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Editorial
Palavra do Provincial MISERICORDIOSOS COMO O PAI (Lc 6,36)
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o mês de agosto, a Igreja no Brasil nos convoca para um tempo mais profundo de reflexão, oração e ação pelas vocações. O mês vocacional foi instituído numa assembleia geral da CNBB em 1981, tendo como objetivo, entre outros, o de afirmar “que todos os membros da Igreja têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações”. Em sentido geral, vocação é dom, talento, aptidão para um ofício ou profissão. Etimologicamente vocação é uma palavra que vem do latim: “VOCATIO”, que significa chamado. À luz da
fé cristã, vocação é chamado de Deus. Chamado para seguir Jesus Cristo. É Ele quem toma a iniciativa. Nas Sagradas Escrituras temos vários exemplos: como a vocação de Maria, a mãe de Jesus, dos primeiros discípulos, de São Paulo e tantos outros personagens bíblicos. Porque nos ama, nos chama. “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu quem vos escolhi...”(Jo 15,16). É um chamado universal, porque todos são chamados por Deus. Todos são vocacionados. “Deus não faz discriminação de pessoas” (1Cor 2,11). No processo vocacional o mais importante
Expediente: Coordenação: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Silvia Carvalho - MTB: 5.917 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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é a missão, isto é, o serviço que se presta a Deus através dos irmãos e de modo especial dos mais pobres e abandonados. “ M i s e r i c o rdiosos como o Pai” é o tema do mês vocacional de 2016. Como afirma o papa Francisco: “A ação misericordiosa do Senhor perdoa os nossos pecados e abre-nos a uma vida nova que se concretiza no chamado ao discipulado e à missão. Toda vocação na Igreja tem a sua origem no olhar compassivo de Jesus”. Que, de fato, nossas comunidades sejam um terreno fér-
til , onde as diversas vocações germinem, floresçam e frutifiquem segundo a ação do Espírito Santo. Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial
Aniversariantes
Agosto 11/08 – Pe. Alfredo Viana Avelar, C.Ss.R. 14/08 – Pe. Braz Delfino Vieira, C.Ss.R. 18/08 – Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. 18/08 – Pe. Flávio Leonardo S. Campos, C.Ss.R. 28/08 – Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.
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Entrevista
Padre José Raimundo Vidigal, C.Ss.R Tendo completado 60 anos de Profissão Religiosa neste ano, Pe. Vidigal nos fala sobre sua trajetória, as alegrias e os desafios vividos nestas seis décadas. ‘Santo Afonso me sequestrou’ Como foi o chamado vocacional em sua vida? Como sua família o influenciou nesta decisão? A vocação religiosa é uma flor que para nascer precisa de um jardim bem cultivado, que é geralmente uma família de vivência cristã e uma paróquia com espírito missionário. Filho de ferroviário, vivi minha infância em Mariana-MG, terra de forte tradição católica, e aprendi na família os princípios cristãos. Pertenci à Cruzada Eucarística e ao grupo de coroinhas da Sé. Ajudei muitas Missas do futuro Dom Oscar de Oliveira, grande amigo de meus pais. Mariana tinha e tem dois seminários, mas não foi para eles que me senti atraído. No dizer do então Cônego Oscar, “Santo Afonso me sequestrou” por meio dos Redentoristas que pregaram lá uma missão em 1947. Quem me levou para o seminário de Congonhas foi o mesmo que 12 anos mais tarde iria me ordenar sacerdote, Dom José Brandão de Castro, primo de meu pai. Fale um pouco de sua trajetória como Redentorista Pouco antes de eu receber a ordenação, o Papa João XXIII anunciou o Concílio Vaticano II, que haveria de começar em 1962. No ano seguinte,
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fui mandado para Roma, onde estudei na Universidade Gregoriana e no Instituto Bíblico, obtendo a licenciatura em Teologia e em Sagrada Escritura. Todas as aulas e todos os exames eram em latim! Acompanhei de perto o Concílio, até presenciei uma sessão. Passei um ano em Jerusalém, como aluno da famosa École Biblique, tudo isso com a finalidade de reforçar o corpo docente do Seminário da Floresta, que era de alto nível, pois todos os professores estudaram na Europa. Minha estadia em Floresta durou só três anos, e depois lecionei em Belo Horizonte, Ilhéus, Belém, Santarém e João Monlevade. Agora vou começar a experiência como professor no Seminário Diocesano de Campos-RJ. Nestes 60 anos de vida religiosa, quais foram as maiores alegrias e as maiores dificuldades? As alegrias foram muitas, graças a Deus. Trabalhei 5 anos em Roma como Secretário Geral da Congregação, ofício que me deu uma visão panorâmica da Congregação. No Brasil, fui Reitor em Campos, quando nossa igreja foi promovida a Santuário, fui Diretor da Rádio de Coronel Fabriciano, tendo inaugurado a nova sede e in-
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formatizado o sistema, fui Pároco em São José/BH, no centenário da Paróquia e Reitor em Curvelo, quando o Pe. Robson encerrou a Oitava de São Geraldo, com transmissão pela Rede Vida e pela TV Canção Nova. Dentre os mais de 50 livros que já traduzi, destaco a Bíblia de Aparecida, publicada em 2006 pela Editora Santuário, que já está na 15ª edição. Tristezas também houve, claro. Nos meus primeiros anos de sacerdote, tudo parecia tão tranquilo, a nossa Província crescia, os seminários cheios de jovens. De repente, foi como se uma tempestade desabasse sobre nós. Ficamos reduzidos a menos da metade, muitos confrades saíram da Congregação, os seminários se esvaziaram e a formação teve que buscar novos caminhos. Vivi também dias de muita tensão em Jerusalém, em junho de 1967, na Guerra dos Seis Dias. A nossa École Biblique foi bombardeada e invadida por soldados. Graças a Deus, não houve vítimas, nem entre os professores Dominicanos nem entre os alunos.
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Que recado o senhor daria para os jovens que desejam seguir a Cristo como religiosos? Eu digo como aquele hino: “Senhor, se tu me chamas, eu quero te seguir; se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui!” Cada dia do tempo da formação é uma pedra no seu edifício espiritual. Um pensamento que marcou meus anos de estudos foi este, que ouvi num retiro do Pe. Geraldo Pires de Souza: “Por detrás de cada página dos meus livros, vejo uma alma à minha espera.” E também este, que sustentou São João Maria Vianey, o Cura d’Ars, em suas dificuldades quando seminarista: ele se consolava com o pensamento de que “o ministério das almas não teria a aridez das aulas e dos livros”. Olhem com confiança para o belo futuro que espera vocês: levar a todos a Copiosa Redenção!
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Entrevista
Como o senhor está vendo o chamado para participar do Capítulo Geral da Congregação em outubro, na Tailândia? Já estive em vários Capítulos Gerais, desde 1985, quando fui responsável pelas Atas, que eram feitas ainda em latim. Foi uma grande surpresa o convite que me fez o Padre Superior Geral. Quando saí de Roma, em janeiro de 2011, recebi do Padre Reitor da Casa a gentileza de um diploma per il prezioso lavoro al servizio della Congregazione. O Reitor anterior, Pe. Darci, hoje Arcebispo, me disse certa vez: “Você não sabe o quanto é querido aqui na Comunidade”.
Preparação para os votos perpétuos
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eve início no dia 18 de julho, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), o Encontro de Preparação para os Votos Perpétuos da União dos Redentoristas do Brasil (URB). O encontro segue até 18 de agosto e é coordenado pelo Padre Vicente Ferreira, C.Ss.R., formador da Comunidade Vocacional Dom Muniz em Belo Horizonte (MG). São 14 fráteres das Províncias do Rio, Campo Grande, Porto Alegre, São Paulo e das Vice-Províncias de Recife, Fortaleza e Bahia, que se preparam para mais uma etapa dentro do processo de formação na Congregação Redentorista. Os jovens que estão terminando os Estudos de Teologia têm este período de um mês de preparação intensa para a Profissão Perpétua. De acordo com Padre Vicente, C.Ss.R., a Congregação pede que haja esta fase de convivência e de es-
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tudos sobre a Instituição Religiosa da qual os jovens farão parte, a fim de proporcionar a eles a solidificação da experiência e da espiritualidade Redentorista. Com este objetivo, a URB organiza os encontros de forma que diversos assessores tratem de variados temas importantes para o futuro sacerdote ou irmão, como origem da Congregação, mística redentorista, pastoral e evangelização, afetividade e vida religiosa. A proposta de um encontro que reúne todas as Províncias e ViceProvíncias, busca, segundo Padre Vicente, C.Ss.R., reforçar o sentido de comunidade dos Redentoristas e de pertença a um corpo missionário. “Solidificamos o sentido de ser Redentorista, numa comunidade que pensa globalmente, que não se fecha nos muros provinciais. Assim, podemos partilhar as particularidades
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de cada unidade dentro de um conjunto. O jovem traz a contribuição de sua Província, a dinâmica de lá. Tudo isso reforça o sentido de ser Congregação Redentorista no mundo, mas sempre valorizando cada grupo.” Caminhada Quem veio de outras Províncias aproveita o ambiente acolhedor que o Seminário oferece e que em muito ajuda as reflexões e o olhar para si mesmo. Humberto Silva Moraes, C.Ss.R., da Província de Porto Alegre, relembra com gratidão a caminhada até esta etapa final de formação. “A vida religiosa não estava nos meus planos, eu trabalhava e estudava e ia ajudar na Paróquia que frequentava, mas sem nenhuma pretensão. Até que um confrade me convidou a fazer uma experiência e gostei, mergulhei na história da Congregação e nela estou há 10 anos”. Quando questionado sobre mais este passo que está dando, Humberto afirma que “não é possível ter 100% de certeza, mas a resposta vamos dar no nosso dia a dia.” História vocacional O Fráter Júlio Maia, C.Ss.R., da Vice-Província de Fortaleza, afirma que nesta etapa continua a liberdade para dizer “sim”. “Dá medo de não corresponder a Deus, mas acredito que posso colaborar no mundo idealizado por Ele.” E completa: “Fico feliz por dar prosseguimento à minha história vocacional, darei meu “sim” definitivo. Durante o encontro, posso conhecer os irmãos de todo o Brasil e
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dar minha contribuição, já que somos uma família.” Sintonia O Fráter Rodrigo das Dores de Castro, C.Ss.R., da Província de Porto Alegre, lembra da importância do compromisso que está prestes a assumir na Congregação. “É o ápice da etapa de formação. Levarei esta decisão para a vida toda, me doando inteiramente.” O jovem afirma que está aproveitando o encontro para entrar em sintonia com Deus e consigo mesmo. “Deus está em todos os lugares, em nossas fraquezas e em nossos momentos bons. O barulho do mundo, às vezes, não permite que entremos em contato profundo com Deus. Estou buscando refletir no silêncio da minha interiorização, para que Deus se faça obra em minha vida e que eu possa passar isso para as outras pessoas.” Afirmação Fráter da Província do Rio, Jonas Pacheco, C.Ss.R. vê este momento da sua caminhada como muito gratificante, depois de anos de formação, o primeiro chamado, o despertar inicial vai se realizar. “Afirmar este propósito de ser Redentorista, que por muito tempo foi sendo amadurecido, nos insere de forma definitiva na Congregação Redentorista. É um sim’para a vida toda, o juramento da perseverança. É aqui que quero dedicar minha vida.” Alessandra Assis / SM Propaganda Juiz de Fora, MG
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XIII. O CREDO: Creio no Espírito Santo O Espírito Santo No Credo professamos nossa fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O Credo maior acrescenta: “Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas”. Nesse Credo, no século XI, a Igreja achou por bem acrescentar que o Espírito procede do Pai e do Filho, e não só do Pai, como antes afirmado. Fez isto para ser mais fiel ao NT, cujos textos sugerem que o Espírito vem do Pai e do Filho. O Espírito é enviado por Jesus desde o Pai. O Pai gera o Filho e ambos espiram (como um sopro) o Espírito Santo. Modo difícil de falar, mas o Credo tem preocupação prática: quer mostrar que o Espírito é também de Jesus. Mas, dessa afirmação, veio uma controvérsia com a Igreja ortodoxa que até hoje não foi resolvida. Para eles, o Espírito vem só do Pai. Aceitam que possa vir do Pai pelo Filho, mas vem do Pai, a origem da vida trinitária. Para nós, essas questões soam muito teóricas, mas foram importantes naquelas épocas. A afirmação, por exemplo, segundo a qual com o Pai e o Filho o Espírito é adorado e glorificado se revestiu de grande relevância. Evitou-se a palavra “consubstancial”, pois se tornara problemática. Prefiram afirmar que é adorado e glorificado com o Pai o e Filho. Com isto, quiseram salvaguardar a divindade do Espírito, que
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também é Deus, tem a mesma “substância”, a mesma natureza de Deus (é consubstancial). Como alguns duvidavam da divindade do Espírito, optaram por afirmá-la claramente no Credo Niceno. Solução muito feliz. Das três pessoas da Trindade, o Espírito se revela a figura mais enigmática. De onde ele vem, para onde ele vai? Não apreendemos totalmente sua ação misteriosa. Tanto em hebraico (ruah), quanto em grego (pneuma) e em latim (spiritus), ele se chama “o sopro”. O símbolo do Espírito é o vento (cf. Jo 3,8). Há outros símbolos do Espírito: a água, o fogo, a pomba. Querem exprimir o inefável. Os muitos símbolos que aparecem na Bíblia e na Tradição para designar o Espírito demonstram a dificuldade para enquadrá-lo num conceito preciso. O Espírito é, na Trindade, “o mistério interior ao mistério” (DURRWELL). O Novo Testamento atesta a presença do Espírito em toda a vida de Jesus (cf. Mt 1,18.20; Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 1,35; Lc 3,21-22). Maria se encontra grávida “pelo Espírito Santo” (Mt 1,18). João Batista testemunha que Jesus é o eleito de Deus porque o Espírito desce e permanece nele (cf. Jo 1,32). O messianismo de Jesus se manifesta quando sobre ele desce o Espírito Santo no Jordão, depois do qual ele se apresentará como o ungido de Deus, apropriando-
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habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida também a vossos corpos mortais, mediante seu Espírito que habita em vós”. Paulo atribui a ressurreição de Jesus e a nossa ao poder de Deus (cf.2 Cor 13,4), ou seja, ao Espírito. Quando ressuscita Jesus, Deus manifesta sua ação poderosa (Cf. Ef 1,18-22). O Espírito vivifica Jesus (1Pd 3,18). Jesus, salvador em sua humanidade, torna-se o mediador do dom do Espírito, mas ele deve voltar ao Pai, viver no seio do Pai, a fonte do Espírito, para que possa enviar o Espírito. “No entanto, eu vos digo a verdade, é de vosso interesse que eu parta, pois, se não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se for, enviá-lo-ei a vós” (Jo 16,7). No Evangelho de João, Jesus é o depositário do Espírito (cf. Jo 1,32-34); tendo voltado à sua glória, envia de junto do Pai o Espírito. Quando sua humanidade foi glorificada, ele se tornou a salvação dos homens, porém, para que a salvação chegasse a todos, ele precisava enviar o Espírito. O fruto da ressurreição consiste exatamente na efusão do Espírito (cf. Jo 20,19-23). Não se compreende, assim, o Espírito sem Jesus; ele é “o Espírito de Jesus”, “o Espírito do Filho”, “o Espírito de Cristo”, “o Espírito do Senhor” (cf. Fl 1,19; Gl 4,6; Rm 8,9; 2Cor 3,17). Procede do Pai e do Filho, como diz o Credo Niceno. O dom do Espírito Santo no Novo Testamento se destina à consumação da obra salvífica de Jesus, ao perdão e à misericórdia. Sua ação no mundo conduz à plena verdade de Je-
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-se das palavras de Isaias 6,1: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção” (Lc 4,18). E, do batismo em diante, exercerá todas as suas atividades movido pelo Espírito Santo (cf. At 10,38). Ele será sempre o “cheio do Espírito Santo” (Lc 4,1). Tendo recebido o Espírito Santo, Jesus começa sua vida pública como messias sob seu impulso, realizando a obra do Reino a ele confiada pelo Pai. A presença do Espírito Santo em Jesus continua durante toda a sua vida. Ele agirá movido e sustentado pelo Espírito (cf. Mt 12,28). Na cruz, se entregará ao Pai em virtude de um Espírito Eterno (cf. Hb 9,14) e será ressuscitado na força desse mesmo Espírito que o constituirá, na ressurreição, Filho de Deus com poder (cf. Rm 1,4). Os tempos messiânicos se aproximarão com a efusão do Espírito Santo pelo Senhor ressuscitado (cf. At 1,16ss.). A Escritura mostra o Espírito como o “agir onipotente e amoroso de Deus”, em quem são feitas todas as suas obras. Se todas as obras divinas acontecem no Espírito, a obra de Deus por excelência, a geração do Filho, não poderia se dar fora do Espírito. Para o apóstolo Paulo, Jesus “é estabelecido Filho de Deus com poder, por sua ressurreição dos mortos, segundo o Espírito de santidade” (cf. Rm 1,3-4). Jesus, por sua ressurreição, torna-se plenamente o Filho de Deus na nossa humanidade. Paulo repete o mesmo argumento em Rm 8,11: “E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus
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sus, ajudando-nos a esclarecê-la para nossos dias, por isto ele é Senhor que dá a vida, porque nos comunica a própria vida do Senhor Jesus, a vida divina, única verdadeira que nos salva. O pecado contra o Espírito Santo se compreende, assim, como total fechamento ao amor e ao perdão que nos vêm pelo Espírito Santo. O Espírito em nossa vida A novidade da vida cristã se encontra na participação na morte e ressurreição de Jesus, que torna o ser humano filho de Deus. Embora a salvação signifique também o perdão dos pecados, é mais do que isso, porque inclui a entrada no próprio mistério da Trindade através de Cristo e do Espírito. Deus é o Pai de Jesus por geração e, também por geração, torna-se Pai dos fiéis. O Pai gera Cristo nos fiéis pelo Espírito e eles se tornam seus filhos, filhos no Filho. Jesus, enquanto primogênito, foi gerado primeiro para se tornar irmão de muitos (cf. Rm 8,29). Quem foi batizado no Cristo se revestiu de Cristo (cf. Gl 3,26). O fiel, pelo batismo, se reveste da imagem do homem novo, que, por sua vez, é a imagem do próprio criador (cf. Cl 3,9-10). Para o evangelista João, a ação do Espírito se revela criadora; o cristão transforma-se em filho mediante um novo nascimento. “Ele nasce da água e do Espírito” (Jo 3,5). O Espírito é a graça de Deus em nós e o conteúdo dessa graça é Jesus Cristo, o Filho de Deus. O Espírito nos torna filhos e filhas de Deus ao nos configurar ao Filho. Os escritos paulinos relacionam o Es-
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pírito, poder operante de Deus na história, com a caridade, ainda que não os identifique. A caridade é derramada em nossos corações pela efusão do Espírito (cf. Rm 5,5). Quem caminha segundo o Espírito, caminha na caridade, (cf. Rm 8,4; Ef 5,2), plenitude da Lei (cf. Rm 13,10; Gl 5,14), vínculo da perfeição (cf. Cl 3,14), virtude final (cf. 1Cor 13,13). O trabalho do Espírito nos abre para Deus e para os semelhantes. A vida cristã se caracterizará por um serviço aos outros (cf. Gl 5,14), assim como fez Jesus (cf. Mc 10,45). A identidade cristã, portanto, entendida como filiação divina e participação na vida trinitária, assume, na prática, as feições da fraternidade e da promoção da justiça a favor dos pobres. Na justiça, se encontra a mais alta expressão do amor e a realização do Reino de Deus. O Espírito garante a ação de Deus a favor dos pequenos, porque ele ama os que ninguém ama, os últimos e os distantes. Por isto é chamado “Pai dos pobres” na invocação do “Veni, Sancte Spiritus”. A injustiça destrói a fraternidade, a definitiva utopia cristã. Niceia testifica que ele “falou pelos profetas”, ou seja, através daqueles que denunciaram o pecado e a injustiça no meio do povo. Ele não só falou, mas continua falando nos profetas do nosso tempo, naqueles que anunciam com sua vida e palavras os valores do Reino: paz, justiça, liberdade, fraternidade, tarefa de todo cristão batizado que participa da missão profética de Cristo. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG
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Visita Canônica em Cariacica
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ntre os dias 12 e 14 de julho, ocorreu a Visita Canônica à Paróquia Sagrada Família, em Cariacica (ES). Participaram da visita o Superior da Província Redentorista do RJ-MG-ES, Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R., juntamente com o Conselheiro, Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R. Durante este período, aconteceram reuniões com a Comunidade Redentorista, JUMIRE, MLR, Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e funcionários da Paróquia e da Comunidade. Houve também momentos de oração, partilha e conversas pessoais com os religiosos que lá residem, além de uma visita ao Mosteiro das Carmelitas, assessoradas pela Comunidade Redentorista. Pe. Américo destacou o clima fraterno da visita, encerrada com a Celebração Eucarística. “Foi marcada pela liberdade, leveza e profundidade. Fiquei feliz em ver o belo trabalho
desenvolvido e também verificar nos olhos do povo o carinho e o profundo agradecimento que ele tem pelos Redentoristas. Também em Cariacica é possível ver como o carisma redentorista acontece de modo especial.” O Superior Provincial e Pe. Dalton também visitaram o Centro Nova Geração (CNG), obra social redentorista mantida em Cariacica. Crianças e adolescentes atendidos pela instituição fizeram uma bela recepção aos sacerdotes. Durante a visita, foi inaugurado um painel de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Padroeira da Obra.
Encontro da Família Redentorista
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m primeiro passo para uma maior colaboração na missão de construir o Reino de Jesus e seguir o Redentor, a partir do carisma afonsiano-redentorista.” Assim o coordenador da Conferência Redentorista da América Latina e Caribe, Padre Manuel Rodríguez Delgado, C.Ss.R, avaliou o Encontro da Família Redentorista, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de julho, em Aparecida (SP).
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O evento reuniu 10 congregações que foram fundadas por um redentorista ou que têm afinidade profunda com o carisma redentorista, contando com a participação. do Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, Pe. Michael Brehl, C.Ss.R, e o Vigário Geral Padre Enrique Lopez, C.Ss.R, além de superiores de congregações e províncias, entre eles Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R.
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Junioristas se reúnem em BH
ntre os dias 07 e 10 de julho, aconteceu o 33º Encontro dos Junioristas Redentoristas do Brasil, na Casa de Retiro São José, em Belo Horizonte (MG). O encontro contou com a presença de fráteres das Vice-Províncias da Bahia, Recife e Fortaleza; das Províncias do Rio, São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre e Goiás. Totalizando 28 fráteres, além do Padre Domingos Marinho, C.Ss.R., Vice-Provincial de Fortaleza, responsável por acompanhar os junioristas do Brasil. A coordenação do encontro ficou por conta da Província anfitriã, na pessoa do fráter da Província do Rio, Rodrigo Costa, C.Ss.R.., que contou com a colaboração dos membros da Coordenação Nacional dos Junioristas do Brasil, a saber: Fr. Jefferson Nunes (Goiás), Fr. Julio Nascimento (Porto Alegre), Fr. Adriano (Campo Grande), Fr. Francisco Elânio (Recife), Fr. Jean Carlos (Fortaleza), Fr. Manuel (Bahia), Ir. Marcos (São Paulo). Segundo Rodrigo, o encontro de junioristas começou a ser realizado para que os jovens em formação na Teologia pudessem se conhecer melhor, estreitar laços e partilhar experiências missionárias. “Este período é propício para a convivência e interação entre os fráteres das diversas unidades Redentoristas do Brasil. Estamos vivendo o processo de reestruturação da Congregação, e esta iniciativa é um sinal de que este processo já está acontecendo entre nós. Valorizamos a convivência e a partilha de experiências e nos sentimos confirmados em nossa consagração, pela presença e testemu-
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nho de nossos confrades jovens, que junto conosco, estão trilhando o mesmo caminho de consagração, continuando a obra do Cristo Redentor. O tema do encontro foi: “Maria e a vida religiosa Redentorista”, em sintonia com o Jubileu dos 150 anos da restauração do culto à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, encerrado em junho. De acordo com o Fráter Rodrigo Costa, na quinta-feira, 07, o encontro começou com o jantar, seguido por oração inicial. Na sexta-feira, 8, o dia foi todo dedicado à formação, com a presença do Irmão Afonso Murad (Marista), que ajudou os junioristas a refletirem sobre Maria e a vida religiosa. Já o Padre Vicente Ferreira, C.Ss.R., da Província do Rio, falou sobre Maria na Espiritualidade Redentorista. À noite, os formandos visitaram a Igreja São José, em Belo Horizonte (MG) e participaram da celebração, fechando o dia com a confraternização julina, na Casa de Retiros São José. O sábado, 9, foi dedicado ao encontro com a cultura nas cidades históricas de Ouro Preto e Mariana (MG). O encerramento, no domingo, 10, foi marcado com a peregrinação ao Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade (Caeté) e com uma Celebração Eucarística. Para os fráteres, foram dias de muita partilha. “Ao dizer que somos uma família Redentorista, congregados pelo mesmo Espírito, não pode faltar em nosso meio a partilha das experiências vividas, e é preciso sonhar alto, mas com simplicidade em prol do Reino de Deus. Nesses dias
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em que nos reunimos percebi a vivacidade dos fráteres, a busca de algo novo que nos motiva a perseverar. Acredito que é sempre válido esse encontro, pois é uma oportunidade de estarmos em comunhão com outras unidades provinciais, permitindo-nos a conhecer melhor como é vivida a experiência Redentorista em outras áreas pastorais. Fr. Robson Araújo, C.Ss.R. Província do Rio “Sob a inspiração cristã, que versa entre outros propósitos a atitude de “pular fora de si” ao encontro da prática da solidariedade, compreendo o 33° Encontro dos Junioristas do Brasil como sendo um movimento de libertação pessoal e geográfica, que convida-nos ao desapego de nós mesmos, sem perder as virtudes que nos são próprias. No Evangelho de Marcos, há inúmeras cenas em que Jesus é encontrado no meio do povo, no contato e no afeto fraterno, onde acontece a partilha da vida e insinua-se a corresponsabilidade mútua no cuidado do outro. Destarte, vivemos em tempos onde o encontro “face a face” é por demais menosprezado em
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detrimento das janelas virtuais. Sendo assim, a oportunidade de se encontrar e deixar-se encontrar pelo irmão em Cristo, é sem dúvida, um abrir a janela do coração para a esperança e a solidez nas relações interpessoais. Fr. Marcos Paulo Lopes, C.Ss.R. Província do Rio “O Encontro dos Junioristas é um momento de partilha, convivência fraterna, lazer e formação. É tempo de perceber o verdadeiro sentido de nossa consagração Redentorista. Tem sua importância para a nossa formação de religiosos, quando nos dispomos praticar o valor da vida fraterna, a interprovincialidade e podermos nesses poucos dias perceber a dimensão estrutural de nossa Congregação. Além do mais, somos chamados a dispor ao outro os dons e qualidades, partilhando as experiências e culturas de cada estado e províncias, entender que somos Redentoristas para o mundo”. Fr. Francisco Fernandes, C.Ss.R. Vice-Província de Recife Alessandra Assis, SM Propaganda Juiz de Fora, MG
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A vocação no Evangelho de João
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conteceu em Manaus (AM), entre os dias 11 e 15 de julho, o Encontro dos Formadores da Congregação Redentorista do Brasil. Formadores das províncias e vice-províncias redentoristas se reuniram para estudar, partilhar suas experiências e estabelecer projetos para a formação nos seminários espalhados pelo país. O encontro foi realizado no Sítio Crosta Rosa, no interior da Floresta Amazônica. Pela Província do Rio, participou deste encontro o Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R, formador do aspirantado – Comunidade Vocacional Santo Afonso, que conta como foi a experiência: “Bem cedinho tomávamos o café no refeitório e logo após nos dirigíamos para a capelinha do sítio, onde celebrávamos a missa, que era presidida a cada dia por um dos confrades. Após a missa, ficávamos reunidos em uma grande sala para estudos e reuniões. Assessorou o encontro o professor Mathias Grenzer, de origem alemã, doutor em Teologia, especializado em Bíblia, professor na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, pertencente à PUC de São Paulo. Ele propôs um estudo do Evangelho de João, dando enfoque para os apontamentos vocacionais. Algo que foi destacado por nós é a
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constatação de que muitas vocações são motivadas pela Igreja e não por Jesus, o que consideramos um problema. É preciso levar o jovem a ter a principal motivação no encontro pessoal com Jesus e na escuta do seu chamado que nos diz “vem e segue-me”, e isso se dá de forma mais concreta no contato com o Evangelho. Na noite de terça-feira, participamos da celebração da Novena em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Todas as terças o povo lota o santuário em todas as 17 novenas. Após o almoço de sexta-feira, fizemos um passeio pela cidade e fomos de barco ao local onde acontece o encontro do Rio Negro com o Rio Solimões.O local onde estávamos reunidos e a forma como foi conduzido o estudo nos proporcionaram um forte clima de retiro, o que nos levou a ter um verdadeiro encontro com Jesus. Ao regressarmos para as nossas casas, o desejo é de mergulharmos ainda mais na Palavra de Deus, e também de levarmos o que vivenciamos para os nossos formandos e a todas as pessoas que Deus nos confia, para ajudá-las também a ter esse encontro com Cristo.” Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG
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Outras margens
Este é o título do novo livro de crônicas e poesias lançado pelo formador da Comunidade Vocacional Dom Muniz, Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. O lançamento aconteceu na Biblioteca Redentorista, em Juiz de Fora (MG), no dia 21 de julho. Foi uma noite especial, com a presença do diretor da Rádio Educadora de Coronel Fabriciano, Pe. Paulo Morais, C.Ss.R. que somou aos versos do novo livro, o som da sua viola, e claro, dos amigos de perto e de longe. Mais informações sobre o livro podem ser encontradas no site www.projetoclareiras.com.
Mais de 600 Liguistas se reuniram na cidade de Três Rios (RJ), no dia 10 de julho, para o Encontro anual da Federação de Juiz de Fora. A Liga anfitriã foi a da Paróquia São Sebastião que está celebrando seu 80º aniversário. O encontro aconteceu no Independência Clube e durou o dia todo, sendo encerrado com a Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada por quatro sacerdotes, entre os quais os Padres Freitas e Vidigal.
Um passeio pela Biblioteca Redentorista
No dia 9 de julho a Biblioteca Redentorista recebeu as crianças e profissionais da Obra Social Pe.Nilton Fagundes Hauck, C.Ss.R, do Bairro Retiro, de Juiz de Fora. Eles conheceram as instalações, um pouco da história do fundador do espaço, Pe. Jaime Snoek, C.Ss.R. e também puderam ver de perto objetos utilizados pelos Redentoristas no século passado, como máquinas de escrever e os primeiros notebooks. Foi uma manhã de muita alegria, que contou ainda com exposição, contação de história e brincadeiras na quadra da Comunidade Vocacional São Clemente.
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Aconteceu na Província
Liga Católica reunida
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