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A Experiência de Pentecostes na vida Redentorista
Você já descobriu que a palavra “Espírito” aparece na primeira e na última página da Bíblia? Sim, lá está em Gn 1,1 e Ap 22,17: “O Espírito de Deus pairava sobre as águas” e “O Espírito e a Esposa dizem: ‘Vem!” Aquele que falou pelos Profetas esteve e estará presente em toda a história da salvação, desde o começo até a suprema vinda do Senhor. Foi o que escreveu São João Paulo II no final de sua Encíclica Dominum et Vivificantem de
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1986: “O Espírito não cessa de estar presente no nosso mundo, no horizonte das consciências e dos corações humanos, para encher o universo de amor e de paz”.
O mesmo acontece na vida de cada cristão, que desde o seu batismo pode dizer como Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim porque me consagrou pela unção” (Lc 4,18). A partir do Concílio Vaticano II, a Igreja vem aprofundando a certeza de que o Espírito Santo é a alma da Igreja, pois ela vive no Espírito e pelo Espírito: Ele, o Senhor da Vida, é quem dá Vida à Igreja de Cristo.
Nós, Redentoristas, herdamos de Santo Afonso uma sólida devoção ao Espírito Santo, que ele explicitou ao compor um texto para a novena de Pentecostes e determinando que seus confrades celebrassem essa novena como um tempo de penitência semelhante ao Advento, para solenizar a festa.
Na história da nossa Congregação, podemos intuir as luzes e a força do Espírito Santo nas iniciativas do fundador, na firmeza de um Clemente, na ciência infusa de um Geraldo, no pioneirismo de um Neumann e no compromisso missionário de toda a Família Redentorista através dos tempos.
Sinto-me feliz por ter participado de quatro Capítulos Gerais, de estilos bem diversos devido à épo - ca, mas sempre com a clara convicção de que estávamos vivendo um novo Pentecostes. O clima de oração, trabalho e fraternidade faz a gente sentir a verdade de que “Ele está no meio de nós”. Por isso mesmo, é sobretudo nos Capítulos que as Congregações dão os passos mais significativos de sua história. Em 2016, na abertura do Capítulo de Pattaya, o então Superior Geral, Pe. Michael Brehl, convidou-nos a que “nos deixássemos tocar pela presença do Espírito Santo, que desafia a Congregação a ir para as periferias do mundo” Ele afirmou também que “o processo de reestruturação e de discernimento que estamos vivendo é verdadeiramente obra do Espírito”.
É muito oportuno ouvirmos, nessa fase da reestruturação, o que disse o Papa Francisco: “O Espírito liberta os espíritos paralisados pelo medo. Vence as resistências. A quem se contenta com meias medidas, propõe ímpetos de doação. Dilata os corações mesquinhos. Impele ao serviço quem se desleixa na comodidade. Faz caminhar quem sente ter chegado. Faz sonhar quem sofre de mediocridade. Esta é a mudança do coração. A mudança do Espírito não revoluciona a vida ao nosso redor, mas muda o nosso coração”. Como os Apóstolos, transformados pela vinda do Espírito Santo, sabemos que Ele reservou para nós os dons necessários para vivermos com plena confiança essa travessia memorável.