Lendas
Índice A MULHER DE BRANCO Haydée Rearte ............... 3
A HISTÓRIA DOS BORRACHUDOS Norma Minoli ............. 4
ÁRVORE DE CAOBA Andrea Zappettini .............. 5
AS FLORES VERMELHAS Priscila Glat ............... 7
ONDE ESTÁ O CONTROLE REMOTO? Leandro Patané ............... 8
A MULHER DE BRANCO Nos anos 50, num vilarejo perto da cidade de Iguaçu, na província de Misiones, morava, numa casinha à beira de um rio estreito, mas muito profundo, um casal de jovens: Geraldo e Delícia. Não tinham filhos. Ela trabalhava de faxineira na mansão de dona Bruna e ele, no porto. Geraldo, ao sair de seu trabalho costumava reunir-se com alguns de seus colegas no bar de Alberdi. Lá, ficava bebendo até altas horas da noite, e quando chegava a sua moradia, sempre estava bêbado. Uma noite, ao ver que seu esposo não voltava, Delícia decidiu sair na busca dele, mas por mais que procurou encontrá-lo, não o conseguiu. No dia seguinte ela soube que Geraldo tinha morrido. Ele havia procurado atravessar o riacho, mas como estava bêbado demais caiu nas águas e morreu afogado. A mulher, ao ver o corpo dele à tona, não pôde suportar a situação e então ela decidiu afogar-se. Desde então, todas as noites se vê o espectro da mulher perambulando pelas ruas interpondo-se na frente dos bêbados que caminham sós, atraindo-os por sua beleza e guiando-os até um lugar, perto do rio, cheio de espinhos e árvores com um cheiro horrível. Segundo dizem as línguas, ela faz isto para procurar repreendê-los e impedir que eles prossigam bebendo e assim suas mulheres não sofrerão como ela o fez uma vez.
Haydée Rearte 3
A HISTÓRIA DOS BORRACHUDOS
Eu vou contar uma lenda que quando eu era pequenina, contava-me minha avó. Isso não sei se é verdade, mas como toda lenda, temos que pensar que tem algo de verdade e algo de mentira. Conta a história de uns índios que habitavam na beira de um riacho, no Mato Grosso. Eles eram tranquilos e pescavam e comiam tudo o que a natureza lhes brindava. As mulheres, como sempre, eram as encarregadas da comida, e os idosos, de cuidar às crianças. Como toda lenda, havia um feiticeiro que era o chefe da tribo. Um dia apareceu outra tribo de índios que era guerreira e ocupou o local usando-os como escravos. Na medida que passavam os dias, os índios mais jovens foram ao feiticeiro para que ele fizesse alguma coisa. Como eles não tinham armas para guerrear, o bruxo pensou em buscar algo com que amolá-los. Sua ideia foi de transformar às crianças em pequenos insetos para que amolem todo o tempo e não possam estar tranquilos. Efetivamente isso foi um êxito, já que os pequenos insetos não os deixavam descansar, e estavam todo o tempo encima deles. Não podiam dormir nem de dia, nem de noite. Por tudo isto, a tribo decidiu partir para outro lugar. Mais o problema foi que o bruxo morreu de um ataque ao coração. Portanto, os meninos não puderam voltar à terra como garotos, e ficaram para sempre convertidos nesses insetos tão maçantes que conhecemos com o nome de borrachudos.
Norma Minoli 4
Árvore de Caoba
Era uma vez numa tribo que morava na Amazônia uma joven chamada Anahí filha do caique.Ela era muito bonita,era alta,magra de olhos verdes e tinha cabelo comprido e louro.Anahí estava triste porque seu pai pretendia que se casasse com o filho da tribo vizinha,mas ela estava apixonada de Yamandú um simples aborigem que pertenecia a sua mesma tribo. Ele tambén estava apaixonado dela, mas sabia que o cacique nunca ia aceitar a relação. Yamandú era jovem, trabalhador e mutador, na tribo caçava animais perigosos como triges ou pumas,era neto do bruxo da comunidade. Os jovens se encontravam todas as noites perto de um riacho quando os demais dormiam.Eles sabiam que a única maneira de estar juntos era fugir dali. Um dia o caique disse a sua família que, no dia seguinte ela ia casar-se com o outro aborigem. Essa noite o pranto de Anahí foi escutada por todos .Yamandú perguntou a seu avô o que fazer, o avô disse que o amor sempre vivirá além da morte, que tinha que lutar por ele,até as últimas consequências, e lhe deu uma bebida que ele ia a saber quando tomá-la.
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Yamandú foi às pressas ao encontro com Anahí e decidiram juntos fugir. No meio da noite o cacique percebeu que AnahÍ não estava e também não Yamandú.Ele sabia dessa relação. O cacique chamou a todos os homens da tribo e pediu que os encontraram sim, ou sim!. O casal de jovens correu e correu por horas pelo meio da floresta até que decidiram descansar un pouco, nesse momento foram encontrados e rodeados. Yamandú percebeu que se eram levados iam ser separados por sempre,então retirou de entre suas roupas a bebida que seu avô tínha lhe dado,convidou a sua namorada dizendo que con isso iam estar unidos para sempre, ela a tomou e logo ele. De repente caiu um raio e os jovens desapareceram.Onde se emcontravam os namorados começou a crescer uma árvore cheia de cipós. Os homes não podiam acreditar o que estava acontecendo. Nunca mais se falou sobre isso,mas todos sabiam que a árvore de caoba era Yamandú, porque era forte como ele e que estava junto a seu amor Anahí , os cipós eram seus cabelos compridos e como o bruxo disse: O amor sempre ia a vivir além da morte!
Andrea Zappettini 6
As flores vermelhas Conta a lenda que nas cachoeiras do iguaçu existiam duas tribos; uma chamada Aché e a outra chamada Chiripá, entre elas sempre havia muita carão, mas nunca tinham brigado, até que um dia uns meninos que, estavam jogando pelas matas, encontraram umas canastras cheias de frutas e verduras, e com pura inocência e mortos de fome, as comeram todas e se foram correndo, mas um perdeu lá o colar que identificava sua tribo. Essas canastras eram de um jovem da outra tribo, quando ele chegou e viu que suas canastras estavam vazias, começou a gritar todos seus colegas chegaram de imediato. Primeiro pensavam que foi um animal, até que encontraram o colar, e entenderam tudo, assim foi que se foram direito a procurar todas as pessoas de sua tribo, contaram o que havia acontecido, e todos zangadíssímos tomaram seus artigos de defesa e foram-se pra onde estava a outra tribo, e em lugar de primeiro falar com eles, direitamente foram ao ataque. A outra tribo não entendia nada, mas com essa situação saíram a defender-se e quando a batalha estava acabando um da tribo ‘’Aché’’ feriu a outro da tribo ‘’Chiripá’’ com uma espécie de folha muito filosa, e ele começou a sangrar muito, e o sangue começou a entrar na terra. Ele morreu, e ao dia seguinte, o bosque estava cheio de flores vermelhas nunca antes vistas, disse-se que a natureza creiu esta flor em homenagem ao indígena caído na batalha das tribos.
Priscila Glat 7
Onde está o controle remoto?
Era-se uma vez, num pequeno povo na fazenda, perto dum rio, um casal algo especial. Eles eram muito menores que as pessoas normais, tinham uma doença… eram anões. As pessoas do povo eram muito cruéis com eles. Os consideravam gnomos. Faziam brincadeiras sobre a altura dos anões: colocavam coisas sobre as mesas altas, ou pendurando-as dos ramos das árvores mais altas da fazenda onde eles não alcançavam. Ao fim do dia as pessoas baixavam essas coisas para voltar a pendurá-las ao dia seguinte. Uma noite, cansado das brincadeiras, o anão decidiu acabar com a humilhação. Saiu no meio da noite com sua esposa para esconder as coisas que as pessoas do povo punham muito alto. Depois de fazer isso eles voltaram para sua casa e continuaram dormindo. À amanhã seguinte as pessoas procuraram as coisas, mas sem encontrá-las. Onde estavam? Os anões tinham a resposta! Por isso, quando alguém não encontra uma coisa, diz que foram os gnomos, que estão vingando-se das antigas brincadeiras.
Leandro Patané 8