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Editorial
Palavra do Provincial CELEBRANDO O NATAL COM JESUS! “Muitos cristãos costumam preparar com bastante antecedência, em suas casas, um presépio para representar o nascimento de Jesus Cristo. Mas, há poucos que pensam em preparar seus corações, a fim de que o Menino Jesus possa neles nascer e repousar. Sejamos nós desse pequeno número: procuremos dispor-nos dignamente para arder desse fogo divino, que torna nossas vidas plenificadas neste mundo e felizes no céu!” (Santo Afonso)
Para Santo Afonso, celebrar o Natal é celebrar a paz selada por Deus com a pecadora condição humana. É a certeza de sermos salvos por misericórdia Divina do
Filho unigênito do Pai. A melhor notícia está garantida: N’Ele é abundante a Redenção” Ajoelhado diante da gruta de Belém, vê-se o apaixonado Afonso cantando com os anjos, oferecendo-se com os pastores e adorando com os Magos o Recém-nascido. O verbo feito carne, o grande feito pequeno, o Senhor convertido em escravo, o forte feito frágil, o rico feito pobre, o excelso humilhado. Que a sua celebração do Natal seja inspirada na delicada ternura do nosso fundador para com o Menino Deus! Abençoado Natal! Feliz 2020! Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: W Color Indústria Gráfica Tiragem: 1.800 exemplares
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CELEBRAÇÕES DO MÊS DE DEZEMBRO
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Patrono: São João, Evangelista Virtude: Abnegação de si mesmo e amor à cruz
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Aniversário natalício 06/12 - Pe. José Maurício, C.Ss.R. 10/12 - Pe. Élio Athayde, C.Ss.R.
13/12-Fr. Marcos Antônio, C.Ss.R. 25/12-Pe. Maikel Dalbem, C.Ss.R.
Profissão Religiosa 08/12: Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. Ir. Argemiro de Melo, C.Ss.R. Pe. Carlos Viol, C.Ss.R. Pe. José Cláudio, C.Ss.R. Pe. José C. Zambom, C.Ss.R. Pe. Vanderlei Souza, C.Ss.R. Pe. Luís Carlos C. Silva, C.Ss.R. Pe. José G. de Souza, C.Ss.R.
Pe. Mauro de Almeida, C.Ss.R. Pe. José Maurício, C.Ss.R. Pe. Flávio Leonardo, C.Ss.R. Pe. José Wilker Nunes, C.Ss.R. Ir. Pedro Magalhães, C.Ss.R. Pe. Anderson Assireu, C.Ss.R. Pe. Lúcio Marcos, C.Ss.R. Pe. Maikel Dalbem, C.Ss.R.
12/12: Ir. José Domingos de Vasconcelos, C.Ss.R. Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Dom Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.
Ordenação Presbiteral
Memória Redentorista
1º/12 - Pe. Waldo J. Pignaton, C.Ss.R. 06/12 - Pe. Carlos Viol, C.Ss.R. 12/12 - Pe. Alfredo Avelar, C.Ss.R. 14/12 - Pe. José A. Macedo, C.Ss.R.
08/12 - Imaculada Conceição de N. Senhora, padroeira dos Redentoristas 23/12 - Nascimento do Beato Victoriano 26/12 - Nascimento de São Clemente 26/12 - Nascimento do Beato Ivan Ziatyk
ANIVERSARIANTES DE JANEIRO 05/01 - Pe. Américo de Oliveira, C.Ss.R. 07/01 - Pe. Michael Brehl, C.Ss.R. 16/01 - Pe. Jesu F. de Assis, C.Ss.R. 18/01 - Pe. José Cláudio, C.Ss.R. 23/01 - Pe. Bruno Alves Coelho, C.Ss.R. 27/01 - Pe. Ricardo Alexandre, C.Ss.R. 31/01 - Pe. Luís Carlos C. Silva, C.Ss.R.
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ANIVERSARIANTES DE FEVEREIRO 11/02 – Pe. José C. Zambom, C.Ss.R. 12/02 – Ir. Argemiro de Melo, C.Ss.R. 17/02 – Pe. Edson Alves, C.Ss.R. 20/02 – Pe. Ergo D. de Araújo, C.Ss.R.
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Entrevista
Jubileu de Ouro Pe. José Antero Barreto de Macedo, C.Ss.R. Um apaixonado por Deus e pela devoção à Divina Misericórdia. Assim é o Padre Macedo, que completa 50 anos de sacerdócio no dia 14 de dezembro. Nesta entrevista, ele conta um pouco de sua história vocacional e o que o motivou a ser um religioso.
Nesses 50 anos como sacerdote, houve muitos desafios, mas também muitas realizações. Como o senhor avalia essa caminhada? Deus, na sua infinita bondade e misericórdia, escolhe quem Ele quer para tão grande tarefa. Ninguém é digno de tão grande graça. É a bondade de Deus que escolhe. Aos 7 anos de idade, era coroinha na Igreja Santo Afonso (Rio de Janeiro) e daí nasceu minha vocação. Entrei aos 10 anos para o seminário em Congonhas do Campo (MG). Saí aos 15 e foi muito bom para mim porque adquiri mais maturidade. Fui soldado do Exército, trabalhei em banco. Aos 22 anos, surge novamente um desejo imenso de ser padre. (Certa vez quando
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soldado, de sentinela no Hospital Central do Exército, ouvi umas irmãs cantando as Laudes. Naquele momento chorei muito. Pedi a Deus que fosse padre). Um ano depois, entrei para o Noviciado em Correia de Almeida (MG). Gostei infinitamente, era o que eu queria sem saber direito.
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Depois de ter sido ordenado sacerdote, houve um período de muita confusão na Igreja, após o Concílio. Meus colegas saíram e eu fiquei sozinho na turma. Deus tem seus caminhos. Depois, a vida continuou com muitas transferências e bênçãos de Deus. Quero ressaltar que, há cerca de 12 anos atrás, tornei-me um apaixonado pela devoção à Divina Misericórdia, Dom de Deus à Igreja em nossos tempos. Curiosamente, quando era seminarista, vi minha mãe rezando a Divina Misericórdia. Conforme Ir. Faustina, disse-lhe: mamãe, não reze isto! Pois naquela época a devoção não era aprovada pela Igreja. Foi o Cardeal Karol Woytilla que tirou a proibição. Mais tarde, tornou-se o Papa da Misericórdia S. João Paulo II, espalhando esta devoção pelo mundo.
“Salve Rainha” chama de “Vale de Lágrimas”, do que enxugar as lágrimas dos que sofrem, dar absolvição, socorrer os mais desclassificados, levando os pecadores a Deus (e quem não é pecador?). O que o mantém firme na vocação? O amor de Deus. Só o amor de Deus e a Igreja nos mantém no sacerdócio. Tirando isso, nada mais tem sentido. Deixe um recado para os jovens que também desejam seguir o Redentor de uma maneira mais concreta.
Se você tem vocação, meu amigo, seja padre! Seja também Redentorista! Ficará isento de sofrimento? Não, é claro! Mas aquele que não se deixa vencer em generosidade, dará muito mais do que você deu a ele. Ele te aceita O que mais o motivou a ser um e a recompensa será infinitamente maior. Ser padre é ser um Missionário Redentorista? “enxugador de lágrimas”, é levar O desejo de trabalhar para o que há de melhor: Deus! Deus, para a Igreja e ajudar os mais sofredores e abandonados. Brenda Melo Nada melhor nessa vida que a Colaboração: Nair Pimenta
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Formação
A pregação de Jesus na manjedoura
“Nossa Senhora deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc. 2,7)
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omos convidados a entrar na Gruta de Belém e contemplar o amor de Deus encarnado. Não há portas no presépio porque todos são bem-vindos, mas nem todos tem tempo, pois estamos muito ocupados buscando o amor onde ele não está.
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Ao entrarmos no presépio, somos surpreendidos com um Deus que quer começar a sua infância num estábulo, confunde o nosso orgulho, e, segundo a reflexão de São Bernardo, já prega com exemplo o que mais tarde havia de pregar à viva voz: “Aprendei de mim
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que sou manso e humilde de coração” (MT 11, 29). São duas grandes virtudes: mansidão e humildade. Ser manso é um grande desafio. São muitas as situações que querem nos “tirar do sério”. Por isso devemos aprender com Jesus que nos ensina quando diz: “Aprendei de Mim”. Ele é nosso critério, pois Ele é a Verdade. Jesus diz que é manso de coração. A virtude é algo profundo, age de dentro para fora. Não é só uma casquinha, uma aparência. Para ser manso de verdade não basta não brigar exteriormente. É preciso ter o coração em paz. Humildade vem de “húmus”, terra, é ter os pés na terra. A pessoa humilde é aberta para a vida, a transformação, a mudança, para o crescimento, o acolhimento dos valores e da ajuda de Deus e dos outros. Na verdade, a virtude da humildade nos leva ao verdadeiro autoconhecimento, ao verdadeiro amor, pois sabemos que o amor exige e supõe a comunhão, a partilha e a parceria de vida. Neste Natal, vamos acolher Jesus que vem. Abra seu coração na mansidão e na humildade, para www.provinciadorio.org.br Akikolá
encontrar-se com Jesus também no irmão. Com Santo Afonso, supliquemos a Deus:
“E Vós, ó Pai Eterno, que cada ano nos alegrais com a esperança de nossa Redenção, concedei-me que, com confiança, possa esperar a vinda do vosso Filho unigênito como Juiz, a quem agora recebo alegremente como Salvador. Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo e de Maria Santíssima. Amém!” Pe. José Wilker, C.Ss.R. Coronel Fabriciano, MG
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Espiritualidade
Sínodo Especial para a região Panamazônica Documento Final: Primeiras Considerações e Impressões1 riquíssimas informações e opiniões que me ajudaram a compreender os objetivos almejados pelo documento.
1. A Estrutura do documento, suas influências diretas e eclesiologia Introdução Após um sólido caminho sinodal de aproximadamente dois anos, é chegada a hora de conhecer e compartilhar as reflexões feitas pelos padres sinodais através do documento final tornado público no último sábado, dia 26 de outubro. Há que se recordar que um sínodo não é uma estrutura deliberativa, mas propositiva. É com este espírito hermenêutico de diálogo que o documento deve ser recebido, lido e suas conclusões acolhidas. O que pretendemos com este breve artigo é realizar uma pequena abordagem, de caráter sobretudo ilustrativo e informativo, sobre o caminho reflexivo contido no interior do documento. Agradeço muitíssimo ao meu confrade, padre Sinodal, Vice-Provincial Redentorista de Manaus, Pe. Amarildo da Silva, C.Ss.R., pelas
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Uma breve análise da estrutura do documento nos revela um texto breve, contendo apenas 120 números, dividido em cinco capítulos mais introdução e conclusão: I: Amazônia: da escuta à Conversão Integral; II: Novos Caminhos de Conversão Pastoral; III: Novos Caminhos de Conversão Cultural; IV: Novos Caminhos de Conversão Ecológica; V: Novos Caminhos de Conversão Sinodal. Do magistério recente colhemos a influência direta mais clara: a Exortação Apostólica Laudato Sí de Papa Francisco. Baseando-se em uma sana teologia da Criação, expressa no conceito de ecologia integral2, busca-se expressar o aspecto de comunhão de toda a realidade criada, em detrimento de visões parciais e superficiais, utilitaristas e tecnocráticas. Partindo do paradigma comunhão, a ecologia integral nos oferece a possibilidade de uma rica redes-
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coberta dos termos “eclesiologia”, “evangelização” e “pastoral” em prisma muito mais amplo de significados. Para além de uma Igreja fechada sobre si mesma, a universalidade da Salvação em Cristo se encontra com a diversidade dos povos, atingindo e buscando redenção para todos os aspectos da vida humana (política, economia, trabalho etc.)3. Assim, a eclesiologia sobressalente é aquela baseada em uma “Igreja em saída”4, que não se contenta simplesmente com a beleza das paredes de seus templos, mas que parte em missão ao encontro do ser humano, inspirada na figura do Bom Pastor. Não se trata de uma “Igreja elitizada”5, mas sim que “suja suas mãos” com a realidade. Desta eclesiologia missionária e dialogal surgem belas imagens a expressar o rosto da Igreja: samaritana (cuidado), misericordiosa, solidária, dialogal, inculturada, migrante, jovem, ao mesmo tempo vivendo na complexidade urbana e rural6. A palavra-chave proposta pelo documento é “conversão”: uma mudança interior de mentalidade que se
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expressa em um agir conforme convicções profundas e enraizadas7.
2. Da escuta à conversão integral Um importante passo na construção das reflexões sinodais e do documento final foi, sem dúvidas, o processo anterior de escuta que vem recolhido no interior do primeiro capítulo. O documento reconhece a riqueza do modo de vida dos povos amazônicos em sua integração com o ambiente que os circunda8. Desta comunhão surge uma cultura do “bem viver” que se desdobra em posturas éticas de um “bem fazer”9. O processo de escuta também evidencia os sinais presentes de uma cultura de morte, denominada no documento de “Clamor da Terra e o Gritos dos Pobres”10. Dentre tais sinais se destacam a depreciação da vida que vai desde o uso utilitarista dos recursos naturais até o tráfico humano e a tutela dos menores em situação de exploração trabalhista e sexual. Reconhecendo o importante papel exercido pela Igreja em solo amazônico, principalmente na profecia de seus mártires, homens e mulheres que, a causa de sua fé, deram suas vidas pela Vida em Abundância, o capítulo termina com uma chamada à conversão integral, nascida do encontro com Jesus Cristo, onde os discípulos-missionários do Reino se comprometem com uma relação
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Espiritualidade
harmônica e de cuidado com a obra criadora de Deus11.
3. Conversão Pastoral, Cultural, Ecológica e Sinodal Seguindo no esquema de exposição das luzes e sombras reconhecidas na realidade amazônica, o documento reflete e estabelece nos capítulos que se seguem algumas propostas a serem encaminhadas ao Santo Padre. De maneira muito sintética, podemos assim resumir: A. Conversão Pastoral: a criação de uma rede itinerante que envolva pastores e leigos na tarefa de atuar e traçar linhas de transformação da realidade no discernimento em conjunto, superando uma “pastoral da visita” em vistas de uma “pastoral da permanência”12. B. Conversão cultural: buscar a inculturação, fomentando principalmente iniciativas educativas bilíngues que visem a valorização dos idiomas e da cultura dos povos originários13. C. Conversão Ecológica: reafirma a opção preferencial pelos mais pobres e abandonados da região, buscando iniciativas que visem proteger o bioma de iniciativas neo-colonializantes e utilitaristas, bem como a criação de um observatório socioambiental pastoral para a defesa da vida14. Propõe definir o chamado “pecado ecológico como uma ação
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ou omissão contra Deus, contra o próximo, contra a comunidade e o ambiente”15. D. Conversão Sinodal: Sendo o ponto mais longo no âmbito das propostas, se subdivide em: ministerialidade eclesial e sinodalidade eclesial. • Ministerialidade Eclesial16: retomando o impulso contido em Lumen Gentium17 que chama a uma Igreja Povo de Deus ministerial: a) o documento reafirma o lugar de protagonismo dos leigos; b) a importância da vida consagrada como sinal profético; c) valoriza e reconhece a presença e o papel desenvolvido pelas mulheres pedindo a possibilidade de se levar adiante a discussão sobre o diaconato feminino com a abertura de espaço para a partilha das experiências amazônicas; d) reafirma o valor do diaconato permanente; e) afirma importância da inculturação e do respeito às culturas sendo disciplina para os novos presbíteros da região; f) reafirma o lugar central da Eucaristia na constituição das comunidades e o direito destas de acesso ao sacramento, abrindo a possibilidade de se estabelecer critérios e disposições para uma possível futura ordenação dos viri probati entre diáconos permanentes, segundo o espírito de LG 26. • Sinodalidade Eclesial18: Propõe a criação de estruturas sinodais, ou seja, de diálogo transversal sobre a realidade amazônica, bem como a consideração da possibilidade de um rito litúrgico específico para a região.
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Conclusão Sabendo que alguns assuntos, todos ainda em vias de discussão e amadurecimento, serão certamente enfatizados e descontextualizados pela grande mídia e por alguns grupos particulares, deve-se fazer atenção para não cair na tentação de uma leitura parcial e reducionista do documento. Elementos como a sinodalidade, a comunhão, a inculturação e o cuidado dos pobres e abandonados e da vida em todas as suas instâncias constituem, segundo nossa primeira interpretação, o núcleo fundamental do documento. Em sede moral, destaca-se o tom profético de denúncia contra uma visão utilitarista portadora de morte, com a proposição de uma nova nomenclatura de “pecado ecológico” contra Deus, Criador e Redentor de toda a realidade, e o próximo. Há que se ressaltar ainda a profunda conexão ético-moral a ser por nós aprendida dos povos originários da região entre a sustentabilidade de uma vida integrada na comunhão e o agir pessoal e comunitário. Embora aplicado a uma realidade particular, como é próprio da dinâmi-
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ca de um sínodo extraordinário, as reflexões nos oferecem fortes pontos de percepção que podem ser aplicados a diversas outras realidades mundiais como, por exemplo, a poluição dos mares, o fenômeno da fome em diversas regiões, o monopólio de grandes empresas que destroem culturas particulares, as omissões por parte de Estados e de realidades eclesiásticas diante de algumas situações particulares etc. Notas: O presente artigo foi publicado no blog da Accademia Alfonsiana, Roma - IT, em 01 de novembro de 2019. 2 O referido conceito se encontra desenvolvido sobre diversos aspectos em diversos números de Laudato Sí, dentre os quais destacamos: 49, 111, 139, 142 e 155. 3 É rico recordar o axioma patrístico utilizado sobretudo pelos Santos Gregório de Nissa e Gregório Nazianzo no combate às heresias cristológicas dos primeiros séculos cristãos: “o que não foi assumido pelo Verbo, não foi redimido”. 4 FRANCISCO, Papa. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. São Paulo: Paulus/Loyola, 2014. 5 Papa Francisco no encerramento do Sínodo: “Porque não têm a coragem de estar com o mundo, pensam que estão com Deus. Porque não têm a coragem de se comprometer com a vida e com as opções do homem, pensam lutar por Deus. Porque não amam a ninguém, creem que amam a Deus”. 6 DSP, 21-38. 7 Por exemplo: 2 Cor 5, 17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. 8 Documento final do Sínodo para a região Panamazônica, nn. 6-9 (De agora em diante chamado DSP). 9 DSP, 9. 10 DSP, 11-14. 11 DSP, 18 e LS 217. 12 DSP, 39-40. 13 DSP, 62-64. 14 DSP, 81-85. 15 DSP, 82. 16 DSP, 93-111 17 LG 31 18 DSP, 112-119 1
Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
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Redentoristas
A Caminho da Reconfiguração
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nspirados no tema “A Caminho da Reconfiguração”, os Redentoristas de MG-RJ-ES participaram da Assembleia Provincial, de 04 a 07 de novembro, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). Foram dias de estudos, avaliações, celebrações e convivência fraterna. A Eucaristia de abertura, em memória dos Padres Mário Gonçalves, C.Ss.R., Alberto Lima, C.Ss.R. e Mário Antônio de Freitas, C.Ss.R., foi presidida pelo Provincial, Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R., e concelebrada pelo Conselho Provincial Extraordinário. Os confrades dedicaram-se ao estudo do Plano Provincial e partilharam questões a partir do texto “Iluminação para a reestruturação – reconfiguração”, do Pe. Ulysses da Silva, C.Ss.R. Eles também fizeram a leitura do Plano Apostólico da Conferência e escolheram as três prioridades missionárias mais presentes na realidade particular da Província do Rio. São elas: os pobres das periferias urbanas, ru-
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rais e existenciais; jovens em seus diversos contextos; e famílias em situação de precariedade, divisão e ameaças de desintegração. Foram discutidas, ainda, as formas mais adequadas para atender a essas prioridades, que precisam também fazer parte dos projetos paroquiais/santuários. É um compromisso da Província intensificar os esforças pastorais, de modo especial, nessas áreas. Comemorando os jubilares, foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Vigário Provincial, Pe. Paulo Carrara, C.Ss.R., pelas bodas de prata de Profissão Religiosa dos Padres José do Carmo Zambom, C.Ss.R. e José Cláudio, C.Ss.R. e bodas de ouro sacerdotais do Pe. José Antero de Macedo, C.Ss.R. A Celebração Eucarística de encerramento foi presidida pelo Pe. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R. e concelebrada pela Comunidade Redentorista de Cariacica, celebrando os 287 anos da Congregação.
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Encontro dos MLR: missão compartilhada!
s Missionários Leigos Redentoristas (MLR) da Província do Rio estiverem reunidos de 08 a 10 de novembro, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), para orações, estudos, partilhas e avaliações, em sintonia com o processo de reestruturação da Congregação. Os trabalhos se concentraram na apresentação de questões previamente dialogadas e refletidas pelas unidades leigas sobre o Diretório Geral para a Missão Compartilhada com os Leigos. Os MLR também vivenciaram junto ao Superior Provincial, Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R., um momento de espiritualidade e reflexão acerca da missionariedade redentorista e do espírito de solidariedade e corresponsabilidade, especialmente em tempos de reestruturação. Durante o encontro, os participantes elegeram uma equipe de coordenação provincial dos MLR, formada pelos leigos Marleide de Fátima, Eunice Cristina e Ângelo Farias, e pelos padres Nelson Antonio, C.Ss.R. (Provincial e presidente desta comissão) e Edson Alves, C.Ss.R. (assessor provincial dos MLR). Juntamente com as coordenações das Unidades de São Paulo e da Bahia, o grupo irá preparar um projeto para os MLR da
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nova Província. “Caberá à equipe de coordenação animar os leigos e promover, de uma maneira simples e eficiente, os passos dados do Projeto de Reestruturação, favorecendo diálogo, compreensão, responsabilidade e, sobretudo, conscientização deste momento novo. Sonhamos caminhar juntos, respeitando e valorizando as experiências de cada Unidade. Teremos, ainda, a missão de provocar nos leigos o desejo de viver a Espiritualidade Redentorista à luz do novo Diretório e do Plano Apostólico da nossa Conferência”, explicou Ângelo. Considerando o novo tempo vivido na Congregação, Pe. Edson destaca a importância dos leigos em todo o processo de reestruturação, pois eles compartilham com os Redentoristas consagrados a missão de anunciar a Copiosa Redenção. “Através dos leigos, a Congregação se faz presente onde muitas vezes os consagrados não podem estar. Eles vivem traços de nossa espiritualidade em suas casas, trabalhos, ambientes de estudos e comunidades que participam. São leigos(as) comprometidos com o caminhar de nossa igreja! Pessoas chamadas a viver a espiritualidade proposta por Santo Afonso por um caminho pessoal e audacioso”, afirmou Pe. Edson.
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Aconteceu na Província
Missões Redentoristas em Belo Horizonte (MG), realizadas pelos Missionários Leigos Redentoristas da Unidade Dom Muniz.
Comunidade Voc. São Clemente e Pré-Noviciado na Celebração em memória aos fiéis falecidos no Cemitério Redentorista, em Juiz de Fora (MG), no dia 02/11.
Reunião dos Secretariados de Formação da Conferência - Buenos Aires, Argentina / 11 e 12 de novembro -
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Aconteceu na Província
Encontro dos Confrades Jovens - São Lourenço (MG) / 11 a 14 de novembro -
Encontro da Redensidade - Caetanópolis (MG) / 28 a 30/10 -
Encontro Vocacional Redentorista - Belo Horizonte (MG) / 14 a 17 de novembro -
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