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Palavra do Provincial
Omês de outubro é dedicado ao fortalecimento da consciência missionária de cada católico. Esta postura é necessária porque são muitos que ainda vivem uma religião desconectada da vida, sem testemunho fora do templo, cheios de comodismo e omissão ao anunciar o nome de Jesus. Este comodismo religioso não anuncia o Reino. Pelo contrário, permite que o mal avance cada vez mais.
Entretanto, o Concílio Vaticano II, após dedicar um longo parágrafo da Constituição Luz dos Povos à índole missionária da Igreja (n. 17), explicita no Decreto sobre as Missões: “Como membros de Cristo vivo, a Ele incorporados e configurados pelo Batismo... todos os fiéis são obrigados ao dever de cooperar na expansão e dilatação de seu Corpo para o levarem quanto antes à plenitude (AG 36). Portanto, todo católico deve ser missionário. É compromisso assumido no batismo.
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O que distingue a vida missionária é o ardor para partilhar a Palavra de Deus, por palavras e atitudes de vida. É também a abertura para ser evangelizado pelos outros, especialmente os pobres. É a ousadia da proclamação da cultura da vida, dos valores cristãos, dos princípios evangélicos.
Um grande exemplo de vida missionária que celebramos no dia 16 deste mês é São Geraldo Magela. Foi Irmão Redentorista e, embora tenha vivido pouco tempo, deixou exemplos grandiosos de fidelidade à vontade de Deus e obediência à Sua Palavra.
A orientação geral da vida de São Geraldo é fruto de situações existenciais, pessoais e familiares. Nasceu e morreu pobre. Escolheu a pobreza de Cristo como sua esposa, assim como São Francisco. Intervém com força nos momentos decisivos, fazendo escolhas iluminadas e decididas. Quando, por exemplo, quis fazer parte do grupo Redentorista.
Considerado um inútil, bom para nada, não desiste, corre atrás dos missionários até ser aceito na Congregação. Quer tornar-se religioso, com todas as suas consequências e exigências. Persevera no meio de situações anormais e circunstâncias não programadas. Uma vez Redentorista, vive intensamente em meio a serviços e ocupações, exercícios de piedade, trabalho, oração, penitências, atendimento ao povo, idas e vindas.
Sua prática da virtude é heroica. Seu sonho é simples e objetivo: ‘viver a sua vocação’. Seu ideal de vida: “Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e até quando Ele quiser!” Sua vida cotidiana é a verdadeira fonte de sua experiência e doutrina. Vive imerso nos afazeres do dia a dia. Passa os 29 anos de sua vida no meio do povo simples.
A espiritualidade de Geraldo nos revela que, para ele, Deus não era uma ideia ou um princípio abstrato, mas presença de amor que se dá ao ser humano como possibilidade de plenitude e de autenticidade. Amor que configura o amado ao amante, que transforma a vida, tornando-a memória e prolongamento de Cristo.
Você já conhece a vida de São Geraldo? Inspire-se nele! Não conhece ainda? Adquira um bom livro sobre o itinerário deste santo Irmão. Sugiro o livro escrito pelo Padre Braz Delfino, da Província do Rio, e publicado pela Editora Santuário.
Sejamos assim, caro(a) leitor(a), missionários nas pequenas ações do cotidiano, sinalizando a presença e o projeto de Deus para todos nós.
Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista.
Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.
padrenelsonantonio pe.nelsonantonio