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Editorial
Palavra do Provincial REDENTORISTAS EM REESTRUTURAÇÃO Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista, De 17 a 30 de junho de 2019, na Casa da Conferência Episcopal do México, animados pelo lema do sexênio “Testemunhas do Redentor: solidários para a missão em um mundo ferido”, celebramos dois importantes eventos para a Vida Apostólica da Congregação: a VI Assembleia da Conferência dos Redentoristas da América Latina e do Caribe e a reunião da metade do sexênio 2017-2022. Como Conferência latino-americana, assumimos o compromisso de sermos Igreja em saída, como nos pede o Papa Francisco. Como apóstolos da conversão, da misericórdia e da esperança, assumimos o desafio de construir o Reino de Deus, implementando as decisões do XXV Capítulo Geral.
Este desafio exige de todos nós, que participamos da Família Redentorista, um profundo espírito de abertura e conversão da mente e do coração; bem como uma disponibilidade evangélica para enfrentar os desafios da realidade eclesial na América Latina e no Caribe. Com o projeto de reestruturação, somos convidados a entrar em contato com nossas raízes carismáticas e a nos deixar desafiar pelos sinais dos tempos. Com o projeto de reconfiguração, queremos despertar e sair de nossos lugares de acomodação, em direção às periferias existenciais e territoriais, onde estão os nossos interlocutores: os mais pobres e abandonados, aos quais devemos solidariedade por fidelidade ao Reino de Deus e a sua justiça, fidelidade à Igreja e fidelidade
Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares
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ao carisma concedido à nossa Congregação na pessoa de Santo Afonso e que permaneceu na rica herança redentorista. É essencial que a reestruturação de nossa Congregação Redentorista seja guiada pelo Espírito Santo, gerando a conversão dos corações e mentalidades, sem medo de assumir riscos por amor à missão. As novas estruturas vão gerar maior liberdade quanto ao
objetivo e aos métodos de nossas iniciativas missionárias. A Mãe do Perpétuo Socorro, Santo Afonso e todos os Santos, Beato Pedro Donders e demais Beatos e mártires de nossa Congregação irão nos acompanhar nessa caminhada de renovação. Pe. Nelson Antonio Linhares, CSsR padrenelsonantonio pe.nelsonantonio
CELEBRAÇÕES DO MÊS DE JULHO Aniversário natalício 07/07 – Pe. Anderson Trevenzoli, C.Ss.R. 16/07 – Pe. Luciano Silveira Ivo, C.Ss.R. 18/07 – Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R. 19/07 – D. Fernando José M. Guimarães, C.Ss.R. 23/07 – Ir. José Domingos de Vasconcelos, C.Ss.R. 26/07 – Pe. Vanderlei Santos de Souza, C.Ss.R. 27/07 – Pe. Mauro de Almeida, C.Ss.R. 28/07 – Pe. Paulo Roberto de M. Júnior, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 02/07 – Pe. Luciano Silveira Ivo, C.Ss.R. 08/07 – Pe. Ergo Dias de Araújo, C.Ss.R. 16/07 – Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R. 16/07 – Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. 20/07 – Pe. José Luciano J. Penido, C.Ss.R. 26/07 – Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. Memória Redentorista 02/07 – Chegada dos primeiros Redentoristas ao Brasil (1893) 02/07 – Fundação do Seminário da Floresta (1945) 16/07 – Profissão Religiosa de São Geraldo Majela na C.Ss.R. (1752) 21/07 – Solenidade do Santíssimo Redentor
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Entrevista
Pe. Vanderlei Santos de Sousa A devoção mariana levou o pe. Vanderlei a escrever o livro “15 dias de oração com a Mãe do Perpétuo Socorro”, um manual de oração e de contemplação ao Ícone mariano que possibilita aos leitores uma profunda experiência com Nossa Senhora.
Como surgiu a ideia de escrever o livro “15 dias de oração com a Mãe do Perpétuo Socorro”? Vários fatores contribuíram para chegar à escrever este manual de oração. É um longo caminho dentro da Congregação Redentorista, onde descobri este título mariano, que nos foi entregue pelo Papa Pio IX para torná-la conhecida, tornando-se a nossa grande padroeira das Santas Missões Redentoristas. Fui percebendo esta presença dela. Minha primeira experiência pastoral como padre foi no Santuário dedicado a ela, em Campos (RJ). O trabalho na Equipe das Santas Missões Redentoristas, uma longa e bonita caminhada que faço com o grupo de congado de São José do Triunfo em Viçosa, minha cidade natal, há 17 anos, e agora, há cinco anos trabalhando como pároco na região do Vale da Floresta, em Juiz de Fora (MG). Atuando na paróquia e já pensando na celebração dos 50 anos da dedicação da paróquia, tivemos por dois anos, nas novenas preparatórias anuais, a oportunidade de elaborar
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celebrações que possibilitassem viver a experiência de contemplação do Ícone. Os fieis começaram a pedir um texto que pudessem levar consigo para rezarem em casa, no trabalho, nos grupos, movimentos e pastorais, enfim, algo de fácil manuseio. Qual é a proposta do livro? Em cada situação que vivi ao longo destes anos, sempre me vinha à
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mente o desejo de elaborar um esquema de contemplação do Ícone que possibilitasse a leitura orante, como no método da Lectio Divina Ver, Meditar, Contemplar - e trazer para a vida pessoal a mensagem, as intuições que o tempo de oração proporciona e o confronto da oração pessoal com a Palavra de Deus, porque uma verdadeira devoção mariana deve nos levar à espiritualidade das Bodas de Caná, descrita no Evangelho, segundo São João 2,1-12, onde Maria aparece como discípula e anunciadora do Perpétuo Socorro, que é seu Filho Jesus. No livro temos este esquema: Maria contemplada com todas as honras de rainha, tem as mãos indicando quem é o centro mesmo da fé: Jesus. Por que o senhor escolheu a devoção a N. Sra. do Perpétuo Socorro como tema central da obra? Minha trajetória redentorista foi sempre marcada por esta devoção, aliás, já vem de uma caminhada anterior, pois sou membro de uma família de congadeiros, uma tradição afro-brasileira, que dedica a Nossa Senhora um carinho e devoção especial. Ao longo de minhas atividades missionárias, tenho percebido que Nossa Senhora sempre proporciona uma profunda vivência da fé, compromisso com a comunidade da Igreja e um crescimento do desejo e da ação
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evangelizadora. Voltando às Bodas de Caná, Maria é convidada, mas está atenta aos movimentos e acontecimentos, e interage, ajudando a discernir o que fazer, a partir do encontro e escuta da Palavra de Jesus. Como tem sido a acolhida das pessoas a este livro de oração? Antes de se tornar um livro, penso que esta proposta de oração nasceu na mesma linha espiritual da iconografia. Foi um texto vivido em oração, meditado em comunidade paroquial e finalmente transformado em um esquema manual. Desta forma, ele tem tido uma boa aceitação. Tenho escutado que ele produz, na pessoa que reza, a sensação de um copo de água fresca em dia de calor. Há logo uma identificação com o que o texto propõe: contemplar o Ícone, buscar as bases bíblicas para a vivência da fé cristã, o despertar do desejo de rezar e trazer para a vida concreta as inspirações brotadas na oração.
Para adquirir o livro, entre em contato com a Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, pelo tel (32) 3237- 4308, ou com a Editora Scalla, pelo tel (62) 4008-2350.
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Brenda Melo Juiz de Fora, MG
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Formação
Festa do Santíssimo Redentor
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elebrar a Festa do Santíssimo Redentor para a Família Redentorista é colocar em prática a Constituição 23: “Chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão de redenção no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa de Cristo como centro de sua vida. Esforçam-se por se unir sempre mais a Ele em comunhão pessoal”. Este número de nossa constituição coloca o Cristo como o centro de nossa vida e nossa vocação. Então, celebrar o Redentor é um convite para atualizarmos as palavras dos discípulos de Emaus: “Fica conosco Senhor”. Um Deus que abraça a condição humana, nos mostra que o caminho da santidade é o caminho de nos tornarmo-nos “gente”, cada vez mais integradas e dispostas a gastar a vida pelo anúncio do Reino. Jesus é Deus conosco. Em suas palavras, gestos e ações, há uma doação amorosa que nos ensina a construir o Reino do Pai. Essa construção, esse caminho em Jesus, chegou ao ápice da morte na cruz. Uma entrega de amor e fidelidade. A Festa do Santíssimo Redentor torna-se para nós, Redentoristas, um compromisso para a missão.
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Seguir os passos do Redentor exige que cultivemos no coração e na vida o modo de ser e agir de Jesus. Nesta festa, devemos manter a esperança que a Redenção é copiosa, porque Jesus vem sempre. Ele chega a todo momento, atualizando a nossa forma de crer e viver. Santíssimo Redentor, caminhe conosco! P.S.: Fiz este pequeno poema pensando na festa do Santíssimo Redentor:
INCENSO Não coloca incenso em carvão Apagado é como ser santo sem testemunhar o valor da vida. Existência sempre pede mais. Incenso é no carvão quente queima e exala o odor da flor. Nos põe em missão e a palavra falada gera fruto. Pe. José Cláudio Teixeira, C.Ss.R. Belo Horizonte, MG
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História
A chegada dos primeiros Redentoristas ao Brasil
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ra um domingo, 02 de julho de 1893, quando chegavam os primeiros Redentoristas holandeses ao porto do Rio de Janeiro (RJ). Padre Matias Tulkens e Padre Francisco Xavier Lohmeyer, fundadores da Congregação do Santíssmo Redentor no Brasil, chegaram ao país após uma viagem de 25 dias a bordo de um navio vindo da Alemanha. A pedido do bispo de Mariana, Dom Silvério, foram acolhidos na Casa de Misericórdia, sob os cuidados das Irmãs Vicentinas. Após um dia de descanso, os pioneiros fundadores viajaram do Rio de Janeiro para Juiz de Fora (MG), onde foram recebidos pelo Pe. João Sabino Las Casas e ficaram hospedados com o vigário, Pe. Venâncio Café. Prosseguiram viagem, no dia 06 de julho, com destino a Ouro Preto (MG), onde foram acolhidos pelo Pe. Afonso Castaldi, lazarista. De lá, seguiram para Mariana (MG) e foram recebidos pelo bispo diocesano, Dom Antônio Maria Correia de Sá e Benevides e seu auxiliar, Dom Silvério Gomes Pimenta. Ficaram algum tempo no Seminário de Mariana para aprender a nova língua.
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Em princípios de 1894, os dois redentoristas se fixaram em Juiz de Fora. No dia 26 de abril deste mesmo ano, chegaram mais Redentoristas para a primeira comunidade redentorista no Brasil: Padres Geraldo Schrauwen, Teodoro Helsen, Afonso Mathysen e os Irmãos Gregório Mulders, Filipe Winter e Doroteu van Leent. Em fevereiro de 1895, começou a construção da residência da comunidade (Convento da Glória), terminada em abril de 1899, mas já em 25 de outubro de 1895, os padres e irmãos se mudaram para o convento inacabado. A Igreja da Glória foi construída de 1920 a 1924, sendo solenemente consagrada no dia 24 de agosto de 1924, por D. Helvécio Gomes de Oliveira. Fonte: Crônicas Redentoristas / Arquivo Província do Rio
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Espiritualidade
Laudato Sí: Parte IV A raiz humana da crise ecológica
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hegamos à quarta parte de nosso estudo sobre a encíclica papal Laudato Sí. Neste mês aprofundaremos um pouco sobre o terceiro capitulo do documento, que tem como título: “A raiz humana da crise ecológica”. Até o presente momento, falamos bastante sobre os sintomas da presente crise que vivemos em âmbito ecológico amplo, indo desde os problemas que englobam a natureza como o desmatamento e o aquecimento global, até questões mais amplas, como a destruição de elementos importantíssimos de caráter imaterial, como a cultura de determinadas culturas locais que vão sendo desmanteladas pelo crescimento desordenado. No terceiro capítulo, documento chama a nossa atenção à raiz humana destes problemas, ou seja, a parcela de culpa que toca à humanidade. Assim Papa Francisco introduz o terceiro capítulo no número 101 do documento: “Para nada servi-
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ria descrever os sintomas, se não reconhecêssemos a raiz humana da crise ecológica. Há um modo desordenado de conceber a vida e a acção do ser humano, que contradiz a realidade até ao ponto de a arruinar. Não poderemos deter-nos a pensar nisto mesmo? Proponho, pois, que nos concentremos no paradigma tecnocrático dominante e no lugar que ocupa nele o ser humano e a sua ação no mundo.”
Paradigma tecnocrático Um conceito de grande importância para a compreensão deste capítulo do documento, e não somente, mas para o documento como um todo, é aquele de “paradigma tecnocrático”. Devemos entender bem isto, pois, muito sutilmente, as influências deste paradigma entram em nossas vidas sem que ao menos percebamos. Assim, devemos partir do significado de paradigma. Um paradigma, explicando de modo mui-
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muito mais importantes, chegando a ameaçar a vida de muito, principalmente dos mais pobres e desprovidos de voz para se defender. Na maioria das vezes, o uso absolutizado de um paradigma vem acompanhado de jogos de poder para manter o “status quo”, ou seja, o estado estabelecido das coisas que vem a favorecer detentores dos recursos e do poder. Tal quadro pede ao cristão uma profunda avaliação ética a partir dos valores e das realidades que verdadeiramente contam. Um olhar crítico sobre a realidade, que se coloque além do mero maravilhamento. No caso do paradigma tecnocrático, supõe compreender que nem todo progresso tecnológico, nem todo avanço na técnica queira dizer automaticamente em avanço para a humanidade e para a vida do mundo, como encontramos presente no número 105 do documento.
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Espiritualidade
to simples, é composto por uma série de pressupostos e maneira de ler a realidade que se mostram como uma referência de modo geral para o agir. Já a palavra tecnocrático indica o governo, ou a prioridade máxima à tecnologia. Dizer assim de um paradigma tecnocrático é falar de um modo de se aproximar à realidade e de agir onde a tecnologia e o seu avanço se tornam a palavra-chave que virá a configurar todas as decisões tomadas. O problema de tal paradigma não está na busca humana pelo crescimento tecnológico em favor de melhores condições de vida. Também não se relaciona à dimensão criativa humana que sempre busca novas maneiras de se expressar e crescer. O problema deste tipo de paradigma surge quando a tecnologia é absolutizada, ou seja, é colocada como único fim a ser buscado em detrimento de realidades e valores
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“Tende-se a crer que «toda a aquisição de poder seja simplesmente progresso, aumento de segurança, de utilidade, de bem-estar, de força vital, de plenitude de valores»[83], como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia. A verdade é que «o homem moderno não foi educado para o recto uso do poder»,[84] porque o imenso crescimento tecnológico não foi acompanhado por um desenvolvimento do ser humano quanto à responsabilidade, aos valores, à consciência.” O esquema presente no capítulo é bastante simples. Ele vem composto de três partes, como mostraremos a seguir: 1- A tecnologia: criatividade e poder; 2- A globalização do paradigma tecnocrático; 3- Crise do antropocentrismo moderno e suas consequências.
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O antropocentrismo moderno Todo o capítulo nos conduz à terceira parte onde o papa analisa a crise do antropocentrismo moderno como fonte da absolutização da técnica em detrimento de uma visão mais ampla, que no vocabulário da fé, compreendemos como Criação. Por antropocentrismo, de modo muito reduzido, se compreende com o movimento presente na modernidade de trazer ao centro de referência de todas as coisas o homem. Mas isto não é uma coisa boa? Bom, se este homem fosse considerado no interior de suas relações, sim, isto seria uma coisa muito boa. Contudo, o que se mostrou foi um movimento que deu origem a uma visão de caráter unilateral, que descola da globalidade das relações o ser humano. Isto acabou por criar uma visão de desenvolvimento a todo custo na busca da “realização” humana através do desenvolvimento da técnica e do consumo. Tal visão se mostrou na prova da história extremamente ingênua e destrutiva, pois o uso dos recurso acabou por se elevar a patamares insustentáveis, e os valores éticos sobre a vida humana, prin-
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cipalmente dos mais pobres que não tem acesso aos meios tecnológicos, e a vida do mundo acabaram por serem substituídos pela busca dos aparentes “benefícios” utilizando qualquer meio, mesmo que estes levam à impossibilidade e à degradação da vida em diversos contextos. O número 117 do documento é bastante claro sobre este aspecto: “A falta de preocupação por medir os danos à natureza e o impacto ambiental das decisões é apenas o reflexo evidente do desinteresse em reconhecer a mensagem que a natureza traz inscrita nas suas próprias estruturas. Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância dum pobre, dum embrião humano, duma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Tudo está interligado. Se o ser huma-
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no se declara autónomo da realidade e se constitui dominador absoluto, desmorona-se a própria base da sua existência, porque «em vez de realizar o seu papel de colaborador de Deus na obra da criação, o homem substitui-se a Deus, e deste modo acaba por provocar a revolta da natureza.” Será no sentido de um resgate da unidade e de uma visão integrada e integrante da realidade que o documento seguirá refletindo. No próximo mês estudaremos um pouco sobre esta visão que a espiritualidade cristã nos propõe e que foi muito bem assumida no quarto capítulo intitulado “Uma ecologia integral”. Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália
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Redentoristas
Assembleia Provincial
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s religiosos da Província do RJ-MG-ES se reuniram em Assembleia, de 10 a 13 de junho, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora (MG), para momentos de convivência fraterna, partilha das experiências apostólicas e discussão de temas importantes da vida Redentorista. O assunto central da Assembleia Provincial foi o estudo da “Communicanda 2”, um documento escrito pelo Superior Geral da Congregação Redentorista, Pe. Michael Brehl, C.Ss.R., cujo tema é: “Revitalizar nossa Vida Apostólica: o serviço da liderança no estilo de Jesus Cristo”. A elaboração da Communicanda sobre a liderança na Congregação foi um apelo do XXV Capítulo Geral e dá ênfase às
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qualidades e habilidades necessárias para potenciar a liderança na missão Redentorista, destacando a preparação necessária para tal liderança, o desempenho apropriado da autoridade e a distinção entre liderança e administração. Os religiosos realizaram o estudo do documento em grupos e partilharam suas impressões. Durante missa em assembleia, foi instituído os ministérios do Acolitato e Leitorato para o frater Robson Araújo, C.Ss.R. No encerramento, foi celebrada a Eucaristia em memória pelos 50 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com a presença de leigos da Comunidade Redentorista do Vale da Floresta.
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Homenagem
O Missionário da Liga Católica
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Pe. Mário Ferreira Gonçalves, C.Ss.R. faleceu no dia 23 de junho de 2019, aos 95 anos de idade, no Convento Redentorista de Curvelo (MG), onde residia. Nos últimos tempos, o confrade apresentava a saúde muito debilitada. A causa da morte é desconhecida, sendo consequência de pneumonia e demência. A missa de exéquias aconteceu no dia 24 de junho, na Basílica de São Geraldo, e logo após, foi realizado o seu o sepultamento. Nascido em Belo Horizonte (MG), no dia 23 de julho de 1923, em uma família católica, Padre Mário teve uma vida de entrega e dedicação à causa missionária. Filho do sr. José Ferreira Gonçalves e de dona Floranita Ferreira Gonçalves, passou sua infância na capital mineira, frequentando a Paróquia São José. Lá foi batizado, crismado e consagrado a Deus quando aderiu à vida religiosa. Sua Profissão Religiosa aconteceu no dia 02 de fevereiro de 1942, em Juiz de Fora (MG). Professou os votos perpétuos em 14 de fevereiro de 1946, na mesma cidade. Em 20 de julho de 1947, foi ordenado sacerdote em Belo Horizonte. A partir de 1974, assumiu a Coordenação Geral da Liga Católica Jesus, Maria, José na Igreja da Glória, em Juiz de Fora, realizando um trabalho de reestruturação. Com a
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transferência da sede da Confederação Nacional das Ligas para Campos dos Goytacazes (RJ), permaneceu naquela cidade até 2001, retornando em seguida para Curvelo. Como Missionário Redentorista, residiu nas seguintes comunidades: Congonhas (1948-1952), Rio de Janeiro (1953), Três Corações (1953), Curvelo (1954-1955), Rio (1956-57), Congonhas (1958-59), Belo Horizonte (1959-1962), Congonhas (19621967), Três Pontas (1967), Colégio Sacré Coeur - capelão (1968), Curvelo (1969), Congonhas (1970-1973), Juiz de Fora (1974-1988), Campos (1988-2001) e Curvelo (2001-2019). Padre Mário carregava consigo uma candura peculiar, aliada a um tratamento doce para com todos que o procuravam para uma palavra amiga. Pedimos a Deus que, em sua infinita misericórdia e bondade, o acolha em seus braços e lhe dê o descanso eterno.
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Aconteceu na Província
Festa Junina das casas de formação de Juiz de Fora (MG) 1º de junho
Reunião de Formadores – Convento da Glória / 14 de junho –
VI Assembleia da Conferência da América Latina e Caribe – México / 17 a 30 de junho –
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Encontro Vocacional Redentorista – Belo Horizonte (MG) / 20 a 23 de junho –
Retiro da Comunidade Vocacional Santo Afonso – Juiz de Fora (MG) / 20 a 23 de junho –
Retiro da Comunidade Vocacional São Clemente e SPES – Juiz de Fora (MG) / 20 a 23 de junho –
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