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Editorial
Palavra do Provincial DEUS É AMOR! Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista, Em agosto celebramos Santo Afonso, o fundador dos Redentoristas. Chamo a sua atenção para o processo de conversão na vida de Santo Afonso, para entendermos melhor a mensagem de sua espiritualidade. Afonso, em sua juventude, possuía um grande medo de Deus, que o castigaria se ele não fosse perfeito, se apresentasse pecados. A mudança mais essencial em toda a sua vida foi sua lenta conversão de uma visão medrosa de Deus, para uma visão de um Deus que é Amor, cheio de Misericórdia e de Copiosa Redenção. Ele concluiu que Deus é um “amante divino” que acolhe os pecadores e oferece-lhes o perdão total. Deus Pai é misericordioso e quer a salvação de todos. E o que mais tocou o coração de Afonso foi que esse amor de Deus e sua
misericórdia é Graça, não se pode comprar, não se pode merecer: é um dom livre que sai do coração amoroso de Deus Pai por meio de Seu Filho Jesus, no poder do Espírito Santo. Santo Afonso, pouco a pouco, num processo até doloroso de conversão, descobriu o amor de Deus e sua graça de Redenção contemplando três mistérios de Cristo: sua Encarnação, a Paixão e a Eucaristia. E Afonso ficou apaixonado por esse Deus de amor e de perdão. Mas, Afonso dizia: “Deus vos ama. Amai-o também!”. O amor quer ser amado. E sua resposta diante desse Deus “louco de amor” (palavras dele!) foi assumir a vida sacerdotal e depois fundar a Congregação Redentorista, para pregar essa mesma misericórdia de Deus aos pecadores, aos mais abandonados e aos pobres. Que Santo Afonso nos ensine a confiar na misericórdia de Deus e nos ajude a ficarmos apaixonados por esse Deus
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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de Copiosa Redenção. Rezemos com Santo Afonso nesse mês vocacional para que Deus envie mais operários para Sua Igreja, despertando o coração dos jovens para a vocação à vida religiosa Redentorista.
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Receba meu abraço acolhedor e a bênção, Pe. Nelson Antonio Linhares, CSsR padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
CELEBRAÇÕES DO MÊS DE AGOSTO Patrono: São Bartolomeu, apóstolo Virtude: Humildade e mansidão
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Aniversário natalício 11/08 – Pe. Alfredo Viana Avelar, C.Ss.R. 14/08 – Pe. Braz Delfino Vieira, C.Ss.R. 18/08 – Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. 18/08 – Pe. Flávio Leonardo S. Campos, C.Ss.R. 28/08 – Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R. Profissão Religiosa 02/08 – Ir. Aníbal de Assis, C.Ss.R. 02/08 – Ir. Geraldo Pereira Neves, C.Ss.R. 02/08 – Ir. Pedro Aniceto da Silva, C.Ss.R. 04/08 – Ir. Afonso Cupertino de Barros, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 15/08 – D. Fernando José M. Guimarães, C.Ss.R. 21/08 – Pe. Flávio Leonardo S. Campos, C.Ss.R. 23/08 – Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R. 27/08 – Pe. Válber Dias Barbosa, C.Ss.R.
Memória Redentorista 1º/08 – Festa de Santo Afonso de Ligório, fundador da Congregação Redentorista 07/08 – Início da fundação Redentorista em Coronel Fabriciano (MG) (1948) 09/08 – Ordenação sacerdotal do beato Zenão Kovalyk (1932) 10/08 – Ordenação sacerdotal do beato Ivan Ziatyk (1923) 18/08 – Nascimento do Beato Zenão Kovalyk (1903, Ucrânia) 25/08 – Memória do mártir beato Domingos Metódio Trcka 28/08 – Nascimento do Beato Javier Gorosterratzu Jaunarena (1877, Espanha)
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Entrevista
Juventude Missionária Redentorista A Jumire – Juventude Missionária Redentorista vem ganhando, cada vez mais, espaço na Congregação do Santíssimo Redentor. A voz jovem da Igreja quer ser ouvida e caminhar de mãos dadas na construção de um caminho aberto ao diálogo. Neste sentido, perguntamos aos jovens: “O que significa a Jumire em sua vida?”. As respostas convergem em um único sentimento: o de pertença e fidelidade ao carisma Redentorista. Confira!
O que significa a Jumire em sua vida? Daniella Paes – Unidade de Campos dos Goytacazes: A Jumire é a minha ponte com o céu. É o elo que me mantém firme na Igreja! Eu passei por algumas dificuldades quando era mais nova e foi na Jumire que eu encontrei o meu sustento. Por causa da Jumire eu tive a alegria de continuar frequentando a Igreja, de buscar a Deus, rezando, e de me autoconhecer; de saber que eu sou importante para uma obra e que o que eu posso fazer por alguém é importante para Deus. A Jumire me ensinou a assumir o lugar que Deus destinou para mim nesse mundo. Vítor Fernandes – Unidade Glória/Juiz de Fora: A Jumire é um jeito de ser. Posso dizer que é o que eu sou! Os jovens Redentoristas têm um brilho diferente e se colocam de imediata disposição para ajudar a quem precisa. Isso é incrível! Deisiane Andrade – Unidade de Cel. Fabriciano: Eu fico até emocionada de falar porque a Jumire é tudo em minha vida! São 6 anos de dedicação, muitas pessoas passaram por esse grupo e eu tenho o prazer de perseverar. A Jumire é a minha segunda família, tenho um amor muito grande pela Jumire!
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Bárbara Coelho – Unidade São José/Belo Horizonte: A Jumire foi um caminho para eu abrir meus olhos para a vida missionária. Eu sempre gostei desse campo da Igreja Católica, mas nunca tive uma forma concreta de viver como missionária. Mesmo que em pequenas missões, visitando outras comunidades, já me dá um sentimento maior pela vida em missão. A Jumire me mostrou isso e me transformou muito nesse ponto. Camylle Eduarda – Unidade de Curvelo: Entrei na Jumire muito jovem, o que ajudou a moldar o meu jeito de ser. A Jumire me aproximou da Igreja, me trouxe a paixão por Jesus! O carisma afonsiano é tão lindo que te contagia a sair espalhando. A Jumire abriu meus olhos, ampliou meus horizontes e me fez conhecer novas pessoas. Mariah Barbosa – Unidade Floresta/Juiz de Fora: A Jumire é uma grande luta em minha vida, mas também uma enorme conquista! Você retomar um trabalho em que acredita e sabe da sua importância é porque tem muito amor envolvido. Padre Américo de Oliveira, C.Ss.R. – Coordenador Provincial da Juventude: A juventude é o futuro da igreja e da Província. Trabalhar com os jovens significa esperança! A Igreja e a Congregação fizeram a opção pela juventude. Nós abrimos as nossas casas, nossas paróquias e santuários para que o jovem possa participar. Através deles, anunciamos o nosso carisma e divulgamos a questão vocacional Redentorista para a vida religiosa. Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Formação
Agosto: mês vocacional “Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado, entrou na sinagoga, e se levantou para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor’. Em seguida, Jesus fechou o livro, entregou-o na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então, Jesus começou a dizer-lhes: - ‘Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir’” (Lc 4,14-21).
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aríssimos leitores e leitoras, ao dizer-lhes algumas palavrinhas sobre “VOCAÇÃO”, eu o faço reportando-me a Jesus Cristo, Vocacionado (por excelência) do Pai. Tenho na mente e no coração os dizeres do discurso programático da vida de Jesus, segundo o evangelista São Lucas: passagem bíblica tão cara ao nosso fundador Santo Afonso, a qual lhe serviu de balisa para fundar uma congregação missionária (a Congregação do Santíssimo Redentor). Sabemos que a palavra vocação tem sentido amplo, abrangente e inesgotável. Entretanto, optei por concebê-la como “situação de toda nossa vida diante de Deus”1 . Certos de que Deus nos ama na inteireza
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e singularidade de nosso ser, este amor exige de nós “um caminho de resposta”, que passa pelo “discernir e descobrir o que Jesus” nos pede. E Ele quer a nossa amizade; oferece-nos “uma história de amor, uma história de vida que quer se misturar com a nossa e criar raízes na terra de cada um”; que quer “se entrelaçar com as nossas histórias” e nos impulsionar a produzir frutos que permaneçam, “onde quer que estejamos, como e com quem estejamos”. Sabemos que a nossa vocação também se traduz em resposta amorosa ao Pai, a modo de Jesus, sob a ação do Espírito. Neste sentido, os versos bíblicos acima exigem de nós que participemos da obra
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criadora, redentora e santificadora do Pai, contribuindo “para com o bem comum a partir das aptidões que recebemos”. Com isso, nossa vocação ganha uma qualificação missionária, isto é, torna-se serviço prestado aos irmãos e irmãs. Não se trata de desembestamente “fazermos coisas”, mas sim de darmos qualidade e significado ao que fazemos. Isto é vocação! Precisamos desenvolver-nos! Precisamos fazer germinar e crescer tudo o que somos! Precisamos descobrir o real sentido da nossa passagem pela terra! Fomos feitos para quê? Quais os planos do Senhor para nossas vidas? E é jus que Lhe ofereçamos o que temos e somos de melhor para a Sua glória e o bem dos nossos irmãos e irmãs. Como vocacionados e vocacionadas do Pai, sejamos na Igreja e no mundo o amor (segundo Santa Teresinha do Menino Jesus, nossa
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vocação é o amor). Procuremos encarnar, em palavras e ações, o conteúdo programático da vida de Jesus e realizá-lo segundo o que bem expressa e canta Pe. Zezinho, scj: “amar como Jesus amou; sonhar como Jesus sonhou; pensar como Jesus pensou; viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia; sorrir como Jesus sorria; e, ao chegar ao fim do dia, eu sei que dormiria muito mais feliz”. “Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês!” (2Cor 13,14). 1 Valho-me da Exortação apostólica pós-sinodal do papa Francisco – CHISTUS VIVIT – para os jovens e para todo o povo de Deus. São Paulo: Ed. Paulus, 2019, 116 pp., sobretudo dos n.ºs 248-258.
Pe. José Maurício de Araújo, C.Ss.R. Juiz de Fora, MG
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Espiritualidade
Laudato Sí: Parte V Uma Ecologia integral
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ste já é o nosso quinto artigo sobre a encíclica papal Laudato Sì, escrita pelo nosso querido Papa Francisco. O assunto deste nosso breve texto de hoje é o quarto capítulo do documento, intitulado: “Uma Ecologia Integral”. De certo modo, depois de todos os passos dados, já podemos compreender por onde a reflexão andará. Ou seja, a partir da percepção que o presente momento de nossas sociedades, muitas vezes, se encontra condicionado por uma visão de caráter unilateral, visando acima de tudo o lucro, o crescimento tecnológico não refletido e os jogos de poder, vemos como esta realidade tem se distanciado daquilo que a espiritualidade cristã compreende como um caminho de integração de toda a realidade criada a partir do amor primordial do Criador. Assim, a espiritualidade cristã tem muito o que oferecer como parceira no diálogo com todas as
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pessoas de boa-vontade e com todas as instituições que buscam o bem comum. Sobretudo, o cristianismo tem a oferecer uma base integrada e integradora que percebe o criado como um relacionando, onde as ações dos diversos agentes tem impacto não somente no âmbito particular, mas toca sempre o coração da vida. O ser-humano, a partir desta visão cristã, não é o senhor da criação, um simples aproveitador dos recursos, mas um jardineiro, responsável, inclusive, pela saúde deste todo do qual ele faz parte e sofre as consequências das ações adoentedoras e injustas cometidas.
A estrutura do capítulo IV É muito importante, antes de toda leitura, dar uma olhada na estrutura que todo texto nos apresenta. É uma primeira leitura que nos dá a capacidade de entrar
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1. Ecologia ambiental, econômica e social 2. Ecologia cultural 3. Ecologia da vida cotidiana 4. O princípio do bem comum 5. A justiça intergeneracional O que nos oferece esta breve leitura, ainda que de modo superficial? O primeiro ponto nos informa da complexidade do conceito ecologia. Para além de uma visão simplista, como alguns poderiam pensar, ecologia é muito mais do que “cuidar de árvores”, englobando, assim, o cuidado por toda manifestação de vida. Aliás, esta visão reducionista que muitas vezes portamos em nossas cabeças, é origem de muitos preconceitos. O segundo ponto diz respeito ao “bem comum”, uma expressão muito utilizada no âmbito da provinciadorio
A espiritualidade cristã tem muito o que oferecer como parceira no diálogo com todas as pessoas de boa-vontade e com todas as instituições que buscam o bem comum. moral, é que diz remete ao cuidado com a totalidade e, no âmbito da ecologia, mais do a totalidade humana, mas de toda o universo criado. O terceiro ponto aponta para a justiça, expressam da busca do bem comum e ao termo intergeneracional, ou seja, aberta à vida futura do mundo, e não reduzida ao pressa consumista do momento presente.
Aprofundando a) Ecologia O numero 138 do documento assim nos introduz ao tema da complexidade do termo ecologia: “A ecologia estuda as relações entre os organismos vivos e o meio ambiente onde se desenvolvem. E isto exige sentar-se a pensar e discutir acerca das condições de vida e de sobrevivên-
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um pouco na totalidade do texto, compreender seu caminho, e depois aprofundar o tema contido em suas linhas. Fizemos já isto com o texto em geral, e viemos fazendo a cada capítulo. Assim, a estrutura do presente capítulo se revela assim:
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cia de uma sociedade, com a honestidade de pôr em questão modelos de desenvolvimento, produção e consumo. Nunca é demais insistir que tudo está interligado. O tempo e o espaço não são independentes entre si; nem os próprios átomos ou as partículas subatômicas se podem considerar separadamente. Assim como os vários componentes do planeta – físicos, químicos e biológicos – estão relacionados entre si, assim também as espécies vivas formam uma trama que nunca acabaremos de individuar e compreender. Boa parte da nossa informação genética é partilhada com muitos seres vivos. Por isso, os conhecimentos fragmentários e isolados podem tornar-se uma forma de ignorância, quando resistem a integrar-se numa visão mais ampla da realidade”. Assim, no presente documento, Papa Francisco acolhe uma interpretação do termo ecologia que engloba em profundidade as dimensões humanas e sociais. Quando nos referimos ao “meio-ambiente” devemos estar
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conscientes de que falamos não somente do espaço, mas sobretudo da relação estabelecida entre a natureza e a sociedade que a habita. Na geopolitica é utilizado o termo técnico antropização, que quer designar o nível de impacto do homem em relação ao nível de impacto que possui no meio que habita. Estudos recentes tem mostrado que a destruição não só dos espaços verdes e da contaminação das águas e do ar, mas também das pequenas culturas que se desenvolveram em harmonia com o espaço que ocupam está levando à degradação da vida como um todo, tornando difícil e, em algumas vezes, até impossível o desenvolvimento de sociedade naquele meio.
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Assim, Papa Francisco nos fala de uma ecologia da vida cotidiana. Isto que expressa uma dimensão de cuidado que vai desde o próprio corpo, passando pelas relações interpessoais, até alcançar a justiça social. Trata-se, assim, da criação de uma cultura que tenda a valorizar a vida como bem maior; que passa a compreender, discernir as ações em qualquer âmbito ou dimensão, a dimensão do cuidado mútuo. b) Bem comum No número 156 do documento, encontramos: “A ecologia integral é inseparável da noção de bem comum, princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social. É «o conjunto das condições da vida social que permitem, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição»”. Assim, a busca do bem comum passa pela diminuição das desigualdades e da abertura de uma visão que vá além do capitalismo selvagem que estamos acostumados a ver. Significa contemplar com um olhar de fé toda www.provinciadorio.org.br
a realidade humana, e de forma carinhosa aqueles que estão mais desprovidos e mais sofrem, para buscar meios que possibilitem que a vida floresça. c) Justiça intergeneracional Os sábios da simplicidade da vida sempre estiveram atentos a esta realidade: “O mundo não começou conosco e não vai terminar conosco, mesmo que pareça que estamos fazendo muito esforço para isto”. Quem sofrerá as consequências mais fortes das decisões tomadas hoje, com certeza, serão as gerações futuras. Assim, o meio-ambiente supõe a percepção de uma lógica da recepção. Supõe o cuidado do recebemos dos que nos antecederam e a responsabilidade com o que receberão os que virão depois de nós. Levar a sério esta dimensão de continuidade expressa-se como um imperativo moral para cada cristão e homem de bem. Percebemos que estamos perdendo nossa dignidade e nossa humanidade, quando nos esquecemos disto. Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
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Redentoristas
VI Assembleia da Conferência da América Latina e do Caribe
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epresentando a Província do Rio, Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R. (Provincial) e eu, Pe. Fagner Dalbem, C.Ss.R. (Vogal) tivemos a oportunidade de participar da reunião da metade do sexênio e da VI Assembleia da Conferência da América Latina e Caribe, que aconteceu no México, nos dias 17 a 30 de junho de 2019, na sede da Conferência Episcopal Mexicana - CEM. Estavam também nessa reunião os superiores (vice) provinciais, os delegados (vogais) de todas as Províncias e Vice-Províncias de toda a América Latina e Caribe, além do Superior Geral, Pe. Michael Brehl, C.Ss.R., o Conselheiro Geral, Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R. e o Coordenador da Conferência, Pe. Marcelo Araújo, C.Ss.R. O objetivo dessa reunião era revisar os passos e os desafios na implementação das decisões do XXV Capí-
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tulo Geral; apresentar os documentos do Governo Geral para a vida da Congregação; definir o Plano Apostólico e o Projeto de Reconfiguração para a nossa conferência; desenvolver a implementação das decisões do Capítulo Geral e oferecer indicações e sugestões para o processo de preparação do XXVI Capítulo Geral. Foram dias de muito trabalho, reflexão e oração. Muitas decisões foram discutidas e votadas. A principal delas era o mapa da reconfiguração, que provocará uma profunda mudança em nossa Conferência. A primeira questão em torno do mapa era se a assembleia queria mexer no mapa aprovado em Goiás em 2018, por meio de votação, o que manifestamos que sim. E depois de muita conversa, em grupos entre as subconferências, foi votado o novo mapa que se configurou dessa forma:
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Ficou definido que as missões, mesmo que ligadas às províncias específicas, terão o apoio de toda a conferência. Soma-se a essas decisões a aprovação do Projeto de Reconfiguração e do Plano Apostólico. Estes dois documentos vão nortear a partir de agora os rumos da Congregação Redentorista presente na América Latina e no Caribe. Durante a reunião, Pe. Carlos Viol, C.Ss.R., Ecônomo Geral, membro da Província do Rio de Janeiro, junto com Pe. Steve Wilson, C.Ss.R., Vice-Ecônomo Geral, membro da Província de Denver (EUA), apresentou o Manual da Administração e de Assuntos Financeiros que deverão gerir todo o administrativo no que concerne ao Processo de Reestruturação e Reconfiguração de toda a Congregação. Aconteceu também a eleição do Irmão
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Javier Ceballos, da Província de Bogotá, como representante dos irmãos no Conselho da Conferência. Os confrades superiores atuais das três missões da Conferência apresentaram a realidade atual de cada uma delas: Pe. Ricardo Geraldo de Carvalho (São Paulo), pelo Suriname; Pe. José Gabriel Tarazona (Bogotá/Colômbia), por Cuba e Pe. Ramon Gustavo Doldán (Resistência/ Argentina), pelo Uruguai. O Ir. Pedro Magalhães, da Província do Rio e membro da Comissão para os Irmãos, apresentou o informe sobre tudo o que foi realizado pela comissão e sobre a presença dos irmãos nas diferentes obras de trabalho pastoral na Congregação. A assembleia teve também a participação dos representantes dos leigos. Participaram três mulheres: Macarena Sarmiento, da Argentina, Vanda Maria de Carvalho, do Brasil e Sinay Tovar, da Venezuela. Elas foram responsáveis por apresentar o Diretório dos Leigos da Congregação. Nossa reunião foi finalizada com muito entusiasmo e esperança na certeza de que o Espírito Santo está conduzindo todo o processo de renovação de nossa querida Congregação.
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Pe. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R. Campos dos Goytacazes, RJ
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Homenagem
Padre Lima: um homem de fé
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Pe. Alberto Ferreira Lima nasceu no dia 18 de fevereiro de 1923, em Desterro de Entre Rios (MG). Filho de Cândido José de Lima e de Nezolda Ferreira Lima, teve ainda mais oito irmãos. Sua família, muito católica, teve a graça de quatro filhos religiosos. Primeiro, Pe. Lima. Depois duas irmãs e por fim, seu irmão e também confrade redentorista, Pe. Geraldo Lima. “Sempre quis ser padre, nunca pensei em ser outra coisa”, dizia padre Lima. Entrou para o Juvenato Redentorista em Congonhas (MG) no dia 02 de agosto de 1936 e realizou a Profissão Religiosa em 02 de fevereiro de 1944, em Juiz de Fora (MG). A Ordenação Sacerdotal aconteceu na Igreja da Glória, em Juiz de Fora, no
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dia 02 de fevereiro de 1949. Padre Lima atuou em várias frentes dentro da Província do Rio. Em 1968, foi o primeiro Provincial a ser eleito dentro Província do Rio (antes, os Provinciais eram indicados pelo Governo Geral). Em 2003, com a saúde bastante comprometida, foi tratar-se em Belo Horizonte (MG), onde residida juntamente com a Comunidade Redentorista da Igreja São José, e permaneceu até o dia de seu falecimento, em 30 de julho de 2019. Ele faleceu no Hospital Madre Teresa, às 8h07, vítima de pneumonia, aos 96 anos. Que o Padre Alberto Lima descanse em paz e receba a coroa da glória junto ao Redentor, Jesus Cristo, nosso Senhor!
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Encontro dos Junioristas Redentoristas – Recife (PE) / 11 a 14 de julho
Encontro dos Promotores e Formadores Redentoristas da Conferência da América Latina e Caribe – Aparecida - SP / 15 a 19 de julho
Novena e Festa de Santo Afonso – Rio de Janeiro (RJ) / 26/07 a 04/08
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Aconteceu na Província
Comissão Nacional da Jumire no Congresso de Lideranças – Manaus / 09 a 14/07
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