Akikolá - Junho/2019

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Editorial

Palavra do Provincial SOCORREI-NOS, Ó MARIA! Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: neste título mariano, Ela é representada através de um quadro. Você sabe que ele não é um simples quadro. É um ícone (= imagem). É uma pintura do gênero sacro, portátil, feita de madeira, segundo uma técnica praticada, desde séculos, no Oriente. Um ícone não é uma simples representação dos santos, mas uma representação que torna presente, de modo espiritual, as personagens representadas. Rezando diante do ícone do Perpétuo Socorro somos levados a contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Contemplando este ícone podemos mergulhar no Mistério de Cristo e aprofundar nossa amizade com o Senhor sob a guia da

Virgem Maria, Mãe do Redentor. Por isso, é um ícone de Amor! A festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é celebrada no dia 27 de junho. O ícone foi confiado aos Missionários Redentoristas pelo Papa Pio IX, em 1866, e se encontra na Igreja de Santo Afonso, em Roma. São 153 anos! Qual a razão deste nome? Vamos então ao ponto central do quadro: ele está no encontro da mão de Maria com as mãos do Menino. A mão direita da Mãe acolhe o Filho, sublinhando assim a humanidade de Cristo. A mão da Virgem indica, ao mesmo tempo, o próprio Filho de Deus. Maria é aquela que nos guia a Jesus Cristo, que é “Caminho, Verdade e Vida”. Ela é nosso Socorro porque intercede por nós diante de seu Filho, que deu a sua vida em sacrifício por nós sobre a Cruz no

Expediente: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico: SM Propaganda Ltda Impressão: Gráfica América Tiragem: 2.000 exemplares

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Calvário. Maria é a mulher acolhedora, a boa Mãe. Este ícone é um itinerário de aprendizado do caminho de Jesus. A Mãe do Perpétuo Socorro é nossa guia nesta estrada mistagógica. Torne-se aprendiz na contemplação do ícone e tenha a doce certeza de ser socorrido(a) por

Ela nas encruzilhadas difíceis de sua vida, quando seu coração necessitar de socorro. Contemple-a! E seja contemplado por esta Mãe! Pe. Nelson Antonio Linhares, CSsR padrenelsonantonio pe.nelsonantonio

CELEBRAÇÕES DO MÊS DE JUNHO Aniversário natalício 27/06 – Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. Ordenação Presbiteral 02/06 – Pe. André Luiz Bastos, C.Ss.R. 24/06 – Pe. Jonas Pacheco Machado, C.Ss.R. 27/06 – Pe. Paulo Roberto de Morais Jr., C.Ss.R.

Memória Redentorista 1º/06 – Nascimento do Beato Basílio Velychkovskyi (Ucrânia, 1886) 05/06 – Ordenação Presbiteral do Beato Pedro Donders (1841) 06/06 – Nascimento do Beato Domingos Metódio Trcka (República Checa, 1886) 18/06 – Beatificação de Madre Maria Celeste Crostarosa pelo Papa Francisco (2016) 20/06 – Consagração Episcopal de Afonso de Ligório (1762) 24/06 – Profissão Religiosa do Beato Pedro Donders na C.Ss.R. (1867) 27/06 – Festa de N. Sra. do Perpétuo Socorro, padroeira das Missões Redentoristas 27/06 – Beatificação dos Mártires Basílio, Nicolau, Zenão e Ivan (2001) 28/06 – Memória dos beatos ucranianos: Basílio Velychkoskyi (+1973, em Winipeg, Canadá), Nicolau Charnetskyi (+1959, em Lviv), Zenão Kovalyk (+1941, em um campo de concentração russo) e Ivan Ziatyk (+1952, em Irkustk, na Sibéria). 29/06 – Fundação da Província do Rio (1951) 30/06 – Memória do Beato Januário Maria Sarnelli (+1774, em Nápoles, Itália)

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Entrevista

Diác. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R. Após assumir mais um grande compromisso com a Igreja, através da ordenação diaconal, realizada no dia 19 de maio deste ano, o Diác. Rodrigo Costa, C.Ss.R. fala sobre sua mais nova missão como servo dos mais pobres e abandonados.

Como foi o dia de sua ordenação diaconal? Que lembranças ficarão na memória? Como parte da preparação de nossa Paróquia Sagrada Família para este momento, foi realizado nos dias 14, 15 e 16 uma animação vocacional conduzida pelo padre André, nosso promotor vocacional. Ficamos muito surpreendidos positivamente com a participação de nossos paroquianos. Cada dia da animação foi voltado para um público específico: famílias, coroinhas e acólitos, e jovens. No dia 19 de maio, às 10h, aconteceu a celebração de ordenação diaconal na Matriz Sagrada Família (Cariacica/ES), presidida por Dom Dario, arcebispo de Vitória. Foi uma celebração muito bonita, simples e orante, que ficará profundamente marcada em minha memória. A igreja estava repleta de familiares, amigos e paroquianos que vieram celebrar comigo

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mais esse passo em minha caminhada vocacional. Senti-me muito consolado e fortalecido com a presença de tantas pessoas queridas. De minha cidade, Timóteo, veio um ônibus com os meus familiares e paroquianos. Também estiveram presentes amigos de Santo Antônio do Amparo, Cel. Fabriciano, Aracruz e Almenara. Na homilia, Dom Dario recordou a missão do diácono na Igreja, que

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deve ser imagem de Cristo-Servo no interior da comunidade no serviço às mesas da Palavra, da Eucaristia e dos Pobres. Durante a animação vocacional e na ordenação, eu partilhava que a festa celebrada não era só minha e de minha família de sangue e religiosa, mas de toda a Igreja, que naquele momento foi chamada a renovar sua vocação para o exercício serviçal do amor, à maneira do nosso Mestre Jesus. Quais as suas expectativas para viver esse tempo do diaconato? A rotina do diácono é mesma do cotidiano da vida de nossas comunidades. Nesse sentido, continuo celebrando com o povo a Palavra de Deus, administrando os sacramentos próprios à missão do diácono e acompanhando as pastorais da Paróquia. Como diretor do Centro Nova Geração, ganho uma nova dimensão após a ordenação, já que é o trabalho que mais me aproxima do núcleo do ministério diaconal, ou seja, o serviço caritativo e solidário aos mais pobres, de modo particular às crianças de nossa comunidade. Vivendo o diaconado vou me preparando também para o

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próximo passo em meu caminho vocacional que será a ordenação presbiteral, em outubro desse ano. Em linhas gerais, o que é o diaconato? Qual é a missão do diácono na igreja? O diaconato é um ministério na vida da Igreja, nascido para responder a uma necessidade concreta da Igreja primitiva (cf. At 6,16), e pertence ao primeiro grau do sacramento da Ordem, que é composto de três graus: diaconado, presbiterado e episcopado. Todo aquele que se prepara para ser padre na Igreja deve recebê-lo antes da ordenação presbiteral. O ministério diaconal está associado a um serviço próprio no sacramento da Ordem, compreendendo três dimensões da missão da Igreja, a saber: caridade, proclamação da Palavra e liturgia. Basicamente, pode-se dizer que o principal serviço exercido pelo diácono é a solidariedade para com os pobres e abandonados. Somente a partir do serviço aos pobres é que se entende o serviço da Palavra e da liturgia.

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Brenda Melo Juiz de Fora, MG

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Formação

O Discípulo, o Coração, a Eucaristia...

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esus acabara de lavar os pés de seus discípulos (Jo 13, 1-20). Tudo estava preparado para a Ceia. O discípulo recosta sua cabeça sobre o peito de Jesus (Jo 13, 25). Aprendera, aos poucos, a escutar o Coração do Mestre. Olhos abertos e, sobretudo, ouvidos atentos. Na verdade, o Coração de Jesus sempre pulsara no ritmo do amor em cada ato, a cada momento. Mesmo quando ficava tomado de ira – principalmente diante daqueles que também deveriam agir a partir do coração, pois conheciam a Lei de Deus, mas a tinham fossilizado em centenas de minuciosas regras que se constituíam em fardos pesados – fazia o apelo à mudança. “Venham a mim, vocês todos que estão cansados e sobrecarregados” (Mt 11, 28). Eis o convite que fazia ecoar ao pobre, ao enfermo, àquele que se sentia discriminado, à margem da religião vigente. E multidões acorriam a Ele e sempre encontravam um gesto de acolhida, uma palavra amiga, a cura para seus corações.

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“Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). Sim, o discípulo amado aprendera a escutá-lo profundamente. Acompanhara-o em muitos momentos, alguns deles só reservados a ele, a Pedro e Tiago. A cada um, o Mestre os chamara por um motivo especial. Se para Pedro e Tiago fora para que pudessem receber de sua autoridade, para ele, João, fora para comunicar a sua intimidade. E foi a intimidade que o levara a subir o calvário com o Senhor e permanecer de pé, junto à cruz. Na última Ceia, quando Jesus instituiria o Sacramento do Amor, a Eucaristia, quem mais estaria perto do Mestre, senão aquele que descobrira o caminho do coração? Sim, João vivenciou aquela última noite junto do Mestre de uma forma única. Por isso, dedica a ela nada mais, nada menos que cinco capítulos de seu Evangelho. Aquela noite fora fundamental para enfrentar os acontecimentos do dia seguinte: a paixão e morte do Senhor.

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Isso não quer dizer que tenha sido fácil. No Getsêmani, também ele dormiu, quando deveria vigiar (Mt 26, 36-46). Certamente seu coração estava sobressaltado, num misto de angústia e medo. Como poderia aquilo acontecer? Como poderia aquela linda história de amor e dedicação terminar daquele jeito? Talvez o sono viera numa tentativa do inconsciente de vencer a tensão. Em horas como aquela, não dá para procurar uma simples explicação. Tudo fica confuso e a mente e o coração cobertos por uma densa e escura nuvem. Mas a lucidez do amor – que nem sempre é a lucidez da mente – o fez superar o medo. E ele, que recostara a cabeça no peito de seu Amado, acompanha a Virgem Mãe à cruz. “Este é meu Corpo que é entregue por vocês”, dissera www.provinciadorio.org.br Akikolá

Jesus. E ali estava o Corpo do seu Amigo e Senhor totalmente entregue, macerado por amor. “Este é cálice do meu Sangue que será derramado por vocês”. E João via, agora, cada gota do Sangue do Mestre caindo por terra, tingindo de vermelho o madeiro. Com João, a gente aprende que não há como vivenciar o mistério da Eucaristia sem ouvir o Coração de Jesus. Eucaristia e Coração: inseparáveis realidades! Mas não é tão somente o Coração do Mestre; é também o coração do discípulo. Se você não encontra o Coração de Jesus não poderá percorrer de forma libertadora o caminho de seu próprio coração e, muito menos, tornar-se uma pessoa eucarística. Pe. Sérgio Luiz e Silva, CSsR. Rio de Janeiro. RJ

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Espiritualidade

Laudato Sí: Parte III

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aros amigos e leitores do Akikolá: Continuamos neste mês a nossa leitura sobre a Carta Encíclica Laudato Sí do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. No mês passado, fizemos uma pequena reflexão sobre o primeiro capítulo do referido texto. De modo guiado, compreendemos um pouco da grave crise ecológica pela qual passamos hoje, bem como acolhemos uma visão mais ampla do conceito “ecologia”, que não se limita a uma visão reduzida, mas vai mais adiante no sentido de uma compreensão de comunhão de toda a realidade criada. Trata-se de uma verdadeira leitura teológico-espiritual sobre a Criação. Iniciando o segundo capítulo chamado de “Evangelho da Criação”, matéria que trataremos hoje, Papa Francisco se pergunta sobre o valor de, em um documento voltado para “todos os homens e mulheres de boa-vontade” independente da posse ou não de uma fé religiosa, inserir uma reflexão a partir da fé cristã-católica em um Deus Criador. Em sua resposta,

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Francisco deixa claro que fé e razão não se excluem, mas, como abordagens diferentes da realidade, podem entrar em frutuoso e profícuo diálogo. A estrutura do segundo capítulo é a seguinte: 1- A luz que a fé oferece; 2- A sabedoria das narrações bíblicas; 3- O Mistério do Universo; 4- A mensagem de cada criatura na harmonia de toda a Criação; 5- Uma comunhão universal; 6- O destino comum dos bens; 7- O olhar de Jesus. No primeiro ponto, “A luz que a fé oferece”, o documento papal ressalta a importância de uma visão dialogal para chegar à possíveis soluções para o presente problema

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De modo simples, o documento reassume a vocação humana de cuidador deste “jardim”. Um cuidado que supõe relação, uma vez que o ser humano não é colocado fora do criado, mas inserido neste. Apesar de seu pecado, a misericórdia de Deus chama e conduz a humanidade sempre ao retorno a este lugar-comunhão. O terceiro ponto, chamado de “O mistério do Universo”, Papa Francisco recorda a beleza contida na visão teológica judaico-cristão da Criação. Mais do que natureza, a Criação conduz a um projeto de amor que tem em Deus seu início e sua finalidade. Ao mesmo tempo que aponta para esta mística relacional profunda, aponta para uma visão não ingênua da realidade, onde a liberdade do ser humano não se sobrepõe à comunhão na qual ele está inserido. A complexidade deste lugar-comunhão é assim expressa no documento: “Neste universo, composto por sistemas abertos que entram em comunicação uns com os outros, podemos

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da crise humano-ambiental. Dada a sua complexidade e seu alcance global, o presente problema não se resolverá com visões simplistas ou reducionistas, mas somente a partir de uma compreensão mais ampla que envolva todas as áreas da humanidade, que envolva o saber da fé, o saber formal acadêmico, indo até às expressões de saber e cultura populares. Desta forma, para os cristãos tratar de tal problema não é uma questão periférica, mas toca o essencial de nossa fé e espiritualidade, tocando todas as áreas de nossa vida e conhecimento. No segundo ponto, o mais longo do capítulo com 10 parágrafos, Papa Francisco toma os seis primeiros capítulos do livro do Gênesis para, a partir dos relatos da Criação e do distanciamento do ser humano do espaço de comunhão com Deus, simbolizado pelo jardim, aprofundar as referidas teologia e espiritualidade da Criação. Francisco aponta para leitura e interpretação dos referidos trechos bíblicos onde a criação é compreendida como espaço de relação e comunhão.


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descobrir inumeráveis formas de relação e participação. Isto leva-nos também a pensar o todo como aberto à transcendência de Deus, dentro da qual se desenvolve. A fé permite-nos interpretar o significado e a beleza misteriosa do que acontece. A liberdade humana pode prestar a sua contribuição inteligente para uma evolução positiva, como pode também acrescentar novos males, novas causas de sofrimento e verdadeiros atrasos. Isto dá lugar à apaixonante e dramática história humana, capaz de transformar-se num desabrochamento de libertação, engrandecimento, salvação e amor, ou, pelo contrário, num percurso de declínio e mútua destruição. Por isso a Igreja, com a sua acção, procura não só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e «sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo».”1 Nos quarto e quinto pontos, chamados “A mensagem de cada criatura na harmonia de toda a Criação” e “Uma comunhão universal”, Papa Francisco reforça o conceito central do documento, que é o da comunhão de toda a realidade criada, com o conceito de comple-

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mentariedade. Para tanto, faz uso da seguinte afirmação do santo doutor da Igreja, Tomás de Aquino: “São Tomás de Aquino sublinhava, sabiamente, que a multiplicidade e a variedade «provêm da intenção do primeiro agente», o Qual quis que «o que falta a cada coisa, para representar a bondade divina, seja suprido pelas outras», pois a sua bondade «não pode ser convenientemente representada por uma só criatura». Por isso, precisamos de individuar a variedade das coisas nas suas múltiplas relações.”2 Não somente o homem é imagem de Deus, mas toda a Criação reflete a bondade por meio da qual foi criada. No número 88 do documento, o papa cita nosso bispos brasileiros, que recordaram que a natureza, além de manifestar Deus, é também lugar de sua presença. Fazendo uso da bela oração de São Francisco de Assis, que dá nome a este documento, expressa o olhar de alguém que soube reconhecer na criação a manifestação de Deus. No sexto ponto do documento, “O destino comum dos bens”, o documento trabalha o conceito ampliado de ecologia a partir da sempre referida espiritualidade de

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comunhão, compreendendo que sus”, nos coloca diante do Filho, o destino da “casa comum”, além aquele que nos revela em plenitude estar ligado à preservação da de o rosto criador do Pai. Na vida natureza, porta em si um especial de Jesus compreendemos a vida caráter social. É tarefa que envol- humana se realizando na plenitude ve a todos os homens e mulheres da comunhão com Deus, com os de boa vontade e, de maneira mui- outros e com toda a natureza. A to prática, ao uso sustentável e à importância da justiça, não apenas distribuição dos bens e recursos. no âmbito particular, mas também Papa Francisco frisa que o meio social, esteve bastante presente ambiente é patrimônio de toda durante a vida de Jesus. Ressushumanidade, um citado, o Novo bem comum e Testamento nos Papa Francisco uma responsabimostra o Cristo reforça o conceito central presente em toda a lidade de todos. do documento, que é o da Criação. Isto se dá Não usufruímos comunhão de toda a realidade na medida em que simplesmente dos criada, com o conceito de toda a realidade bens, mas socomplementariedade. Criada está direciomos, em relação com os outros, nada em sua finaliadministradores. dade à comunhão Assim, o cuidado com a “casa co- em Deus. mum” toca as raízes de nossas reAssim, caros amigos, terminalações interpessoais. mos nossa pequena leitura deste “O meio ambiente é um mês. No próximo artigo, falaremos bem colectivo, patrimônio um pouco sobre o terceiro capítude toda a humanidade e lo, “A Raiz humana da crise ecolóresponsabilidade de todos. gica”. Espero que vocês estejam Quem possui uma parte é gostando desta sequência de artiapenas para a administrar gos. Qualquer dúvida, é só nos enem benefício de todos. Se viar um e-mail. Até a próxima! não o fizermos, carregamos na consciência o peso de ne- LS, 79 gar a existência aos outros.”3 LS, 86 LS, 95 Enfim, finalizando o segundo capítulo do documento, o sétimo Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma, Itália ponto, chamado “O olhar de Je1 2 3

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Redentoristas

Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro: 50 anos de história

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Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada no Vale da Floresta, em Juiz de Fora (MG), completa, no dia 22 de junho de 2019, 50 anos de fundação. Em meio século de história, um belo caminho vem sendo construído com muita dedicação e fé. A festa de ereção da paróquia, em 1969, contou com a presença do arcebispo de Juiz de Fora, Dom Geraldo Maria de Morais Penido, que deu posse ao então pároco, Pe. Lelis Lara. A paróquia, que era relativamente pequena em extensão e em número de habitantes, foi crescendo ao longo dos anos e hoje atua em duas comunidades (Santo Afonso e Santa Teresinha) e sete capelas (São Geraldo, São Francisco de Assis, Nossa Senhora de Fátima - Granjas Bethel, Nossa Senhora de Fátima – Retiro 308, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião). Para celebrar essa data festiva, a Pastoral da Comunicação da paró-

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quia, juntamente com alguns jovens, em forma de missão, realizou uma série de entrevistas com pessoas que fizeram parte da construção das sete capelas e das duas áreas de missão que compõem a paróquia. “Foi um momento rico de partilha e descobertas. A cada entrevista, uma nova emoção. Percebemos nestas pessoas simples e de um coração enorme que, mesmo em meio às lutas diárias de suas vidas pessoais, familiares e comunitárias, eles fizeram a diferença. Construíram várias das capelas de nossa paróquia com as próprias mãos. Fica aqui nosso respeito, carinho e agradecimento a todos os envolvidos que direta ou indiretamente ajudaram nesse processo”, afirmou Valéria Galvão, membro da Pascom. Entre as pessoas ouvidas, estão o Sr. Alirio Pereira Guedes, de 79 anos, e sua esposa Terezinha Pires P. Guedes, de 72 anos de idade. De acordo com o casal, em 1958 foi aprovado o loteamento do bairro Jardim Esperan-

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ça. Enquanto o bairro começava a ser povoado, já eram realizadas missas e atividades religiosas na região, como o Apostolado da Oração, coroações e reflexões bíblicas, com o atendimento do padre Nilton Fagundes. Com o crescimento populacional, acendeu no coração das pessoas o desejo de se construir uma igreja. Sob a liderança do Sr. Alirio, de Dona Terezinha, alguns amigos de caminhada e do Sr. Francisco Moura da Silva, foi comprado o lote do Sr. José Moreira Castilho. O dinheiro do pagamento foi arrecadado com rifas, festas beneficentes e doações. A Igreja São Sebastião, que atualmente é a sede paroquial, foi construída por mutirão e o sonho foi realizado com união, luta, dedicação, amor e fé. Para o atual pároco, pe. Vanderlei Santos, C.Ss.R., a celebração de meio século de história tem um significado mais que especial. “Desde a fundação do Seminário da Floresta, os padres já atuavam na região. Há mais de 50 anos, a Congregação vem, de forma intensa, acompanhando o Vale da Floresta como um local específico para propagar o espírito da missiona-

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riedade redentorista. A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi fundada com uma identidade própria, de emanar a imagem bonita de Maria que nos leva ao coração da Trindade, nos leva a Jesus. Não podemos deixar de lembrar e agradecer algumas pessoas que fizeram essa história acontecer. Nosso primeiro pároco, Dom Lelis Lara (na época pe. Lara) e todos os párocos que aqui passaram (padres Nilton Fagundes, Virgilio, José Miguel, Braz, Machado, Araújo, Macedo, Antônio Luiz, João Egg, Ronaldo e José Wilker) e seus confrades que aqui serviram. Tantos religiosos que deixaram a sua marca! É uma alegria muito grande celebrar esses 50 anos, vivenciar esse momento e, juntamente com a comunidade paroquial, projetarmos os próximos 50 anos dessa paróquia missionária, que vive a força da Palavra de Deus através dos círculos bíblicos, dos encontros familiares e celebrativos, das pastorais, dos movimentos de espiritualidade e do trabalho com os Missionários Leigos e a Juventude Missionária Redentorista. Uma paróquia renovada, jovial e em saída para o mundo”, declarou pe. Vanderlei.

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Aconteceu na Província

Posse do reitor, pe. José Wilker, C.Ss.R. – Coronel Fabriciano (MG) –

Posse do reitor, pe. José Carlos, C.Ss.R. – Cariacica (ES) –

Reunião da Comissão dos Irmãos Redentoristas – Nova York (EUA) –

Encontro da Jumire da Província do Rio – Juiz de Fora (MG) –

Encontro de Familiares da Comunidade Vocacional Santo Afonso, em Juiz de Fora (MG)

Interparoquial 2019 – Belo Horizonte (MG) –

Congregação Redentorista recebe Medalha de Mérito Dom Brandão no centenário do seu nascimento.

Encontro dos Missinários Leigos Redentoristas – Juiz de Fora (MG) –

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Ordenação Diaconal de Rodrigo Costa – Cariacica (ES) –

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Estudos Provinciais, encontro de integração entre as Unidades Redentoristas do Rio, São Paulo e Bahia, em Aparecida (SP)

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