Linha do tempo: A trajetória de um operário que não mudou de lado

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Apresentação José Maria de Almeida nasceu em Santa Albertina, interior de São Paulo, em 1957. Com 20 anos, foi estudar na Fundação Santo André, no ABC. De dia trabalhava como metalúrgico. “Eu era calouro de Matemática, mas fui assistir a um debate na calourada de Sociologia”, lembra. “Fiquei ali, sem entender muita coisa”, diverte-se. Até que o orador começou a falar dos operários, da exploração nas fábricas... “Isso aí eu entendia. Acabei conhecendo o pessoal, que era da Liga Operária”, conta Zé Maria. www.zemariapresidente.org.br


1977

Zé Maria já era próximo ao grupo trotskista e foi convidado a distribuir o boletim “Faísca”, para o 1º de Maio. “Fui preso na minha primeira panfletagem”, lembra. Eles ficaram 30 dias na cadeia e a campanha pela libertação motivou as primeiras passeatas dos estudantes contra a ditadura.

1978

Zé Maria já era próximo ao grupo trotskista e foi convidado a distribuir o boletim “Faísca”, para o 1º de Maio. “Fui preso na minha primeira panfletagem”, lembra. Eles ficaram 30 dias na cadeia e a campanha pela libertação motivou as primeiras passeatas dos estudantes contra a ditadura.


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Lula e ZĂŠ Maria dĂŁo entrevista


1980

Preso com Lula e mais 10 sindicalistas, Zé Maria é enquadrado na Lei de Segurança Nacional e fica mais de um mês preso.

1984

Muda para Minas Gerais, onde participa da vitória da chapa de oposição, dirigida pela Convergência Socialista, no Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem.

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1989

Zé Maria lidera a greve com ocupação da siderúrgica Mannesman. Durante sete dias, centenas de operários controlaram a empresa. Em uma greve radicalizada, os operários usavam barras de ferro e, encapuzados, esperavam a polícia. A greve foi notícia nacional e permitiu a fundação da Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, naquele ano.

1992

Com a Convergência, é expulso do PT por levar a campanha do Fora Collor, que, então, a maioria da direção do PT era contrária. Zé Maria é um dos fundadores do PSTU, dois anos depois.


Zé Maria lidera greve de operários na Mannesman. Imagem tirada de vídeos da época www.zemariapresidente.org.br


Lula e Zé Maria dão entrevista

1995

Na Executiva Nacional da CUT, esteve à frente dos grandes enfrentamentos contra FHC, como a greve dos petroleiros. E nos anos seguintes, na greve do funcionalismo, em apoio aos sem-terra e contra as privatizações.


1998

É candidato à Presidência da República pelo PSTU, com o lema “Contra burguês, vote 16” www.zemariapresidente.org.br


1999

Participa da preparação da marcha dos 100 mil em Brasília, onde coloca em votação a proposta de Fora FHC e o FMI.

2000

É preso e agredido na forte repressão da polícia de ACM e FHC, contra a marcha Brasil Outros 500, em Porto Seguro (BA).


Zé Maria é preso pela polícia de ACM www.zemariapresidente.org.br


2002

Candidato a presidente, oferece uma alternativa a Lula e Serra, que haviam assinado protocolo de intenções com o FMI. O PSTU põe a campanha a serviço da denúncia da Alca, que iria transformar o país em uma colônia dos EUA. O partido sai fortalecido, e Zé Maria recebe 440 mil votos. Lula é eleito. O PSTU adverte que, sem romper com a Alca e o FMI, Lula não iria governar para os trabalhadores.

2003

No primeiro ano do governo Lula, Zé Maria participa ativamente da greve dos servidores contra a reforma da Previdência.


Marcha Ă BrasĂ­lia contra a reforma da previdĂŞncia www.zemariapresidente.org.br


Foto 16 de junho marcha a brasĂ­lia

ZĂŠ Maria ĂŠ um dos principais dirigentes da marcha contra as reformas de Lula


2004

Entrega seu cargo na Executiva Nacional da CUT e defende a necessidade de uma nova direção para o movimento sindical brasileiro. É um dos organizadores do Encontro em Luiziânia (GO). Em 16 de junho, é um dos principais dirigentes da marcha da Conlutas a Brasília, contra as reformas de Lula e do FMI.

2005

Explode escândalo do “mensalão”. Em agosto, Zé Maria é um dos líderes da marcha em Brasília. www.zemariapresidente.org.br


2006

O Conat aprova a fundação oficial da Conlutas. Em junho, ato lança a Frente de Esquerda (PSOL-PSTUPCB), com Heloísa Helena. A frente tenta ser uma alternativa aos dois blocos, de Lula e de Alckmin. Zé Maria é proposto para vice, refletindo o peso do PSTU. No entanto, o PSOL, de forma hegemonista, aprova vice próprio.

2007

No 8 de março, o Dia Internacional das Mulheres é também de luta contra a presença de Bush. Ele foi recebido por Lula enquanto, na Av. Paulista, a tropa de choque atacava barbaramente os manifestantes, ignorando os protestos de Zé Maria, do carro de som. Em junho, uma caravana da Conlutas viaja ao Haiti, exigindo a retirada das tropas. Essa será uma das principais campanhas da Conlutas.


Conat, congresso que funda a Conlutas www.zemariapresidente.org.br


Zé Maria fala no Seminário de Reorganização sindical


2008

Em abril, participou do I Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas. Em maio, foi preso na Parada GLBT de SP. A pedido da organização, a PM retirou o carro da Conlutas, espancando ativistas. “A marcha é uma manifestação contra a intolerância e foi proibida nossa participação”, disse Zé Maria. Em julho, ocorreu o II Congresso da Conlutas, em Betim (MG). Representantes de diversos países, incluindo o Haiti, participam do Elac.

2009

Israel invade Gaza. Zé Maria e o PSTU usam o programa de TV para denunciar. A crise capitalista provoca milhares de demissões. Zé Maria denuncia que o presidente da CUT sabia das demissões na Embraer. Em janeiro, participa de ato em Itabira, com trabalhadores da Vale. Em novembro, é um dos principais organizadores do Seminário de Reorganização, que marca congresso para 2010 e pode significar a unidade de Conlutas e Intersindical. www.zemariapresidente.org.br


2010

Em março, Zé Maria visita o Haiti após o terremoto que devastou o país. Ele esteve nos acampamentos de desabrigados, conversando com as vítimas. Como pré-candidato do PSTU à presidência da República, um dos pontos de seu programa é a retirada das tropas de ocupação do país caribenho. Em junho, Zé Maria, dirigente da Conlutas participa do congresso de unificação entre esta central, a intersindical e outras entidades dos movmentos sociais.


ZĂŠ no haiti

ZĂŠ Maria depois de palestras e reuniĂľes com trabalhadores no Haiti, conversa com desabrigados nos acampamentos www.zemariapresidente.org.br


PRESIDENTE


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