Boletim Nacional 36

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Boletim nacional

Partido Socialista dos

Edição 36 - março.2011 Trabalhadores Unificado

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Basta de inflação! O aumento dos preços é uma forma disfarçada de desvalorizar os salários Os trabalhadores estão percebendo que a inflação voltou. A alta nos preços é generalizada, atingindo principalmente alimentos, transporte e aluguéis. Os números oficiais não refletem a realidade dos preços nos supermercados. O feijão subiu 66%, a carne 30%, o açúcar 18,5%, o frango 16%. Os mais pobres são os mais afetados: a cesta básica de alimentos aumentou 17% no ano passado. Em quase todas as capitais do país, o transporte subiu muito acima da inflação. Os aluguéis aumentaram até 20% em São Paulo. As tarifas de luz vão subir novamente neste mês. A inflação é uma forma disfarçada de arrocho salarial. As grandes empresas podem pagar menos pelos salários dos trabalhadores, que estão desvalorizados. E elas aumentam seu lucro, reajustando os preços. O trabalhador só pode melhorar o seu salário uma vez

feijão carne por ano, enquanto os preços aumentam a qualquer hora. Pior ainda, o reajuste do salário mínimo foi só 6%, ou seja, ficou abaixo da inflação oficial. Os deputados e senadores que aprovaram o salário mínimo não sofrem com a inflação. Eles se deram um aumento de 62% nos salários e a presidente Dilma recebeu um aumento de 132%. A ação do governo para “combater a inflação” é completamente equivocada: aumento dos juros! Isso só aumenta o lucro dos

leite pão banqueiros e piora a situação dos trabalhadores que vão pagar mais pelas prestações de um eletrodoméstico, de um móvel para sua casa. Nós defendemos uma ação imediata do governo, com redução e congelamento dos preços, acompanhado de aumento geral de salários.

Reduzir e congelar preços e tarifas! Aumento geral de salários!


Governo corta verbas sociais para pagar mais aos banqueiros

Dilma cortou R$ 50 bilhões do Orçamento, o maior corte da Fa la Zé M ar ia história. Serão menos R$ 3,1 bilhões na Educação, menos R$ 5 bilhões no programa “Minha Casa, Minha Vida” e cortes grandes na Saúde. Houve aplausos de todos os representantes dos bancos estrangeiros e das multinacionais. Os trabalhadores não têm motivos para comemorar. A verdade é que o governo corta as verbas sociais para pagar a dívida aos

No mesmo mês em que festejou PIB recorde, governo cortou R$ 50 bi

banqueiros. Em 2009 foram pagos R$ 380 bilhões dessa dívida, que já foi paga inúmeras vezes. Em 2011, metade de todo o Orçamento federal vai ser destinado ao pagamento dos bancos. Dilma começou seu governo arrochando o salário mínimo, e seu partido liderou o aumento vergonhoso nos salários dos deputados e no da presiden-

te. Além disso, o governo deixa correr solta a inflação e corta as verbas sociais. O PSTU adverte: Dilma está preparando uma nova reforma na aposentadoria. O primeiro passo é reduzir a contribuição dos patrões para a Previdência. O segundo será o ataque contra as aposentadorias. O PSTU propõe aos movimentos sociais sair à luta e exigir do governo o fim dos cortes no Orçamento e parar de pagar a dívida aos banqueiros. Só a mobilização dos trabalhadores pode parar esses ataques. Todo apoio às campanhas do funcionalismo público.

José Maria de Almeida, o Zé Maria, é presidente nacional do PSTU e foi candidato a presidente nas últimas eleições

Todo apoio à revolução árabe!

Não à intervenção do imperialismo na Líbia! Trabalhadores e jovens de todo o mundo olham com simpatia as lutas do povo árabe para derrubar as ditaduras sangrentas que exploram e oprimem esses países há décadas. Gigantescas mobilizações emocionaram o mundo e derrubaram os governos de Tunísia e Egito. As lutas se estendem para Marrocos, Argélia, Bahrein, Iêmen, Jordânia, chegando ao Iraque. Nesse momento, o povo líbio está enfrentando a repressão violenta do ditador Kadafi, que usa aviões de combate contra a população. Está ocorrendo na Líbia um massacre que só tem

paralelo nos dias atuais com os ataques fascistas de Israel contra palestinos. Os setores de “esquerda” que apóiam Kadafi, como Fidel Castro e Hugo Chávez, cometem um erro gravíssimo e apóiam o massacre do povo líbio. O imperialismo apoiou durante décadas essas ditaduras, para garantir o controle do petróleo da região e proteger Israel, seu fiel aliado no Oriente Médio. Apoiou também Kadafi, desde que passou a controlar o petróleo líbio, hoje completamente entregue às multinacionais, em particular as da Europa.

TOME PARTIDO!

Apoiar Kadafi é um erro gravíssimo. É apoiar um massacre

Os governos imperialistas dos EUA e da Europa discutem uma intervenção militar para tentar recuperar seu domínio. Agora que o povo líbio se levantou contra Kadafi, o imperialismo se distancia dele para manter o controle do petróleo. Exigimos do governo Dilma que rompa relações com a ditadura de Kadafi e apóie o povo rebelado.

To do ap oio à re vo lu çã o ár ab e! Fo ra Ka da fi o Abaixo a intervençã do imperialismo

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