reumática”, “doença de Chagas”, “acidente vascular cerebral”, “doença do rim”, “trombose ou embolia”, “enfisema, bronquite crônica ou doença pulmonar obstrutiva crônica”, “asma”, “artrite reumatóide ou lúpus eritematoso”, “cirrose do fígado ou hepatite” e “câncer”. Os dados foram analisados a partir de planilha no Microsoft Excel 2010. Este projeto foi aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA. Resultados e Discussão Foram entrevistadas 405 pessoas, sendo 196 (48,4%) homens e 209 (51,6%) mulheres. A faixa etária encontrada foi de 30 a 100 anos, distribuídos de acordo com a Tabela 1. A idade média encontrada foi de aproximadamente 48 anos. Tabela 1 – Distribuição em número e proporção da população entrevistada segundo grupos de idade Arquipélago do Combú, 2014. Faixa Etária

N

%

30-40 anos

141

34,8

41-50 anos

123

30,4

51 anos ou +

141

34,8

Dentre os entrevistados, a maioria (49,1%) classificou a própria saúde como “regular”; 32,2% (n = 131) como boa e; apenas 4,6% (n=19) como muito boa. Quanto a autoavaliação negativa de saúde, foi declarado como ruim e muito ruim por 11,1% (n = 45) e 2,7% (n = 11), respectivamente. A Tabela 2 apresenta a distribuição da avaliação de saúde para mulheres, homens e totais para os 3 grupos de idade. Observa-se que a porcentagem de avaliações ruim e muito ruim cresce com a idade, assim como o verificado na análise de dados do PNAD 2003 (DACHS e SANTOS, 2006).

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Ressalta-se que mesmo sendo medida por meio de uma única pergunta, há evidências de que a autoavaliação de saúde alcance várias dimensões desta e que um processo de ponderação destas dimensões é desenvolvido pelos indivíduos ao respondê-la (THEME FILHA et al, 2008). Este indicador tem sido amplamente utilizado em inquéritos populacionais por ser de fácil aplicação, permitir comparações internacionais e ainda por sua capacidade preditiva tanto da morbidade quanto da mortalidade. Tabela 2 – Distribuição da autoavaliação de saúde de acordo com grupos de idade Arquipélago do Combú, 2014. Auto-avaliação do estado de saúde (%) Grupo de idade (anos)

Tamanho da população Muito boa

Boa

Regular

Ruim

Muito ruim

30-40 anos

2,8%

36,2%

52,5%

7,1%

1,4%

141

41-50 anos

4,1%

33,4%

47,9%

12,2%

2,4%

123

51 anos ou +

7,1%

27,7%

46,8%

14,2%

4,2%

141

Em relação às morbidades referidas, 45,2% (n = 183) da população não relatou diagnóstico prévio de nenhuma das dezesseis doenças em estudo. As morbidades mais relatadas foram “colesterol alto” (23,4%), hipertensão (20,5%) e asma (14%). A Tabela 3 relaciona as nove doenças mais referidas e a média de idade em que ocorreu o diagnóstico. As seguintes morbidades foram relatadas por menos de 2,5% dos entrevistados (n < 10): angina (2%), insuficiência cardíaca (1%), febre reumática (1,7%), doenças de Chagas (1,7%), trombose (0,5%), “enfisema, bronquite crônica ou DPOC” (1,5%) e câncer (2%). Os resultados encontrados sobre hipertensão são semelhantes a outro estudo realizado na cidade de Belém, que encontrou prevalência de 17% (BORGES et al, 2008). Porém, menor que estudo realizado em área ribeirinha de Porto Velho (25%) (OLIVEIRA et al, 2013). Inquérito telefônico realizado com maiores de 18 anos de idade encontrou prevalência de 3,9% de diabetes na cidade de Belém (VIGITEL, 2009), menor que a encontrada neste estudo (4,2%). Estudos consistentes desta população relacionados às outras morbidades mais prevalentes não foram encontrados, indicando a necessidade do aumento da produção de conhecimento científico nesta área de atuação.

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Tabela 3 – Morbidades mais relatas pela população e média de idade em que ocorreu o diagnóstico Morbidade referida

%

N

Média de idade do diagnóstico (anos)

Hipertensão

20,4%/1,97%*

83/8*

47

Diabetes

4,2%/0,5%*

17/2*

44

Colesterol alto

23,6%

95

48

Infarto do miocárdio

3,2%

13

37

Acidente Vascular Cerebral

2,5%

10

34

Doença do rim

7,7%

31

38

Asma

14%

57

12

Artrite reumatoide ou lúpus eritematoso

4%

16

38

Cirrose do fígado ou hepatite

3,2%

13

18

*os menores valores se referem ao acometimento da doença somente durante a gestação

Conclusão Na população acima de 29 anos, a autoavaliação da saúde foi predominantemente “regular”. As morbidades mais relatadas foram hipercolesterolemia, hipertensão e asma. Os resultados parciais permitem o início do delineamento do perfil de morbidade, até então pouco conhecido, desta população que vive em área pouco urbanizada, porem tão próxima do município de Belém. Ações de incentivo a alimentação saudável e diminuição do sedentarismo estão sendo feitas nas áreas identificadas como de maior vulnerabilidade. Referências THEME FILHA, Mariza Miranda; SZWARCWALD, Célia Landmann; SOUZA JUNIOR, Paulo Roberto Borges de. Medidas de morbidade referida e inter-relações com dimensões de saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 42, n. 1, Feb. 2008 . DACHS, J. Norberto W.; SANTOS, Ana Paula Rocha dos. Auto-avaliação do estado de saúde no Brasil: análise dos dados da PNAD/2003. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 11, n. 4, Dec. 2006. BORGES, Hilma Paixão; CRUZ, Nilma do Carmo; MOURA, Erly Catarina. Associação entre hipertensão arterial e excesso de peso em adultos, Belém, Pará, 2005. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 91, n. 2, Aug. 2008 . OLIVEIRA, Beatriz Fátima Alves de et al . Prevalência de hipertensão arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 29, n. 8, Aug. 2013 . BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2009: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 44


O COTIDIANO DE FAMILIARES DE PACIENTES INTERNADOS NA UTI Área temática: Saúde e Educação Responsável pelo Trabalho: K.O. FREITAS Unidade Acadêmica: Faculdade de Enfermagem (FaEnf) Nome dos autores: Karina de Oliveira Freitas¹; Carla Steffane Oliveira e Silva¹. ¹Acadêmicas da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Para (FaEnf/UFPA)

Resumo: Objetivos: Informar e esclarecer aos familiares sobre o ambiente e cuidados ofertados no CTI. Realizar grupo de apoio com os familiares. Elaborar material didático educativo; Aplicar no mínimo três palestras sobre Humanização e acolhimento na UTI para os profissionais de enfermagem do CTI; Confeccionar um artigo e submeter para revista. Metodologia: As atividades consistem na prestação de orientações e retirada de dúvidas sobre os cuidados ofertados no CTI. O contato com os sujeitos envolvidos observou o previsto na Resolução n°466/12, do Conselho Nacional de Saúde. Resultados Parciais: As orientações com os familiares e o esclarecimento de suas dúvidas são realizadas de forma individualizada, após estas, se dá uma roda de conversa, onde são compartilhadas experiências, que podem despertar entre eles a força necessária para prosseguir e o apoio que lhes falta. As pessoas que apresentam abalo emocional recebem o apoio da assistente social ou da psicóloga. Assim através destas ações que acolhem os familiares pode-se visualizar a diminuição da tensão e da apreensão dos familiares com relação ao CTI, devido este processo de educação em saúde, facilitar o entendimento e o diminuir o estigma de medo e morte que o CTI possui. Conclusão: Assim é relevante que o profissional de saúde perceba a importância de conhecer os sentimentos do familiar que entra no CTI, visto haver toda uma carga sentimental que é diretamente ligada à capacidade do mesmo receber e assimilar orientações, assim como realizar ações de autocuidado, para ajudar no restabelecimento da saúde de seu parente ali internado.

Descritores: Enfermagem; Família; Cuidados Intensivos.

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INTRODUÇÃO: A hospitalização de um membro da família na unidade de terapia intensiva (UTI) é, em geral, um evento inesperado e assustador para os familiares, pois implicam em sofrimento, mudanças na vida cotidiana e enfrentamento de novos desafios. A vivência desse processo pode se configurar em uma situação de desequilíbrio na medida em que provoca a alteração de papéis e responsabilidades, problemas de relacionamento familiar, surgimento de doenças entre seus membros, redução dos rendimentos financeiros e respostas psicológicas e fisiológicas aos que participam desse processo. De acordo com Côa e Pettengill (2011) a família vive um intenso sofrimento que é provocado pela condição de saúde de seu parente e pelas interações que vivencia com o ambiente e com os profissionais que ali atuam. Maestri et al (2012), nos informa que saber identificar esses sentimentos pode favorecer uma assistência acolhedora a essa clientela. Assim segundo Hayakawa; Marcon; Higarashi (2009) conhecer a rotina da família e seu funcionamento torna-se fundamental para o processo de cuidar, visto que reconhecer as formas adotadas pela família para lidar com a situação de doença constitui um dos passos principais em direção à melhoria da qualidade da assistência neste ambiente, sendo que esta melhoria pode ser alcançada por meio da incorporação de simples ações e atitudes terapêuticas educacionais voltadas aos familiares e às necessidades que emergem perante a situação. Por este motivo a enfermagem, como membro da equipe de saúde, precisa estar instrumentalizada para cuidar tanto do ser enfermo como da família como uma unidade, sendo assim, é importante direcionar práticas de cuidado aos familiares visando prevenir um estado severo de desconforto e facilitar o enfrentamento da hospitalização, pois a família vive a angústia da possibilidade de perda de seu familiar, podendo ser minimizados pelo acolhimento, informação, suporte emocional, segurança e comodidade que os profissionais de saúde possam oferecer. Nesse contexto foi criado o projeto acadêmico “O cotidiano de Familiares de Pacientes internados no CTI” que tem por objetivos: Oferecer esclarecimento aos familiares de todos os cuidados realizados na terapia intensiva; Realizar grupo de apoio com os familiares favorecendo a troca de experiências que cada familiar possa expressar, esclarecendo dúvidas e amenizando as angustias; Analisar a vivência dos familiares ao lidarem com a internação de seu ente querido em uma unidade de terapia intensiva; Elaborar material didático educativo enfatizando o ambiente e os equipamentos tecnológicos que o paciente necessita na terapia intensiva; Aplicar no mínimo três palestras sobre Humanização e acolhimento no CTI aos profissionais de enfermagem da instituição; Confeccionar pelo menos um artigo e submeter para revista indexada de Qualis B. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato de experiência, proporcionado pelo Projeto de Extensão, que tem como público alvo os familiares que se encontram presentes no CTI para a visitação, 46


sendo o mesmo realizado na sala de espera do CTI do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) do município de Belém do Pará. Em primeiro momento foi realizado pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), para melhor interação com o tema e embasamento teórico. Após este momento foi iniciado as orientações quanto o ambiente intensivo e os cuidados ali ofertados, esclarecimentos de dúvidas e grupos de apoio. Em todos estes momentos há um compartilhamento das vivências dos familiares ao lidar com a internação de seu familiar ali no CTI. O contato com os sujeitos envolvidos observou o previsto na Resolução n°466/12, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Para melhor explanação foi criado um material didático educativo em forma de folder enfatizando o ambiente e os equipamentos tecnológicos que o paciente necessita na terapia intensiva. Em paralelo com estas ações também foram programadas três palestras com os profissionais de enfermagem do CTI do HUJBB, destas duas já foram desenvolvidas, restando somente uma programada para novembro, com relação à produção do artigo este será entregue ao final do projeto, pois ainda aguarda aprovação do Comitê de Ética para se iniciar a pesquisa com os familiares. No mês de agosto foi encaminhado o Projeto de Pesquisa vinculado a este Projeto “O cotidiano de familiares internados no CTI”, ao Comitê de Ética do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), por meio da Plataforma Brasil, o mesmo encontra-se em apreciação ética, após aprovação será realizada entrevista com trinta familiares sobre o seu cotidiano após a internação de seu familiar no CTI e a partir dos resultados será elaborado um artigo original para submissão em revista Qualis B. Resultados e Discussões: No mês de maio as acadêmicas foram conduzidas ao campo de atuação para reconhecimento da área e identificação de como era realizado o acolhimento dos familiares de pacientes internados no CTI, no mesmo mês foi construído um banco de dados através da Biblioteca Virtual de Saúde com 84 artigos sobre a temática abordada, sendo este para embasamento teórico do tema por parte das acadêmicas, construção de material didático e da palestra para a equipe de enfermagem e suporte para o projeto de pesquisa a ser realizado posteriormente. A palestra foi feita em apresentação PowerPoint e posteriormente aplicado aos profissionais de enfermagem do CTI, tendo como tema a Humanização e a Enfermagem no Centro de Terapia Intensiva (CTI). O outro material didático construído foi em forma de folder, que estão sendo entregues aos familiares durante a visita no CTI, neste constam informações como: O que é Unidade de Terapia Intensiva? O que é e pra que serve o Monitor, a Máscara Facial, o Ventilador mecânico / Tubo Traqueal, a Bomba de Infusão, a Sonda nasogástrica, o Cateter venoso. Que cuidados o visitante deve ter para estar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)? Entre outros. No mês de junho foram iniciadas as atividades educativas que possuem como base teórica o 47


folder elaborado no mês de maio, estas ocorrem uma vez por semana e permanecerão até o final do projeto. As orientações com os familiares dos pacientes internados no CTI e o esclarecimento de suas dúvidas são realizadas de forma individualizada, tendo em média de 6 a 8 orientações por dia, estas são limitadas ao ambiente e aos cuidados ofertados no Centro de Terapia Intensiva e os procedimentos que não são abrangidos pelo folder como a traqueostomia, são repassados quando questionados. Durante as orientações nenhuma informação sobre o estado clínico dos pacientes era repassada aos familiares, dado que este não é o objetivo do projeto e que as acadêmicas não obtinham contato e informações sobre os pacientes internados no CTI, os indivíduos que questionavam tal informação eram orientados a aguardar o boletim médico que ocorre após as visitas às cinco horas da tarde, para receber do médico a informação que almejava. Após as orientações e esclarecimento das dúvidas, é realizada uma roda de conversa uma vez ao mês onde se proporciona aos familiares a oportunidade de expor e dividir uns com os outros suas experiências, emoções, anseios e situações que presenciaram no CTI, para que desta forma encontrem um no outro, a força necessária para prosseguir e o apoio emocional que lhes falta. Durante este momento surgiram críticas á alguns serviços prestados pela instituição e em outros serviços de saúde, sendo majoritariamente relacionada ao atendimento e prestação de informações para eles familiares, retratando que muitas das vezes se sentiam invisíveis, pois os profissionais de saúde poucas informações lhe concediam. Esse tipo de conduta praticada por alguns profissionais causavam um aumento da tensão e de sentimentos negativos produzidos pela internação de seu familiar naquele ambiente, pois desconheciam o real estado de saúde de seu parente. Assim como críticas surgiram também elogios com relação ao atendimento de seus entes queridos, pois reconheciam que estavam recebendo o tratamento adequado, com vista no restabelecimento de sua saúde e bem-estar, os mesmos ainda agradeceram e elogiaram a criação deste projeto, pois veio para acolher de forma humanizada o familiar de quem se encontrasse internado na UTI. As pessoas que apresentam abalo emocional recebem o apoio da assistente social e/ou psicóloga. Assim através das informações repassadas aos familiares pode-se visualizar uma diminuição da tensão e da apreensão por estes desenvolvidas com relação ao CTI, assim como se pode diminuir o estigma de medo e morte que o CTI possui, por eles e por grande parte da sociedade. Já por meio da roda de conversa com os familiares foi possível à troca de experiências, a produção de estímulo à esperança quanto à melhora de seu parente e apoio emocional em grupo. Sobre a palestra de humanização e acolhimento na com os profissionais de enfermagem da instituição, foi programada pelo projeto a aplicação de três palestras uma em cada a cada trimestre a partir do inicio do projeto, sendo realizada a primeira no mês de 48


julho horário da tarde tendo a presença de sete técnicos de enfermagem e uma enfermeira, a segunda no mês de Agosto no turno da manhã, tendo a presença de seis técnicos de enfermagem, no final das palestras foi solicitado aos participantes que assinassem uma frequência, para constatar a presença dos mesmos, nas palestras desenvolvidas todos os participantes agradeceram pela aplicação da palestra e relataram que a mesma foi de grande proveito para eles devido a humanização da assistência ser um tema bastante atual dentro das unidades de saúde, a enfermeira responsável pelo CTI naquele horário após ter assistido a palestra solicitou que a mesma palestra fosse ministrada no turno da noite, pois, acredita ser de grande valia que os outros técnicos de enfermagem assistissem tal temática, já a terceira palestra foi programada para o mês de novembro. Ainda em Agosto, a partir do banco de dados de 84 artigos sobre a temática, encontra-se em construção o artigo do tipo de revisão bibliométrica para publicação em revista Qualis B. Conclusão: Assim, considera-se que o tema em foco é de grande relevância não somente para atualizar os conhecimentos da comunidade acadêmica quanto ao tema proposto, mas também, para proporcionar a melhor assistência de enfermagem ao familiar de clientes internados em um CTI, pois o CTI ainda é um local que para muitos representa um sinônimo de medo e morte, o que traz consigo uma gama de sentimentos e idealizações, relacionadas ao CTI. Nesse contexto, entende-se que é relevante que o profissional enfermeiro, como membro de uma equipe de saúde, perceba a importância de estar conhecendo os sentimentos, medos e as angústias do familiar que adentra ao centro de terapia intensiva, uma vez que existe toda uma carga sentimental que está diretamente ligada à capacidade do mesmo receber e assimilar orientações, assim como realizar ações de autocuidado, para ajudar no restabelecimento da saúde de seu parente ali internado. REFERÊNCIAS CÔA, T.F; PETTENGILL, M.A.M. A experiência de vulnerabilidade da família da criança hospitalizada em Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos. Rev Esc Enferm USP, v. 45 nº. 4, p. 825-832. 2011 MAESTRI, E. Estratégias para o acolhimento dos familiares dos Pacientes na unidade de terapia intensiva. Revista de enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, v, 20, nº, 1, p. 73-78. Jan/mar 2012. HAYAKAWA, L.Y; MARCON, S.S; HIGARASHI, I.H. Alterações familiares decorrentes da internação de um filho em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre (RS); v. 30, nº. 2, p. 175-182. Jun. 2009

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CURSO DE SOLIDWORKS - DESENVOLVIMENTO DE DESENHOS 2D E 3D VOLTADO PARA DISCENTES DE ENGENHARIA E PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Eixo temático: Educação C. SOUSA Universidade Federal do Pará – Campus de Tucuruí (UFPA – CAMTUC) Autor: Cleyton Lima de Sousa – 201134040021 Bruno Corrêa Pinheiro – 201334040035 Ebson Freitas da Costa – 2013340040025 RESUMO A região do Lago do Rio Tocantins localizado no sudeste paraense, apresenta muitos recursos naturais que são alvos de exploração de diversas empresas, como a Usina Hidrelétrica de Tucuruí gerenciada pela empresa Eletrobrás/Eletronorte e a empresa Dow Corning que atua na exploração de silício, por isso, tais empresas demandam de mão de obra qualificada da região, principalmente engenharia. No entanto, observa-se na Universidade Federal do Pará – Campus de Tucuruí que boa parte dos ingressantes nas graduações em engenharia são oriundos de outros municípios, isso acontece devido os alunos de Tucuruí na sua maioria não terem conhecimento da existência dos cursos existentes no Campus de Tucuruí e não serem incentivados para o estudo de exatas. Nesse intuito é que o projeto de extensão intitulado "Curso de Solidwoks Desenvolvimento de desenhos 2D e 3D voltado para discentes de Engenharia e para alunos do Ensino Médio" propõem a aplicação de um curso para os alunos do ensino médio em três chamadas e para a comunidade acadêmica, atendendo exigências de extensão universitária e contribuindo com o interesse dos jovens por cursos de engenharia, ampliando a visão sobre o tema e aperfeiçoando a prática de desenho técnico mecânico dos discentes.

Palavras-chave: Solidworks, Ensino Médio, Desenho técnico mecânico.

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INTRODUÇÃO A engenharia é uma das mais antigas e importantes profissões do mundo, através do seu conhecimento o homem é capaz de produzir e construir estruturas até então duvidosas aos olhos humanos. Além disso, sua relevância deve-se ao desenvolvimento econômico e social de um país, por isso o que se observa atualmente no mercado brasileiro é uma grande demanda por profissionais qualificados nesse segmento (LEHMANN, 2008). No Brasil, registra-se a diminuição constante no número de egressos no ensino superior, que impacta na ausência de profissionais em determinadas áreas, principalmente nas engenharias. Assim, para atenuar estes fenômenos, demanda-se investimentos na formação de engenheiros, tendo as universidades como maiores parceiros, pois a educação cientifica e tecnológica reflete no desenvolvimento humano e social, dada a relação estabelecida entre a produção e o desenvolvimento das estruturas, processos, produtos e sistema, todos de grande demandas na sociedade (OLIVEIRA et al, 2012). Outro motivo que justifica essa escassez de engenheiros qualificados está correlacionado ao Ensino Médio onde os alunos não são incentivados a gostar das matérias exatas, relevantes para a eficiência no decorrer da graduação em engenharia (CAMPOS et al, 2011). Para contribuir com a formação do aluno de Ensino Médio, devem ser criados espaços de integração permanente, nas universidades, para garantir conhecimentos sobre as profissões pretendidas. Nestes espaços, deve-se buscar a convivência entre alunos do Ensino Médio – EM e o do Ensino Superior – ES, antes do ingresso na universidade e deve possibilitar o despertar do senso crítico, a reflexão e a tomada de decisão sobre a escolha da profissão (OLIVEIRA et al, 2012). A evolução tecnológica tem promovido novas possibilidades de interação em todos os contextos sociais, afetando diretamente as mais diversas classes profissionais. Diversos profissionais passaram a rever seus procedimentos, incorporando recursos tecnológicos para viabilizar alternativas de trabalho antes inexistentes. Também o engenheiro tem visto sua atuação profissional se modificar com a integração de instrumentos digitais, CADs e simuladores (OLIVEIRA et al, 2013). MATERIAL E METODOLOGIA Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a área do projeto a ser apresentada, com o intuito de aperfeiçoar e melhorar a didática a ser empregada no decorrer do projeto e complementar a elaboração do material que possa servir como base para a criação de

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uma apostila a ser utilizada em sala de aula com informações sobre o software e aulas que pudessem ser acompanhadas depois pelos alunos e discente. A apostila foi elaborada de forma a ser bastante prática no aprendizado do alunos e assim dividiu-se em capítulos, são eles: layout do software, principais recursos/ferramentas, passo a passo de como elaborar as peças, montagem, definição de materiais e acabamento da peça, além de como fazer a plotagem das peças em folha de projeto (desenho 2D). A Figura 1 demonstra de maneira pratica e intuitiva o passo a passo de como desenhar as peças selecionadas do curso. Figura 1 – (a) Explanação cronológica dos comandos com maior praticidade. (b) Tripé com todas suas partes.

Fonte: Autoria própria.

Como parte da implantação do projeto, foi realizada uma parceria com o projeto extensionista existente no CAMTUC, o projeto AeroDesign. Este projeto consiste em apresentar conceitos e práticas ligadas à aeronáutica. De forma geral o projeto parceiro estruturou-se em: Introdução à Aeronáutica, Áreas do Projeto e Execução do Projeto. Dentre das apresentações das áreas do projeto, foi descrito em detalhes cada sub-área que se dividi a construção de uma aeronave, uma destas partes constituintes é o desenho técnico mecânico da aeronave. Logo após finalizado a criação da apostila foi feito o contato com a Unidade Regional de Ensino (16ª URE) responsável pelas escolas estaduais do município. Através da URE foi possível reunir com o diretor, vice-diretor e professores de física e de matemática da escola Simão Jacinto dos Reis, definindo o cronograma das apresentações a serem feitas aos alunos. Foram feitas palestras em todas as turmas de primeiro ano (Figuras 2) que abordavam toda uma conjuntura aeronáutica e o devido desenvolvimento de uma aeronave. Foi desenvolvido uma aeronave de pequeno porte para que pudesse auxiliar na assimilação dos conceitos empregados nas palestras. 52


Figura 2 – (a) Palestra sobre o projeto aos alunos da escola Simão Jacinto dos Reis. (b) Grande participação dos alunos. (c) Participação ativa dos alunos durantes as palestras.

Fonte: Autoria própria

Ao final de cada de semana de palestra foi distribuído aos alunos questionários sobre as palestras. A partir da avaliação de dos questionários foram selecionados alunos com aptidões para a área de exatas e a engenharia para participarem do curso de Solidworks. O curso se desenvolveu em uma semana de forma a integrar os alunos do ensino médio e os discentes de engenharia do CAMTUC (Figura 3). Como forma de abranger um público maior, o curso está previsto em ter três ocorrências, em agosto, setembro e outubro. Os meses seguintes ao termino dos cursos de Solidworks serão destinados a avaliação dos resultados. Figura 3 – (a) Grande público de alunos e discente no minicurso. (b) Explanação de comandos básicos.

Fonte: Autoria própria

RESULTADOS E DISCURSÕES Nas palestras realizadas na escola Simão Jacinto dos Reis o público de alunos chegou a 249 alunos. Observou atentamente nas palestra uma grande curiosidade dos alunos, onde em diversos momentos eles questionavam dúvidas frequentes aos princípios aeronáuticos. Através da análise dos questionários foram observados diversos alunos com aptidão para área de engenharia. Por questão de logística, foram selecionados 26 alunos para participarem juntamente com os discentes de engenharia do CAMTUC de um curso modulo básico de Solidworks, ministrado no laboratório de informática do campus.

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Da avalição parcial repassada pelos professores da escola Simão Jacinto, puderam observar que os alunos passaram a ser mais participativos nas aulas de física e matemática. A coleta de resultados das etapas seguintes do curso (setembro e outubro) ainda serão levantadas. CONCLUSÃO Como resultado do projeto pode-se criar uma apostila didática para a aprendizagem do software Solidworks, utilizado para fazer o desenho técnico mecânicos de peças e estruturas. O projeto pode proporcionar ao envolvidos na criação da apostila um ganho de experiência e uma maior qualificação na área técnica. Com o trabalho desenvolvido na escola através das palestras, questionários e experiências práticas, pode-se verificar através dos professores, que diversos alunos além dos que foram selecionados para participarem do curso, começaram a ser mais participativos nas aulas de Matemática e Física das escolas. A implantação do “Projeto Curso de Solidworks - Desenvolvimento de desenhos 2D e 3D voltado para discentes de engenharia e para alunos do ensino médio” nas escolas acarretará uma melhor assimilação dos conteúdos ministrados salas de aula com a prática, pois os alunos serão estimulados a participarem e desenvolverem projetos, fazerem pesquisas e apresentarem seminários, assim preparando os mesmo para a realidade acadêmica e para o mercado de trabalho. REFERÊNCIAS LEHMANN, M; CHRISTENSEN, P.; du, x. E thrane, t (2008). Problem oriented and project based learning as an innovative learning strategy for sustainable development in engineering education. European journal of engineering education, v. 33, n. 3, pp. 281- 293. CAMPOS, L. C., DIRANI, E. T., & MANRIQUE, A. L. (2011). Educação em Engenharia. Novas abordagens. (p. 280). São Paulo: EDUC. OLIVEIRA, V; CHAMBERLAIN, Z; PÉRES, A; BRANDT, R; SCHWRTL, S. Desafio da educação em engenharia: Vocação, Formação, Exercicio Profissional, Experiencias Metodologicas e Proposições. Brasília/Blumenau: ABENGE, 2012. OLIVEIRA, V; TOZZI, M; ELARRAT, J. Desafio da educação em engenharia: Formação em Engenharia, Internacionalização, Experiências Metodológicas e Proposições. Brasília/Belém: ABENGE, 2013.

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CONTRIBUIÇÃO COM A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO PARÁ Área temática: Saúde Responsáveis pelo trabalho: Brenda de Souza Maia; Jefison da Silva Lopes; Amanda Soares Peixoto Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências da Saúde (ICS) Nome dos Autores: Brenda de Souza Maia; Jefison da Silva Lopes; Amanda Soares Peixoto. Resumo: A doença de Chagas, exclusiva do continente americano, é uma enfermidade de caráter crônico causada pelo Trypanosoma cruzi. Cem anos depois de sua descoberta o panorama ainda é de um problema de saúde pública no Brasil e na América Latina. Neste sentido, o projeto se propôs a contribuir com as ações de vigilância, de forma a informar e educar a população como realizar a prevenção bem como sensibilizar os portadores da doença de Chagas para que se tornem vigilantes quanto às formas de transmissão para que auxiliem a vigilância e a equipe envolvida no Programa para melhor controle da doença. Estudo qualitativo, descritivo, que visa relatar as ações do projeto de extensão, no período de Julho de 2013 a Junho de 2014, o qual possui como objetivo realizar atividades educativas para informar a comunidade acerca da doença de Chagas, agravos, formas de transmissão, e prevenção. Nas ações realizadas obtivemos um número estimado de 350 pessoas. Podemos observar um grande interesse das pessoas em conhecerem mais sobre a doença de Chagas, a fim de compartilharem esse conhecimento com as pessoas do seu convívio, alcançando, desta forma, o nosso objetivo. Através das atividades do projeto, foram elaborados e aprovados trabalhos científicos no II Congresso de Saúde da Amazônia e no XVII Congresso Médico Amazônico. Conclui-se que esta experiência possibilitou aos acadêmicos a compreensão da importância da Educação em Saúde como parte da contribuição com vigilância epidemiológica na doença de Chagas. Palavras-chave: Doença de Chagas; educação em saúde; vigilância epidemiológica. INTRODUÇÃO A doença de Chagas, exclusiva do continente americano, é uma enfermidade de caráter crônico causada pelo Trypanosoma cruzi. Cem anos depois de sua descoberta o panorama ainda é de um problema de saúde pública no Brasil e na América Latina (SCHOFIELD CJ, 2006). Essa doença é uma infecção que vem assumindo caráter endêmico no Estado do Pará (COURA JR, 2002 & SOUZA DSM, 2013). O acesso aos serviços de saúde para esta população é escasso, a rede básica de saúde é deficiente no atendimento do 55


estágio inicial da infecção e muito se deve a deficiência médica na atenção primária no que se refere ao reconhecimento precoce da infecção e o envolvimento com a doença, bem como deficiência da vigilância que necessita de recursos humanos para uma melhor atuação no desenvolvimento das ações. Fatos que são corroborados pelo crescente número de casos da infecção no Estado, em sua maioria através de uma forma de transmissão que é a via oral devido a falta de higiene com os alimentos passível de ações de prevenção (PINTO, 2008 & VALENTE SAS, 2001). Neste sentido, o projeto se propôs a contribuir com as ações de vigilância, de forma a informar e educar a população como realizar a prevenção bem como sensibilizar os portadores da doença de Chagas para que se tornem vigilantes quanto às formas de transmissão para que auxiliem a vigilância e a equipe envolvida no Programa para melhor controle da doença. De outra forma, a integrar com o Hospital Universitário Barros Barreto no sentido de referenciar os casos que necessitarem de assistência especializada, pois o serviço tem um programa de doença de Chagas com equipe multidisciplinar voltado para a assistência ao portador de doença de Chagas.

MATERIAL E METODOLOGIA Estudo qualitativo, descritivo, que visa relatar as ações do projeto de extensão, no período de Julho de 2013 a Junho de 2014, o qual possui como objetivo realizar atividades educativas para informar a comunidade acerca da doença de Chagas, agravos, formas de transmissão, e prevenção. Inicialmente, houve um planejamento das atividades que seriam realizadas pela equipe extensionista, capacitação da equipe e elaboração de materiais informativos sobre a doença de Chagas. As ações são desenvolvidas semanalmente no Hospital Universitário João de Barros Barreto, onde os extensionistas desenvolvem educação em saúde na sala de espera das consultas, na qual os usuários e seus acompanhantes são informados sobre as formas de transmissão e prevenção da doença, além de compartilharem suas experiências com relação à doença de Chagas. Para o melhor atendimento, foi elaborada a carteira de doença de Chagas, na qual contêm espaços de preenchimento de identificação do usuário, pressão arterial, exames mais realizados pelos portadores de doença de Chagas como Eletrocardiograma, Ecocardiograma, Mapeamento/Análise estatística, Holter e Sorologia IGG para doença de Chagas, para que haja um controle dos resultados dos exames obtidos. Foi realizada uma atividade na Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro no bairro do Guamá, município de Belém, juntamente com a equipe extensionista, onde primeiramente foi aplicado um formulário estruturado com 5 questões objetivas/subjetivas a 121 alunos da 5ª série do

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Ensino Fundamental com o objetivo de identificar o grau de conhecimento dos alunos acerca da doença de Chagas. Posteriormente, foi realizada uma roda de conversa com os alunos, onde foi discutido aberta e livremente o tema em questão, abordando tópicos contidos no questionário e outros tópicos que surgiram no decorrer da explicação, através de dúvidas questionadas pelos alunos. No terceiro momento da atividade, a equipe mostrou aos participantes amostras do triatomíneo vetor da doença, disponibilizadas pela Secretária Estadual de Saúde (SESPA). O grupo de extensão de doença de Chagas realizou uma atividade no Mercado Ver-o-Peso, onde os acadêmicos entregaram folders com todas as informações sobre a doença de Chagas e convidaram as pessoas que passavam pelo local para assistir o teatro de fantoches que foi realizado depois. O teatro de fantoches possui personagens lendários da região amazônica e roteiro personalizado com informações principais sobre a doença de Chagas, para que haja aprendizado da população de forma simples e divertida. O teatro foi realizado entre as barracas de vendas no mercado ver-o-peso, onde trabalhadores e consumidores puderam assistir e receber informações sobre a doença. RESULTADOS E DISCUSSÕES Nas ações realizadas obtivemos um número estimado de 350 pessoas. Durante o período, acompanhou-se o atendimento multiprofissional aos pacientes portadores de doença de Chagas no ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto, onde os acadêmicos obtiveram um maior conhecimento da doença de Chagas, seus sintomas, diagnóstico clínico e laboratorial, suas formas de transmissão e prevenção. Esse conhecimento foi de grande relevância para a realização das ações educativas, de forma a transmitir esse aprendizado à população. A carteira de doença de Chagas elaborada pelos acadêmicos é utilizada manualmente e virtualmente, pois é impressa e preenchida pela equipe multiprofissional de doença de Chagas do ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto, e inserida no prontuário do paciente, o que facilitou o atendimento dos pacientes portadores de doença de Chagas, atuando como forma de comunicação entre a equipe. Virtualmente, é preenchida pelos acadêmicos e arquivada em uma pasta de arquivos no computador próprio da equipe de doença de Chagas, onde cada documento possui o nome do paciente, contribuindo para a realização de trabalhos científicos. Podemos observar um grande interesse das pessoas em conhecerem mais sobre a doença de Chagas, a fim de compartilharem esse conhecimento com as pessoas do seu convívio, alcançando, desta forma, o nosso objetivo. Através das atividades do projeto, foram elaborados e aprovados trabalhos científicos no II Congresso de Saúde da Amazônia e no XVII Congresso Médico Amazônico. 57


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CONCLUSÃO Através de tais ações, os acadêmicos oportunizaram aos portadores da doença e seus acompanhantes um maior conhecimento sobre a doença, além do esclarecimento de suas dúvidas, cooperando, dessa forma, para que essas pessoas levem maior informação aos seus núcleos de convívio social, repassando seus conhecimentos aos demais indivíduos, incluindo a realização de medidas preventivas em seus próprios lares. Esta experiência possibilitou aos acadêmicos a compreensão da importância da Educação em Saúde como parte da contribuição com vigilância epidemiológica na doença de Chagas. REFERENCIAS Schofield CJ, Jannin J, Salvatella R. The future of Chagas disease control. Trends in Parasitology 2006; 22:583-588. COURA, J.R.; JUNQUEIRA, A.C.V.; FERNANDES, O. Emerging Chagas disease in Amazonian Brazil. Trends Parasit. 18: 171-176, 2002. SOUZA,DSM; MONTEIRO,MR. Manual de Recomendações para Diagnóstico,Tratamento e Seguimento Ambulatorial de Portadores de Doença de Chagas 1ed autores,Belém , 2013. 50pg. PINTO AYN, VALENTE SA, VALENTE VC. Fase aguda da doença de Chagas na Amazônia brasileira: estudo de 233 casos do Pará, Amapá e Maranhão observados entre 1988 e 2005. Rev Soc Bras Med Trop. 2008; 41(6): 602-14.

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PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE INTERESSE SOCIAL: MOVIMENTOS SOCIAIS E EFETIVAÇÃO DO DIREITO HUMANO À MORADIA Área Temática Direitos Humanos e Justiça Responsável pelo trabalho Priscilla de Fátima Teixeira Costa Unidade Acadêmica Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) Autoras 1 Priscilla de Fátima Teixeira Costa ; Inaiê del Castillo Andrade Neves2 RESUMO A regularização fundiária de interesse social apresenta-se como uma política urbana imprescindível à efetivação do direito humano à moradia, direito este reconhecido em Convenções e Tratados Internacionais assim como na Constituição Federal de 1988. A realização de suas etapas é uma atribuição do Poder Público, todavia, a partir da implementação da Lei nº 11.977/09 acompanhada dos objetivos do Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01), é garantida a participação social em seu processo e permitida a sua realização por iniciativa da sociedade civil. Essas mudanças no modelo jurídico brasileiro voltadas ao enfretamento dos problemas habitacionais não foram alcançadas sem a reivindicação, local e nacional, dos movimentos sociais, os quais ainda lutam pela concretização das mesmas. Dessa forma, tornase uma necessidade a devida capacitação dos agentes atuantes em movimentos sociais de luta pela moradia digna bem como dos entes acadêmicos e demais envolvidos. Para tanto, o Programa de Capacitação para Implementação de Regularização Fundiária de Interesse Social na Região Metropolitana de Belém apresenta-se voltado à execução de oficinas, palestras e seminários destinados a capacitar esses atores, contribuindo para o empoderamento social com vistas à efetivação de direitos e à transformação da realidade urbana. Palavras-chave: Direito Humano à Moradia. Regularização Fundiária de Interesse Social. Movimentos Sociais. INTRODUÇÃO Por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização das Nações Unidas (ONU) elencou, em 1948, as necessidades inerentes à pessoa humana. Dentre elas, temos o reconhecimento da moradia como um direito humano fundamental, o que refletiu, posteriormente, em sua compreensão e proteção em Convenções e Tratados Internacionais, a

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Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Pará. Bolsista do Programa de Capacitação para Implementação de Regularização Fundiária de Interesse Social na Região Metropolitana de Belém (PIBEX 2014). E-mail: priscillacostajus@hotmail.com. 2 Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Pará. Bolsista do Programa de Capacitação para Implementação de Regularização Fundiária de Interesse Social na Região Metropolitana de Belém (PIBEX 2014). E-mail: inaiedelcastillo@yahoo.com.br. 60


exemplo do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, instituído em 1966. Para a ONU, a moradia adequada não se limita ao “teto” em si, mas vai muito além; contempla a segurança da posse, a infraestrutura de serviços públicos, a habitabilidade, a adequada localização, dentre outros. A nível nacional, em grande parte das cidades brasileiras o avanço da urbanização deuse de forma acelerada e desorganizada, culminando na proliferação de assentamentos informais no meio urbano. Esse processo também foi marcado por apresentar características segregadoras, já que a partir dele surgiram áreas à margem do centro social (periféricas) onde a vulnerabilidade socioambiental, a criminalidade e as moradias inadequadas são alguns dos problemas cotidianos na vida de quem não apresenta relevante poder econômico. Diante desse quadro, a Constituição Federal de 1988 (em seu artigo 6°) passou a garantir o direito à moradia como um direito social e humano, essencial à dignidade do cidadão e legalmente assegurado pelo Estado, para, desse modo, efetivar o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1°, III) assim como os da função social da propriedade urbana (CF/88, art. 5º, XXIII) e da cidade (CF/88, art. 182, caput e § 2º). Assim, é inegável o avanço promovido pela Carta Magna ao contemplar o direito à moradia como um dos direitos fundamentais do cidadão; entretanto, faz-se necessário ressaltar que ela forneceu somente os princípios e recomendações relacionados à política urbana. No que diz respeito à regulamentação de fato, temos que foi somente atingida com o advento da Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), que consiste na diretriz geral de execução da política urbana. Não obstante, é imperioso ressaltar que essa conquista apenas tornou-se realidade em razão do esforço e luta (durante mais de dez anos) dos movimentos sociais, assim como só será plenamente efetivada com a atuação dessas forças populares no cotidiano da cidade, aliadas às forças políticas e estatais (INSTITUTO PÓLIS, 2001). Esses movimentos começaram a se fortalecer em meados da década de 1970, com manifestações pela regularização de lotes clandestinos, organização de moradores de favelas por demanda de infraestrutura básica e regularização fundiária e também a partir do surgimento do Movimento pela Reforma Urbana, criado em razão da iniciativa de setores como a CPT (Comissão Pastoral da Terra) que faz parte da Igreja Católica (MARICATO, 2003). Nos dizeres da doutrinadora Lígia Melo (2010, p. 269): A luta pela moradia digna tem alcançado resultados importantes no que diz respeito à modificação da legislação que trata do assunto ou mesmo a introdução de novos instrumentos que podem auxiliar na promoção de tal direito, sendo encampada por movimentos sociais organizados e conscientes do papel que lhes

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cabe desempenhar. O Estatuto da Cidade, produto da participação ativa e articulada dos movimentos sociais populares urbanos, prevê a gestão democrática da cidade como garantia para que os instrumentos introduzidos pelo texto legal não se tornem obsoletos ou ferramentas a serviço da tecnocracia, firmando a ideia de um novo pacto territorial a serviço da justiça social .

Nesse diapasão, o Programa de Capacitação para Implementação de Regularização Fundiária de Interesse Social na Região Metropolitana de Belém foi pensado para atuar na promoção de oficinas, palestras e seminários direcionados aos atores que exercem a militância em movimentos sociais, à comunidade acadêmica e a todos os interessados e envolvidos com a construção da política urbana na Região Metropolitana de Belém, promovendo a capacitação em regularização fundiária de interesse social de acordo com as determinações do Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) e especialmente com o modelo apresentado pela Lei nº 11.977/09, a qual legitima a participação da população nesse processo. MATERIAL E METODOLOGIA Inicialmente, o Programa executou a capacitação necessária de seus integrantes, com vistas às etapas seguintes. Assim, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e legislativa sobre o assunto e debates em reuniões com os respectivos membros. A equipe também articulou junto aos componentes de movimentos sociais e comunidade por meio de palestras, seminário e oficina, assim como utilizou o espaço acadêmico para esses fins. Para a implementação do Programa e a promoção da capacitação/conscientização almejada, foram realizados eventos visando a: 1) aprofundar o debate sobre a regularização fundiária dentro dos movimentos de luta pela moradia digna; 2) mostrar os aspectos positivos e as dificuldades que permeiam a realização da regularização; 3) esclarecer que a regularização fundiária de interesse social não significa tão somente a titulação, mas um conjunto de medidas que busca a efetivação do direito à cidade e à moradia; e 4) trocar experiências no sentido de obter o conhecimento emanado da lutas populares para a garantia de direitos. Outro objetivo almejado consiste na disponibilização de material didático sobre os instrumentos do Estatuto da Cidade, e, assim, atingir um número significativo de pessoas por meio de publicação digital. Com esse escopo, o Programa está desenvolvendo uma pesquisa qualitativa que culminará na editoração de um Caderno Técnico voltado à capacitação de técnicos municipais e estaduais, agentes comunitários, militantes e público em geral, o qual poderá ser acessado pelo Portal Capacidades do Ministério das Cidades.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o propósito de atuar juntamente com os entes sociais que militam na luta pela Reforma Urbana, o Programa iniciou suas atividades participando do 2° Congresso Estadual da Federação das Entidades Comunitárias do Pará (FECPA), realizado no dia 04 de maio de 2014. Na ocasião, promoveu o debate sobre “A problemática das cidades urbanas no Brasil e no Pará” que contou com a contribuição de movimentos de diversos municípios paraenses na discussão sobre a realidade urbana no Pará. Na esfera nacional, foi firmada parceria com a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), que realizou o 13° Encontro Nacional de Moradia Popular entre 22 e 25 de maio de 2014. No referido encontro, os membros do Programa atuaram na “Oficina de Regularização Fundiária” compartilhando não somente conhecimento técnico (jurídico), mas também promovendo o empoderamento desses militantes para uma construção coletiva de política urbana voltada à conquista do direito à moradia digna. Em âmbito local, o Programa também esteve presente no Encontro das Comunidades Eclesiais de Base, realizado em Belém no dia 06 de julho de 2014. Nesse evento, a finalidade foi alcançar a participação da comunidade em geral para a conscientização da relevância da regularização fundiária de interesse social e a participação dos movimentos populares na busca pela implementação da mesma; para tanto, foi promovida a palestra intitulada “Políticas Públicas e Habitação de Interesse Social”. Não obstante, as ações do Programa também alcançaram a comunidade acadêmica por meio da parceria com o Programa de Apoio à Reforma Urbana (PARU/UFPA), em conjunto com o qual a equipe promoveu o Seminário “Estatuto da Cidade e Regularização Fundiária Urbana” em 28 de agosto de 2014. A equipe participou, também, das discussões sobre política habitacional social e direito à moradia com estudantes e profissionais da área de Serviço Social no dia 15 de maio 2014, por ocasião do evento promovido em comemoração ao Dia do Assistente Social pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). Cabe ressaltar, ainda, a apresentação de trabalho no 6° Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) como resultado das ações e experiências oriundas da prática extensionista, bem como a participação dos integrantes do Programa de Extensão no projeto de pesquisa para elaboração de Caderno Técnico sobre Regulamentação e Implementação de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), o qual é financiado pelo Ministério das Cidades e cujo material produzido será futuramente disponibilizado em meio impresso e virtual.

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CONCLUSÃO Ao longo das atividades promovidas até o presente momento, o Programa de Extensão tem se destinado a capacitar e articular os agentes engajados nos movimentos sociais, acadêmicos e demais atores dedicados à causa da moradia e da regularização fundiária de interesse social dentro da Região Metropolitana de Belém. Por outro lado, em virtude da realização do 13° Encontro Nacional de Moradia Popular na Capital Paraense e da atividade de capacitação promovida aos presentes, pode-se afirmar que a ação extensionista do Programa alcançou indiretamente outros agentes sociais em âmbito nacional. Em suas atividades, a equipe busca não somente reproduzir o conhecimento jurídico (técnico), mas se propõe a trocar experiências e informações com o público alvo, levando em consideração suas vivências e as peculiaridades dos locais onde vivem, o que contribui tanto para o crescimento pessoal e acadêmico dos membros do Programa quanto para a promoção de uma verdadeira função social da Universidade perante o contexto socioeconômico, ambiental e urbanístico onde está inserida; sendo essa uma das premissas da extensão universitária.

REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 2013. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm>. Acesso em: 15 set. 2014. BRASIL. Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; [...] e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2009/lei/l11977.htm>. Acesso em: 15 set. 2014. INSTITUTO PÓLIS. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. Câmara dos Deputados: Brasília, 2001. MARICATO, Ermínia. Brasil, Cidades: alternativas para a crise urbana. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2003. MELO, Lígia. Direito à moradia no Brasil: política urbana e acesso por meio da regularização fundiária. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2010.

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PROJETO INFÂNCIA EM TELA: DEBATENDO DIREITOS POR MEIO DA ARTE CINEMATOGRÁFICA ORIENTADORA: ADRE CANTO1 AUTORA: LUANI MORAES2

RESUMO Este trabalho é resultado da experiência como bolsista de extensão no Projeto “Infância em Tela na Universidade e na Comunidade”, vinculado ao Programa Infância e Adolescência – PIA, ligado à Faculdade de Serviço Social e ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA da Universidade Federal do Pará e tem como objetivo apresentar os resultados das atividades desenvolvidas nas instituições parceiras. A metodologia utilizada nas atividades foi o recurso da produção audiovisual do cinema como ferramenta para a discussão das categorias da infância, adolescência e família em suas dimensões sociológicas, históricas e sociais. Busca-se por meio da arte cinematográfica fazer reflexões críticas voltadas para a formação de sujeitos por meio de filmes que apresentem o mundo das crianças e dos adolescentes retratados no cinema, com base na análise sociológica da forma e do conteúdo do filme, procura-se debater aspectos sociais, políticos, históricos e culturais que são abordados acerca da infância e adolescência e assim contribuir na formação crítica de estudantes, docentes, técnicos e comunidade geral da UFPA. Além de contribuir na formação de formadores das instituições parceiras tais como: Cedeca Emaús, Lar Fabiano de Cristo e Escola Milton Montes localizada na Ilha do Cumbu, compartilhando saberes, trocas de experiências e informações acerca das temáticas debatidas entre professores, técnicos, alunos e comunidade. Palavras – chaves: Infância. Adolescência. Família. Direitos Sociais.

INTRODUÇÃO O Projeto de Extensão “Infância em Tela na Universidade e na Comunidade” surgiu no ano de 2014, como projeto de extensão universitária utilizando a arte cinematográfica para discutir os principais conteúdos que abordem o seguimento infantil-juvenil. No ano de 2014 o Programa Infância e Adolescência- PIA, transformou a atividade “Infância em Tela” desenvolvida desde 2009 em Projeto de extensão e estabeleceu parceria com (3) instituições, sendo estás o Lar Fabiano de Cristo que fica localizado R. Barão de Igarapé Miri, 527 -

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Pedagoga. Drª em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS. Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará – UFPA. Pesquisadora do Programa Infância e Adolescência – PIA – UFPA, Professora da Secretaria Municipal de Educação de Belém. 2 Graduando em Serviço Social. Bolsista PIBEX do Programa Infância e Adolescência, vinculado a Faculdade do Serviço Social e ao Instituto de Ciências Sociais Aplicado – ICSA – UFPA.

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Guamá, Cedeca Emaús (Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes) e a Escola Milton Montes, localizada

na Ilha do Combu. Além dessas instituições o Projeto “Infância em Tela na

Universidade e na Comunidade” acontece também na Universidade e tem a participação da comunidade acadêmica. A experiência vivenciada nas comunidades onde acontece o projeto tem contribuído para a reflexão de temas que abordem questões referentes à infância, à família e adolescência e isso tem possibilitado a reflexão e o fortalecimento de ações que visam combater o trabalho infantil, a violência contra crianças e adolescentes, o consumismo infanto-juvenil, a violação de direitos entre outras questões que dizem respeito aos direitos sociais. Dessa forma busca-se análise de filmes para discutir conteúdos temáticos sobre a infância capaz de proporcionar uma consciência critica entre os participantes. Objetivando promover análise de filmes como estratégias pedagógicas para dinamizar atividades acadêmicas à luz dos temas da cultura, teoria social crítica e direitos sociais, justificandose como aproveitamento do cinema enquanto instrumento para ampliação do universo cultural dos sujeitos em tempos de violação de liberdades fundamentais. [...] conhecer, se possível, as teorias do cinema, enfim, buscar dominar os meandros da Sétima Arte, isto é, conhecer a morfologia estética, a psicologia e a sociologia do cinema. Isto é, conhecer os elementos da forma do filme. Isto ajuda a aprimorar a análise critica do objeto fílmico. Ou seja, dominar o meio é importante. Deste modo, a análise critica do filme pressupõe um momento de critica do cinema. Mas, é preciso ir além, senão ficaremos tão-somente na análise da forma do filme. Na verdade, temos a obrigação de desenvolver a problemática social sugerida pelo filme (uma totalidade social concreta com suas múltiplas instâncias social). (ALVES, 2013).

Diante do exposto o projeto “Infância em Tela na Universidade e na Comunidade” em conjunto com a comunidade acadêmica têm

possibilitado a participação diversificada de um

público interessado em participar dos debates e isso contribui para a formação dos estudantes, bem como, fortalece as relações e formação de grupos interessados no debate acerca da infância, adolescência e família. Colocando-se através de filmes que venham a contribuir para análise critica social. O projeto então vem resultando da interação, entre uma capacitação visualizada por meio dos filmes, com o objetivo de verificar a importância da inserção de elementos cinematográficos na formação tanto de profissionais, quanto de acadêmicos da universidade, pois os filmes são fontes valiosas de relação da realidade com o conteúdo a ser discutido, por apresentarem uma forma de linguagem mais acessível, facilitando a compreensão do tema retratado em filmes e documentários, onde serão trabalhados temas que venham a contribuir para o entendimento sobre a infância de modo que venha há contribuir na garantia dos direitos e proteção de crianças e adolescentes.

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METODOLOGIA Utilizam-se como metodologia na realização das ações, apresentações de filmes e documentários seguidos de uma discussão das categorias sociológicas que abordem a temática infanto-juvenil. Essas atividades

são direcionadas para os discentes das universidades e

profissionais das instituições parceiras. Para elaboração d as atividades são necessárias considerar o interesse e demanda das instituições, bem como, há disponibilidade para a execução das atividades. Que deverão ocorrendo duas vezes ao mês, sendo uma interna, ou seja, na universidade, as atividades de extensão exigem a utilização de equipamentos para reprodução audiovisual e de espaço físico adequado para a exibição dos filmes, assim utilizamos o acervo e os espaços da universidade e outra externa ocorrendo nas própria instituição . As atividades tem em média duração de 3 horas, sendo no final assinado uma lista de participação para posteriormente emissão de certificado. No final de cada exibição, há análise das principais categorias que poderão ser retiradas dos filmes sendo exposto pelos palestrantes convidados, que expandiram seus conhecimentos aos discentes participantes e profissionais, logo em seguida abre-se para um dialogo através de debates e dúvidas e avaliação das mesmas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO No ano de 2014 até o primeiro semestre, foram realizadas dentro da Universidade Federal do Pará (4) atividades com um total de 85 alunos havendo a participação de discentes tanto da UFPA como de outras instituições, tendo exibições de filmes como (O Grão, Filhos do Paraíso e A invenção da Infância, na Escola Milton Montes, localizada na ilha do Combú foram trabalhados os filmes “A invenção da Infância” e “Criança a Alma do Negócio” com total de 21 participantes entre professores, auxiliares e diretores. Junto á comunidade de Emaús, às atividades, ocorrem normalmente em um espaço cedido pela UFPA, pois inicialmente ás atividades eram trabalhadas na própria comunidade, contudo pelo ambiente não ser favorável para sua realização foi solicita pelos participantes a troca de local, sendo transferida para UFPA, dentre esse período de formação foram apresentados 5 filmes, entre eles: “A invenção da infância”, “Criança alma do negócio”, “Crianças Invisíveis”, “Brinquedo proibido”, “Minha casa é a Rua” com total de 72 participantes. No Lar Fabiano de Cristo foram

realizas 3 atividades com total de 52 participantes, dentre eles estavam

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familiares e responsáveis de alunos, professores, pedagogos e diretores , assistentes sociais, auxiliares e estagiários. O projeto está com 80% por cento de suas atividades em dia, porém em alguns casos por haver contratempos dentro das instituições parceiras. As atividades em alguns casos sofrem algumas alterações, como de ambiente, e horários. Participam normalmente das atividades um número aproximado de 20 pessoas, as atividades duram em média 3 horas, sendo os filmes com duração de 2:00 no máximo, o tempo restante usa-se para discussão diante do exposto pelos palestrantes sobre as categoria apresentadas nos filmes . O projeto “Infância em Tela na universidade e na comunidade” vem obtendo boa aceitabilidade pela comunidade acadêmica e parceiras do projeto, buscando êxito nas formações e principalmente na qualidade da mesma, pois o projeto tem como foco a propagação do conhecimento, sendo este obtido por meio de informações e formações , buscando-se a análise criticas de filmes e documentários que abordem sobre os direitos de crianças e adolescentes possibilitando aos profissionais esta percepção acerca da efetivação dos direitos de crianças e adolescentes .

CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante ressaltar que o projeto “Infância em Tela na universidade e na comunidade” vem contribuindo na formação de estudantes e profissionais ao que se refere a cultura de direitos de crianças e adolescentes. Sendo uma das conquistas desse projeto ter alcançado a região das ilhas de Belém, mas especificamente a Ilha do Combú, onde esta localizada a Escola Municipal Milton Montes, nesse espaço o projeto foi bastante aceito pela comunidade escolar e pela comunidade local. A importância deste projeto para a formação acadêmica consiste entre outras coisas a aproximação da universidade com a realidade vivida nas comunidades atendidas pelo projeto. Além de promover conhecimento sobre a temática Infância e Adolescência para nosso aprendizado como alunos em formação. Pois ás atividades realizadas no projeto, como os debates sobre as categorias, as rodas de conversas e trocas de experiências tendem dinamizar nosso aprendizado como alunos, trazendo de maneira significativa à busca do conhecimento, pois vêm por intermédio das atividades, elaboração de relatórios, estudos, contribuírem para complementação de nossa qualificação e conhecimento dentro da área que pretendemos atuar.

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REFERÊNCIAS

ALVES, G. Tela critica: a metodologia. Editora Cortez, 2013. BRASIL. Lei n.8.069, de 13 de junho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm Acesso em 15\09\2014.

Carlos Alberto Batista Maciel Coordenador do programa Infância Adolescência-PIA-UFPA Belém 2014

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EMPODERANDO ESCOLAS PÚBLICAS DE BELEM-PA PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLENCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATRAVES DE UMA EDUCAÇÃO COM VIÉS EM DIREITOS HUMANOS

Autora: Jessica Glislayne Fonseca de Souza 1 Co-Autora: Thais Silva Trindade das Mercês 2 Co-Autora: Raphael Augusto Ferreira dos Santos 3 Área Temática: Educação RESUMO: A violência sexual contra crianças e adolescentes é algo preocupante em nosso País e considerando as muitas denúncias sobre esta violência e a fragilidade da disseminação das políticas públicas vigentes, este trabalho tem como objetivo o fortalecimento das ações de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no meio acadêmico e na comunidade local. O programa “Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes” aprovado neste ano pela Pro-reitoria de Extensâo visa empoderar as comunidades escolares para a prevenção, identificação e encaminhamento dos casos suspeitos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Campanhas temáticas, mini-cursos, oficinas nas escolas escolas públicas de Belém-PA e publicação de trabalhos no meio acadêmico são atividades que tem perpassado as ações deste programa. PALAVRAS-CHAVE: Enfrentamento, violência sexual, criança e adolescente. ABSTRACT: Sexual violence against children is something disturbing in our country and considering the many complaints about this violence and the weakness of the dissemination of current public policies, this work aims at strengthening actions to combat sexual violence against children and adolescents in through academic and local community. The program "Empowering Public Schools Bethlehem to Combat Sexual Violence against Children and Adolescents" approved this year by the Pro-Deanship aims to empower school communities for the prevention, identification and referral of suspected cases of sexual violence against children and teens. Thematic campaigns, mini-courses, workshops in the public schools of Belém and publishing papers in academic schools are activities that have permeated the actions of this program. KEYWORDS: Coping, sexual violence, child and adolescent.

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Estudante do 9º semestre do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal do Pará. Bolsista de Extensão no programa ““Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”. E-mail: jessicaglislayne@gmail.com 2 Estudante do 7º semestre do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal do Pará. voluntária de Extensão no programa ““Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”. E-mail: tstm1993@gmail.com 3 Estudante do 6º semestre do curso de Geografia da Universidade Federal do Pará. Voluntário no programa ““Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”. E-mail: raphasantos11@gmail.com 70


INTRODUÇÃO O debate sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes o assunto é bem antigo na sociedade, onde no Brasil da década de 90, onde ocorreu a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente com a ideia de assegurar os direitos de tais indivíduos incapazes e dependes da família. No entanto as leis não são suficientes para que tal fenômeno seja enfrentado de forma plena, diversas instâncias sociais têm pensado em estratégias de combate e prevenção deste tipo de violação de direitos. O abuso sexual contra crianças e adolescentes ocupa o segundo lugar dentre as diversas outras formas de maus tratos, estimando-se que cerca de 165 crianças e adolescentes sofrem desta violência por dia, algo em torno de 7 crianças por hora, que em sua maioria são meninas entre 7 a 14 anos. (GUIA ESCOLAR, 2004). O Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Currículo e Formação de Professores na Perspectiva da Inclusão (Includere), coordenado pelo Prof. Dr. Genylton Rocha tem desenvolvido atividades na área de ensino, pesquisa e extensão que possuem como foco a formação de professores e o currículo escolar. Este grupo é composto por quatro projetos/ programa dentre estes destaco o “Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, o qual visa articular com as escolas públicas de Belém-PA para torná-las instituições que lutam na garantia e defesa dos direitos da criança e do adolescente, sendo necessário promover o empoderamento das escolas públicas para enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, buscando socializar o Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e promover a articulação de uma rede Infantojuvenil para o enfrentamento da violência sexual, elaborando em conjunto com a comunidade escolar propostas de intervenção e combate. MATERIAL E METODOLOGIA O programa tem como objetivo de intervenção desenvolver ações voltadas para sensibilização, mobilização, fortalecimento e formação de comunidades escolares localizadas na região metropolitana de Belém para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. O Programa prever realizar atividades de extensão articuladas com atividades de pesquisa e de ensino, uma vez que consideramos este o triple fundamental para a sólida formação do futuro professor. 71


As ações do plano de trabalho serão desenvolvidas em cinco etapas. Na primeira etapa buscar-se-á sistematizar, a partir de revisão bibliográfica geral e específica, definições, conceitos, categorias e temas que ajudem no embasamento teórico da discussão e da ação prática aqui proposta, buscando sua sintonia com os objetivos que também aqui foram delineados. Seções de estudos sobre o tema da violência sexual contra crianças e adolescentes, com a participação de estudantes de graduação do curso de Pedagogia e do Programa de PósGraduação em Educação – PPGED-UFPA. Na segunda etapa será realizado levantamento de dados em jornais e nos arquivos dos conselhos tutelares sobre casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Os Jornais pesquisados serão o “Diário do Pará” e o “O Liberal” e os arquivos dos conselhos tutelares IV, V e VI de Belém, sobre casos de violência sexual cometidos contra crianças e adolescentes. Nos Jornais, deverão ser coletados os casos ocorridos entre 2012 e 2014. Nos Conselhos Tutelares, os dados de 2010 a 2014. Estes dados permitirão fazer um diagnóstico deste tipo de violência que subsidiará as ações que o grupo de pesquisa irá realizar. Estes dados servirão, também, para a construção de um banco de dados que dê visibilidade para a problemática. Publicação de artigos com os resultados parciais e finais das ações do programa de extensão. Apresentação, em eventos locais, regionais ou nacionais, comunicação oral ou pôster, versando sobre o tema do plano de trabalho. As ações de formação irão ocorrer nas Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Freire, Escola Estadual de Ensino Médio Antonio Godin Lins, Escola Estadual Ensino fundamental 15 de Novembro e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva,. Por meio de palestras, cursos e oficinas pretende-se promover a socialização do “Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes”, elaborado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, difundindo-o nas escolas públicas que serão atendidas pelo programa. Com a intenção de contribuir para a formação de educadores comprometidos com o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, faz parte das estratégias metodológicas a realização de cursos e oficinas de aperfeiçoamento sobre o tema da violência sexual contra criança e adolescente, voltado ao empoderamento de educadores que atuem na educação básica.

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A realização destas formações será orientada pelo estímulo ao protagonismo juvenil. Para o programa de extensão as crianças e adolescentes são sujeitos de direitos, logo devem conduzir e protagonizar sua própria história com base na perspectiva de serem multiplicadores na luta em defesa da infância e adolescência e contra o abuso e a exploração sexual infantojuvenil. Fazendo também parte das estratégias metodológicas adotadas no plano de trabalho, serão realizados eventos a fim de mobilizar e sensibilizar a sociedade para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescente. O bolsista participará ativamente da organização e promoção dos mesmos. RESULTADOS E DISCUSSÃO As atividades realizadas pelo programa “Empoderando as Escolas Públicas de Belém para o Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes” no ano de 2014, seguiu o plano de trabalho proposto para o referido ano. A cada quinzena nos reunimos para a realização de sessões de estudos para a problematização e discussão da temática violência sexual contra crianças e adolescentes. Em maio foi publicado um artigo com os resultados parciais das ações do programa de extensão no 6º Congresso Brasileiro de Extensão. O “1º Colóquio Sobre Enfrentamento de Direitos Sexuais Violados” foi um evento realizado nos dias 17 e 18 de junho de 2013, este foi realizado em alusão as datas 17 de maio data usada como símbolo do combate à Homofobia e 18 de maio dia nacional de Combate ao abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. No decorrer do evento houveram mesas para discussões e debates a cerca da temática referentes a datas mencionadas com a participação de instituições envolvidas na promoção das garantias e defesa dos direitos da criança e do adolescente e dos movimentos LGBTs, bem como, apresentações de mídias em vídeos, oficinas de capacitação para a identificação de casos suspeitos de violência sexual. Este evento teve como objetivo fomentar a temática para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes na comunidade universitária e entre os profissionais da área da educação. No decorrer dos meses de execução deste programa os foram feitos levantamentos dos casos sobre violência sexual, em dois jornais de grande circulação no estado do Pará o jornal “Diário do Pará” e “O Liberal”, entre os anos 2012 e 2014. Com este levantamento buscou-se conhecer o índice de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes e partir de tais conhecimentos auxiliar as comunidades escolares no enfrentamento desta violência.

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Nos próximos meses, dentre as atividades previstas estão: a execução de oficinas e mini-cursos de prevenção, identificação e encaminhamento de casos suspeitos de violência sexual contra crianças e adolescentes nas escolas públicas de Belém-PA: Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Freire, Escola Estadual de Ensino Médio Antonio Godin Lins, Escola Estadual Ensino fundamental 15 de Novembro e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, estas oficinas estão fundamentadas no Guia Escolar do ano de 2011, também serão feitos levantamentos de arquivos dos conselhos tutelares IV, V e VI sobre casos de violência sexual contra crianças e adolescentes anos 2010 a 2014. CONCLUSÃO As atividades realizadas pelo programa buscaram mediante debates, pesquisas e sessões de estudos, qualificar a sociedade no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Tendo a educação em direitos humanos como viés para a disseminação das políticas públicas voltadas para a defesa e garantia de direitos das crianças e adolescentes. Nesse sentido, se faz necessário promover o empoderamento das escolas públicas para enfrentar a violência sexual. E nesse processo de enfrentamento desta realidade é fundamental que tenhamos todos os atores sociais envolvidos. REFERÊNCIAS GUIA ESCOLAR: Métodos da a identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humano se Ministério da Educação, 2004. 163 p. GUIA ESCOLAR: Identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes . Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos e Ministério da Educação, 2011. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Poder Judiciário – Vara da Infância e juventude de Vitória/ES. Vitória, 2001.

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