BOLETIM NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO Nº 24 - ABRIL DE 2008
FILIE-SE
www.pstu.org.br
NÃO AO AUMENTO DOS PREÇOS DOS ALIMENTOS! Muitos trabalhadores confiam no governo Lula. Em geral, as pessoas comparam com o desastre do governo FHC e acham que “Lula é melhor”. Outras vêem o reajuste do salário mínimo e o bolsafamília e concluem que Lula “se preocupa com o povo”. Mas quem vai ao mercado toma um susto com os preços, e começa a perguntar o que está acontecendo. O feijão aumentou 207% em um ano, a batata 52%, o leite 25%, a carne 22%, o óleo de soja 21%. Isso acontece porque o campo está sendo tomado pelas multinacionais que não estão preocupadas em alimentar a população, mas produzir para vender no exterior. Os banqueiros, os latifundiários e as multinacionais continuam mandando no país. Enquanto os trabalhadores se endividam cada vez mais com prestações para comprar uma geladeira, um fogão, os ricos estão cada vez mais ricos, andando de
carros luxuosos e helicópteros. Os preços das tarifas de água e energia sobem mais que a inflação. Os trabalhadores têm que sofrer com a volta da dengue e da febre amarela, porque o dinheiro que deveria ir para a saúde foi deslocado para o pagamento das dívidas aos banqueiros. Na realidade, entre Lula e FHC existem mais pontos em comum do que diferenças. O Brasil continua sendo o paraíso dos banqueiros (com recordes históricos em seus lucros, ano após ano) como já acontecia com FHC. Antes existiam os corruptos do PSDB e do PFL, agora há também os do PT e a farra do cartão corporativo E a situação vai piorar. Já começou nos Estados Unidos uma crise econômica internacional que inevitavelmente vai chegar ao Brasil. E aí os patrões vão jogar a crise nos ombros dos trabalhadores, aumentando brutalmente o desemprego e reduzindo ainda mais os salários.
O feijão aumentou 207% no ano passado O governo vai sair em ajuda dos patrões na crise: Lula já está planejando uma reforma da Previdência, que aumenta a idade mínima para 65 anos. Na verdade, Lula não governa para os trabalhadores. É um governo para os grandes patrões, para os ricos, e que repete o mesmo plano econômico de FHC e das multinacionais.
O PSTU DEFENDE
Exigimos do governo o congelamento dos preços dos alimentos! Reajuste geral de salários! Redução da jornada de trabalho sem redução de salário! Abaixo o banco de horas! Ruptura com o imperialismo e não pagamento das dívidas interna e externa aos banqueiros! Estatização dos bancos e das grandes empresas sob controle dos trabalhadores! Por um governo socialista dos trabalhadores!
Conlutas faz seu congresso em julho Coordenação Nacional de Lutas surgiu em 2006
A CUT e a Forca Sindical não representam mais os trabalhadores. A CUT passou para o lado do governo e por esta via, também dos empresários. Juntou- se então com a Forca Sindical na defesa dos interesses dos patrões, do governo e dos próprios burocratas que dirigem estas organizações. A CTB, a nova central sindical criada pelo PCdoB, apesar da retórica de independência, já nasce jurando apoio ao governo Lula e, portanto, não pode ser uma alternativa para os trabalhadores. A UNE também é uma organização chapa-branca, pelega, a serviço do governo e dos
donos das universidades. Para lutar contra essa situação, surgiu a Conlutas, que busca unir os sindicatos combativos, as entidades do movimento popular da cidade e do campo, e as dos estudantes. A Conlutas é fundamental para unificar as lutas atuais por salário e emprego e contra as reformas neoliberais do governo Lula. A Coordenação Nacional de Lutas, a Conlutas, foi fundada em 2006. Agora, de 3 a 6 de julho, vai realizar seu 1º congresso, em Betim (MG). Até lá, serão realizadas assembléias para eleger os representantes
que irão ao congresso, com um debate vivo em todo o país. A Conlutas se constrói pela base, com a participação nas lutas dos trabalhadores e estudantes e a discussão democrática de todos os ativistas que a estão construindo. Junte-se à construção da Conlutas, participando de seu congresso. Traga o seu sindicato, sua oposição sindical, entidade popular ou estudantil para a preparação do congresso. Entre em contato com a Conlutas em sua cidade, ou visite www.conlutas.org.br Traga sua entidade para a preparação de atos de 1º de maio classistas e socialistas.
Todo apoio à luta dos trabalhadores da GM
Contra a transposição do rio São Francisco
A General Motors é a maior fabricante de carros do mundo. No Brasil, vendeu 559 mil carros em 2007, lucrando bilhões de dólares enviados para sua sede, nos Estados Unidos. Mesmo assim, a multinacional queria impor aos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) uma redução nos salários e o banco de horas, para conseguir mais lucros. Como a GM não consegue convencer os trabalhadores de sua proposta, partiu para a repressão, suspendendo por 10 dias dois diretores do sindicato: Vivaldo e Eliane.
Isso não acontece só na GM. Em todo o país as empresas estão esfolando os trabalhadores com um ritmo de trabalho cada vez maior, e ainda querem reduzir nossos salários. Felizmente os metalúrgicos de São José, com o sindicato ligado à Conlutas, não aceitaram este “acordo”. A luta continua, porque a GM conseguiu o apoio da prefeitura e o silêncio cúmplice do governo federal. É preciso apoiar a luta dos trabalhadores da GM. E lutar pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial.
O governo Lula está fazendo as obras de transposição do rio São Francisco, com a desculpa de que vai levar água para o povo. A verdade, no entanto, foi dita pelo bispo dom Cappio. Através de sua greve de fome, ele alertou de que essas obras vão levar é muito dinheiro para o bolso das grandes construtoras e empresas do agronegócio, e nenhum benefício para o povo. Na verdade, só quatro por cento da água vai para o povo nordestino, porque o projeto foi feito para beneficiar as grandes
UNIR A OPOSIÇÃO DE ESQUERDA EM UMA FRENTE ELEITORAL!
Nós do PSTU achamos que a oposição de esquerda deve se unir nas lutas e também nas eleições. Os trabalhadores e estudantes devem ter uma alternativa que não seja a dos dois blocos dominantes: do governo (PT, PMDB, PCdoB,
PDT, PSB) e da oposição de direita (PSDB, DEM). Tanto um como outro já demonstraram seus compromissos com a manutenção do mesmo plano econômico e a mesma corrupção. Por isto chamamos o PSOL e o PCB a reeditarmos a frente de
esquerda que fizemos nas eleições de 2006, que apresentou a candidatura de Heloísa Helena a presidente, com mais de seis milhões de votos. Esta alternativa de esquerda deve ser independente da burguesia, e por isto não pode con-
empresas da agricultura. Com apenas a metade do dinheiro, seria possível levar água para 34 milhões de pessoas, incluindo cisternas construídas e controladas pelos trabalhadores e pequenos proprietários, e ainda impulsionar a reforma agrária na região. A Conferência dos Povos do Semi-árido e do São Francisco reuniu 93 movimentos sociais e resolveu levar adiante uma campanha em todo país contra essas obras. Apóie essa luta!
tar com partidos burgueses e governistas. Por este motivo, chamamos os companheiros do PSOL de Porto Alegre a romperem a aliança com o PV, partido governista, para que possamos compor a frente de esquerda na cidade.