Publicação da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional
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Nova Época, Número 95, Março de 2002
A primeira derrota da ofensiva imperialista pode acontecer no Oriente Médio
A Intifada põe em xeque a ofensiva imperialsionista Sharom intensificou os ataques, mas a Intifada reage
JOSÉ WEIL, de São Paulo
E
m 27 de setembro de 2000, 8 anos após o começo das ‘conversações de paz’, irrompia a nova Intifada. Barak havia tentado, como seus antecessores trabalhistas, impor aos palestinos um ‘acordo de paz’ que significava a completa dependência econômica, militar e política, mais miséria, desemprego e o confinamento nos bantustões reservados a eles em Oslo. Essa situação insustentável apesar dos esforços da direção colaboracionista de Arafat
levou à eclosão da segunda Intifada. O fracasso de Barak em conter a Intifada levou a uma crise política no Estado sionista e à eleição de Sharon, o mesmo que provocou a rebelião palestina com sua visita à mesquita de Al Aqsa, cercado de militares. Após sua posse, este conhecido criminoso de guerra, que prometia ‘segurança’ aos israelenses, tratou de partir para a repressão generalizada e assassinatos seletivos de lideranças e dos grupos palestinos rebeldes, buscando dobrar o povo palestino pelo terror. Agora é o próprio Sharon que está ameaçado, ao fracassar sua estratégia, pela continuação e ampliação da heróica resistência palestina e devido às divisões que esta provoca no interior de Israel.