Boletim nacional
Edição 40 - setembro.2011
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
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Aumentos salariais já! Se a economia cresceu, os trabalhadores querem o seu!
Contra a política econômica de arrocho e privatizações do governo Dilma! Todos sabem que os salários dos trabalhadores são baixos. No fim do mês é um sofrimento, com as contas vencendo e o dinheiro não alcançando. O que muitos não sabem é o tamanho do lucro dos patrões. Grandes empresas só gastam entre 5 e 8% do faturamento com salários. Por isso têm lucros altíssimos. Uma parte importante dos trabalhadores está agora em campanha salarial: metalúrgicos, construção civil, bancários, petroleiros, trabalhadores dos Correios, funcionários públicos e outros. As grandes empresas e estatais, com lucros gigantescos, não têm motivo para negar aumentos salariais dignos. Patrões e o governo usam crise internacional para arrochar mais os salários O governo e as empresas estão tentando convencer os trabalhadores de que não é hora de aumentos salariais por causa da crise internacional que está se agravando. Isso não é verdade. O Brasil não está em crise nesse momento. A economia segue crescendo, menos que no ano passado, mas ainda crescendo. E as grandes empresas seguem lucrando muito. Estudo mostrou que só no primeiro semestre de 2011, tiveram um aumento dos lucros de 30%. Ou seja, bem mais do que a maioria das reivindicações salariais dos trabalhadores. O governo Dilma fala da crise internacional para congelar o salário do funcionalismo. Só aceita a reposição das perdas com a inflação, sem aumento real aos trabalhadores das estatais. Não tem motivo: o crescimento econômico aumenta a cada dia o valor arrecadado com impostos. No primeiro semestre foi 14% maior que no ano passado. Por uma política econômica a serviço dos trabalhadores Dilma já fez um corte no orçamento federal de R$ 50 bilhões no início do ano, agora aumentado para R$ 60 bilhões. Isso signi-
Exigimos do governo Dilma: Aumentos salariais já! Não a política econômica do governo! Frente à crise econômica internacional, trabalhadores não podem pagar a conta. Nenhum centavo a mais para os bancos e grandes empresas! Não pagar as dívidas interna e externa! Estatização do sistema financeiro! fica menos verbas para educação, saúde e moradia. Agora usa a crise mundial como desculpa para barrar a PEC 300 (que assegura piso nacional a policiais e bombeiros), e a Emenda 29, que daria mais recursos à Saúde. A política econômica de Dilma é economizar dinheiro que seria utilizado em gastos sociais e salários para dar mais dinheiro para os bancos e grandes empresas. Já anunciou isenção de impostos no plano Brasil Maior de R$ 25 bilhões. Aos bancos vai pagar nesse ano a inimaginável quantia de R$ 954 bilhões. Dilma fez campanha eleitoral contra as privatizações do PSDB. Agora privatizou os aeroportos e está privatizando os Correios,
através da criação da Correios SA. O PT e PCdoB ajudaram o governo a votar a privatização dos Correios no Congresso. Temos de exigir de Dilma uma política econômica a serviço dos trabalhadores agora que o país não está em crise. E que sirva também quando a crise econômica internacional afetar o país. Não é possível entregar quase metade do que o país arrecada em impostos aos banqueiros. A dívida pública está consumindo 49,15% do orçamento de 2011 e vai tomar 47,9% em 2012. É possível investir todo esse dinheiro em projetos de interesse do povo como habitação popular. É preciso estatizar o sistema financeiro para evitar que aconteça no Brasil a crise que já ocorre em outros países. Com os bancos estatizados pode-se oferecer crédito aos trabalhadores com juros baixos como o BNDES oferece a grandes empresas, de 8% ao ano. Muitos trabalhadores acreditam no governo. É importante que comparem a ajuda que Dilma dá às grandes empresas e para os trabalhadores. As categorias agora em campanha salarial devem observar de que lado estará o governo: do lado das empresas ou dos trabalhadores? Não se pode confiar nos patrões, não se pode confiar em um governo que apóia os patrões.
Dinheiro para banqueiros não...
10% do PIB já para a educação! Não é possível continuar com a situação das escolas públicas no país. A Fala Amanda Gurgel educação Professora do Rio Grande do Norte só é prioridade nas propagandas dos governos. A realidade é dura: escolas caindo aos pedaços e superlotadas, professores ganhando pouco e trabalhando muito. Isso acontece porque os governos fazem o país trabalhar para dar dinheiro aos banqueiros. Em 2011, Dilma vai gastar R$ 954 bilhões do Orçamento com o pagamento aos banqueiros da dívida
pública e só R$ 56 bilhões com a educação. Ou seja dá para os bancos 17 vezes mais que para a educação. Essa dívida pública não é legítima. Não foram os trabalhadores e o povo brasileiro que a fizeram, mas somos nós que temos de pagar. É dívida de agiota, que aumenta a cada dia, mesmo pagando cada vez mais. Já foi paga inúmeras vezes, mas fica cada vez maior. O país não pode continuar assim, com os banqueiros cada vez mais ricos e a educação pior a cada dia. É por isso que professores e estudantes, organizados no Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre), CSP-Conlutas e muitos sindicatos de todo o país estão
fazendo uma camA campanha panha nacional por pelos 10% do 10% do PIB já para a PIB já para educação pública. a Educa ção Uma medida vai realizar como essa poderia mudar radicalmente um plebiscito a situação da edupopular cação pública no país, ao multiplicar a verba dedicada ao setor. O país tem condições de fazê-lo. Basta lembrar que isso significa R$ 367 bilhões, ou seja, bem menos do que a metade do dinheiro dado a banqueiros. Em novembro, a campanha pelos 10% do PIB já para a educação fará um plebiscito popular sobre o tema, para que a população diga se prefere dar dinheiro a banqueiros ou investir na educação.
Internacional
O povo líbio derrubou Kadafi. É necessário expulsar o imperialismo A ditadura sanguinária de Kadafi , que oprimia o país há 42 anos, foi derrubada pelo povo líbio. O ditador era aliado das multinacionais, a quem entregou o petróleo. No início do ano, como parte das grandes mobilizações árabes que já derrubaram ditaduras no Egito e na Tunísia, o povo líbio se rebelou violentamente contra Kadafi. Os governos imperialistas mudaram de lado, para parecer “defensores da democracia”. Na verdade sempre apoiaram as ditaduras da região. Agora que o povo líbio derrubou Kadafi, não pode permitir que o imperialismo siga dominando o país, que as multinacionais voltem a controlar seu petróleo. Por um governo dos comitês populares que derrubaram Kadafi! Nenhuma confiança em qualquer governo aliado da OTAN. Fora o imperialismo da Líbia!
TOME PARTIDO, FILIE-SE!
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