Segunda, 09 de março de 2015

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ATITUDE “O que é ser diva?”. A pergunta foi feita pela Bombril em pesquisa com mulhe-

res das classes A, B e C. O resultado está em campanha assinada pela DPZ e Repense   pág. 10

CAFÉ PILÃO ESTÁ NA MÍDIA

ANO 50 - Nº 2537 - São Paulo, 9 de março de 2015

R$ 9,50

Café Pilão estreia na mídia com trabalho criado pela J.Walter Thompson. Na foto, filme “Escritório”, que segue a linha dos comerciais de 2014.   pág. 12

Ministro critica ‘gigantes’ da web O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, participou do Mobile World Congress, realizado entre 2 e 5 de março, em Barcelona. Segundo informações divulgadas na semana passada, durante o encontro na Espanha, Berzoini criticou a atuação de grandes players da internet como o Google e o Facebook, fundado por Mark Zuckerberg (foto), em relação ao sistema tributário do Brasil. Ele também mencionou que essas empresas se beneficiariam da infraestrutura local “sem participar de sua construção”. Procurados pelo propmark, Facebook e Google informaram que atuam no Brasil de acordo com a legislação do país.   pág. 11

Fábio barbosa deixa Abril pág. 15

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Poder da mulher cresce CP+B faz um ano sem na área de marketing temer possível crise Alê Oliveira

Uma possível crise econômica não assusta a CP+B, que completou um ano em fevereiro. Os sócios Vinícius Reis, André Kassu e Marcos Medeiros (foto) ressaltam a importância de oferecer soluções de negócios.  pág. 12 Divulgação

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Embora ainda sejam minoria, elas conquistam mais espaço a cada ano. “Hoje o mundo corporativo pede comportamentos mais femininos até mesmo para os homens”, opina Joanna Monteiro (foto).  págs. 19 a 21

Espiã “Do HD ao Pré-Pago, a escolha inteligente” é o conceito da nova campanha da Sky, criada pela FCB, protagonizada pela “espiã” Gisele Bündchen (foto). Claudia Leitte também participa.   pág. 25

ÍNDICE Editorial......................................................................... 2 Dorinho.......................................................................... 2 Folha de S.Paulo muda comercial............ 4 Editora Três fecha IstoÉ Gente..................... 4 Mercado critica MP 669/15............................. 4

Beyond the Line....................................................... 6 Tudo se reestrutura.............................................. 6 Xuxa assina com Record...................................7 Cacau Show reedita promoção................... 8 Lula Viera..................................................................... 8

Madia............................................................................ 10 Bombril pesquisa as "divas"........................ 10 Jogos Rio 2016......................................................... 10 Mobile World Congress.................................... 11 Conexões..................................................................... 11

CP+B faz balanço.................................................. 12 Pilão investe em "Escritório"....................... 12 Entrevista.................................................................... 13 Dia Internacional da Mulher............ 19 a 21 Breaks e Afins........................................................ 23

Mundo.com............................................................. 24 FCB cria nova campanha para Sky........ 25 Samsung investe em Smart TV................. 25 Quem Fez.................................................................. 29 Supercenas............................................................... 30


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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

editorialp+m por Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br

Dizem que o próximo dia 15 poderá representar a nota de corte para o sucesso do governo iniciante

Legados 1. O dr. Joaquim Levy parece um peixe fora d’água junto com os demais 38 ministros do governo da presidente Dilma Rousseff. Não que seja mais capaz que eles, mas porque seu perfil tem pouco a ver com os companheiros. Com todos os seus erros, Mantega – vaiado injustamente no Einstein recentemente e em um momento familiar difícil – assimilava-se mais com o conjunto que se desfez em dezembro passado. A impressão que se tem, com a sua face enigmática, é que o doutor Joaquim Levy pode não estar totalmente arrependido por ter aceito o convite, recusado pelo chefe Trabuco. Mas, na mesma medida, não está totalmente satisfeito, porque seus pares têm ideologias distintas, o que pode a qualquer momento criar uma barreira para a continuidade de Levy. Antes que esse comentário possa ser lido como um texto de defesa do novo ministro da Fazenda, é bom ressaltar que para nós o doutor Levy pegou pesado demais nas chamadas maldades, vitimando preferencialmente trabalhadores e empreendedores. Os benefícios incrustados no Executivo, onde ele poderia facilmente mexer, estão preservados, logo provocando a observação popular de que é fácil mexer na casa dos outros, com o cuidado de preservar a nossa. Ainda bem que, mesmo que por vingança, o presidente da Câmara Federal rejeitou a medida provisória que torna a onerar a folha de pagamento por parte das empresas e de forma excessiva quando aplica o índice de 150% de aumento para quem havia ficado no limite do 1% de imposto sobre a receita bruta. Renan Calheiros, que todos sabemos não ser o que podemos chamar de parlamentar exemplar, recusou a medida provisória, o que foi imediatamente contraditado pelo Executivo com um projeto de lei. Este pode até ser aprovado no prazo regimental e depois de muita discussão no plenário das Casas de Leis, mas representou mais um susto para o ministro Levy, que percebeu a partir daí a qualidade do terreno em que pisava.

Jor­na­lis­ta Res­pon­sá­vel Ar­man­do Fer­ren­ti­ni DIRETORES Ar­man­do Fer­ren­ti­ni e Nel­lo Fer­ren­ti­ni Diretor de Redação Marcello Queiroz Editores Neu­sa Spau­luc­ci Kelly Dores (Site) Alê Oliveira (Fotografia) Editor-Assistente Daniel Milani Dotoli Repórteres Andréa Valerio (SP) Cristiane Marsola (SP) Vinícius Novaes (SP) Mariana Zirondi (SP–Site) Rafael Vazquez (SP–Site) Ana Paula Jung (RS) Claudia Penteado (RJ) Editor de Arte Adu­nias Bis­po da ­Luz Assistente de Arte Ré­gis ­Schwert Revisor Túlio D'El-Rey Assistente Vanessa Franco de Bastos Site www.propmark.mobi www.propmark.com.br Redação ­ Rua Fran­çois ­Coty, 228 ­CEP 01524-030 – ­São Pau­lo-SP ­Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766 e-­mail: re­da­cao@prop­mark.­com.br Departamento Comercial Diretor Renato Resston resston@editorareferencia.com.br Tels.: (11) 2065-0743 e (11) 94783-1208 Gerentes Monserrat Miró monserrat@editorareferencia.com.br Tel.: (11) 2065-0744 Sergio Ricardo sergio@editorareferencia.com.br Tel.: (11) 2065-0750 Departamento de Marketing Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini tatiana@editorareferencia.com.br Consultor Jurídico Tiago A. Milani Ferrentini (OAB/SP nº186.504) tferrentini@editorareferencia.com.br Relacionamento e Logística Diretor: Henrique Rossi hrossi@editorareferencia.com.br Representantes Comerciais Brasília: Meio e Midia – Comunicação Ltda. Tels.: (61) 3964-0963 / 1041/99821088 – Fax: (61) 3225-9380 Espírito Santo: Dicape Representações e Serviços Ltda. Tel.: (27) 3229-1986 dicape@uol.com.br

O Pro­pa­gan­da & Mar­ke­ting é ­uma pu­bli­ca­ção da Edi­to­ra Re­fe­rên­cia ­Ltda. ­Rua Fran­çois ­Coty, 228 ­São Pau­lo - SP - ­CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766 As ma­té­rias as­si­na­das ­não re­pre­sen­tam ne­ces­sa­ria­ men­te a opi­nião des­te jor­nal, po­den­do ­até mes­mo ­ser con­trá­rias a ­ela.

O atual governo, considerando-se em seu terceiro mandato, levou 12 anos para deixar o país na atual situação que tem permitido a muitos sentir saudades do Plano Collor, por exemplo. Não é agora, em um ou dois meses, que pode se propor a corrigir muitos outros “escorregões” e “brincadeirinhas”, no jargão nada compatível do ministro da Fazenda. Dizem os mais entendidos na alma popular brasileira, que o próximo dia 15 poderá representar a nota de corte para o sucesso do governo iniciante do 4º período da era PT. Vamos aguardar, torcendo para que os resultados de mais essa provável conta não sejam entregues a nós e sim àqueles que fizeram o diabo para ganhar eleições. 2. Orlando Marques, presidente nacional da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), lendo o nosso editorial anterior, quando propusemos uma campanha publicitária a ser assinada por várias entidades classistas vendendo a ideia de que, apesar de tudo, devemos prosseguir acreditando no Brasil, revelou-nos que está trabalhando nesse sentido para que a campanha aconteça. Sabemos, nós e ele, que não é tudo. Trata-se apenas de um ponto de referência que pode influenciar boa parte da população brasileira. Mas, deve ser tentado, como já foi no passado, para que não nos entreguemos todos ao mais profundo desânimo, como tem acontecido nestes últimos três, quatro meses, com início deflagrado após tomarmos conhecimento do engodo da campanha eleitoral da candidata vitoriosa. Pouco tardou para a população brasileira cair na real e constatar que o brilho das promessas de campanha transformou-se rapidamente em cinquenta tons de cinza. A avalanche despencou sobre todos, e hoje – ainda tão próximos das eleições – já vislumbramos eleitores de Dilma Rousseff MÍDIAS I Adrian Ferguson (VP de mídia da DM9DDB), Flavio De Pauw (diretor de serviços a clientes da AlmapBBDO) e Gustavo Gaion (também VP de mídia da Y&R) são os finalistas do Mídia do Ano do prêmio Desafio Estadão. Eles participarão de uma votação online aberta exclusivamente aos profissionais de mídia. Mais de 1,4 mil profissionais serão convidados a votar por meio do site da premiação, até o próximo dia 31. O mais votado ganhará uma viagem para Cannes, incluindo passagem aérea, hospedagem e registro na edição do festival deste ano. O Estadão é o representante oficial do evento no Brasil.

MÍDIAS II Com o objetivo de incentivar as inscrições brasileiras para a área de Media do Young Lions Brazil, o Estadão e o Grupo de Mídia de São Paulo promovem, nesta quarta-feira (11), em São Paulo, encontro comandado por Daniel Chalfon, presidente da entidade, e Flávio Pestana, diretor de mercado anunciante do jornal. Eles apresentarão

A propaganda nunca foi tão importante para as empresas; as agências nunca foram tão necessárias Rafael Sampaio*

A notícia boa já estava no título. Porque o aumento da competição entre as organizações locais, nacionais e globais faz o mercado ser gradativamente mais disputado, porque produtos e serviços vão ficando mais parecidos, a acessibilidade a eles sempre aumenta, e o uso da comunicação como ativo competitivo mais e mais faz parte da receita de sobrevivência e expansão dos negócios de todos os setores. Por outro lado, a complexidade de emprego do conjunto das plataformas e meios de comunicação, a dificuldade em quebrar a resistência e até de reverter a hostilidade dos consumidores, bem como o desafio de gerar um discurso relevante e pertinente para as marcas, fazem a gestão da comunicação – ou seja, seu planejamento, criação, produção e execução – ser cada vez mais uma tarefa que demanda expertise, foco e talento dedicados. Mas também tem uma notícia que é pouco animadora (para não dizer que é ruim). No geral, nenhuma das duas partes – clientes e publicitários –, com poucas exceções, está realmente preparada para atender a essa necessidade e aproveitar essa oportunidade. Aponto isso com a experiência de quem, por quase três décadas, dirigiu executivamente a entidade dos anunciantes no Brasil (a ABA), por mais de 20 anos esteve ligado à entidade mundial desse setor (a WFA) e que, neste momento, começa um trabalho de consultoria para a associação das agências (a Abap) e seu presidente, Orlando Marques, com o objetivo de ajudar a planejar e executar um projeto de importante renovação desta entidade. Não estou contando nenhuma grande novidade, aliás. O que mais se escuta entre os anunciantes e agências ao redor do mundo é

arrependidos, considerando-se enganados pela prática reprovável de fazer o diabo para ganhar eleições. A verdade é que a economia do país está paralisada, o mercado de serviços onde o marketing mais atua ainda não se reencontrou e a sucessão de absurdos – inclusive na lista de Janot, que poupou cabeças coroadas, com a artimanha de inserir uma da oposição para depois tirá-la, fingindo empatar o jogo – leva-nos a crer que o Brasil precisa ser reconstruído. A tarefa não é fácil e poderá levar meses ou mesmo anos, o que aflige ainda mais. Se a tese do impeachment é rejeitada por boas cabeças pensantes, em troca de não termos o pior (no que concordamos piamente), resta-nos ficar com o que aí está até 31 de dezembro de 2018, um dia que ainda demorará muito a chegar. O Brasil não merece mais esse castigo, mas tudo é consequência de certo desencanto dos cidadãos mais esclarecidos do país, que não se dispuseram, a seu tempo e hora, a combater este momento trágico que não cansou de ser inúmeras vezes anunciado. O pior é que pode ser que o pior ainda não tenha acontecido, como por exemplo temem alguns: o Brasil ser outra Venezuela ou Argentina na América Latina. Por que não? Boa parte dos que estão hoje no poder deixa transparecer gostar dessa ideia. Por que então duvidamos? Sabemos que o Brasil – como aqui já foi dito – é grande demais para cair nesse abismo. Mas, o argumento dos que querem nos levar para ele é exatamente o de que estão lutando para que não ocorra. Olhem para situações parecidas no mundo de ontem e de hoje e percebam como a dissimulação sempre acompanhou os mal-intencionados. 3. O publicitário Roberto Duailibi, sócio-fundador da DPZ, agência que tantas glórias trouxe e prossegue trazendo para o setor da comunicação do marketing nacional, preferiu, bem a seu modo, deixar a poeira da grafitagem da Av. 23 de Maio baixar, para dar a sua opinião a respeito. Isso ocorreu através de um muito bem alinhado artigo no Estadão de 4/3, página 2.

as novidades da edição deste ano na área. O programa Young Lions Brazil é realizado pelo Estadão e tem organização no país pela Editora Referência desde sua criação, em 1995. De lá para cá, mais de 360 profissionais brasileiros já foram levados pelo projeto a Cannes, em suas diversas áreas, parte deles para o Young Lions Competition, que envolve jovens de diversos países. Já a categoria de mídia do Young Lions foi criada em 2008. MÍDIAS III O Canal Universal (antes chamado de Universal Channel), da Globosat, lança nesta segunda-feira (9) o concurso “Os Protagonistas”, uma ação de relacionamento com o mercado publicitário que também terá o objetivo de informar as oportunidades comerciais e diferenciais competitivos do canal. A ação, que vai até o próximo dia 20, consiste em uma mecânica promocional por meio de quiz online, e premiará dois mídias com viagens ao Orlando Resorts, nos Estados Unidos. O concurso testará os conhecimentos dos participantes sobre a programação e oportunidades comerciais do canal. MÍDIAS IV O propmark recomenda um bom programa de TV: segundas-feiras, a partir das 22h30, no GNT, “Chegadas e Partidas”, com Astrid Fontenelle. Tristezas e alegrias de quem vai e de quem vem do exterior por via aérea. CASA COR A Eugenio Publicidade, agência especializada no mercado imo-

biliário, conquistou a conta da Casa Cor, maior evento de arquitetura e decoração da América Latina. A primeira campanha, intitulada “Yes, nós temos inspiração”, remete ao conceito “O Brasil visto por dentro” – “um convite para conhecer e experimentar a identidade do país transformada em design e tendências”. THE ECONOMIST Sua capa da edição de 1º de março, com o Brasil no pântano, foi só para o reparte destinado à América Latina. Para o resto do mundo, a tradicional revista inglesa escolheu como chamada principal de capa “Planet of the phones”, com previsões para 2020, onde 80% da população mundial de adultos portará um supercomputador. Nessa capa, uma pequena chamada sobre a economia brasileira. HOMENAGEM Ao professor Paulo José da Costa Jr., falecido aos 90 anos no último dia 2. Quem teve o privilégio de, em algum momento, ser aluno seu, conheceu um mestre verdadeiro e uma figura humana exemplar. A missa de sétimo dia será realizada nesta segunda-feira (9) às 12h45, na Igreja Nossa Senhora do Brasil (SP). VOCÊ SABIA? Que a ESPM superou a casa de 15.000 alunos na abertura do ano letivo de 2015, em seus diversos cursos nas unidades de São Paulo, Rio e Porto Alegre?

justamente isso: a necessidade de atualização, de mudança, de adaptação ao novo cenário. A profunda interdependência de anunciantes e agências, bem como de marqueteiros e publicitários, é tão ampla e profunda que essa reciclagem será muito pouco efetiva se não for realizada de forma integrada, para se evitar atrofias e hipertrofias das fórmulas a serem atualizadas ou desenvolvidas. Os dois lados precisam se empenhar no diagnóstico do que precisa ser renovado, reciclado, criado e – muito importante – mantido. Porque nenhuma atividade humana sobrevive sem um olhar para o passado, sem o aprendizado das lições da história e sem ter o bom senso para não mudar o que não deve ser mudando, pela simples ânsia de reconstruir tudo do zero – que nem sempre é a solução mais eficiente e eficaz. A história da propaganda nos ensina muitas lições que precisam ser revisitadas, entendidas sob as lentes da nova realidade, adaptadas para o presente, mas, em sua essência, mantidas. Atrair e utilizar os novos talentos e a excitação dos mais jovens não significa abrir mão da experiência e do bom senso dos mais experientes. Buscar a economia dos recursos geralmente é mais efetivo com a inteligência na aplicação das verbas do que com a simples opção pela alternativa mais barata. Utilizar o potencial das novas mídias digitais geralmente tem maior potencial quando se parte da sólida base dos meios tradicionais. E por aí vai... Mas o espaço acabou e esse é assunto para todo um livro, não apenas um artigo. *Consultor da Abap

Dono de um texto sempre elogiável, que o fez transformar-se em um dos publicitários brasileiros mais conhecidos dentro e fora do país, Duailibi indaga logo de saída no título “Queremos ser a capital do grafite?”, instigando o leitor já discordante desse tipo de arte popular nas paredes da cidade, a encontrar maiores subsídios para o seu desagrado. Embora reconhecendo, já no primeiro parágrafo do artigo, que São Paulo nunca foi um exemplo do quesito coerência estética, o autor concluiu que agora, com as intervenções visuais recentes, a cidade degringolou de vez. E, para não atacar apenas a sofrível qualidade dos artistas populares responsáveis por essas obras, Duailibi deixa claro o absurdo dos governantes municipais franquearem fachadas públicas para os grafiteiros, sem consulta prévia à população e muito menos a respeito da seleção dos “artistas” (grifos dele). E vai Duailibi por aí afora, transformando seu texto em um libelo acusatório contra essa avalanche de transgressões oficiais que a nova ordem que vem nos sendo imposta pratica, como uma horda de invasores famintos por desrespeitos invadindo território alheio. Sem deixar de perguntar qual imagem estamos passando a quem nos visita (e que deve ser a pior possível nesse sentido), Roberto Duailibi escolhe para o parágrafo final o tom jocoso da sua personalidade, mas sempre verdadeiro quando o tema precisa ser tratado com seriedade: “Neste momento, as únicas pessoas felizes com o que está acontecendo creio que são os fabricantes de tintas e latas de spray, que nunca venderam tanto”. O autor não reconheceu felicidade sequer no responsável maior por esse desastre ambiental, nosso alcaide-inventor. 4. No Dia Internacional da Mulher, nosso reconhecimento à importância da data, que nem precisaria existir se diferente tivesse sido construída a civilização. A elas, portanto, nossas homenagens e o mais justo respeito pelo trabalho que desenvolvem atingindo e em seguida mirando novas metas a serem ultrapassadas. Essa escalada tem sido admirável.

FRASES 1. “Brigam as comadres, aparecem as verdades.” (Ditado português) 2. “Se você tentar viver dentro da lei, você não tem direitos, mas se agir fora da lei, ela te protege.” (Leitor do Estadão, 28/2). 3. “Quer que confiem em você? Seja confiável.” (Máxima inglesa, citada por Veja, 4/3)

DORINHO


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Veículos Antonio Carlos de Moura e Rodolfo Negrão de Freitas se desligaram do jornal; segundo a FSP, mudanças eram previstas

Folha reestrutura área comercial

Fotos: Alê Oliveira e Divulgação

por Bá rbara Barbosa

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om planos de investir cada vez mais nas plataformas digitais, a Folha de S.Paulo realizou, na semana passada, mudanças estratégicas em sua área comercial. Os executivos Antonio Carlos de Moura, diretor-executivo comercial, há mais de 30 anos atuando na casa e um dos principais nomes da área dos veículos brasileiros; e Rodolfo Negrão de Freitas, diretor de publicidade e classificados, que atua no jornal desde o fim dos anos 90, foram desligados da empresa. As alterações resultaram na unificação das duas áreas, que passa a ter como responsável Marcelo Benez, até então diretor de publicidade do jornal. De acordo com Antonio Manuel Teixeira Mendes, superintendente da Folha, as mudanças já estavam previstas e faziam parte, inclusive, dos planos profissionais de Moura e Freitas. “A partir de agora, não existe mais a divisão da área de classificados e noticiários. Criamos um novo desenho, um novo modelo de trabalho, que será coordenado pelo Marcelo. A Folha tem uma equipe comercial muito consistente, que se mantém para focar, a partir de agora, ainda mais no meio digital”, explica. O executivo analisa o crescimento do jornal no meio digital, que em 2014 foi o mais lido do país, segundo dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação). “O jornal se posicionou muito bem nesse meio, sendo o principal jornal digital em audiência. Temos desenvolvido

Moura continuará ligado ao jornal, representando-o no Conar

vários projetos conjuntos entre impresso, digital e outras ações. Nossa aposta é exatamente esta: mostrar a relevância da marca Folha para o anunciante, que ganha com essa crescente audiência digital. Acreditamos que estamos no caminho certo ao fazer essa fusão no comercial”, destaca Mendes. Mendes destaca que Freitas tinha planos de seguir para o mercado de agências e Moura manterá um contrato de prestação de serviços com o jornal, representando a Folha no Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). “As mudanças acontecem devido a uma necessidade de buscar novas maneiras de trabalhar e servir os clientes. Acreditamos que as alterações vieram no momento certo, tanto para os planos da empresa quanto para os diretores, que seguem com os seus projetos”, diz.

Mendes: equipe comercial consistente que passa a se dedicar ao digital

Editora Três fecha título O

utra importante modificação no mercado editorial foi notícia na semana passada. Em comunicado aos funcionários, a Editora Três informou o fechamento da revista IstoÉ Gente, um dos principais títulos do mundo das celebridades do país. Além disso, 20% dos jornalistas de todas as suas redações foram desligados da empresa, permanecendo na editora somente os profissionais contratados como PJ (Pessoa Jurídica). Procurada, a Editora Três não se pronunciou até o fechamento desta edição. As informações são do Portal Imprensa. Com o corte, também foram fechados o departamento de revisão e um dos setores de tratamento de fotografias. Até o momento, 26 jornalistas foram desligados, mas há previsão de que esse número aumente, com a possível descontinuação de mais dois títulos da casa – as revistas Platinum e Status.

Há aproximadamente um mês, a Editora Três abriu um plano de demissão voluntária para os funcionários, com o objetivo de reduzir 25% de sua equipe. Na época, já era previsto o fechamento da IstoÉ Gente. A atitude foi repudiada pelo SJSP (Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo), que pediu a suspensão da medida por parte da editora. Voltado para o público feminino (67% dos leitores), a IstoÉ Gente foi lançada em 1999, com um perfil mais sofisticado – 61% de seu público estava nas classes A e B. Em 2012, a publicação, que até então era semanal, passou por uma reestruturação e tornou-se mensal – naquela época, alguns cortes na equipe já foram realizados. Em 2014, a revista registrou tiragem de 84.805 exemplares, com circulação de 71.891 exemplares, sendo 94% para assiBB nantes.

marcas de quem decide

M

esmo com um percentual um pouco menor do que no ano passado, a Gerdau é, mais uma vez, a grande marca gaúcha mais lembrada na 17ª edição da pesquisa Marcas de Quem Decide, do Jornal do Comércio e Qualidata, apresentada em Porto Alegre, na semana passada. A gigante da siderurgia mundial, com sede no Rio Grande do Sul, obteve 54,5% na lembrança, contra os 56,2% de 2014. Já entre as marcas preferidas, que avalia a decisão na hora da compra, a Gerdau obteve, na atual pesquisa, 45,2%, ante os 46,6% no ano anterior. Desde o início do levantamento, a marca vem sendo líder na categoria Grande Marca Gaúcha. A Gerdau possui operações industriais em 14 países nas Américas, na Europa e na Ásia. “A Gerdau ainda se mantém como a grande marca gaúcha, disparado. Tanto que a Tramontina, segunda colocada, conseguiu 5,4%. É uma diferença muito grande. Os números mostram claramente isso”, avalia Luiz Borges, diretor comercial do JC. Em terceiro lugar em Lembrança de Marca, figura a Randon, com 5,2%; seguida por Grupo RBS, com 4,5% e Marcopolo, com 2,8%. No quesito Preferência, os números são parecidos. A Tramontina sobe para 6,8%; seguida do Grupo RBS, com 5,8%; e depois Randon, com 4,6% e Marcopolo, com 4,3%, em quarto e quinto lugares, respectivamente. Já a Petrobras, também com índice menor que em 2014, é a vencedora na categoria Grande Marca Brasileira. A empresa, vindo de um ano marcado por crise interna, registrou 41,4% na lembrança, sendo que no ano passado o percentual foi de 44,7%. Na preferência, a queda foi maior: 39,8%, na atual pesquisa, contra 48,8% na do ano anterior. “A queda da Petrobras está claro que é por causa das notícias ruins referentes ao escândalo de corrupção.

Abert, Aner e ANJ criticam MP 669/15

As mais lembradas Marcas Gaúchas

Capa da edição de fevereiro de 2015

Mercado Entidades defendem desoneração

Gaúchos destacam Gerdau p o r A n a Pa u l a J u n g

Divulgação

Marcas Brasileiras

Divulgação

Preservação do meio ambiente

Lembrança

54,5

41,4

20,2

5,4

8,8

5,1

5,2

5,7

4,2

4,5

5,1

3,5

Carlos Fernando Lindenberg Neto, presidente da ANJ

2,8

3,7

3,4

A

45,2

39,8

19,1

6,8

11,7

6,3

5,8

8,0

4,3

4,6

4,5

3,2

4,3

2,5

3,1

Segundo Luiz Borges, um caderno especial do Jornal do Comércio com os resultados completos da pesquisa Marcas de Quem Decide circulará encartado na edição do Jornal do Comércio, de Porto Alegre, no próximo dia 30 de março. Os resultados da pesquisa, de acordo com o diretor da Qualidata, Paulo Di Vicenzi, foram obtidos em entrevistas científicas com 650 empresários, gestores de negócios e formadores de opinião, entre novembro de 2014 e janeiro deste ano, em 47 municí-

pios de todas as regiões do Estado. “A pesquisa Marcas de Quem Decide é a única que levanta simultaneamente as marcas mais lembradas e as preferidas, levando em consideração, portanto, as escolhas emocionais e racionais de quem detém o poder de compra”, afirma. Presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero afirma que o objetivo da pesquisa é ajudar as empresas a definir suas estratégicas e posicionamento de marca no mercado.

Preferência

A pesquisa detectou isso. Sempre teve índices altos e caiu este ano, uma queda significativa. Como quase todas semanas têm notícias ruins em relação à empresa, o estudo refletiu este cenário”, comenta Borges. Na categoria especial Preservação do Meio Ambiente, a líder Natura subiu para 20,2% na Lembrança, e 19,1% na Preferência. “A Natura continua liderando, pelas campanhas que a marca faz e transmitem a preocupação com o meio ambiente”, diz o executivo.

Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais) emitiram nota conjunta à imprensa, na semana passada, para dizer que “consideram um retrocesso a edição da Medida Provisória 669/15, que passará a vigorar em junho de 2015 e aumenta as alíquotas de contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas”. No comunicado, as entidades destacam que “a própria presidente Dilma Rousseff reconheceu publicamente que a desoneração da folha de pagamento foi e continua sendo importantíssima para o país”. Para as entidades representativas do setor de comunicação brasileiro, a desoneração é uma importante medida para a simplificação tributária e o fortalecimento do mercado de trabalho. “É inconcebível a mudança feita pelo mesmo governo que, em novembro de 2014, sancionou lei desonerando permanentemente a folha de pagamento de 56 setores da economia. A mudança de rumo do governo com a MP 669 representa aumento da carga tributária e afeta o planejamento econômico das empresas.”

“Abert, Aner e ANJ esperam que, durante a tramitação da medida provisória no Congresso Nacional, seja recuperada a segurança jurídica necessária para que investimentos e empregos fiquem preservados.” Assinam a nota: Daniel Slaviero (presidente da Abert), Frederic Kachar (presidente da Aner) e Carlos Fernando Lindenberg Neto (presidente da ANJ).

Reviravolta

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, determinou a devolução ao Executivo da MP das desonerações, alegando inconstitucionalidade da matéria. A retaliação aconteceu após Renan saber que seu nome estava incluído na lista de políticos que os procuradores da Operação Lava Jato querem investigar. A manobra amplia as dificuldades que a presidente tem encontrado para obter apoio no Congresso para os ajustes que sua equipe econômica considera essenciais. A presidente reagiu e assinou um projeto de lei com urgência constitucional, com os mesmos termos da MP. Em nota, o governo disse “que a substituição da MP pelo projeto de lei não trará prejuízo para o ajuste fiscal pretendido pelo governo federal”.


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beyond the line

Promoção Marcio Franco assume área relacionada a ativação

O turismo no Brasil Alexis Thuller Pagliarini* alexis.pagliarini@sheratonsaopaulowtc.com.br

O potencial é muito maior do que se observa atualmente O II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos do Brasil, realizado pela Abeoc com o apoio do Sebrae e de instituições relacionadas ao setor, já havia demonstrado números parrudos: R$ 209,2 bilhões movimentados no ano (relativo a 2013), o que representa uma participação do setor de 4,32% no PIB brasileiro. Agora foi a vez de o setor de turismo corporativo apresentar seus números relativos à movimentação em 2014.

O IEVC (Indicadores Econômicos de Viagens Corporativas) 2014, feito pela ALAGEV em parceria com o CNC e o Senac, com o apoio da Abracorp, abrange a movimentação financeira nos seguintes setores: transporte aéreo de passageiros, serviços de hospedagem, locação de veículos no destino da viagem, serviços de agenciamento, serviço de alimentos e bebidas prestados no destino da viagem, e tecnologia. E, a exemplo do dimensionamento econômico de eventos, os números são bastante expressivos. Segundo o levantamento, a receita de viagens corporativas em 2014 atingiu o valor de R$ 40,17 bilhões, um crescimento de 9,2% sobre 2013. Deste total, os setores de transporte aéreo (52,8%) e de hospedagem (28,64%) ficaram com 4/5 do bolo: 81,44%. Os demais itens mensurados foram: locação de autos, alimentação, agenciamento e tecnologia aplicada ao setor. Se for levado em conta o efeito multiplicador na economia, o valor estimado de movimentação financeira chega a quase R$ 76 bilhões. Para 2015, a ALAGEV prevê um crescimento de 8,17%, apesar de constatar uma tendência de desaceleração no setor, com mais de 60% das 1.100 empresas pesquisadas projetando redução nos gastos com viagens corporativas. De qualquer maneira, as projeções servem como um certo alento num momento de baixo-astral generalizado no Brasil. Mas, se olharmos o quadro geral, o potencial turístico do Brasil é muito maior do que se observa atualmente.

Estima-se em aproximadamente 9,5% a participação do setor no PIB brasileiro, com uma movimentação financeira aproximada de R$ 445 bilhões.

Franco e Iron Neto, que voltam a trabalhar juntos: eventos, ativação e estratégias promocionais

Não é pouco, mas basta uma análise um pouco mais profunda para concluirmos que o potencial é muito maior. O Brasil possui 7.367 km de praias, florestas e natureza exuberante, bom clima, além de ricas expressões culturais e um povo alegre e hospitaleiro.Tudo isso ainda pouco explorado. Gostei da fala do ministro do Turismo no evento LACTE 10, quando afirmou que o turismo do Brasil está hoje para a economia assim como a agricultura estava na década de 70. Em pouco mais de 30 anos, vimos o Brasil explodir no agribusiness, tornando-se um dos principais players internacionais, liderando a produção mundial de diversos insumos agrícolas e de proteína animal. O turismo tem potencial semelhante. Para ilustrar, lembro-me quando fui dar aulas no MBA da FGV Management em João Pessoa, Paraíba. Estando lá pela primeira vez, descobri a Ponta dos Seixas, o ponto mais oriental das Américas. Ou seja, é lá que o sol nasce primeiro nas Américas, o que dá à cidade a denominação de “Porta do Sol”. Você sabia disso? Imagine isso marqueteado de forma competente... Como se não bastassem todos os demais predicados, o Rio de Janeiro tem também a maior floresta urbana do mundo (a Floresta da Tijuca). E tem a Amazônia, o Pantanal, as festas regionais brasileiras e uma infinidade de oportunidades esperando por um trabalho bem orquestrado para elevar o Brasil a um outro patamar no setor de turismo. Por outro lado, são necessárias políticas públicas competentes para garantir segurança e estrutura condizentes. De nada adiantará um esforço competente na área de promoção do nosso turismo se a infraestrutura e a insegurança decepcionarem nossos visitantes. Se houve algum legado da Copa, foi a percepção da hospitalidade brasileira. Pois teremos mais uma grande oportunidade de não só reafirmar essa qualidade, como ampliá-la, com as Olimpíadas em 2016. Quem sabe não estará aí o início de um novo momentum do turismo brasileiro. A ver... *Diretor de marketing do WTC

Divulgação

O estudo é da ALAGEV (Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas), que apresentou os números atualizados do turismo corporativo durante o seu evento anual principal, o LACTE (Latin American Corporate Travel Experience), em sua décima edição, realizado no fim do mês passado.

Novo portfólio de serviços marca reestruturação da Tudo

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specializada em ações de live marketing, a agência Tudo está reorganizando sua operação com a criação de uma unidade de serviços exclusiva para ações promocionais e serviços de ativação de marcas, produtos e serviços. E, para comandar esse novo segmento, foi contratado o executivo Marcio Franco que vai ser o head dessas disciplinas. O profissional tem 21 anos de mercado e atuou nas áreas de criação da Power4 e da Bullet. Nos últimos cinco anos foi sócio e diretor de criação da Simple Comunicação, que encerrou suas atividades no fim de 2014. Com a chegada de Franco, o sócio, Iron Neto, vai ser head da divisão de eventos, responsável por cerca de 80% do volume de negócios da agência. Na sua avaliação, o ano de 2015 prenuncia que haverá incremento das ações de live mar-

keting: “Ativar a demanda de consumo será essencial para as empresas”. Iron acredita que a soma de forças vai agregar valor para as marcas. “Eu e Marcio já trabalhamos juntos em outra oportunidade e essa dobradinha deu muito certo. Por isso, aposto muito nesse novo formato da Tudo”, acrescenta. Com decisão de formalizar as áreas de ativação e promoção, a Tudo pretende impulsionar ainda mais os serviços de comunicação integrada que oferece aos seus clientes, entre os quais Samsung, Brastemp, Banco Itaú, Qualicorp, Mitsubishi, Nestlé, Heinz, HSM, Universidade São Judas e Burger King. Integrante do Grupo ABC, a agência lançou em 2014 uma divisão de propaganda que tem o comando de Andrea Souza. “Com comandos e divisões bem claras em nossa estrutura, conseguimos ter uma visão mais ampla e pensar de forma única para nossos clientes. Para nós, a prioridade não é essa ou aquela disciplina, mas

a necessidade do cliente”, diz Maurício Magalhães, sócio-presidente da empresa. “Depois de ter sido sócio da Simple, meus conhecimentos das disciplinas de marketing e comunicação evoluíram para muito além da criação. Hoje penso estrategicamente e de forma holística, tanto as demandas dos clientes quanto as da agência”, diz Franco. “A ideia é potencializar a capacidade de entrega da carteira atual de negócios da Tudo e iniciar um trabalho de prospecção para trazer novas oportunidades relacionadas a promoção e ativações”, afirma Franco, acrescentando: “Hoje em dia, não conseguimos pensar em fazer alguma atividade, seja de masterbrand ou um produto específico, sem ativar o consumidor através das técnicas de live marketing ou simplesmente do velho e bom marketing promocional. O consumidor quer ser tratado como único, quer uma comunicação de impacto personalizada.”

INTERVALOINTERVALOINTER Fotos: Divulgação

A Leo Burnett Tailor Made promoveu em sua sede um café da manhã para celebrar os 20 anos de parceria com seu principal cliente – a Fiat, hoje denominada FCA (Fiat Crysler Automobiles). Foi neste período que a montadora de origem italiana conquistou a liderança do mercado brasileiro de automóveis, há 13 anos, posição que ocupa até hoje. No ano passado, outro feito – o Palio, veículo da companhia, desbancou uma liderança história do Gol, da Volkswagen, e se tornou o carro mais vendido do Brasil. O encontro contou com uma cenografia especial, remetendo a uma linha do tempo, entre 1995 e 2015, das campanhas criadas pela Leo para a Fiat. Na fachada, uma grande bandeira: “Leo Burnett Tailor Made, 20 anos de paixão pela Fiat”, em alusão ao slogan “Movidos pela Paixão” da montadora. Participaram do café da manhã os sócios e diretores da agência, comandados pelo chairman Paulo Giovanni (na foto, ao lado de João Ciaco, head de brand marketing communication da FCA), que receberam também C. Belini (COO América Latina FCA), Lélio Ramos (diretor comercial), Malu Antonio (gerente de publicidade), Adriana Girão (gerente de planejamento) e Edward Sousa (gerente de varejo).

A Talent deu início à segunda edição do ciclo Talent Digital Minds, programa que tem como objetivo trocar conhecimento e procurar entender quais os novos caminhos da indústria de comunicação. Flávia Moraes, diretora-geral de inovação e linguagem do Grupo RBS, foi a primeira convidada de 2015 e apresentou o estudo “The Communication Revolution”. A pesquisa reuniu mais de 150 entrevistas com profissionais de diferentes áreas e perfis, como Nick Bilton, colunista e repórter do New York Times; James Canton, futurista que colabora com a Casa Branca e com a Apple e é CEO do Institute of Global Futures; Roy Sekoff, fundador e editor do The Huffington Post; Ben Moskowitz, coordenador de novos programas do Mozilla; e Sônia Bridi, jornalista e repórter da TV Globo. Segundo Flávia, o principal objetivo desses depoimentos “é fazer um levantamento sobre os impactos da revolução digital na indústria da comunicação e levar a uma reflexão sobre as atuais formas de produzir, distribuir e consumir informação”. Na foto, além de Flávia, estão Flavio Steiner, diretor de mercado nacional da RBS; José Eustachio, CEO da Talent; e Paulo Stephan, diretor-geral de mídia da agência.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g

O MERCADO

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Mercado Programa deve ser desenhado nos moldes de talk show

ANOS

Xuxa ressalta “liberdade” em sua chegada à Record

EUA desembarcam no Vietnã

Arte: Rodolfo Patrocinio

Divulgação

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m 8 de março de 1965, os primeiros fuzileiros navais dos Estados Unidos desembarcaram no Vietnã. Este ato significou que os norte-americanos não queriam que o regime comunista continuasse a avançar. A relação entre os dois Vietnãs (Norte e Sul), em função das divergências políticas e ideológicas, era tensa no fim da década de 1950.

Em 1959, vietcongues (guerrilheiros comunistas) atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu início à guerra. Entre 1959 e 1964, o conflito restringiu-se apenas ao Vietnã do Norte e do Sul, embora os Estados Unidos e também a União Soviética apoiassem o conflito. Os soldados norte-americanos sofreram muito num território marcado por florestas tropicais fechadas e grande quantidade de chuvas. Além disso, os vietcongues utilizaram táticas de guerrilha, enquanto os norte-americanos empenharam-se no uso de armamentos modernos e helicópteros. No fim da década de 1960, era claro o fracasso da intervenção norte-americana. Mesmo com tecnologia avançada, não conseguiam vencer a experiência dos vietcongues. Para piorar a situação dos Estados Unidos, em 1968, o exército norte-vietnamita invadiu o Vietnã do Sul, tomando a embaixada dos Estados Unidos em Saigon. O Vietnã do Sul e os Estados Unidos responderam com toda força. No começo da década de 1970, os protestos contra a guerra aconteciam fortemente nos Estados Unidos. Sem apoio popular e com derrotas seguidas, o governo norte-americano aceitou o “Acordo de Paris”. Em 1975, ocorreu a retirada das tropas norte-americanas. É a vitória do Vietnã do Norte. O Vietnã foi reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista. A guerra foi uma das que mais gerou produções cinematográficas. Entre as mais famosas estão “Apocalipse Now” e “Platoon”.

EDIÇÃO ESPECIAL DE 50 ANOS CIRCULA EM 18 DE MAIO DE 2015

Marcelo Silva e Xuxa Meneghel na sede da emissora em São Paulo, semana passada p o r A n d r é a Va l e r i o

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epois de muitas negociações, quase dois anos, Xuxa Meneghel foi apresentada na última quinta-feira (5) como nova contratada da Rede Record. Com a presença de quase 200 fãs, imprensa e funcionários, a apresentadora disse que está feliz com a mudança. “Ainda não sabemos o formato do programa, mas posso dizer que será como eu sempre sonhei.” Ela disse que a emissora quer que a estreia aconteça em três meses, mas ela não sabe se será possível. “O primeiro passo é montar a equipe para depois começar a pensar na atração.” A apresentadora ressaltou também que a ideia é que o programa seja nos moldes do talk show de Ellen DeGeneres, na TV norte-americana. “Quero que o programa tenha entrevistas, músicas, brincadeiras, além de interação com a plateia.”

Ainda não está definido se a atração será diária ou semanal, mas existe uma possibilidade de ser ao vivo. “Sempre tive essa vontade, quem sabe não consigo concretizar?”, questinou a apresentadora. Outro ponto levantado por ela é a liberdade que vai ter na Record. “Acredito que poderei fazer um programa sem restrições, sem ter de pedir tantas permissões.” Segundo Xuxa, na Globo era preciso pedir autorização para qualquer coisa. “Por fazer um programa voltado à família, eu não podia, por exemplo, expor o meu trabalho do ‘Xuxa só para baixinhos’.” Xuxa também ressaltou que, durante toda a negociação com a Record, a Globo sempre foi comunicada. “Sempre fiz questão de agir da forma mais transparente, mesmo porque no começo não acreditava que essa transferência poderia dar certo.”

Já Marcelo Silva, vice-presidente artístico e de programação da emissora, disse que sempre acreditou na ida da apresentadora para a Record. “Temos um projeto de programa semelhante e sabia que ia dar certo.” Sobre o contrato, ela não revelou valores, mas disse que está bastante satisfeita com o resultado. Também afirmou que já está conversando com Walter Zagari, diretor-comercial da emissora sobre merchandising para o programa. “Quero fazer umas ações bem diferentes, só não falo de cerveja, cigarro e carne vermelha. Tenho que conhecer o produto antes de falar dele.” Zagari disse que cinco anunciantes já estão reservados como patrocinadores do programa, um deles é a Embelleze. “Duas campanhas também estão bem encaminhadas. Uma delas é com uma agência de viagens e outra com uma construtora.”

O DESAFIO, AGORA, VAI MUITO ALÉM DAS PLANILHAS. O PRÊMIO DESAFIO ESTADÃO APRESENTA A CATEGORIA MÍDIA DO ANO. O Estadão vai premiar o profissional de mídia que mais se destacou em 2014. Mais de 1.400 profissionais da área serão convidados a votar no Mídia do Ano, de 2 a 31 de março. O vencedor, entre os 3 finalistas, vai ganhar uma viagem ao Festival Cannes Lions 2015, com direito a passagem aérea, hospedagem e registro de delegado. Saiba mais em desafio.estadao.com.br. FINALISTAS

Adrian Ferguson VP de Mídia DM9DDB

Flavio De Pauw Dir. de Serviços a Clientes AlmapBBDO

Gustavo Gaion VP de Mídia Y&R


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j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

Campanhas Marca reedita promoção que vai sortear prêmio de R$ 1 milhão; consumidores devem gastar ao menos R$ 50 para concorrer

Cacau Show retoma “Páscoa Milionária” Fotos: Divulgação

Murilo Rosa em cena de “Beliscão”, filme que faz parte da campanha que anuncia a promoção “Páscoa Milionária”; o comercial será veiculado ainda neste mês na TV aberta, enquanto o comercial com...

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Cacau Show retorna com a sua promoção “Páscoa Milionária”. A marca está investindo em dois filmes, desenvolvidos pela Lew’Lara\TBWA. Os comerciais serão veiculados em mídias separadas: um protagonizado por Murilo Rosa na TV aberta e outro por Marcio Garcia para os canais fechados. Ambos os filmes se destacam pelo bom humor e têm em comum o sonho dos personagens de ganhar um prêmio de R$ 1 milhão. Murilo Rosa, por exemplo, estrela o filme “Beliscão”, e ao saber que pode concorrer ao prêmio de R$ 1 milhão, sonha e diz, diante da vendedora de uma das lojas da Cacau Show: “R$ 1 milhão? De novo? Não acredito! Me belisca...”. E a vendedora prontamente atende o seu pedido e lhe dá um beliscão. Já o filme “Sonho” é protagonizado por Marcio Garcia que,

...Marcio Garcia, protagonista de “Sonho” na campanha desenvolvida pela Lew’Lara\TBWA, será exibido nos canais de TV fechados; ambos os filmes se destacam pelo humor

quando sabe do prêmio, se imagina em um momento de lazer numa casa incrível, na piscina, flutuando em uma boia, mas se surpreende ao ver ao seu lado a vendedora que o atende na loja. Ela não perde tempo e afirma que

também pode concorrer e ganhar R$ 1 milhão. Para concorrer no “Páscoa Milionária” é necessário efetuar compras no valor de R$ 50, que dão ao consumidor o direito de um cupom. O sorteio será realizado no dia 14 de maio. A

promoção é válida para as mais de 1.800 lojas da marca em todo o país. Segundo a empresa, a “Páscoa Milionária” é uma campanha que equilibra o tom promocional com uma dose de diversão, além da “característica dedicação da

marca para com os consumidores”. “É uma representação da constante busca da marca para proporcionar incríveis momentos a seus clientes, seja com o carinho depositado em cada produto ou a realização de sonhos.”

Assinam a criação de “Beliscão” e de “Sonho”: Leandro Pinheiro e Ulisses Razaboni, sob a liderança de Felipe Luchi. A produção é da Cine, com direção de Cris Vida. Trilha da Lua Nova.

Agências Mattel e Nestlé estão entre os clientes da empresa

lu l a v i e i r a

Degustação A única pessoa que poderia me processar seria eu mesmo Este texto foi inspirado num email que eu recebi. Atribuído a mim, olha só! Quem me conhece sabe que eu não escreveria tão mal como está no original. Mas a ideia é boazinha. Tanto que eu resolvi reescrevê-la e assumi-la. Não se trata de plágio nem de apropriação indébita, pois a única pessoa que poderia me processar seria eu mesmo. Caso inédito de colunista que se autoprocessa por plágio. Mas o risco não seria muito grande, já que eu, me conhecendo, sei que acabaria propondo um acordo pra mim mesmo. Eu iria relutar um pouco, mas acabaria cedendo. Este é, portanto, um texto que não fui eu que escrevi, mas fui eu que adaptei, embora na internet atribuiu-se a mim a autoria. Dois amigos estão no bar. O garçom apresenta o vinho para um deles provar. O outro observa com um pouco de nojo. São velhos colegas de faculdade, moraram juntos numa república de estudantes, no tempo que isso existia. O primeiro gira o vinho no copo, examina a cor, cheira, bochecha, revira os olhinhos. O outro passa a mão na garrafa, enche a taça, engole tudo, limpa os lábios com as costas das mão.

– Eca! – Eca? Você disse eca? – Disse, porra. Esta merda tá com um gosto estranho. – Que é isso? Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas. O retrogosto é persistente, sua potência tânica é relativamente alta, sugerindo acompanhar algo mais forte como caça, por exemplo. A estada no carvalho lhe deu também uma sutil presença nas papilas posteriores... – Putaqueopariu! Você cheirou tudo isso nesse copo aí?

Divulgação

– Claro. Fiz um curso de enologia. Digo mais. Essa combinação de Cabernet Sauvignon com Merlot trouxe o melhor dos dois mundos, tanto em sabor como na própria presença de elementos voláteis. Você não é enólogo? – Cebesta! Sou macho. Esse vinho me lembrou cheiro de cachorro molhado. – Que heresia! O Parker considerou uma das melhores relações custo-benefício deste ano. Levou 93 pontos, dentro da sua faixa de preço. É uma das melhores pontuações entre os de terras novas. Você não pratica degustação? – Não, só engolição. Na verdade a gente também olha, mas é pra ver se tem barata dentro, dá um tiquim pro santo e manda ver. Quando bate no bucho e dá aquele arrepio a gente estala os dedos, balança a cabeça e diz uma palavra apropriada. – Como? – Alguma coisa especial, adequada ao momento. Como: “Caralho” ou então “Putaqueopariu”! Ou, quando tem senhoras por perto, algo bem mais fino: “Porra!”. – Se você quiser eu introduzo você nesta área de degustar vinho. Na falta de assunto dá para passar a noite toda falando de uvas, safras e colheitas.

– Hum... – Humm....

Hogarth, do Grupo WPP, ganha espaço em produção

– Introduzir você não vai introduzir nada, pois se bem me lembro, quem já tomava desde jovenzinho era você. Além do mais, na minha turma a gente tem assunto para várias noites: futebol e mulher. – Venha até o grupo de discussão que eu faço parte que hoje nós vamos degustar o Beaujolais. – Seria capaz de jurar que tinha um francês nessa parada. – Tudo bem, não vamos discutir. Já que você não gostou desse vinho vou pedir outro. Que tal um mais bruto e mais duro? – Que tal uma porrada nos cornos? lulavieira@grupo5w.com.br

Bonny Bastos assumiu o cargo de chefe de operações da agência no Brasil em outubro de 2013 por Bá rbara Barbosa

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om mais de 20 escritórios distribuídos pelas principais cidades do mundo, a Hogarth Worldwide, que pertence ao Grupo WPP, vem ganhando espaço no mercado de produção e adaptação de materiais publicitários. Na semana passada, a agência foi apresentada oficialmente ao mercado nacional, durante evento realizado em sua sede, no Edifício Tomie Ohtake, em São Paulo. A história da empresa no Brasil, no entanto, teve início em 2013. Americana filha de brasileiros, a publicitária Bonny Bastos estava na Ogilvy Nova York quando assumiu, em outubro de 2013, o cargo de chefe de operações da Hogarth no Brasil. A agência, que tem sede em Londres, havia acabado de chegar ao país para atender à necessidade de um cliente global que precisava fortalecer

presença no mercado brasileiro. “A Hogarth existe desde 2008. Em 2009, a WPP adquiriu uma parte da empresa e hoje estamos presentes em todos os continentes. O Brasil estava no nosso plano de expansão e as operações tiveram início justamente quando surgiu a demanda de um cliente global. A experiência foi fantástica, superamos nossas metas e estamos expandindo”, afirma. Atualmente, o escritório da agência conta com aproximadamente 30 colaboradores fixos e oito clientes globais, entre eles Mattel e Nestlé. Segundo a executiva, a apresentação oficial da empresa ao mercado brasileiro ficou para 2015 devido à consolidação de algumas parcerias e desenvolvimento de novas. “Até então, estávamos em um período de implementação. Não cuidamos somente da adaptação de produtos publicitários para todas as

mídias, mas também fazemos o acompanhamento da produção, oferecendo um tipo de consultoria. Alguns clientes ficaram tão satisfeitos com a produção feita no Brasil que hoje já estamos fazendo campanhas que servem de modelo global, que saem daqui para ser adaptadas em outros países.”

ARTE NO TOMIE

Batizada de “Arte no Tomie”, a ação de lançamento da Hogarth Brasil teve curadoria artística da Hubb - Arte em Projetos e recebeu os artistas Gen Duarte e Thiago Verdeee, que criaram obras de arte para fazer parte de um leilão beneficente. O projeto foi realizado em parceria com a lampada.ag e a Monstro Estúdio, e beneficiou a organização internacional Pencils of Promise, além de outras duas instituições locais, a CrêSer e a Gastromotiva.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 9


10 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

Anunciantes Campanha de 2015 da empresa volta com Ivete Sangalo como protagonista

madia “Eu te encontrei na contramão, na hora exata, na encruzilhada.”

Engenheiros do Hawaii

O que fará Roberto Lima?

Bombril descobre as divas Divulgação

por Daniel Milani Dotoli

Na Época Negócios de fevereiro de 2015, uma grande matéria sobre o momento que vive a Natura diante da chegada de seu novo presidente, Roberto Lima. E tudo que existe na matéria sobre ele é sua foto na abertura – sugerindo, pela imagem, que não sabe por onde começar –, e ainda seu nome várias vezes no correr do texto, recheado de manifestações de executivos e ex-executivos da empresa. O fato é que a Natura debilitou-se e perdeu o viço desde a abertura do capital, o que possibilitou o avanço da concorrência e sensível queda na força de sua marca. Até hoje não consegue conciliar o apreço e a devoção que tem por suas revendedoras e clientes com os puxões de orelha que suporta a cada três meses dos gestores de fundos. Nos números de Época, a dimensão da perda do viço: EBITDA despencou de uma margem de 24,5% de 2011 para 20,3% até setembro de 2014. O lucro líquido em milhões, que foi de R$ 831 milhões em 2011, situava-se em R$ 508 milhões em setembro de 2014. Número de consultoras subiu de 1,412 milhão para 1,729 milhão, mas a produtividade por consultora despencou de R$ 9.016 para R$ 6.453 (até setembro de 2014). Independentemente da abertura de capital e todas as consequências em sua cultura, o maior desafio da empresa é adaptar-se aos novos tempos. Mesmo sendo seus fundadores megafãs de Zygmunt Bauman, revela-se uma dificuldade insuperável de seguir uma de suas principais recomendações, “quando se vive sobre gelo fino – e é como todas as empresas vivem hoje e neste momento de transição – o que nos salva é a rapidez”. E, por mais que tente, a Natura não consegue. Na matéria, sucessivos momentos mais que emblemáticos sobre essa realidade. “A Natura é gerida como se tivesse 70, e não sete mil funcionários”, afirma uma ex-gerente da empresa. Ou, “Debate-se por horas a fio e, no fim, alguém fala: ok, concordo com você, vamos fazer dessa forma. Mas você nunca sabe se é verdade, se a pessoa concordou e vai fazer”, diz executivo responsável por um projeto. Ou, ainda, “Para dizer a um funcionário que ele precisa mudar e ser mais eficiente ou produtivo, é preciso fazer um grande rodeio, elogiar bastante para só depois, com todo o cuidado do mundo, apontar o que precisa ser melhorado. Isso infantiliza a empresa e os funcionários”, comenta outro executivo. O Goldman Sachs recomendou, recentemente, a venda dos papéis da empresa a seus clientes. Perspectivas de retorno em 2015 pouco animadoras. E aponta que o maior problema da empresa é sua lentidão. Precisa do dobro de tempo de seus principais concorrentes – O Boticário e Jequiti – para lançar um novo produto. Isso posto, é gigantesco o desafio que aguarda por Roberto Lima. Assim como se aguarda com muita ansiedade o anúncio do que ele +pretende fazer na empresa em todos os próximos anos. famadia@mmmkt.com.br

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ara mapear o que a brasileira entende como “diva”, a Bombril saiu às ruas para perguntar: “O que é ser diva?”. Mulheres das classes A, B e C, entre 25 e 40 anos, responderam: “É ter atitude”, citando elementos como confiança, independência, firmeza, poder, ser forte e decidida – algo que se encontra não só nas celebridades, mas sim na “mulher comum”. Com base nisso, a marca lançou neste último fim de semana sua campanha de marketing 2015, com o mote “Toda Brasileira é Uma Diva”. A cantora Ivete Sangalo é, desde o ano passado, a protagonista das campanhas da marca. Assinado pelas agências DPZ e Repense, o trabalho, 360°, tem investimentos muito próximos de R$ 70 milhões, o que representa cerca de 6% do faturamento líquido da empresa. É composto por filmes de 15 e 30 segundos em TV aberta e fechada, além de anúncios de mídia impressa, merchandising, ativação, marketing digital e mídias sociais. A primeira ação, um comercial de 15 segundos produzido pela Nove 90 e com direção de cena de John Oliveira, foi veiculado no fim de semana. A partir de hoje (9) entra no ar uma extensão de 30 segundos do filme. No início de agosto, vai ao ar mais uma produção, com Ivete Sangalo dividindo a bancada com Dani Calabresa e Mônica Iozzi. Já em setembro é a vez do mais famoso garoto-propaganda da marca, Carlos Moreno, aparecer ao lado de Ivete e ressaltar o conceito da marca. “Desde 2011 temos atuado na frente de valorização da mulher. Na época, a ideia era trazer o homem também para a limpeza do dia a dia, algo que ficou em nossa comunicação até 2013. Em 2014, ano de Copa do Mundo e com as atenções voltadas ao Mundial, não pensamos em uma campanha es-

Veja traz Claudia Leitte Divulgação

O

utra líder de limpeza que aposta em uma “musa do axé baiano” é Veja, da Reckitt Benckiser. A tradicional marca, que está há 45 anos no mercado e atua com mais de 50 produtos, trouxe Claudia Leitte como garota-propaganda de sua nova campanha promocional – “Veja Sua Escolha Nº 1”, que estreou na semana passada. Quem comprar Veja Multiuso concorre a mil reais diariamente e ao grande prêmio de R$ 1 milhão. Com abrangência nacional, a promoção tem ativação em uma grande variedade de materiais nos pontos de venda de todo o país, além de inserções comer-

pecífica, mas trouxemos a Ivete para nossa marca. Uma pessoa guerreira e carismática, que representa bem a mulher brasileira. E agora achamos um caminho para colocar esta mulher no ápice”, res-

A cantora estrela comercial criado pela Havas

ciais nos ambientes on e offline e também nas redes sociais da marca. No filme, Claudia Leitte divulga o grande prêmio da promoção de forma irreverente. “Já pensou ganhar um dinheisalta Marcos Scaldelai, presidente da Bombril. Segundo o executivo, a campanha, como está sendo feito há quatro anos, é voltada principalmente para mulheres jovens, entre 20 e

rão fazendo faxina?”, pergunta a cantora baiana. A criação é da Havas, com produção da Spray Filmes e direção de cena de Fernando Grostein Andrade. Trilha da Comando S.

45 anos, da classe média brasileira. “Elas que comandaram a ascensão da Classe C. Por isso que, além de Ivete, trouxemos também a Dani e a Mônica, que se identificam com este público”, completa.

jogos rio 2016

Marketing Técnico é o novo embaixador

Chevrolet convoca Dunga até 2017

Filme foi criado pela DPZ com produção da Nove 90; Repense é responsável por ativações e digital

Olimpíadas ativam marcas Fotos: Divulgação

Divulgação

O treinador da seleção entra para o time One World Play

p or Clau dia Penteado

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unga, técnico da seleção brasileira de futebol, foi escolhido para ser embaixador da Chevrolet até 2017. Segundo o acordo anunciado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, Dunga fará campanhas publicitárias do anunciante, participará de eventos e usará um Chevrolet Trailblazer em seu dia a dia. O treinador junta-se ao elenco de embaixadores do One World Play, projeto global da montadora que tem como foco apoiar o esporte em regiões carentes por meio da doação de bolas indestrutíveis para organizações que atendem jovens de classes sociais menos favorecidas. “Para fazer algo bem feito precisamos de um líder dentro e fora de campo, capaz de nos guiar pela engenhosidade, inovação e qualidade. Este papel é bem desempenhado pelo Dunga desde seu retorno à seleção”, justifica Samuel Russel, diretor de marketing da Chevrolet.

Desde agosto de 2014, e até 2019, a Chevrolet é patrocinadora máster da seleção e também apoia o Campeonato Brasileiro de Futebol (séries A e B) e a seleção de Beach Soccer. A marca vem patrocinando campeonatos regionais nos últimos dois anos. “A Chevrolet possui tradição no apoio ao futebol e ao esporte e decidiu apoiar a nossa seleção em um momento crucial de nossa trajetória. Esta parceria é muito motivadora”, disse Dunga. Na Europa, a Chevrolet tem mais tradição no esporte: há alguns anos patrocina grandes clubes, caso do inglês Manchester United. O anúncio mais recente foi feito pelo presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, no mês passado, e marcou também a assinatura do contrato com a seleção colombiana de futebol. A Chevrolet tem também as seleções principais masculina e feminina dos Estados Unidos. Além de Dunga, o apresentador Rodrigo Faro continua sendo garoto-propaganda da marca.

MaLa, presidente da Momentum: amplitude da competição por Vinícius Novaes

“A

s marcas que souberem utilizar os ativos dos Jogos Olímpicos de 2016 vão dar um salto muito grande em relação aos seus concorrentes.” A afirmação é de Marcos Lacerda, o MaLa, presidente da Momentum, agência que cuida das ações de ativação de Bradesco e Nissan – ambas, pela primeira vez, Patrocinadoras Oficiais dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ele comandou um “bate-papo olímpico” na sede da agência, semana passada. Um dos principais legados da Copa do Mundo de 2014, defende MaLa, poderá refletir na atitude de algumas empresas. “As marcas aprenderam muito com o Mundial. Elas viram os resultados e puderam se planejar para estar presentes no grande

evento esportivo do próximo ano”, diz. Além disso, o executivo enfatizou a amplitude da competição. “Não estamos falando apenas de um esporte, mas sim de várias modalidades que acontecerão praticamente em uma única cidade”, afirma. MaLa afirma que as empresas já estão fazendo ações ligadas aos jogos do próximo ano. O banco é um exemplo. “O Bradesco vem com uma força muito grande, ainda mais depois dessa nova campanha, “BRA”. Porque o BRA de Brasil estará estampado na camisa de todos os atletas brasileiros e também representa a instituição”, ressalta. A campanha foi criada pela WMCann, agência de publicidade da instituição e que, assim como a Momentum, pertence ao McCann Worldgroup.

O ex-nadador Gustavo Borges: foco na superação dos limites

Ainda de acordo com o presidente da Momentum, o banco vem com uma ação de mídia muito forte que é pautada pelo espírito esportivo. “Ela transmite muito bem todos os valores que os Jogos Olímpicos transmitem”, ressalta. Já a Nissan, lembra MaLa, possui um time com mais de 30 atletas. “Além disso, a marca foi a responsável por trazer Usain Bolt para uma corrida em Copacabana, no Rio de Janeiro, no ano passado.” Ele vê as Olimpíadas em um momento, pelo menos até agora, mais tranquilo em relação ao Mundial da Fifa. “A Copa do Mundo como festa foi sensacional. Porém, com a questão das manifestações de 2013, muitas marcas ficaram com receio de fazer ações nas ruas. Agora, com os Jogos Olímpicos

do ano que vem, será diferente”, completa.

ENCONTRO O encontro realizado pela Momentum em torno das Olimpíadas reuniu o ex-nadador Gustavo Borges; o nadador paralímpico Daniel Dias; o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio; e o atleta do rugby Fernando Portugal. Coube a Borges a abertura do evento, com a palestra “Atitude de campeão”. Na conversa, o medalhista olímpico contou um pouco de sua trajetória como atleta e sobre o caminho para ser campeão. “É preciso ter disciplina, força de vontade, dedicação, determinação e focar na superação dos limites. Esses são alguns dos pontos para a construção de excelência de um resultado”, disse.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 11

mobile world congress

Encontro discute poder do smartphone Divulgação

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

A

conceituada revista The Economist, com data de capa de 28 de fevereiro, não deixa mentir: em grandes letras amarelas, nomeia a Terra como o planeta dos telefones, lembrando que oito anos depois do lançamento do iPhone – onde começa, oficialmente, a era dos smartphones – os pequenos devices, um pouco maiores que uma barra de Kit Kat, dominaram definitivamente a cena. A ubiquidade é, em grande parte, o que explica a sua potência de multiplicação de lá para cá. Celulares são extensões dos nossos corpos, portáteis em praticamente qualquer situação, rápidos e descomplicados. Hoje, cerca de metade da população do planeta possui um; em 2020, estima-se que 80% terá. Na semana passada, Barcelona, na Espanha, foi a capital mundial deste gadget, ao sediar entre 2 e 5 de março a 28ª edição do Mobile World Congress, que reuniu mais de 90 mil profissionais das indústrias de tecnologia, marketing e digital de 200 países para discutir um mercado em que, estima-se, chegará a 4,6 bilhões de smartphones conectados em 2020. Segundo o estudo “A economia mobile: 2015”, da GSMA, divulgado durante o congresso, estima-se que pelo menos mais de um bilhão de pessoas se tornarão usuárias de smartphones nos próximos cinco anos. Há 10 anos, apenas uma em cada cinco pessoas era assinante mobile na população global. Anne Bouverot, diretora-geral da GSMA, afirma que o mobile está no centro de um novo ecossistema que integra os mundos físico e digital e empodera a economia. Enquanto isso, operadoras de telefonia celular empenham-se em criar infraestruturas mais poderosas para conectar as populações ainda desconectadas, em especial nas regiões rurais. O mobile é considerado hoje a pedra fundamental da economia

global. Em 2014, a indústria do mobile contribuiu com US$ 3 trilhões para a economia global, e em 2020 deve passar a representar 4,2% do PIB mundial, contribuindo com US$ 3,9 trilhões. Com relação a empregos, em 2014 gerou 11,8 milhões, mas em 2020 deve estar empregando 28,7 milhões de pessoas. Estima-se que essa indústria tenha contribuído, no ano passado, com US$ 411 bilhões para as finanças públicas no mundo via tributos e outras contribuições. A privacidade continua sendo o grande tema em torno dessa indústria em que aplicativos e redes sociais reúnem informações preciosas a respeito de seus usuários e em que qualquer pessoa se torna elemento ameaçador, capaz de revelar os aspectos mais constrangedores a respeito do vizinho ao lado. Aplicativos vendem dados de seus usuários sem critério e, claro, gigantes como Facebook e Google permanecem no centro das maiores polêmicas. As possibilidades de invasão de privacidade nos smartphones são infinitas. Teme-se pelo poder invasivo da tecnologia dos smartphones utilizada, por exemplo, pelos líderes de regimes autoritários. Presente ao encontro, Mark Zuckerberg disse que o Facebook

não é o monstro que as operadoras pintam. E que é preciso encontrar um caminho lucrativo para as operadoras. Uma das reclamações das operadoras é que o Facebook e o WhatsApp – comprado pela rede social no ano passado – avançam sobre seus serviços e afetam suas receitas. Mas o fato é que smartphones dão poder tanto a ditadores quanto a pessoas comuns, que podem denunciá-los em tempo real – são as duas mãos de uma mesma via. O imenso database coletável via smartphones, nunca antes sonhado pelas empresas e pelos governos, pode ajudar, desde que com regulamentação adequada, a combater o crime e vencer epidemias, entre muitas outras possibilidades. O desafio dos próximos anos é criar normas e regras para que a sociedade continue a se valer de todas as suas possibilidades sem correr tantos riscos. Houve conversas, durante o encontro, em torno da criação da unificação do mercado digital europeu para acelerar a inovação nos serviços mobile, ampliar investimentos e entregar mais benefícios, de uma maneira geral, sociais e para a economia.

DESAFIO Mark Zuckerberg, do Facebook, disse que as operadoras precisam encontrar lucratividade

Ministro causa polêmica

O

ministro das Comunicações brasileiro, Ricardo Berzoini, participou do Mobile World Congress onde disse que gigantes da internet como Google e Facebook precisam deixar de aproveitar brechas para pagar menos impostos. A declaração foi revelada pelo site da Folha de S.Paulo. O questionamento e a acusação de que essas empresas tratam o Brasil como paraí-

so fiscal não são novos, embora os players presentes na América Latina garantam que essa não é mais uma questão, pois estão quites com todas as suas obrigações. Outra questão levantada pelo ministro é a de que as operadoras de telefonia acusam os players da internet de se beneficiar da infraestrutura sem participar de sua construção. Berzoini declarou

estar focado em criar uma solução para o problema. Segundo declarou em sua exposição, além da questão dos tributos e da falta de investimento em infraestrutura, há uma questão de ordem comercial, já que os grupos estão afetando fortemente o mercado publicitário a partir de uma nova base tecnológica com a qual as pessoas estão aprendendo a conviver. Procurado pelo propmark,

o Facebook respondeu com a seguinte declaração: “O Facebook é uma empresa de capital aberto e opera de acordo com a legislação fiscal e tributária em todos os países onde atua. No Brasil não é diferente”. Da mesma forma, o Google, já consultado a respeito do tema em outras ocasiões no Brasil, afirma que paga os impostos devidos aqui, como faz nos demais países onde opera.

conexões

Mercado Os dois anos de atuação do grupo serão tema de uma campanha institucional

GA vai priorizar área digital

vei Oli Alê

GA (Grupo de Atendimento), associação do mercado publicitário liderada por Marcio Oliveira, presidente da Lew’Lara\TBWA, definiu o marketing digital como prioridade para as estratégias de formação e aprimoramento dos profissionais da área em 2015. Lançado em São Paulo há exatos dois anos, em março de 2013, o GA já formou quatro turmas em cursos diversos sobre gestão de negócios, totalizando impacto direto em 160 profissionais de atendimento. “Em dois anos, a imagem da área de atendimento já mudou muito”, avalia Oliveira ao fazer um balanço do trabalho do GA. “Em primeiro lugar, houve uma notória valorização do profissional no dia a dia de trabalho dele. A nossa área se uniu para encarar as lacunas de capacitação, ou seja, conseguimos uma maior união para ensinar, apreender e, com isso, contribuir mais para a evolução do mercado”, diz o presidente do GA, ressaltando porém que “temos ainda muito chão pela frente”. “O mais importante é formar novos líderes do mercado”, sintetiza Oliveira. Os dois anos de atuação do GA serão tema de uma campanha institucional cujo briefing está em fase de definição. O processo de formação de líderes, na opinião de Oliveira, passa naturalmente pela capacitação profissional, o principal objetivo da atuação do grupo. Ao definir a área digital como a principal prioridade para 2015, o presidente do GA ressalta a importância de acompanhar uma área responsável por significativas transformações nos processos de comunicação, tanto com os anunciantes quanto com os consumi-

ra

O

Marcio Oliveira: a imagem da área de atendimento mudou muito

dores. “Vamos digitalizar o atendimento”, diz Oliveira. Além dos cursos focados na área digital, o GA também realizará em 2015 uma série de encontros com lideranças do mercado. O primeiro deles, que deverá acontecer ainda neste semestre, será com Caio Barsotti, presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão). “O tema não é o atendimento, e sim o entendimento do conjunto de resoluções que sustentam o tripé de negócios formado por agências, veículos e anunciantes. Na programação anual também está prevista a realização do GA Summit 2015, em novembro, com participação de economistas e profissionais de agências do Brasil e do exterior para discutir os principais cases do ano sob o ponto de vista da área de atendimento. Os cursos com foco na área digital terão início no dia 8 de abril com uma master class, coordenada pela Hyper Island, com duração de três dias. Na sequência, em um total de dois meses, haverá aulas ministradas por especialistas do Google, Facebook e Twitter sobre estratégias diversas de negócios e relacionamentos no ambiente digital. O programa também contará com palestras de especialistas em business intelligence nas plataformas online. Está sendo estudada a viabilidade de uma viagem internacional para estudos na área digital. Para 2015, o GA fez ainda uma parceria com a Sandbox, escola de estratégia fundada por Daniel de Tomazo e Felipe Senise, especialistas em planejamento. O objetivo é oferecer cursos de “tomada de decisões” e sobre o poder de mobilização do atendimento dentro das agências e no seu trabalho com o anunciantes.

Embora as operadoras garantam que o 4G já está disponível, quem tem celulares 4G sabe bem o quanto é raro, ainda, avistar o numerozinho 4 no canto superior esquerdo do smartphone em circunstâncias normais. Segundo dados divulgados durante o Congresso em Barcelona, o 4G cobrirá três quartos da América Latina até 2020, chegando a 76% da população da região. Conexões via mobile devem chegar a 889 milhões em 2020 (hoje, são 709 milhões, segundo a GSMA), sendo que o 4G corresponde a 28% desse bolo. Espera-se que, em 2020, 68% das conexões sejam de fato feitas por smartphones (hoje são 32%). No Brasil, hoje, 38% da população tem smartphones, percentual que deve chegar a 72% em 2020.

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Editorial “A proposta de Sergio Reis no editorial da semana passada, 2 de março, é extremamente oportuna, porque infelizmente parece que um desânimo está tomando conta das pessoas que começam a desistir de lutar, entregando para Deus a responsabilidade por fazer o nosso trabalho de recuperar o tempo perdido e realizar tudo aquilo que deveríamos ter feito com a nossa economia, com o planeta, com a água, com a moral, com a nossa profissão, com a ética. Tudo isso é uma grande injustiça para com Deus, que não nos deve nada e muito menos fidelidade, porque se alguém tem de ser fiel, somos nós a Deus e não o contrário. Deus já nos dá tudo aquilo de que precisamos para tocar a nossa vida. Então não é justo deixarmos tudo para Ele fazer.” Humberto Mendes Fenapro São Paulo - SP

Rádio “Em relação ao artigo ‘Rádio, mídia maltratada’ (edição 2536), gostaria de manifestar a minha opinião sobre o assunto, já que assisto perplexo, deste outro lado da mesa, a desinformação com relação a este meio de comunicação. Digo isso com propriedade, pois migrei, depois de anos como criativo de grandes agências, para este veículo. Muitos amigos criativos sempre dizem que adoram criar para o rádio, mas o fato é que nem eu sabia fazer isso usando todo seu

potencial. A criação trata o rádio com o pensamento hermético. Pensou rádio, pensou em spot, ou então, como está no artigo, na veiculação da trilha do filme. Assim que assumi a direção criativa da Jovem Pan, descobri algo que os meus amigos criativos deveriam investigar melhor: o rádio é o veículo que mais sinergia possui com as redes sociais e a web. O rádio está ligado nisso, tanto que a Jovem Pan montou um núcleo de criação, exatamente para dividir e dar suporte às agências para que juntos possamos desenvolver projetos integrados, muito além do spot. É preciso que os criativos acordem para essa realidade.” Lelo Nahas Rádio Jovem Pan São Paulo - SP “Excelente o artigo assinado por Antoninho Rossini sobre o rádio. Excelente, mas bastante triste, porque é a pura realidade. A televisão e as mídias tecnológicas estão acabando com este importantíssimo meio de comunicação. Mas, eu acredito que isso esteja acontecendo nos grandes centros, pois, Brasil afora, o rádio continua a ser um grande “amigo” dos ouvintes. São pessoas que, por não terem acesso à mídia impressa, ouvem tudo pelo rádio. O autor do artigo tem razão, pois os publicitários é que estão abandonando a mídia rádio.” Oscar Colucci São Paulo - SP

INTERVALOINTERV A 9ine, agência focada em esportes e entretenimento, em parceria com a BT Arts Produções Artísticas, foi quem intermediou o contrato entre Paolla Oliveira e a Fiat no primeiro comercial estrelado pela atriz para a montadora. Lançado na semana passada, o vídeo é a primeira peça de uma série de ações previstas no contrato que contempla também aparições de Paolla em eventos e ações de marketing. A criação é da Agência Fiat, formada por profissionais da Leo Burnett Tailor Made e da Isobar Brasil.


12 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

Agências Operação completou um ano no Brasil com a entrada de dois novos clientes - Cepêra e a plataforma online Minutos Seguros

Crise não nos assusta, garante CP+B

Fotos: Alê Oliveira e Divulgação

Kassu: CP+B dos Estados Unidos teve reconhecimento durante a crise

Vinícius Reis, COO da agência: esperamos crescer com os parceiros

Medeiros: além de publicitários, somos “resolvedores” de problemas

por Vinícius Novaes

bal. Nós apresentamos e eles entenderam a nossa proposta como algo que poderia ser para o mundo todo”, disse Reis.

A

crise não assusta a CP+B que, em fevereiro de 2015, completou um ano de trabalho no mercado brasileiro. André Kassu, um dos líderes criativos e sócio da agência, citou como exemplo a unidade norte-americana da Crispin Porter + Bogusky, que foi reconhecida durante uma crise econômica. “Eles ofereceram soluções criativas para os seus clientes em um momento em que todos estavam patinando”, afirma. Para Kassu, estar começando uma operação no Brasil numa época de crise o deixa muito confortável. “As perspectivas para este ano não são boas e nós estamos vendo, por exemplo, uma queda nas vendas de automóveis”, diz. “Por isso eu acho que estamos com o tamanho certo para enfrentar a crise e com os clientes perfeitos para isso também”, completa. Ele ainda afirmou que é “desproporcional, neste momento, as agências oferecerem soluções para Cannes e não criar soluções de negócios para os clientes”.

INÍCIO

Primeira campanha criada pela agência para a Pokerstars traz o ex-jogador Ronaldo como garoto-propaganda da marca

A operação, que hoje conta com sete clientes na carteira, tem como meta ajudar no crescimento dos anunciantes. “Esperamos crescer com os nossos parceiros. Trabalhamos para fazer com que eles cresçam”, garante Vinícius Reis, sócio e COO da empresa. De acordo com Marcos Medeiros, também sócio da CP+B, a função deles vai bem além. “Não nos consideramos publicitá-

rios apenas, somos ‘resolvedores’ de problemas”, diz. A empresa tem como clientes Mondelez, as revistas Quatro Rodas e VIP (Editora Abril), Corona, AB InBev – primeira conta global da agência –, Pokerstars, e duas novidades: Cepêra e a plataforma online Minuto Seguros. A primeira ação para Cepêra começou na última sexta-feira (6). Em

uma parceria com o Buzina Food Truck, foram criados molhos especiais feitos com produtos da marca. As receitas serão servidas por dois meses nos food parks de São Paulo. “A nova geração da empresa reformulou todo o processo fabril e as embalagens. Eles partiram para buscar um parceiro de comunicação. O nosso trabalho com eles ainda está no início”, revela Reis.

Outra campanha feita pela CP+B, que também estreou na sexta-feira, foi a da Pokerstars, que tem Ronaldo como garoto-propaganda. A marca, que sempre teve uma agência própria para campanhas, decidiu, no fim do ano passado, buscar um parceiro para a comunicação. “Eles passaram o briefing para algo local, avisando que tinha chance de ser uma campanha glo-

As primeiras conversas para o escritório brasileiro começaram em junho de 2013, quando os sócios Marcos Medeiros e André Kassu estavam cursando um módulo na Berlin School of Creative Leadership e conheceram Chuck Porter, chairman da Crispin e um dos fundadores da agência. A operação brasileira é independente da rede, mas existe um intercâmbio de ferramentas e de know-how. A Crispin Porter + Bogusky, fundada em 1988 em Miami, foi considerada a agência mais disputada nos Estados Unidos nos anos 2000. Em 2009, ela foi eleita a “Agência da Década” pelo AdAge e já recebeu o título de “Agência do Ano” 13 vezes pela imprensa especializada no mercado norte-americano. A companhia é a única que já conquistou duas vezes o Grand Prix de Titanium no Cannes Lions.

Campanhas Com o mote “O café forte do Brasil”, marca da Master Blenders segue linha adotada em 2014 em filme da J.Walter Thompson

Pilão mostra sua força em comercial Fotos: Divulgação

Produzido pela Landia e com direção de Rodrigo Saavedra, “Escritório” será veiculado nacionalmente em TV aberta e por assinatura; marca é líder de mercado, com 12% de share no país

por Daniel Milani Dotoli

E

ntra no ar nesta segunda-feira (9) o filme “Escritório”, o primeiro de Café Pilão no ano de 2015. Assinado pela J.Walter Thompson, o conceito criativo segue o objetivo de reforçar o posicionamento de liderança da marca no mercado brasileiro em momentos variados de consumo do café, que transmitam a força de Pilão, posicionado na assinatura como “O Café Forte do Brasil” – a mesma utilizada no ano passado.

Os filmes, aliás, seguem o mesmo conceito. Em 2014, a gotinha do café provocava, no comercial, uma tremedeira em uma mesa de café da manhã e, em outro filme, de forma mais exagerada, um terremoto. O “exagero” também se faz presente – mas de forma bem-humorada e com uma produção muito bem realizada – em “Escritório”. Nele, um rapaz ignora o aviso do elevador, que diz para não entrar às 17h. É a hora do café, cuja gota faz os vários departamentos de uma empresa tremer. O elevador, no caso, despenca, com o funcionário apa-

recendo depois caído no chão, atônito, com todos os papéis que carregava espalhados. A moça do café ainda diz, com desdém: “Primeiro dia”. O filme, produzido pela Landia e com direção de cena de Rodrigo Saavedra, integra o plano robusto da marca para o mercado brasileiro em 2015, focado predominantemente em TV aberta e por assinatura. “Também teremos patrocínios e merchandising. Assinamos inicialmente com o ‘Mais Você’, de Ana Maria Braga, e iremos intensificar ações no ponto de venda, que é decisivo na

escolha da compra”, revela Ricardo Souza, diretor de marketing da Master Blenders, companhia que detém a marca. Souza afirma que o comercial faz parte de uma trilogia iniciada no ano passado e não significa que será o último seguindo o mesmo conceito. Ele também afirma que a TV é prioritária e o digital não está no foco da companhia. “Teremos ativações no Facebook e iremos colocar o comercial em nossa página. Porém, não temos planos agressivos para o digital no momento, até pelo segmento que atuamos, de abrangência

nacional, onde é preciso atingir o máximo de consumidores possíveis.” A campanha tem criação de Daniel DelToro, Andrea Pissarro e Waldemar França, com direção de criação de Ricardo John, Fábio Simões e Mariana Borga. Trilha da Big Foote.

MERCADO Segundo Ricardo Souza, hoje Pilão é líder em São Paulo, com 35% de share, e no Rio de Janeiro, com 41%. No Brasil também ocupa a liderança, mas o número cai para 12% de share. “É um

mercado muito pulverizado, com 10, 15 marcas atuando nos PDVs. Mais um motivo de usarmos a TV aberta para fortalecer a marca em outras regiões brasileiras. Afinal, café é consumo de massa”, afirma. Em relação ao mercado, o executivo acredita que existem movimentos para agregar mais valor ao café. Caso da monodose, onde Pilão atua com a marca Sanseo, sistema de cafés coados em sachês. “Já o café torrado e moído passa por uma retração em função da inflação das commodities”, completa.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 13

ENTREVISTA Tarcísio Gargioni

Avianca cresce acima do mercado Alê Oliveira

A Avianca Brasil adotou em 2010 processo de reestruturação que dura até hoje. Entre as mudanças está a alteração da marca, além da substituição da frota com a entrada de novas aeronaves. Nesta entrevista, Tarcísio Gargioni, vice-presidente comercial e de marketing da companhia, conta como a empresa quadruplicou de tamanho em quatro anos, saindo de 2% de participação de mercado para 8%. O executivo fala também da parceria com a Star Alliance e dos desafios da empresa para 2015, que inclui aumento da frequência e de representativade.

p o r A n d r é a Va l e r i o

A Avianca Brasil passa por um processo de reestruturação. Quais foram as principais mudanças? A empresa vem passando por muitas mudanças desde 2010. Primeiro trocamos a marca e deixamos de usar OceanAir. Depois, iniciamos a renovação da frota, o que trouxe um grande diferencial para a companhia. Tudo isso resultou em um grande retorno para a empresa, que saiu dos 2% de participação de mercado para os 8% de market share registrado no ano passado. Atualmente, somos a empresa brasileira que mais cresceu em volume, receita e pessoas. Quase quadruplicamos em quatro anos. Em 2014, que foi um período de baixo crescimento para o setor, em função de eventos que desestabilizaram a economia, nossa empresa cresceu 24%, enquanto o mercado registrou aumento de 5%. Apesar da Copa do Mundo, 2014 não foi um ano bom para a aviação? Não podemos dizer que foi ruim, já que foi um ano atípico e com uma economia retraída. Mas, no período da Copa, a demanda foi menor do que o normal, já que nessa ocasião o mercado corporativo, que representa dois terços do público que viaja regularmente, deixou de voar. O que tínhamos eram picos de voos lotados nos jogos do Brasil. Aeronaves cheias para Fortaleza, por exemplo, mas, durante o jogo, ninguém decolava e o avião tinha que voltar. Então, foi bastante complicado, porque eram

movimentos concentrados e unidirecionais. Qual a previsão de crescimento para este ano? Nossa meta é crescer 15%. A que se atribui o crescimento da Avianca acima do mercado? Na verdade, temos três fatores que impulsionam esses bons resultados. Primeiro, oferecemos um produto diferenciado, no que se refere à prestação de serviço. Possuímos aeronaves novas e bom espaço entre as poltronas, o que acaba sendo um grande diferencial, já que hoje temos uma boa parte da população que necessita dessa comodidade. São 20 milhões de pessoas com mais de 60 anos, uma quantidade enorme de gestantes e pais com crianças pequenas. Também há uma parcela da população com mais de 1,90 m de altura. Além, claro, de executivos que querem trabalhar durante o voo. Então, temos um grande potencial de crescimento nesse nicho que requer tratamento diferenciado. Quais outros fatores? Também oferecemos entretenimento, com televisão individual nas aeronaves novas. Além disso, não abrimos mão de oferecer lanche, de preferência quente. Outro diferencial é o atendimento ao cliente. Também temos focado no aumento da frequência dos voos. A combinação desses fatores faz com que o produto todo seja considerado o melhor do Brasil. Como a empresa vem trabalhando o aumento da frequência? A companhia optou por focar

seu atendimento no cliente corporativo, que, atualmente, representa a maioria dos passageiros aéreos. Para isso, é preciso investir no aumento da frequência, muito mais do que nos destinos oferecidos. A empresa vai aumentar os destinos? Ainda não é foco da empresa, podemos aumentar um ou dois destinos, mas o foco será aumento de voos nos locais onde já operamos. Hoje, são quantos destinos? São 22 destinos e 24 aeroportos, já que São Paulo e Rio de Janeiro têm dois aeroportos. Como a empresa trabalha a comunicação? A comunicação tem sido bastante importante, desde a troca da marca. No começo era preciso anunciar a mudança, oferecer um produto diferenciado para conseguir atingir o consumidor, que está cada vez mais exigente. Para isso, também precisávamos cobrir outras frentes. O seviço de atendimento ao consumidor

iniciativas. Recentemente, por exemplo, fizemos uma ação com alguns atores dentro das nossas aeronaves que teve bastante repercussão. Como foi essa iniciativa? A ideia era conscientizar a prevenção do HIV. Durante o percurso, que ia até Salvador, Emílio Dantas, ator que interpreta Cazuza no musical em homenagem ao cantor, se levantou de sua poltrona, na última fileira e, caracterizado como Cazuza, cantou clássicos como “Exagerado”, “Bete Balanço” e “Brasil” pelo corredor. Outros cantores, que também participam do musical, engrossaram o coro, acompanhados pelo guitarrista sentado na primeira fileira. A ação fez parte de um webfilme exibido nas mídias sociais da Avianca. No ano passado, também fizemos uma ação semelhante com a Turma da Mônica e a seleção masculina de vôlei. Que retorno essas ações trazem para a marca? São muito importantes para a construção da marca. Quan-

“Nossa meta para 2015 é crescer 15%, em relação ao ano passado, enquanto o mercado deve manter o mesmo número do ano de 2014, cerca de 5%. Um resultado bom se levarmos em conta o momento do país” também foi adaptado, assim como nosso site, que foi todo reformulado. A meta era que todos falassem a mesma língua. Qual é a agência da companhia? A Rap Collins, que tem uma característica de trabalho bastante forte nas redes sociais e temos focado nessa mídia. Claro que não podemos esquecer as ações junto aos canais de distribuição, como as agências de viagens, que são muito importantes. A companhia não investe em campanhas offline? Não é nosso foco, nem temos recursos para isso. Optamos pelo online e por ações que acabam fortalecendo algumas características da marca. Criamos o Avianca Cultural, que tem como foco o apoio ao teatro. Temos também um projeto na área esportiva, com patrocínio de alguns atletas. Dentro dessa linha, também apoiamos a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, entre outras

do o cliente reconhece nossos valores, enxerga os diferenciais dos nossos produtos e serviços, acaba estabelecendo uma relação de confiança. Hoje, não é mais possível uma empresa focar suas ações em um único aspecto. É preciso estar atento a tudo. Como a empresa trabalha as redes sociais? Temos um monitoramento bastante grande das redes sociais. Além disso, realizamos promoções e ativações. Nosso engajamento é bem forte, muito acima da média dos nossos concorrentes. A empresa não pretende dar saltos maiores, com campanhas mais agressivas? Por enquanto não temos planos, os recursos teriam que ser maiores. Além disso, temos conseguido bons resultados com as mídias alternativas e ações diferenciadas. Acredito muito que várias pequenas coisas certas

acabam contribuindo para o sucesso de uma marca, assim como muitas pequenas coisas erradas podem culminar no fracasso. Atualmente, qual é o público-alvo da Avianca? Do nosso público, 85% é formado pelas classes A/B. Mas não segmentamos. Essa seleção é feita naturalmente, pela característica da operação. Os preços são semelhantes aos praticados pelo mercado? São equivalentes, sim. Mas não brigamos por preço. Na nossa comunicação, por exemplo, em nenhum momento abordamos esse ponto. A estratégia da companhia é sempre falar dos diferenciais. Mas para o mercado, de uma forma geral, o preço ainda é decisivo? O consumidor ainda compara preço, sim. Mas já fizemos várias pesquisas que apontam que ele está disposto a pagar um pouco a mais, desde que entenda que está comprando um produto com qualidade. Ainda neste ano, a empresa vai parar de trabalhar com o Fokker-100. O que isso muda para a companhia? Até setembro, a empresa deverá retirar todos os seus Fokker-100, também conhecidos como MK-28, de operação. Os equipamentos serão substituídos por aviões A320. Além de ter uma capacidade de transporte de passageiros inferior ao Airbus, a operação do Fokker-100 é, em média, 20% mais cara. E no que se refere à comunicação? Com a saída dessas aeronaves, vamos poder trabalhar de forma mais homogênea, porque atualmente temos que ser bastante cuidadosos com o que falamos, para não prometer o que não entregamos em todas as aeronaves, já que os níveis são diferentes. Recentemente, a Avianca também passou a operar com o Boeing 787-8. Que retorno esse aquisição traz para a companhia? A Avianca Internacional deu início neste mês aos voos de São Paulo a Bogotá com os Boeing 787-8 Dreamliner. A partir de agora serão dois voos diários com o jato mais avançado da Boeing a partir do Aeroporto

de Guarulhos (SP). Mas vale lembrar que a Avianca Brasil tem uma operação totalmente separada e distinta. Somos apenas o representante comercial. Mas é claro que essa troca da aeronave é um avanço qualitativo para os clientes e também para o Brasil, já que a marca é a mesma. Hoje, existem quantas empresas atuando neste segmento? São duas empresas, que têm em média 37% do mercado (TAM e GOL), uma com 17% (Azul Linhas Aéreas) e a Avianca, com 8%. Qual a meta de market share da Avianca? Não temos meta, mas estamos aproveitando as oportunidades. Neste ano vamos fazer um complemento de renovação da frota. Sair de um avião de 100 lugares para um de 160, o que já representa um ganho significativo. Além disso, ele consegue voar mais horas. A Avianca Brasil vai ingressar na Star Alliance em junho deste ano. O que isso trará de benefícios para os passageiros? Essa é a maior aliança entre companhias aéreas no mundo. Com a saída da TAM, a companhia ficou sem uma aliança e a Avianca internacional já faz parte da Star Alliance. Isso significa que o cliente que voar conosco contará com 28 companhias aéreas no mundo. É um passo gigante e a empresa está sendo preparada desde o ano passado para a integração entre as redes. Em termos de crescimento, o que isso deve representar? Estimamos um aumento de passageiros internacionais. O crescimento deve ser na ordem de 3% a 5%.

O mercado deve crescer neste ano? Ainda existe muita incerteza e é difícil prever. Mas, sem a sazonalidades do ano passado e com os feriados prolongados, o crescimento deve repetir os 5%. Claro que temos de levar em conta o endividamento das pessoas, a redução de crédito e o corte de orçamento do governo, são fatores que refletem diretamente no nosso negócio. Por outro lado, não podemos esquecer que a importância da viagem na vida das pessoas cresceu muito e passou a fazer parte da cesta de consumo.


RINO COM

14 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

Se depender do talento das mulheres, o mercado ainda vai ter muitas notícias boas. 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Uma homenagem do jornal propmark a quem se destaca todos os dias no mercado de trabalho.

www.propmark.com.br


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 15

Mercado Presidente da Loducca, Celso Loducca aborda a criatividade na Casa do Saber

Veículos Fábio Barbosa pediu desligamento

Criativos são temas de livro

Giancarlo Civita reassume Abril Mídia

Fotos: Marçal Neto

Alê Oliveira

Giancarlo Civita assume lugar que era de Fábio Barbosa

M

Loducca (último, da esquerda para a direita), com os “personagens” Aquino, Lima, Vázquez, Srur e Bastos p o r R a fa e l Va z q u e z

C

elso Loducca, fundador e presidente da agência Loducca, lançou o livro “Grandes Criativos” na semana passada, em São Paulo. A obra é um compilado de entrevistas conduzidas pelo publicitário em debates na Casa do Saber, onde é sócio, com oito nomes de destaque em diversas áreas. As conversas escolhidas trazem ideias do chef de cozinha Alex Atala; do designer Marcelo Rosenbaum; dos escritores e roteiristas Alexandre Machado e Marçal Aquino; do artista visual Eduardo Srur; do jornalista Paulo Lima; do diretor e dramaturgo Rodolfo García Vázquez e do compositor Ronaldo Bastos. De acordo com Loducca, o critério para a seleção dos nomes foi a diversidade de atividades e representantes reconhecidos em profissões variadas que têm a criatividade como um diferencial. “É um livro muito prazeroso, com histórias sobre o processo de

Livro é o segundo organizado pelo publicitário na Casa do Saber

criação de pessoas interessantes”, diz. Para o publicitário, a obra é recomendada para vários públicos ao mesmo tempo. “Desde em-

presários, que hoje entendem que a criatividade é importante também para os negócios, até pessoas que se interessam pelo assunto

no dia a dia. É para quem dá valor à criatividade”, comenta. Loducca, que atualmente apresenta o programa “Quem Somos Nós”, na Rádio Eldorado, conta que já recebeu propostas de editoras para organizar mais obras com algumas das mais de 80 entrevistas gravadas. “É um prazer absoluto conversar com pessoas que têm muito a dizer e poder compartilhar isso”, revela. Editado por meio de uma parceria entre a Casa do Saber e a Papirus Editora, a obra “Grandes Criativos” contém 320 páginas e o preço de capa da primeira edição é de R$ 77,90. Este é o segundo livro organizado por Loducca a partir de debates realizados na Casa do Saber. O primeiro foi “Grandes Publicitários”, que apresentou um compilado de entrevistas com nomes como Nizan Guanaes, Marcello Serpa, Roberto Duailibi e Washington Olivetto, entre outros, falando sobre assuntos que vão além da publicidade.

Campanhas Always e Hope fazem ações sobre vazamentos de vídeos na internet

Sebrae/RJ e ESPM investem em séries O

Divulgação

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A apresentadora Sabrina Sato protagoniza a campanha da marca de absorventes da Procter & Gamble

tamentos seguros na web”, explicou Leonardo Romero, porta-voz da marca Always no Brasil. “No ano passado, a Safernet contabilizou 224 casos onde 81% apontavam as mulheres como principais vítimas. Ao longo do projeto, conheci meninas e mulheres que passaram por essa si-

tuação e esse tema me tocou profundamente”, disse Sabrina. Outra ãção que gerou buzz em torno do vazamento de vídeos foi a da Hope. A marca veiculou a campanha “A Intimidade é Sua”, onde a top Fernanda Tavares e outras modelos, de lingerie, gravavam vídeos de si mesmas. Com

Fernanda, em off, falando: “Vamos deixar uma coisa bem clara? Essa é a nossa intimidade. E a gente faz o que quiser com ela. A gente, não você”. A campanha de Always tem criação da Leo Burnett Tailor Made, enquanto o trabalho para Hope é assinado pela We.

a convite de Roberto Civita, ter contribuído para a Editora Abril permanecer no seu relevante papel de defensora da liberdade de imprensa e de expressão, qualidades fundamentais para a construção de uma sociedade democrática”, diz Barbosa. “Deixo a gestão da Abril Mídia com a certeza de ter cumprido um importante ciclo e confiante de que a empresa está mais forte para enfrentar os desafios em um mercado que está passando por mudanças profundas em todo o mundo.” A troca de comando na Abril Mídia vem após um período de adequação da empresa às rápidas mudanças no mercado de mídia. Desde o fim de 2011, quando Barbosa assumiu o cargo, houve uma importante redução de custos no grupo, principalmente na área operacional e de suporte. De 2013 para cá, houve também uma revisão do portfólio de títulos.

Ensino Instituições lançam escola para TV

p o r C l a u d i a Pe n t e a d o

Ações online geram buzz

m vídeo-teaser da apresentadora Sabrina Sato seminua em um quarto se espalhou pela internet na semana passada e gerou polêmica. A explicação, no entanto, veio logo depois. O tal “vazamento” faz parte de uma campanha conjunta da Always, da P&G – que tem Sabrina como embaixadora –, e da SaferNet em defesa da proteção da privacidade das mulheres na internet. “Queremos engajar a sociedade contra o vazamento de informações na internet através de uma campanha de conscientização que pretende alertar sobre os riscos da exposição indesejada nas redes sociais, que pode comprometer a confiança e a auto-estima das nossas consumidoras. Acreditamos no uso consciente das mídias sociais como forma de expressão e conexão com a sociedade. Para nos ajudar a trazer visibilidade para este tema, buscamos o apoio e a expertise da SaferNet, que atua na orientação sobre boas escolhas online e para a adoção de compor-

udança de comando na Abril Mídia. Giancarlo Civita, chairman da Abrilpar, anunciou na última sexta-feira (6) que reassume a presidência executiva da empresa, no lugar de Fábio Colletti Barbosa. Segundo comunicado da empresa, a convite de Giancarlo e Victor Civita Neto, presidente do Conselho Editorial, Barbosa continuará participando das reuniões de pauta da revista Veja. A Abril informou que Barbosa pediu desligamento com o objetivo de ter uma agenda mais livre para projetos dos quais já faz parte e outros com os quais gostaria de se envolver. Juntamente com os acionistas, concluiu que havia chegado o momento de encerrar seu ciclo no comando da empresa, depois de uma grande reorganização na Abril Mídia. “Tenho a honra de,

Sebrae/RJ e a ESPM formaram uma parceria para a criação da Escola de Séries de TV, que funcionará até março de 2016 com foco no aperfeiçoamento de narrativas e gestão do negócio de séries televisivas. O projeto é patrocinado pela RioFilme, tem apoio de O Boticário, curadoria da produtora The Alchemists e consultoria da Esmeralda Produções. Maurício Mota, chefe de storytelling e cofundador do The Alchemists, afirma que o papel da produtora é ajudar a ESPM a desenhar as aulas e oficinas que demonstrem para roteiristas e produtores que métodos e processos são essenciais tanto para roteiro quanto para desenvolvimento de produto e gestão. A parte criativa não é tão preocupante, embora exista a necessidade de melhorar produtos. Mais importante, na visão dele, é contribuir para aprimorar processos de gestão das micro e pequenas empresas participantes e, assim, ampliar cada vez mais o acesso aos mercados nacional e internacional. “A mão de obra brasileira é criativa demais. Mas precisamos dominar os métodos e processos de desenvolvimento de roteiros e produção executiva”, fala

o executivo, um dos responsáveis pela série “East Los High”, exibida no Hulu (serviço de streaming de vídeo), cujo case ele afirma ter inspirado a Escola de Séries. Dos 52 cursos, 26 estão relacionados às competências técnicas de gestão de negócios. Os outros 26, a narrativas e linguagem audiovisual para TV. O programa inclui ainda um seminário com palestras e máster classes com talentos do mercado internacional, além de um laboratório de imersão. Serão três temporadas e todas as vagas para a primeira, voltada para a criação do projeto piloto, foram preenchidas. A segunda temporada será voltada à gestão da empresa e à captação de recursos. A terceira trabalhará nos ajustes dos roteiros para apresentação no congresso RioContentMarket 2016. “O projeto surgiu com a percepção de que estamos em um processo de reestruturação do mercado audiovisual no Brasil. Por isso, a Escola de Séries pretende preparar os empreendedores do mercado para outros modelos de negócio”, diz Rodrigo Carvalho, coordenador do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação da ESPM Rio. O primeiro curso teve início em 28 de fevereiro e as aulas são realizadas na sede da ESPM, no Rio.


16 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 9 de março de 2015

COMO E N F R E N TA R DESAFIOS E SUPERAR O B S T Á C U L O S, PA R A CONTINUAR A CRESCER PATROCÍNIO:

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São paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 17

Um amplo debate com os maiores líderes do setor sobre os compromissos e as responsabilidades do varejo depois de dez anos de crescimento. As práticas de alta performance para manter o crescimento de toda a cadeia de valor do varejo e da indústria de consumo no Brasil. DE 20 A 22 DE MARÇO H OT E L S O F I T E L J E Q U I T I M A R G U A R U J Á - S Ã O PA U L O W W W. F O R U M D O VA R E J O. C O M . B R I N I C I AT I V A :

APOIO INSTITUCIONAl:

COLABORAÇÃO:

FORNECEDORES OFICIAIS:

REALIZACÃO:


18 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

Anunciantes Trabalho é da TBWA\Chiat\Day e Media Arts Lab

Apple lança campanha com fotos tiradas pelo iPhone 6

INTERVALOINTERVALOINTER Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

p o r A n a Pa u l a J u n g

“W

orld Gallery” é o nome da nova campanha da Apple para o iPhone 6 que está sendo veiculada no mundo inteiro e também no Brasil. O trabalho, que foi lançado semana passada em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, expõe fotos tiradas por usuários do aparelho que foram transformadas em peças de mídia exterior como empenas de edifícios, abrigos de ônibus, mobiliário urbano e outras mídias de rua. A ideia é remeter a uma grande exposição de fotos ao ar livre, fazendo uma celebração entre o usuário e o telefone com seus aplicativos. A campanha foi desenvolvida pelo sistema de cocriação entre a TBWA\Chiat\Day, de Los Angeles, e o Media Arts Lab – uma rede independente exclusiva para atender a Apple que está presente em 25 países, inclusive no Brasil, onde é dirigida por Alexandre Baroni, business director, e Thiago Ferraz, business director-media. A nova galeria de rua da Apple é chamada de “Clicada com o iPhone 6”, e conta imagens registradas no Brasil e em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Islândia, Coreia do Sul, China, Escócia, Indonésia, Tailândia, Nova Zelândia, entre outros. São 77 fotógrafos em mais de 70 cidades diferentes de 24 países. Apenas recentemente a marca começou a veicular campanhas no Brasil. A primeira, também de mídia exterior, foi feita em junho de 2014, com foco na Copa do Mundo, usando o tema “Que bonito é” e destacando as cores do nosso país. Também foram feitos trabalhos no ano passado para o

A diretoria da WMcCann foi homenageada pela Editora Abril em coquetel que celebrou os 80 anos da chegada da McCann no Brasil e os cinco anos da existência da WMcCann, que serão completados em maio próximo. No encontro, que contou com a presença do presidente da Abril, Alexandre Caldini, e do vice-presidente do Conselho Editorial, Thomaz Souto Corrêa, além de diretores das áreas de publicidade e editorial, mais de 30 executivos da agência foram recebidos com discursos que exaltaram os mais de 60 anos de parceria entre as empresas. Uma homenagem especial foi rendida a Altino João de Barros, “o decano da mídia no país” e profissional com mais de 70 anos de atividade na agência. Na foto, Yara Apparicio (VP de mídia da WMcCann), Paulo Gregoraci (COO da WMcCann), Caldini, Correa, Washington Olivetto (chairman da WMcCann) e Martin Montoya (presidente da WMcCann).

Brasília, São Paulo e Rio receberam a ação no Brasil

iPhone 5C e para o lançamento do iPhone 6, em dezembro, com filme estrelado pelos atores Alexandre Nero e Marcelo Serrado.

Pelo mesmo sistema de cocriação, cada país escolheu personalidades para estrelar as suas campanhas.

O The Cup Awards – que reúne os finalistas de competições regionais, caso do Fiap – revelou na semana passada, na Eslovênia, os vencedores de sua oitava edição. Entre eles, sete brasileiros: três da Leo Burnett Tailor Made, sendo dois para o case “Vem pra Rua”, para a Fiat, e “Enterro do Bentley”, para a ABTO; dois da AlmapBBDO, com “85 segundos”, para Getty Images (foto), e “Mega Print”, para HP; e outros dois da DM9Rio com “Tweet Censurado”, para Anistia Internacional. O vencedor do The Grand Cup foi o case “The Hornbach Hammer”, da agência alemã Heimat para Hornbach Baumarkt AG. O júri foi presidido por Michael Conrad, presidente da Berlin School of Creative Leadership, e contou com a presença do brasileiro Álvaro Rodrigues, sócio e diretor de criação da Africa Rio.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 19

dia internacional da mulher

Característica varia além do gênero por Cristiane Marsola

62%

das Elites estão em

32%

31%

Régis Schwert

das mulheres

das Consumistas

Contemporâneas Dia Internacional da São Paulo são paulistanas estão em São Paulo Mulher, que é comemorado em 8 de março, inspira discussões sobre diferenças de gêneros em todo o mundo. Desde das Conformadas o século passado, quando o modas Consumistas vimento feminista ganhou visibisão cariocas são do Rio lidade global, muitas mudanças de Janeiro aconteceram, mas ainda há um grande caminho pela frente até que mulheres e homens conquistem igualdade de direitos, respeitando as características de cada gênero. A Ipsos MediaCT divulgou uma pesquisa que mostra o perfil da mulher brasileira, confirmando que as diferenças existem. Segundo a pesquisa, as características do público variam muito mais do que apenas de acordo com o gênero. “Não se pode achar que todas as mulheres têm o mesmo comportamento”, explicou Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos MediaCT. O estudo divide a população de 13 macrorregiões do país em 13 categorias. Os números confirmam que as diferenças entre homens e mulheres não podem ser ignoradas das mulheres pelas marcas. Em alguns casos, a das pesquisa reafirma os lugares coAmbiciosas estão muns. Na categoria Tecnológicos, Tecnológicas estão São Paulo e em em por exemplo, são apenas 3% de em São Paulo Porto Alegre mulheres, frente a 97% de homens. Neste grupo, estão os consumidodas Novas res que adoram o mundo virtual Alternativas estão e gadgets eletrônicos de todo tipo, Fonte: Ipsos MediaCT em Porto Alegre além de automóveis, esportes, humor e passatempos. Fotos: Divulgação Já entre os Consumistas, elas são 91%, contra apenas 9% deles. As Consumistas são pessoas que têm prazer em fazer compras; superficiais; preocupadas com a própria imagem; e gostam de assuntos relacionados a celebridades. Além da questão de gênero, a pesquisa mostra que as diferenças culturais de uma região para outra também têm grande influência no comportamento. “Por exemplo, as Dedicadas são 22% das brasileiras, mas são 30% das mulheres da região Centro-Oeste e 15% das nordestinas”, contou Oliveira. As Dedicadas são conservadoras, tradicionais e religiosas. Observadoras da realidade, elas usam a TV e o rádio como janelas para o mundo e se interessam por temas como beleza, saúde, bem-estar, casa e pelo lar. O estudo da Ipsos MediaCT mostrou que o maior número de mulheres do grupo de Novas Alternativas está em Porto Alegre: são 25% delas. Elas são pessoas independentes, pouco tradicionais e não apegadas a convenções. O Rio de Janeiro tem a maior concen- Cecília Russo: campanhas baseadas nas necessidades Beia Carvalho: números mostram que não teve evolução Marlene Bregman: situação não é falta de competência tração de Conformadas (25%), que é um grande contingente de mulhevivem em condições econômicas res em cargos de gerência média. apertadas e não veem muita persEu me questiono por que elas não pectiva de mudança, por isso aceivão adiante. Vejo dois pontos. Pritam as dificuldades como um peso meiro, para as mulheres que valorinecessário. zam uma vida fora do trabalho, fica Já as Ambiciosas estão concenAlê Oliveira incompatível um cargo alto porque tradas em São Paulo e Porto Alegre, os veículos, assim como nas soas ficam mais atentas à nossa demanda muita energia. Depois, talcom 19% delas em cada região. “Há outras áreas da comunicaperformance”, completou. vez essa constatação de que a indúsuma tendência a achar que Ambição, ainda não é muito comum Judith citou que uma pesquitria da comunicação é moderninha, ciosas e Novas Alternativas estejam que as mulheres estejam nas sa da OIT (Organização Interde vanguarda, não seja tão real. Pono Sudeste, mas elas se concentram primeiras linhas do organogranacional do Trabalho) mostrou de ser que haja uma cultura de ser na região Sul”, contou Oliveira. As ma das empresas. No entanto, que, se continuar a crescer no um jogo de meninos”, explicou. mulheres Ambiciosas são mais fose existe o preconceito de gêmesmo ritmo, a igualdade de De acordo com Marlene, uma cadas na vida profissional, práticas, nero, ele não é percebido pelas gênero só será alcançada em hipótese é que haja falta de iniciaticoncentradas em tecnologia, economulheres que alcançaram carcem anos. “É um processo lenva. “Não acredito que um diretor de mia, finanças, política e mercado gos importantes nos veículos. to, com idas e vindas, progrescriação se recuse a trabalhar com de trabalho. A superintendente da Folha sos e retrocessos. Mas no médio uma mulher. A impressão que eu Em São Paulo, estão 62% das de S.Paulo, Judith Brito, foi a e longo prazo a tendência é de tenho é que menos mulheres proElites, que são mulheres moderaprimeira mulher a ocupar a premaior igualdade, sem dúvida.” curam a criação”, opinou. das em seus prazeres, apesar da sidência da ANJ (Associação NaA diretora de responsabiliPara haver mudança é necessáposição invejável na sociedade. cional dos Jornais), entre 2008 dade social da Globo, Beatriz rio debater o assunto. O Publicis Grandes consumidoras de cultura, e 2012, e contou que nunca se Azeredo, também concordou Groupe, por exemplo, criou o Vivaelas vivem de forma discreta e vasentiu preterida por ser mulher. que as mulheres vêm ganhando Women, um movimento mundial lorizam seu tempo. “Nas diretorias de empresas, mais espaço e o preconceito é que reúne mulheres do grupo todo De acordo com o executivo, ao meus chefes e colegas são homenor. “Em alguns mercados já para network. “Começamos agora longo dos anos, a pesquisa mostrou mens, mas não tenho qualquer não vemos mais essa distinção. no Brasil exatamente para as mua mudança no comportamento das problema em lidar com eles”, Na Globo, por exemplo, temos lheres ganharem uma voz maior”, mulheres. “Cada vez mais as mucontou Judith. Pelo contrário, várias mulheres em posições explicou Marlene. De acordo com lheres têm extrema importância. para a executiva, se ser mulher de liderança, que estão equipaBeia, é preciso usar essa caracteElas estão mais racionais e ocupantem alguma influência em sua radas a homens que ocupam a rística da facilidade de comunido mais cargos de destaque. Hoje carreira é positivamente. “Às vemesma posição”, disse. Entre cação, tida como feminina, para elas são, sem dúvida, formadoras zes sinto que, por ainda serem as executivas da empresa está instigar cada vez mais a discussão. de opinião e estão encontrando o raras as mulheres em cargos de Thais Chede Soares, que chegou “Quando começamos debates desequilíbrio entre profissão, bem-esdireção, sou recebida com mais à emissora no fim de 2014 para sa complexidade parece que eles tar e vida pessoal”, disse. curiosidade e atenção. É um deassumir como diretora executinão vão dar em nada, mas em uma safio, porque há ‘algo a provar’, va de Projetos Especiais, após Mudanças perspectiva histórica é assim que mas tem um lado bom: as pes25 anos na Editora Abril. A questão de gêneros é notícia no começam todas as mudanças”, deJudith Brito foi a primeira mulher a assumir a presidência da ANJ dia a dia. No mês passado, ao recefendeu Beia. Além da presença nas ber o Oscar de melhor atriz coadju- homens e mulheres sejam de fato por grupo de 100 mil mulheres. Os próprias mulheres acabam alimen- sultora de planejamento estratégico agências e anunciantes, também vante, Patricia Arquette surpreen- respeitados igualmente. números mostram que não houve tando os estereótipos. “Se não esti- da Leo Burnett. se percebe que a mulher retratadeu a plateia ao pedir igualdade de A diretora-geral do Grupo Troia- da na propaganda ainda segue, As estatísticas são nada anima- evolução”, disse Beia Carvalho, fun- véssemos perpetuando isso, não esdireitos e salários entre os gêneros. doras. “A ONU estima que 66 mil dadora e presidente da consultoria taríamos nessa situação. Por exem- no de Branding, Cecilia Russo, que muitas vezes, os padrões de um Aqui no Brasil, a Câmara dos De- mulheres tenham sido assassina- de inovação 5 Years From Now. plo, muita mulher se sente inferior está em Atlanta, nos Estados Uni- mundo dominado pelos homens. putados aprovou, na semana pas- das entre 2004 e 2009 por serem O que muitas mulheres já ques- se está sem marido”, falou Beia. dos, terminando um mestrado em “Na área financeira, por exemplo, sada, um projeto para transformar mulheres. No Brasil, foram quase tionam hoje é a própria responsabi- “Talvez a mulher aceite tacitamente estudo de gêneros, vai pela mesma os anúncios são unissex. Cada vez o feminicídio em crime hediondo. 44 mil mulheres assassinadas entre lidade na continuidade do machis- ganhar menos ou ela tomaria outra linha ao questionar o motivo de elas mais nós vamos caminhar para Mas, apesar de o assunto estar em 2000 e 2010. Em 30 anos, dobramos mo. Longe de querer culpar a víti- posição. Mas o que eu tenho certeza não serem tão encontradas em pos- isso: as campanhas serão mais bavoga, ainda há muito a ser feito nosso abominável, repugnante, ma pelo crime, é preciso se atentar é que não é falta de competência”, tos de liderança na área de comuni- seadas nas necessidades e não nos para garantir que os direitos de status de 2,3 para 4,6 assassinatos ao fato de que, muitas vezes, as concordou Marlene Bregman, con- cação. “O que eu vejo nas agências gêneros”, falou Cecília.

O

25%

23%

40%

25%

Igualdade virá em 100 anos

N

19%


20 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

dia internacional da mulher

Publicidade abre espaço na criação

Fernanda Romano busca a diversidade na criação da Naked Brasil p o r R a fa e l Va z q u e z

A

evolução científica e da própria sociedade ajudou a reconhecer que a criatividade é um talento inerente ao ser humano independentemente de gênero ou cor de pele. No entanto, a publicidade mantém um fato incômodo: há pouquíssimas mulheres nos departamentos de criação das agências. “É um fato. Não dá para discordar. Se você ligar e perguntar quantas mulheres tem no quadro de criação, você percebe isso facilmente”, afirma Fernanda Romano, sócia e diretora-geral de criação da Naked Brasil. A primeira conclusão seria dizer que o mundo da publicidade é machista, afinal o machismo ainda está presente tanto na publicidade como na sociedade em geral, porém também é um fato que as agências estão repletas de mulheres em outros departamentos, como atendimento e planejamento, inclusive em posição de liderança, como é o caso de Celina Esteves, vice-presidente-executiva da Africa. “Atendimento tem um número bem grande de representantes do sexo feminino porque a mulher é naturalmente multidisciplinar e lida melhor com vários assuntos ao mesmo tempo, o que combina com a função. Mas a verdade de que há poucas na criação não é falta de vocação nem de interesse”, diz a executiva. Se fosse por falta de interesse, a publicidade brasileira não teria conhecido, por exemplo, Christina Carvalho Pinto, redatora que se tornou a primeira mulher a presidir uma grande empresa do setor na América Latina, a Y&R, que liderou como sócia por sete anos, antes de se associar ao grupo Full Jazz. Ou Joanna Monteiro que, no ano passado, além de ser eleita a mulher mais criativa

Segundo Joanna Monteiro, a criação voltou a ser atrativa para mulheres Fotos: Eduardo Lopes/Imagem Paulistana, Marçal Neto e Divulgação

do mundo pela publicação norte-americana Business Insider, foi considerada uma das 50 mentes mais criativas do planeta (incluindo homens e mulheres) pela prestigiada revista Advertising Age – ela foi a única pessoa do Brasil a figurar na lista, ao lado de nomes como o chef Anthony Bourdain e os diretores Richard Linklater (“Boyhood”) e Steve McQueen (“12 Anos de Escravidão”). “A mulher expurgou o departamento de criação durante a era yuppie, quando o mercado radicalizou voltado à conquista de prêmios e começou a exigir que os profissionais virassem noites no trabalho. A carreira na criação se tornou desinteressante para a mulher”, explica Joanna Monteiro, vice-presidente de criação da FCB Brasil. A análise é endossada por Mariangela Silvani, diretora-geral de criação da Grey Brasil: “As mulheres desapareceram diante das jornadas insanas de trabalho. Houve um tempo, felizmente isso está mudando, em que virar a noite na agência era sinônimo de bom profissional. Era praticamente impossível conciliar vida familiar ou qualquer tipo de vida ao trabalho. Nesse momento, as mulheres fizeram suas opções”. Fernanda Romano também reflete sobre como o pensamento dos anos 80 e 90 impactou na participação da mulher na criação: “Na hora que um casal queria ter um filho, quem precisava mudar a vida profissional era a mulher. Nesse cenário, há uma grande dificuldade de criar condições para as mulheres se destacarem”, analisa a criativa da Naked.

MUDANÇa Pouco a pouco, e sem comunicados oficiais, a indústria publicitária vem tentando promover

Celina Esteves vê cenário otimista para mulheres na publicidade

Sophie Schonburg: “mulheres transitam pelo universo masculino melhor do que homens pelo feminino”

mudanças no cenário para abrir o mercado à criatividade feminina. Na semana passada, o Festival de Cannes anunciou uma nova categoria para premiar trabalhos que desafiam preconceitos de gênero e imagens estereotipadas de homens e mulheres na propaganda. Batizada como “Glass Lion: The Lion for Change”, a premiação terá como presidente de júri Cindy Gallop, fundadora da BBH New York e atualmente CEO da plataforma digital IfWeRanTheWorld/ MakeLoveNotPorn. A iniciativa segue a criação da “See It Be It”, criada pelo Festival

na edição de 2014 para incentivar a carreira de mulheres criativas. “A predominância da voz feminina tem gerado a criação de várias mensagens de marketing. Inserir criatividade para capturar corações e mentes da maior base consumidora do mundo – a mulher – vai determinar o futuro dessa indústria”, explica Senta Slingerland, diretora de estratégias de marca do Festival de Cannes. O Glass Lion reforça a percepção de Joanna Monteiro. “O cenário vem mudando. Hoje o mundo corporativo pede comportamentos mais femininos até mesmo

Com 31 anos, Mariana Borga é diretora de criação da JWT

para os homens, como ter sensibilidade, pensamento mais coletivo e delegar atividades sem medo.” A VP de criação da FCB acredita que, com a melhoria nas condições de desempenho da função, o aumento da participação de mulheres é um efeito natural. “O que manda na criação é o bom trabalho. Hoje as mulheres estão em condições iguais de se dedicar à profissão de um jeito interessante.”

diferença Um dos exemplos de que essa mudança, mesmo que lenta, está realmente em andamento é Ma-

riana Borga, diretora de criação da J.Walter Thompson. Com 31 anos, a criativa chegou ao cargo depois de participar de campanhas historicamente pouco relacionadas ao universo feminino como a “República Popular do Corinthians”, criada em 2010 pela F/Nazca para a Nike. Assim como essa, Mariana já participou de outras ações de temas pouco associados ao estereótipo cor-de-rosa e de produtos de beleza ao qual classificam as mulheres justamente por estarem abertas a assuntos menos familiares com a vantagem de agregar características e valores femininos às criações. “Não sei precisar exatamente o que, mas certamente a mulher traz algo diferente para uma campanha. E isso é bom”, diz. Para Sophie Schonburg, vice-presidente de criação da Pereira & O’Dell e vencedora de mais de 20 Leões de Cannes, entre outras premiações importantes, uma das principais características femininas que contribuem positivamente no processo criativo é o feeling de identificar mensagens desrespeitosas contra a mulher ou mesmo outros grupos da sociedade – aspecto cada vez mais importante com o fortalecimento das redes sociais. Além disso, uma capacidade mais inata de navegar por universos diferentes. “Por ser vítima de preconceitos, a mulher tem mais cuidado ao falar sobre assuntos delicados e transita pelo universo masculino melhor do que o homem pelo feminino”, diz Sophie, que acredita em uma maior presença de mulheres na criação, mas deixa uma crítica sobre uma aptidão importante para qualquer criativo, independentemente do gênero: “Senso de humor. Em geral, a mulher ainda precisa aprender a rir mais de si mesma”.

Mariângela Silvani: “somos o maior mercado de consumo”


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 21

dia internacional da mulher

Diretoras de cena ainda são minoria

Fotos: Divulgação

“D

irigir um set é quase como dirigir uma tropa de exército – exige disciplina, estratégia, pontualidade, decisão.” A frase é de Paula Trabulsi, sócia do coletivo Asas da Imaginação e uma das mais reconhecidas e premiadas diretoras de cena do mercado. Ou melhor, abriram uma fresta na porta. Pois a direção de cena, ao contrário de outras funções, ainda pertence a um universo predominantemente masculino – o que justifica a declaração da profissional. Made Picchi, da Dinamo Filmes, vai além, e acha que existe preconceito e machismo no mercado. “E não só aqui. Em todo o mercado cinematográfico e audiovisual, inclusive no americano, isso também é uma discussão. Já li sobre casos em que mulheres executando as mesmas funções que homens diretores ou roteiristas ganhavam muito menos”, ressalta. Já Vera Egito, da Paranoid, acha que isso “é uma questão de tempo”. “Há muitas mulheres liderando o marketing de empresas. Essa mudança também vai ocorrer na criação das agências e nas produtoras”, diz, citando outra área (das agências) onde existem bem mais homens atuando. Sócia e diretora de cena da Cine, Cris Vida também vê uma mudança lenta, mas gradativa, neste panorama. “Sem dúvida ainda existe um grande desequilíbrio, mas isto se deve, ao meu ver, a uma cultura que nós herdamos, que valorizou durante muito tempo o trabalho masculino, negando o valor feminino”, afirma. “Mas posso dizer que me sinto cada vez mais confortável nesta posição dentro do nosso mercado”, completa. Cris, inclusive, diz já ter sofrido preconceito em sua carreira, com um anunciante que não quis rodar um comercial realizado por ela, justamente por ser mulher.

Paula Trabulsi: dirigir um set é como dirigir uma tropa de exército

Made Picchi: mercado americano também sofre com o preconceito Ilana Lichtenstein/Divulgação

“E foram algumas vezes. Mas, ao dividir este assunto com profissionais de criação de agências, me surpreendi com a reação de espanto e incredulidade. O que foi um certo alívio para mim”, explica.

OLHAR FEMININO Se o famoso “olhar feminino” não seria um diferencial para as mulheres em relação aos homens, há também visões diferentes. Paula afirma que até é um diferencial, mas não uma regra. “Chico Buarque tem um olhar feminino como poucos”, afirma. Paula também não concorda que produtos mais ligados a universos masculinos, como carros e bancos, por exemplo, e femininos, como aqueles da área de beleza, sejam mais adequados para diretores homens e mulheres, respectivamente. “É um clichê do mercado. É como dizer que mulheres cozinham melhor do que homens. Como diretora internacional, desenvolvi elasticidade para filmar em diferentes

Cris Vida: cada vez mais confortável

formatos, assimilar culturas diversas e com misturas de equipe de vários países”, diz. “Homens como Ingmar Bergman, Pedro Almodóvar ou David Lynch, para citar alguns, têm

Lucia Puenzo: resultados podem surpreender

sido capazes de filmar a alma e os encantos femininos melhor do que muitas mulheres”, diz a argentina Lucia Puenzo, diretora da brasileira Zohar Cinema. “Talvez os resultados de um olhar fe-

Vera Egito: mudança é questão de tempo

minino em produtos masculinos e vice-versa podem gerar frutos surpreendentes”, completa. “Eu acho que tem, sim, o toque feminino em alguns casos específicos, que são muito peculiares

às mulheres. Por exemplo, comerciais que abordam temas como maternidade, algumas sutilezas do universo beauty, ou mesmo temas relacionados ao lifestyle”, conclui Made, em contradição.

Presença feminina cresce nas empresas

Fotos: Divulgação

p o r A n d r é a Va l e r i o

N

ão é novidade para ninguém que as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, nas grandes corporações, isso não é diferente. Não só elas têm ampliado presença como estão em cargos de liderança, antes ocupados apenas por homens. Segundo informações do site de empregos Catho, em algumas posições como a vice-presidência, por exemplo, a presença da mulher chegou a crescer 109,93%, de 2002 a 2015. Nas seis principais instâncias de nível hierárquico, a presença de mulheres vem crescendo. Além da vice-presidência, cargos de gerência também registraram um grande crescimento: 82,17%. Depois vem supervisor (76,79%), seguido de presidente (67,96%), diretor (47,94%) e encarregado (40,11%). São funções de grandes organizações de diversos segmentos que já contam com mulheres no comando. A P&G, por exemplo, vem acompanhando esse crescimento. Atualmente, 36% dos cargos de lideranças são ocupados por mulheres. Segundo Gabriela Onofre, diretora de comunicação e marca da P&G, a mulher, se tiver as mesmas oportunidades que os homens, pode chegar aos mais altos cargos das companhias. “A P&G tem uma preocupação constante com o assunto e, por isso, possui uma política de diversidade muito estruturada. Desde o recrutamento, em que são selecionados no mínimo 50% de mulheres”. Além disso, de acordo com a executiva, a companhia oferece benefícios como extensão da licença-maternidade, possibilidade de home-office ou trabalho em meio período. “A companhia entende que as mudanças da vida pessoal da mulher acontecem na mesma época em que a carreira profissional está em crescimento, por isso, é preciso entender os momentos críticos na vida de uma profissional.” Ela lembrou que se utilizou

Gabriela: P&G tem 36% dos cargos de liderança ocupados por mulheres

desse suporte da empresa para poder conciliar a carreira com o nascimento dos dois filhos. Gabriela disse que existe, sim, diferença de postura entre os gêneros. “Acredito que as mulheres conseguem executar diversas atividades ao mesmo tempo e têm capacidade de organização e olhar de longo prazo.” Mas, de acordo com ela, o ideal numa companhia é um equilíbrio entre homens e mu-

lheres, cada um com suas características mais eficientes e que se complementam.

senso prático Paula Nader, diretora de marca e marketing do Santander, por sua vez, disse que não gosta de generalizar, mas considera que algumas características femininas como senso prático e intuição combinam bem com cargos de

Paula: situação muito melhor do que há 20 anos, quando a executiva começou

liderança, assim como sensibilidade. Por outro lado, excesso de afetividade pode atrapalhar. A executiva afirmou que ainda existem muito menos mulheres nas companhias, mas a situação é bem melhor do que há 20 anos, por exemplo. “Quando comecei, as mulheres se esforçavam para ter uma atitude mais masculina e uma aparência menos feminina, hoje a situação é diferente.”

Apesar dos avanços nos últimos anos, os salários ainda são uma questão que precisa ser mudada. De acordo com a última pesquisa salarial e de benefícios da Catho, ainda existe uma real diferença salarial por nível hierárquico. O estudo indicou que, para o mesmo nível profissional, os homens estão ganhando 30,30% a mais, enquanto as mulheres,

4,21% a menos do que o registrado um ano antes. O levantamento realizado contou com dados do Cadastro Catho e da Pesquisa Salarial, que traz informações de mais de sete milhões de profissionais e mais de 300 mil empresas nacionais e multinacionais. Já a pesquisa salarial é um levantamento feito a cada três meses, que aponta o salário e benefícios dos trabalhadores brasileiros.


22 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

entre aspas

Como comprar mídia e construir marca Stefan Schimenes* stefan@cazamba.com.br

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“É muito comum marcas buscarem e focarem em performance de curto prazo para ações de marketing digital. Investem e apostam rios de dinheiro em cliques, resultados, lindas taxas de conversão, mas se esquecem ou negligenciam a importância de planos que objetivem construção de reputação, valor de marca e branding. Obviamente, a construção de marca e reputação é um processo de mais longo prazo do que a famosa mídia de performance, encabeçado pelo movimento da mídia programática e seus leilões em tempo real. Entretanto vale a discussão da efetividade da mídia de performance, que traz resultados a mais curto prazo, para a geração de marca. Afinal, será que um banner em formato padronizado, que pode até chegar a não ser visto, chega a gerar marca? Vivemos em uma época em que marcas precisam inovar para conseguir levar a mensagem que querem e impactar, de fato, seu target. E é exatamente por isso que o cenário exige, de todo o setor, inovação em formatos, interação e tecnologia, não apenas em compra de mídia. Algumas formas de superar estes desafios: garantir 100% de viewability; inovação em formatos digitais de alto impacto; comunicação efetiva; segmentação da audiência por perfil da campanha.

oferecido um arcabouço de ferramentas e possibilidades para publicidade digital. Algumas delas focam muito mais em resultados de curto prazo, mas acabam não sendo sustentáveis a longo prazo. Como consequência, as marcas acabam se viciando na ilusão das taxas e performance. Mas e o valor de marca?

A própria ‘mídia de search’, com ‘brigas algorítmicas’ para decidir qual campanha será destacada para aquele usuário, naquele momento, dificilmente consegue construir branding, mesmo porque, para impactar novamente aquela mesma pessoa em outro momento, um novo investimento será necessário.

Quando falamos em ações com foco em branding, a qualidade do banner, o formato, o conteúdo e a forma como a mensagem é transmitida são mais importantes do que insustentáveis taxas de cliques. Afinal, já sabemos que para construir comunicação e marca de forma estratégica é preciso gerar taxas de retenção e atração focando o tão sonhado ‘top of mind’, o que não se conquista com meros cliques. Como atingir o top of mind? Realmente não é uma questão que se resolve em um artigo, devido à sua complexidade e aos diferentes fatores que a compõe. Mas a dica que fica é: defina seu objetivo de negócios, entenda exatamente quais opções de mídia estão disponíveis e trace um plano de mídia atrelado ao objetivo de negócio da marca.”

No caso da ‘mídia display’ com foco em performance, vemos banners de formatos e designs simples com taxas de cliques mais altas do que banners criativos e com melhor qualidade e, em muitos casos, cliques vindos de sites e pessoas nada relacionados ao contexto do desenvolvimento daquela marca. Ou seja, além de não construir reputação, ainda associa aquela empresa a uma mensagem que não condiz com seus valores. Sabemos que o mercado de mídia no Brasil ainda precisa evoluir bastante se comparado à realidade de países como os EUA. Mas é fato que a tecnologia tem nos

*Cofundador da Cazamba

INTERVALOINTERVALOINTERVALOINTE Divulgação

Luciano Huck foi novamente alvo de polêmica na semana passada. Internautas, nas redes sociais, criticaram veementemente sua grife, a UseHuck, que lançou em sua loja de e-commerce uma camiseta infantil – com tamanho entre 2 e 12 – com a estampa “Vem ni mim que eu tô facin”, com uma menina como modelo. Outra trazia um garoto utilizando o produto que dizia “Me beija que eu sou carioca”. O apresentador foi acusado pelas pessoas de apologia à pedofilia, e a grife retirou a camiseta do site. Em comunicado, a UseHuck disse que “não teria como justificar o injustificável, mas que todas as artes de Carnaval, por engano, foram aplicadas sobre a coleção infantil”. A Agnelo Comunicação, agência do publicitário Agnelo Pacheco, lança seu novo site na internet. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2014, quando a agência passou por uma transformação da marca.

RODA VIVA

Divulgação

Para apresentar o site ao mercado, o usuário, assim que entrar no endereço www. agnelo.com.br, vai se deparar com um vídeo com frames de grandes campanhas da agência e um texto falando como ela se reinventa a cada job. Ao final do filme, o visitante do site é provocado com o novo mote da agência, que se apresenta em forma de três hashtags: #ousehoje #ousesempre #ousemais. A Neosaldina, medicamento da Takeda, lançou um aplicativo com interação no Facebook homenageando aqueles que foram importantes e solucionaram dificuldades em algum momento da vida. O usuário tem a oportunidade de criar caricaturas e ícones, exemplificando o local e o motivo da pessoa ter sido uma “Neosa” ou um “Neoso” na situação. A ação reforça a campanha “Neosos e Neosas”, criada pela Santa Clara.

Nelson Vilalva (à direita, com Fernando e Vitor Barros) é o novo diretor de projetos do Grupo PPG, holding que controla as agências Propeg, Revolution Brasil, Menta, Invent e iNFavela. O profissional ficará baseado em Brasília, onde usará a estrutura da holding na capital como hub operacional para o desenvolvimento de ações na área de live marketing e prospecções de novos canais e projetos do grupo. Ex-Propeg, o executivo também tem passagens por Agnelo Pacheco, MPM, Duda Propaganda e Ideia 3. Fernanda Chiavone, há sete anos na White Propaganda, vai comandar a recém-criada diretoria de integração da agência. A ideia é centralizar no departamento a gestão de todos os fornecedores dos projetos de comunicação, atuando como “guardião da marca e uma extensão do departamento de marketing do cliente” que, por sua vez, ficaria com mais tempo para atuar no desenvolvimento de seus produtos e outras atribuições. Lilian Galarraga é a nova diretora de planejamento da DM9DDB, área comandada pela VP Laura Chiavone. Com mais de 15 anos de experiência no mercado, a executiva vem da Borghi/Lowe e tem passagens por Leo Burnett e Ogilvy. Formada em Comunicação Social e com pós-graduação em Ciências do Consumo Aplicadas, Lilian já atuou com clientes como Johnson&Johnson, Unilever, Boehringer-Ingelheim, Subway e P&G.

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São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 23

breaks e Afins

daniel milani dotoli daniel@propmark.com.br

Fotos: Divulgação

MOZART O McDonald’s lançou, quase simultaneamente, duas campanhas para suas McOfertas, ambas criadas pela Taterka. A primeira, para comunicar as novas promoções em torno da McFritas, traz como pano de fundo uma trilha bem-humorada adaptada do clássico “A Flauta Mágica”, de Mozart. No filme, enquanto as pessoas vão degustando o produto de várias maneiras – desde em cima da garupa de uma moto até um casal que pega uma pontinha de cada lado com a boca como se fosse se beijar. A produção de som é da Supercharango. Fritas e bacon estão entre os destaques dos dois filmes lançados para o McDonald’s na semana passada – ambos com apelos diferentes, mas bem-humorados

BACON Já o outro comercial visa chamar a atenção daqueles que são apaixonados por bacon. Com o novo Triplo Burger Bacon, eles poderão degustar um sanduíche composto por três hambúrgueres, duas fatias generosas de bacon, queijo cheddar, cebola, ketchup e mostarda. A sacada fica por conta de duas mulheres exuberantes na estrada, paradas em um acostamento, quando chegam dois caras, em uma moto, que ficam “malucos”. Não com elas, mas com o outdoor, logo acima, que anuncia a oferta. A DM9DDB assina a ativação digital das duas campanhas, que foram produzidas pela Fat Bastards e Oriental, com direção de cena de Pedro Becker e Alaska.

Baseado nas supresas, o novo filme de Kinder Ovo mostra a felicidade dos irmãos Sabrina Sato, pela quarta vez consecutiva, estrela filme da rede de fast-food Gendai

SURPRESA Simpático o filme criado pela White Propaganda para Kinder Ovo. A produção gira em torno da “surpresa”, característica principal do produto da Ferrero. Ele se inicia com o pai surpreendendo seu filho com um novo peixe, até que a mãe traz para ele e sua irmã dois chocolates. O locutor, em off, diz: “Kinder Ovo. Um delicioso chocolate. Uma deliciosa surpresa”. A produção é da Marcos A M Amaral, com trilha da Comando S.

JAPA “A japa mais famosa do Brasil”, como diz o cliente, é, pela quarta vez consecutiva, eleita a garota-

O Verão continua fazendo sucesso para a Itaipava – mesmo perto do outono

-propaganda da Gendai, a maior rede de culinária japonesa fast-food do Brasil. Na campanha “Aqui tudo é feito na hora para você”, Sabrina Sato explica para as duas garotinhas com quem contracena, que também são des-

cendentes de orientais, por que adora o estabelecimento, apontando os diferenciais da rede: “Faz tudo na hora pra você”, diz. O comercial tem produção da Piloto e direção de cena de Daniel Soro e Alexandre Chalabi. A cam-

panha, criada pela Babel, conta ainda com as mídias impressa, digital e exterior.

MAIS VERÃO Já estamos quase no outono, mas o Verão continua firme e for-

te – pelo menos para a Itaipava, cuja saga da exuberante Verão, a morena dos filmes da marca, foi eleita pelo Datafolha uma das propagandas preferidas dos consumidores. Agora, a Y&R assina o terceiro comercial da série “Ve-

rão é nosso”, que já contou com “Verão chegou” e “Massagem”. Seguindo a mesma linha dos anteriores, é centrado no corpo da personagem. A produtora é a Cine, com direção de cena de Clovis Mello. Trilha da Antfood.

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20º Festiv al Mundial de Publici da de Grama de do 10 a

12 de de 2015 junho


24 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 9 de março de 2015

mundo.com

Digital Aplicativo da Hanzo tem geolocalização e outros recursos

Smartphone é utilizado para engajar consumidores

Vídeos online Lara Krumholz* lara@dynadmic.com

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Escolha de formato mais adequado define sucesso da campanha Com o aumento da audiência de vídeos online no Brasil, que já chega a 68,1 milhões de usuários únicos, segundo a comScore, investir na plataforma se tornou mais atrativo para os anunciantes, especialmente os que destinam parte do budget para a TV. Na hora de escolher o melhor formato, é preciso avaliar o contexto da campanha para definir o mais adequado. Divididos em dois grupos, os anúncios em vídeo online podem ser apresentados nos formatos In-Stream (como o famoso Trueview do Youtube) e In-Page (Auto-Play ou In-Banner Vídeos). A diferença entre eles é que um é mais focado no desempenho de vendas e o outro no branding. O anunciante que precisa levar uma mensagem ao consumidor no momento em que ele está assistindo o conteúdo pode explorar os anúncios In-Stream, exibidos dentro do player do vídeo. Eles são nomeados conforme o local inserido: Pre-Roll (antes do conteúdo), Mid-Roll (durante o conteúdo) e Post-Roll (após o conteúdo). No formato In-Page, a interação é mais passiva: o vídeo pode rodar automaticamente ou quando o internauta desliza o cursor do mouse sobre ele. O modelo permite a inserção de anúncios em espaços específicos na página, relacionados ou não ao conteúdo no site.

Com três modelos, o In-Page varia de acordo com a localização: In-Banner Video (aproveita o espaço do banner para promover um vídeo) e In-Read Video (inserido entre um conteúdo escrito). Outra opção é o Video Pop-up, exibido antes de um conteúdo escrito ou visual. No Brasil, um dos formatos mais comuns é o Pre-roll Trueview do Youtube, que permite analisar tecnicamente o viewability do vídeo de forma mais fácil, pois o usuário precisa clicar no play para iniciar a publicidade. Esse formato identifica se o vídeo foi assistido até 25%, 50% ou 100%, quem deu mute/ unmute ou colocou full page. Essas e outras técnicas de garantia do viewability vêm sendo aprimoradas em todo o mundo. Com isso, o mais importante para os anunciantes na hora de escolher o formato para exibição é considerar a estratégia de divulgação da campanha – se um Pre-roll foi pensado para determinado espaço, por exemplo –, a segmentação contextual mais adequada para aumentar a experiência do consumidor e trazer maior engajamento, e o que foi alinhado com o planejamento de mídia. *Diretora-geral da DynAdmic para América Latina e integrante do comitê de Videos do IAB

RODA VIVA A Red Fuse Communications, que desenvolve todas as atividades de comunicação da Colgate-Palmolive no Brasil, acaba de contratar Daniela Keller (foto) como diretora-geral. Com 20 anos de experiência, a profissional começou na gerência de marcas como Nivea, Parmalat e Nestlé. Depois migrou para agências de publicidade, passando por F/Nazca S&S e Publicis, como diretora de serviços ao cliente para a P&G. A executiva ficará à frente de uma equipe multidisciplinar da agência que concentra as campanhas offline, digital, shopper marketing, marketing de relacionamento dirigido aos dentistas e campanhas promocionais da marca. O time é formado por profissionais da Y&R, VML e Ação Premedia e Tecnologia, todas empresas do Grupo Newcomm, além de

Divulgação

outros parceiros. O modelo operacional criado pelo WPP foi adotado em 2013 pelo Grupo Newcomm no Brasil.

por Kelly Dores

O

que você acha de receber uma mensagem pelo celular com uma promoção do seu interesse de uma loja da qual você está perto? Essa é uma tecnologia que está se tornando cada vez mais realidade, da mesma forma que aumenta o interesse das marcas em utilizar o smartphone para engajar o consumidor ao longo do processo de decisão de compra. Atuando há cerca de 10 anos no mercado de ativações mobile, a Hanzo mudou o seu foco de atuação e partiu para o desenvolvimento de uma plataforma pensada para criar engajamento entre empresas e clientes por meio do smartphone, já de olho na forte adesão dos brasileiros – o país tem a quinta maior base de aparelhos do mundo, com 89,5 milhões de unidades. Segundo o italiano Federico Pisani Massamormile, CEO da Hanzo, que decidiu empreender no Brasil quando deixou um cargo executivo em uma telecom, o varejo e as redes de franquias nas áreas de food service, moda e beleza são os maiores interessados no negócio. “O aplicativo é muito viral entre os clientes. Esse é um negócio muito quente nos Estados Unidos e não tenho dúvida de que no Brasil também vai crescer rapidamente, porque em tudo que é ligado a social media, mobile e internet os brasileiros têm destaque”, avalia Massamormile. O aplicativo permite às empresas criar e configurar campanhas de fidelidade, ofertas e promoções para oferecê-las aos clientes por meio de quatro produtos: Junte & Troque, Clube de Compras, Notificação e Interações por Beacon. Para participar, basta o consumidor baixar

Federico Pisani Massamormile: negócio quente nos Estados Unidos

o aplicativo no smartphone da marca participante e ter acesso aos benefícios. O recurso de geolocalização é outro destaque do app, ressalta o executivo. “A empresa pode segmentar a base de acordo com a localização do consumidor, fazendo sentido enviar a promoção para ele, por exemplo. O cliente também pode receber, quando entrar na loja, uma mensagem pelo seu aniversário e ganhar um presente”. explica. “O aplicativo também avisa quando a promoção vai se encerrar ou a quantos pontos o cliente tem direito. É uma plataforma de

engajamento para a marca se relacionar de forma relevante com o consumidor, armazenando informações como perfil, hábitos de consumo, gostos e também a sua localização.” Um dos cases da Hanzo é a loja de cupcakes Cupcake.ito. De acordo com Massamormile, em poucos meses, o aplicativo teve três mil downloads e foram trocados 10 mil pontos. Outra marca que começou a utilizar a plataforma, lançada no último trimestre do ano passado, é a Onodera. “A plataforma é totalmente modular e personalizada.”

ENTREVISTA

MARCO VERSOLATO VP DE CRIAÇÃO DA DM9DDB

MAKING OF

NOVO KA+ CONQUISTE SEU SONHO BLUE HIVE

#FOLIASIMXIXINÃO

VIM CLORO GEL WASHINGTON BORGHI/LOWE OLIVETTO HALL DATHEFAMA ONE SHOW NIZAN GUANAES THE ONE CLUB

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São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 25

Campanhas Trabalho criado pela FCB Brasil traz novamente a modelo Gisele Bündchen e a cantora Claudia Leitte como protagonistas

Sky se inspira em filmes de ação

A

modelo Gisele Bündchen retorna, nesta segunda-feira (9), em campanha da Sky, maior operadora de TV por assinatura via satélite do país. Assinado pela FCB Brasil, o trabalho, que explora pela segunda vez seguida a diversidade de produtos oferecidos pela empresa, traz o conceito “Do HD ao Pré-Pago, a escolha inteligente”, e é inspirado no universo dos filmes de ação. O comercial de estreia, de 30 segundos, traz a top model como a agente 4004 e seu assistente, interpretado pelo ator Oswaldo Romano, como o agente 1111 – números que, juntos, remetem ao televendas da operadora. A dupla tem a missão de evitar que consumidores caiam em uma série de armadilhas, representadas por vilões durante toda a campanha. No primeiro filme, o malfeitor será o Dr. Preço Explosivo. A cantora Claudia Leitte também protagoniza uma série de filmes da campanha como uma cientista que trabalha em um simulador de testes, para mostrar que a marca está sempre aprimorando e estudando a melhor forma de entregar qualidade e excelência no atendimento aos seus clientes. Ela é protagonista das ações voltadas aos produtos do Pré-Pago da operadora, enquanto Gisele é a estrela do Pós-Pago e HD. O trabalho, composto ainda por mídias impressa e digital, PDV, Facebook e spots de rádio, tem criação de Adriano Alarcon, Carlos Schleder, André Dalmedico e Mario Morais. Alarcon e Schleder também assinam a direção de criação, ao lado de Max Geraldo e Joanna Monteiro. “A nova campanha dá continuidade à forma bem-humorada que escolhemos para mostrar os produtos da Sky ao mercado, homenageando um gênero do cinema tão relevante para nosso assinante”, diz o diretor de mar-

Fotos: Divulgação

Gisele é a agente 4004 na produção assinada pela O2, com direção de cena de Nando Olival; um dos destaques da campanha é o figurino, elaborado por William Long, vencedor de seis Tony Awards

Claudia protagoniza ações para o produto Pré-Pago

keting da operadora, Marcelo Miranda. “A cada nova campanha de Sky, o desafio de surpreender os espectadores aumenta. Por isso, dessa vez, a gente buscou muito mais do que um novo tema com

novos personagens. Nossa ideia era explorar uma linguagem nova para a marca, com uma nova narrativa e um novo estilo cinematográfico. Acho que conseguimos”, destaca Schleder. “Nós captamos a maioria das cenas com

steadicam, imprimindo uma linguagem tensa, típica dos filmes de ação”, acrescenta Alarcon.

FIGURINO Produzida pela O2, com direção de Nando Olival, direção de fotogra-

fia de Ricardo Della Rosa e direção de arte de Cassio Amarante, a campanha tem como um dos seus destaques o figurino, elaborado pelo americano William Ivey Long, ganhador de seis Tony Awards e conhecido por criar os trajes de gran-

des produções na Broadway, como os musicais “Chicago”, “Dream Girls”, “Hairspray” e “Cinderella”, entre outros. Ele já havia sido o figurinista responsável pela última campanha da marca, “O Espetáculo”, inspirada no circo.

Anunciantes Com foco na América Latina, comercial nos canais online da marca é assinado pela brasileira Leo Burnett Tailor Made

Samsung traz emoção para Smart TV

Fotos: Divulgação

Vídeo, que estreou na última sexta-feira (6) nos canais online da marca, fica no ar por quatro semanas

Smart TV Curva da Samsung: empresa é líder de vendas do segmento por nove anos consecutivos

por Vinícius Novaes

visão, a pessoa tem a oportunidade de conectar o smartphone e o tablet na TV. É uma forma de unir os entretenimentos”, afirma. “Queremos mostrar que a TV pode, sim, ocupar um espaço ainda maior dentro de uma casa”, completou.

S

e a nova campanha da Samsung pudesse ser resumida em apenas uma palavra, esta seria emoção. A ação, criada pela Leo Burnett Tailor Made, que estreou na última sexta-feira (6) nos canais online da marca, é para a América Latina e tem como um dos objetivos reforçar o protagonismo da empresa no segmento de venda de televisores. O filme ficará disponível nos canais online da marca por quatro semanas. “Estamos há nove anos na liderança desse mercado e queremos, com essa nova campanha, reforçar ainda mais os benefícios que a Smart TV traz para o consumidor”, conta Mário Laffitte, VP de marketing da Samsung para América Latina. O vídeo mostra um garoto e sua mãe preparando uma festa surpresa, mas o grande problema é que nenhum convidado chega. O menino, então, fica decepcionado com a ausência de convidados. No entanto, de repente, a TV liga

EMOÇÃO

Campanha mostra a conexão do filho com o pai, que mora em outro país e recebe uma festa de aniversário online via TV

e o pai, que mora em outro país, aparece. A festa que o menino e a mãe prepararam era para ele. “O ponto principal do filme é a teleconferência, que conecta o pai e o filho”, diz. “O objetivo da campa-

nha é mostrar que, hoje, é possível ter tudo em uma televisão, que é possível se conectar por meio de uma tela”, completa Laffitte. A Smart TV da Samsung vem na contramão de uma tendência

que tem “abandonado” a televisão em troca de outras telas, como o tablet e o smartphone. “Porém, nós da Samsung temos uma série de outras funcionalidades que podem ser inseridas no processo de decisão de

compra do consumidor”, destaca o VP de marketing da marca. Ainda de acordo com Laffitte, a Smart TV Curva chega como mais uma opção de tecnologia para os clientes da marca. “Com essa tele-

Não é de hoje que a Samsung escolheu a emoção como fio condutor de suas campanhas. Em novembro do ano passado, a marca lançou o filme “Ballet”. As campanhas das televisões da marca estão sempre baseadas no conceito “A Samsung conecta você ao que você mais ama”. O comercial mostrava os esforços de um pai para ajudar a sua filha. O filme destacava a ressignificação do papel da televisão na vida das pessoas, com foco principal nos benefícios tecnológicos da linha de Smart TVs da Samsung e buscava reforçar os benefícios que uma TV Samsung pode proporcionar ao unir sua conectividade e convergência com outros produtos Samsung, como celulares e tablets.


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Marcas & produtos

Neusa Spaulucci

Fotos: Divulgação

nspaulucci@propmark.com.br

Bolo fácil A Fleischmann lançou semana passada a sua linha de “Bolo de Caneca”. A estratégia é atender consumidores jovens e solteiros que moram sozinhos. As quatro versões têm a base de chocolate e são preparadas no micro-ondas.

Familiar O atual slogan “Cuidado para toda a família” de Cepacol, antisséptico bucal da Sanofi, marca o novo momento da marca, que passa a investir em uma comunicação com tom voltado à família. Para comunicar a nova fase, o personagem Bond Boca protagoniza a campanha, que se estende a várias fases, na qual ele aparece com o mesmo jeito sedutor, mas agora com olhos para uma só mulher, com quem ele se casa e forma uma família.

Garantia A vodka Kadov, da CRS Brands, lançou o desafio “Garantia Kadov”, uma campanha de “money back” que busca atrair e reter a confiança do consumidor. Com o lema “Satisfação total ou seu dinheiro de volta”, a promoção convida os consumidores a experimentar Kadov sob o compromisso de ser agradável ao paladar. Caso o consumidor não fique satisfeito com a qualidade do produto, a CRS Brands devolve o valor da compra. A ação vai até o próximo dia 31.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 27

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sul online

Criação Área conta com 25 profissionais

Competence tem novo diretor

Marketing Empresa aprimora software

Tecnologia ajuda a otimizar vendas

Ana Paula Jung Divulgação

Divulgação

Divulgação

Comunicação 360°

Edu: contribuir para a construção de marcas vencedoras

E

duardo Borges, o Edu, é o novo diretor de criação da Competence-SC. A contratação está dentro do projeto estratégico do grupo, nascido em Porto Alegre e também com sedes em Curitiba e Florianópolis, além de postos de atendimento em Caxias do Sul (RS), Itajaí (SC) e Foz do Iguaçu (PR). “A entrada do Edu vem ao encontro do nosso objetivo de entregar em Santa Catarina o nosso padrão de qualidade”, diz João Satt Filho, presidente do Grupo Competence, revelando que a agência local representa 25% do faturamento de toda a rede. O novo diretor se junta à equipe da unidade catarinense, que já conta com 25 profissionais, para atender às contas da Cassol Centerlar, a maior rede de home centers do sul do Brasil; da Prefeitura de Itajaí; do Sesc/SC e dos shoppings do grupo Almeida Junior. “O convite para ingressar na agência e dirigir a criação da unidade em Santa Catarina chegou em um ótimo momento para

mim. Sempre tive vontade de fazer parte de um grande grupo de comunicação e a Competence está em um momento de franca expansão no nosso mercado, com sede nova e uma equipe composta por excelentes profissionais, o que vai facilitar – e muito – atingirmos nossas metas para 2015”, conta Borges. “Chego com toda a energia para contribuir na construção de marcas vencedoras”, complementa. Com formação em direção de arte, Edu Borges já teve passagem por agências gaúchas como Escala e Quality. Em 2000, ingressou no mercado catarinense, onde atuou na Neovox, Quadra e D/Araújo. Mais recentemente, estava dedicado a sua agência, a Tutano, de onde desligou-se em 2014. Entre as contas que já atendeu, destacam-se: Grupo RBS, Fundação Maurício Sirotsky, Coca-Cola, Dakota, Frigorífico Extremo Sul, Makenji, Unimed, Tigre, Döhler Têxtil, Eliane, Mosarte, Grupo Habitasul, Sebrae e Governos do RS e SC.

Zaira Sachetti, jornalista, e Alan Ceppini, publicitário (foto), firmaram parceria entre a Comunicare Agência e a Familie Publicidade para oferecer comunicação 360° ao mercado de Curitiba. “O objetivo é potencializar a comunicação das empresas de forma integrada unindo todas as ferramentas: assessoria de imprensa, mídias sociais, comunicação estratégica e criativa, criação, roteiro, planejamento, eventos, projetos especiais e mais”, conta Ceppini.

Ex-house

Expectativa

A Familie Publicidade, que antes era house da holding do grupo WDS, começou a atender outros clientes e se tornou independente desde o ano passado. “A minha preocupação sempre foi atender melhor o cliente. O faturamento é decorrente do bom trabalho”, conta Ceppini.

A expectativa do Globo.com, segundo Soares, é que a filial ajude a alavancar o crescimento do site na entrega de soluções para as demais empresas do grupo, combinando os talentos locais com a expertise e a cultura da empresa.

Globo.com O Globo.com vai inaugurar um escritório operacional em Porto Alegre até o fim de 2015. A nova filial abrigará uma equipe de tecnologia, com foco no desenvolvimento das plataformas de publicação, vídeo e dados.

Talentos locais A escolha de Porto Alegre se deu pela concentração de bons profissionais de tecnologia da informação e user experience (designers e arquitetos da informação). “A cidade conta com ótimas instituições de ensino atuando na formação desses profissionais e já é uma importante fornecedora de talentos para a sede da empresa no Rio de Janeiro”, diz Marcelo Soares, gerente de tecnologia, responsável pela nova filial.

Santos, CEO: cada lead é uma oportunidade de venda

A

Resultados Digitais, líder em plataforma de automação de marketing, está lançando uma nova funcionalidade do seu software integrado para gestão de marketing digital, RD Station, que promete melhorar a performance de vendas. A ferramenta Lead Scoring automatiza o processo de análise de leads gerados pelas empresas. Com isso, é possível que os melhores leads sejam enviados para o departamento de vendas, no momento certo e da maneira adequada, para que estes se tornem clientes. “Um dos maiores desafios do departamento de marketing digital é tornar os times de marketing e vendas mais produtivos para conseguir gerar mais vendas”, conta Eric Santos, CEO da Resultados Digitais. “Cada lead é uma oportunidade de venda. A nova ferramenta serve para ajudar a fazer análise automatizada da qualidade dos leads que a empresa está gerando e a propensão de o cliente comprar o produto ou serviço oferecido. Isso ajuda a fazer uma entrega muito melhor para o time de vendas. Os leads são muito mais

Integração De acordo com Mércio Tumelero, diretor-presidente do Jornal do Comércio, de Porto Alegre, em breve o veículo vai fazer a integração de todas as plataformas. Além do impresso, o leitor também terá acesso ao conteúdo no smartphone, tablet e notebook. Um sistema integrado mais avançado e moderno está sendo implantado.

Homenagens O 20º Festival Mundial de Publicidade de Gramado homenageará João Carlos Saad, com a Láurea Roberto Civita, pela contribuição para o desenvolvimento do mercado publicitário; Willy Haas Filho, como patrono por serviços prestados à profissionalização da indústria da propaganda; e João Doria Junior, com o Mérito Publicitário. propsul@uol.com.br

INTERVALOINTERV ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS D E P R O PA G A N D A

CNPJ/MF: Nº 62.590.856/0001-11 - SP

A Ampro (Associação de Marketing Promocional), responsável pela organização do Ampro Globes Awards, anunciou três novas categorias para a edição de 2015: Melhor Ativação em Live Marketing, Melhor Direção de Arte e/ou Design em Campanhas de Live Marketing e Melhor Campanha de Branding Gerando Fidelidade à Marca. Além disso, haverá um prêmio especial para a Melhor Campanha do Ano. O Ampro Globes Awards, que completa 15 anos em 2015, é a etapa nacional do Globes Awards, a principal premiação do live marketing mundial.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO São convocados os senhores associados da APP - ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE PROPAGANDA, em dia com suas obrigações Sociais, a se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA (A.G.O.), no dia 18 de março de 2015, quarta-feira, às 17:00 horas, em primeira convocação, na sede social, à Rua Hungria, 664 12o Andar - Jardim Europa - São Paulo, a fim de examinar e deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA, conforme o o Artigo 19º do Estatuto Social: a) Examinar e aprovar ou não, a prestação de contas da Diretoria Executiva; os pareceres do Conselho de Administração e do Conselho Administrativo, Financeiro e Fiscal; as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro do ano anterior; b) Examinar, discutir e aprovar ou não o orçamento geral de receitas e despesas para o exercício seguinte, elaborado pela Diretoria Executiva e aprovado pelo Conselho de Administração; c) Eleger o Conselho de Administração e o Conselho Administrativo, Financeiro e Fiscal quando do término de cada mandato de 02 (dois) anos e d) Discutir outros assuntos de interesse societário. A ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA funciona, em primeira convocação com a presença de dois terços habilitados a dela participar e, em segunda convocação, 30 (trinta) minutos depois, com qualquer número de associados.

RODA

VIVA

RECLAME NO RÁDIO ONDE A PROPAGANDA ACONTECE

Divulgação

Otávio Freire Diretor da ILUMEO

Maria Luisa Cravo Wittenberg Gerente Executiva de Investimentos da APEX

NO RÁ

DIO

Apresentação

BETH FURTADO COLUNISTAS

Tatiana Ferrentini

Lula Ruy Vini Carlos Daniel Vieira Lindenberg Alvarez Ferreirinha Dotoli

Paula Rizzo

São Paulo, 11 de fevereiro de 2015. Ênio Marin Vergeiro Presidente do Conselho de Administração e Diretoria Executiva

preparados e com isso haverá eficiência melhor”, explica. A ferramenta vai cruzar os dados do perfil dos leads com o interesse do usuário. Este é um dos grandes diferenciais em relação a outras ferramentas existentes no mercado. De acordo com o CEO, a análise será baseada nos dois aspectos (perfil e interesse) e não tratados como únicos, como a maioria faz. Cada uma dessas análises gera uma nota diferente com critérios objetivos e pesos para todos os leads. A Lead Scoring envia, automaticamente, apenas aqueles com maior potencial de compra em tempo real. “Isso evita, por exemplo, que a equipe de vendas perca tempo com leads que tenham um perfil ruim, pois prioriza quem tem mais potencial para ser um novo cliente”, comenta. O novo software RD Station levou seis meses para ser desenvolvido. Com mais de 1,5 mil empresas como clientes da Resultados Digitais, a expectativa é que pelo menos 30% adquiram a nova ferramenta. A meta da empresa é atingir quatro mil clientes em 2015.  A PJ

APOIO

DIA 14/03, SÁBADO 13h reapresentação DOMINGO 14h

Mah Lemos (foto) é a nova diretora de núcleo da Pereira & O’ Dell Brasil. Estrategista digital e fã de tecnologia, a executiva chega à sede de São Paulo da agência para reforçar a equipe de atendimento liderada por Ricardo Polmon. Com 15 anos de experiência no mercado publicitário, Mah atuou como diretora de conta, chefe de operações e digital planner em agências como David e Ogilvy. Em sua carreira atendeu clientes como Claro, Coca-Cola, Sony, Mondelez e Burger King, entre outros. Vitória Violini chega para reforçar a área de atendimento da Fischer, liderada pelo VP Alex Isnenghi, como executiva de conta. A profissional vem do Havas, onde atuava com os clientes Citroën Brasil e Reckitt Benckiser. O departamento também teve duas promoções: Bianca Bizello e Denise Azevedo, que vinham atuando como gerentes de conta, tornaram-se diretoras. Bianca, que está há cinco anos na Fischer, é responsável pelas contas de Vigor Lácteos e Leco. Já Denise, há sete meses na casa, responde pelo atendimento de JBS Institucional, Melitta e Vigor Spreads.


São Paulo, 9 de março de 2015 - j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g 29

quem fez

daniel milani dotoli daniel@propmark.com.br

Africa suzuki

neogama/bbh/renault

Título: Tô muuuito bem de Suzuki; produtos: Swift Sport/ Jimny/ Grand Vitara/ S-Cross; criação: Guigo Oliva, Rafael Gil e Rodrigo Panucci; direção de criação: Sergio Gordilho, Eco Moliterno, Rafael Pitanguy, Rafael Merel e Paulo Coelho; produtora: Mixer; diretora de cena: Luiza Campos; trilha: Comando S; aprovação: Corinna Sagesser, Luiz Rosenfeld, Vanessa Massaro e Tatiana Freitas

Título: Semana; produto: Novo Sandero Stepway; criação: Fabio Mozeli e Daniel Martins; direção de criação: Alexandre Gama e Márcio Ribas; atendimento: Silvia Tommasini, Fábio Losso, Nathalya Cardoso, Leonardo Viri e Nathalie Descout; planejamento: Eduardo Lorenzi, Luciano Di Eugênio, Felipe Volpintesta e Ana Pinhal; mídia: Luiz Gini, Reinaldo João, Camila Robba, Willian Araujo e Vinicius Zeller; produtora: Rebolucion; diretores de cena: Rodrigo García Saiz e Arturo Querzoli; trilha: A9; aprovação: Bruno Hohmann, Patricia Takehara, Livia Kinoshita e Elisa Salgado

Final de semana

Fotos: Divulgação

Avatares

Dando continuidade à campanha “Tô muuuito bem de Suzuki”, a montadora apresenta 20 filmetes, de 10 segundos cada, que serão veiculados em TV paga. Os comerciais são para o Novo Swift Sport, o Jimmy e o Grand Vitara. A novidade fica pelas assinaturas dos filmes, que são acompanhadas, de forma divertida, por avatares dos clientes.

Com o conceito “O carro pensado para todos os dias da semana”, a Neogama/BBH lança a campanha do Sandero Stepway integrando mídias on e offline, que conta com comercial de TV e plataforma digital composta por um site inédito e criação de conteúdo. O mix de comunicação foi feito para explorar a versatilidade do novo modelo da Renault. O comercial, produzido pela Rebolucion, mostra um carro em ação na cidade grande, ao longo da semana, até chegar no tão esperado final de semana, quando ganha música, novos cenários e astral redobrado. Já para o meio digital foram criados sete hotsites diferentes, um para cada dia da semana, todos divididos por temas, com dicas de gastronomia, música, esportes e viagens, entre outras.

almapbbdo volkswagen

pereira & o'dell submarino

dm9sul lilica & tigor

Título: Março Imbatível; produto: varejo; criação: Ricardo Chester; direção de criação: Luiz Sanches e Bruno Prosperi; produtora: Cine; diretor de cena: Clovis Mello; produtores-executivos: Raul Doria e Waldemar Tamango; aprovação: Axel Schroeder, Leandro Ramiro e Fabio Souza

Título: Vai fundo. Vai de Submarino.com; produto: institucional; criação: Diogo Pereira, Flavio Bacellar e Joana Mendes; direção de criação: Michel Lent; produtora: O2 Filmes; diretor de cena: Renato Amoroso; trilha: Satelite Audio

Título: Espetáculo; produto: Lilica & Tigor; criação: Guilherme Altreider, Felipe Líbano e Rogério Chaves; direção de criação: Marco Bezerra, João Pedro Vargas, Rodrigo Pereira e Everton Behenck; produtora: Zeppelin; diretor de cena: Fred Luz; trilha: Soul City; aprovação: Mario Paravisi e Rafaela Donini

Sem piadas

Profundidade

Teatro

Na campanha “Março Imbatível Volkswagen”, o humorista Leandro Hassum causa supresa a um casal que descobre que é ele quem irá acompanhá-los em um test drive. Porém, a maior surpresa fica quando o marido, que está dirigindo um modelo, pergunta: “Não vai fazer nenhuma piada?”. E ouve: “Piada? Com seu dinheiro?”.

“Vai fundo. Vai de Submarino.com” pretende posicionar a marca, criada há 15 anos, como uma ponte entre o consumidor e as suas paixões, apostando no prazer que cada um tem em se aprofundar no mundo da literatura, da tecnologia, dos games e da moda, por exemplo. A campanha contempla mídias on e offline, patrocínios e ativações.

Para apresentar a campanha das marcas infantis intitulada “Espetáculo de Outono Lilica & Tigor”, a agência buscou inspiração no mundo do espetáculo, criando um cenário lúdico de arte com teatro, música e dança – seguindo a mesma linha da nova coleção das grifes. O filme foi rodado no tradicional Theatro Guarany, em Pelotas (RS).

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766 MERCADO: Buffet Fasano celebra 20 anos e investe no segmento corporativo

ENTREVISTA: Hugo Rodrigues detalha sua fase como presidente da Publicis Brasil

MARKETING

EVENTO: Marcas devem cair na real num mundo cada vez mais

novembro / dezembro 2014

ENTREVISTA Com Beatriz Galloni, VP de marketing para o Brasil e América Latina da MasterCard

tec segundo a Contagious . nº 491 . ano 47 . revistamarketing.com.br

NEGÓCIOS Applebee’s fará reposicionamento da marca no Brasil para triplicar de tamanho nos próximos anos

Os melhores da mídia em 2014 REVISTAS

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PORTAL

Os melhores do ano AACD ■ APAE DE SÃO PAULO ■ ARCELORMITTAL BRASIL ■ ÁTOMO COMUNICAÇÃO BANCO PAN ■ BEAUTY IN / VIGOR ■ BRASILCAP CAPITALIZAÇÃO ■ BRF CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ■ ESPM ■ FERMENTO ■ FOX INTERNATIONAL CHANELS BRASIL GAFISA ■ JBS /FRIBOI ■ LOWFAT COMUNICAÇÃO ■ PETRONAS ■ SHOPPING SP MARKET THE GROUP COMUNICAÇÃO ■ VIGOR ■ ROBERTO JUSTUS MARKETING CITIZEN Venda avulsa nacional R$ 14,50

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Supercenas

MARCELLO QUEIROZ

Marcelo Torma e Marcelo Siqueira, diretores de criação da F.biz, em Dublin: trabalho para Jameson Daniela Toviansky/Divulgação

A modelo Aline Weber, em ensaio de Henrique Gendre na FFWMAG Marcelo Pereira/Divulgação

A produtora Diana Almeida e a cineasta Paula Kim: Cannes

Henrique Gendre/Divulgação

MALWEE AVALIA Um dos fortes nomes brasileiros na moda, o Grupo Malwee decidiu avaliar agências para eventuais mudanças em suas estratégias publicitárias. Com sede em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, a maior parte da conta do anunciante, que controla dez marcas, está na agência CMC (Central de Marketing de Comunicação), também localizada no município catarinense. É lá que serão apresentadas as credenciais das convidadas nesta semana. Segundo estimativas do mercado, a partir de dados do Ibope Monitor, o Malwee investiria algo em torno de R$ 10 milhões anuais em mídia. FUSÃO A decisão do Grupo Publicis de unir a DPZ e a Taterka deve ser concluída até abril. Segundo fontes, estaria decidido que Edu Simon, da Taterka, ficaria com o cargo de CEO da nova operação enquanto Tonico Pereira, da DPZ, seria o COO. COWBOY OU ON THE ROCKS A F.biz deve lançar em breve uma ação para o whisky Jameson. Os diretores de criação da agência, Marcelo Torma e Marcelo Siqueira, estiveram na Irlanda no início de março para conhecer as instalações da fábrica do produto em Dublin, num prédio de 1780, onde funcionava a destilaria Bow Street, comprada, naquele ano, por John Jameson.

Isis Valverde, entre Romolo Megda (Babel) e Mary Kaidei (China in Box)

TERRA EM AUSTIN Sete diretores do Terra, entre eles o CEO Paulo Casto, vão participar do festival South by Southwest, em Austin, entre 13 e 21 de março. Objetivo é analisar tendências que possam ser implantadas no projeto Terra 2015, novo modelo de trabalho com caráter mais colaborativo e integrado.

VAZOU, UNIU... O vazamento de imagens íntimas de mulheres na web pode unir duas marcas que abordaram o assunto semana passada. A boa repercussão das campanhas do absorvente Always, criada pela Leo Burnett Tailor Made, e da Hope, assinada pela We, tem potencial para uma estratégia com dupla assinatura. BRASIL EM CANNES O programa L’Atelier, organizado pela Cinéfondation no Festival de Cinema de Cannes selecionou um projeto brasileiro para participar da 11ª edição do programa, entre 15 e 21 de maio. Em fase de captação de recursos, o trabalho escolhido é “Diario de Viagem”, longa de estreia da roteirista e diretora Paula Un Mi Kim. O longa terá produção da Sam Ka Pur Filmes e da Lacuna Filmes, de Diana Almeida, de “Hoje eu quero voltar sozinho”. O roteiro, ambientado em São Paulo e Londres, é sobre uma adolescente com anorexia. MENINO E MENINA Nova edição da revista FFWMAG, a número 39 chega às bancas no próximo dia 15 com um ensaio intitulado “Ela é minha menina/Eu sou o menino dela”, assinado pelo fotógrafo Henrique Gendre. Aline Weber e os demais modelos foram registrados no prédio do antigo Hospital Matarazzo, em São Paulo. CHINA GIRL A atriz Isis Valverde está na nova campanha da rede China in Box, criada pela Babel, que começou a ser veiculada na semana passada. Gravações do comerical foram produzidas ano passado pela Produtora Piloto com filmagens em São Paulo acompanhadas pelo diretor de criação Romolo Megda e por Mary Kaidei, diretora de marketing do Grupo Trendfoods.

ANDROID O sistema operacional do Google aumentou seu share de liderança no mercado de smartphones brasileiro. Alcançou 90,8% com dados de novembro a janeiro da Kantar Worldpanel

BRITISH AIRWAYS Ela é a marca preferida dos britânicos, pelo segundo ano consecutivo, de acordo com a pesquisa Consumer Superbrands. Rolex ficou em segundo lugar

PUBLICIDADE NATIVA Neste ano, ela deverá ficar com 13% – contra 5% em 2014 – do total global de investimentos em tablets e smartphones, segundo a pesquisa Annual Mobile Buyer

TECNOLOGIA VESTÍVEL Ela é descartada por seis em cada dez britânicos, segundo estudo da Fizz. Pesquisados alegam que não comprariam tais produtos por não terem necessidade dos mesmos

CHOCOLATE Relatório Cocoa Barometer 2015, sobre a produção mundial de cacau, alerta: ou os consumidores pagam mais caro ou terão risco de não encontrar o produto. A informação é do Financial Times

PCs Eles, os famosos computadores pessoais, tiveram queda de vendas de 26% no Brasil em 2014, com 10,3 milhões de unidades vendidas. Dados são da consultoria IDC


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