OFICINAF
Revista Laborat贸rio do curso de Jornalismo da
EXPEDIENTE Revista Experimental Multidisciplinar do curso de Comunicação Social da FACCAMP - 2015 Supervisão e orientação dos professores Professor Especialista Leonardo Feitosa Planejamento Gráfico e Editorial Grabriela Borges Redação Jornalística As matérias não representam necessariamente a opinião da FACCAMP. Alunos de Jornalismo Bruno Nascimento Galiego Cláudia Aparecida Dos Santos Daiane Ferreira Alarcon Dayane Da Silva Alves Gabriel Patez Silva Isabela Teixeira Dias Jhonatan Alves Dos Santos Jhully Santos Baptista Kellen Messias De Melo Luis Cláudio Dos Santos Costa Junior Stella Gomes Pinto Thales Mateus Euzébio
Junho - 2015
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> Tecnologia
APLICATIVOS e FINANÇAS A busca pelo controle dos gastos muda com a chegada dos aplicativos. Stella Pinto e Daiane Alarcon
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om a correria do dia a dia, controlar as finanças tem sido mais difícil, deixando a situação financeira prejudicada. Com isso o avanço da tecnologia tem estimulado as pessoas a se organizarem por meio de seus aparelhos eletrônicos, entre eles o celular. Com a chegada dos aplicativos isto tem sido ainda mais fácil. As pessoas conseguem controlar tudo, inclusive seus gastos. Já existem diversos aplicativos que sugerem onde gastar, como gastar, quando gastar entre outros. Uma pesquisa feita pela Oficina F indica que atualmente o aplicativo mais usado pelos internautas de celulares com an-
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droid é o “Minhas Finanças”,que controla os gastos de seu orçamento, ajudando inclusive nas datas de vencimentos de faturas. Existem diversos aplicativos disponíveis para celulares como o android, IOS, Windows phone. Basta procurar o que mais combina com seu perfil, afinal cada aplicativo tem suas dificuldades e facilidades ajustando-se a cada pessoa. Em entrevista o Gerente de informática Mario Pinto de 52 anos confirmou: “Os apps (aplicativos) ajudam muito no dia a dia sim, tanto para finanças quanto para pessoal. Por exemplo, eu utilizo muito o Waze para GPS e para as finanças
Os apps (aplicativos) ajudam muito no dia a dia sim
”
Luís Cláudio e Cláudia Santos
Com um click, apps ajudam no pagamento de contas
por enquanto não utilizo, mas vou seguir as suas dicas e baixa-los no meu Iphone”. Nós como repórteres, testamos alguns desses aplicativos. Foi testado o GastoDiário que é muito prático e fácil de usar onde você adiciona seus gastos
diários para controlar o que você utiliza no dia a dia e no fim do mês mostra em uma tabela pra você não correr o risco de entrar no vermelho. Legal né? E você, qual aplicativo você usaria para se controlar financeiramente?
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MÚSICA
Próxima parada: Brasil!
Vários eventos de música passaram pelo país em 2015, reunindo milhares de pessoas. Mas ainda não acabou Cláudia Santos e Luis Santos
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Fotos: Re produção
s grandes festivais de música, como o Lollapalooza e Tomorrowland, marcaram presença nas terras brasileiras neste ano, e ganharam elogios dos brasileiros; porém, ainda falta o clássico Rock In Rio, que fará sua edição de 30 anos. Juntos, o ‘Lolla’, que ocorreu nos dias 28 e 29 de março, e Tomorrowland, de 1 a 3 de maio, reuniram mais de 300 mil pessoas. Já o Rock In Rio está se preparando para sete dias de evento, com mais de 500 mil ingressos vendidos. Mas por que estes eventos reúnem uma multidão? Porque após uma semana cheia de trabalhos e estudos, juntar música e pessoas de vários lugares é um dos passatempos preferidos dos jovens de atualmente. Este público adora fazer novos amigos, ama sair da rotina e, claro, curte azaração. Segundo Alana Ruas, que já participou de vários eventos, o bom dos festivais é o conjunto que eles oferecerem. “Amo curtir o dia com meus amigos, é ótimo para dançar, conversar e, claro, gosto muito de ir pela música e artistas que tocam”, disse. Um dos principais estilos musicais destes festivais, o eletrônico, tráz batidas capazes de animar qualquer um. Este gênero está cada vez mais ganhando força. “O Brasil parece ter se tornado o mercado de música eletrônica que mais cresce no mundo”, afirma o DJ holandês Don Diablo, que foi uma das atrações do Tomorrowland, para o site do Correio Braziliense. De acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, 29% dos brasileiros ouvem música eletrônica, enquanto 31% escutam Rock. O ritmo que predominou é o Sertanejo, ainda segundo o estudo, as pessoas que ouvem este gênero são a maioria da Classe C (81%); quanto ao Rock, este se classifica entre a classe A e B (51%). Está aí uma aproximação de quem são os participantes destes festivais, que, geralmente, possuem ingressos caros. O Rock In Rio mostrou à indústria mundial que há possibilidade de realizar grandes eventos por aqui, e o resultado disto está ocorrendo agora, com diversas edições e shows agendados pelo Brasil. Então, para 2015, aguardem a edição de aniversário do festival, que conta com grandes shows internacionais como Rihanna e Katy Perry; já para os próximos anos, esperem muito mais músicas, que virão por meio dos diversos festivais que estarão aterrissando no país.
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PÚBLICO
GUIA DOS FESTIVAIS
Tomorrowland
Trajeto: vai ao festival de carro? Estude a melhor rota para livrar-se de engarrafamentos, e saia o mais cedo possível de casa para não perder um lugar no estacionamento.
- Na edição 2014, comemoração dos 10 anos do festival, 400 mil ingressos foram vendidos.
Planeje seu evento: os festivais têm vários palcos; anote as atrações e os horários daquelas que deseja ver.
- Nesta mesma edição, os ingressos foram esgotados em apenas 5 minutos
O que levar na bolsa? Casaco, água, comida (mais prática possível), dinheiro, bateria extra para o celular e capa de chuva.
Lollapalooza - A Edição de 2013, realizada em Chicago, atingiu um público recorde do festival de 300 mil pessoas - Também, para 2013, o primeiro lote do lollapass, que é um ingresso válido para os três dias, se esgotou em 16 horas.
Rock In Rio - O Rock In Rio 2001 atingiu o público de 1.235.000 pessoas em 7 dias de festa com 160 artistas. - Em 2013, os ingressos foram comercializados na velocidade 1200 por minuto, e acabaram em 4 horas.
Que fome! A entrada de alimentos nos festivais só é permitida se forem industrializados. Então, não custa nada levar algo para as horas em que a fome apertar ou as lanchonetes estiverem longe. Água pra que te quero! Nestes eventos nosso corpo precisa estar hidratado; e essa dica acarreta outra: nada de evitar ir ao banheiro. E o look? Você irá passar horas com as mesmas roupas, então, quanto mais confortável melhor. Os looks em estilo hippie são conhecidos em festivais por conta de sua leveza, então invista! Sapatos baixos são as melhores escolhas. S.O.S.! Assim que chegar ao evento, marque um ponto de encontro com seus amigos; esse é um plano valiosos caso de alguém se perca. Atenção! Não se desligue de seus pertences. Ninguém quer que um festival fique marcado para o resto da vida por um furto. Guarde a melhor memória! Fotos, vídeos, Snapchat, seja como for, registre os melhores momentos para que eles durem para sempre.
VOCÊ SABIA?
Foi no Brasil que a plateia começou a fazer parte de um show. É estranho dizer isto, já que sem público um show jamais teria sucesso; porém, foi em 1985, no Rock In Rio, que os telespectadores foram iluminados pela primeira vez. O país jamais tinha recebido um sistema de som e luz tão moderno, e como Roberto Medina, criador do festival, queria que o lançamento do festival fosse marcante, nada melhor do que iluminar a plateia pela primeira vez. Sendo assim, o território brasileiro passou a ser um cenário para grandes shows.
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EDUCAÇÃO
TECNOLOGIA COMO PARCEIRA NA EDUCAÇÃO Como enfrentar o temido desafio do ensino na era dos “nativos digitais”
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educação brasileira passa por um momento complicado, por conta da baixa valorização dos professores, a falta de interesse dos alunos e a popularização da internet e aparelhos tecnológicos entre os educandos. Essa última, mesmo nos dias de hoje é um desafio para muitas instituições de ensino que não sabem lidar com esses jovens, chamados por alguns sociólogos e educadores de “nativos digitais”. A grande maioria das escolas no Brasil ainda segue o método tradicional tendo a figura do professor como detentor do saber, responsável por repassá-lo aos alunos. É comum nessa situação o uso de cartilhas, livros didáticos e apostilas, já que valorizam muito a quantidade de conteúdo em sala de aula deixando de se preocupar com a Metódo tradicional ainda impera na maioria das institiuições formação do aluno como pessoa dentro da sociedade. Esse conteúdo é cobrado poste- rem jogando videogame. Eles não entendem o porquê riormente com avaliações teóricas e decidem se o alu- na aula de ciências, devem usar a tabela periódica ou no está apto ou não para avançar no ciclo educacional. aprender geometria, na aula de matemática. Isso acon Muitos jovens que não se identificam com esse tece isso porque o que veem na sala de aula parace método se afastam da escola, não concluindo se quer estar distante da realidade em que eles vivem. o ensino médio. Uma recente pesquisa da Fundação O uso das tecnologias da comunicação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), demons- (TICs) podem servir como uma alternativa a essa tra a evasão do jovem da escola por puro desinteresse. situação. Se houver abertura por parte de todos os “Quarenta por cento dos jovens de 15 a 17 anos agentes envolvidos, para o uso das TIC’s como deixam de estudar porque acreditam que a a escola não é uma ferramenta para o dialogismo, as aulas vão se interessante. A necessidade de trabalhar é apontada como tornar-se mais agradáveis, por sua vez, retirando a segunda causa da evasão, com 27% das respostas, e o professor do pódio de “sabe tudo” e os alunos a dificuldade de acesso à escola aparece com 10,9%.” tornando-se atores de todo o processo educativo. Os dados expõem uma triste realidade: a dificuldade Desta maneira, quando o universo de aprendizaem prender a atenção desses jovens que ficam conecta- gem tem uma horizontalidade na comunicação e educados à internet o tempo todo por seus smartphones, as- ção, o interesse por parte do aluno pode surgir e a evasão sistindo dezenas de séries e dormindo tarde por fica- diminuir, situação difícil dentro das universidades
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Credito: Jhontan Alves e Isabela Dias
onde o ensino tradicional domina todo o espaço. O que deve ser pensado e levado em consideração é que nos dias atuais não é apenas em um livro o aluno vai encontrar reverberações. O conhecimento pode estar em outros meios tecnológicos, na televisão,����������������������������������������������� aplicativo para celulares, rádio, jogos de computador e principalmente na internet, tanto para os jovens quanto para os professores que também podem utilizar dessas ferramentas para desenvolverem suas aulas. Segundo o professor Felipe Schadt (26), quando o educando entende que o aluno pode aprender de diferentes formas, ele vai conseguir fazer com que sua aula tenha abertura para a tecnologia e outros aparatos de conhecimento. O professor citou como modelo que favorece o uso da tecnologia a “sala invertida”, em que a aula não começa dentro da sala de aula, e sim em um grupo no WhatsApp ou Facebook por exemplo. “O mediador propõe um tema dentro desse meio, os alunos fazem debates e questionamentos, nisso o arcabouço é formado para a aula na sala de aula. Dentro das universidades, na maioria das vezes não tem essa troca de saberes, até porque a sociedade pré determina que a academia prepare o jovem para o mercado de trabalho e não para a vida, o que é errado. E o público juvenil sendo hoje uma geração que quer rapidez, dinamismo, tem que ter essa praticidade e fortalecer o olhar crítico”, disse Schadt. Para essa tal geração Y, também conhecida como geração da internet, fica difícil um professor que dá aulas há anos se adaptar. William Malluf (50), é professor desde 1995 e comenta essa adaptação. “Em minhas aulas, procuro utilizar aparelhos tecnológicos, datashow e celular para pesquisas por exemplo, como apoio; no entanto, para que isso aconteça tem todo um planejamento para que ocorra tudo certo”. A tecnologia contribui para uma educação melhor, mas não pode substituí-la, isso tem que ser compreendido pelas escolas, pais e alunos. Obviamente, outros pontos terão de ser melhorados: os salários e a atualização dos professores, a infraestrutura das escolas e a das cidades, assim todos terão mais condições de aprender e ensinar.
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GASTRONOMIA
COXINHA DE QUEIJO?
Tem!
EM JUNDIAÍ Coxinha de queijo é exclusividade na culinária Jundiaiense, pouco conhecida fora da região.
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ocê sabia que só na região de Jundiaí se pode achar o quitute coxinha de queijo? O salgado é encontrado em qualquer esquina do município, nos bares, lanchonetes, nas escolas, restaurantes, padarias e espaços gourmets. Sua origem é desconhecida, mas se sabe que é característico do Aglomerado Urbano de Jundiaí, pois é achado somente nessas redondezas. Cíntia Magalhães, jornalista, atual moradora do Rio de Janeiro declarou arrependimento por jamais ter provado do quitute. “Morei em Jundiaí e nunca comi coxinha de queijo!”. A bancária, Yvonne Dimanche, comentou sobre o salgado. “Sou nascida no Rio e atualmente moro no Espírito Santo, nunca ouvi falar”. Já a estagiária, Caroline Benassi, 17 anos, jundiaiense de primeira, moradora do bairro Anhangabaú, disse que o sabor é um de seus favoritos. “No meu trabalho sempre ligo para entregarem a coxinha de queijo com catupiry, acompanhada de um belo suco de laranja natural para meu café da manhã. É uma delícia!”. A região central de Jundiaí conta com grande número de lanchonetes e padarias. Na Rua Rangel Pestana é possível encontrar o comércio de Romeu Lourenço, senhor de cabelos grisalhos, que vende a iguaria a preço popular. “É um dos carros chefes, sai muito!”, disse o comerciante sobre a demanda do salgado. Ainda ao ser questionado sobre o sucesso da receita, disse. “O diferencial é a massa de batata. Eu uso produtos de qualidade, a muçarela tem que esticar depois da mordida!”. Seu Nelson José Loschi, descendente de italianos, dono de uma
tradicional lanchonete na Rua da Padroeira, também na região central da cidade, atua há 29 anos no local e disse não saber que a coxinha de queijo era uma exclusividade das redondezas. “Nas outras cidades normalmente é um bolinho, uma bolinha de queijo! Nunca tinha me atentado”, comentou. Ele ainda lembrou que a receita do salgado de seu estabelecimento é a mesma em anos. “A coxinha é feita aqui mesmo, recheada com muçarela raladinha. Sempre tivemos o salgado e olha que o cozinheiro está com a gente há mais de 25 anos!”. Outro alimento típico, que se destaca é o refrigerante ‘Turbaína’. Tem sabor semelhante ao de tuttifrutti e permeia caminhos no paladar do guaraná. Em 1932 a empresa Ferráspari produzia balas com o nome da atual bebida. Pedro Pattini, italiano, passou a nomenclatura para a produção de refrigerantes. Com cerca de 20% de custobenefício comparado as grandes marcas nacionais, a bebida segundo Nelson Loschi, têm vendas consideráveis em seu comércio. “Até que saí bem, não como a coca-cola”. Ainda completou sobre o refrigerante. “Ele é famoso. Não tem igual. Pode viajar por aí que não encontra. Você sai e é outra história, itubaína, tubaína, mas não ‘Turbaína’”. Jundiaí pode também ser chamada de ‘Terra da Uva’. Nos anos 30 ganhou o apelido pela produção espontânea da Uva Niágara Rosada em seus vinhedos. A variação é muito comum nas mesas de comemorações que findam o ano, pelo principal chamariz que é seu rubor acentuado.
CREDITOS • Reportagem : Jhonatan Alves e Isabela Dias Diagramação: Isabela Dias e Jhonatan Alves Fotografia: Thales Matheus e Bruno Galiego Direção: Gabriela Cauzzo e Leonardo Feitosa
“...a muçarela tem que esticar depois da mordida!”
Massa rápida para coxinha Ingridientes
3 xícaras de água 3/4 xícara de óleo 3 cubos de caldo de galinha 3 xícaras e 1/2 de farinha de trigo (bem cheias) Obs: Não vai ao fogo Coloque em uma panela a água, o óleo, os cubos de caldo e deixe ferver Á parte em um recipiente coloque a farinha Quando a água já estiver fervida despeje sobre toda a farinha (fora do fogo), mexa bem até obter uma massa homogênea Obs: Com esta massa você poderá estar usando em: coxinha de queijo, risolis e bolinho de bacalhau.
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7° ARTE
Cinema é (sub)cultura A “cultura marginal”e a 7° arte causam reflexão nos cinéfilos Por Bruno Galiego e Thales Mateus
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ebeldia, romance, violência e uma boa dose de energia juvenil embalam os diversos títulos de filmes que relatam (ou tentam relatar) as chamadas subculturas. O formato simples e direto dos roteiros e da própria linguagem deixam, desde o mais fã até o apreciador sem compromisso de cabelos em pé e com a mente em profunda reflexão. Não importa se é ficção ou baseado em fatos, o que importa é a identificação e o impacto que esses filmes causam em seus espectadores. Sempre existiram diversos documentários que mostram a vida de pessoas (na maioria adolescentes) que estão inseridos nesse mundo “rueiro” das subculturas. Com bases nestes registros muitos diretores trabalharam grandes roteiros. O resultado são filmes de baixo orçamento e alto índice de informação. Dos Punks aos Rappers, dos Rude Boys aos Skinheads. Temos diversos títulos que nos aproximam de uma forma bem romântica de cada uma dessas subculturas. Seguindo esse contexto, nós, da Oficina F, resolvemos indicar três filmes
e um documentário para que você possa ficar dias e dias refletindo essa interligação do cinema com o mundo e vice-versa. 1- The Warriors (Selvagens da Noite) A novela de Sol Yurick publicada em 1965 serviu de inspiração para o diretor Walter Hill, além da Nova Iorque do final da década de 1970. O filme relata a vida de jovens totalmente atraídos pelo ganguismo, a Reprodução
cidade está tomada pela violência. Cyrus, o líder da maior gangue da cidade, os Gramercy Riffs, declara uma trégua e convoca uma reunião geral no Bronx com a intenção de unir as gangues para dominação da cidade. Durante o seu pronunciamento, ele é assassinado por Luther, líder dos Rogues. Fox, membro dos Warriors, testemunha seu ato e é visto por ele. Para se salvar, Luther
imediatamente acusa os Warriors de assassinar Cyrus, fazendo com que os Riffs matem Cleon, líder do grupo, e persigam o resto da gangue por toda a cidade, após anunciarem numa estação de rádio que querem todos os Warriors, vivos ou mortos. Considerado um filme violento para a época, The Warriors exibia diálogos característicos das ruas de Nova Iorque e estratégias de guerrilhas urbanas que, anos mais tarde foram copiadas por gangues conhecidas como os Bloods e os Crips. 2-Clockwork Orange (A Laranja Mecânica). O longa de Stanley Kubrick foi inspirado no livro homônimo de Antony Burgess, que narra a vida de um jovem no ano de 2012. O livro foi lançado em 1962; já, o filme, em 1971.
The Warriors: influência direta dos Punks
Alex DeLarge é um jovem de 15 anos extremamente hiperativo, fã de música clássica (Beethoven principalmente), ganancioso e de comportamento violento. Ao se encontrar com seus três Droogs, Pete, George, e Dim, o instinto ultraviolento da gangue transpare
Barbara Kleem
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A Berlim de 1980 foi o cenário para “O Que Fazer em Caso de Incêndio?” ce. Violência extrema, pancadarias e até estupros marcam as cenas mais pesadas do filme. A trama se desenrola a partir do momento em que Alex é emboscado pelos seus próprios escudeiros. Assim como o livro, o filme é apenas uma previsão equivocada dos rumos que os jovens do subúrbio estariam supostamente seguindo. Visualmente, os Droogs são muito parecidos com os Punks e Skinheads da década de 1970, inclusive muitos conjuntos musicais da época como The Adicts e Cock SParrer criaram canções relacionadas ao enredo do filme. 3- Was Tun, Wenns Brennt? (O Que Fazer em Caso de Incêndio?) Gregor Schnitzler usou e abusou de um fator que faz parte da rotina dos jovens envolvidos nas subculturas, a ideologia. O drama lançado
em 2001 tenta mostrar até onde a vida em sociedade permite o radicalismo pessoal. Quinze anos se passaram desde que Tim, Flo, Maik, Hotte, Nele e Terror viveram juntos em um edifício ocupado nos anos 80 e deram às autoridades públicas os seus dedos médios. Este período de anarquia criativa parece ter sido a melhor época de suas vidas. Quase tudo mudou desde então. Apenas os carismáticos Tim e o cadeirante Hotte, permaneceram fiéis aos seus antigos ideais. Maik tornou-se um diretor, Nele organizou sua vida como Mãe solteira, Flo está prestes a se casar e Terror está a caminho de estabelecer sua carreira como promotor público. Na nova Berlim, esses amigos não se cruzaram por vários anos. Entretanto, quando a já esquecida bomba caseira, plantada por eles em uma mansão de-
sabitada em Grunewald em 1987, explode inesperadamente, o passado os unem mais uma vez. O ativismo foi o foco da vez, o ambiente cinza das ruas de Berlim marcam uma pequena revolução cultural na recente história da Alemanha. De certa forma, o longa metragem mostra o lado mais reflexivo dos jovens em relação ao modo de vida considerado tradicional. Vale a pena conferir. 4- Skinhead Attitude Quando o assunto é Skinhead, todos se lembram de matérias sinistras da TV e do filme “A Outra História Americana”, não é? Esqueça! O documentário do diretor suíço Daniel Schweizer, apresenta a história do movimento Skinhead desde sua origem no final dos anos 60. Karole é uma Skinhead francesa, de 22 anos. Ela conta um pouco so-
bre a sua história dentro do movimento e coordena entrevistas com vários personagens atuantes na cena Skinhead, especialmente músicos de Reggae/Ska e Punk rock/Oi! ; tais como: Laurel Aitken, Bad Manners, Roddy Moreno, Jimmy Pursey e Los Fastidios. Além disso, o documentário mostra grupos envolvidos com organizações neo-nazistas. Muitos consideram “Skinhead Attitude” o melhor e mais completo documentário sobre a cena Skinhead, pois retrata de forma explicativa todos os conceitos que formam essa subcultura, além de quebrar mitos históricos relacionados à violência, ao racismo e à intolerância. Mais do que uma diversão, ou uma profissão, o cinema está aí como ferramenta de divulgação e esclarecimento de questões sócio-culturais, seja como influenciador ou como influenciado. E não precisamos ir muito longe para afirmar isso, basta assistirmos a clássicos como “Tempos Modernos” de Chaplin, ou até mesmo “Jeca e seu Filho Preto” do inconfundível Mazaroppi. Com um pouco de sensibilidade na interpretação, podemos perceber que o cinema evolui de acordo com a cultura e vice-versa.
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