Segunda, 02 de setembro de 2013

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conteúdo A Rede Globo promoveu, na semana passada, uma reestruturação organizacional. Entre as medidas estão novas diretrizes estratégicas para produção de conteúdo

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ANO 49 - Nº 2464 - São Paulo, 2 de setembro de 2013 R$ 8,10

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revista chega aos 45

Edição comemorativa será lançada no próximo dia 21 e resgatará a história da revista. A publicação também trará as capas mais marcantes de mais de 2.300 edições, como a da primeira Veja (foto), que circulou em 1968. pág. 12

Estudo aponta falhas em métricas online comScore mostra que medidas como impressões e CTR (Click-Through Rate) não são capazes de indicar se um anúncio foi visualizado e identifica falhas na entrega de campanhas. Paul Goode (foto), VP de marketing da companhia, diz que clientes devem observar se anúncios online estão sendo vistos de fato. A companhia também trabalha para medir o GRP de digital. O IAB Brasil está atualizando métricas e prepara-se para trazer novos formatos ao país. pág. 15

Fischer tem novo sócio Sunset conquista P&G

Marçal Neto

Alê Oliveira

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O fundo Trindade Investimentos adquiriu participação minoritária na Fischer, do publicitário Eduardo Fischer (foto). O acordo, que inclui a agência Fischer&Friends, não engloba todas as empresas do grupo. pág. 7

Agência conquistou a conta digital da P&G e planeja apoiar-se em técnicas de data intelligence e conceitos de social CRM para multiplicar o número de cadastros na promoção “Avião do Faustão”. pág. 10

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COMÉDIA DE AGÊNCIA Com ideia original de Marcello Serpa (AlmapBBDO), criação e direção de João Daniel Tikhomiroff (Mixer), “Agora Sim” estreia no canal Sony no próximo dia 26. pág. 32 (Supercenas)

CrOSSMEDIA Marcas promovem “Latitudes”, projeto criado para internet, TV e cinema pela produtora Losbragas. P&G, Fiat e Heineken (foto) participam com ações de product placement. pág. 25

ÍNDICE Editorial ........................................................................ 2 Dorinho ......................................................................... 2 Beyond the Line ...................................................... 4 Adilson Xavier ganha Jeca Tatu .................. 4 Lula Vieira ................................................................... 6

Playarte lança "Jobs" .......................................... 6 Fischer se reorganiza ..........................................7 Conexões.......................................................................7 Globo promove reestruturação .................. 8 GA realiza encontro ........................................... 10

Sunset atende P&G ............................................ 10 Neogama/BBH cria para Vasenol ............ 10 Veja tem campanha de 45 anos ............... 12 Mundo.com.............................................................. 14 comScore aponta falha em métrica ...... 15

Marcas & Produtos............................................. 18 Entrevista................................................................... 19 Madia ........................................................................... 21 Gláucio Binder na Fenapro......................... 20 Fórum de Varejo da AL ................................... 21

Fórum Internacional ABA Branding ..... 23 Breaks e Afins.........................................................27 Histórias de Cannes .......................................... 28 Quem Fez .................................................................. 31 Supercenas.............................................................. 32


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j o r n A l p r o p A g A n d A & m A r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

editorialp+m por Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br

Votando pela não cassação de Donadon, a Câmara deu mais um tiro no pé e na imagem da classe política

Os mais iguais 1. A campanha de valorização da imagem da atividade política que está no ar perde o sentido diante dos constantes maus exemplos dados pelos seus militantes.

A vida se conjuga no presente Francisco Gracioso*

Votando pela não cassação do deputado federal Natan Donadon, condenado pelo STF a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, a Câmara Federal deu mais um tiro no pé e na imagem da classe política brasileira.

Se você pensa que a maior diferença entre nós e os orientais está nos seus olhos amendoados, está muito enganado. A principal diferença entre as duas culturas é a doutrina budista que prega a importância de se viver o momento presente, bastante disseminada no Oriente. Para os budistas, o passado já não existe e o futuro ainda não existe, portanto o presente é a única coisa que importa. Naturalmente eles não ignoram a importância das lições do passado e nem a necessidade de planejarmos o futuro, mas não admitem que isto se sobreponha ao presente, tirando a nossa atenção do mundo que nos cerca e impedindo uma visão realista da vida.

O mais novo membro do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, deve estar arrependido de uma recente declaração sua, já empossado na Alta Corte, afirmando entender que a cassação de parlamentares condenados na Justiça cabe às Casas de Leis às quais pertencem.

No ambiente de negócios, especialmente no marketing e na propaganda, esta distorção ocorre com frequência. Vivemos consultando os registros do passado, para então planejar o futuro. O tempo nunca é suficiente para tudo e nós frequentemente perdemos a objetividade e a paz de espírito porque esquecemos do presente.

Sua opinião escorou-se (no passado, porque já deve ter mudado de ideia após essa decisão da Câmara dos Deputados) em interpretação do disposto constitucional, deixando de levar em conta o repetitivo espírito de corpo que sempre norteia essas votações do colegiado parlamentar.

A LIçãO DA OLIvETTI Vamos contar uma história que ilustra o perigo de valorizarmos demais o passado, esquecendo o presente. Os mais velhos certamente se lembram das máquinas de escrever Olivetti que dominaram o mercado mundial por muitos anos, antes que os computadores tomassem o lugar da datilografia. Mas poucos sabem por que a Olivetti falhou e pereceu, na tentativa de se adaptar à era da informática, como outros concorrentes conseguiram.

Muito provavelmente, a partir de agora o ministro Barroso passará a dar razão ao atual presidente do STF, que tem insistido nas cassações pela Justiça e não pelo Legislativo, interpretando de outra forma a Constituição e sabedor de que, deixando nas mãos dos parlamentares o destino dos mandatos dos condenados pela Justiça, a história invariavelmente se repetirá, com raríssimas exceções.

A história conta que Adriano Olivetti, filho do fundador da Olivetti, imigrou da Itália para os EUA nos anos 20 e trabalhou muitos anos na Underwood, na época a maior fábrica de máquinas de escrever do mundo. Mas ele foi despedido na crise dos anos 30 e ficou tão raivoso que jurou: “Americanos malditos, um dia eu compro vocês”.

Esse mesmo comportamento nos leva a duvidar – para completo desânimo dos brasileiros de bem – de que a proposta que acaba com o voto secreto nesse tipo de julgamento pelos parlamentares será por eles aprovada.

to do IBGE), de cujo número a sua categoria deve ser deduzida.

O voto secreto é uma proteção do voto espúrio e da troca de favores que domina o ambiente parlamentar. O pensamento que prevalece é o de salvar a própria pele amanhã, caso o votante também vire réu.

Jornalista responsável Armando Ferrentini Diretores Armando Ferrentini e Nello Ferrentini Diretor de redação Marcello Queiroz editores Neusa Spaulucci Karan Novas (Site) Alê Oliveira (Fotografia) editores-assistentes Daniel Milani Dotoli e Kelly Dores repórteres Andréa Valerio, Keila Guimarães e Thaís Azevedo (SP) Claudia Penteado (RJ) Ana Paula Jung (RS) João Coscelli e Heloísa de Oliveira (Site) editor de arte Adunias Bispo da Luz assistente de arte Régis Schwert Diagramador Sérgio Osni Paiva revisores Alexandre Oliveira e Daniel Bonomo assistente Vanessa Franco de Bastos site

www.propmark.mobi www.propmark.com.br redação Rua François Coty, 228 CEP 01524-030 – São Paulo-SP Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766 e-mail: redacao@propmark.com.br Departamento Comercial Diretor: Oswaldo Oliva Castillo castillo@editorareferencia.com.br Tels.:(11)2065-0745, 2065-0746, 2065-0743 – Telefax: (11) 2065-0741 Contato: Antonio Carlos Moreira moreira@editorareferencia.com.br propmark online Diretor Comercial Online e Novos Negócios: Sérgio Ricardo Tel.:(11) 2065-0750 sergio@editorareferencia.com.br Departamento de Marketing Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini tatiana@editorareferencia.com.br Consultor Jurídico Tiago A. Milani Ferrentini (OAB/SP nº186.504) tferrentini@editorareferencia.com.br relacionamento e logística Diretor: Henrique Rossi hrossi@editorareferencia.com.br representantes Comerciais Brasília: Meio e Midia – Comunicação Ltda. Tels.: (61) 3964-0963 / 1041/9982-1088 – Fax: (61) 3225-9380 Espírito Santo: Dicape Representações e Serviços Ltda. Tel.: (27) 3229-1986 – dicape@uol.com.br

O Propaganda & Marketing é uma publicação da Editora Referência Ltda. Rua François Coty, 228 São Paulo - SP - CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766 As matérias assinadas não representam necessariamente a opinião deste jornal, podendo até mesmo ser contrárias a ela.

Glória a eles que merecem, diante da nossa inércia. 2. Se o Legislativo Federal faz por merecer o comentário acima, o que não dizer das nossas autoridades do Executivo, que perdem seu tempo (e o nosso) com temas bolivarianos, enquanto o mundo é cada vez mais capitalista.

Se somos todos cidadãos brasileiros iguais perante a lei, como nos ensinaram nossos pais e avós muito antes dos bancos escolares, aprendemos com o tempo que alguns são mais iguais que os outros.

Deve fazer parte dos planos do nosso governo irmanar-se à ideia de fundação de uma URSB (União das Repúblicas Socialistas Bolivarianas), onde o lema seria “a miséria em primeiro lugar”, atingindo-se finalmente o que nem a outra URS conseguiu: igualar todos por baixo.

Nessa constatação reside uma das causas dos grandes males que nos afligem e que não se circunscrevem apenas a esse tipo de gravidade aqui abordado.

Ideologias à parte, falta fazê-los entender que uma das crises pelas quais atualmente passamos (são várias), deve-se à ausência de confiança dos grandes investidores não só internacionais, como os que aqui residem, no futuro político da nação.

Os mais iguais, ao determinarem diariamente medidas que atingem o nosso comportamento, decidem excluindo-se dos problemas que suas decisões trarão à coletividade. Eles formam um povo à parte do nosso, com características próprias e exclusivas, como se vivessem não em outro país, mas em outro planeta.

A adulação constante a Cuba – uma belíssima ilha naufragada em si própria – e a parceria sem restrições com países do bloco do Velho Testamento Ideológico, embora para nós signifiquem apenas sintomas teatrais, preocupam os donos do capital.

De há muito deixaram de ser semideuses, transferindo-se por conta própria para o grau imediatamente superior e rebaixando-nos todos à categoria de 201 milhões de serviçais (segundo o mais recente levantamenOPORTUNIDADE Uma espécie de prestação de contas do que está sendo feito – tanto para viabilizar quanto para deixar um legado para o país – em relação aos Jogos Olímpicos de 2016 foi promovida na semana passada pelos jornais O Globo e Extra, no Rio de Janeiro. No Brasil, onde nunca houve de fato uma política de esportes adequada, fazendo com que – apesar de suas dimensões e potencial humano – não esteja nem entre os dez principais ganhadores de medalhas em competições olímpicas, os eventos esportivos que vêm por aí representam uma oportunidade importante. Muito está sendo feito para transformar o país em uma potência esportiva – e não se trata apenas de conquistar medalhas, mas de usar o esporte para tornar a população mais saudável e melhorar a sua qualidade de vida. Ricardo Leyser, secretário nacional de esporte de rendimento, disse que, em geral, os países pensam em construir uma base antes para colher frutos no futuro, no chamado esporte de alto rendimento, mas no Brasil o processo está se dando de maneira inversa. “Vamos sair de cima para baixo. Investir no alto rendimento e ir para a base. Queremos ser uma potência esportiva. Dá mais trabalho, mas é um caminho sólido. Precisamos construir um ambiente mais adequado para fomentar a atividade esportiva. Historicamente, há no Brasil um ‘descasamento’ entre estrutura e prática”, disse Leyser. MEDALHA Dinheiro há de sobra. Se em 2009 havia R$ 63 milhões para investir em esportes, o orçamento deste ano chegou a R$ 945 milhões. “Nossa maior restrição hoje é a capacidade de gerir e aplicar bem os recursos”, lamentou Leyser. Os muitos investimentos hoje passam por comprar equipamentos e aumentar o padrão de esportes como judô, basquete, taekwondo, além de ampliar os investimentos em clubes, onde nascem e se desenvolvem jovens atletas. O plano “Brasil Medalha” reserva cerca de R$ 1 bilhão para distribuir em

Estamos voltando a uma discussão que permeou boa

bolsas para os atletas em 21 modalidades olímpicas e 15 paralímpicas. Para Adriana Behar, que hoje comanda a área de alto rendimento do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a média de medalhas do Brasil tem sido baixa e precisa ser ampliada das 17 nas últimas Olimpíadas para pelo menos 25 ou 30 – investindo fortemente nas 15 modalidades em que o país já se destaca, como vôlei, vôlei de praia, judô, hipismo, como em outros de menor tradição. Sua missão é gigantesca e inclui inúmeras funções, que vão desde formar treinadores nas diversas modalidades e gestores esportivos à realização das Olimpíadas Escolares.

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da Samsung, Hamilton Diretor de marketing Marketing Profissional de Yoshida é o novo conquistou o título Brasil 2011. O executivo projeto de um ousado ao investir em origem marca que deu reformulação de como o patrocínio a ações inovadoras, Henrique Ganso ao jogador Paulo

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da Sony Brasil, Carlos Paschoal, da comapresenta os planos Rodrigo Faro panhia, que tem da marca como embaixador

60 ANOS DE ESPMpublicidade de Principal escola Brasil e marketing do e apresenta faz aniversário comunicação novo plano de

O VALOR DA

Como as diferentes o religiões utilizam conquistar marketing para produtos fiéis e vender

LEGADO Maria Silvia Bastos, presidente da empresa olímpica municipal que coordena todos os investimentos em infraestrutura no Rio de Janeiro relativos às Olimpíadas, diz que o “legado” dos jogos já está acontecendo, e listou as inúmeras melhorias como a mobilidade urbana, por exemplo, a revitalização da região portuária e a valorização de inúmeros bairros como Campo Grande e Madurei-

ra. Entre os principais desafios estão tornar o Rio de Janeiro uma cidade que recebe melhor os turistas. Hoje, vêm ao Brasil 5 milhões de turistas por ano, enquanto cidades como Londres recebem 15 milhões. Barcelona saiu de patamares inferiores ao do Rio e atualmente recebe 7 milhões de turistas por ano, em média. E-COMMERCE “Como a inovação e o empreendedorismo criaram uma gigante brasileira de e-commerce” será o tema da palestra de Márcio Kumruian, presidente da Netshoes, para os filiados do Lide Jovem (Grupo de Jovens Líderes Empresariais). O encontro será nesta segunda-feira (2), em São Paulo. LEÕEs O Cannes Lions 2013 ainda gera assunto no Sul do país. Mais precisamente em Porto Alegre, onde a DM9Sul reúne nesta segunda-feira (2) clientes e veículos para apresentar cases vencedores de diversos países. E também aqueles que conquistaram Leão pela agência – a unidade gaúcha da DM9 saiu da Riviera Francesa com três dos nove Leões conquistados pela rede. Os outros seis foram divididos entre a DM9DDB e a DM9Rio. O encontro será apresentado por Márcio Callage, sócio e presidente do escritório de Porto Alegre. ABP A ABP (Associação Brasileira de Propaganda) realiza nesta terça-feira (3), na PUC-Rio, no bair-

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E realmente comprou, como veremos a seguir. Ao voltar para a Itália, ele transformou a Olivetti em líder mundial de máquinas de escrever, enquanto a Underwood definhava. Um dia, quando os computadores já estavam no mercado e já se prenunciava a grande revolução da informática, Adriano olhou para o passado e comprou a Underwood, por vários bilhões de dólares. Nos anos seguintes, enquanto surgiam os primeiros computadores gráficos que permitiam a escrita, a Olivetti se via às voltas com as dívidas que contraíra e com aquele monstro antediluviano chamado Underwood. O resultado não poderia ser outro e a Olivetti foi ficando cada vez mais para trás, presa ao passado enquanto os outros construíam o futuro. CONCLUsãO Bastaria olhar ao nosso redor para encontrarmos outros exemplos semelhantes ao caso da Olivetti. Muitas vezes, nós próprios cometemos erros e omissões por querermos projetar pontes entre o passado e o futuro, passando sobre o presente. O problema é que, ao projetar o passado, muitas vezes permitimos que a carga emocional que ele traz nos domine, sobrepondo-se ao presente e impedindo uma visão objetiva da realidade que nos cerca. Na vida profissional, muitas vezes isso prejudica o nosso potencial de raciocínio, justamente quando ele é mais importante, para ajudar-nos a planejar as ações futuras com mais clareza. Inversamente, o mesmo ocorre quando o temor ou incerteza do futuro nos domina a tal ponto que nos faz subestimar os recursos de que dispomos no presente para enfrentar com tranquilidade as ameaças do futuro. Lembrando um velho ditado do nosso folclore, diríamos que quem morre na véspera é o peru... *Conselheiro emérito da ESPM

parte das décadas do meio do século passado, e se o tema é semelhante, resta lembrar que o povo, do qual eles tanto falam, rejeitou o quanto pôde o canto da sereia dos dois extremos. Se a verdade está no meio, como recomendavam os antigos, não deve ser difícil alcançá-la. 3. O mercado da comunicação do marketing, que antes chamávamos de publicitário, espera que este setembro ora iniciado dê início a uma retomada dos negócios, para que o ano não seja considerado ao cabo de dezembro como um daqueles perdidos que a história recente registra. O propmark tem conversado e muito com as lideranças e elas têm opinião dividida: metade achando que vamos deslanchar e a outra metade – menos crédula – sem grandes expectativas. Para os que integram o segundo bloco, toda a esperança se transfere para 2014. Preferimos ficar com o semiotimismo do primeiro bloco, torcendo para que o país “improvise” um razoável quadrimestre final de 2013. Pode ser difícil, mas não impossível. Somos anímicos e aí residem as nossas oportunidades.

ro da Gávea, seu “Road Show”. Na ocasião, o sócio e diretor de criação da agência 11:21, Gustavo Bastos, ministra a palestra “Simplicidade Criativa”. vOCÊ sABIA? Que os baixos das pontes e viadutos de São Paulo, vistos à noite e mais ainda nas madrugadas, respondem se estamos vencendo a luta contra a miséria absoluta? FRAsEs 1. “Não vejo desaquecimento, no máximo uma desaceleração do crescimento, o que é muito diferente. Com o crescimento de renda, vamos conti-

nuar crescendo. O cenário ainda é promissor.” (Francisco Valim, presidente da Viavarejo, Estadão, 28/8) 2. “Se o sistema atual é perverso, isto não é acaso, mas resulta de escolhas daqueles que, podendo modificá-lo, decidem não o fazer. Esta é uma decisão política que gera responsabilidades.” (José Garcez Ghirardi e Rubens Glezer, professores da Faculdade de Direito GV, Estadão, 29/8, sobre considerações do ministro Luís Roberto Barroso sobre “a perversidade do sistema político brasileiro”, sessão do STF de 28/8) 3. “O Brasil tem leis mas não tem justiça.” (Dos jornais, 29 e 30/8)

DORINHO


S達o Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

RODA VIVA

Agências A Wolff Sports anuncia faturamento 25% maior no primeiro semestre do ano

Fotos: Divulgação

A Wunderman terá uma trinca de vice-presidentes de atendimento. Já contando com Julianna Rojas e Alessandra Dal Bianco na função, a agência promove a até então diretora de contas Alessandra Santana (foto) ao posto. A executiva está há cinco anos na agência. Como VP, cuidará do grupo de atendimento aos clientes Vivo, TAM e Bradesco. As três líderes do departamento se reportam diretamente a Eduardo Bicudo, presidente da Wunderman.

Patrocínios estão em alta Divulgação

por João Coscelli

M

ais de 130 negócios fechados até agora, o que representa, só no primeiro semestre, um faturamento 25% maior do que o registrado em todo o ano passado. Esse é o quadro atual da Wolff Marketing & Sports, que comemora os resultados obtidos em 2013 e se prepara para a onda de oportunidades que deve chegar com a Copa do Mundo 2014. Os bons números acompanham a agência desde o ano passado. De 2012 para 2011, a alta do faturamento foi de 117%. Neste ano, a meta é fazer com que o crescimento seja de 150% em relação ao ano passado. O mercado aquecido é um aspecto apontado pelo sócio-diretor Fábio Wolff como crucial para o bom momento da agência. “De fato, esse é nosso melhor ano, e isso se deve a uma conjuntura de fatores. O primeiro deles é que o mercado está aquecido com a Copa do Mundo, as Olimpíadas e outros eventos menores. Logicamente, patrocinar essas competições é para poucos, mas as empresas querem estar associadas ao esporte, pois, no ano que vem, quem não criar uma promoção, não tiver alguma ligação com esse assunto, vai ficar alheio a tudo o que está acontecendo”, avalia. Além disso, Wolff destaca a evolução da agência, que tem a mediação de acordos de patrocínio como seu carro-chefe, mas também atua nas frentes de evento e consultoria. “A prestação de serviços, o atendimento ao cliente, o aproveitamento de novas oportunidades, isso é algo que sempre vai melhorando, nunca há um estágio de excelência. Este ano, comparado aos anteriores, posso dizer que a agência aprendeu mais, viveu mais, então tem chegado com mais rapidez às oportunidades e fechado negócios com mais naturalidade”, completa.

A AlphaGraphics anuncia a contratação de Sérgio Freire como diretor de marketing e vendas. Com mais de 15 anos no mercado de franchising, Freire acumula passagens por Stella Barros Turismo, Fran’s Café, Unidas Rent a Car, Bon Grilê, entre outras empresas. Alexandre ferreira (foto) é o novo diretor de mídia da Lov. O profissional irá responder por todas as contas da agência. Com mais de 13 anos de experiência, Ferreira tem passagens pela 9ine, Publicis Brasil e Borghi/Lowe.

Fábio Wolff: o mercado está aquecido com a Copa do Mundo, Olimpíadas e outros eventos menores

futebOl Entre os negócios fechados pela Wolff neste ano estão acordos de patrocínio com 16 clubes de futebol. A agência foi a responsável pelo contato entre o San Jose e o Luverdense – ambos adversários do Corinthians na Copa Libertadores e na Copa do Brasil, respectivamente – e as empresas que estamparam suas marcas nos uniformes desses times devido a essa ocasião especial. É nesse nicho que a agência tem atuado com mais propriedade, inclusive com negócios fechados para os próximos anos, embora o sócio-diretor prefira manter uma postura cautelosa. “Um dos campeonatos que atuamos muito for-

te é a Série B, em parceria com a Sports Promotion (realizadora da competição), e já temos clientes fechados até 2015 e 2016. Os próximos meses são muito importantes para nós, porque muitos contratos para o ano que vem são fechados nessa época. As perspectivas são as melhores, mas temos uma política de pé no chão. Quando você fica vislumbrando o resultado, sai do chão e não faz as coisas realmente acontecerem”, opina Wolff. Agora, a agência começa a se preparar para 2014 e 2016, anos de Copa do Mundo e Olimpíadas. Embora restritos, já que são poucas – e caras – as cotas de patrocínio, os eventos abrem espaço para uma série de ações que fazem a diferen-

beyond the line

Mercado Alap faz entrega no Encontro de Redação Publicitária

EvEntos do futuro Alexis Thuller Pagliarini* alexis.pagliarini@sheratonsaopaulowtc.com.br

O LAMEC colocou em discussão subtemas de importância para a área Na semana passada, o setor de eventos teve mais uma manifestação de força e relevância. A MPI (Meeting Professionals International) Brazil Chapter realizou o seu evento mais importante no Brasil: o MPI LAMEC (Latin American Meeting & Events Conference) 2013. Realizado no WTC Events Center, a conferência teve como proposta reunir todo o setor de eventos em torno do tema “O Futuro dos Eventos”. E o resultado não poderia ser melhor. Mais de 500 profissionais, entre administradores de espaços, hotéis, fornecedores de serviços de tecnologia, cenografia, som/luz, credenciamento, ativação, alimentação, agências e clientes estiveram presentes. Com um rico conteúdo, contando com palestrantes e debatedores nacionais e internacionais, dentre eles Shuli Golovinski, CEO da empresa americana Newtonstrand e autor de livros (“Events in 2020 – How do the industry movers and shakers envision them?”, “Event 3.0 – How Generation Y and Z are re-shaping the events industry” e “From Gimmicks to Value – The future of the events industry”), e Alex Gilady, membro do COI e VP da CBS, o LAMEC colocou em discussão subtemas de importância para quem organiza ou atua na área de eventos: Eventos 2020; Gerações; Grandes eventos; What’s happening; Ecos do Congresso de Live Marketing; O futuro é ético! Além desses painéis, houve ainda a apresentação competitiva de cases inovadores com a vitória do “Elle Summer Preview“ (desfile realizado na Ponte Estaiada), inscrito pela Editora Abril. Sua representante, a gerente de eventos Mônica Romano, levou para casa passagens para a Turquia (oferecimento da Turkish Airways). O assunto era o futuro, mas muitas questões do presente foram debatidas. Com a participação da Ampro, representada pelo seu presidente, Kito Mansano, e Maurício Magalhães (CEO da Tudo), foram levantados os pontos-chave para a sustentabilidade das agências. Tendo como base o Congresso de Live Marketing, realizado pela Ampro no final de julho, também no WTC Events Center, foram discutidos os critérios de concorrência e seleção de agências (muitas vezes predatórios), de remuneração e de proteção de ideias. Um evento que se propõe a discutir o futuro

ça nos números da Wolff. “Costumo dizer que defino um negócio como uma fatia do bolo. É uma fatia pequena perto das outras, mas eu como essa fatia com certa frequência, o que dá um resultado interessante. Nossa participação na Copa como agência é restrita, mas os clientes não são patrocinadores oficiais e os eventos são paralelos”, explica. Além disso, será um período de muitas demandas do mercado, o que evidencia quais são as empresas preparadas para atendê-las. De acordo com Wolff, “os próximos anos vão mostrar as agências que realmente fazem o negócio andar e quais as paraquedistas, porque não vai ter espaço para todo mundo”.

Após anunciar Toninho Neto como o novo vice-presidente de criação, a Fischer&Friends contrata mais dois profissionais para a equipe: o redator Flávio Toloni e o diretor de arte Thiago Bhering. Toloni chega à agência após passagem pela Leo Burnett Tailor Made, onde era redator sênior. Ele também traz em seu currículo experiência em Ogilvy Fav, MRM, Grey e Y&R. Já Bhering vem da Africa, além de ter integrado o time da AlmapBBDO.

Troféu Jeca Tatu este ano vai para Adilson Xavier Divulgação

não poderia deixar de prover o melhor da tecnologia. Um aplicativo foi desenvolvido para facilitar o conhecimento da intensa programação do evento; o credenciamento contou também com um sistema de QR Code, pelo qual os inscritos podiam gerar sua etiqueta de crachá em quiosques eletrônicos de autoatendimento, e uma plataforma desenhada especialmente para facilitar encontros de participantes foi colocada em uso (chance2meet). Um evento do futuro deve também estar sintonizado com os princípios da sustentabilidade: o evento contou com um estande onde os participantes podiam neutralizar o carbono decorrente da sua presença na conferência. O uso do espaço (o complexo Ballroom, do WTC Events Center) também foi uma demonstração de criatividade: ao longo do evento, as salas moduláveis eram adaptadas para a demanda de cada painel. Assim, o evento começou com todos os participantes ocupando um único salão, que foi por duas vezes dividido para suportar duas atividades simultâneas. Tudo feito nos intervalos de coffee break. A forma de passar o conteúdo também foi pensada para evitar longas exposições de palestrantes. Os painelistas eram convidados a fazer suas intervenções em aproximadamente 15 minutos e o público era convidado a participar ativamente das discussões. Faço essa descrição detalhada para salientar a importância do planejamento dos eventos. O futuro não aceitará mais jeitinhos e quebra-galhos. A pesquisa realizada entre os participantes deixou claro ainda que, mais do que conteúdo (de acesso cada vez mais farto em outros canais), os eventos devem prover oportunidades de rica interação, compartilhamento de experiências e networking. Outra conclusão importante é a de que, sim, os eventos têm futuro, mesmo num ambiente de conexões virtuais facilitadas. Precisaremos ter oportunidades de encontros presenciais para motivar, engajar, compartilhar e crescer. E isso tudo não se faz facilmente por intermédio de telas, sem calor humano. Longa vida aos eventos! *Diretor de marketing do WTC

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

O

publicitário Adilson Xavier receberá o troféu Jeca Tatu durante o 8º Encontro de Redação Publicitária, que será realizado no dia 20 de setembro na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, pela Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade (Alap). Xavier receberá o prêmio das mãos de Hiran Castello Branco, vice-presidente da ESPM. Um dos redatores mais premiados do mercado publicitário, advogado e administrador – além de estudioso de música e cinema –, Adilson iniciou sua carreira em 1975 como criador e produtor de filmes e trilhas publicitárias. Compunha músicas, jingles e trilhas e, em 1981, conseguiu um estágio na MPM. “Ali ganhei meus primeiros premiozinhos, fui promovido a supervisor de criação, roteirizei um documentário para o cliente Ecisa Engenharia, e fui dirigi-lo na Tanzânia. O documentário acabou exibido na TV Globo”, conta ele. Em 1986 foi contratado pela Giovanni Comunicações como diretor de criação. Em 1990, ingressou na Contemporânea, que, na época, era a grande “vitrine criativa” do Rio. Seis anos depois, voltou à Giovanni, desta vez como sócio e diretor nacional de criação. Chegou a vice-presidente e depois à presidência. Depois da entrada do Grupo FCB Worldwide, em

Adilson Xavier: dedicação à carreira literária e criação de roteiros

1998, entrou para o board e conselho criativo da multinacional. Em 2006, assumiu a presidência no lugar de Paulo Giovanni e, pouco depois, a FCB e a Draft realizaram uma fusão global e no Brasil a agência passou a se chamar Giovanni+Draftfcb. Deixou a presidência da agência em 2011. “Na condição de único ex-sócio remanescente e em discordância com as diretrizes da nova liderança mundial da empresa, decidi sair. Tudo na mais perfeita paz. Concluí minha história na agência no último dia do ano, passei por emocionantes despedidas e deixei uma penca de amigos”, relata. Desde então, vem se dedicando à carreira literária. Já escreveu “Deus da Criação”, um livro de não ficção, e dois romances: “O Atirador de Ideias” e “Sobrevoando Babel”. “Aproveitei o non-compete para me aprofundar em storytelling, fui estudar em Londres com Robert McKee, e estou começando a atuar também na criação de roteiros”, conta ele,

que no último domingo (1) esteve no Café Literário da Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, na mesa com o escritor norte-americano Allan Percy. Xavier é um dos profissionais mais premiados do país – recebeu Leões em Cannes, Clios, Effies, entre muitas outras premiações. Este ano recebeu também o “Hall da Fama”, do CCRJ (Clube de Criação do Rio de Janeiro). Jomar Pereira da Silva, presidente da Alap, diz que espera este ano cerca de 200 participantes no Encontro de Redação Publicitária. No ano passado, o Jeca Tatu foi entregue ao redator Neil Ferreira, que trabalhou vários anos na DPZ. O Concurso Universitário que acompanha o encontro este ano dará uma bolsa de estudo no curso Portfólio para Redatores e Diretores de Arte, oferecido pela Escola de Criação ESPM. As redações serão avaliadas por um júri formado por diretores do CCRJ. A campanha de divulgação do encontro foi criada pela NBS.


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

VEM AÍ

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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Produtoras Executivo já era sócio do braço Projects da operação

lu l a v i e i r a

Questão de estilo Gastei R$ 5 mil para o médico dizer que eu preciso parar de fumar A Fiat tem absoluta razão. Estilo ou você tem ou você não tem. Estilo é o que faz alguém não ser commodity. Estilo é o que separa as pessoas na multidão. Estilo é a carteira de identidade da alma imortal. Orson Welles diria que o escorpião que mata a rã que o conduz pelo rio e morre afogado junto com a sua vítima é, também, uma vítima do próprio caráter. Estilo está acima da vontade das pessoas, é mais forte que elas próprias. Roniquito foi atropelado diante do Antonio’s. Ele não viu o táxi (logo um prosaico Volkswagen “Zé do Caixão”), nem o português de camisa ensebada viu o Roniquito. A pancada o jogou longe, numa corrida ridícula. A varanda do Antonio’s estava lotada e todos se precipitaram para o atropelado, que aterrissou na calçada em frente ao bar, jogado como um trapo velho. Diante das mãos pressurosas, Roniquito afastou todo mundo, levantou-se e reclamou: “Porra, que zona é essa? Nunca viram o super-homem?”. E caiu duro. Só voltou a si algum tempo depois. Mas tinha marcado sua presença, gravado seu estilo. Que continua na lembrança de todos, muito tempo depois da sua morte. Carlos Pedrosa, amigo querido e brilhante redator, estava num restaurante. Teve um treco. O coração pregou-lhe uma peça e resolveu chamar a atenção, batendo uma, falhando outra, e fazendo Pedrosa apagar à mesa, como se bêbado estivesse. Logo ele, um cidadão relativamente bem-comportado. Foi um Deus nos acuda. Chamaram um serviço de emergência, que chegou em minutos com o aparato bélico de sempre. Serviço particular, é claro, pois se dependesse do SUS o Pedrosa se chamaria saudade. Sirene ligada, maca, oxigênio,

Armando Ruivo se torna VP de negócios da Hungry Man

Divulgação

equipe completa, departamento de crédito a bordo, tudo a que se tem direito numa hora dessas. A eficiência cara oferecida aos enfartados ricos. O restaurante parou para observar a zona. Deitaram o Pedrosa no chão, fizeram massagem cardíaca, desfibrilaram, um perrengue. Atraídas pelo alarido, mais pessoas engrossaram a multidão. Veio gente da cozinha, transeuntes, fregueses do bar vizinho. A ambulância deu ré e abriu as portas para receber Pedrosa, a essa altura já deitado na maca, com soro, máscara de oxigênio e coberto por um lençol. O cortejo foi saindo porta a fora quando o doente manda parar. Todo mundo se precipita: o que Pedrosa quer dizer? Ele faz um gesto para o maitre, pede para ele se aproximar, tira a máscara e diz: “Nunca mais volto neste restaurante!” E sai sorrindo. A sacanagem com o velho amigo estava feita. Podia até morrer em paz. O que não aconteceu, pois a sua vontade de viver e continuar criando filha e anúncios falou mais forte e Deus terá que ter um pouco mais de paciência para tê-lo na turminha mais próxima. Dias depois sai do hospital e volta ao restaurante, até como prova de que tudo não tinha passado de um susto. Um susto no restaurante, claro, pois a história correu o Rio de Janeiro. Pedrosa, comandando uma mesa, diz que fez um check-up que lhe custou uma fortuna. Segundo ele, foi o dinheiro mais mal empregado de sua vida. “Gastei R$ 5 mil para o médico dizer que eu preciso parar de fumar. Minha empregada me diz a mesma coisa todo dia de graça. E ainda faz um feijãozinho muito melhor do que o rodízio de xuxu que eu comi na clínica.” É o que eu digo. O estilo é o homem. lula@ediouro.com.br

INTERVALOINTERVALOINTER A personalização e o controle dos serviços contratados por uma empresa são os diferenciais do Conta Certa, novo serviço oferecido pelo Itaú. Por isso, cada empreendedor pede o que mais lhe convém na nova campanha lançada pelo banco para divulgar o produto, criada pela DM9DDB. A comunicação ressalta a autonomia que o Conta Certa dá aos clientes, fazendo alusão à liberdade e ao controle que eles têm para gerenciar contratações, gastos e recebimentos por meio do serviço. A campanha contempla filme em TV aberta e fechada, anúncios em jornais, revistas, internet e anúncio interativo em iPad. Além disso, foi desenvolvida uma ação que será veiculada nas rádios Band e BandNews FM. Trata-se de spots de empresas de segmentos diferentes.

Armando Ruivo, sócio da Hungry Man Projects, passa a acumular funções dentro da produtora por Daniel Milani Dotoli

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rmando Ruivo, sócio da Hungry Man Projects, braço da produtora para projetos especiais, assume agora como VP de negócios da Hungry Man no Brasil. Com esse novo desafio, Ruivo trabalhará para integrar os negócios das três divisões da operação – Publicidade, Projects e TV&Cinema – com os executivos de cada divisão, Renata Dumont, Fábio Pinheiro e Gualter Pupo e Luis Vidal, respectivamente. Segundo Alex Mehedff, managing partner da Hungry Man no país, Ruivo será o interlocutor nos negócios dessas divisões e levará soluções completas de produção publicitária aos clientes e prospects. “Nossos clientes pedem projetos especiais para diversas plataformas, mídias, formatos e muitas vezes em uma única execução”, diz. A nova função do executivo está diretamente alinhada aos negócios globais da produtora, que há 16 anos atua no mercado interna-

cional, com escritórios em Nova York, Los Angeles e Londres. No Brasil, tendo como sócios Mehedff, Bryan Buckley e Gualter Pupo, a Hungry Man opera há oito anos, com sedes em São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse tempo acumulou diversos prêmios nos principais festivais de publicidade. Entre eles, 18 Leões em Cannes, tanto em publicidade como em projetos especiais. Para Ruivo, que mantém a sociedade na Hungry Man Projects, esse papel já vinha sendo feito por ele na Projects, e agora será ampliado para as demais áreas da produtora. “Desde a época de Cannes (junho passado) que temos operado dessa maneira, avisando nossos principais clientes, tanto agências como anunciantes. Agora oficializamos o modelo. O que faz com que a gente consiga ampliar nosso discurso. Vira um multiplicador do trabalho e faz com que a Hungry Man fique no radar de todos, e não só uma ou outra área isolada”, afirma.

Segundo o executivo, foi uma mudança natural, até porque as próprias marcas anseiam mais do que um filme de 30 segundos. “Com a união das áreas de produção agregamos uma narrativa de forma a oferecer aos clientes, em uma única apresentação, tudo o que fazemos aqui dentro. E que não existe ordem certa para ocorrer. Antes, tudo se iniciava pelos 30 segundos da TV. Hoje, ele pode ser o último processo, derivando de um branded content, que pode evoluir para uma websérie, que traz consigo ações de product placement e que, daí, vai isoladamente para TV ou web em um comercial”, ressalta. “Os clientes mesmos perceberam que não existem mais movimentos isolados, mas sim orquestrados. As produções vêm ganhando musculaturas para transacionar por diversas plataformas. Não existe mais um movimento de produzir e terminar, mas sim produzir e daí começar o trabalho.”

Agências A Playarte é a responsável pela distribuição do longa

Anunciantes Linha de sabonetes comemora 40 anos de existência

.R.E.F. cria campanha de lançamento do filme “Jobs”

Senador reformula marca, muda portfólio e embalagens

Fotos: Divulgação

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s óculos redondos, marca registrada do cofundador da Apple, são o elemento principal da campanha de lançamento da Playarte para o filme “Jobs”, com estreia marcada para esta terça-feira (6) no Brasil. A ideia da comunicação é mostrar como Steve Jobs enxergava a vida de forma diferente. Criadas pela .R.E.F., as peças estampam as principais revistas, jornais e grandes portais. O plano de mídia contempla também filmes para TV aberta, anúncio em iPad, mídias alternativas e ações em redes sociais. A agência criou quatro peças sob o conceito “O filme que conta a vida do homem que enxergava diferente”, que representam os produtos desenvolvidos por Jobs, como o iPod, iPhone e iPad, que se tornaram ícones de excelência em todo o mundo. O longa-metragem é dirigido por Joshua Stern, com roteiro de Matt Whiteley. Ashton Kutcher interpreta Jobs nas telonas. “Jobs tinha, de fato, uma maneira diferente de enxergar a vida e percebia os hábitos e atitudes das pessoas para poder propor inovações e novidades tecnológicas”, observa Renato Pereira, VP de criação da .R.E.F. “E é exatamente isso que pretendemos mostrar nessa campanha”, completa Clovis La Pastina, diretor de criação da agência. “E o cenário dessa campanha não poderia ser outro senão os célebres óculos de Jobs, mostrando ao público e fãs de carteirinha como ele enxergava o mundo, suas melhorias e evoluções”, finaliza La Pastina.

Os óculos redondos de Jobs são o elemento principal das peças

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ara comemorar os 40 anos da marca de sabonetes masculinos Senador, a Memphis reformulou a linha com lançamentos, novas fragrâncias, novas embalagens e repaginação da logomarca. O trabalho é assinado pela Bendito Design, de Porto Alegre. O portfólio de produtos Senador foi ampliado. Agora, além de sabonetes e desodorantes, a linha inclui deo colônia, body spray, espuma de barba e novas opções de estojos para presente. A Memphis também reformulou a fragrância da linha Senador Sport. Segundo a empresa, os desodorantes e o sabonete estão com um perfume mais refrescante e que melhor traduz o perfil de homens que têm no esporte seu estilo de vida. O redesign da logomarca buscou valorizar os principais atributos percebidos pelo consumidor, como masculinidade, imponência e qualidade, associados a uma maior contemporaneidade. Uma preocupação foram as alterações sutis que o brasão da marca sofreu. Segundo a Memphis, o projeto sintetiza evolução e não transformação, considerando o conceito “menos é mais”. A Memphis foi fundada há 64 anos, em Porto Alegre (RS), e se posiciona como a quinta maior empresa do segmento de sabonetes no Brasil. A receita líquida reportada pela companhia é de R$ 100 milhões. O seu portfólio é composto por oito marcas. Além de Senador, há ainda Alma de Flores, Biocrema e Ann Bow. Todos os esforços de comunicação estão voltados para ações nos PDVs de todo o país e alguns anúncios em publicações segmentadas e regionais.

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A linha Senador Sport está com um perfume mais refrescante

Há novas opções de estojos para presente, incluindo body spray


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Agências Fundo de investimento Trindade adquire parte minoritária do capital do grupo

Divulgação

-CEO e que ficou por 14 anos na operação), Allan Barros e Mario D’Andrea –, além do desligamento de outros executivos que comandavam áreas estratégicas dentro da agência, é para Amaral uma grande oportunidade de negócio. “Estamos investindo em uma agência que tem um grande nome, comandada por um líder do mercado e que passa por um período de retomada, com um grande espaço para crescer. Creio que era o local e hora ideais para investir”, acredita. Na Fischer, ele e seus sócios da Trindade irão atuar no back office da operação. “Nosso espaço foi muito bem delineado. Enquanto o Eduardo e sua equipe cuida da criação, planejamento e prospecção de novos clientes, nós teremos um papel financeiro, administrativo e jurídico. O mercado publicitário carece desse tipo de apoio, com profissionais que demonstrem por ‘a + b’ como cada receita pode ser incrementada, onde não faz sentido investir e por aí vai”, conclui Amaral.

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epois de diversas tratativas com grupos e redes internacionais nos últimos dois anos, sobretudo com o japonês Dentsu, a Fischer&Friends finalmente negocia parte de seus ativos com uma outra empresa. O capital, porém, é nacional – o que mantém a agência, como sempre fez questão seu fundador e sócio majoritário, Eduardo Fischer, uma operação 100% brasileira. Quem assume parte minoritária na sociedade é a Trindade Investimentos, fundo criado em 2010 e que conta hoje com quatro pessoas na sociedade. E que investe em dois setores distintos – no ramo de venture capital, em startups de tecnologia; e em private equity, nas empresas que necessitam de recursos. Em ambos os casos, o Trindade aporta recursos, estratégia e gestão. A negociação, que envolve entre 20% e 30% das ações da Fischer – nome que passa a ser a “nova” holding, a parte da já existente Totalcom, que antes abrigava todas as empresas do grupo –, engloba, além da agência de publicidade Fischer&Friends, a One Stop, de marketing promocional; a Alquimia, de marketing de relacionamento e incentivo; e a Prêmios Online, focada em premiação corporativa. Inicialmente, as operações da Fischer fora do país, como a Fischer Argentina, e de entretenimento, como o SWU e a Do Brasil, não terão participação do fundo. Sócio e um dos fundadores da Trindade, Danilo Amaral diz que uma das expertises do grupo é analisar modelos de negócios de startups para possíveis inves-

CRIAÇÃO

Danilo Amaral: agência tem grande espaço para crescer

timentos. “Em 2010, olhamos 70 empresas; em 2011, foram 118; e, no ano passado, outras 264 operações. Esses três anos resultaram em seis empresas investidas pelo nosso fundo onde, em todas, olhamos para o setor, pessoas, momento pelo qual passam e, claro, o preço”, explica. No caso da Fischer, o executivo explica que, embora tenha olhado para diversas empresas digitais, e que ainda tem interesse por algumas, chegaram à conclusão de que o ramo da publicidade clássica ainda é muito rentável e decidiram, pela primeira vez, fazer um aporte

nesse setor. “Olhamos para outras agências, mas algumas também participaram de processos de aquisições recentes. Por sorte, vimos a notícia de que a Fischer estava se reestruturando e o Eduardo voltando ao comando da operação publicitária. Um profissional que é um dos grandes ícones desse mercado no país, o que nos fez ir atrás dele.” O fato da agência estar passando por um período de reestruturação, após a perda de contas importantes, como Caixa e Ricardo Eletro, e a saída de seus três sócios – Antonio Fadiga (ex-

Mercado Empresa fará parte do MSLGroup

Publicis Groupe compra a Espalhe

Fischer vende ativos

por Daniel Milani Dotoli*

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A reestruturação da agência tem começado pela criação. Em junho passado, a agência anunciou a chegada de Rodrigo Almeida, como VP da área, e do redator sênior Rondon Fernandes. Há cerca de 10 dias foi a vez da chegada do experiente redator Toninho Neto, que também assumiu a vice-presidência de criação. E, semana passada, mais dois nomes chegaram ao departamento: o redator Flávio Toloni e o diretor de arte Thiago Bhering. Também na semana passada a agência anunciou a conquista da conta da Alphaville Urbanismo. E, em breve, deve ser listada como uma das três agências que irão comandar a conta da Sabesp, cuja verba é de R$ 120 milhões. *Colaborou Karan Novas

Divulgação

Patrícia, Martins, Roberta e Fortes: agora, sócios minoritários

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Publicis Groupe anunciou na semana passada a compra da Espalhe, agência de relações públicas e mídias sociais criada em 2003. O grupo francês adquiriu o controle societário da empresa, que passa a fazer parte de MSLGroup, sua rede especializada em engajamento. A agência passará a se chamar Espalhe MSLGroup e manterá seu time de sócios, formado por Gustavo Fortes, Cleber Martins, Roberta Paixão e Patrícia Albuquerque, que passam a ter

participação minoritária. Fortes, diretor-geral da Espalhe, se reportará a Paulo Andreoli, presidente da MSLGroup na América Latina. Além disso, ele, Martins e Roberta, os três fundadores da agência, integrarão o board brasileiro na rede de relações públicas do Publicis. A negociação sobre a compra da Espalhe estava em curso desde o final do primeiro trimestre deste ano. Em meio às conversas, o quinto sócio da empresa, Wagner Martins, deixou a operação.

conexões @

BRASIL E CANNES “Gostei muito do editorial ‘Arriba Brasil’ (edição 2463). Espero que esse nosso país e nossos publicitários saiam da inércia mesmo. Também parabenizo o propmark pela série ‘Histórias de Cannes’ e em particular pelo texto assinado por Mauro Matos, da agência Contemporânea, sobre o festival em 1984. O artigo me trouxe muitas lembranças e me emocionou.” Biba Amorim São Paulo – SP

ERRATA Luciana Musa é a nova diretora de planejamento da Age Isobar, e não de atendimento, como foi publicado na seção Roda Viva da edição do dia 26 de agosto (número 2463) do jornal propmark.


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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

35º profissionais do ano

Veículos Emissora apresenta nova estrutura organizacional e diretrizes estratégicas

TV Globo renova conteúdo Globo/Dario Zalis/Divulgação

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

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Rede Globo distribuiu, na semana passada, um comunicado sobre sua nova estrutura organizacional e novas diretrizes estratégicas de conteúdo, negócios e gestão, apresentadas pelo diretor-geral Carlos Henrique Schroder, que assumiu o cargo em janeiro, substituindo Octávio Florisbal. O plano privilegia a produção de conteúdo e simplifica a estrutura. Na gestão de Florisbal havia maior complexidade, com pelo menos 25 diretores reportando-se a ele. A partir de agora, serão seis executivos dirigindo-se diretamente a Schroder. Além disso, percebe-se uma intenção de “rejuvenescer” a equipe: as mudanças permitem a promoção em cascata de novos talentos, mobilizando a empresa como um todo. Busca-se também mudança de processos e maior foco em produtividade e inovação, implantando novos projetos em diversas áreas. As maiores frentes de investimento passam a ser produção de conteúdo, jornalismo e entretenimento – e não apenas na TV aberta, mas também em outras plataformas, como TV por assinatura e mídias digitais. A intenção é estimular o desenvolvimento de novos talentos e parcerias e apostar fortemente na criação de programas de sucesso. “Vivemos numa época em que tudo muda com uma velocidade cada vez maior. E toda organização que pretende sobreviver e progredir num ambiente assim precisa fazer uma profunda avaliação do modo como está operando e ter a coragem e a grandeza de se renovar”, explicou Schroder, em reunião com o grupo executivo da emissora. Entre os objetivos centrais da nova estrutura estão, segundo o comunicado, a otimização de ele-

Carlos Henrique Schroder: coragem e grandeza para se renovar

mentos como eficiência, criatividade, inovação e valorização dos profissionais. A nova estrutura está fundamentada nos pilares Conteúdo, Negócios e Gestão – o que, segundo Schroder, torna a empresa mais integrada, dinâmica e preparada “para enfrentar as grandes transformações do nosso tempo, da sociedade, da tecnologia, dos consumidores”.

DIRETORIAS A diretoria geral de negócios, liderada por Willy Haas – o segundo na hierarquia da empresa e responsável também pelas funções executivas de Schroder na sua ausência –, vai agrupar agora todas as áreas responsáveis pela

geração de receitas em uma gestão única, passando a liderar as emissoras de Brasília, Belo Horizonte e Recife, bem como a área de negócios internacionais e de relacionamento com as afiliadas. Já a diretoria geral de planejamento e gestão, desde maio sob responsabilidade de Rossana Fontenele, abrigará as diretorias de capital humano, com destaque para a gestão estratégica das pessoas e da cultura organizacional, financeira, de patrimônio e serviços e de tecnologia – criada a partir da fusão das áreas de engenharia e TI. E ainda conta com o apoio das diretorias de planejamento estratégico e de mídias sociais.

A área de conteúdo fica responsável por entretenimento, comunicação, jornalismo e esporte, e programação e controle de qualidade. A direção de jornalismo e esporte, sob a responsabilidade de Ali Kamel, mantém o papel de acompanhar a sociedade de perto, produzindo conteúdos para a TV Globo, SporTV, GloboNews e internet. Sob a direção de Manoel Martins, o entretenimento abre novas oportunidades de desenvolvimento de talentos internos e de parcerias externas ao ampliar a produção de conteúdo para a TV fechada (Globosat) e para a internet (Globo.com), buscando também aumentar a sinergia com o cinema, com a incorporação da Globo Filmes. E a comunicação, sob a direção de Sergio Valente, encarregada de promover os produtos da emissora e de cuidar da valorização da marca Globo, passa a responder também pelas ações da Globo Rio e da Globo São Paulo. E “para assegurar que os princípios e valores da Globo estejam presentes de forma permanente em toda a grade de programação e em consonância com os aspectos regulatórios”, conforme destaca o comunicado da emissora, foram integradas as diretorias de programação e de análise e controle de qualidade, liderada por Amauri Soares. “A competência de cada um de nós e o trabalho consistente feito até aqui colocaram a nossa empresa na posição de liderança que nos encontramos. Mas os desafios se alteram com o tempo e é preciso nos adaptar ao que eles apontam para podermos continuar sendo competitivos e avançar continuamente. Porque foi assim que sempre caminhamos, ao longo de quase 50 anos de história. A manutenção do nosso sucesso exige um constante repensar. E fizemos isso”, conclui Schroder.

Mercado Havas também teve aumento de 13% em receitas no primeiro semestre do ano

WPP cresce mais de 7% Alê Oliveira

por Karan Novas*

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WPP fechou seu balanço financeiro do primeiro semestre de 2013 chegando à receita de £ 5,32 bilhões – algo em torno de US$ 8,25 bilhões. O montante corresponde a um avanço de 7,1% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, quando a holding inglesa reportou receita de £ 4,97 bilhões. O resultado indica uma constância na evolução das finanças do grupo, que em 2012 teve o ano mais rentável de sua história, fechando o período com £ 10,37 bilhões – US$ 15,7 bi, no câmbio da época. Em divisão regional, o WPP volta a avançar fortemente no Reino Unido. Neste primeiro semestre, a receita oriunda da localidade aumentou 13,1%, enquanto cresceu 7,9% na região formada por Ásia-Pacífico, América Latina, África, Oriente Médio e Europa Oriental; 6% na Europa Ocidental; e 5,3% na América do Norte. O continente norte-americano, porém, continua sendo a principal fonte de renda da holding, com 34,5% do total de sua receita (£ 1,84 bi), à frente de AP, AL, Africa, OM e EO, com 29,3% (£ 1,56 bi); Europa Ocidental, com 23,6% (£ 1,26 bi); e Reino Unido, com 12,6% (£ 669 milhões). Entre os serviços prestados pelo WPP ao redor do mundo, a maior fatia do montante movimentado pelo grupo ainda é proveniente da publicidade e gerenciamento de mídia. No primeiro semestre, a divisão correspondeu a 41,2% da receita do grupo, o que corresponde a £ 2,193 bilhões, tendo avançado 7,2% no período. Quem mais cresceu no período foi a divisão de branding, healthcare e comunicação especializada: 12,6%, chegando a £ 1,44 bi: 27% do total. Completam os serviços de pesquisa e dados, com £ 1,24 bi, 23,2% do total (crescimento de 3,9%); e os de relações

Martin Sorrell é CEO do WPP, que teve receita de £ 5,32 bilhões

públicas, que correspondem a 8,6% da receita (£ 458 milhões), tendo sido o único a diminuir de valor no período: -0,2%. Até o fim do balanço em questão, posicionado como o maior grupo de comunicação do mundo, o WPP controla redes de agências de publicidade, mídia, pesquisa e relações públicas como Y&R, JWT, Ogilvy, Grey, Wunderman, AKQA, Hill & Knowlton, GroupM, Burson-Marsteller, Kantar, Millward Brown e Mindshare. Os resultados divulgados não sofreram qualquer influência da fusão entre o americano Omnicom e o francês Publicis Groupe, anunciada no fim de julho, posteriormente ao seu fechamento. Qualquer grande modificação do concorrente, positiva ou negativa, só deverá ser sentida a partir de 2014 – com possíveis reflexos no balanço anual de 2013, previsto para fevereiro do ano que vem.

HAVAS cOmEmORA lucRO O Grupo Havas, um dos maiores grupos de comunicação do mun-

do, composto por Havas Creative Group e Havas Media Group, comemorou recorde de rentabilidade no primeiro semestre de 2013, com aumento de receita da ordem de 13% – maior do que os 11,9 registrados em 2012. O crescimento orgânico do grupo (excluindo variação cambial e mudanças no escopo da consolidação) foi de 1,7% para o segundo trimestre e 0,5% no primeiro semestre de 2013. O faturamento foi de 451 milhões de euros no segundo trimestre do ano e 837 milhões de euros no primeiro semestre de 2013. O crescimento mais significativo foi na América Latina: de 15,1% no segundo trimestre e 12,3% no semestre. Outra novidade foi o anúncio de Yannick Bolloré no lugar de Vincent Bolloré como chairman da Havas. David Jones, que se mantém como CEO global da Havas, disse que o grupo também realizou bons progressos na França e no Reino Unido. O segundo trimestre também foi especialmente positivo para o grupo na

América do Norte, com crescimento de dois dígitos, após um período de queda após a perda dos clientes Sprint e Exxon. O primeiro semestre foi marcado pela conquista de novos negócios como Total (conta global pela BETC Paris), Dove (EHS Havas – conta digital global), LG Electronics (Arena Mídia/planejamento de mídia global e compra, menos nos EUA), LVMH (Havas Media/mídia digital EUA), Sony/ Sony Mobile (Havas Worldwide Buenos Aires), Heineken (Havas Worldwide Spain), Bacardi (BETC Londres e Camp & King, conta global), Seagate (conta digital/ Havas Wordwide San Francisco). “Após o rebranding da Euro RSCG em todo o mundo, o grupo realizou investimentos importantes em criação, mídia e equipes digitais. Isso nos deu uma vantagem competitiva”, disse Jones. O lucro operacional cresceu 8% e 100 milhões de euros comparado ao mesmo período de 2012. Na região da Asia/Pacífico, os resultados não foram tão positivos devido à perda da Vodafone, mas o grupo espera que os efeitos não continuem a ser sentidos no segundo semestre. Entre os highlights do primeiro semestre estão, por exemplo, o lançamento da Socialyse pela Havas Media, uma operação especializada em redes sociais. Na China, a empresa lançou a Socialistic, uma subsidiária da Havas Worldwide Digital. Houve a aquisição da MFG Labs, uma empresa especializada em estratégia digital, big data, ciências digitais e pesquisas matemáticas. Na Rússia, o grupo adquiriu 50% da Havas Sports & Entertainment Russia e parte minoritária da Havas Digital, duas joint ventures com o grupo ADV. Na Espanha, comprou 51% do Grupo Elisa Interactive SL, e na Inglaterra 51% da Elisa Interactive, ambas especializadas em análise de data e otimização. * C o l a b o r o u C l a u d i a Pe n t e a d o

Norte-Nordeste destaca agências Fotos: Divulgação

Arcos e Cine venceram na categoria Mercado, com o case “Tintas”

“Jorge e Zélia” deu o prêmio à agência Ideia 3 e à produtora RX 30

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baiana Ideia 3 e a Arcos, de Pernambuco, foram as agências premiadas na etapa Norte-Nordeste do 35º Prêmio Profissionais do Ano, realizado pela Rede Globo. Os vencedores foram anunciados na semana passada, em Manaus, no Amazonas, durante a festa de entrega dos prêmios. A Ideia 3 venceu a categoria Campanha, com o trabalho “Jorge e Zélia”, desenvolvido para o Shopping Iguatemi Salvador, com produção da RX 30, tam-

bém da Bahia. Já na categoria Mercado, o case “Tintas”, para a Folha de Pernambuco, deu o prêmio à Arcos, de Recife. A produtora é a paulistana Cine. Antes da etapa Norte-Nordeste, já haviam sido revelados os vencedores de Sudeste Interior, Leste-Oeste e Sul. A última regional, Sudeste Capitais, conhecerá seus ganhadores no dia 17 de setembro. E, em 5 de novembro, em São Paulo, ocorre a grande festa da etapa Nacional do Profissionais do Ano.

INTERVAlOINTERV Fotos: Divulgação

A Yakult lança no Brasil sua nova campanha, “Saudade” (foto), criada pela Publicis Red Lion. A estratégia tem como tema o ambiente familiar, a saudade quando um dos membros da família está fora e os cuidados que a marca de leite fermentado representa. No filme, todos os membros de uma família tomam o Yakult oferecido pela mãe – exceto o filho mais velho, que está viajando. Mesmo assim, a mulher faz questão de cuidar do rapaz, que recebe a visita de uma comerciante do produto e uma carta da mãe, mostrando uma demonstração de carinho. A campanha, que recebeu investimento de R$ 8 milhões, é a segunda veiculada pela marca neste ano.

O BE Festival of Branded Content and Entertainment, que acontece em Sydney, na Austrália, divulgou a lista de nomes que irão compor o júri neste ano. Patrícia Weiss (foto), chief strategy officer da Wanted, é a única brasileira entre os convidados. No total, 28 profissionais do mundo avaliarão a criação e eficiência dos trabalhos inscritos em 12 categorias, vindos de toda a região da Ásia-Pacífico. No próximo ano, as inscrições deverão ser ampliadas para outras regiões, incluindo o Brasil. Os vencedores serão conhecidos no dia 3 de outubro.


S達o Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 9


10 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Agências Empresa desenvolve estratégia para “Avião do Faustão”

Sunset conquista conta digital de Procter & Gamble

Mercado Reuniões promovem troca de experiência e bate-papo

Grupo de Atendimento realiza encontros com líderes

Divulgação

Alê Oliveira

por Thaís Azevedo

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efinar a linguagem e impactar o consumidor de maneira direta e efetiva é o objetivo da nova estratégia desenvolvida pela Sunset para a Procter & Gamble. A agência, que acaba de conquistar a conta da companhia, planeja apoiar-se em técnicas de data intelligence e conceitos de social CRM para multiplicar o número de cadastros na promoção “Avião do Faustão”, uma das ações mais valiosas da P&G. “Estamos no momento em que todos começam a prestar atenção nessa ferramenta tecnológica. Na programação de fóruns e congressos atuais, big data tem sido assunto recorrente. Agora vamos à frente, mostrando um case com base nesses conceitos”, diz Guto Cappio, presidente da Sunset. O executivo ressalta que a tecnologia utilizada é comum junto a empresas financeiras, mas ainda pouco utilizada em companhias de bens de consumo. “Esse será um case que aponta tendências e mostra ao mercado as infinitas possibilidades do uso da informação em prol de uma comunicação mais efetiva com o consumidor e da compra de mídia otimizada.” Para a definição da estratégia da promoção, com início este mês, a Sunset também vai recuperar a base de informações de antigos participantes. “Um dos grandes desafios do meio digital é a correta segmentação da mensagem. Contamos com o Facebook e Google como parceiros: um para engajamento, outro para performance. Eles abriram as portas para o que

Passos: encontros colocam novos profissionais em contato com nomes admirados pelo mercado

por João Coscelli

O

Cappio: case mostrará possibilidades do uso da informação

virá. Queremos falar com o consumidor diretamente no feed de notícias da página dele, é ali que devemos estar”, declara Cappio. No projeto, 15 fanpages de produtos P&G serão ativadas, como as de Ariel, Oral-B, Wella Koleston, Duracell, Gillette, Ace, Always e Pantene, entre outras. Além do número de cadastros físicos, o objetivo da campanha, que ainda inclui mobile, é aumentar o número de produtos

cadastrados por participante. “Temos metas agressivas. A primeira etapa é atingir o consumidor, mensurar as ações e números. A segunda onda, no entanto, é melhor, já que poderemos devolver resultados com melhores iniciativas. Estamos construindo algo a partir de um novo modelo, o que implica aprendizado. E, quanto mais você faz, mais você aprende”, diz o executivo.

Anunciantes Trabalho é da Neogama/BBH e da BBH de Nova York

GA (Grupo de Atendimento) passou a organizar encontros entre os profissionais da área e nomes consolidados do mercado, numa iniciativa batizada de “Encontro com Líderes”. As reuniões – um bate-papo informal entre os convidados – ocorrerão quinzenalmente e colocarão líderes do atendimento cara a cara com aqueles que estão ingressando no mercado para conversar sobre os desafios da profissão e trocar experiências. O primeiro encontro teve como convidado Márcio Santoro, copresidente da Africa. Outros nomes confirmados para participar da iniciativa são Alcir Gomes Leite (DM9DDB), Luiz Lara (Lew’Lara\TBWA) e Marcel Sacco (Holding Clube). A iniciativa vai ao encontro

da missão do GA de formar futuros líderes do mercado, afirma Marcelo Passos, presidente do órgão e vice-presidente de atendimento da DM9. “Acreditamos que é preciso prover a turma dos cursos com conhecimento técnico e experiência. Estamos sendo os facilitadores para colocar os nossos estudantes em contato com profissionais reconhecidos na área para trocar ideias, ouvir a opinião de quem é admirado, para que o futuro líder possa beber dessa fonte”, avalia. Passos indica que os encontros são importantes para os novos profissionais do atendimento por três motivos principais: os colocam em contato direto com líderes de mercado, apresentam um ponto de vista diverso e mostram o senso de equipe fundamental para quem trabalha na área. “Os participantes têm a chance de conversar com aquelas pessoas que normalmente não conseguem por conta da correria ou da hierarquia, e é inspirador ouvi-las. Além disso,

uma conversa com esses profissionais faz com que você tenha pontos de vista diferentes sobre estratégia, negócios e gestão. É como se fosse a chance de trocar ideia com um diretor de cinema e descobrir por que ele tomou determinadas decisões em um filme”, acrescenta. Outro ponto destacado por Passos é a participação de executivos renomados atuando para preparar a nova geração de profissionais de atendimento. “Tenho certeza de que todos os líderes de atendimento no mercado querem participar, porque há uma demanda reprimida nessa área. A maior parte dos presidentes das agências, hoje em dia, vem do atendimento. Então eles sabem que esse apoio é importante para esse grupo que está chegando”, finaliza. Os interessados em participar dos próximos encontros devem entrar em contato com o Grupo de Atendimento por meio de sua página no Facebook ou pelo e-mail gatende@grupodeatendimento.com.br.

INTERVALOINTERVALOINTER Divulgação

Vasenol lança campanha global no Brasil Fotos: Divulgação

“T

eeth” é o título do filme que faz parte da nova campanha global de Vasenol – marca de loções hidratantes para pele da Unilever –, criada pela brasileira Neogama/BBH em parceria com o escritório da BBH de Nova York. No comercial, uma mulher é cercada por um fundo hostil, cheio de espinhos, que simbolizam a pele seca. Na sequência, essas pontas vão retraindo, dando lugar a uma superfície lisa, que simboliza a ação hidratante do produto. A produção finaliza com a assinatura: “O poder de cura de Vasenol”. O filme estreia nesta semana na TV aberta, em um dos intervalos da novela “Amor à Vida”, na TV Globo. Também haverá veiculação em canais fechados, com versão de 30 segundos e vinhetas de cinco segundos. Na mídia impressa serão contempladas as principais revistas semanais e mensais do país, além de comunicação no meio digital, com o vídeo sobre os 30 usos da Geleia de Vaselina Original, lançamento da fanpage e portal da marca.

Cenas de “Teeth”, criação da Neogama para a marca da Unilever

A Galeia de Vaselina, aliás, é uma das novidades que a marca está trazendo ao país. O produto já faz sucesso em outros mercados onde Vasenol atua. O Brasil também está sendo alvo do relançamento da linha atual de uso diário, e de novos produtos para a recuperação da pele extrasseca. “A campanha mostra que uma pele bonita é conquistada por meio da saúde, e Vasenol traz

esses benefícios para as consumidoras brasileiras”, afirma Adriana Castro, diretora de marketing de cuidados com a pele na Unilever. A criação da campanha é de Daniel Poletto, Patrícia Leme, Katie Facada e Thibault Gerard, com direção de criação de Márcio Ribas, Laura Fegley e Alexandre Gama. Produção da Ricca Filmes e direção de cena de Marcos Menescal Araújo.

A iStockphoto promoveu na semana passada, durante a 21ª Feira Internacional de Imagem – PhotoImage Brasil, em São Paulo, a exposição “Fotografe o Brasil”. As onze fotos que compõem a mostra foram selecionadas entre mais de 30 mil imagens inscritas em uma competição realizada pela iStock e retratam as diversidades cultural, étnica e geográfica do Brasil pelas lentes de fotógrafos amadores e profissionais. Criado em parceria com a Canon do Brasil, o concurso selecionou a imagem “Arturos”, do fotógrafo Heber Bezerra (foto), de Ouro Preto (MG), como a vencedora da competição. Como prêmio, Bezerra ganhou uma viagem para Nova York, com direito à orientação de portfólio com um diretor de conteúdo da Getty Images; e uma câmera Canon EOS 5D Mark III com objetiva EF 24-105 IS, flash Canon Speedlite 600Ex e mochila Canon DeLuxe 200EG. Neste mês, a exposição segue para o Senac – Campus Santo Amaro. A Abracomp (Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda) divulgou os resultados do Prêmio Colunistas Rio Grande do Sul 2013, nas áreas de Promo e Design. Ao todo foram concedidos cinco Grandes Prêmios, sendo dois em Promo e três em Design. Entre as agências, o destaque é a DM9Sul, que conquistou os dois GPs em Promo e mais um em Design. O GP de Ação Promocional ficou com a campanha “Todo Mundo Pode Ajudar”, da DM9Sul para Fundação Pão dos Pobres. A DM9Sul também conquistou o GP de Material Promo-

cional com o case “Prato Consciente”, criado para Ecobenefícios. Já na área de Design, o GP de Case de Design ficou com “Italian Genius Now Brasil”, da Néktar Design e Maria Cultura para Maria Cultura, Santander Cultural e Unisinos. O GP de Branding ou Design Corporativo foi para “Alfabeto Sonoro”, da DM9Sul para ClubNME Brasil. O último GP da área é o de Design Ambiental, que foi concedido à campanha “Display Converse Oscar Niemeyer”, da That Design Company e Globalcomm para Converse. A TV Globo prepara campanha para o projeto “Verdejando”. Durante dois meses, a partir de setembro agora, todos os telejornais locais da emissora exibirão reportagens especiais mostrando quantas árvores ou espaços verdes São Paulo perdeu e ganhou ao longo do tempo e qual o impacto disso na vida da população. O trabalho traz uma marca orgânica e viva – um logotipo feito com grama natural, em uma autorreferência ao mote do projeto: “Vamos deixar São Paulo mais verde?”. O filme da campanha mostra, em uma base de pedra e areia, a grama sendo germinada em vasos que foram o nome do projeto. Finalizado em stop motion, a produção tem locução do ator Max Fercondini, apresentador do Globo Ecologia, que incentiva a participação de todos na transformação da cidade. A criação é de Sérgio Valente, Mariana Sá, Washington Theotonio e Carlo Iulio, com produção da Santa Transmedia e direção de Thiago Stfka.


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 11

ª-agência 3 bRasileiRa Mais pReMiada eM cannes 2013. 105 pRêMios nacionais e inteRnacionais eM 1 ano. “Meu sangue é RubRo-negRo”, a caMpanha

Mais pReMiada do bRasil nos últiMos 12 Meses. “VeM pRa Rua” , paRa a Fiat, o FilMe de caRRo

Mais Visto da inteRnet bRasileiRa:

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12 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Mercado Pesquisa da Ipsos mostra que 30% da população possuem consoles de games

Brasileiros jogam mais

Fotos: Divulgação

Veículos Edição circula no próximo dia 21

Veja completa 45 anos com especial Fotos: Divulgação

Diego Oliveira: foi construído um hábito que cada vez cresce mais

por João Coscelli

Q

uase um terço da população brasileira tem consoles de games, sejam eles domésticos ou portáteis, indica uma pesquisa divulgada na semana passada pela Ipsos. O levantamento, baseado nos dados dos Estudos Marplan EGM, que verificam os hábitos e comportamentos dos brasileiros com idade acima de 10 anos, mostra um ligeiro avanço desse mercado nos últimos anos – em janeiro de 2008, eram 27% os brasileiros que tinham esses aparelhos, índice que passou a 30% em dezembro de 2012. O tempo gasto pelo brasileiro jogando também aumentou. Há cinco anos, eram destinadas, em média, três horas e sete minutos por semana aos games. Ao final do ano passado, esse tempo saltou para quatro horas e treze minutos semanais. Os dados revelam também que os consoles são mais populares entre jovens. Segundo a Ipsos, 44% dos consumidores com idades entre 10 e 19 anos possuem

esses aparelhos, índice que foi fixado em 33% para a faixa que compreende pessoas de 20 a 29 anos. Embora apresentem números menos expressivos, as faixas etárias mais avançadas também se mostraram importantes para o mercado de consoles. Entre os que têm de 30 a 39 anos, são 32% os que possuem consoles, enquanto no grupo que engloba os de 40 a 49 anos, são 29%. Por fim, 16% dos entrevistados com mais de 50 anos disseram ter esses aparelhos. Segundo Diego Oliveira, diretor de contas do Ipsos MediaCT, os dados mostram que o ato de jogar deixou de ser algo corriqueiro e passou a ser rotina na vida do brasileiro. “Não importa o horário ou o dia da semana. Foi construído um hábito que cada vez cresce mais entre a população. Uma vez enraizado o hábito, o brasileiro passa a criar tempo em sua rotina para jogar”, analisa. O fato de pessoas mais velhas representarem uma fatia significativa desse mercado também merece destaque, segundo o analista. “É uma grande oportunidade de negócio quando pensamos no quesito idade, pois é um hábito que está presente em todas as faixas etárias. Não é apenas um nicho, tem várias possibilidades de investimento”, completa.

Vince Vader: não temos desenvolvimento de produtos no país

A migração de plataformas não específicas de jogos, como tablets e celulares, é o que explica o alto índice de consumidores das faixas etárias mais avançadas que têm consoles. Aqueles que jogam nesses dispositivos acabam se interessando tanto pelos games que acabam recorrendo a um aparelho que ofereça mais opções. Ao menos é o que identificou Marcos Khalil, CEO da UZ Games, rede varejista de jogos eletrônicos. Segundo o executivo, essas pessoas foram “picadas pelo bichinho do videogame”. “Descobrimos que a maioria dos nossos clientes dessas idades estão vindo por conta do apelo dos smartphones. São pessoas que nunca diriam que são jogadores, mas começaram a migrar e a comprar consoles. Achávamos que os tablets e celulares seriam os vilões, mas eles estão ativando novos clientes para nosso mercado”, revela. Além disso, essas faixas etárias não abrigam muitos consumidores com o perfil early adopter, o que contribui com esse crescimento, de acordo com Khalil. Uma nova geração de consoles chega ao mercado neste ano, mas os usuários mais velhos buscam produtos da linha que ainda é vigente e não buscam as últimas novidades, apenas produtos que satisfaçam suas necessidades.

Thais: resgatar história da revista

IncentIVo Apesar de os números mostrarem um cenário positivo de consumo, a produção ainda é precária. Por isso, os dados revelados pela Ipsos, adverte Vince Vader, professor do GameLab da ESPM, mostram que “está mais do que na hora de o governo incentivar a criação de uma indústria que o Brasil ainda não tem”. “Temos consoles que são trazidos para cá, jogos que são prensados aqui, representantes de marcas, estudos, mas não temos desenvolvimento de produtos, de uma indústria criativa para jogos de consoles”, avalia. O incentivo, continua ele, passa por abrandar a alta carga tributária que recai sobre essa indústria e vai até apoiar financeiramente educação e pesquisas relacionadas ao mercado de games. Vader lembra que os dados falam apenas sobre os que têm consoles e que o universo de consumidores de jogos no Brasil é bem maior. “Não podemos esquecer que tem gente que passa muito tempo jogando em tablets e smartphones. Esses são os jogadores casuais, que também estão consumindo e formam um mercado gigantesco, que movimenta muito dinheiro. É uma indústria que também precisa ser pesquisada e ser mais estudada”, conclui.

P

ara comemorar seus 45 anos de circulação, a Revista Veja, da Editora Abril, lançará no próximo dia 21 uma edição especial, que resgatará a história da revista, traçando um panorama dos fatos, conquistas e mudanças que marcaram o Brasil e o mundo em quase meio século de existência. De acordo com a diretora-geral de publicidade da Abril, Thais Chede Soares, a publicação também trará as capas mais marcantes de mais de 2.300 edições já publicadas, além de 45 reportagens especiais. Entre elas, a executiva conta que será publicada uma matéria sobre como vive a cidade de Berlim 23 anos após a queda do muro e uma releitura de um histórico artigo de Mario Henrique Simonsen sobre a economia brasileira que foi capa de Veja em 1987. Thais ressaltou que, além do conteúdo editorial, o mercado anunciante não ficará de fora dessa edição especial. “Esperamos ter muitos anúncios especiais, afinal são centenas de marcas que contaram suas histórias também nas páginas de Veja.” Para divulgar a data e chamar a atenção das empresas, foi lançada uma campanha, criada pela AlmapBBDO, que está no ar des-

Capa da semana passada

de junho, em várias plataformas. A ação relembra alguns acontecimentos sobre a história da revista como, por exemplo, o fato de terem sido mais de 185 mil páginas de anúncios desde 1968. A executiva lembrou também que esta edição estará disponível no tablet, com conteúdo extra em vídeos, galerias de fotos, entre outros diferenciais. “Também será disponibilizada a primeira edição da revista para os leitores.” Thais disse que outras ações estão previstas para comemorar a data. “Nosso calendário de especiais segue com muitos lançamentos durante o ano, serão duas edições de Veja Luxo, Veja São Paulo Comer & Beber e outros especiais regionais. Vale lembrar que a revista, atualmente, é a líder em circulação no Brasil, com mais de 1 milhão de exemplares semanais e 10,4 milhões de leitores.

InteRVALoInteRVALoInteRVALoInteR Jornal que circula nas sete cidades da região do ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), o ABCD Maior, publicação de distribuição gratuita, lança um novo posicionamento: “Feito aqui”. A mudança tem por objetivo trazer mais visibilidade ao título e estreitar sua relação com os leitores da região. Também foram promovidas mudanças na estrutura do jornal, entre elas a chegada de Paulo Lima, que assume a gerência comercial, além de uma nova identidade visual, criando sinergia entre o impresso e a TVT, emissora educativa criada e mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com sede em São Bernardo do Campo, que está no canal 13 da Net desde maio passado. Sílvio Berengani (foto), diretor-executivo do ABCD Maior, diz que as mudanças são importantes “para que o veículo seja identificado como parte de um esforço de comunicação do movimento sindical, voltado para toda a população, mas com um novo olhar do mundo do trabalho”.

Paulo Gregoraci

Ricardo Lordes

Vice Chairman e COO da WMcCann

Presidente de criação da Agência Pátria

RECLAME NO RÁDIO RÁDIO ESTADÃO AGORA NA

COLUNISTAS: l Ruy Lindenberg l Lula Vieira l Beth Furtado l Marcelo Tripoli l Carlos Ferreirinha l Vini Alvarez l João Ciaco APOIO

EDITORA REFERÊNCIA

Apresentação

JOÃO FARIA SÁBADO, 07/09 - 18H30 DOMINGO 18H30

reapresentação

o diretor da Paranoid, Daniel Semanas, marcou presença no 24º Festival de Curtas de São Paulo com a obra “Blurry Eyes”. O filme foi exibido em três dias do festival, um dos mais relevantes da categoria, e que ocorreu em sete locais da capital paulista.

Divulgação

A Gad’Red, braço publicitário do GAD’, criou a campanha de comunicação para o quinto ano da promoção “Vale Mais”, realizada pelo Sindilojas Porto Alegre (Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre). Com o slogan “Sua comprinha pode virar um comprão”, a campanha conta com filmes de 30 segundos para TV, merchandising em TV e rádio, peças de mídia exterior e material de PDV. Para o desenvolvimento do trabalho, foi realizada pesquisa junto aos consumidores para entender a percepção deles sobre a promoção, que tem como objetivo gerar uma experiência positiva de compra. O estudo mostrou que era preciso fazer uma ação mais promocional, além de dar atenção especial aos lojistas. São 50 prêmios de R$ 5 mil em vales-compra para clientes e mais 50 prêmios de R$ 2 mil em vales-compra para vendedores que realizarem as compras sorteadas. O total em prêmios é de R$ 350 mil. A DM9DDB é a única agência brasileira a figurar na lista das cinco agências mais premiadas no mundo na 54ª Advertising QUEM ESPERA Annual Competition da ComNUNCA ALCANÇA. munication Arts. A agência entrou na lista com as campanhas para o Masp, KY, Kopenhagen e portal Terra. Entre as agências premiadas estão madiamundomarketing BBDO New York, Leo Burnett THE WORLD MARKETING PLACE Toronto, Rethink, Vancouver e CP+B Boulder. 11 3065 6464 - www.mmmkt.com.br


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Mercado Com 45% das ações do hotel e cassino, grupo Enjoy planeja controle total em três a cinco anos; acordo foi de US$ 139,5 milhões

Após fusão, Conrad se reformula Fotos: Divulgação

por Thaís Azevedo – de Punta del Este

O

s brasileiros estão cada vez mais na mira do Conrad Resort & Casino, único cassino privado entre os 27 espalhados pelo território uruguaio. Localizado em Punta del Este, balneário de luxo da América Latina, o empreendimento da Caesars Entertainment teve recentemente 45% de suas ações adquiridas pelo grupo chileno Enjoy, no mercado há 37 anos e com oito operações, sete no Chile e uma na Argentina (Mendoza). Anunciado em maio deste ano, em Nova York, o acordo de US$ 139,5 milhões prevê a compra dos 55% restantes nos próximos 3 a 5 anos. Segundo Javier Martinez, vice-presidente executivo do Enjoy, o controle total é uma certeza. No processo, a Caesars adquiriu 4,5% das ações do grupo e nomeou Tom Jenkins para o board da cadeia chilena. Com a movimentação de capital, o Enjoy direcionou esforços para uma reformulação completa do Conrad, um dos destinos mais tradicionais do Uruguai. Calculadas em US$ 20 milhões, as reformas começaram no início de junho e preveem modernização dos quartos, das áreas de jogo (incluindo as destinadas aos frequentadores vips), bares, restaurantes e espaços ao ar livre. Em breve, o cassino também deve estrear um aplicativo que permite a conexão entre as salas de jogos e o jogador, mesmo que este esteja longe. “Neste momento, a proposta é trabalhar sobre quatro pilares: ações de entretenimento, desenvolvimento tecnológico, comunicação cada vez mais estreita com os hóspedes e jogadores e fortalecimento do turismo local”, diz Martinez. E quando se trata do turismo na região, brasileiros e argentinos dominam. Punta del Este é uma

Os brasileiros respondem por 50% da ocupação do Conrad Resort & Casino; fundado há quase 16 anos, o cassino é o único privado entre os 27 que operam no Uruguai

Uma cidade a cada estação P

unta del Este se divide em duas a cada ano: a badalada e concorrida, no verão; a aconchegante e tranquila, no inverno. O clima quente, é claro, responde pelos milhares de turistas que invadem a cidade na alta temporada, seja em hotéis luxuosos ou em mansões de veraneio que, finalmente, têm suas janelas abertas e suas salas e piscinas preparadas para as festas.

Durante a época de baixas temperaturas, borbulham os restaurantes e salões de jogos. As paisagens, no entanto, são atemporais. O pôr do sol que se vê do terraço da Casapueblo, obra do artista Carlos Páez Vilaró, impressiona em qualquer dia. Sobre o rio Maldonado, a ponte Leonel Viera, mais conhecida como “ponte ondulada”, não poupa o frio na barriga. E para os apreciadores, a cidade revela a vinícola-boutique Alto de la Ballena, onde uvas de qualidade atiçam o paladar e dividem atenção com carnes e doce de leite conhecidos mundialmente. TA

A Casapueblo abriga museu, restaurante, café e hotel

cidade pequena, com menos de 20 mil habitantes. No último verão, mais de 600 mil turistas visitaram o balneário. Dos visitantes de 2012, 1,7 milhão são argentinos; 396 mil são brasileiros; e 53 mil, chilenos. Nesse cenário, o Conrad mantém média de ocupação em 85% (100% nos fins de semana). Metade dos hóspedes é brasileira. De acordo com Silvina Luna, diretora de marketing, o resort apostará em ações promocionais bastante direcionadas ao público desses três países e na natural campanha “boca a boca” entre um hóspede e seus amigos. Para o Brasil, o programa inclui tarifas especiais para moradores do Rio Grande do Sul, Estado mais próximo do Uruguai, atrações musicais nacionais, cortesia para menores de 12 anos nos pacotes e um hotsite já no ar (www. hotelconrad.com.br), que reúne dicas de compras, turismo e entretenimento. A navegação é amigável e intuitiva. “Quem se interessa por jogos pode se distrair com atividades lúdicas, sem apostas ou prêmios, apenas a título de diversão”, destaca Patricia Souto, coordenadora de marketing. Parceiro da Gol Linhas Aéreas, que opera charters para Punta del Este com saídas do Rio de Janeiro e São Paulo, o Conrad planeja voos fretados também em Porto Alegre, Curitiba e Brasília, mercados considerados de grande potencial pela equipe. Martinez salienta que, com a fusão entre os grupos, os programas de fidelidade devem se unificar em breve, integrando múltiplos benefícios de cada uma das duas marcas. A princípio, o processo de fusão não resultará em cortes nas equipes. A ideia é manter os colaboradores originais do Uruguai, Argentina e Brasil (onde o Enjoy tem realizado pesquisas de campo) e assimilar diferentes aspectos culturais. A nova fase ainda inclui maiores investimentos em eventos corporativos, com previsão de crescimento em 10% até o fim do ano.

mundo.com

Mercado O Reservagas está funcionando para a rede Multipark

O ROI que

Publicitário cria site para reservas em estacionamento

nãO RóI

Fabio Rowinski* fabio.rowinski@iprospect.com.br

Divulgação

Crescemos aprendendo motes que dificilmente saem de nossas mentes Se a dor sumiu, todos sabem o remédio que o sujeito tomou. Dois hambúrgueres, alface, queijo e molho especial são ingredientes bem conhecidos – os seguintes podem ser cantarolados sem grande esforço de memória.

que, muitas vezes, não caminham necessariamente de mãos dadas. Não no curto prazo, ao menos – e o mundo está virando um mundo de curtos prazos, com relações efêmeras e tempos de retorno menores ainda.

Para começar seu dia com amor, escolha quem põe na mesa o melhor sabor. E assim por diante: crescemos aprendendo motes que dificilmente saem de nossas mentes. Ótimo trabalho das equipes de criação e mídia. Fazemos publicidade com vigor.

Na prática, nem toda campanha muito criativa necessariamente vende. Não alavanca o produto ou o serviço. Gera, ainda assim, uma lembrança de marca potencialmente positiva. E isso também conta. Na dúvida, então, fica a questão: escolher o que é criativo porque é criativo ou o que vende mais porque vende mais?

Mais e mais se percebe, ultimamente, o resultado entrando em todas as esferas do processo publicitário: o rei é o ROI (retorno sobre o investimento). Campanhas que não são de vendas também estão sendo geridas desse modo: é preciso metrificar a veiculação e a pós-veiculação (esta última através, por exemplo, de menções em redes sociais). Até aí, algo errado? Não, definitivamente. Em um mundo extremamente competitivo, essa estratégia de maximização do investimento não é somente muito positiva, é imprescindível. Gastar mais do que se pode, hoje em dia, é um luxo arriscado. Sobre esse cenário há uma ótica que vale ser lembrada: o ROI faz parte do jogo, mas não entra sozinho em campo. Criatividade é essencial também. E como um se relaciona com o outro? Bem, há variações – ocorre

Esse não é um segredo e por isso a resposta é mais simples: mantenha seu ROI sem que ele se torne um agente roedor da construção e manutenção de uma marca, ou seja, não comprometa o ativo da marca e sua lembrança junto aos consumidores e usuários em detrimento de rentabilidade. O que é criativo pode vender mais – ou vender menos. Independentemente disso é importante dar asas a ideias inovadoras que gerem impactos positivos em consumidores. As relações devem ser duradouras, antes de lucrativas. Não somente duradouras, mas interessantes também. Isso só é gerado quando há mudanças e inovações. O “fora da caixa” é às vezes mais importante que o dentro do caixa. *Diretor-executivo da iProspect e presidente do comitê de Search do IAB

RODA VIVA A Ciagroup contratou Raul Mota. O profissional iniciou sua carreira na área de vendas e produtos da Incentive House, atualmente Accentiv, do Grupo Accor, passando pela TOD (Total On Demand), do Grupo Totalcom, e pela Holding Up, gestora das marcas Mark Up, High Up e Light Up. A Agência We promoveu Wesley Santesso e Bruno Luiz Machado a diretores. Os profissionais de atendimento dividem hoje a gestão de 25 contas. Há cinco anos na empresa, Machado lidera o núcleo especializado em moda, perfumaria e cosméticos. Possui na carteira marcas nacionais e internacionais, como o grupo InBrands (Bobstore, Ellus, Salinas), TNG e Calvin Klein. Já Santesso está à frente de uma equipe de dez profissionais, que cuida da estratégia de comunicação de empresas como EMS, Transamérica, BR Malls e Mercado Livre.

Bartholomeu Cruz: penso projetos de comunicação para atrair anunciantes aos estacionamentos por Kelly Dores

E

x-diretor de criação da Full Jazz, o publicitário Bartholomeu Cruz está ganhando espaço na mídia com suas ideias baseadas em tecnologia e projetos para comunicação. A bordo de sua “mala patinete”, ele já foi destaque em alguns dos principais jornais e revistas no país. Há dois anos ele decidiu abandonar a carreira de 18 anos em agências de publicidade para montar a e.t., empresa que, entre outros negócios, criou o Reservagas, um site que reserva vagas em estacionamentos. “Quase todas as empresas do setor fazem isso, mas elas fazem só a reserva. Não existe nenhum modelo como o Reservagas, onde o usuário também faz a pesquisa de endereços e pode ganhar benefícios com a compra. Isso porque estamos montando um clube de benefícios para gerar vantagens para quem estaciona. Por outro lado, para o dono do estacionamento, antecipamos a venda. Fora isso,

eu penso projetos de comunicação para atrair anunciantes para dentro de estacionamentos”, explica Cruz. A reserva de vagas online já está funcionando por meio do site www.reservagas.com.br, inicialmente para o estacionamento da Multipark no Aeroporto de Guarulhos (SP). “A Multipark e seus franqueados foram os primeiros a acreditarem na nossa plataforma Reservagas, por isso têm total exclusividade no lançamento. Porém, também negociamos com outras empresas parceiras”, destaca ele. Para Cruz, o mercado de reserva de vagas em estacionamentos pela internet terá em breve um boom semelhante aos de aplicativos de táxi. “Vai existir um milhão de empresas, mas hoje eu garanto que o que eu faço ninguém faz.” Outro projeto da e.t. que faz sucesso nas redes sociais é o Art Pet Project, para o Pet Center Marginal. Basicamente, a ação consiste na criação de casas personalizadas para cães

e gatos, com direito a gravação de vídeo para internet. “O Pet Center Marginal precisava gerar mídia espontânea. Já são mais de 300 mil pessoas que curtem a página da maior rede de pet shop do país. Os desenhos e pinturas das casinhas foram feitos por Guilherme Kramer, artista brasileiro radicado na Espanha”, conta Cruz. Sem escritório físico – com o projeto Escritório do Dia, ele trabalha cada dia em um lugar diferente –, Cruz conta que também chama a atenção quando entra nos locais com a “mala patinete”. “A gente já fez o escritório do dia dentro da Heineken em Amsterdam. Quando falei que estava gravando para o Brasil, eles me chamaram para trabalhar dentro do balcão”, diz. Ele afirma que ainda criará um documentário com todas as suas gravações. “Esse é um novo modelo de operar uma empresa. É uma empresa que pensa em empresas. Somos chamados de parceiro estratégico de inovação e criatividade”, finaliza ele.


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 15

Digital comScore aponta falhas em medidas como impressões e CTR e diz que clientes devem mensurar anúncios vistos, e não distribuídos

Internet precisa de novas métricas

Alê Oliveira

por Keila Guimarães

N

os últimos dois anos, a comScore tem deixado a indústria digital em posição desconfortável ao indicar que as principais métricas nas quais a internet está baseada são simplesmente imprecisas. De acordo com a empresa de pesquisa, medir impressões e CTR (Click-Through Rate) não oferece qualquer informação sobre frequência e alcance de um anúncio, princípios para planejar uma campanha publicitária. A comScore diz que enquanto marcas se contentam com a ideia de anúncios distribuídos, e não com a ideia de anúncios vistos, elas desperdiçam dinheiro com campanhas nunca visualizadas. “Adservers reportam sobre impressões, que indicam que o anúncio deixou o Adserver. Isso não significa que ele atingiu uma pessoa”, afirma Paul Goode, vice-presidente sênior de marketing da comScore para Europa, Ásia-Pacífico e América Latina. Estudo recente da companhia com anunciantes globais, dentro de sua plataforma Validated Campaign Evaluation, mostra que há uma espécie de buraco negro na distribuição de anúncios. O estudo analisou 290 bilhões de impressões de 4 mil campanhas e constatou que somente 46% dos anúncios pesquisados foram visualizados por pessoas. O restante, mais da metade, nunca foi entregue. Outro dado sensível da pesquisa é que apenas 43% das impressões atingiram o target delimitado. A relação entre a possibilidade do anúncio ser visto e o custo da impressão também é ruim. Em um estudo com 12 grandes marcas de bens de consumo, um alto CPM (Cost per Mille) garantia visibilidade do anúncio a somente 40% da audiência. Em outros casos, marcas com investimento pequeno tinham exposição a quase 100% da audiência. Já o problema com o CTR é que o clique traz informações somente sobre performance, e não sobre o impacto da mensagem publicitária, algo desejado no branding. “A indústria não está funcionando de forma apropriada. O preço não está sendo dado de acordo com o que importa na publicidade, que é garantir que anúncios estão sendo mostrados

Paul Goode, VP de marketing da comScore, com Alex Banks, diretor da companhia no Brasil: digital vive disfunção que tem de ser resolvida se quiser aumentar share

para pessoas. Para eliminar essa disfunção, a indústria precisa de métricas diferentes do CTR e que não estejam baseadas no número de impressões que saíram do Adserver”, argumenta Goode. “O que precisa ser reportado são os anúncios que foram vistos por seres humanos e se esses anúncios foram entregues para o target definido na campanha.” Em parceria com órgãos norte-americanos como IAB (Interactive Advertising Bureau) e Media Ratings Council, a comScore afirma que a indústria precisa abandonar a ideia de impressões e migrar para o padrão da “visibilidade” (viewability) e, assim, contabilizar a exposição real dos anúncios digitais. No Brasil, o IAB trabalha na redefinição de métricas. Grandes

portais, como o IG, estão lançando formatos que dispõem anúncios de acordo com a navegação do usuário, o que, em tese, garante que a peça seja carregada na parte do site onde o usuário está consumindo conteúdo. Contudo, o processo ainda está em seus estágios iniciais. “O Brasil já tem discussões sobre a mudança do padrão de impressão para o de visibilidade, mas as iniciativas mais avançadas estão nos EUA”, diz Marcelo Lobianco, vice-presidente-executivo do IAB Brasil. Entre os trabalhos de educação do mercado, a instituição está trazendo formatos chamados “rising stars”, desenvolvidos pelo IAB no mercado norte-americano. O comitê de métricas da instituição também trabalha em um estudo para definir as métricas que mar-

cas devem considerar para campanhas online.

O GRP De DIGItal À primeira vista, os dados da comScore parecem colocar em xeque os atributos da mídia digital. Mas, longe de desmoralizar a internet, o que a comScore tem buscado é criar as métricas que irão equiparar o online aos meios tradicionais e, dessa forma, impulsionar seu crescimento. Para aumentar seu share, a internet precisará indicar quanto é a sua audiência de fato e quantas vezes essa audiência é exposta a um anúncio – em outras palavras, o digital precisa encontrar o seu GRP (Gross Rating Points). E é nisso que os principais players de pesquisa estão trabalhando. “A métrica fundamental para

determinar o peso da publicidade é o GRP e ele tem sido usado desde sempre porque diz quantas pessoas viram um anúncio e quantas vezes isso ocorreu. E o digital não fala em GRP, mas em impressões servidas e no número de cliques. O planejador de mídia, que define o mix de investimentos, relega ao digital o dinheiro de performance e de resposta direta. E, assim, 78% do budget são destinados a branding em veículos de mídia que podem falar apropriadamente quem é a sua audiência”, diz Goode. A comScore trabalha na criação de um GRP para online e a Nielsen tem um modelo próprio, com o qual vem trabalhando desde 2011. O passo seguinte será casar o GRP de digital com o dos meios tradicionais e cruzar

a audiência dos meios. As duas empresas disputam a criação das métricas mais precisas nesses dois campos. Outra área de atenção para as empresas de pesquisa é criar uma plataforma que combine os dados do conteúdo consumido em todos os dispositivos conectados à internet. “Os meios tradicionais estão migrando para o digital e cada vez mais estamos mensurando os dados provenientes de dispositivos como SmartTVs, smartphones e iPads. Esse é o cenário do consumo de mídia no futuro e esse é o nosso negócio”, indica Alexander Banks, diretor da comScore no Brasil e vice-presidente da companhia para a América Latina. “Esse é o cenário do big data aplicado à publicidade”, resume Lobianco, do IAB.

festival of media latam

Brasil tem 16 trabalhos no shortlist Fotos: Divulgação

O

Brasil emplacou 16 trabalhos no shortlist do Festival of Media LatAm, que celebra as melhores ideias em comunicação na América Latina. O evento reunirá agências e executivos de mídia entre os dias 25 e 27 de setembro em Miami, nos Estados Unidos, e é organizado pela C Squared, empresa no ramo de publicações. O evento é dividido em 14 categorias. Entre as campanhas do país que concorrem neste ano estão “Vem pra rua”, da Leo Burnett e AgênciaClick Isobar para a Fiat, finalista em quatro categorias, incluindo “Melhor plataforma de entretenimento”; “Corrente da felicidade”, da New Content para a Kibon, que disputa em duas categorias, incluindo “Melhor campanha experimental”; “Nivea Solar Charger Ad”, da Giovanni+Draftfcb para a Nivea, em três categorias, incluindo “Melhor estratégia de interação”. “Confed 2013”, da AlmapBBDO para Visa, concorre em duas áreas, incluindo “Melhor campanha de social media”; e “The lightest ad ever”, da Talent para a Mizuno, que concorre em “Uso criativo de mídia”. Em “Melhor uso de digital” concorre “Carrinho de compras interativo”, da CuboCC para Helmann’s. Há ainda campanhas pan-regionais que incluem o Brasil. “Retratos da real beleza”, da Ogilvy para a Dove, está inscrita como

Campanha da Fiat, da Leo Burnett e da AgênciaClick, concorre em quatro categorias

um trabalho regional compartilhado entre México, Argentina e Brasil. A campanha “Expanding the state of play”, da agência de mídia MEC para PlayStation, também é pan-regional. O shortlist completo é composto por 92 finalistas de 13 países. Entre os trabalhos da América Latina está “Follow2Unfollow”, que tem oito nomeações. A campanha, uma iniciativa por parte do governo porto-riquenho, apresenta prisioneiros se comunicando pelo Twitter e desencorajando a criminalidade entre os jovens.

Outros trabalhos finalistas são a colombiana “El Cartel de Los Sapos”, que disputa na categoria “Prêmio para a eficácia” e “Melhor campanha de evento/experimental”; e a equatoriana “Fruity People Movement”, da Fruttare, que concorre na categoria “Melhor estratégia de interação”. A votação acontecerá durante o Festival of Media LatAm 2013 e será coordenada pelo presidente do júri, Luis Di Como, vice-presidente sênior global de mídia da Unilever. Os vencedores serão anunciados no dia 27 de setembro.

Em comunicado, Charlie Crowe, fundador do Festival of Media e CEO da C Squared, destacou a excelência dos trabalhos no shortlist. “Estamos impressionados com as campanhas finalistas, que mais uma vez refletem o alto nível do trabalho e criatividade da indústria latino-americana. As campanhas que se destacaram foram as que conseguiram construir uma sólida estratégia de relacionamento através do uso tático de diversas mídias. Estamos empolgados para ver quais campanhas o júri final irá premiar.”

“Retratos”, para a Dove, está inscrito como trabalho pan-regional


16 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - S達o paulo, 2 de setembro de 2013


S達o paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 17


18 j o r N a l p r o p a g a N d a & m a r k e t i N g - são paulo, 2 de setembro de 2013

Marcas & produtos

Neusa spaulucci

nspaulucci@propmark.com.br

Brancos Close Up colocou no mercado a linha “Diamond Attraction”, que promete branquear os dentes. A linha é composta por gel, enxágue e escova dental.

Lixo Fotos: Divulgação

A Tupperware aposta no design para chamar a atenção para o lançamento de sua lixeira orgânica. Ideal para a cozinha, ela tem formas arredondadas, tampa fácil de abrir e base removível. Como todos os produtos da marca, a novidade está disponível por meio do sistema de venda direta. Para comprá-la, o consumidor deve contatar uma revendedora.

Cara pintada A Natura Una apresenta neste mês novidades no seu portfólio. A primeira delas é a máscara para cílios 2 em 1, com duas tampas, que permite alongar ou dar mais volume aos pelos. Elas podem ser usadas separadas ou combinadas. A marca também traz kit de pincéis portáteis, ideal para carregar na bolsa. Outra novidade é a nécessaire, com divisórias para pincéis e outros apetrechos.


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j O r n a l P r O P a g a n d a & M a r k e T i n g 19

ENTREVISTA fernando rodrigues

Mars busca liderança no Brasil

Marçal Neto

A Mars, uma das maiores companhias de capital fechado dos Estados Unidos e que fatura globalmente US$ 33 bilhões por ano, está investindo forte no mercado brasileiro. Recentemente, lançou campanha para a marca Snickers, protagonizada pela atriz Betty Faria, que pretende torná-la mais conhecida. Nesta entrevista, o diretor de marketing do segmento chocolate da Mars Brasil, Fernando Rodrigues, fala da meta de aumentar a participação de mercado e da estratégia para ampliar o consumo de chocolates no país. Além da divisão de chocolates, a Mars também é dona das linhas de produtos para cachorro e gato Pedigree, Royal Canin e Whiskas, e de temperos e arroz Masterfoods e Uncle Ben’s. No Brasil, seu produto mais conhecido são os confetes M&M’s.

p o r A n d r é a Va l e r i o

Quais são as novidades da companhia para o segundo semestre? A grande novidade é o investimento que estamos fazendo na marca Snickers. No começo do mês de agosto, lançamos uma campanha global, que traz o slogan: “Você não é você, quando está com fome”. A ideia é mostrar que todo mundo se transforma quando está com fome.

Qual o objetivo dessa ação? A campanha é uma aposta na construção da marca. Queremos tornar Snickers mais forte e conhecido em todos os países em que atua, principalmente no Brasil, onde o potencial de crescimento é bastante significativo.

Além do comercial, a campanha aposta em quais outras mídias? A ação tem uma presença forte na TV, com o comercial estrelado pela atriz Betty Faria, mas também temos uma fanpage no Facebook que já conta com mais de um milhão de fãs. Além disso, estamos trabalhando bastante a ativação nos pontos de venda, sempre alinhados com o filme.

Qual é a agência responsável pela ação? O conceito é global e está sendo veiculado em mais de 80 países. Mas, no Brasil, a adaptação foi feita pela AlmapBBDO, que conseguiu traduzir na ação um humor bem característico do brasileiro, além de trazer uma celebridade local que traduz bem o espírito da iniciativa, que é sucesso no mundo inteiro.

A fanpage foi lançada por conta da campanha? A marca antes

não investia em redes sociais? Lançamos um mês antes de a campanha começar a ser veiculada e ficamos surpresos com a velocidade com que a marca atingiu um número tão expressivo de fãs. Alguma outra marca tem um foco maior nas redes sociais? A marca M&M’s já tem uma fanpage há algum tempo, com um nível de engajamento bem alto. Por que a Mars resolveu investir em Snickers, nesse momento? Nosso objetivo principal é fazer com que nossas marcas sejam tão conhecidas no Brasil como é em outros países. Vale lembrar que a companhia é líder mundial no mercado de chocolates, com quatro das dez maiores marcas de chocolate do mundo. A primeira é M&M’s, seguida por Snickers. No caso de M&M’s, já tem um reconhecimento forte no Brasil, mas Snickers ainda não é tão reconhecida. Qual o investimento na campanha? Não divulgamos valores, mas o que podemos dizer é que estamos sendo bastante agressivos e nossa meta é que Snickers seja a marca de chocolates mais vista pelos brasileiros. O que queremos é gerar experimentação. Como é a concorrência neste segmento? Hoje, o mercado é dominado pela Nestlé e pela Mondelez, mas estamos investindo bastante no crescimento das nossas marcas, pois acreditamos muito no nosso potencial.

Qual a penetração de chocolates no Brasil? Apesar de ser um dos maiores do mundo, é um mercado pouco desenvolvido. De acordo com dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), o consumo per capita de chocolates é 2,2 kg por ano, enquanto que em mercados mais desenvolvidos esse número passa de 10 kg. Por isso, acreditamos que ainda temos muito espaço para crescer e vamos conseguir conquistar uma fatia de mercado compatível com o tamanho da Mars no mundo. Por que o consumo de chocolates no Brasil é tão baixo, se comparado com o de outros países? Atribuímos esses resultados a uma grande gama de ofertas que chamamos de consumo futuro. O brasileiro ainda compra grande quantidade para consumir depois, em casa. São os tabletes e as caixas de bombons, por exemplo, que acabam sendo consumidos como sobremesa. Por isso, temos uma grande oportunidade de desenvolver o consumo imediato, aquele feito por impulso. Como a empresa espera reverter esse hábito? Temos trabalhado muito forte o conceito “Mais momentos, mais lugares, mais sorriso”, que tem

bastante desejados, produtos de qualidade, mas o consumidor considerava os produtos caros. Hoje, temos as principais apresentações de M&M’s vendidas a R$ 1,99 e as versões das outras duas marcas a R$1,49, tornando todos os produtos muito mais acessíveis para a população. Quais outros fatores podem contribuir com o crescimento das marcas? Também estamos investindo em uma capilaridade maior na distribuição. A ideia é que os produtos sejam facilmente encontrados. Também mudamos o posicionamento dos pontos de venda, para que os produtos possam ser adquiridos nos check-outs dos estabelecimentos. O terceiro ponto que estamos trabalhando é a comunicação e o reconhecimento das marcas. São esses três pilares que a companhia acredita que vai acelerar o crescimento da companhia no Brasil. Já é possível dizer se os investimentos estão dando resultado? Não podemos abrir números, mas já estamos colhendo os frutos dessas iniciativas. Houve crescimento nas vendas? Sim, estamos crescendo na casa dos dois dígitos, bastante impulsionados pelas iniciativas adotadas pela empresa, o que

“Promovemos algumas mudanças em nossas marcas e reposicionamos os preços de M&M’s, Twix e Snickers. Os produtos, apesar de serem bastante desejados, eram considerados caros para o consumidor” como objetivo mostrar que é possível consumir chocolate em vários momentos do dia. No caso específico de M&M’s, a marca é líder de mercado? Quando comparamos a marca com produtos que possuem a mesma característica, M&M’s é a mais vendida da categoria que chamamos de confeito. Mas, nesse segmento, não dividimos desta forma, por tipo de produtos. As empresas, de uma forma geral, enxergam o mercado total e, nesse sentido, ainda não somos líderes, mas estamos trabalhando para isso. O que está faltando para a Mars atingir a liderança no mercado brasileiro? Há cerca de um ano, a companhia resolveu investir e promover algumas mudanças que vão contribuir para este desenvolvimento. Uma delas foi o reposicionamento de preços. M&M’s, Twix e Snickers sempre foram

inclui a campanha de Snickers, que está no ar. A meta é que esse crescimento de dois dígitos seja mantido para este ano? Essa é nossa projeção para 2013. No ano passado, os números também já foram favoráveis? Com certeza. Já é o segundo ano consecutivo em que conseguimos manter esse crescimento de dois dígitos. Isso quer dizer que as metas estabelecidas pela companhia estão sendo atingidas? Sem dúvida. Vale lembrar que, pelo potencial do mercado brasileiro, são metas bem agressivas e, cada vez mais, o país é uma prioridade. Os resultados obtidos têm sido acima do mercado? Segundo dados da Nielsen, o mercado de chocolates cresce cerca de 9% ao ano. Então, esta-

mos crescendo a uma velocidade maior do que o segmento, de uma forma geral. É possível dizer também que, diante desse cenário, o crescimento da empresa no Brasil é maior do que em outras regiões? Atualmente, temos um dos crescimentos mais acelerados do mundo. Hoje a Mars está presente em quantos países? Nossos produtos estão em mais de 100 países. Como é o comportamento nos demais países, já que globalmente a companhia é líder? Em todos os países temos uma atuação forte em chocolate. Além de M&M’s, Twix e Snickers, ainda temos a marca Milkway, que foi lançada recentemente no Brasil.

Sim, temos um alinhamento global com a BBDO. Como é a participação da Mars nos demais segmentos em que atua? Em Petcare, por exemplo, nossa participação também é bastante expressiva com as marcas Pedigree, Whiskas, Champ, Royal Canin e Frolic. Mais recentemente, a empresa comprou a Wrigley, que é líder em goma de mascar em grande parte da Europa, mas na América Latina o potencial é bastante grande. Ainda atuamos em alimentos com Uncle Ben’s, Masterfoods e Ráris. No caso de Petcare, a empresa é líder? Pedigree e Whiskas são líderes de mercado. As duas investem bastante em comunicação e desenvolvimento do mercado, com novas tecnologias e produtos.

A empresa optou por alguma estratégia de lançamento? Inicialmente não, apenas colocamos o produto nos pontos de venda, mas fomos surpreendidos positivamente. A aceitação do Milkway foi ótima. O produto também chegou com uma proposta de preço de R$ 1,49.

Hoje, qual o carro-chefe da companhia? Não dá para destacar um produto entre todas as marcas, porque vendemos bem em todas as categorias em que atuamos e todas têm uma representatividade importante e cumprem com o seu papel dentro do portfólio.

Tem previsão de fazer alguma campanha? Neste momento, não. Nossa prioridade é trabalhar a marca Snickers. Mas temos planos para as demais marcas e, gradativamente, vamos focar em todas.

A liderança é uma meta da companhia? Com certeza, pretendemos ser bastante agressivos para consolidar nossa posição no mercado mundial e ser líder aqui no Brasil.

Como a empresa trabalha a comunicação de cada uma das marcas? A comunicação é feita de forma bastante diferenciada. Em Snickers, por exemplo, reforçamos uma das características do produto, que é a de promover saciedade e matar a fome. A barra tem bastante substância em sua composição com chocolate, amendoim e caramelo. Por isso, a comunicação trabalha esse aspecto, sempre de forma divertida e descontraída.

A empresa também tem realizado algumas parcerias com outras marcas. De que forma isso agrega valor aos produtos? Nossas marcas têm muita força, o que acaba gerando interesse de outras empresas, mas procuramos ser bastante cautelosos com essas uniões. Só aceitamos quando encontramos parceiros com os mesmos princípios e padrão de qualidade, como aconteceu com a Danone, por exemplo, com o Danete M&M’s.

Como trabalham os demais produtos? A comunicação faz parte da estratégia de todas as marcas. Para Twix, lançamos uma campanha, em 2006, que é lembrada até hoje e teve alguns desdobramentos. O filme “Gritos” reforçava os ingredientes do produto: caramelo, biscoito e chocolate e também tinha o bom humor como ingrediente principal. Para M&M’s, também temos investido em comunicação, mas a marca já é bastante consolidada. A AlmapBBDO é responsável por todas as marcas?

No que se refere a licenciamento, como a empresa trabalha as marcas? Temos uma área que cuida desse assunto e trabalhamos de forma bastante consistente. Fora do Brasil, M&M’s, por exemplo, tem brinquedos, pelúcias e outros produtos licenciados. Há previsão desses produtos chegarem ao Brasil? Não tenho essa informação precisa, mas, como a procura é grande, faz parte dos planos da companhia. Acredito que, com o crescimento e fortalecimento das marcas, a chance disso acontecer é ainda maior.


20 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Mercado Publicitário vai substituir Ricardo Nabhan na presidência da associação

madia “Eu, enfim, sei quem eu era quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.”

Lewis Carroll

Mudei? Não, Mudou; biNgo!

Minha epifania aconteceu na última sexta-feira. Uma nova turma do Marketing Pleno, um curso que deu início à Madia Marketing School e que está completando 15 anos. Um curso para quem quer se aprofundar no marketing, mas ainda não está convencido de que o marketing seja a razão de ser de sua vida. Para esses, temos um curso mais avançado. As primeiras aulas são dadas pelo fantástico mestre Tom Coelho, e para os que chegam depois dou um condensado de 3 horas para que possam acompanhar o ritmo natural do curso.

Na última sexta-feira eram apenas dois os retardatários. E ficamos juntos 3 horas. E nas 3 horas fui fazendo toda a retrospectiva. Disse onde o marketing começou – 1954, no livro “Prática de Administração de Empresas”, de Peter Drucker –, falei e percorri as 12 gerações do marketing até chegar na atual, a do netwwworking marketing, a do ambiente digital e das redes sociais. Percorremos os 12 “Ps”, os 5 Ws e 5 Hs.

E comecei com três frases e terminei com as mesmas três frases que sintetizam tudo o que uma pessoa precisa saber, dominar, internalizar e converter em seu próprio comportamento pessoal e profissional. A primeira diz que, para fazer marketing com qualidade, você precisa put yourself in someone´s place. Aprender a colocar-se permanentemente no lugar do outro ou dos outros que pretende sensibilizar, seduzir, conquistar. Depois, e conhecendo essas pessoas, walk the talk – você, pessoa, empresa, produto, precisa dizer a que veio e se comportar exatamente como você se descreveu, apresentou. E a terceira, que embasa a primeira e a segunda, é que hoje, mais do que nunca, people do business with people they know, like and trust. Pessoas fazem negócios com pessoas que conhecem, gostam e confiam. E terminei.

Disseram que gostaram muito de tudo, mas, pela primeira vez, não senti nenhuma surpresa na reação dos dois queridos alunos, e comportaram-se como se aquilo que disse nas 3 horas fosse a coisa mais natural para eles. E foi exatamente nesse momento que a ficha caiu, que aconteceu comigo uma espécie de epifania.

Hoje é muito mais fácil e tranquilo ensinar o marketing para as novas gerações. Para os nascidos de 1990 para cá. Amanheceram num mundo onde tinham, têm, e se multiplicam as possibilidades de escolha. Para eles é a coisa mais natural empresas permanecerem atentas às pessoas e procurarem corresponder às suas expectativas, caso contrário, mudam para o vizinho do lado ou para um novo entrante naquele território. Quando comecei a ensinar marketing lá atrás, carro era o fusquinha, iogurte era o Danone branco, e quem perdesse o capítulo da novela não tinha como ver de novo; nem mesmo a repetição do gol.

Apenas isso. Os fundamentos continuam os mesmos. Mas o ambiente é outro; a concorrência multiplicou-se ao infinito, os jovens nasceram exercitando o sagrado e mais que humano direito de escolher.

Assim, felizmente, e para eles, as empresas se esmerarem e excederem no marketing é o mínimo que esperam.

Bingo! Chegaram lá; chegamos lá! famadia@mmmkt.com.br

Binder assume Fenapro

Divulgação

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

G

láucio Binder, sócio e diretor-geral da Binder, assume a partir de 10 outubro a presidência da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) no lugar de Ricardo Nabhan (presidente da ZN/MS), que estava à frente da entidade desde 2007. As eleições formais ocorrem no dia 10 de setembro, quando presidentes dos sindicatos votam apenas para referendar a escolha de Binder, que recentemente havia assumido um segundo mandato de dois anos na presidência do capítulo regional Rio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade – Abap-Rio. Binder conta que houve uma reunião com diferentes presidentes de Sinapros e seu nome foi apontado para o cargo. “Dar continuidade ao trabalho que o Ricardo Nabhan traçou, com a valorização dos mercados regionais, já é uma importante tarefa. Também é relevante ampliar a discussão sobre o papel das agências como integradoras das diferentes disciplinas de comunicação, num mundo mais conectado, mais digital, com mais experiências multiplataforma. Quero juntar forças com a Abap, para destacar a percepção do importante papel da comunicação publicitária e dos seus profissionais para a garantia da liberdade de expressão. Já conto com o apoio do Orlando Marques e de toda a Abap, afinal de contas, até ontem, eu estava lá”, diz Binder, que foi presidente do Sinapro-RJ e depois vice-presidente para a região Sudeste Rio/ES. Pela Fenapro, ele também foi secretário do painel sobre regionalização no IV Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação. Em sua visão, a Fenapro – como entidade dos sindicatos patronais da categoria, repre-

BRASILEIROS

18 de setembro de 2013 – São Paulo

Mais uma vez, a ABA e a FENAPRO somam esforços pare realizar o III Fórum Mercados Brasileiros, com o objetivo de estimular a descoberta das muitas necessidades e oportunidades de atuação regional das empresas nacionais e relatar experiências de sucesso nessa estratégia, ressaltando ações práticas bem sucedidas.

O Fórum Mercados Brasileiros é a maior iniciativa já realizada no país, com o objetivo de incentivar a regionalização das atividades mercadológicas e da comunicação comercial. O programa dessa terceira versão do evento inclui três painéis de apresentações e debates e uma palestra sobre o tema. Sessão 1 • Painel “Potencial do mercado de consumo brasileiro nas várias regiões.” O Brasil continua crescendo mais nas regiões fora dos grandes polos econômicos. Isso tem mudado e vai continuar mudando radicalmente as estratégias e táticas de expansão das empresas no país. Sessão 2 • Painel “A verdadeira regionalização passa pela adequação da linguagem e da mídia.” O sucesso dos esforços regionais deriva de um profundo conhecimento da região e da adequação tanto das mensagens como de sua veiculação. Sessão 3 • Painel “A regionalização através de projetos especiais multimídia e multiplataforma.” Como projetos que transcendem a propaganda, mas que são realizados em torno da mídia, garantem o sucesso de ações regionais. Sessão 4 • Palestra “As muitas oportunidades que se desenham em várias regiões do país.”

Patrocínio Prata:

Realização

Parceiros de Mídia:

Apoio:

Na Abap-Rio, assume a presidência Gustavo Oliveira, vice-presidente de operações e atendimento da Giovanni+Draftfcb. Oliveira está envolvido com a Abap-Rio desde 2005 como diretor-secretário da entidade – desde a gestão de Clóvis Speroni, presidente do Grupo3+ e diretor regional Sudeste da Abap.

CONQUISTA Também na semana passada, a Binder anunciou a conquista da conta da marca de produtos de baixas calorias à base de sucralose Linea, que possui desde adoçantes, chocolates, barras de cereais, sobremesas prontas a geleias e sal light. O mote da campanha criada pela agência é que a “mulher Linea” é capaz de extrair prazer em tudo o que faz – conciliando o que é necessário ao que é prazeroso. “Escolhemos três profissões que exemplificam bem quem ela é, como a designer de moda, a chef de cozinha e a artista plásti-

ca”, diz Marcos Apóstolo, diretor de criação. Segundo ele, a ideia é mostrar que é possível viver de maneira saudável sem perder o sabor – mote que aposta no atributo principal da sucralose, que ao contrário de outros adoçantes costuma agradar mais ao paladar por seu sabor muito semelhante ao do açúcar. Estão sendo programadas diversas ativações digitais nas redes sociais – Facebook, YouTube, Google e Boo-Box – e ativações multiplataforma como o patrocínio à equipe BMC Racing Team (dos pilotos Ricardo Zonta e Tuka Rocha, da Stock Car) e o time de vôlei de praia feminino do Praia Clube de Uberlândia, além do Top 5 da Superliga. Em parceria com a Fhits, a marca elegeu sete blogueiras para serem “embaixadoras” da marca, criando conteúdos exclusivos que levarão a marca e seus produtos a badalados eventos de moda no Rio, em São Paulo, em Londres e Nova York.

O diretor-associado da Sentimental Filmes, Vellas, firmou acordo de representação com a produtora inglesa Somesuch & CO. Com forte expressão na Europa, a produtora representa cerca de 20 diretores, entre eles, Romain Gavras. Vellas é o primeiro brasileiro a entrar para o grupo. A negociação com o diretor da Sentimental Filmes teve início em junho, depois que o filme “Alma”, da F/Nazca S&S para Leica, conquistou 15 prêmios em festivais importantes, como Cannes Lions, Clio Awards, Fiap e D&AD. No mesmo período, Vellas fez parceria para ter representação no mercado americano, sendo o único brasileiro selecionado para a edição 2013 do Saatchi & Saatchi New Director’s Showcase.

O poder dos Mercados Regionais

Patrocínio Ouro:

sentando cerca de 18 mil CNPJs – tem como principal missão desenvolver as agências de publicidade no país. Binder destaca que, no decorrer dos últimos dois anos, realizou na Abap-Rio diversas ações em parceria com a Fenapro e destaca a coordenação das subcomissões dos diferentes painéis do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação. Ele acredita que liderar a Fenapro será mais complexo que as atividades que exerceu antes. “As agendas são complexas, envolvem presença em Brasília e em São Paulo. Certamente a agência vai ficar um pouco sacrificada nesse momento. Por isso dividi essa decisão com meus sócios, que serão mais exigidos. São dois anos de sacrifício para o desenvolvimento da categoria. Ainda não sei como vai ser. Vou aprender fazendo”, ressalta Binder, que terá um grupo de profissionais para auxiliá-lo, cujos nomes serão divulgados em breve.

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Gláucio Binder: quero juntar forças com a Abap para destacar o papel da comunicação publicitária

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COM OS EVENTOS ABA

A Havas Worldwide criou para a Citroën campanha mostrando a evolução do Citroën C3, que em 2013 completa uma década no mercado brasileiro. A comunicação de varejo destaca as propriedades do modelo, como potência, economia, conforto e outras características. O filme mostra o Citroën C3 em telas de projeção, dando destaque para as qualidades do veículo. Ao final, é apresentada a oferta especial do aniversário de dez anos do modelo no país. A ação é composta de filme e vinheta para TV aberta e paga, anúncios de páginas duplas e simples nos jornais Folha de S.Paulo e Destak, peças de ponto de venda, spot e peças para a internet. A comunicação será veiculada até o fim de 2013. Direção de criação de Tales Bahu, Sidney Braz e Celio Salles, com criação de André Maia e Felipe Araujo. A produção é da BossaNovaFilms, com direção de Willy + Alê. Finalização da Clan e trilha da Comando S.


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 21

16º fórum de varejo da américa latina

Mercado debate rumos do consumo

Fotos: Alê Oliveira

por Thaís Azevedo

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uas questões impactam o comércio nacional no momento: o futuro próximo da economia, após o “boom” de novos consumidores provenientes da classe C e as recentes crises na Europa e Estados Unidos, e as mudanças relacionadas ao mercado digital. O cenário pode ser otimista ou pessimista, dependendo de quem o analisa e das iniciativas adotadas pelas empresas do setor nos últimos anos. Ambas as possibilidades foram discutidas no 16º Fórum de Varejo da América Latina, promovido pela consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza, na semana passada, em São Paulo. “Vestuário e calçados concentram os melhores resultados no Brasil”, afirmou Daniela Bretthauer, conselheira da GS&MD. De acordo com a executiva, a categoria teve crescimento na área de vendas no país superior ao identificado no mercado norte-americano e europeu. Positiva também foi a geração de caixa no setor de alimentos, três vezes superior à dos Estados Unidos. Os menores números foram detectados no e-commerce, em pesquisas encomendadas por diversas empresas. “Nesta área, toda a América Latina está atrás das grandes economias estrangeiras. Mesmo representantes como a Amazon deram prejuízo nos últimos anos”, disse. Apesar do cenário descrito, o comércio eletrônico no Brasil teve crescimento de 24% no primeiro semestre em relação ao mesmo período em 2012, como apontado em pesquisa realizada pela E-bit junto a mais de nove mil lojas virtuais. E a atividade digital já há algum tempo resulta em novas perspectivas para cadeias como Casas Bahia e Ponto Frio, ambas da Via Varejo, que também controla o Grupo Pão de Açúcar. “Multiformato e multicanalidade fazem parte da atual realidade do varejo mundial. Não adianta pensar que a loja física passará imune pelo comércio eletrônico. Empresas que saíram na frente e se prepararam para esse contexto hoje

colhem os frutos de sua estratégia e planejamento. Vale também lembrar que, no futuro breve, há espaço para a convivência entre os dois modelos”, declarou Jorge Herzog, vice-presidente de operações da Via Varejo. O executivo salientou que o momento difícil na economia nacional não deve gerar grande impacto direto no varejo. “Visualizo um mercado ainda bastante positivo”, afirmou. Copresidente da Dicico, Dimitrios Markakis reforçou o diagnóstico, mas chamou atenção para a vantagem de empresas já consolidadas no país. “Não acredito que o Brasil tenha espaço para um grande player como a Tesco [multinacional varejista britânica], por exemplo. As mudanças seguem rapidamente, e se sai melhor quem já conhece o mercado local.” Ele ainda revelou os planos após a associação da empresa com a Sodimac, controlada pelo grupo chileno Falabella, anunciada em maio desse ano. “A proposta é crescer rápido, por isso a questão do multiformato é bastante importante. No projeto, uma loja habitual de 3 mil metros quadrados tem a mesma importância de uma de 12 mil metros quadrados [área de uma das filiais que a empresa pretende inaugurar]”.

Markakis: Brasil não tem espaço para um grande player como a Tesco

oTIMISMo No geral, os executivos participantes do fórum seguem otimistas, apesar de cientes de que o novo avanço econômico brasileiro não deve ser caracterizado pela homogeneidade. Oscilações no câmbio, taxa de inflação ainda instável, investimentos privados mais cuidadosos e o início da recuperação europeia têm seus efeitos no país. Pesquisas, como do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), já demonstraram que a tendência de consumo e a confiança dos consumidores diminuíram nos últimos meses. Por conta desses fatores, produtos diferenciados, apostas em novos mercados, como as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e valorização do ativo humano são cada vez mais planejados. “O que temos é um cenário diferente, mas ainda cheio de possibilidades”, finalizou Alberto Serrentino, sócio sênior da GS&MD.

Herzog: multiformato e multicanalidade são realidades

Daniela: mesmo a Amazon deu prejuízo nos últimos anos

Vender é sua especialidade. Entregar é a nossa.

Há 25 anos atendendo diversos segmentos do mercado, a Transfolha garante soluções singulares e eficientes nos processos de logística, armazenagem e distribuição para todo o Brasil. Como resultado de um trabalho feito com originalidade, competência e, acima de tudo, confiabilidade, foi eleita a “Melhor Empresa de Logística” pelo prêmio eAwards Braspag 2013 e “Melhor Courrier” no encontro anual de parceiros logísticos de 2012 da Nova Pontocom (empresa de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar) e foi a primeira colocada na categoria “Qualidade em transporte em 2012” em premiação da Dafiti, empresa de e-commerce de moda no país. Garanta a melhor entrega para seu produto. Consulte-nos.

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INHOUSE Eletromidia

22 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

LED DOOH 1

845

Shoppings

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Soma total de pessoas impactadas pela Rede Eletromidia 3

Mobiliário Urbano CPTM

1) Fonte: Companhia de transporte local 2) Fonte: Pesquisa cedida pelos respectivos shoppings 3) Fonte: CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos *Somadas todas as estações.

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São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 23

fórum internacional aba branding

Telefonia não recupera imagem Alê Oliveira

por Keila Guimarães

U

m ano após terem problemas com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) por maus serviços prestados aos consumidores, as principais marcas de telefonia móvel ainda não recuperaram a imagem positiva que perderam após as punições sofridas em 2012, mostra a pesquisa “Confiança e prestígio das marcas brasileiras”, divulgada na última semana. O levantamento é realizado pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) em parceria com a TopBrands Consultoria de Branding e avalia a força das marcas com base na lembrança e fidelidade. A TIM, embora seja a marca mais lembrada de forma espontânea pelos consumidores, com índice de Top of Mind de 29%, vem perdendo defensores ao longo dos anos, fenômeno que se acentuou entre 2012 e 2013. O índice de pessoas que defendem a empresa despencou de 63% para 32% nos últimos 10 anos. A Vivo também teve piora no período, com re-

tração desse índice de 55% para 39%. A situação de Oi e Claro é de estabilidade, mas também ruim, com muitos opositores. De acordo com Marcos Machado, sócio-consultor da TopBrands, o estudo indica que o investimento em comunicação das empresas de telefonia não é suficiente para reverter a impressão negativa do consumidor. “O número de defensores caiu para todas as marcas em 10 anos e o cenário se deteriorou após as medidas da Anatel. Isso mostra que o dinheiro em comunicação é secundário agora. Para reverter o quadro, é necessário investir em serviço.” Na área de telefonia fixa, a Oi lidera o Top of Mind com 37%, seguida pela Vivo, com 33%. Contudo, quem tem o maior índice de confiança é a GVT, que possui 71% de adesão de marca, seguida por Net (64%), Vivo (62%) e Oi (60%). Outra categoria que merece atenção especial é a de automóveis. Apesar da competição aumentar anualmente, as tradicionais montadoras continuam na liderança. A Volkswagen tem 29%

Marcos Machado: empresas precisam investir mais no serviço

de lembrança espontânea de marca, seguida pela Fiat, com 23%. “Embora o cenário seja de deterioração no longo prazo, vemos que duas marcas vêm mantendo posi-

ção forte, independentemente da concorrência crescente”, observa Machado. No índice adesão de marca, a Volkswagen é a com o maior nú-

mero de defensores (60%), seguida pela Fiat (53%). Já a Chevrolet, com 50% de defensores, é a que tem o maior número de pessoas que se opõem à marca: 13%,

contra 7% de Fiat e 5% de VW. O Gol, carro da VW, é o modelo mais lembrado (15%), seguido pelo Pálio (8%). Já a categoria de bancos, que vem investindo forte em branding nos últimos anos, registrou queda no índice de consumidores que se opõem à categoria. O Itaú foi mais uma vez a marca Top of Mind. No entanto, a marca com mais defensores foi a Caixa, com 63%, contra 48% de defensores do Itaú e 53% do Bradesco. O levantamento foi realizado nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília, com uma amostra de 2.020 entrevistados. Foram avaliadas 15 categorias de produtos e serviços, como automóvel, bancos, televisores, operadora de telefonia fixa e móvel, planos de saúde, supermercados, medicamentos etc. A metodologia foi elaborada em conjunto com a Quest Inteligência de Mercado. Os resultados foram divulgados durante o Fórum Internacional ABA Branding, que aconteceu nos últimos dias 27 e 28, em São Paulo.

Sustentabilidade impacta pouco Fotos: Marçal Neto

por Thaís Azevedo

E

mbora um dos assuntos mais comentados entre empresas e consumidores nos últimos anos, a sustentabilidade ambiental ainda exerce pouca influência no momento de compra de um produto ou serviço, segundo pesquisa realizada pela Interbrand em parceria com a Universidade Harvard. Realizado há quatro anos, o estudo foi lembrado por Daniella Bianchi, diretora-executiva da Interbrand Brasil, durante o Fórum Internacional ABA Branding. Segundo a executiva, apesar de antigos, os dados ainda refletem a realidade sobre o tema relacionado a marcas. “Conversamos com 5.227 pessoas, com idades entre 18 e 65 anos. Tiramos diversos aprendizados desse estudo e o principal é que, perto do que pode vir a ser, o impacto da sustentabilidade no momento de compra ainda é baixo. Essa característica é geral, incluindo desde países emergentes até os desenvolvidos, entre eles a Alemanha. No longo prazo, no entanto, o tema tem mais influência. Com o tempo, o cliente acaba se identificando com determinada marca, associa a preocupação da empresa com sustentabilidade e, a caminho das compras, já sabe que vai optar pelos produtos assinados por ela”, explicou Daniella. A executiva enumerou outros pontos detectados pela pesquisa, entre eles o de que muitas empresas ainda associam sustentabilidade a um tom “careta”. “A marca não precisa fugir de seu conceito ao falar sobre o assunto. Outro erro é escolher um tema sustentável que não tem a ver com seu campo de atuação no mercado”, disse.

Daniella Bianchi: marca não precisa fugir de seu conceito original ao falar de sustentabilidade

De acordo com ela, dois movimentos também foram identificados: o da empresa com diversos programas direcionados, mas que não fala sobre eles; e o daquela com poucas ações, mas que fala muito sobre elas. Atualmente, as cinco marcas mais sustentáveis do mundo são: Toyota, Ford, Honda, Panasonic e Nissan. Todas estão no “The Best Global Green Brands”, lançado há cerca de três meses. “É natural que empresas automotivas ocupem os primeiros lugares na lista. A questão ambiental está no cerne delas. Por isso, sempre buscaram se adiantar.” Não há brasileiras no ranking, que considera apenas marcas do “Best Global Brands”. “É preciso ter uma operação internacional de valor para estar no grupo”, explicou Daniella.

ConExão dirETa Convidada do evento, a Heineken destacou ações que posicionaram a marca como a mais comentada entre as cervejas premium no Brasil, um dos maiores mercados da bebida no mundo. “Acompanhamos a mudança de dinâmica no país: antes, valia a mensagem; depois, o storytelling. Quem conhece a história da empresa, sabe que ela tem naturalmente esse valor: em 1863, Gerard Adriaan Heineken comprou uma cervejaria abandonada em Amsterdam e a transformou no que é hoje. Foi o sonho que deu certo”, afirmou Daniela Cachich, diretora de marketing de marcas premium Brasil. A executiva apresentou cases como a parceria com a UEFA Champions League e o festival Lollapalooza Brasil e o aplicativo

Gnypek: comunicação adaptada aos momentos econômicos do país

“Delegates”, que permite ao usuário comentar e enumerar pontos positivos e negativos do atendimento em estabelecimentos onde cervejas Heineken são consumidas. “Já temos avaliações de mais de 50 mil pessoas. Uma pesquisa encomendada com esse número de clientes seria caríssima, por exemplo. Com ações desse tipo, ganhamos simpatia, proximidade e um bom relacionamento com o consumidor, tudo multiplicado”, contou Daniela. As apostas da Heineken nas mídias sociais são altas e com bons resultados. “Nosso monitoramento aponta que 90% dos comentários a respeito da marca são positivos. Outros 7% ou 8% são neutros. Nossa política é nunca deletar as críticas negativas e sempre buscar resolver o mais

Landor vem para o Brasil

B

raço de branding do Grupo WPP junto à Young & Rubicam, a Landor Associates prepara-se para a inauguração de seu primeiro escritório no Brasil, em São Paulo. O projeto foi anunciado pelo diretor Allen Adamson no último dia 28, no Fórum Internacional ABA Branding, realizado na capital paulista. Com 25 escritórios em 19 países, a Landor planeja a abertura de sua sede paulistana até o segundo semestre do próximo ano.

Allen Adamson vai coordenar o escritório em São Paulo

poucos dias eles poderiam triplicar”, contou Gnypek. O executivo lembrou assinaturas como “Gostoso como a vida deve ser”, lançada no momento em que o Plano Real ajudava o consumidor a recuperar o otimismo; campanhas com foco no público feminino, quando a mulher passou à posição de protagonista no mercado de trabalho; o encontro com a classe C e o crescimento da alimentação fora de casa; e a valorização do aspecto nutricional. “Essas mães que trabalham passaram a se preocupar cada vez mais com os filhos, agora com agenda própria. Desse modo, uma das iniciativas recentes foi reformular o McLanche Feliz, de maneira que qualquer combinação não ultrapasse as 600 calorias.”

inTErVaLoinTErV Divulgação

A empresa atende clientes brasileiros desde os anos 90, entre eles Nextel, Embraer e Bradesco. Inicialmente, a operação brasileira contará com staff sênior de executivos locais, que trabalharão junto às equipes internacionais de branding e criação. A sede em São Paulo será comandada pelo diretor criativo executivo Richard Brandt, sob a coordenação de Adamson, responsável pelo escritório nova-iorquino e por projetos da América Latina. O plano de inaugurar um escritório da Landor no Brasil é antigo. Segundo Adamson, a empresa vê a expansão no mercado nacional como uma grande oporTA tunidade.

rapidamente possível os problemas apontados pelo internauta. Sinceridade é a base da atuação nas redes sociais”, afirmou Chiara Martini, gerente de digital. “O desafio para uma marca global ser local” foi o tema da palestra apresentada por Roberto Gnypek, diretor de planejamento de marketing do McDonald’s. De acordo com o executivo, a empresa, atualmente com 34 mil restaurantes pelo mundo, adaptou sua comunicação a cada um dos momentos econômicos do Brasil, onde inaugurou sua primeira loja em 1979. No início dos anos 90, portanto, caracterizado pela hiperinflação, o slogan da marca apostava nos preços com “Quer pagar menos?”. “Sequer podíamos divulgar valores no comercial, já que em

O Centro de Convenções de Goiânia recebeu, na semana passada, o 3º Intermídia – Congresso e Feira Internacional de Comunicação, Informação e Marketing. O encontro, considerado o maior do segmento no Centro-Oeste, reuniu grandes nomes da propaganda, jornalismo e relações públicas. Entre eles, o presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), Caio Barsotti; o diretor de relacionamento com agências do Google para a América Latina, Julio Zaguini; o sócio-diretor da agência Talent, Antônio Lino Pinto; o professor Angel Rodriguez e a doutora em novas tecnologias Catalina Montoya, ambos da Universidade Autônoma de Barcelona; e o diretor de redação do jornal propmark, Marcello Queiroz, que abordou o tema “Jornalismo e propaganda no Brasil: desafios e soluções”. O site da Oi e o aplicativo Minha Oi foram premiados na 10ª edição anual do Stevie Awards, programa mundial que neste ano reconheceu o desempenho de empresas e indivíduos em mais de 40 países. O site foi prata na categoria “Website – Telecommunications”. Já o aplicativo Minha Oi, um canal de autoatendimento para os clientes, foi bronze na área “App-Utilities & Services”. A operadora, que concorreu ao Stevie Awards pela primeira vez, foi a única brasileira da área de telecom premiada. Os vencedores foram selecionados entre cerca de 3,3 mil cases de mais de 50 países.


24 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Web Compra é estratégica para grupo

Hellofood adquire site MegaMenu

Divulgação

Agências Moma conquistou a conta

Mercado Escola de música amplia atuação

Intelbras quer fortalecer marca

School of Rock abre unidade em SP

Divulgação

Divulgação

Ferreira e Calegaretti, sócios do Hellofood Brasil

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

O

Hellofood, principal grupo de delivery online do mundo, continua sua expansão no mercado brasileiro iniciada em janeiro deste ano e anuncia a aquisição do site MegaMenu, que disponibiliza serviço de delivery online no Rio de Janeiro. A intenção é ampliar a presença no mercado carioca. O MegaMenu tem mais de 200 restaurantes que serão somados à base do Hellofood. Marcelo Ferreira, fundador e coCEO do Hellofood Brasil, diz que o Hellofood passa a ter a cobertura de ofertas mais abrangente de delivery online no Rio de Janeiro e que, para os usuários do MegaMenu, a migração será tranquila e gradual. De imediato, os clientes passarão a contar com o aplicativo mobile para realizar pedidos. “O Hellofood é um movimento global, e essas aquisições fazem parte da estratégia de expansão e investimentos do grupo. Vamos percorrer um

grande caminho, conquistando cada vez mais espaço rumo à liderança. Viemos para ficar”, disse Ferreira, que administra a empresa junto com o também CEO Emerson Calegaretti. A aquisição é a segunda no país. Recentemente a empresa comprou o Jánamesa, outro player de delivery online, baseado em São Paulo. A empresa dobrou a sua oferta de restaurantes na capital paulista: foram somados mais de 600 estabelecimentos em sua base. Atualmente, já são 1.400 restaurantes cadastrados em São Paulo, no Rio, em Minas Gerais, Brasília, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Maranhão. As ações seguem estratégias similares do grupo em outras regiões, como Ásia e Leste Europeu. O grupo Hellofood possui outras marcas afiliadas como Foodpanda, Foodnation e Hungrypanda – e recentemente anunciou a chegada do Foodpanda na República Tcheca, em especial em Praga. O Hellofood está presente em 28 países e oferece a restaurantes suas plataformas online e móvel e serviços delivery para consumidores finais.

Chris Catalano: alunos se matriculam em espetáculos de rock

A Rodolfo Sampaio: Intelbras é líder em várias categorias

por Keila Guimarães

N

a última semana, a Intelbras anunciou a Moma como sua nova agência de comunicação. A companhia, que tem poucos investimentos em publicidade, quer concentrar seus esforços de marketing no consumidor final e trazer mais recall para a marca. A empresa gaúcha lidera nos setores de centrais telefônicas (60% de participação), telefones (32%) e centrais condominiais (62%), e quer ser vista como uma marca de bem de consumo. Com capital 100% brasileiro, ela está presente em países da América Latina e África.

“A Intelbras é líder em várias categorias onde atua, mas não é um anunciante forte. A companhia quer colocar a sua marca em evidência a partir de agora”, explica Rodolfo Sampaio, sócio e diretor de criação da Moma. A primeira campanha de massa para a marca, com um plano de mídia que inclui TV, revistas, rádio e jornais, será lançada no final de setembro e terá duração de um ano. “Ela quer ser conhecida pelo público final. Quem define a compra de equipamentos da marca é o instalador, não o público final”, indica Sampaio. Esse é o primeiro cliente da área de telecom atendido pela Moma. Entre os clientes na carteira da agência estão Harley-Davidson, Cargil, Mercedes-Benz e Kia.

rede norte-americana de escolas de música School of Rock acaba de abrir sua segunda unidade no Brasil e inicia sua entrada em São Paulo. A capital paulista é onde a companhia, com mais de 190 escolas em sete países, pretende expandir seus negócios. A primeira escola foi aberta em São Caetano, no ABC, e Moema foi o bairro escolhido para a segunda. Chris Catalano, CEO mundial da companhia, afirma que a expectativa é ter entre 15 a 20 unidades em São Paulo nos próximos cinco anos. A forma de expansão será por meio de franchising. “Estamos focando em comunidades na cidade e também estudamos entrar no Rio de Janeiro”, disse. O método de ensino da rede difere das escolas de música tradicional: os alunos se matriculam não em aulas, mas em espetáculos de rock, que têm um tempo médio de seis meses para serem preparados. Eles

tomam aulas de instrumentos, como guitarra, baixo, bateria e teclado, enquanto ensaiam para os shows. “Somos um programa baseado em performance. Nossos alunos aprendem sobre trabalho em equipe e desenvolvem autoconfiança, e são levados a atuar no palco”, explica o executivo. Catalano, além de comandar a operação global da companhia, também é músico: toca guitarra, teclado e canta em uma banda em Chicago. Segundo ele, os alunos que estudam alguns anos na escola adquirem as habilidades de um músico profissional. A rede foi fundada em 1998 e hoje opera, além dos Estados Unidos, no México, Austrália, Canadá, Filipinas e Chile. Crianças a partir de quatro anos são aceitas. Os melhores alunos de cada escola são convidados a competir para se unir a uma banda chamada “All-Star”, e podem ter a chance de fazer uma performance no Lollapalooza, nos Estados Unidos. Com as raízes do Brasil na música, Catalano diz esperar ver alunos daqui no festival norte-americano. KG

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São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 25

Mercado “Latitudes”, da produtora Losbragas, tem como parceiros P&G, Heineken e Fiat; a história será contada em três plataformas

Marcas se unem a projeto transmídia

Fotos: Divulgação

por Heloísa de Oliveira

A

produtora Losbragas e a agência House Entertainment unem-se às marcas P&G, Heineken e Fiat para lançar “Latitudes”, projeto transmídia para cinema, televisão e internet. Concebido inicialmente como um longa-metragem e estrelado por Alice Braga e Daniel de Oliveira, o filme narra a história de uma editora de moda e de um fotógrafo que se encontram em oito países e dão início a uma conturbada relação amorosa. Os canais de veiculação na internet e na TV serão YouTube e TNT, respectivamente. “A minha geração, do pessoal com seus 30 e poucos anos, foi muito influenciada pela cultura crossmedia, especialmente no setor musical. Novas experiências de produção, difusão e consumo de conteúdo foram aplicadas não só à música, mas aos documentários, à publicidade, ao jornalismo... O ‘Latitudes’ é uma sugestão de resposta a como tudo isso se aplicaria ao campo da ficção”, explica Felipe Braga, roteirista e diretor do filme. “O projeto é diferente de tudo o que está sendo feito. É um sonho fazer parte”, comemora Alice Braga, que, além de atuar, assina a produção ao lado de Daniel de Oliveira. “Latitudes” estreou no YouTube na última quarta-feira (28) e será exibido nesta segunda-feira (2), no TNT. Na internet, serão veiculados oito episódios de 12 minutos cada, que entram no ar toda quarta-feira, às 11h. Sempre na segunda-feira seguinte, às 22h, o TNT exibe uma versão estendida de 22 minutos, que mescla ficção com bastidores e making of. Cada episódio apresenta um país. Ao final, a íntegra do filme vai, enfim, para os cinemas. “O projeto tem total adequação à TNT, marca forte e reconhecida pelos amantes do cinema. De

Cena de “Latitudes”, que tem como protagonistas Daniel de Oliveira e Alice Braga

forma alguma seu lançamento na web o inviabiliza como conteúdo televisivo. Pelo contrário, as plataformas se complementam. Onde alguém pode ver risco, nós vemos oportunidade”, afirma Gilberto Corazza, porta-voz de ad sales da programadora. Segundo o executivo, o canal dará acesso a materiais inéditos, o que atrai ainda mais a audiência. “Apenas na TNT será possível acompanhar os ensaios e tudo o que aconteceu antes do que chegará às telas. O modelo criado pelo Felipe de oferecer conteúdos customizados para cada plataforma é extremamente criativo.” Flavia Simon, diretora de marketing do Google Brasil, afirma que o projeto é o primeiro passo dado pelo YouTube para se tornar referência de conteúdos originais na internet. “Queremos lançar cada vez mais projetos criativos como esse. Nosso foco é a geração que chamamos de C, ou seja, aquela que tem alta afinidade com internet, tecnologia e novos conteúdos”, diz.

FinAnciAMento De acordo com Braga, o projeto

jamais teria sido viabilizado sem o apoio das empresas parceiras – além de P&G, Heineken e Fiat, recebeu apoio de Estúdios Quanta, Quanta Post, Africa Entretenimento e diversas redes de hotéis que serviram de cenário ao filme. O figurino de Olívia, personagem de Alice Braga, teve curadoria de moda de Juliana Franco, do site OQVestir. “Todos que trabalham com cinema devem muito às leis de incentivo fiscal, mas essa não pode ser a única forma de levantar um projeto. Felizmente, os anunciantes entenderam que vivemos um momento em que espectador e consumidor são um só. As marcas não tinham nenhum projeto parecido em que pudessem se basear e observar os resultados, mas arriscaram e apostaram em nós. Agradeço muito pela confiança”, destaca Braga. A primeira companhia a se unir ao projeto foi a P&G, há dois anos. Por estar presente desde o início, participou ativamente da produção dos episódios em cada país e escolheu as marcas Wella, Ariel e Gillette, entre as 25 que compõem

seu portfólio, para representar a empresa em ações de product placement. “Quando a Losbragas nos apresentou o projeto, pensamos: ‘Temos que fazer parte’. Amamos cinema e a inovação está no DNA da P&G, então tudo fez sentido para nós”, conta Gabriela Onofre, diretora de marketing e comunicação da P&G. “Trabalhamos de forma orgânica com o universo dos personagens. A Wella tem tudo a ver com a personagem da Alice, uma editora de moda, e Gillette e Ariel fazem parte da vida do personagem do Daniel de forma muito natural, aparecendo no momento em que faz a barba ou lava roupa. As marcas não aparecem de forma agressiva, elas têm um porquê de estarem lá”, acrescenta. A companhia divulgará o projeto e conteúdos exclusivos, como o making of do corte de cabelo de Alice, por meio de suas redes sociais. No total, foi investido cerca de R$ 1 milhão. A Heineken, que também participa com ações de product placement, insere sua marca em quatro dos oito episódios. “A Hei-

Marca Heineken está presente em quatro dos oito episódios

P&G participa de “Latitudes” com as marcas Wella, Gillette e Ariel

neken já tem como tradição abraçar projetos inovadores e que englobam diferentes plataformas. ‘Latitudes’ não só valida o modelo crossmedia como reforça muitos dos valores de Heineken. É um projeto cosmopolita, atual, digital, internacional, relevante e que dialoga com o público”, refor-

ça Patrick Fló, diretor de brand connections da Heineken. “Sempre reclamam que não tem conteúdo novo e que faltam roteiristas no Brasil, mas a verdade é que falta gente disposta a ir além e fazer diferente. O mercado está sedento por novos formatos”, diz Braga.

27º FóruM de debAteS: Mercados regionais. A 27 a edição do Fórum de Debates da APP Brasil tem como tema Mercados Regionais e pretende discutir os principais pontos de interesse dos mercados publicitários regionais, desde a aproximação entre os consumidores e as marcas até as estruturas necessárias para atender às demandas atuais dos clientes em um país tão diversificado e extenso.

Neste encontro, teremos a presença de renomados profissionais do mercado publicitário como João Ciaco, Presidente da ABA - Associação Brasileira de Anunciantes; Orlando Marques, Presidente da Abap Associação Brasileira de Agências de Publicidade; Renato Pereira, Membro da Diretoria da APP; e Enio Vergeiro, Presidente da APP.

3 de setembro, das 8h30 às 11h. Rua Joaquim Távora, 1.240 - Vila Mariana / SP | Auditório Professora Aylza Munhoz - ESPM Dia

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26 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - S達o paulo, 2 de setembro de 2013


são Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 27

breaks e Afins

kelly dores*

kellydores@propmark.com.br Fotos: Divulgação

O PriMeirO

Baseada no famoso slogan “O primeiro sutiã a gente nunca esquece”, a Valisere está com campanha adaptada para os tempos modernos com o conceito “O primeiro Instagram a gente nunca esquece”. Dois anúncios foram criados pela agência Fox: um dirigido a meninas (com a frase “O primeiro Valisere a gente nunca esquece”) e outro a adolescentes (com a versão Instagram). Participam as modelos mirins Maria Clara e Raquel, além das belas modelos Yasmin, Debora e Fernanda. As fotos são de J.R. Duran. Estão em veiculação nas redes sociais e em revistas femininas.

ritMO de festa

A Coca-Cola fez uma ótima escolha ao convidar a cantora Gaby Amarantos e o Grupo Monobloco para interpretarem a música que marca o lançamento de sua nova promoção. Intitulada “Cante e leve todo mundo para a Copa do Mundo da Fifa 2014”, a ação vai dar a chance de cinco participantes levarem, cada um, 100 amigos para assistir a um jogo do Brasil na Copa de 2014. O consumidor terá duas formas de participar: enviando o código das tampinhas e anéis de Coca-Cola por SMS ou pela internet. A Wieden+Kennedy Brasil assina a criação do filme que apresenta a promoção e a música. Ótimo trabalho.

sOlidária

Mesmo os que não simpatizam com Regina Duarte terão de concordar: poucas atrizes no Brasil têm tão boa receptividade por parte do público. Essa identificação com o telespectador ajuda a Fundação do Câncer a angariar fundos para iniciativas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença na nova campanha desenvolvida pela Repense Comunicação. O filme de dois minutos está sendo exibido em canais como Globo News, GNT, Viva e Discovery Home & Health. A ideia é despertar o interesse de doadores regulares, que colaborem com pelo menos R$ 30 mensais. A atriz doou seu cachê para a instituição.

A Valisere resgatou seu famoso slogan “O primeiro sutiã a gente nunca esquece” com duas versões do conceito para anúncios dirigidos a meninas e adolescentes

Ciranda das Cadeiras As coloridas – e premiadas – cadeiras “Uma” encenam uma “ciranda das cadeiras” no filme institucional lançado pela Oppa, e-commerce de móveis com design. O filme, com criação da agência Che!, brinca com o conceito smart design, que preza funcionalidade, desenho agradável e uma forma de consumo consciente. A “Uma” é assinada pelo designer José Machado, do time Oppa, e ganhadora do prêmio IDEA Brasil, versão nacional do mais importante prêmio americano de design, o IDEA Awards. O filme está disponível no canal da marca no YouTube. *Colaboraram Heloísa de Oliveira, Keila Guimarães e Thaís Azevedo

A boa música é o destaque do filme da Coca-Cola com a cantora Gaby Amarantos e o grupo Monobloco

A veterana Regina Duarte empresta seu carisma para a campanha da Fundação do Câncer, que angaria fundos

Fabio Madia

Francisco Madia

O CONSUMIDOR 2.0

O COLABORADOR 2.0

O ALUNO 2.0

O PACIENTE 2.0

O SER HUMANO 2.0 O KIT BÁSICO DE SUCESSO DAS EMPRESAS NO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

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28 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

Arte: Rodolfo Patrocinio

HISTÓRIAS DE CANNES

44

Diversão e arte p o r Fa b i o P i n h e i r o*

Falar de Cannes aqui é correr o risco de chover no molhado. Afinal, quanta gente incrível e que eu admiro já escreveu sobre o Festival neste espaço. Por isso, queria mudar o foco e falar um pouco do quanto, além de profissionalmente rico, pode ser divertido ir para lá.

Acordamos cedo, tomamos café, fomos à locadora de motos, pegamos as lambretas e, como quase três patetas, saímos felizes da vida pela cidade e imediações. Um pouco antes do almoço, resolvemos abastecer o tanque para que, à tarde, pudéssemos ir ainda mais longe.

Muita gente já disse isso e eu concordo plenamente: E foi aí que a diversão começou de verdade. O Festival de Cannes, para quem é publicitário, é o mesmo que a Disney para quem é criança. Para quem ainda não foi, é um sonho. Para quem vai pela primeira vez, é uma emoção. E para quem já é “habitué”, é sempre uma delícia.

Parando no posto, self-service, é claro, um de nós (não vou entregar quem) colocou diesel em vez de gasolina. Gênio. Não é preciso dizer que, no primeiro minuto em que se deu a partida, o motor começou a falhar. A cena era bizarra. Ainda dentro do posto, a lambreta não tinha força nenhuma. Com o motor “engasopado” parecia que tinha um gorila em cima dela de tão devagar que a bichinha ia.

Afinal, é um festival que tem de tudo. Que beleza. Aquele dia lindo, o estômago ainda vazio, e o tanque cheio de diesel. De palestras, prêmios e negócios a baladas, pileques e banhos de mar. Ou seja, Cannes é tão maravilhoso dentro do Palais quanto fora dele. Por mais que, a cada ano, o festival esteja melhor e mais completo, é praticamente impossível desconsiderar que você está na Riviera Francesa, que o vinho nacional é incrível, que o sol brilha a semana inteira, que a praia está repleta de belas mulheres fazendo top less e que, por mais que você esteja trabalhando, em alguns momentos do dia, nem parece trabalho.

A princípio, depois de muitas gargalhadas, ninguém percebeu o que havia de errado. Até pensamos que o motorista (ai que vontade de contar quem era) não sabia dirigir. Foi quando um francês, até que simpático, e que olhava tudo sem que nós percebêssemos, se aproximou e desvendou o mistério. Resumo da ópera: ficamos um tempão tentando esvaziar o tanque da lambreta com uma mangueira suja e enchendo a garganta de diesel, sem muito sucesso.

Se fosse um mexicano e não um hotel, o Martinez poderia contar cada história que você nem imagina. Todo o mercado de comunicação adora ir para Cannes para se atualizar, para aprender, para fazer negócios, para ganhar Leões e também para se divertir. Uma vez, eu e dois grandes amigos, Luiz Tastaldi e Giancarlo Barone, alugamos três lambretas. (Foi mal, entreguei vocês sem pedir autorização.) A ideia era passear pela cidade, ir a lugares onde nunca tínhamos ido e curtir um dia de folga depois de três dias internados no Palais. (Eu disse apenas um dia, viu. Não quero fazer nenhuma apologia ao vagabundismo na Côte d’Azur.)

A irritação e as risadas eram tantas que resolvemos virar a lambreta de ponta-cabeça, literalmente. Imaginem os três, agora patetas mesmo, levantando um troféu em Cannes muito mais pesado que um Leão. E põe peso nisso. Vocês não imaginam o quanto uma lambreta pesa. O prazer, com certeza, não foi o mesmo que tive no ano passado, quando a Hungry Man Projects ganhou três Leões, um ouro, uma prata e um bronze, com o trabalho Sprite Shower, da Ogilvy. Uma alegria muito grande para quem tinha apenas seis meses de vida. Mas, para nós três, podem ter certeza, foi tão inesquecível quanto. *Sócio e diretor de criação da Hungry Man Projects


São Paulo, 2 de setembro de 2013 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 29

O showlivre.com está bombando!

Vencedor do Prêmio Dynamite 2013,

o prêmio mais importante da música independente.

Categoria Melhor Programa de TV ou Emissora.

Há mais de dez anos, o showlivre.com transmite shows online ao vivo. Uma programação eclética, que vai de Fresno a Edson & Hudson, de Sepultura a Originais do Samba, de Restart a Criolo. Um acervo com mais de 10 mil vídeos, que ultrapassa 150 milhões de visualizações.

Acesse, assista, anuncie. E prepare-se para bombar com a gente.


30 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 2 de setembro de 2013

entre aspas

Os criativOs sãO felizes? tOmara Marcelo Reis* marcelo.reis@leoburnett.com.br

Masterfile/Other Images

“Num paralelo bem simplista a respeito do tema proposto, deixe-se levar pelas seguintes perguntas: você deixaria seu bebê aos cuidados e ensinamentos de uma babá amargurada? Entregaria suas flores nas mãos de um jardineiro deprimido? Contrataria uma cozinheira angustiada para preparar o jantar em família? Confiaria seu animalzinho de estimação a um pet shop repleto de pessoas à beira do stress?

A fisionomia e vivacidade de uma marca são reflexo das pessoas que trabalham com e para ela. No fundo, isso vale para qualquer tipo de profissão, mas, talvez, na nossa, o resultado final seja mais explícito; ou implícito, caso empresas e líderes não deixem que isso transpareça.

E, obviamente, o conceito de felicidade é válido para qualquer departamento de uma agência, mas, por questões óbvias, como redator, vou me ater à criação.

Devido à subjetividade da nossa função, os criativos são as pessoas mais afetadas pelo mais sutil desvio emocional de uma organização. As agências reconhecidamente mais desejadas sempre foram aquelas em que o local de trabalho valoriza a leveza criativa, a troca de informações, a inquietude saudável e a ansiedade de produzir um bom trabalho. Salvo raras exceções do passado, em que chefes criativos solitários, tiranos e covardes obtinham o desempenho almejado a qualquer custo, a atmosfera salutar costuma ser o objetivo.

É a dinâmica de grupo, altamente competitiva, mas respeitosa, que permeia ambientes criativos, principalmente fora do Brasil. Isso não significa que o andar da criação seja uma festa irresponsável. Até porque criar com briefings, prazos e resultados é uma das coisas mais tensas e estressantes que existem e sempre será.

Mas, quanto mais leve você conseguir torná-lo, melhor. Já passou da hora desse ‘feature’ voltar a ser valorizado no nosso mercado. É inadmissível que, numa profissão tão charmosa e excitante, seis em cada dez criativos na ativa reclamem abertamente dos ambientes e das lideranças com quem eles labutam.

Parece que a maioria de nós, gestores, exercitou o dom da criatividade e da eficiência, mas se esqueceu de frequentar as aulas sobre relacionamento humano. Não importa quando isso começou, mas a mudança está nas mãos dos novos VPs, DCs, CCOs que lideram o mercado.

nas pessoas. São elas que vão fazer o trabalho da sua agência despontar e o cliente sorrir. Publicidade, propaganda, marketing, on, off, integração, conteúdo, btl, atl, ativação, big data, qualquer nomenclatura da moda, tudo isso é sobre gente. Gente que planeja. Gente que cria. Gente que aprova. Gente que produz. Gente que acessa. Gente que compartilha. Gente que consome.

Porque a geração de jovens profissionais não aceita mais isso. Os líderes da criação têm que perceber cada vez mais o potencial do time que têm embaixo de si. E caso não gostem do seu próprio time, substituam os profissionais, com todo o respeito, inclusive, às leis trabalhistas.

Vivemos um momento de debate de ideias. Aberto, inteligente, respeitoso, produtivo e feliz. Hoje, os pensamentos não deveriam mais vir só da criação.

Deixem de lado as vaidades e superficialidades do mercado, os releases e comecem a prestar mais atenção

A agência inteira tem que ser criativa. Conheço alguns bons líderes de criação que pensam assim, de várias gerações

distintas, e sempre procuro me inspirar neles. Nós, novos gestores criativos, temos que ter maturidade para proteger até a morte nossos fiéis criativos de quem não acredita na ideia em primeiro lugar. Mas também temos que entender, ensinar e dirigir quando um insight pertinente vem de outro departamento. Temos que ter flexibilidade para nunca aceitar um ‘pequeno’ ajuste que destrói um raciocínio, e ter o mesmo jogo de cintura para abraçar uma ‘opinião de fora’ que melhora o resultado final, impulsiona o negócio do cliente e, consequentemente, o negócio da agência. Ou você acha que sabe tudo? Eu me considero otimista por natureza.

Acredito sempre que as colaborações são positivas e que ninguém irá prejudicar um trabalho do grupo em prol do benefício (passageiro) pessoal. Eu sou um eterno apaixonado pela beleza e importância da nossa profissão. Somos vendedores de ideias. Somos ativadores da economia. Uma agência tem que transpirar energia do bem. Por isso, eu aposto na inspiração, no bom senso, no respeito e na felicidade. Caros clientes, marcas, produtos, candidatos, instituições, governos: procurem empresas que valorizem as pessoas. Conheçam seus criativos. Não os divertidos e importantões da reunião, mas aqueles pensantes sentados atrás das máquinas. Descubram se vocês têm afinidade. Se falam a mesma língua. Se vibram na mesma sintonia. Se eles gostam da sua marca. Criativos trabalham pelo puro e simples prazer de ter uma ideia que ninguém teve, de inovar, de conquistar o consumidor, de fazer bombar sua lojinha, de surpreender, de falar para a (o) parceira (o) em casa: “Olha isso que a gente pensou hoje lá na agência”.

Acreditem: nosso objetivo é cristalino assim. Só os criativos fazem o que os criativos fazem, porque respiram 100% criação. Gestores, cuidem deles. Não deixem que um ar triste, lúgubre e psicologicamente insalubre destrua uma infinidade de boas ideias e projetos que seriam apaixonantes para as marcas e memoráveis para os consumidores. Só para resumir: se é para ter um relacionamento sem tesão, sem parceria e sem alegria, é melhor ficar sozinho, porque o básico você faz melhor que ninguém. Boa sorte e divirta-se.” *Sócio e VP de criação da Leo Burnett Tailor Made

Anunciantes Modelos, líderes de vendas no país, chegam ao mercado com campanha criada pela Y&R e produzida pela argentina Landia

Honda apresenta a linha CG 2014

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rincipal lançamento da Moto Honda, a linha CG 2014 – líder de vendas no país há três décadas – entra em sua oitava geração com modelos totalmente redesenhados, nas versões CG 150 Fan, CG 150 Titan e CG 125 Fan, que ganharam farol, chassi, tanque, escapamento, banco, amortecedores e painel novos. Para apresentar as novidades da linha, a Y&R criou uma campanha cujo destaque é um filme que mostra uma cidade inteira se preparando para receber a novidade: dezenas de pessoas varrem

as ruas, enquanto outras limpam as pedras portuguesas, consertam lâmpadas e fazem até barba em estátua. Em seguida, as pessoas se mobilizam para ver as motos. “Tudo novo nas ruas. Nova linha CG, sua paixão de cara nova” é a assinatura da campanha. A criação da campanha é de Renato Butori e Roberto Kilciauskas, com direção de criação de Rui Branquinho, Flavio Casarotti e Alexandre Vilela (Xã). Produção da argentina Landia, direção de cena de Luciano Podcaminsky e trilha da Antfood.

Fotos: Divulgação

As pessoas se mobilizam e limpam a cidade para a chegada da linha CG 2014, carro-chefe da Honda no Brasil

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quem fez

daniel milani dotoli daniel@propmark.com.br

afRica/p&g

Título: Obrigado, Itália de 82; produto: institucional; criação: Julio d'Alfonso e Felipe Pavani; direção de criação: Rui Branquinho, Flavio Casarotti e Victor Sant’anna; produção gráfica: Elaine Carvalho e Ronaldo Cavalcante; ilustração: Macacolândia; aprovação: Frédéric Drouin, Frederico Battaglia, Alessandra Souza e Stephanie Sliepen

Título: Singing in the Chuveration; produto: head & shoulders; criação: Eco Moliterno, Carlos Fonseca, Alexandre Esposito e Waldemar França; direção de criação: Sergio Gordilho, Eco Moliterno, Carlos Fonseca e Waldemar França; atendimento: Cecília Duarte, Juliana Carvalho Araujo e Gustavo Saab; planejamento: Marcia Neri Rosenberg, Vera Lima e Marcos Blinder; mídia: Rodrigo Medeiros, Thiago Aimi e Guilherme de Campos; produtora: Delibistrot Filmes; diretor: Amilcar Oliveira; trilha: Comando S; aprovação: Tarek Farahat, Leonardo Romero, Tarik Mohallem e Vivian Beppu

Homenagem A montadora homenageou Guga Kuerten, um dos tenistas destacados no ATP Heritage, em Nova York, evento realizado em função dos 40 anos da Associação dos Tenistas Profissionais e que premiou todos que lideraram o ranking mundial. A peça sugere que, se o Brasil tivesse vencido a Copa de 1982, Guga poderia optar por ser jogador de futebol.

Fotos: Divulgação

Y&R peugeoT

Som no chuveration O segundo filme criado pela Africa para o xampu anticaspa head & shoulders, da P&G, dá continuação ao comercial “Donti Révi Caspa”, lançado em julho e que já tem mais de 20 milhões de views no YouTube. Agora é a vez de Joel Santana encarnar um rapper – com roupão de banho, correntes e anéis típicos dos astros do gênero – em “Singing in the Chuveration”, em um cenário que mistura elementos de um show com os de um banheiro. A música, criada especialmente para o filme produzido pela Delibistrot Filmes e dirigido por Amilcar Oliveira, é baseada no já famoso “inglês” do treinador, que “ensina” de maneira descontraída a pronúncia do nome head & shoulders (cabeça e ombro, em português), de origem da língua inglesa.

lov boo-box

f/nazca S&S Honda

TalenT bRf

Título: Las Vegas Tigers; criação: Nathalie Lourenço e Henrique Santiago; direção de criação: Gustavo Borrmann e André Piva; planejamento: Flávia Spinelli; direção de projeto: Vanessa Krongold; direção de tecnologia: Márcio Quartilho; aprovação: Marco Gomes

Título: Citações infelizes sobre o impossível; produto: Accord; criação: Charles Faria e André Fukumoto; direção de criação: Fabio Fernandes, Eduardo Lima e João Linneu; produção gráfica: Jomar Farias, Robson de Vitto e Leandro Ferreira; mídia: Lica Bueno, André Gramorelli e Bruno Storace; aprovação: Sérgio Bessa e Diego Fernandes

Título: Casa Filho; produto: Massas Congeladas Perdigão; criação: Beto Rogoski e Daniel Leitão; direção de criação: João Livi, Philippe Degen e Felipe Luchi; produtora: Cine; diretor: Clovis Mello; trilha: Audio Boutique

Desafio

citações infelizes

nova linha

A empresa lança um “desafio” às agências brasileiras: eleger os três profissionais mais sexy do mercado por meio de campanhas que serão disponibilizadas em um hotsite. Os vencedores vão em janeiro para Las Vegas, junto a um representante da área de mídia de sua agência, para o CES 2014, um dos maiores eventos de inovação do mundo.

O livro “Citações infelizes sobre o impossível” faz parte da campa- nha de lançamento do Novo Accord, que apresenta o conceito “O mais próximo do impossível”. Ele reúne declarações que duvidavam de grandes avanços tecnológicos, como: “Tudo o que pode ser inventado já foi inventado”, de um oficial do escritório de patentes dos EUA, em 1899.

O comercial da campanha “Perdigão. Viver dá uma fome” apresenta o lançamento da linha de Massas Congeladas. Os produtos são compostos por receitas tradicionais e, para divulgá-los, o filme utiliza o diálogo familiar de forma divertida, onde a nora serve um prato de massas e a sogra sugere que o filho se case logo com ela.


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Supercenas

MARCELLO QUEIROZ

Steve Woods/Divulgação

Alê Oliveira

mqueiroz@propmark.com.br

Divulgação

Marcello Serpa: ideia original para série do canal Sony

Andy Warhol: fotos com a Ipanema

CONTEÚDO PATROCINADO Os anunciantes estão cada vez mais cientes da eficácia das estratégias de conteúdo patrocinado para alcançar consumidores e se mostram cada vez mais dispostos a comprar espaço comercial com o objetivo de viralizar campanhas. A constatação, segundo informações do site Warc, é do executivo Steve Sachs, da OneSpot, empresa de tecnologia, em entrevista concedida semana passada ao The Wall Street Journal. Os investimentos em conteúdo patrocinado, conforme estimativas do eMarketer, crescem em um ritmo duas vezes maior que os investimentos em banners publicitários. Eles devem ter aumento de 22% neste ano, movimentando aproximadamente US$ 1,9 bilhão nos Estados Unidos. AO MESTRE COM CARINHO Aproveitando o período de retorno às aulas, nos Estados Unidos, anunciantes estão desenvolvendo estratégias para atrair professores e escolas diante das oportunidades varejistas que o momento propicia. De acordo com informações do Warc, a volta às aulas, segundo estimativas da National Retial Federation, movimenta cerca de US$ 26 bilhões (R$ 61 bilhões) e é a segunda melhor data de vendas, atrás apenas da época de Natal e Ano-Novo. A Kleenex, por exemplo, está entre os patrocinadores do site TeacherLists.com, que disponibiliza mais de 300 mil relações de materiais escolares de todo o país. Já a marca de cola Elmer’s aposta em estratégia de relacionamento com a criação de um clube online dirigido a professores. A Crayola, marca de lápis, está investindo em demonstrações de produtos também junto a grupos de docentes.

REDE SEM ANÚNCIOS Mais de dois terços dos usuários britânicos do Facebook são contra a exposição de publicidade no aplicativo móvel da rede social. A informação faz parte do resultado de uma pesquisa online feita pela Adblock Plus e Censuwide, divulgada semana passada. O estudo também revela que 69% das 2.244 pessoas entrevistadas “não gostam” de anúncios no feed de notícias. O trabalho também avaliou a receptividade dos usuários para as estratégias de publicidade personalizada e 51% dos entrevistados disseram que ela “invade a privacidade”. Apenas 3% afirmaram gostar de anúncios publicitários no Facebook. 74% da amostra afirmaram que gostariam de usar softwares para bloqueio de publicidade não solicitada. PRIVACIDADE Já nos Estados Unidos, um estudo do Pew Research Center, divulgado em Washington semana passada, revela que mais da metade dos adolescentes evitam baixar aplicativos com receio de compartilhar informações pessoais. A pesquisa foi conduzida pela Princeton Survey Research Associates International e aponta que meninas, mais do que os garotos, desabilitam as ferramentas de geolocalização. Em uma amostra de 800 adolescentes, entre 12 e 17 anos, 51% disseram evitar aplicativos por questões de privacidade. A geolocalização é desativada por 46% deles e entre eles, 59% são garotas e 37%, meninos. O estudo também mostrou que 26% dos adolescentes desinstalam aplicativos ao descobrir que os mesmos fazem coleta de dados pessoais que eles não querem compartilhar.

Alfred Cointreau: visita ao Brasil AGÊNCIA NO SONY (I) Baseada em uma ideia original de Marcello Serpa, sócio e copresidente do board da AlmapBBDO, a série “Agora Sim” vai estrear no Sony Entertainment Television, no próximo dia 26. É a primeira produção nacional do canal na área de ficção. Com 13 episódios, a série foi criada por João Daniel Tikhomiroff, Lucas Paiva Mello, Rodrigo Castilho e Fábio Danesi, com direção-geral de Tikhomiroff, da Mixer, que assina a coprodução. O programa retrata o dia a dia de uma agência de publicidade.

15 MINUTOS DE FAMA A marca de sandálias Ipanema, da Grendene, vai proporcionar 15 minutos de fama a quem visitar a mostra “Lost then Found”, sobre o universo de Andy Warhol, em cartaz no Rio, entre 5 e 8 de setembro. O projeto de ativação foi desenvolvido pela 6D e Bedlan e será realizado duante a ArtRio. A mostra reúne imagens de Andy Warhol feita pelo fotógrafo Steve Woods, em 1981. Até então, as fotos só haviam sido exibidas em Nova York e Berlim. Visitantes poderão tirar fotos e postá-las nas redes sociais da Ipanema.

AGÊNCIA NO SONY (II) “Agora Sim” tem humor. Maurílio Bittar, nome do personagem que é o fundador da agência, é o “único publicitário do país que venceu o prêmio Arara de Prata pela primeira vez consecutiva”. No elenco estão Fábio Herford, Augusto Madeira, Amanda Lyra, Rodrigo Pandolfo, Thiago Pinheiro, Mayara Constantino e Larissa Machado.

PETROBRAS MULTIMÍDIA Também no Rio, a Petrobras aproveita a 16ª Bienal Internacional do Livro, até 8 de setembro, para uma exposição multimídia. A empresa é patrocinadora do evento desde 2005. Entre as atrações deste ano, os visitantes poderão simular um mergulho de submarino “até o pré-sal”.

ANGRY ROCK Evento musical que se transformou em múltipla plataforma de comunicação, o Rock in Rio também está no mercado de games. Nesta semana, será apresentada ao mercado a parceria do festival com a finlandesa Rovio Entertainments, empresa que é dona do Angry Birds.

COINTREAU FIZZ Integrante da sexta geração da família que criou a famosa destilaria francesa Cointreau, o executivo Alfred Cointreau estará no Brasil nesta semana. Ele vai lançar o Cointreau Fizz com visitas a bares e restaurantes que têm parceria com o Gruppo Campari.

COCA E PEPSI Elas ficaram empatadas em um ranking de marcas mais respeitadas nos Estados Unidos feito pela CoreBrand SMARTPHONES Eles ficaram com 54% das vendas de 115 milhões de celulares no Brasil, entre abril e junho BRASIL O país é o melhor mercado para start-ups da área de tecnologia, segundo Gary Saphiro, fundador da CES (Consumer Electronics Show)

NIVEA Anúncio da marca alemã foi proibido no Reino Unido por ter exagerado no Photoshop para mostrar benefícios do creme Vital MTV Nos Estados Unidos, ela foi criticada por veicular comercial de camisinha durante o VMA e pela sensualidade do show de Miley Cyrus DELTA A companhia aérea lidera o ranking de marcas menos respeitadas nos Estados Unidos, feito pela CoreBrand

A coluna Super Cenas é um oferecimento da White, a agência do

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