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Câmara promove “revolução” nos transportes públicos NOVAS LINHAS, MAIOR COESÃO TERRITORIAL E METADE DA FROTA ELÉTRICA
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COVID-19
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RUA TEIXEIRA PASCOAIS, Nº211 JUNTO AOS CTT
TRÂNSITO CONDICIONADO NO CENTRO P.08 CULTURA
Feira Afonsina regressa ao Centro Histórico P.22 CONCELHO
Mascotelos: “caos” no acesso à escola primária P.13
Câmara encerra espaços públicos. Hospital de Guimarães suspende visitas e dezenas de eventos cancelados. P.04 e 05
POLÍTICA
PCP celebra 99 anos a pensar no centenário P.07 Ricardo Costa: “Sou uma pessoa muito verdadeira”
FUTEBOL
Próximos jogos da I e II Liga à porta fechada MOREIRENSE VENCE NOVAMENTE E JÁ LEVA SEIS JOGOS SEM PERDER P.19
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ELEIÇÕES PARA A DISTRITAL SUSPENSAS
VITÓRIA TRAZ TRÊS PONTOS DE PAÇOS DE FERREIRA P.18
CLUBE OPERÁRIO DE CAMPELOS COM CAMPO DE JOGOS RENOVADO P.10 José João Torrinha O medo alimenta a ignorância que redunda em ódio”
Já somos 45.504 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes
Mariana Silva O caminho mais importante a fazer é a sensibilização para a causa animal”
António Rocha e Costa Com cabeça fria, devemos tomar todas as cautelas”
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
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Ricardo Jorge Castro Silvares ganha um novo e irreversível fulgor”
MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
ARTIGO DE OPINIÃO
Silvares, a Nova Centralidade de Guimarães Covid-19 No fecho desta edição do Jornal, em Portugal estavam contabilizados 41 indivíduos com teste positivo ao vírus COVID-19, com especial incidência em dois concelhos próximos a Guimarães: Felgueiras e Lousada. No concelho ainda não há registo de infetados, mas estaremos certamente a horas de isso se verificar. Na evolução da epidemia, a maioria dos casos registados em Portugal tem origem em Itália, país com 60 milhões de cidadãos que foi colocado na segunda-feira de quarentena até dia 03 de abril, e tem o registo de mais de 630 mortos (168 nas últimas 24 horas). Portugal está, neste momento, a adotar medidas de prevenção e contenção da transmissão da doença, a elevar o grau de risco e a alterar procedimentos. Tendo consciência da real gravidade deste problema, que, segundo a Organização Mundial de Saúde é expectável que se propague a nível mundial, sem alarmismos, adotemos algumas medidas preventivas alterando, simultaneamente, alguns dos nossos comportamentos. Limitar a sua propagação está nas mãos de cada um de nós! Vamos a isso? Há alguns cuidados básicos
que o podem proteger a si e aos outros, nomeadamente: Lave frequentemente as mãos, com água e sabão ou use solução à base de álcool; Quando espirrar ou tossir, tape o nariz e a boca com o antebraço ou com lenço de papel. Logo após, deite o lenço no lixo; Lave as mãos sempre que assoar, espirrar ou tossir; Restrinja os contactos sociais, como aperto de mãos ou beijos; Caso tenha regressado de uma área afetada, evite contacto próximo com outras pessoas. Recordo também que os principais sintomas da doença são a dificuldade respiratória, febre e tosse, e que, caso identifique algum destes sintomas deverá, primeiramente, ligar para o serviço saúde 24, pelo 808 24 24 24 e seguir as recomendações. Termino com uma palavra de encorajamento para todos, num momento em que nos achamos num “stress coletivo” mas sobretudo para os profissionais de saúde que estarão lá, nos centros de saúde e nos hospitais, na primeira linha, a esforçarem-se ao máximo por resolverem os nossos problemas, mesmo que isso signifique correrem um grande risco de se verem infetados. Para vós, um abraço, bem hajam.
Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal” “Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das instituições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015 Mais Guimarães - O Jornal - Semanário · Tiragem 4.000 Exemplares Proprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138 Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912 Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – Guimarães Email geral@maisguimaraes.pt Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto Sampaio Registado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735 Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Impressão e Acabamento Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte S.A. / EN 14 (km 7.05) Lugar da Pinta - Apartado 1221 - 4471-909 Maia T 229 411 085 Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael Gomes Departamento Comercial Eliseu Sampaio Colunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir Brito Fotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.
Silvares, uma freguesia às portas da cidade que não acompanhou o crescimento de freguesias vizinhas; umas foram absorvidas pela cidade e outras, em nosso redor, desenvolveram os seus centros urbanos e transformaram-se em vilas (Pevidém, Ponte e Brito). Durante as últimas décadas do Século XX, vários fatores – internos e externos – contribuíram para esse estado de subdesenvolvimento, entre quais destacaríamos os seguintes: • Desde logo, o facto de Silvares ser uma freguesia historicamente rural, constituída por grandes Quintas Agrícolas, cujos proprietários sempre se negaram a vender ou a investiram nos anos de forte crescimento imobiliário; • Enorme impacto, tiveram também os traçados das autoestradas A7 e A11 que, além de esquartejar a freguesia, criaram indefinição durante os largos anos em que foram alvo de estudo e, à posteriori, promoveram a especulação imobiliária que tornaram o terreno em Silvares só acessível a grandes investidores; • Consequentemente, com um reduzido e disperso investimento habitacional – sem um único núcleo urbano (bairro) – o desenvolvimento do pequeno comércio foi ficando comprometido. Então, com o virar do Século, começou a ser falada a denominada “Nova Centralidade de Silvares”, uma centralidade com cariz marcadamente comercial e de lazer, deixando de parte, mais uma vez, qualquer investimento de índole habitacional. Por agora, o rosto da Nova Centralidade é o espaço comercial inaugurado em 2009 e a zona de lazer construída posteriormente, tudo isto em terrenos da antiga Quinta de Adão. Entretanto, durante vários anos, a crise económica veio interromper o desenvolvimento deste projeto e, só agora, é que se vislumbra a sua verdadeira retoma. Já em curso, encontra-se o empreendimento privado do Monte das Teixugueiras que, para além da criação de mais uma grande superfície comercial, irá disponibilizar uma verdadeira alternativa ao trânsito automóvel, com a ligação entre as rotundas do Pinheiro Manso e a Rotunda da Decathlon. Como é sabido, por estes dias, vão também arrancar as obras do desnivelamento da rotunda da autoestrada, obra absolutamente estruturante, não só para a nossa freguesia mas essencialmente
para o concelho. Ainda a nível da mobilidade, irá arrancar, a breve prazo, uma outra obra com grande relevância para a nossa freguesia, com a criação de um novo acesso à freguesia de S. Martinho de Candoso, através da ligação entre a rotunda de Mouril (em frente à Renault) e a nova rotunda do Reboto. Ainda no capítulo das infraestruturas viárias, entendemos como absolutamente necessária e estruturante a criação de uma ligação entre a rotunda localizada nas traseiras do Espaço Guimarães e a Rua da Gandra, por forma a retirar grande parte do trânsito automóvel da rotunda do Pinheiro e, simultaneamente, criar um acesso direto ao parque de lazer de Ardão que, em nosso entender, está “de costas voltadas” para metade da freguesia de Silvares. De salientar que este é um projeto que está em estudo e do qual esperamos um parecer favorável por parte do Município de Guimarães. Por fim, no que toca a grandes obras, fazer referência a mais um grande empreendimento privado que nascerá em breve em Silvares (parte norte/nascente), onde está projetada uma área de pavilhões industrias, suportados pela criação de uma nova e também muito importante via que ligará a Rua da Gandra (com a criação de uma rotunda no cruzamento com a Rua da Costa) ao cruzamento da Rua do Corgo com a Rua de Santa Apolónia (traseiras da Mercedes). Estas são, de facto, boas notícias não só para Silvares como também para todo o concelho de Guimarães mas, nunca será demais lembrar que estes próximos tempos, enquanto durarem as obras, serão tempos difíceis, de muitos incómodos e constrangimentos, principalmente para nós Silvarenses, a quem desde já peço e agradeço a melhor compreensão. Mas, nada faria sentido se estas grandes e estruturantes obras não garantissem um desenvolvimento equilibrado da freguesia, respeitando sempre a nossa identidade e não se traduzissem na melhoria de qualidade de vida dos nossos concidadãos. Sempre com esse objetivo em mente, e de forma articulada com a Câmara Municipal de Guimarães, estamos a trabalhar vários projetos, como sendo: • Requalificação do Centro Cívico de Silvares, um projeto ambicioso que visa todo um reordenamento do eixo compreendido entre a atual Escola Social (rotunda dinhei-
ro Manso), passando pela zona envolvente à Igreja e Rua dos Cavalhais, até à atual Sede da Junta; • Não menos importante, é o trabalho que está a ser desenvolvido na área social, para apoio às nossas crianças e idosos, designadamente com a criação de valências socias como a Creche, Centro de dia e Apoio Domiciliário, sem esquecer a Escola da Teixugueira que carece ainda de alguns melhoramentos; • Numa fase posterior, colocar-se-á a necessidade de requalificação de outros arruamentos, nomeadamente os que estão ou vão ser envolvidos nas obras acima mencionadas e que, muito naturalmente, vão sair extremamente degradados, como são os casos das Ruas Padre António Ribeiro, da Igreja, Ponte Nova, Abílio Mendes, Capitão Salgueiro Maia, Carvalhais, Grandra e outra que venham a sair deterioradas em virtude das alternativas que, forçosamente, terão que ser agora pensadas e criadas; • Simultaneamente, fazer a promoção da mobilidade suave, criar acessibilidades e zonas de lazer e devolver o Rio Ave às populações; • Por fim, não obstante a freguesia apresentar cada vez mais um cariz essencialmente comercial/industrial, nunca poderemos perder de vista a promoção de habitação para que os nossos jovens se possam fixar na freguesia. Silvares ganha, assim, um novo e irreversível fulgor e será muito em breve absorvida pela cidade, fazendo a ligação desta ao Rio Ave. Chegou a hora de Silvares se afirmar como a “Nova Centralidade de Guimarães”. •
Ricardo Jorge Carvalho Castro Empresário Histórico de forte envolvência associativa em várias instituições da freguesia Presidente da Junta de Silvares desde outubro de 2017
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O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
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Uma oportunidade única para aprender e crescer no mercado de trabalho © Mais Guimarães
34 alunos, de um total de três escolas, chegaram no passado fim de semana a Guimarães, no âmbito do programa Erasmus+, para uma experiência que promete mudar as suas vidas.
Intermediar as necessidades de formação de jovens do ensino profissional e a sua integração nas empresas da região e na cultura Portuguesa é o mote da Arts & Skills, que, desde 2016, colabora com escolas Europeias na organização, acolhimento e acompanhamento destes jovens. No primeiro fim de semana de março, chegaram à cidade berço 34 alunos, das escolas Institut Notre Dame du Sacré Coeur, Institut Saint-Joseph Jambes, Centre d’enseignement libre S2J e Athénée Royal Leonardo da Vinci, espalhadas por várias cidades da Bélgica. Os jovens alunos vão estagiar nas seguintes áreas: Estética, Design de Moda, Apoio à Família, Confeção e Mecânica Automóvel. Entre janeiro e fevereiro estiveram igualmente em Guimarães, ao abrigo do programa da Arts & Skills, 22 alunos provenientes das escolas Institut Maris Stella e Athénée Royal Evere, nas áreas de formação de Animação Sociocultural e Eletricidade, respetivamente. No dia 01 de março chegaram também a Guimarães cinco alunos da escola Athénée Royal de la Rive Gauche, para estagiarem na área de Eletricidade/Automação. O estilista Miguel Oliveira, cujo
atelier se situa na Av. D. João IV, junto ao centro da cidade, vai acolher estagiários pertencentes a este programa pela terceira vez e o entusiasmo é grande: “É uma troca de culturas muito grande. No início estava reticente porque não falo muito bem inglês nem francês, mas no fundo não é necessário. Tem sido gratificante. No ano passado tive duas alunas que já lhes disse que se quiserem vir para Portugal trabalhar, eu abro-lhes as portas”. Miguel Oliveira considera que o nível de formação destes alunos é bom, o que facilita a integração nas empresas: “Estes alunos aplicam-se muito e vêm com uma preparação muito grande”, conclui o estilista, em declarações ao jornal Mais Guimarães. No Hotel de Guimarães, as alunas foram integradas no Spa. Para o diretor daquele espaço, Tiago Gonçalves, os estágios beneficiam as duas partes: “Eu penso que, no que toca aos alunos, eles vêm com muitos conhecimentos teóricos, mas falta dinâmica do dia a dia no mercado de trabalho. Para nós, ter que dar formação a alguém, obriga-nos também a aprender”. Em pleno Centro Histórico de Guimarães, enquanto se tiravam as fotografias de grupo, a professora Florence Beghuin confessa que a aprendizagem e a autono-
mia serão os maiores desafios para os alunos: “Estarão fora de casa, apanham o autocarro, têm que cozinhar, gerir os problemas da casa e o seu dinheiro. Vai ser uma experiência muito enriquecedora para o futuro de todos os alunos”, afirma.
Ultrapassar as barreiras linguísticas e as diferenças técnicas Já as alunas Bernardette Louis e Alice Hayard, chegam à cidade berço com a expetativa de “conhecer a cultura regional e aprender coisas novas”, ultrapassando as “barreiras linguísticas e as diferenças técnicas”. Apesar de estarem em Guimarães há poucos dias, já visitaram o centro histórico, o castelo e o Paço dos Duques, os principais pontos turísticos da cidade. Os momentos de lazer fazem também parte do programa que a Arts & Skills prepara para estes estudantes estrangeiros. Para além das visitas culturais à cidade e à região para conhecerem a cultura Portuguesa, têm atividades lúdicas e de desporto para fomentar a interação e o trabalho em grupo. •
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DESTAQUE
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COVID-19
O normal desenrolar dos dias à mercê de um vírus Espaços públicos fechados, atendimentos limitados e a preocupação global com um novo coronavírus que vira o quotidiano do avesso. Em Guimarães, há vários espaços encerrados e há quem já sinta, no negócio, o decréscimo de clientes. Esta é uma questão que não é só de saúde. • NRG e MO
© Mais Guimarães
Ao fecho desta edição, eram mais de 118 mil os infetados pelo novo coronavírus em todo o mundo. Na China continental, o número total é de mais de 80 mil. Isto não quer dizer que existam 80 mil pessoas infetadas: desses casos, mais de 47 mil foram recuperados. Por outro lado, registam-se, em território chinês, mais de 3 mil mortes. A nível europeu, o pior cenário é o italiano: para cima de 600 mortes, com mais de 10 mil infetados e cidades em quarentena. A vizinha Espanha regista já 35 mortes, mais duas do que a França. No Irão, quase 300 pessoas morreram — dessas, mais de 40 por intoxicação por álcool adulterado, pensando que a bebida iria exterminar o vírus. Por cá, o número de infetados também tem subido todos os
dias. São já mais de 40 e ainda não há recuperados. Mais de 600 encontram-se sob vigilância por contacto com infetados; 83, até ao fecho da edição, aguardavam pelo resultado de análise. O acompanhamento feito pela Linha Saúde 24, que se tem revelado insuficiente face às dúvidas e receios dos portugueses, foi reforçado: agora, existe uma triagem exclusivamente dedicada ao Covid-19. O surto do novo coronavírus levou à tomada de medidas restritivas para conter a propagação do mesmo, fechando e condicionando o acesso a serviços públicos, instituições de ensino, e levando ao adiamento ou cancelamento de eventos. Em Guimarães, apertou-se o cerco ao novo coronavírus. As eleições para a Federação Distrital do PS de Braga e do Porto foram suspensas. •
Equipamentos públicos encerrados A Câmara Municipal de Guimarães informou, via comunicado de imprensa enviado às redações, o encerramento de diversos equipamentos públicos como forma de medida preventiva para conter a propagação do novo coronavírus. As medidas entram em vigor esta quarta-feira, mantendo-se até 05 de abril. O quadro está em “permanente avaliação”. Assim, no que diz respeito aos equipamentos culturais, as portas da Biblioteca Municipal Raul Brandão e respetivos polos estarão fechadas. Por outro lado, da parte d’ A Oficina, estão encerrados o Centro Cultural Vila Flor, a Casa da Memória de Guimarães, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e a Loja Oficina. O Curtir Ciência – Ciência Viva de Guimarães, também está fechado. Antes do encerramento provisório das instalações da responsabilidade d’ A Oficina, o departamento de comunicação e marketing da cooperativa explicou, ao Mais Guimarães, que todos os espaços obedeciam ao “mesmo plano”. Todos os espaços, incluindo os que se situam noutras freguesias do concelho que não as centrais, dispõem de áreas de isolamento. Quanto aos espetáculos que, entretanto, foram cancelados, A Oficina garante que “o reembol-
so do valor dos bilhetes é sempre garantido”. As piscinas municipais, os pavilhões Multiusos, INATEL e Academia de Ginástica também encerram, estando também aplicada a restrição de qualquer utilização externa dos pavilhões escolares. Todos os eventos, atividades e projetos municipais “que potenciam a concentração de pessoas” foram suspensos, bem como as feiras no território vimaranense. Canceladas estão também todas “as visitas de lazer, turismo ou de âmbito cultural ao edifício da Câmara Municipal”. Já no que diz respeito aos serviços da Câmara Municipal de Guimarães, o comunicado apela a que os munícipes apenas os procurem para “situações urgentes”, privilegiando o contacto telefónico ou via e-mail, existindo ainda a possibilidade de entrarem em contacto através do Balcão Virtual. Em São Torcato, o cenário é semelhante. Apesar de seguirem as indicações da DGS, as freguesias podem adicionar as suas próprias medidas. . A Junta de Freguesia anunciou “restringir o atendimento presencial” na sua sede ao longo das próximas duas semanas, “nomeadamente nos serviços administrativos, GIP e espaço cidadão”. “O atendimento realizar-se-á preferencialmente
por telefone, email ou redes sociais, podendo apenas ser presencial em casos urgentes e de entrega ou receção de documentos ou apresentações obrigatórias”, lê-se ainda no comunicado enviado. A próxima reunião de câmara, que seria descentralizada (em Selho São Lourenço/ Gominhães), realizar-se-á, como de habitual, na sala de reuniões dos Paços do Concelho. Quanto às escolas, a câmara apela ao cumprimento das medidas determinadas pela Direção-Geral de Saúde e pelo Ministério da Educação. “Recomenda-se as medidas de distanciamento social, medidas de higiene das mãos e etiqueta respiratória, em todas as circunstâncias, que incluam aglomerados de pessoas de qualquer dimensão”, refere o mesmo comunicado. Até ao fecho desta edição, não se sabia, ainda, de nenhum encerramento provisório de alguma das escolas vimaranenses. Com o plano de contingência aplicado na Câmara Municipal de Guimarães desde o dia 06 de março, o comunicado refere que as medidas serão reforçadas. Todas as viagens nacionais e internacionais de funcionários ou responsáveis políticos do município serão canceladas e as reuniões presenciais serão limitadas. •
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O Hospital da Senhora de Oliveira de Guimarães (HSOG) divulgou, na segunda-feira passada, uma “atualização de informação de medidas restritivas e preventivas” no sentido de conter a propagação do Covid-19. De acordo com a nota emitida, as visitas mantêm-se suspensas, como já tinha sido anunciado, mas há exceções. No serviço de Pediatria, o HSOG permite a permanência de um acompanhante por criança; já no que diz respeito ao serviço de Obstetrícia, “o pai do recém-nascido pode permanecer junto da mãe”. “Outros casos excecionais serão devidamente orientados”, refere a mesma nota. Quanto aos agentes externos, o HSOG divulga que “as visitas de empresas farmacêuticas e dispositivos médicos” ao hospital estão suspensas, “bem como outros promotores”. “Todas as pessoas autorizadas a entrarem no internamento do Hospital serão submetidas a um rastreio epidemiológico efetuado por um enfermeiro que se encontra na entrada principal”, lê-se ainda. Os doentes internados devem
© Mais Guimarães
E a saúde? identificar um contacto privilegiado que receberá, diariamente, informações via chamada telefónica. Finalmente, e no que diz respeito às consultas externas e ao funcionamento diário do hospital, o HSOG apela a que “os utentes que estiveram em regiões de risco (dentro ou fora do país) e tiverem marcação de consulta externa/hospital de dia devem, previamente, contactar com o SNS 24 antes de se dirigirem ao HSOG”. Só em casos de necessidade é que os utentes poderão fazer-se acompanhar por uma pessoa, no máximo, às consultas. “Os utentes deverão cumprir escrupulosamente os horários das consultas, para que assim se evite aglomerados de pessoas nas salas de espera”, conclui o comunicado do HSOG. Nas farmácias vimaranenses, e como já tínhamos noticiado na edição passada, tanto as máscaras como os desinfetantes encontram-se esgotados, havendo muita dificuldade para repor stocks: os armazéns também se encontram limitados. •
A situação nos hotéis e agências de viagens A preocupação geral e as restrições espelham-se no turismo vimaranense. “Tem afetado e temos tido alguns cancelamentos, já que trabalhamos muito com o mercado internacional. Mas é algo a curto prazo”, conta Cidália Castro. A diretora do Santa Luzia Arthotel garante que a unidade hoteleira tem seguido as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS), havendo espaços preparados para “isolamentos e procedimentos a tomar”, bem como um “reforço na limpeza e nas informações transmitidas” aos clientes. Os turistas, diz Cidália Castro, “estão informados e tranquilos” . Já segundo as respostas da Administração da Stay Hotels,
que detém o Stay Hotel Guimarães Centro, não se registou, “até à data, uma quebra significativa nas reservas para a cidade, nem é possível associar o número de cancelamentos ao surto de Covid-19”. A mesma fonte adianta que está implementado um Plano de Prevenção e Contingência “que prevê a formação e sensibilização dos seus colaboradores”. “Na receção do hotel também já foi colocado um folheto informativo sobre a doença, em zona visível à chegada”, refere a administração. Tanto um como outro hotel referem que as soluções antisséticas de base alcoólica estão já disponíveis em pontos “estratégicos”.
Noutro ponto de vista, Sandro Gomes, gerente da agência Guimarães Viagens, diz não notar nenhum decréscimo na venda de viagens para o estrangeiro. Ainda assim, nota que os destinos mais afetados pela propagação do coronavírus poderão vir a ser cada vez menos escolhidos, como o “norte de Itália, a China, a Coreia do Sul ou o Japão”. “É um pouco cedo, neste momento não é época alta de lazer”, diz Sandro Gomes. Contudo, o gerente daquela agência não nega que poderá vir a sentir uma quebra no negócio quando chegar a altura típica de marcação de férias. Quanto a cancelamentos, o cenário é idêntico. •
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EM GUIMARÃES
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Ricardo Costa: “Tenho ética em tudo que faço. Se não estiver assim na política, prefiro morrer sozinho” © Mais Guimarães
Ricardo Costa, vereador na Câmara Municipal de Guimarães e candidato à presidência da Federação Distrital do Partido Socialista, em entrevista ao Mais Plural. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. •
Mais Guimarães (MG): Decide avançar, certamente, com um grande desafio para a sua vida política, que é esta candidatura à presidência da distrital de Braga do Partido Socialista. Quando e por que decide avançar com esta candidatura? Ricardo Costa (RC): Fui desafiado por várias pessoas do distrito para ser candidato a presidente da Federação Distrital de Braga. Decido partindo do pressuposto de que quando estamos na política em prol do bem comum, em prol de uma comunidade, em prol de um distrito… percebo que, efetivamente, o distrito de Braga tem que mudar. Tem que mudar porque, efetivamente, os últimos anos no distrito de Braga não têm sido positivos, para não dizer que foram negativos para o Partido Socialista. Em 14 concelhos, somos poder apenas em quatro. E desses quatro, dois foram impostos pela direção nacional do Partido Socialista. Nas últimas eleições autárquicas, tivemos seis listas independentes de pessoas dissidentes do Partido Socialista. Daquilo que posso dizer é que se há marca desta Federação que o Partido Socialista tem no distrito de Braga é uma marca de divisão. É uma divisão constante por estes concelhos fora. Não podemos promover a divisão. A minha candidatura, como percebe e como se pode avaliar, é uma candidatura de construção, de agregação, de unidade. Para além de tudo isto, é uma candidatura que tem uma estratégia. Quando nos lembramos do Partido Socialista em Braga temos que nos lembrar de marcas, seja de dimensão eco-
nómica, social, desportiva ou de mobilidade. Tenho andado pelo distrito fora a apresentar a nossa moção de estratégia. Uma moção que foi construída com todos, com os militantes, com os simpatizantes e com alguns especialistas em áreas muito importantes, nomeadamente da Inteligência Artificial e da Economia. O Partido Socialista no distrito de Braga tem que ser capaz de construir uma estratégia para o distrito. Não adianta irmos a reuniões de Câmara ou a assembleias de freguesia e, só por sermos oposição, votarmos contra. Temos que explicar aos cidadãos porque votamos contra. Temos que dizer porque aquela proposta não se consubstancia na estratégia que o Partido Socialista tem para aquele concelho. MG: Em Guimarães, Luís Soares manifestou apoio ao outro candidato, Joaquim Barreto, para que se mantenha na liderança da distrital do Partido Socialista. Também Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, manifestou apoio a Joaquim Barreto. Como é que vê o facto de, em Guimarães, o presidente da Câmara Municipal e o líder da Concelhia apoiarem outro candidato que não o candidato de Guimarães, o Ricardo Costa? RC: Vejo com alguma dificuldade, mais da parte do senhor presidente da Comissão Política, o doutor Luís Soares. Conheço o Luís Soares há alguns anos e quem conhece tanto meu percurso como o do doutor Luís Soares, sabe que o fizemos em conjunto e com seriedade. No primeiro mandato de vereação de Domingos Bragança,
apoiei o doutor Luís Soares para a Assembleia da República, quando o candidato de Domingos Bragança era Miguel Laranjeiro. Mas isto é democracia a funcionar, sem problema nenhum. Do ponto de vista do compromisso que tinha com Domingos Bragança era mais fácil apoiar Miguel Laranjeiro. Não estou a querer menosprezar o Miguel Laranjeiro, pelo contrário, fez um bom trabalho, mas eu conheci o Luís Soares há muitos anos. É um homem combativo, dinâmico e conhecido na Taipas Turitermas. O Luís Soares é quadro da Taipas Turitermas e conheci-o com maior proximidade na Taipas Turitermas. Achei que era a pessoa certa no lugar certo. O Luís Soares ganhou por um voto, como sabe, na Comissão Política. Há dois anos, o doutor Luís Soares também quis ser candidato a presidente da Comissão Política e, na altura, colocaram-se duas candidaturas. Também partindo do mesmo princípio e da mesma análise considerei que Luís Soares poderia ser um ótimo presidente da Comissão Política, como foi, aliás. Não vacilei. Quem me conhece, há uma qualidade que a mim não me podem retirar nunca. Acho que é possível fazer política com este princípio que lhe direi a seguir: falar verdade. Eu sou muito íntegro. Sou incapaz de lhe dizer a si branco e a seguir dizer que é preto. Não é possível. Na minha vida este é um princípio ao qual nunca vou vacilar, porque é um princípio que acho que tem faltado à política para credibilizar os partidos e a política. É possível fazer política com base em projetos sérios e com verdade. Essa questão vejo com
muita dificuldade. Quando depois entra num discurso que; “palavra dada é palavra honrada” ... Pode ter sido a palavra do doutor Luís Soares num núcleo restrito, mas o Partido Socialista é muito mais do que três ou quatro pessoas. O Partido Socialista é um conjunto, neste momento, em Guimarães, de mais de mil e 300 militantes.
to-programa que era exatamente igual ao de anos anteriores. Fiquei satisfeito, mas confuso. Nada alterou, a única coisa que alterou foi o presidente da Taipas Turitermas, que era o Ricardo Costa e agora é o engenheiro José Maia Freitas, uma pessoa que vai levar a bom porto a cooperativa.
MG: Depois de termos falado da distrital, falar um pouco do concelho. Recuemos a Caldas das Taipas. Foi presidente da Turitermas durante dez anos. Realizou ali uma verdadeira revolução, mas deixou uma fatura que vai levar alguns anos a ser liquidada, nomeadamente pelos investimentos feitos. Faria tudo da mesma forma?
MG: Na sua saída, foi acusado de desinvestimento propositado na Taipas Turitermas, de forma a beneficiar uma clínica de saúde da qual a sua esposa é sócia. Como explica esta situação e vê esta acusação?
RC: Quando cheguei à Taipas Turitermas em novembro de 2009, acho que toda a gente reconhece que tínhamos uma empresa que tinha de mudar. Tomei decisões muito mais impopulares do que aquelas que me querem acusar neste passado recente. Tive que convidar pessoas a sair da cooperativa para poder mudar o mindset das pessoas que lá estavam. Orgulho-me muito do trabalho que fiz. Alguns exemplos: em 2009 tínhamos um volume de negócios de aproximadamente 569 mil euros e empregávamos 23 pessoas. Fechamos 2019 com um volume de negócios de cerca de 1 milhão e 800 mil euros, ou seja, mais do que triplicamos o volume de negócios e empregamos 56 pessoas; passam por dia mais de 400 pessoas na Taipas Turitermas em tratamentos. Foi uma revolução pensada. Nós recuperamos o edifício termal que estava completamente abandonado; construímos uma clínica médica de saúde; promovemos atendimento com o Serviço Nacional de Saúde de centenas e centenas de pessoas por dia; construímos um polidesportivo; um parque de campismo; e recuperamos o mítico edifício dos Banhos Velhos. Ou seja, mantinha tudo o que fiz. O que lamento é que tenham utilizado a cooperativa Taipas Turitermas como arma de arremesso. E deixo um exemplo: quando qualquer proposta ia a reunião de câmara acerca da Taipas Turitermas o PSD sempre votou contra. Fez há cerca de um mês a esta parte uma proposta a reunião de câmara e Assembleia Municipal e, pasme-se, o PSD não disse rigorosamente nada sobre o contra-
RC: Sou uma pessoa muito verdadeira. Não tenho nada a esconder a ninguém. É uma questão em que se misturaram questões pessoais com questões empresariais. Não vou falar da pessoa em causa que tentou fazer isso. Acho que a pessoas em causa que tentaram fazer isso deviam estar muito agradecidos. Disso não vou falar. A questão da minha esposa está devidamente esclarecida. Era uma clínica que existia há muitos anos. Diria que muito antes de eu ter construído uma clínica da Taipas Turitermas. Foi uma oportunidade que surgiu e a minha esposa abraçou. Mas abraçou do ponto de vista legal. Tudo isto foi feito às claras. Antes de a esposa de Ricardo Costa poder assumir esta responsabilidade, eu falei com os principais responsáveis políticos, tanto do município como outros, e fiz chegar esta sociedade ao Tribunal Constitucional. Coisa que não pediam. Telefonicamente disseram que não era obrigatório. Depois, pus escrito e não me responderam. E como não me responderam, eu enviei para o Tribunal Constitucional. Isto é o pior que a política tem. Tenta-se vencer as pessoas pelos casos da política. No meu caso terão muitas dificuldades, porque sou muito duro de roer. Quem me conhece bem sabe que há um princípio que não vacilarei: a verdade. A verdade foi esta. Não se passou rigorosamente mais nada. Pelo contrário, existiam serviços que poderiam conflituar, nomeadamente a fisioterapia, que os sócios maioritários da empresa terminaram, para não haver conflito. Quem me conhece sabe verdadeiramente que tenho ética em tudo que faço. Se não estiver assim na política, prefiro morrer sozinho. É assim que vou estar sempre nos meus projetos. •
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O PCP, a comemorar 99 anos, celebrou o aniversário já a pensar no centenário © Direitos Reservados
Concelhia do Partido Comunista Português assinalou a data com jantar comemorativo no Centro de Trabalho. Inês Rodrigues, integrante da regional e concelhia do partido e da JCP, fala sobre os planos para o centenário e do papel do PCP na cena política atual.
“O papel do PCP é o de ser o partido da classe operária e dos trabalhadores, de defender o nosso povo e lutar e construir, com o povo, uma sociedade mais justa”. Pouco antes do jantar comemorativo do 99.º aniversário do Partido Comunista Português (PCP) em Guimarães, no Centro
de Trabalho, Inês Rodrigues desfiava, ao Mais Guimarães, as razões pelas quais o partido quase centenário continua a ocupar um lugar relevante no cenário político português. Aos 18 anos, a jovem vimaranense é faz parte da Direção da Organização Regional de Braga, é membro da comis-
são Concelhia de Guimarães e membro da direção nacional da Juventude Comunista Portuguesa (JCP). E ainda que sábado fosse dia de assinalar os 99 anos, também foi altura de delinear e divulgar as comemorações dos 100 anos do partido. Por cá, anunciou Inês Rodrigues, “está para sair uma exposição com as grandes lutas de Guimarães que tiveram, direta ou indiretamente, a intervenção do PCP”. O concelho receberá também “imensos debates e exposições” ao longo de 2020 e 2021; para além disso, também os 45 anos do Verão Quente serão assinalados através de outros debates e exposições, como uma referente ao incêndio no Centro de Trabalho de Guimarães que contará com alguns dos militantes que presenciaram esse dia. “Será um ano cheio e muito importante para projetar o futuro”, apontou Simão Fernandes, do PCP de Guimarães. Estudante do primeiro ano da
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acerca dos resultados negativos das últimas legislativas, em que o partido perdeu a representante do distrito de Braga. “Hoje estamos em piores condições para defender o povo e o país do que estávamos nas últimas legislaturas. Mas a luta continua e a nossa intervenção mantém-se e intensifica-se. Não somos um partido de eleições. Somos da intervenção diária e da luta”, defendeu. Perante os assuntos que dizem respeito a diferentes franjas da sociedade, o PCP, disse a vimaranense, tem uma “luta natural”: “Com quase 100 anos de história, o PCP já passou por muitas lutas e conhece-as a todas. A luta pela emancipação dos direitos LGBT, pela luta feminista… São lutas pela emancipação de todos os explorados. E naturalmente essa é a luta do PCP. Não conseguimos ver uma sociedade justa em que há discriminação racial, de sexo, de orientação sexual, muito menos em que há uma discriminação dos direitos dos animais.” • NRG
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licenciatura em Geografia e Planeamento, Inês Rodrigues diz ter tido o primeiro contacto com o PCP ainda durante o ensino secundário, “num momento em que a escola estava com muitas dificuldades porque tinha muitos poucos funcionários”. Depois, surgiu um convite à porta da instituição de ensino para o Congresso da JCP, ao qual atendeu. Perante um partido com mais oito décadas em cima, a jovem não vê o PCP como um projeto político parado no tempo: “Não há nenhum direito, nenhuma conquista para os trabalhadores e para a sociedade que não tenha nascido da luta dos trabalhadores e, depois, apoiado pela parte de intervenção a nível institucional pelo PCP.” “O papel dos comunistas é estar na vanguarda e fazer o povo e os trabalhadores lembrarem-se de quais as reivindicações, necessidades e anseios e ajudá-los a conquistar”, acrescenta. E projetar o futuro passa, segundo Inês Rodrigues, por refletir
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Centro da cidade com trânsito condicionado entre abril e setembro Aos fins de semana, entre as 10h e as 20h00, o trânsito será proibido na Rua de Santo António, bem como na parte norte do Toural e da Alameda de São Dâmaso. Alternativa será o parque de Camões, no qual o estacionamento será gratuito no mesmo período. da cidade”, apontou Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães, após a reunião municipal. Trata-se de um experiência-piloto, que o autarca espera que seja “interessante para todos”, nomeadamente comerciantes, moradores e turistas. Caso tal se verifique, a autarquia deverá intervir fisicamente na rua de Santo António, “colocando a rua à mesma cota”, admitiu o autarca. “Se é para pedonalizar, não faz sentido que a rua se mantenha com uma separação clara entre a estrada e o passeio, passando a ser tudo a um mesmo nível. Também é preciso ver a ligação da Alameda de São Dâmaso, que se prolongará por todo o jardim até ao passeio do lado norte. Numa terceira fase, estudaremos a solução para o Toural. Haverá uma alteração física deste espaço, que será pedonal. Só será usado por veículos prioritários”, avançou. A Associação do Comércio Tradi-
cional de Guimarães mostrou-se reticente relativamente à medida, mas o autarca garantiu estar em permanente diálogo com a associação. “Compreendo que os comerciantes tenham sempre receio de perderem negócio e que venham a ter prejuízos. Porém, estamos a fazer tudo isto exatamente para o contrário: é para que haja maior atratividade para as pessoas irem à cidade e, com esse passeio à cidade, comprarem mais”, explicou. O edil vimaranense garantiu que serão realizadas campanhas com todos os envolvidos, incluindo todos os comerciantes. “O comércio não se esgota só no centro histórico, nem na Alameda, nem na Rua de Santo António. Há em toda a cidade, nas nossas freguesias e nas nossas vilas. Estamos a estabelecer um plano de intervenção para promovermos o comércio”, assegurou. Do lado da oposição, o vereador do PSD, André Coelho Lima,
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Ainda que seja de caráter experimental, poderá ser o primeiro passo para a tornar o centro de Guimarães totalmente pedonal. Foi aprovada, em reunião municipal, por unanimidade, a implementação da Zona de Acesso Automóvel Condicionado no eixo viário constituído pela Alameda de São Dâmaso (Norte), Largo do Toural (Nascente) e Rua de Santo António. O período experimental irá decorrer de 18 de abril a 27 de setembro, ao fim de semana. De acordo com a proposta, o horário de condicionamento de trânsito decorrerá aos sábados e domingos, das 10h00 às 20h00. Como alternativa, a autarquia irá disponibilizar estacionamento gratuito no parque de Camões, nesse mesmo período experimental. “Sempre dissemos que o parque público de Camões, com cerca de 400 lugares, a 50 metros do nosso centro da cidade, tem condições para ajudar na pedonalização
justificou o voto favorável por existir, neste momento, aquilo que a autarquia considera uma alternativa: o Parque de Camões. “Sempre fomos favoráveis à retirada do trânsito do Centro Histórico, mas com alternativas. O investimento no Parque de Camões faz com que este se represente como alternativa”. O vereador social democrata considerou que esta é “uma
alteração essencial para o aumento da atratividade turística”. “Com todo o respeito pelos comerciantes, penso que serão os mais beneficiados, pois a medida favorece a compra com mais tempo”, acrescentou, admitindo preocupação com os moradores. “É um dos condicionamentos de ser viver num sítio onde, por outro, lado é um privilégio viver”, apontou. • MO
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Executivo discute “A novela do desenvolvimento económico” e o desemprego
O vereador do PSD, Bruno Fernandes, defendeu que a autarquia tem vindo a criar “uma novela” em torno do desenvolvimento económico e que tal está a prejudicar o concelho, com o número de desempregados a crescer mais do que a média nacional e do que nos concelhos vizinhos. A acusação foi feita no período antes da ordem do dia da reunião municipal desta segunda-feira. Na resposta, o vereador com o pelouro do Desenvolvimento Económico, Ricardo Costa, ga-
rantiu que “existe necessidade de empregar pessoas, mas as pessoas não têm a formação adequada para o que as empresas procuram”. Já o presidente da autarquia de Guimarães, Domingos Bragança, frisou que o projeto da Academia Digital irá precisamente contrariar este problema. “Queremos que a Academia promova, além da formação e qualificação dos trabalhadores e empresários destas microempresas, pequenas empresas, médias empresas e grandes empresas, a revalori-
zação das profissões, para que ninguém fique para trás deste processo da revolução digital”. Segundo dados o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Guimarães, em janeiro de 2020, registavam-se 5 mil 841 pessoas sem emprego. Olhando para o período homólogo, janeiro de 2019, registavam-se 5 mil 782 desempregados. O social democrata começou por admitir que este é um tema “quase habitual”. “Terei que fazer a intervenção enquanto o paradigma não mudar”, apontou. Segundo Bruno Fernandes, o desemprego em Guimarães é de 7.2%, sendo que a média nacional é de 6.7%. O social democrata acrescentou que, em janeiro deste ano, o desemprego subiu 5.3% no concelho, quando a média nacional foi uma subida de 3.2%. “Guimarães, ao contrário dos concelhos do distrito da sua dimensão e da média nacional, tem aumentado a sua taxa de desemprego, de forma que não é normal nem seria esperar nos dias de hoje”, apontou. Bruno Fernandes destacou ainda a anunciada Academia Digital, um projeto que representa um investimento de 200 milhões de euros. “Foi apresentado em
fevereiro de 2018. Estamos em março de 2020 e não há resultado prático deste projeto, que era revolucionário, apresentado com o ministro da economia”, frisou. Após a reunião municipal, aos jornalistas, a resposta surgiu por parte do autarca Domingos Bragança, que apontou que, “do ponto de vista da classificação das empresas, a realidade de Guimarães é diferente da de outros concelhos”. Segundo o autarca, Guimarães tem cerca de 4 mil e 400 microempresas, entre zero e 10 trabalhadores, que têm um volume de negócios na ordem dos 1,2 mil milhões de
euros. Além disso, existem cerca de 900 empresas entre 10 e 50 trabalhadores e cerca de 200 empresas com entre 50 até 250 trabalhadores. Há ainda 14 com mais de 250 trabalhadores. Domingos Bragança frisou ainda a necessidade de continuar a formar “muitos engenheiros, muitos economistas e muitos biólogos”. Porém, ressalvou, não se podem esquecer “aqueles que estão no trabalho e vão perdendo competências, dada a revolução digital que se assiste”. “Será trabalho mais remunerado, a partir do qual podem fazer o seu projeto de vida”, assegurou. • MO
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Novo serviço de transportes públicos promete “maior coesão territorial” Na passada segunda-feira, em reunião municipal, foram aprovadas, por unanimidade, as peças do procedimento de concurso público para a concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros no município de Guimarães. Autarquia promete mais linhas e maior coesão territorial. pais, a reformulação de setores, nomeadamente a Linha de cidade, o arco que liga Vilar, Aldão, Margaride, a ligação entre Arco S. Jorge de Selho, Pevidém, Santo Amaro, a extensão da linha 11 a Conde e Moreira de Cónegos e, ainda, extensão da linha 21 a Paço Vieira e Cemitério de Monchique. Serão ainda criadas três novas linhas: uma de ligação da Estação da CP em Lordelo ao centro comercial Espaço Guimarães; outra de ligação entre o AvePark, Taipas, Parque Industrial de Ponte e Espaço Guimarães e, por fim, uma nova ligação entre Serzedelo, a Zona Industrial de Gandarela, Moreira de Cónegos e a Estação da CP em Lordelo. O autarca Domingos Bragança garantiu que este processo “foi muito analisado e discutido”. “Se entrar em funcionamento a 01 de janeiro – e tudo faremos para que seja - no orçamento anual está previsto em média 3,5 milhões por ano de investimento”, explicou.
Oposição satisfeita com “mudança no paradigma” Na sessão, os vereadores da oposição apresentaram diferentes questões relativas ao projeto e lamentaram que este não lhes tivesse sido apresentado previamente para que a análise fosse mais aprofundada. “Tratando-se de um assunto de maior importância na vida do concelho e um tema difícil, confesso que me sentiria mais a vontade se fôssemos ouvidos previamente”, afirmou António Monteiro de Castro, vereador do CDS-PP. “Se o município pretender introduzir uma alteração no tarifário, no sentido de incentivar ainda mais o transporte coletivo, poderá fazê-lo?”, questionou o centrista. Por sua vez, André Coelho Lima, vereador do PSD, disse estar “satisfeito com a mudança de paradigma”. “É uma mudança pela qual lutamos há anos. Por parte de vários executivos, ao longo dos últimos anos, era-nos dito que o sistema de transportes deveria ser autossustentável. Isto provocava uma desconexão da lógica territorial, com comunidades completamente afastadas e não servidas pelo município”, recordou. O facto de o município passar a investir três milhões de euros anualmente nos transpor-
© Mais Guimarães
Três novas linhas, um novo tarifário e maior coesão territorial. Foram estas as promessas deixadas esta segunda-feira, em reunião municipal, com a apresentação das peças que integram a abertura do concurso público para o Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros no concelho de Guimarães. As peças que compõem a proposta foram apresentadas na sessão desta manhã pela equipa liderada por Álvaro Costa, prevendo-se que o início da exploração ocorra no dia 1 de janeiro de 2021. A rede futura prevê o fim de tarifário dos TUG, sendo o tarifário de base quilométrica, estando prevista a integração com a rede da Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM). O procedimento concursal assenta no modelo de concessão “net cost”, segundo o qual o operador explora o serviço público em nome próprio e sob sua responsabilidade, sendo remunerado, total ou parcialmente, pelas tarifas cobradas aos passageiros. O prazo de concessão será de 10 anos e a frota terá de ser fornecida pelo operador. Para o autarca Domingos Bragança este é o modelo mais adequado para o município, pois, deste modo, o “risco fica todo da parte do concessionário, cumprindo as orientações de serviço público”. O novo serviço terá obrigatoriamente sete miniautocarros elétricos e 20 autocarros novos elétricos. Os custos da nova frota, de cerca de 23 milhões de euros, serão contemplados pelo operador. A aposta na frota elétrica vai ao encontro dos objetivos de Guimarães, rumo à descarbonização. “Queremos que seja cada vez mais utilizado o transporte público, também para o descongestionamento do trânsito das cidades. Guimarães também tem esse problema. As cidades em crescimento, as cidades muito vivas, têm exatamente esse problema, o do congestionamento, apesar do investimento que possamos fazer na rede viária”, admitiu o presidente da Câmara Municipal de Guimarães. De acordo com o caderno de encargos, o valor base máximo a assumir pelo Município será de cerca de 3 milhões de euros anuais para garantir a futura concessão. A proposta garante a integração da rede urbana (TUG) com as restantes linhas munici-
tes públicos é “um verdadeiro investimento público e não uma despesa”, apontou André Coelho Lima. “Guimarães teve décadas com investimento zero. O único que fazia era nos autocarros”, lamentou. Já o vereador Bruno Fernandes, do PSD, disse concordar “com o processo base”. “Há muitos anos que defendemos que o município deveria ter outra visão da rede de transportes públicos do concelho. Até aqui não havia sensibilidade para dizer que o município deveria investir. Esse paradigma mudou, finalmente”, sublinhou. O social-democrata frisou, no entanto, que a zona nordeste do concelho, “que tem uma amplitude industrial significativa e turística, não tem uma linha que vá diretamente do centro”. “Quisemos sensibilizar a Câmara que ainda vai a tempo de corrigir e dotar um reforço no nordeste do concelho, nomeadamente no vale do são Torcato”.
Novo serviço irá “revolucionar” transportes em Guimarães Na resposta, a vereadora com o pelouro dos Serviços Urbanos, Sofia Ferreira, garantiu que a proposta “vai revolucionar” a oferta
de serviço público de transporte em Guimarães, sublinhando a “criação de novas linhas, no sentido de potenciar uma circulação mais fácil para reforçar a coesão social”. Para a vereadora, este “é um momento muito importante, de uma enorme satisfação”. “Temos uma proposta que se traduzirá num aumento da oferta, linhas novas, áreas de concelho que passam a ter resposta, na ligação das freguesias, bem como a áreas industriais”, afirmou. A vereadora sublinhou também o que considera ser uma “melhoria significativa da frota”, já que haverá uma “clara aposta nos veículos elétricos: 27 veículos novos elétricos e os veículos standard, a diesel, serão de uma menor idade média”. Sofia Ferreira garantiu ainda que o tema foi “amplamente discutido”, em sede de reunião de Câmara, Assembleia Municipal e sessões públicas, “onde todos tiveram oportunidade de acompanhar a evolução do processo e dar sugestões”, assegurou. A proposta foi ainda desenvolvida no contexto dos outros concursos públicos desenvolvidos pelas outras autoridades municipais, assegurou a vereadora. Além deste serviço, está a ser desenvolvida uma oferta complementar, que será o transporte flexível. “Esta oferta vai servir o território e os
horários que não estão contemplados na oferta regular”, apontou. Neste novo modelo, é definido um conjunto de “características obrigatórias relevantes” para o novo modelo, nomeadamente acessibilidade e lugares para pessoas com mobilidade condicionada, ar condicionado ou semelhante, transporte de bicicletas e outros modos suaves, Wi-fi gratuito, a identificação e informação interna e externa sobre o serviço a realizar, a visualização e reprodução sonora do nome da próxima paragem. No âmbito digital, será criado um website (disponível para várias plataformas), com os horários, mapas, tarifário, o motor de pesquisa de itinerário e outras informações (alertas de serviço, pontos de venda, contactos…). Foi aprovada uma redução tarifária no serviço público de transporte de passageiros. A diminuição corresponde a um desconto de 30% nos passes mensais de todos os residentes do território da Comunidade Intermunicipal do Ave, nas deslocações municipais, intermunicipais e inter-regionais. A Comunidade Intermunicipal do Ave é constituída pelos seguintes municípios: Cabeceiras de Basto; Fafe; Guimarães; Mondim de Basto; Póvoa de Lanhoso; Vieira do Minho; Vila Nova de Famalicão; Vizela. • MO
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O Campelos tem um campo de jogos renovado e o mesmo fervor de há 67 anos Clube assinala, este mês, o 67.º aniversário. A data é especial porque as infraestruturas desportivas do Campelos foram alvo de requalificações. Ainda há objetivos a atingir para o clube ser “totalmente independente” e o futuro é das camadas jovens.
Um esforço de todos Com o peso das emoções a marejar-lhe os olhos, o presidente do Campelos viu o seu discurso a ser elogiado pelo presidente do município, Domingos Bragança: “Se hoje houve um momento
de comunicação forte, essa foi a expressão do sentimento do Presidente José Pimenta. Uma intervenção genuína e autêntica, que transmitiu uma enorme felicidade”, disse o Presidente da Câmara. Estendendo a entrega ao clube à comunidade, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães apelou à partilha do campo de jogos: “Sem a vossa força e dinâmica e o vosso acreditar nestes 67 anos, não estaríamos hoje aqui a inaugurar este espaço. Gratidão para o clube pela história e sucesso.” O Edil apelou ainda à partilha do espaço com outros clubes, algo que já acontece com a equipa de futebol feminino do Vitória e com uma formação do Pevidém: “Quando temos disponibilidade para uso de outros clubes, não faz sentido fecharmo-nos. É para o uso do Campelos em primeiro lugar; depois, para partilhar com outros clubes. Isso é bom para todos.” Já o presidente da Junta de Freguesia de Ponte, Sérgio Castro Rocha, referiu que este momento é “fruto de um sonho de muitos
anos e de um trabalho que não foi fácil”. O autarca destacou as novas condições do Campo de Jogos do COC e enalteceu o papel de Domingos Bragança no processo: “Tudo isto de deve ao nosso presidente de Câmara”. Sérgio Castro Rocha manifestou ainda estar convicto que, no espaço “de dois ou três anos”, o COC poderá ter uma vila desportiva. Do lado do presidente da AF Braga, Manuel Machado, expressou-se a importância das autarquias na recuperação e reabilitação das infraestruturas desportivas: “Temos aqui um complexo extraordinário, com apoio da Câmara Municipal de Guimarães, que tem apostado muito forte em equipamentos desportivos para que os clubes consigam evoluir na sua formação. É um problema que as câmaras estão a assumir e tenho de elogiar.” Manuel Machado realçou ainda que o COC “é um dos mais cumpridores da Associação de Futebol de Braga”. Agora, disse o presidente do COC, faltam “luzes LED, uma rede mais alta” para uma das partes do campo e uma carrinha para
as deslocações do clube, já que o Centro Social Recreativo e Cultural de Campelos tem cedido a sua carrinha. Os olhos estão também postos na formação, que já existiu: “Estamos a pensar nas camadas jovens, mas não dizemos os miúdos, porque será um pouco difícil. Talvez começar com miúdas, dos oito, nove, dez anos, e começar a fomentar o futebol feminino.” Dos tempos em que os “restauradores” pagavam “mil escudos por ano” pelo arrendamento do campo aos dias de hoje, a história foi-se escrevendo entre Vila Nova de Sande, Campelos e Ponte. E aquele campo, como ficou acordado nos idos anos ’70, “é do Campelos enquanto existir o Campelos”. Assegurar o futuro do futebol naquele novo relvado contribui para que contratos não cessem, mas também para prolongar o vínculo social e cultural. Já diz o hino: “Lá no campo batem forte os corações/ Cantam o hino com aplausos e gritos/ Em Campelos são iguais as emoções/ Durante a festa do S. dos Aflitos” • NRG © Nuno Rafael Gomes/ Mais Guimarães
© Nuno Rafael Gomes/ Mais Guimarães
pendente. Há novos balneários, sala de reuniões, lavandaria, casas de banho para pessoas com mobilidade reduzida e cobertura para bancadas, num investimento que ronda os 200 mil euros, atribuído pela autarquia. Quem também já assumiu as rédeas do clube foi António Rodrigues. Ele que é, precisamente, o sócio n.º 67. Foi diretor em 92/93, “anos de muito trabalho”. Para ex-dirigente, a empreitada representa “melhorias que, pelo menos, dão um certo estímulo ao clube”. A ideia é ecoada pelos que marcaram presença na inauguração das reparações. Emília Miranda ostentava uma bandeira do clube e vestia um casaco do mesmo emblema. Viveu o dia com fervor. Mas evita ver os jogos: “Não venho ver, que eu stresso muito”, disse. “Mas toda a família é do Campelos. E Campelos sempre! O maior clube do mundo. Ponha isso na notícia. Era preciso estas obras, o campo parecia um lamaçal. Olhe que berrei muitas vezes com o presidente da junta.” As obras, referiu António Rodrigues, “são merecidas”, já que o clube é um dos mais antigos do concelho. Fundado em 1953, o COC figura hoje na 1.ª Divisão da Série C da AF Braga. O objetivo é a promoção, apontou o atual presidente: “Nós só não subimos se não nos deixarem. Temos equipa para subir. Se for futebol por futebol, subimos”, garantiu José Pimenta.
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Do Campo de Jogos do Clube Operário de Campelos (COC) vê-se, lá ao longe, a Montanha da Penha. No cume, a igreja. A vista desafogada que se tem a partir daquele campo de jogos só não é a maior protagonista do cenário porque ali há bolas a rolar. E é assim desde há 67 anos, entre Vila Nova de Sande e Ponte. Este é um clube de duas terras que com o Campelos se tornam numa. No sábado passado, em jeito de comemoração, as requalificações à infraestrutura desportiva foram inauguradas. O presidente do clube, José Pimenta, proferiu um discurso curto, mas carregado de emoção e de agradecimento. Terminou-o com a frase que ecoou mais do que uma vez ao longo da cerimónia: “Viva o Campelos!” É o sócio n.º 8, parte de “um conjunto de jovens que apareceu para reabrir o clube”. É que o COC “esteve parado de 1968 a 1975, no período em que a fábrica estava fechada”. “O clube dependia da fábrica, o pessoal emigrou e a juventude decidiu formar uma equipa de restauradores, uma coisa popular para não deixar cair isto no marasmo. Aparecemos 17 e a partir daí foi sempre a aumentar, sempre com o lema de fazer as coisas com os pés bem assentes na terra para que o clube não se endividasse”, recordou. Esteve para o Campelos em 75/76, voltou em 1980 para ser vice-presidente até 1982. Depois, até 1985, desempenhou o cargo de presidente. Acabaria por sair e voltar, mais uma vez: “Estive fora até 1996, ano em que entrei como secretário-geral. Depois, vice-presidente.” Em 2014, voltou a desempenhar o cargo de presidente. Com décadas dedicadas à casa, José Pimenta luta, agora, para que o clube seja totalmente inde-
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Vereação aprova protocolo de geminação entre Guimarães... e Guimarães Proposta foi apresentada e aprovada na reunião municipal da passada segunda-feira, dia 09. O acordo prevê um intercâmbio cultural, social, educativo, desportivo, informativo e turístico. dora Adelina Paula Pinto referiu a importância do Brasil como destino turístico, ressalvando ainda que o município vimaranense deve, agora, ser “mais exigente” com as geminações realizadas. A oposição concordou com a proposta apresentada pela divisão de cultura. O estreitamento dos laços entre as duas cidades já vem de antes. Em 2000 já houve visitas de responsáveis da cidade. Em 2017, o Vice-Prefeito Osvaldo Gomes “aventa um acordo de geminação com vista à promoção e reforço dos laços culturais e turísticos entre ambas as cidades”. Dois anos depois, “o Prefeito Geraldo Guimarães Pinho Júnior e os restantes Vereadores assinam um acordo manifestando a vontade de reforçar a cooperação internacional entre os dois municípios, através da geminação”, lê-se no ponto referente à proposta, patente da agenda de trabalhos da reunião. •
Em Creixomil e Ronfe Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 Ronfe De segunda a sábado, das 08h00 às 20h00
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“Vimaranense” é um gentílico que pode ser aplicado a pessoas provenientes de duas cidades, ambas com o mesmo nome. É que, no estado do Maranhão (Brasil), existe também a cidade de Guimarães, fundada a 19 de janeiro de 1758. Agora, a vereação municipal de Guimarães (a portuguesa) aprovou, na última reunião de câmara, a geminação com a cidade brasileira. O acordo prevê iniciar “um profícuo programa de intercâmbio cultural, social, educativo, desportivo, informativo e turístico” através de “organização de exposições, troca de documentos, acolhimento de técnicos municipais, contactos entre empresas e instituições, entre outras iniciativas de interesse mútuo, manifestando ainda um interesse especial pela nossa política e prática de reabilitação patrimonial”. Ao longo da reunião de câmara da última segunda-feira, a verea-
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SOCIEDADE
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
Uma coruja devolvida à natureza para celebrar a vida selvagem
Retrato de Perfil Marcelino da Rosa por Mais Guimarães
O Laboratório da Paisagem assinalou o Dia Internacional da Vida Selvagem com a libertação de uma coruja-das-torres. © Direitos Reservados
E
Nome completo Marcelino da Rosa
Nascimento 09/02/1959 Ilha do Fogo, Cabo Verde Profissão Empresário
Guimarães, uma casa que sabe receber Findo o serviço militar, Marcelino ruma a Guimarães. “Lutei muito, é verdade, do zero, com muito sacrifício. Já desde criança soube cuidar de mim e ser amigo das pessoas. Ajudei a minha mãe a criar os meus irmãos”, recorda, acerca das dificuldades que superou para se consolidar como um dos maiores empresários da região. A adaptação a Guimarães não foi complicada, confessa: “Acolheram-me bem. Nunca houve problemas de racismo. Nunca ninguém me ameaçou ou cha-
mou nomes. Senti-me em casa. Antes de regressar a Portugal já tinha deixado aqui amigos. Antes de embarcar ofereceram-me dinheiro”. Depois de várias paragens e vários trabalhos funda as Confecções Giliana em 1982, uma marca que desenvolve sobretudo produtos ligados à camisaria clássica, sportswear e blusas de senhora e criança. Em 1986 introduz um processo de fabrico inovador: as camisas eram feitas em tecido cru para passarem pelo processo de tingimento posteriormente. A mulher deu um importante contributo ao negócio, quando ainda estava ainda limitado a uma garagem. O casal dedicou-se dia e noite à empresa, sempre sustentada no trabalho e sacrifícios pessoais. “Foi uma vida de muito trabalho, mais de 40 anos de trabalho” 25 anos mais tarde é dono de um império conhecido além-fronteiras. “Agora tenho cerca de 200 diretos e cerca de 1000 indiretos em empresas subcontratadas. Temos que trabalhar muito e saber liderar. Sempre respeitei também todos e nunca neguei os meus concorrentes”, afirma. Mesmo estando em Portugal há muitos anos, Marcelino não esconde o carinho e afeto que guarda de Cabo Verde, terra que “nunca abandonará”. Estruturei-me, mas sempre que posso visito Cabo Verde e levo os meus amigos a conhecerem realmente o meu país, que é extraordinário, um diamante azul, de gente muito culta”. Comemorou os 70 anos há um par de meses. No dia 07 de fevereiro juntou cerca de 400 amigos dos seus dois países, Cabo-Verde e Portugal, numa festa. O Mais Guimarães falou com Marcelino dias depois da festa. “Sente-se realizado?”, perguntamos. “Sim, de várias formas. Profissionalmente, empresarialmente, familiarmente e com as minhas amizades. Se for boa pessoa, as pessoas serão suas amigas também. Tenho sempre muito respeito pelos outros”, responde. •
Tratava-se de um dia comemorativo e afigurou-se como uma oportunidade para sensibilizar e lembrar a população de que se "somos uma espécie capaz de alterar ecossistemas que são lares de milhões de formas de vida", também devemos ter a responsabilidade de cuidar dessa casa que é de todos. O Dia Internacional da Vida Selvagem foi assinalado no dia 3 de março e Guimarães não passou ao lado das comemorações. Uma ação promovida pelo Laboratório da Paisagem de Guimarães, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), devolveu à natureza uma coruja-das-torres (Tyto alba), proveniente do Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do Parque Nacional da Peneda – Gerês.
A devolução da espécie, realizada de forma simbólica, na freguesia de Castelões, deu-se nas primeiras horas de perda de luz solar. O crepúsculo era o cenário ideal, já que falamos de uma ave de rapina noturna. Com um disco facial pálido e aspeto arguto, o animal tem enquadramento na área: habita áreas de interface rural, pastagens ou terrenos agrícolas e “aquela região entre Arosa, Castelões e Gonça tem um pouco disso”, explica o investigador do Laboratório da Paisagem, Ricardo Martins. O Dia Internacional da Vida Selvagem, criado pela ONU em 2013, é assinalado um pouco por todo o mundo e visa celebrar os animais e plantas selvagens. É, ,por isso, importante frisar as ameaças e condicionantes que espécies como a coruja-das-torres © Direitos Reservados
“Quero ser tudo o que for de ser bom!”, disse Marcelino da Rosa, quando a professora lhe perguntou o que queria quando fosse “grande”. Dezenas de anos mais tarde, o empresário responde da mesma forma à pergunta “Quem é o Marcelino da Rosa?” Resposta: “Ser um homem digno na sociedade, respeitar todas as pessoas para ser respeitado. Congruente e a tento ser tudo aquilo que é do ser bom”. Ainda em Cabo Verde, quando olhava o horizonte naquele bocado de terra que o vira nascer, Marcelino da Rosa percebeu que aquela ilha seria um bom porto de abrigo e o local onde aprenderia o suficiente para se tornar o “Cidadão do Mundo” que hoje é. Marcelino da Rosa nasceu na Ilha do Fogo e é hoje um cidadão com duas pátrias, com o coração dividido entre a sua terra natal e Portugal, em especial Guimarães, a cidade-berço da nacionalidade. Marcelino começou por ser escriturário e a dedicar-se à dactilografia de anúncios e avisos que eram transmitidos no Rádio Clube da Praia. Embarca para Angola em 1971, integrado no exército português. Graças à experiência de secretaria na rádio cabo-verdiana ficou encarregado de fazer o apoio logístico e administrativo de uma companhia do exército. Luanda, Ambrizete e Carmona foram as suas paragens durante 28 meses.
enfrentam. “Abate, pilhagem dos ninhos ou roubo das crias – para venda e tráfico ilegal”, são apenas alguns que o investigador enumera. Mesmo uma ação inconsciente, como “retirar uma cria do chão” para a entregar a uma entidade competente acaba por ter efeitos nocivos. É que as aves de rapina noturnas necessitam de um período para aprender a voar e precisam de estar no solo para se adaptarem ao meio que as rodeia. A coruja-das-torres é mais comum na região Centro e Sul do país, mas não é estranha em Guimarães. Prova disso é o facto de estar listada na Biodiversity Go! – aplicação que permite a qualquer pessoa submeter avistamentos de fauna e flora, ajudando a criar uma base de dados da biodiversidade do concelho, que já identificou a espécie no Parque da Cidade. Em Portugal, verifica-se a existência de uma população estável Como acontece com mochos ou bufos, esta ave de rapina noturna está associada a superstições que não abonam a favor. Mau presságio e azar são conceitos ligados a esta ave solitária. O facto de habitar “as torres da igrejas” e de emitir “sons noturnos” sobressaltam a população. E estes mitos também prejudicam a espécie, que passa a ser olhada com desconfiança. Com o Dia Internacional da Vida Selvagem como pano de fundo, é de realçar o “auxílio que presta às comunidades rurais” , já que “captura um grande número de roedores", sendo um importante contribuinte para quem vive da agricultura. • PCE
CONCELHO
O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
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Mascotelos
Os miúdos entram e saem da escola por entre o “caos” do trânsito numa rua estreita © Mafalda Oliveira/ Mais Guimarães
Associação de Pais da EB 1 e JI de Mascotelos queixam-se do congestionamento na rua da Liberdade nos horários letivos de entrada e saída. Não há passeios nem barreiras de segurança no local e ali estudam mais de 100 crianças. Autarquia diz estar a "tentar de tudo" para resolver o problema.
O cenário é repete-se diariamente, especialmente às 09h00 e às 17h30. Na rua da Liberdade, em Mascotelos, levar as crianças à EB 1 e Jardim de Infância daquela freguesia não é tarefa fácil. A circulação automóvel na estreita estrada que se estende rua abaixo faz-se nos dois sentidos, ainda que a via seja “apertada demais”. Vanessa Barbosa, encarregada de educação e mãe de uma criança que frequenta aquele Jardim de Infância, fala em “caos” — e sente-o, também, quando leva a
filha pela mão, a pé, já que na rua da Liberdade não há passeios. “As condições de acesso à escola não oferecem segurança às crianças. Se repararem, desde o início da rua, não existe nenhum passeio. E é obrigatório ter barreiras de segurança, que também não existem”, diz Ludmila Teixeira, presidente da Associação de Pais da EB1 e JI de Mascotelos. O edifício escolar tem apenas aquela estrada como via de acesso e isso obriga a trabalhos redobrados quando há carros a entrar e
a sair e manobras a fazer. Toda essa confusão congestiona a rua da Boucinha, a partir da qual se acede à da Liberdade. “Os carros não conseguem passar para cá, outros não conseguem sair daqui e fica congestionado. Há dias em que se chega a estar aqui de 15 a 20 minutos para sair”, queixa-se Vanessa Barbosa. Numa escola com cerca de 130 crianças — o número cresceu com a união das freguesias de Candoso Santiago e Mascotelos, mas também pelo encerramento de uma escola naquela zona — são muitos os carros ali parados em hora de deixar ou de levar de volta os miúdos. Junte-se a esta fórmula um autocarro que transporta crianças que vivem mais longe, viaturas estacionadas e ainda os camiões de exportação que entram e saem da Têxteis Penedos, situada na mesma rua. Nuno Azevedo, trabalhador daquela empresa, afirma que os motoristas que descarregam na Têxteis Penedo se queixam do acesso à empresa: “Um camião é uma coisa impossível de andar aqui a fazer marcha atrás e manobras. Quando apanha quatro ou cinco carros em fila, é o caos total.” Ainda assim, a Têxteis Penedo tenta contornar os horários letivos de entrada e saída, “mas há situações que não se controlam”, como “a hora exata em que um contentor chega”. E isto afeta
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Um despiste na Circular Urbana de Guimarães, na zona do viaduto da Atouguia, provocou uma vítima mortal de 27 anos. A vítima era o único ocupante da viatura. De acordo com os Bombeiros Voluntários de Guimarães, para o local seguiu uma ambulância com dois elementos e uma viatura de desencarceramento com
O jovem vimaranense de 18 anos, que se encontrava desaparecido desde a última segunda-feira, foi encontrado pela família “nas ruas de Matosinhos”. De acordo com as informações partilhadas pela irmã nas redes sociais, Ricardo terá sido “abordado por agentes da PSP” na última quarta-feira, mas não entrou em contacto com a família “porque estava sob ameaça”. O jovem foi encontrado sem documentação pessoal. Na publicação partilhada pela irmã aquando do desaparecimento do jovem, lê-se que Ricardo terá sido “contratado para trabalhar num circo” em Santa Maria da Feira.
cinco elementos, para além da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e a PSP. Ainda segundo os bombeiros, a viatura terá embatido contra um poste de iluminação, pelo que a EDP foi chamada ao local. O alerta foi dado às 22h05. O corpo foi, depois, levado para o Gabinete Médico Legal de Guimarães. •
dora da Educação da CMG, Adelina Paula Pinto, privado. “Nós já identificamos o terreno e já temos um pré projeto de alargamento da rua”, explica. Ainda assim, a também vice-presidente do município relembra que “tem de decorrer toda a parte da aquisição e avaliação do terreno e as tramitações normais”. O mesmo frisa o presidente da junta de freguesia: “É um procedimento que envolve três partes e não há coisas que se consigam fazer do dia para a noite. Mas estamos a trabalhar nesse sentido.” Devido à natureza destes processos, a vereadora da Educação não aponta nenhuma data para o início das obras, que também contemplarão “intervenções na entrada da rua, que é muito pequena”. “Estamos a tentar de tudo para conseguir ultrapassar essas questões e é claro que é uma situação muito preocupante”, acrescenta Adelina Paula Pinto. Guilherme Abreu garante que a empreitada prevê a criação de estacionamento e ainda a construção de passeios. Da parte dos encarregados e pais, moradores e o trabalhador da Têxteis Penedo que falaram ao Mais Guimarães, a solução passaria pelo alargamento da via. Não satisfeitos pela demora na resolução, partilham a opinião: “Isto já se arrasta há demasiado tempo.” • NRG
Jovem vimaranense desaparecido foi encontrado com vida no Porto Na noite do dia 01 de março, um domingo, terá sido “espancado pelo dono do circo”. Após as agressões, o jovem “deu entrada no Hospital de São Sebastião”, em Santa Maria da Feira, e teve alta durante a madrugada. “Pelos Serviços Sociais e pela GNR foi encaminhado para uma pensão onde iria passar a noite para no dia seguinte voltar” a Guimarães. Daniela Silva acrescentou que o irmão teria de se apresentar na Segurança Social do Porto às 12h00 de segunda-feira, mas Ricardo não marcou presença, “tendo a dona da pensão dito que o Ricardo recebeu uma chamada no telefone da pensão”, da qual saiu sem voltar. •
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Vítima Mortal em acidente na Circular Urbana
o negócio: “A hora de entrada na escola bate com a hora de entrada na empresa. Somos uma empresa exportadora, já estamos uma hora atrasados em relação à Europa quando entramos para trabalhar e os clientes começam a ligar. Por vezes, não há ninguém para atender porque as pessoas estão aqui presas no trânsito.” “Um camião que não chega a horas ao destino é sempre um prejuízo”, acrescenta. Ludmila Teixeira adianta que as queixas por parte da Associação de Pais já vêm de trás e que, da parte do poder local, lhe comunicam que “as negociações estão a ser feitas”. Isso “desde 2017”, se bem que os constrangimentos “são anteriores” a esse ano. A situação, que não é “de agora”, já chegou há muito aos ouvidos da Junta de Freguesia de Candoso Santiago e Mascotelos e da Câmara Municipal. Guilherme Abreu, presidente daquela união de freguesias, reconhece que “os acessos para a escola e para a empresa são complicados”, mas garante que já se encontra em trabalhos com a Câmara Municipal “para arranjar alternativa”. Essa seria tornar a circulação na rua da Liberdade “de sentido único”, em direção à escola, e abrir uma outra estrada que contornasse o campo em frente à escola, para voltar à rua da Boucinha. Esse terreno é, segundo a verea-
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ZONA NORTE
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
Opinião de Mariana Silva
Felgueiras e Lousada
Escolas e outros espaços públicos fechados devido ao novo coronavírus © CM Felgueiras
AS QUESTÕES DOS ANIMAIS
Em Felguerias e Lousada, as escolas estão fechadas. A maioria dos casos de infeção com o Covid-19 são de residentes nos dois concelhos e, por isso, a Direção-Geral da Saúde mandou encerrar as instituições de ensino. Mas também ginásios, bibliotecas piscinas, cinemas e espaços para eventos. A Norte do país, são 23 os casos confirmados, sendo que 19 correspondem ao mesmo foco — em ambos os concelhos. A Direção-Geral de Saúde (DGS) mandou encerrar as escolas de Felgueiras e Lousada, uma vez que a maioria dos casos de infeção com o Covid-19 são residentes nestes dois concelhos. “Tendo em conta a circunscrição
de maioria destes casos aos concelhos de Felgueiras e Lousada, afetando também instituições escolares, a evidência apoia o fecho preventivo de todas as escolas. Estudos comparativos em circunstâncias de epidemia mostram que o fecho preventivo tem maior efeito quando comparado com o reativo. De acordo com os dados conhecidos, a maioria das crianças tem quadros ligeiros a moderados, mas têm um reconhecido papel como transmissoras de doença, sendo que a redução do contacto entre elas poderá retardar a transmissão da doença na comunidade", justifica a DGS no boletim epidemiológico publicado no último domingo.
De acordo com comunicado emitido pela Câmara Municipal de Felgueiras, o município adotou ainda medidas como o “encerramento de todos os edifícios municipais de acesso ao público, exceto os Paços do Concelho e Serviços Técnicos”, tendo ainda cancelado as feiras municipais até 17 de março. Há também eventos adiados por, pelo menos, 30 dias, ou cancelados. Na região Norte, e até ao fecho desta edição, 296 pessoas estão em isolamento profilático e vigilância ativa, havendo mais de 20 casos a aguardar resultados. Para além disso, foram identificados 646 contactos com o novo coronavírus. •
Braga e Porto
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© Mais Guimarães
Partido Socialista anuncia suspensão dos atos eleitorais para a Federação Distrital O Partido Socialista anunciou, através do seu site, a suspensão dos atos eleitorais nos distritos de Braga e Porto, adiando ainda congressos federativos. Também uma iniciativa em Torres Vedras do PS foi adiada. De acordo com comunicado, o adiamento dos atos eleitorais e outras iniciativas acontece “no seguimento das recomendações da Direção-Geral de Saúde e depois de ouvidos os presidentes de Federação e a
Comissão Permanente” do partido. Recorde-se que na corrida aos órgãos federativos do distrito estão Joaquim Barreto (atual presidente) e Ricardo Costa, vereador da Câmara Municipal de Guimarães. O PS afirma que irá “seguir atentamente todas as recomendações das autoridades de saúde tendo em vista acautelar a decisão de manter ou adiar outras iniciativas previstas para o mês de Abril”. •
Na semana passada o bem-estar animal fez parte dos temas em discussão na Assembleia da República. As questões dos animais estão cada vez mais presentes nas preocupações dos portugueses e sobretudo deverão estar entre as prioridades do poder local com o apoio do Estado até que se encontre o equilíbrio para a proteção e respeito pelos animais. Sabemos que o caminho mais importante a fazer é a sensibilização para a causa animal e para um novo olhar sobre os animais domésticos. A lei do fim do abate de animais saudáveis em centros de recolha oficiais trouxe uma nova dinâmica a estes espaços que se pretende que sejam de passagem para os animais recolhidos e que estes possam rapidamente ser adotados. Mas até na adoção é necessário ter cuidados que no passado não eram preocupação, é necessário que as pessoas sejam devidamente informadas sobre o que significa adotar um animal e as responsabilidades de se ter mais um membro na família. Tudo isto para evitar que voltem a ser abandonados e até mal tratados. No entanto, a aplicação da nova lei não está a decorrer da melhor forma e algumas notícias, umas mais sensacionalistas do que outras, fazem-nos temer caminhos de retrocesso. E infelizmente, foi isso que vimos por parte do PSD e o CDS, ao revelarem arrependimento por terem votado a lei do fim do abate a animais saudáveis, uma lei promovida pelo PCP e que foi aprovada por unanimidade, lamentando agora aspetos da aplicação da lei e problemas que a mesma poderá estar a causar em determinados municípios. Esquecendo-se que a construção de uma lei justa e equilibrada, precisa de tempo, de apoio financeiro e sobretudo de sensibilização para a causa do bem-estar animal.
O que sabemos é que mais de 40 anos de abate de animais saudáveis abandonados não resolveram a sobrepopulação dos animais errantes. A reversão dessa prática, em apenas 2 anos, tem aspetos que precisam de ser melhorados e adaptados. Os Verdes estão orgulhosos de terem contribuído para essa reversão, mesmo que se oiça já a voz dos Velhos de Restelo que, sem saber de experiência feito, quase que pedem que volte o abate de animais abandonados. Será que é isso que PSD e CDS querem? Em Guimarães a CDU esteve sempre presente nos debates sobre o CRO, sempre atenta às denúncias que felizmente pertencem ao passado e contribuímos para a construção do novo regulamento. Não podemos deixar de lamentar que o aumento tão aguardado das instalações do CRO ainda não esteja concretizado, aguardando com expectativa para comprovar se a garantia dada na última assembleia municipal de que falta pouco até que as obras se iniciem é mesmo verdadeira. Não podemos deixar de lamentar que estas questões se arrastem no tempo e abram portas ao radicalismo, que muitas vezes serve apenas para descredibilizar o caminho que se está a percorrer. No presente, a política do bem-estar animal em Guimarães já devia estar num outro patamar, por exemplo, na concretização de espaços ao ar livre em que as matilhas de cães assilvestrados possam viver. Em conjunto com as juntas de freguesia é possível promover o bem-estar de todos os animais domésticos que alguém abandonou à sua sorte, pensando (esperamos nós) que essa seria a melhor opção. Este não é um assunto menor e não podemos permitir o retrocesso. O respeito que tivermos pelos animais dirá muito sobre nós enquanto sociedade. •
OPINIÃO
O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
Opinião de António Rocha e Costa
CAUTELA E CABEÇA FRIA Passaram 100 anos desde que o terrível flagelo designado por gripe pneumónica ou gripe espanhola assolou o mundo, tornando-se na maior pandemia
do século XX. As estatísticas da época referem 50 milhões de vítimas mortais em todo o mundo e 334 no concelho de Guimarães.
Opinião de José João Torrinha
CONTRA O MEDO, PELA LIBERDADE Num extraordinário documentário sobre a vida da genial Nina Simone, alguém lhe perguntava o que para ela era a liberdade. A cantora e pianista foi discorrendo sobre o sentimento de ser livre e como é difícil descrevê-lo. E de repente, como num momento de revelação, disse: “eu digo-lhe o que é para mim a liberdade: não
ter medo. Mesmo. Não ter medo.” Seguindo o ensinamento de Simone, concluo eu que vivemos tempos pouco livres. Não nos enganemos, todavia. O medo sempre esteve presente na vida dos seres humanos e em boa parte ele explica muitos dos dramas que a humanidade viveu ao longo da história. Isso
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Desde então, as condições de vida das populações melhoraram substancialmente, no que concerne à higiene e à alimentação; o arsenal terapêutico é hoje muito mais eficaz e a informação tornou-se muito mais rápida e global. E, no entanto, sempre que surge um novo vírus, gerador de uma pandemia como aquela que o mundo enfrenta no momento actual, nós, os humanos, declaramo-nos impotentes, qual pequeno David perante o temível Golias. E então, reduzidos à nossa insignificância, vergados perante um ser microscópico, tentamos repetir as velhas receitas para fazer frente às novas ameaças. Há cem anos procedia-se ao isolamento dos doentes e recomendava-se o arejamento e limpeza dos espaços, ao mesmo tempo que se proibiam as missas, os espectáculos e as feiras, ordenando-se o encerramento das escolas e de outros estabelecimentos, de modo a impedir a concentração de pessoas e a consequente propagação do vírus. Nos tempos actuais, as medidas e as recomendações são practicamente as mesmas. No momento em que alinhavo estas linhas, não há casos registados do coronavírus (covid-19) na cidade de Guimarães, mas não
tenhamos ilusões, pois é apenas uma questão de tempo, pois o “mafarrico” já ciranda aqui à volta, de braço dado com Tanatos, em busca das vítimas facilitadoras. Perante a realidade, não adianta entrar em pânico, como não é boa ideia relativizar o problema. Com cabeça fria, devemos tomar todas as cautelas, activar os procedimentos recomendados e esperar que a “coisa” passe, ou que entretanto cheguem armas terapêuticas mais eficazes ou a milagrosa vacina. Por favor não stresse. Ocupe-se a contemplar as paisagens campestres que neste dealbar da Primavera se vestem das mais variadas e fantásticas (como diria Trump) tonalidades ou a escutar as celestiais melodias das aves canoras, não esquecendo que “a seguir à tempestade, vem sempre a bonança”, ou que “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe”. Para terminar, e já que a nova pandemia teve origem na China, permitam-me que cite Sun Tzu, alegado autor de “A Arte da Guerra”, que terá vivido no reino de Qi, por volta do ano 500 a.C. Sun Tzu disse: Em geral, quem ocupa primeiro o campo de batalha e espera pelo inimigo está descansado. Quem chega mais tarde e se precipita no combate está fatigado. Aqueles que são
hábeis na guerra, conduzem ao campo de batalha o inimigo e não se deixam por ele conduzir. (…) Quem conhece o inimigo e se conhece a si mesmo, em cem batalhas nunca será derrotado. •
encontra-se bem expresso, por exemplo, no documentário de Michael Moore “Fahreneit 9/11”, onde o autor mostra como o medo causou tanta tragédia nos EUA e como pode ser usado para manipular a opinião pública. Há um desenho muito interessante que circula na net, mostrando um equipamento de laboratório onde se vê uma lamparina acesa por baixo de um frasco (tem um nome técnico que desconheço) que depois vai deitando gota a gota uma substância num tubo de ensaio. A lamparina é o medo, dentro do frasco está a ignorância e no tubo de ensaio aloja-se o ódio. O medo alimenta a ignorância que redunda em ódio. Os inimigos da democracia conhecem bem este cenário. Conhecem-no. Exploram-no. Alimentam-no. É um caminho fácil. As redes sociais, por outro lado, são pasto fértil para espalhar o medo, cavalgar a ignorância e ir alimentando o ódio que se sente estar na ponta dos dedos de muitos que escrevem nas caixas de comentários dos jornais, no Facebook e noutras redes sociais. Este ambiente generalizado leva a que, hoje em dia, esteja a tornar-se difícil ter uma discussão séria e serena com quem quer que seja. Se há coisa que sempre gostei, foi de ter um bom debate com quem discorda de mim. Ouvindo, respeitando quem pensa
diferente, tentando convencê-lo (ainda que sem nenhum sucesso) das nossas razões. Mas basta dar uma vista de olhos pelas discussões que se vão tendo nos facebooks desta vida, para percebermos que do debate ao insulto vai um pequeno passo. Que a tendência, quando aparece alguém que diz algo com que não se concorda, é de imediato tentar desqualificar o oponente. Mesmo que nem sequer se conheça o visado, de imediato ele passa a estar comprado, ou a ter alguma agenda escondida. Já debater a questão de fundo, pouco interessa. Interessa é agredir o outro. É como que um estado de ódio permanente. E se partirmos para campos como o futebol, então é melhor nem falar… Recentemente, tivemos um bom exemplo de como as coisas podem ser discutidas com elevação, sem medos. Ao contrário de proposições absurdas sobre “matar velhinhos”, no Parlamento português todos expuseram os seus pontos de vista sobre a eutanásia e no final votou-se em consciência. A minha opinião acompanha o resultado final, mas isso não me impede de reconhecer que este é um debate difícil, em que há bons argumentos dos dois lados. E mesmo tendo vivido uma situação familiar muito próxima que definitivamente fixou a minha opinião sobre o tema, admito
que há muita gente que de mim discorda e que tem o direito de se expressar livremente, sem o risco de ser insultada. É assim, do livre debate de ideias, que se constrói uma sociedade mais justa e mais humanizada. Sem ódios, sem medos, mais livre. •
“Dos tubarões fugi eu Os Tigres matei-os eu Devorado fui eu Pelos percevejos.” (Bertolt Brecht)
Recentemente, tivemos um bom exemplo de como as coisas podem ser discutidas com elevação, sem medos. Ao contrário de proposições absurdas sobre “matar velhinhos”, no Parlamento português todos expuseram os seus pontos de vista sobre a eutanásia e no final votou-se em consciência.
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Leões de cara lavada a caminho do Castelo
Missão cumprida. O Vitória enfrentou um teste difícil na Mata Real, mas acabou por conseguir o que queria do jogo: três pontos e o terceiro triunfo consecutivo para o campeonato. Num campo tradicionalmente complicado, a turma de Ivo Vieira viu-se em maus lençóis e só na etapa complementar conseguiu superar um Paços de Ferreira combativo a jogar dentro de portas. Resultado final: 1-2. O segredo para o triunfo estava no banco: João Carlos Teixeira e Marcus Edwards foram lançados para revitalizar uma equipa que não conseguiu encontrar os melhores caminhos para a baliza
pacense durante os primeiros 45 minutos. O médio português acabaria por ser o herói da partida ao apontar os dois golos dos vitorianos e ser determinante na reviravolta do marcador. A jogar perante uma falange de apoio considerável, o Vitória entrou em campo sabendo que a Europa podia ficar a um passo: o Famalicão não conseguiu mais do que empatar no Jamor, frente ao Belenenses SAD, e o Rio Ave, embora tenha conquistado um resultado meritório no Dragão, também não somou três pontos. Mas, apesar de conseguir conservar a bola, não conseguia progredir com perigo. Desde cedo
“Um futebol bonito” trouxe o golo Para Ivo Vieira, o triunfo premiou a equipa “mais forte” e mais competitiva, especialmente com as alterações da segunda parte. Fru-
“Toque de midas” de Ivo Vieira continua em evidência No decorrer desta edição da liga já houve mais de 66 golos marcados por parte de jogadores que “saltam” do banco. O Vitória “alimenta” a contagem de forma significativa: as alterações operadas por Ivo Vieira resultaram em 13 golos, numa contagem que também engloba assistências. Até à jornada 23, o treinador dos Conquistadores lançou a partir do banco de suplentes oito marcadores e cinco assistentes, que contribuíram para 13 golos
diferentes. O técnico foi o destaque de uma publicação da Liga Portugal, que realça episódios do “toque de midas” de Ivo Vieira. O último aconteceu, precisamente, no passado fim-de-semana, altura em que os vitorianos saíram vencedores no terreno do Paços de Ferreira. Para isso, muito contribuiu João Carlos Teixeira, que saltou do banco para dar uma ajuda decisiva na conquista dos três pontos. O médio precisou de apenas dois
minutos para responder com um golo. Aos 66’, novo golo do Vitória, mas o mesmo marcador. O n.º10 bisava na partida e dava a vantagem no marcador. Na penúltima deslocação, Ivo também também foi buscar os três pontos ao banco. Na altura, contra o CD Aves, o madeirense lançou Davidson na partida ao minuto 59’. Aposta certeira, já que volvidos apenas seis minutos, o brasileiro inaugurou o marcador.•
© Liga Portugal
© Liga Portugal
Vitorianos operaram a reviravolta no marcador nos segundos 45 minutos. O herói da partida foi João Carlos Teixeira, que assinou dois golos. O triunfo na Mata Real deixa o Vitória à porta da Europa. ficou bem patente a estratégia de Pepa, que montou uma equipa matreira e organizada, pronta a aproveitar os erros do adversário. E foi isso mesmo que aconteceu. À passagem do minuto 10, Diaby pressionou Florent e recupera a bola no último terço do terreno, com discernimento o brasileiro encontra Hélder Ferreira, que finaliza de forma certeira. O extremo formado no Vitória não festejou e levantou as mãos para pedir desculpa pelo golo. O golo trouxe tranquilidade ao Paços e só nos últimos minutos do primeiro tempo é que se viu um Vitória mais atrevido, no entanto a desinspiração na frente era notável e Ouattara, lançado a titular pela primeira vez, não teve o jogo que pretenderia. O jovem extremo emprestado pelo Lille já não regressaria dos balneários, tendo, juntamente com Poha, sido substituído. A etapa complementar deu início ao festival Teixeira. O médio apontou dois golos: o primeiro na sequência de uma bela arrancada de Davidson e o segundo depois de uma jogada coletiva, cuja primeira tentativa de finalização por parte de Edwards foi defendida. Teixeira juntou os tentos à clarividência ofensiva que ofereceu à equipa.
AMI 15114
VITÓRIA
PAÇOS DE FERREIRA
1 2
Estádio da Capital do Móvel Vítor Ferreira domingo, 08 março 4.105 espetadores (43.15%)
Ricardo Ribeiro Marcelo Jorge Silva Diaby Castanheira
Maracás Oleg Luiz Carlos
Pedrinho
Hélder Ferreira
Denilson Jr. Bruno Duarte
Ouattara
Davidson Poha
André André Pêpê
Sacko Florent Pedro Henrique Venâncio Douglas
Golos 1-0 1-1 1-2
Hélder Ferreira J.C Teixeira J.C Teixeira
10’ 47’ 66’
to de um primeiro tempo no qual o Vitória não entrou “tão bem”, o técnico resolveu mexer no 11 e puxou a a equipa para a frente de ataque. E o triunfo, disse, “é inteiramente merecido”. Para chegar ao triunfo, a equipa teve de se expor “mais um pouco”, produzindo o que Ivo Vieira diz ser “um futebol bonito”. • PCE
© Direitos Reservados
Desportivo das Aves, Tondela e Paços de Ferreira. O Vitória assegurou nove pontos em nove possíveis e igualou a série positiva da primeira volta do campeonato. Na altura, esta série de jogos, contra os mesmos adversários, cifrou a melhor série da temporada. Com o objetivo de amealhar o maior número de pontos possíveis nesta fase cumprido, chega agora um trecho do calendário que pode ser decisivo para a classificação e para a obtenção de um lugar que garanta a qualificação europeia. Para esse objetivo ficar mais perto, a equipa de Ivo Vieira terá de dar uma resposta positiva no encontro vindouro, frente ao Sporting CP. E não há grandes certezas acerca do que a formação vitoriana poderá encontrar, tendo em conta a recente alteração no comando técnico dos ‘leões’. O Sporting CP “repescou” o jovem técnico Rúben Amorim ao SC Braga a troco de 10 milhões de euros com o intuito de assegurar o pódio no campeonato. Naquele que será o segundo jogo de Rúben Amorim no comando técnico do clube de Alvalade, resta saber se conseguirá manter a toada (o ‘timoneiro’ tem apenas um empate empate nos 14 jogos que realizou como técnico principal, tendo ganho os restantes jogos). Na última vez que o Sporting visitou o D. Afonso Henriques, os vitorianos saíram por cima. Com Luís Castro ao leme, o Vitória venceu o Sporting de Keizer. A tabela indica que um triunfo do Vitória colocaria a equipa a dois pontos dos leões. Só será possível ver se esse cenário se confirma no próximo sábado, pelas 20h30. O Vitória tem 37 pontos, está a um do Rio Ave. •
FUTEBOL
O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
P.19
MOREIRENSE F. C.
Lá na frente, Fábio Abreu comanda uma caminhada tranquila Formação vimaranense derrotou o Marítimo e somou o 6.º jogo consecutivo sem perder. Na frente de ataque continua um homem endiabrado. Fábio Abreu juntou mais um à sua conta. © Liga Portugal
O Moreirense recebeu o Marítimo e ganhou por 2-0. Mais três pontos na “caminhada” dos Cónegos rumo à permanência – objetivo primário, segundo Ricardo Soares –, mas as particularidades do jogo permitem destacar três números: 30, 21 e 6. A explicação é simples. O triunfo deixa os Cónegos com 30 pontos no campeonato, fruto de uma série sem derrotas que começou no início de fevereiro; quebra uma malapata que se estendia há 21 jogos – os homens de Guimarães não conseguiam manter a baliza inviolável desde março de 2019; e, na frente de ataque, Fábio Abreu não para de faturar e juntou mais um golo – o 6.º consecutivo – à sua conta, naquele que foi o 6.º jogo consecutivo sem perder para o campeonato por parte do Moreirense. O palco dos acontecimentos foi o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, terreno fértil, onde o Moreirense colhe pontos há três jornadas. Os 1.580 espectadores que marcaram presença Moreirense
MARÍTIMO
2 0
Estádio Comendador Joaquim Almeida Freitas domingo, 08 de março
Joáo Bento
1.580 espetadores (25.69%)
no estádio, numa tarde nublada de domingo, viram os Cónegos tentar explorar os erros do Marítimo. O jogo dividido, sem motivos de preocupação para ambos os guarda-redes, conheceu um capítulo decisivo à passagem do minuto 26, altura em que Filipe Soares solicita Fábio Abreu e o “toque de midas” do angolano fez o resto. Estava inaugurado o marcador e Fábio Abreu só não festejou a dobrar, porque dois minutos depois Amir sacudiu a tentativa do homem “de pé quente”. O Marítimo, que mostrou atrevimento nos primeiros minutos, foi-se atrofiando e recolheu aos balneários a perder. A formação de José Gomes deu continuidade ao momento menos favorável e não foram precisos mais de dez minutos para o marcador voltar a mexer. Como não podia deixar de ser, Fábio Abreu está na jogada e mostrou que não se limita a faturar. O avançado ganhou uma bola perdida no meio-campo maritimista, cavalga alguns metros e descobre Filipe Soares,
Pasinato Rosic João Aurélio
Iago Abdu
Fábio Pacheco
Alex Soares Bilel
Filipe Soares
Fábio Abreu
Gabrielzinho
Joel Tagueu Maeda
Nanú Bruno Xadas
Pedro Pelágio Fábio China
Zainadine
Diego Moreno Renê
J. Aurélio
M. Pasinato
que, isolado, enganou Amir e fez o 3.º golo da prova. A partir deste momento, o Moreirense relaxou e mostrou maturidade. Deixou o Marítimo assumir as despesas do jogo e tentava tirar proveito de transições rápidas. No entanto, o resultado estava feito. O Moreirense soma mais um jogo sem perder e tem pela frente uma deslocação ao Porto, para defrontar o Boavista. •
Liga Revelação
Ricardo Soares: “Ganhar sem Vitória deixa fugir vantagem sofrer golos era importante” de dois golos “É uma vitória importante para a nossa caminhada. O jogo nunca esteve fácil. O Marítimo tem uma excelente equipa, mas os meus jogadores fizeram uma exibição exemplar defensivamente”. Ricardo Soares era um treinador satisfeito no final do jogo contra os insulares, que deu três pontos à equipa de Moreira de Cónegos. A caminhada do Moreirense tem tido um importante contributo de um jogador. Fábio Abreu marca há seis jogos consecutivos, algo que para o técnico dos Cónegos reflete o empenho da equipa. “O Fábio tem feito um trabalho extraordinário, com um crescimento sustentável”, disse, acrescentando que “sem a ajuda dos colegas” o valor do avançado angolano não seria tão “realçado no jogo”. O triunfo por 2-0 deitou por terra um recorde negativo, que assolava a equipa há 19 jogos – número de partidas consecutivas a sofrer golos. A baliza inviolável mereceu um comentário de Ricardo Soares: “Ganhar sem
MOREIRENSE
© Direitos Reservados
sofrer golos era muito importante para nós. Temos defendido com muita qualidade, este Moreirense só tem sofrido golos de bola parada, o que demonstra o compromisso muito forte dos jogado. A formação vimaranense não perde há seis jogos e soma 30 pontos na tabela. •
Os Sub-23 do Vitória empataram a duas bolas com o FC Famalicão, em jogo a contar para a 5ª jornada da Fase de Apuramento da Taça Revelação. O Vitória marcou primeiro e conseguiu até uma vantagem de dois golos mas permitiu que o Famalicão marcasse dois golos nos últimos 20 minutos. A lutar pelo primeiro lugar da prova, a formação da cidade-berço foi a primeira a fazer o gosto ao pé. Gonçalo Gomes, que tem marcado ao serviço dos Sub-19, inaugurou o marcador aos 37 minutos, num resultado que se manteve até ao intervalo. Já na etapa complementar, houve tempo para mais festejos vitorianos. E com um grande golo. Na conversão de um livre directo, Paulinho aumentou a vantagem para 2-0. Contudo, também de bola parada, mas de pénalti, o FC Famalicão reduziu, por Luka. Cerca de dez minutos depois, Clayton igualou a partida e fixou o resultado em 2-2. •
© VSC
1ª LIGA FC PORTO BENFICA BRAGA SPORTING RIO AVE VITÓRIA SC FAMALICÃO MOREIRENSE SANTA CLARA GIL VICENTE BOAVISTA VITÓRIA FC BELENENSES SAD TONDELA MARÍTIMO PAÇOS DE FERREIRA PORTIMONENSE DESP. AVES
24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24
19 19 14 13 10 10 10 7 8 7 7 6 7 6 5 6 2 4
3 2 4 3 8 7 7 9 6 9 8 10 5 7 9 4 10 1
2 3 6 8 6 7 7 8 10 8 9 8 12 11 10 14 12 19
60 59 46 42 38 37 37 30 30 30 29 28 26 25 24 22 16 13
LIGA REVELAÇÃO RONDA QUALIFICAÇÃO Taça Revelação Grupo Norte VITÓRIA SC FEIRENSE LEIXÕES FAMALICÃO ACADÉMICA
4 3 4 3 4
1 2 0 1 1
2 1 1 2 2
2 1 1 2 2
22 21 19 16 16
4 4 4 3 3
3 3 2 0 0
0 0 1 1 0
1 1 1 2 3
28 27 26 23 20
Grupo Sul V. SETÚBAL COVA DA PIEDADE PORTIMONENSE BELENENSES SAD MARÍTIMO
MODALIDADES
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
Basquetebol
Andebol
Taça: Vitória está na Final Four e marca encontro com o FC Porto
Xico não tira o pé do acelerador e consegue mais um triunfo © Direitos Reservados
P.20
© Vitória SC
todo o jogo, ainda que o adversário não se adiantasse muito no marcador. Depois de oito pontos de diferença no final do primeiro período, as equipas chegaram ao intervalo separadas por seis (3541). No entanto, o Vitória cresceu na segunda metade do jogo. Sentiu-se nesta altura o apoio do público nas bancadas, o que também terá contribuído para o acanhar do Esgueira. A partida acabaria por se decidir no último quarto. A Final Four está marcada para dia 21 e 22 de março e terá transmissão televisiva.
Semana perfeita
Os Conquistadores garantiram o acesso à Final Four da Taça de Portugal, numa partida disputada (89-81) com o Esgueira, no Pavilhão da Unidade Vimaranense. O Vitória vai defrontar o FC Porto na fase final da competição. A final será disputada entre o ven-
cedor deste jogo e quem sair por cima no encontro entre SL Benfica e Sporting CP. Na partida que selou a passagem da equipa vitoriana, nota para a má entrada na partida dos Conquistadores, que estiveram a perder durante quase
E se o Vitória está no bom caminho na Taça, também deu cartas no campeonato. Os vimaranenses voltaram a vencer na Liga Placard. Na visita a Ílhavo, os Conquistadores venceram o Illiabum Clube (64-77) e mantiveram o 5.º lugar da tabela. Na próxima jornada, o Vitória desloca-se aos Açores para defrontar o Terceira Basket. •
Kart
Luís Alves lidera categoria X30 Sénior © Direitos Reservados
Depois dos títulos de campeão nacional Cadete (2015), Juvenil (2016 e 2017) e Júnior (2019), Luís Alves estreou-se este fim de semana na categoria X30 Sénior do Campeonato de Portugal de Karting, saindo da prova de Leiria como líder da competição. O piloto deu logo bons indícios ao conseguir a pole-position nos treinos cronometrados e ao vencer a primeira manga de qualificação, perante um pelotão de 22 pilotos. Na segunda manga, o desgaste prematuro dos pneus levou Luís Alves a terminar a corrida no 2.º lugar. Na Final, com apenas dois pneus novos para usar, o vimaranense terminou no 2.º posto. •
vimaranense adaptou-se e foi conseguindo acompanhar o ímpeto dos visitantes. Foi, por isso, com naturalidade que as equipas foram para o intervalo empatadas a 13 golos. Na etapa complementar os adeptos presentes no Pavilhão Desportivo Francisco de Holanda foram uma peça vital no ressurgimento ofensivo. Os vimaranenses conseguiram uma vantagem de quatro golos, que só foi mitigada pela Sanjoanense. Resultado final: 23-22. O Xico subiu ao 3.º lugar da classificação e desloca-se ao terreno do Estarreja AC na próxima jornada em busca do terceiro triunfo consecutivo na Fase Final. •
MMA
Carvalho luta pelo título mundial O vimaranense Pedro Carvalho vai disputar o cinto Bellator na próxima sexta-feira e vai ter pela frente Patrício “Pitbull” Freire, atual detentor do título. Naquele que será, segundo algumas publicações, a maior luta da carreira do vimaranense. “Eu não venho só para ganhar -
Futsal
Candoso sofre derrota pesada com o Fundão O Candoso foi goleado pela AD Fundão (7-0) e somou nova derrota por números gordos. Os vimaranenses deslocaram-se ao terreno da formação de Castelo Branco e juntaram mais uma derrota ao registo da Liga Placard. A formação de Guimarães permanece no fundo da tabela, com sete pontos e tem a pior defesa da prova – 108 golos
Dois jogos, duas vitórias. O Xico Andebol estreou-se em casa na Fase Final de apuramento do Campeão Nacional da 2ª Divisão e, na receção à AD Sanjoanense, 1.º classificado, venceu a partida (23-22). O triunfo surge depois de o Xico ter ganho o primeiro jogo fora de portas, contra o Alto do Moinho, Esperava-se um jogo de elevada dificuldade – os homens de São João da Madeira lideravam a contenda – e foi isso mesmo que aconteceu, com incerteza a reinar até ao fim da partida. A Sanjoanense criou muitas dificuldades na circulação e movimentação tática ofensiva do Xico Andebol, mas a equipa
sofridos. Ao fim de 20 jogos, os vimaranenses obtiveram duas vitórias e empataram um. O Candoso tem encontro marcado com o Burinhosa na próxima jornada. Em semana de renovações, o destaque vai para a continuidade do capitão Fábio Miranda. “Fábio, que vai para a sexta época no CR Candoso, repre-
senta a entrega, compromisso e ambição que pretendemos manter na próxima temporada”, anunciou o clube. No decorrer desta semana, o clube anunciou também a renovação de Cristiano, que estendeu o seu vínculo por mais uma temporada. O mesmo aconteceu com Pirica, que vai fará a sexta época pelo clube. •
eu venho para dominar. Vou provar o que tenho dito todos estes anos, que sou o melhor do mundo. Uma vitória não é suficiente para mim”, disse o vimaranense, citado pelo jornal The Irish Sun. Na mesma publicação, Carvalho afirma que seria um privilégio dar este título a Portugal.•
Hóquei
CART perde com o Paredes em casa O CART foi derrotado em casa pelo Paredes. Depois de ter folgado na última semana, a equipa taipense perdeu por 4-5 contra a equipa que ocupa o 3.º lugar da classificação da Zona Norte da 3.ª Divisão Nacional. No Pavilhão do CART, a equipa caseira não conseguiu fazer frente à equipa
que luta pelo 1.º lugar da tabela. Com 26 pontos amealhados até ao momento, a formação vimaranense mantém o 6.º lugar. O CRPF Lavra é o próximo adversário da equipa taipense. A formação de Matosinhos está no 5.º lugar, com mais dez pontos do que o CART. •
+ DESPORTO
O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020 Campeonato de Portugal
Série A
Vitória B foi superior ao Berço e triunfa no dérbi vimaranense
AF BRAGA
CAMP. PORTUGAL
© Vitória SC
VIZELA FAFE VITÓRIA B BRAGA B MERELINENSE S. MARTINHO MARIA DA FONTE MARÍTIMO B MONTALEGRE BERÇO SC CHAVES SATÉLITE MIRANDELA U. MADEIRA PEDRAS SALGADAS CERVEIRA BRAGANÇA 17º OLIVEIRENSE 18º CÂMARA DE LOBOS
PRO-NACIONAL 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25
19 16 14 14 12 13 10 10 10 9 8 8 9 6 5 3 2 2
3 4 6 4 7 5 10 9 7 6 7 6 3 8 5 8 10 2
3 5 5 7 6 7 5 6 8 10 10 11 13 11 15 14 13 21
60 52 48 46 43 41 40 39 37 33 31 30 30 26 20 17 16 8
PEVIDÉM BRITO VILAVERDENSE CAÇ. TAIPAS FORJÃES JOANE RIBEIRÃO TORCATENSE ARÕES PRADO SANTA EULÁLIA VIEIRA DUMIENSE/CJP II SANTA MARIA S. PAIO D’ARCOS PORTO D’AVE CABREIROS SERZEDELO
Jornada 25 BRAGA B FAFE MARIA DA FONTE MIRANDELA PEDRAS SALGADAS VIZELA VITÓRIA B MERELINENSE MARÍTIMO B
2-0 1-0 4-1 0-1 3-0 1-0 4-1 1-1 5-1
tos, Nico Janvier converteu uma grande penalidade e inaugurou o marcador. O golo do francês animou a equipa, contudo, não se viram mais golos na primeira parte. Numa imitação dos primeiros minutos, também a segunda parte arrancou com um golo vitoriano e pelos pés do mesmo autor. O francês aumentou a vantagem para 2-0 com um remate certeiro e viu Lucas Soares seguir-lhe as pisadas logo a seguir. O brasileiro, que já na primeira parte sofrera a falta para o penalti, mar-
cou o terceiro golo da partida. O Berço acabou por reagir e reduzir para 3-1, naquele que foi o melhor período do Berço na partida, mas os vitorianos aumentariam a vantagem no último quarto-de-hora do encontro. João Santos, reforço proveniente do Belenenses, voltou aos golos e fixou o resultado em 4-1. Na próxima jornada, o Vitória visita o reduto da Oliveirense. Já o Berço viu a vantagem para a linha de água diminuir. A equipa joga com o Chaves Satélite na próxima ronda. •
Pro-nacional
Brito ganha um ponto ao líder A jornada 26 do Pro-Nacional viu o Brito fazer uma ligeira aproximação ao topo da tabela, depois de ter conseguido alcançar um triunfo pela margem mínima no terreno do Vilaverdense. A vitória, aliado ao empate cedido pelo Pevidém em Ribeirão, cifrou a desvantagem do Brito para o topo da tabela em quatro pontos. Indiretamente, o triunfo dos britenses em Vila Verde acabou por ajudar outra equipa concelhia. O CC Taipas venceu o Vieira fora de portas e ficou mais perto do pódio do campeonato – está agora a dois pontos do Vilaverdense. No meio da tabela continua o Torcatense, que cimentou a sua posição com uma vitória gorda frente ao Santa Maria FC (4-0). A equipa de São Torcato está agora no 7.º posto da tabela. Entre as equipas concelhias há apenas registo de uma derrota. O Serzedelo, último classificado e já praticamente com o destino selado, não conseguiu dar sinal de retoma e perdeu mais um jogo,
Direitos Reservados ©
DIV. HONRA
1ª DIVISÃO 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
15 13 12 10 9 11 9 8 9 9 8 6 4 5 3 3
2 4 5 6 7 1 7 8 4 4 6 10 8 3 6 3
5 5 5 6 6 10 6 6 9 9 8 6 10 14 13 16
47 43 41 36 34 34 34 32 31 31 30 28 20 18 15 12
3-0 2-3 1-4 2-1 4-1 2-0 2-0 3-1
58 54 51 49 45 37 36 36 35 35 32 31 31 28 27 26 21 15
4 4 4 7 7 8 7 10 10 11 12 8 10 11 12 14 15 16
SANTA MARIA CAÇ. TAIPAS ARÕES JOANE SANTA EULÁLIA BRITO DUMIENSE/CJP II S. PAIO D’ARCOS PEVIDÉM
Série C
19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19
14 12 12 10 9 8 8 8 8 8 7 6 6 5 2 1
3 5 3 2 3 5 5 4 3 2 3 5 4 2 5 2
2 2 4 7 7 6 6 7 8 9 9 8 9 12 12 16
45 41 39 32 30 29 29 28 27 26 24 23 22 17 11 5
1-2 1-0 2-2 0-0 2-0 1-0 0-0 0-3
DELÃES EMILIANOS FC GONDIFELOS SANTO ADRIÃO OP. CAMPELOS SÃO CLÁUDIO CD LOUSADO GD SELHO
AF BRAGA
1ª DIVISÃO
INFIAS MONTESINHOS CALVOS ABAÇÃO CASTELÕES MAIS POLVOREIRA SÃO CRISTÓVÃO INFANTAS PINHEIRO SOUTO GONDOMAR SÃO FAUSTINO GÉMEOS NESPEREIRA
14 13 14 13 14 14 14 14 14 13 14 13 14
10 10 9 8 8 7 5 5 5 4 3 1 1
2 1 3 1 1 1 6 3 3 2 2 1 0
2 2 2 4 5 6 3 6 6 7 9 11 13
32 31 10 25 25 22 21 18 18 14 11 4 3
Jornada 15
lhio entre CC Taipas e Serzedelo. Pevidém e Brito têm jogos caseiros, com receções ao Vilaverdense e Forjães, respetivamente. •
1-2 2-4 1-3 1-0 3-1 2-0 2-1 2-2 1-2
UD CALENDÁRIO CD LOUSADO OP. CAMPELOS GD SELHO SANTO ADRIÃO PRAZINS E CORVITE GONDIFELOS EMILIANOS FC DELÃES OP. FAMILICÃO DESP. S. COSME TAGILDE ASES STA. EUFÉMIA LONGOS U. ALDÃO CANO SÃO CLÁUDIO
U. ALDÃO E CANO LONGOS TAGILDE PRAZINS E CORVITE ASES STA. EUFÉMIA DESP. S. COSME UD CALENDÁRIO OP. FAMALICÃO
SUPER LIGA
SÃO CRISTÓVÃO ABAÇÃO CASTELÕES INFIAS INFANTAS SÃO FAUSTINO
4 6 6 4 6 7 6 6 11 5 5 10 7 7 6 8 6 6
Jornada 19
POLVOREIRA RUIVANENSE BAIRRO NINENSE FRADELOS CELORICENSE LOURO PICA
POPULAR
desta feita contra o Arões (3-0). O Pró-nacional está de regresso no próximo fim-de-semana. O destaque vai para o dérbi conce-
TORCATENSE VIEIRA SERZEDELO PORTO D’AVE PRADO VILAVERDENSE FORJÃES CABREIROS RIBEIRÃO
Jornada 22 ANTIME PONTE AMIGOS URGESES SANDINENSES AIRÃO SÃO PAIO VIATODOS RONFE
18 16 15 15 13 10 10 10 8 10 9 7 8 7 7 6 5 3
AF BRAGA
Série B
PONTE OS SANDINENSES NINENSE RONFE ANTINE AIRÃO CD CELORICENSE VIATODOS PICA AMIGOS URGESES SÃO PAIO BAIRRO FC POLVOREIRA RUIVANENSE FRADELOS LOURO
26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 27 26 26 26 27 26 26 26
Jornada 26
OLIVEIRENSE BRAGANÇA U. MADEIRA S. MARTINHO CERVEIRA CHAVES SATÉLITE BERÇO SC MONTALEGRE CÂMARA DE LOBOS
AF BRAGA
A equipa B goleou, na tarde do passado domingo, o Berço por 4-1, em jogo a contar para a 25ª jornada da Série A. Boas notícias para o Vitória, que cimentou o 3.º posto da classificação, a quatro pontos da vice-liderança; más notícias para a formação recém-promovida, que somou nova derrota e continua na segunda metade da classificação. Dentro das quatro linhas, não houve margem para dúvidas acerca de quem era a equipa mais forte. O Vitória chegou bem cedo ao golo. Logo aos 8 minu-
P.21
2-2 1-0 3-0 0-2 0-0
SOUTO GONDOMAR GÉMEOS NESPEREIRA MAIS POLVOREIRA CALVOS PINHEIRO
Série D
AC GONÇA ACR GUILHOFREI PEVIDÉM B S. MASCOTELOS GCD REGADAS TABUADELO FC GANDARELA FERMILENSE ARCO BAÚLHE GD SILVARES GD CAVEZ GDCR FAREJA GRC ROSSAS PINHEIRO GDC MOSTEIRO MOTA FC
19 19 19 19 19 19 18 19 19 19 19 19 19 19 18 19
15 14 13 12 12 11 10 9 8 7 6 6 6 2 2 0
2 2 47 3 2 45 1 5 40 2 5 38 2 5 38 2 6 35 2 6 32 4 6 31 5 6 29 2 10 23 2 11 20 2 11 20 2 11 20 3 14 9 2 14 8 0 19 0
Jornada 19 GDC MOSTEIRO GDCR FAREJA AC GONÇA FC GANDARELA GRC ROSSAS MOTA FC FERMILENSE ARCO BAÚLHE
1-1 0-4 2-1 1-3 1-5 2-0 1-1
GD SILVARES PEVIDÉM B S. MASCOTELOS PINHEIRO ACR GUILHOFREI GCD REGADAS GD CAVEZ TABUADELO
P.22
ARTES E ESPETÁCULOS
N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
A celebrar dez anos, Feira Afonsina regressa ao Centro Histórico
Agenda Cultural
A celebrar dez anos, a Feira Afonsina abrangerá, na próxima edição, que decorre entre 18 e 21 de junho, novamente, mas com menos densidade, o Centro Histórico de Guimarães. Depois de no ano passado se ter limitado ao Monte Latito, nas imediações do Castelo, a Feira Afonsina regressa este ano ao Centro Histórico. A mudança surge no âmbito das celebrações dos 10 anos do evento. Assim, a autarquia retomou áreas de outras edições e reforçou algumas já habituais, estendendo a Feira, novamente, ao Centro Histórico. A propósito da aprovação das normas de participação no evento, em reunião municipal, a vereadora da cultura, Adelina Paula Pinto garantiu que a última edição não foi um erro e reforçou que, anualmente, são realizadas avaliações ao evento e há sempre necessidade de apresentar melhorias. “Não somos favoráveis à cristalização. Sei que houve críticas, ouvimos as pessoas e falámos com as pessoas. No ano passado, foi o ano onde o centro histórico teve mais animação, porém, fruto da celebração dos dez anos e do alargamento que queremos fazer, vamos acrescentar o Centro Histórico. No ano passado, retirámos apenas a intervenção direta”, explicou. Este ano, o regresso ao Centro Histórico acontecerá “sem a habitual densidade”, avisou. Para o vereador do PSD, Ricardo Araújo, a Feira Afonsina “volta ao sítio de onde nunca deveria ter saído”. “É de registar, com agrado, que o Partido Socialista veio dar razão à Coligação Juntos por Guimarães, que desde o ano passado criticou a deslocalização da realização da Feira Afon-
sina”, acrescentou. Todo o espaço oficial do evento, mais alargado em relação à edição de 2019, terá uma intervenção cenográfica, contando com performances musicais e teatrais medievais em demonstrações das viveêcias no quotidiano da época, onde se criam e revisitam as memórias de outros tempos, segundo a autarquia. “A Mulher na Idade Média” é o tema definido para a edição de 2020, num evento que não terá apenas um grande espetáculo, mas sim vários espetáculos distintos, com diferentes simbologias, em alusão à figura da dona Teresa, ou de dona Mafalda, adiantou a vereadora. A Feira Afonsina integra o programa alargado Afonsina 2020 que inclui ainda as Jornadas Históricas, Comemorações do 24 de junho e Corrida dos Conquistadores, e que visa a Celebração da Data Fundadora da Nacionalidade. O evento consubstancia-se em conteúdos e recriações histórias subdivididas por áreas temáticas e uma de contextualização histórica estrita com o tema do evento para edição 2020. As áreas temáticas abarcam a gastronomia, os mesteres e ofícios, os jogos e a arte bélica, os nobres e o povo, como áreas que se têm vindo a realizar e a educação, o ensino e o clero, como áreas novas a retratar. As inscrições/candidaturas para os interessados em participar na 10ª edição da Feira Afonsina estão abertas e é impreterível a en-
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trega até ao dia 6 de abril (Associações e Privados) e 4 de maio (Normas Bares e Restaurante Locais), por correio, através de e-mail ou entregue em mão, instruída com todos os documentos constantes nas normas de participação.
Autarquia quer 24 de junho "mais abrangente" O dia 24 de junho é celebrado nas festividades da Feira Afonsina e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, poderá marcar presença em Guimarães, a 24 de junho, dia de feriado municipal, no qual se celebra a Batalha de São Mamede, tra-
vada em Guimarães em 1128. A ambição foi revelada em reunião municipal por Domingos Bragança. “Pretendemos celebrar o momento. Estão a tentar conjugar com a presença do Presidente da República. Queremos que este momento celebrativo seja mais abrangente”, avançou. O objetivo foi reiterado pela vereadora da cultura que adiantou que Marcelo Rebelo de Sousa estará “disponível para vir”. “Falta ajustar a hora. Queremos fazer com 24 de junho seja um momento de auge, com o Presidente da República. Queremos muito trabalhar esse 24 de junho de melhor forma. Queremos que seja um evento mais participado", admitiu. • MO
Recordar 10 anos de Banhos Velhos através de um documentário Na próxima quinta-feira, 26 de março, será apresentada a programação da agenda cultural dos Banhos Velhos para 2020. A sessão está agendada para as 21h30, no edifício da Taipas Termal. A entrada é livre. Recorde-se que, em 2020 os Banhos Velhos cumprem o seu décimo aniversário de programação cultural. No anúncio da agenda cultural de 2020, além da divulgação dos eventos que irão marcar esta nova agenda, será exibido o documentário sobre os dez anos dos Banhos Velhos, realizado pelo coletivo GRUA. A GRUA é um estúdio para a indústria da música e cultura. Além disso, é um projeto incubado nos Laboratórios Criativos da Plataforma das Artes e da Criatividade de Guimarães.
Segundo o site da Taipas Termal, o espaço dos Banhos Velhos, de origem romana, foi explorado, enquanto balneário termal, desde 1753 e essa sua atividade durou até meados da década de 70, seguindo-se um abandono de praticamente 30 anos. Em 1977, os Banhos Velhos foram encerrados por decisão da Direção Geral de Saúde, uma vez que as águas se encontravam inquinadas. Apesar do abandono, o local “nunca deixou de possuir um enorme simbolismo para a população local”, pode ler-se na mesma nota histórica. A restauração deste edifício ocorreu, então, no ano de 2010, transformando-o num espaço de cultura e lazer, com programação para a primavera-verão desse mesmo ano. •
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Música Bing & Ruth CIAJG 9 de maio 21h30
Teatro Vintena MMXX Salão Paroquial de Pevidém Até novembro de 2020
Festivais Westway Lab CCVF/ CIAJG 06 a 16 de abril
Exposição Território e Comunidade Casa da Memória Permanente Caos e Ritmo #1 CIAJG Até 04 de outubro
PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS
O JORNAL N232 QUARTA-FEIRA 11 MARÇO 2020
Farmácias de serviço
Palavras Cruzadas
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Quarta-feira 11 de março
Farmácia Lobo
Avenida Londres - Tlf: 253 412 124 Quinta-feira 12 de março
Farmácia Vitória (Creixomil) Guimarães Shopping- Tlf: 253 517 180 Sexta-feira 13 de março
Farmácia Hórus
Largo do Toural - Tlf: 253 517 144
*Farmácia Faria
Portugal à mesa com
R. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 346
Mário Moreira
Sábado 14 de março
Farmácia do Parque
R. Dr. Carlos Saraiva 46 - Tlf: 253 516 046 Domingo 15 de março
Farmácia Pereira
As câmaras e os silêncios que me observam Trabalho numa cozinha com câmaras. Já trabalhei em outras cozinhas com semelhante vigilância. Porém, não são as câmaras ocultas que me incomodam. Nem sequer as humanas. Estou concentrado. De consciência tranquila, de boas práticas, de não lesa ninguém. - É assim tão cruel? Pergunta, por trás de mim, Olga, mulher do Major, propietários do restaurante. Nem pestanejei. – É assim tão cruel? Volta a perguntar-me. Viro-me, ligeiramente. Está encostada a uma bancada de trabalho, numa postura pouco comum. Decote escarrapachado, saia curta bem justa, pernas ao léu, lábios de um sol vermelho escaldadante... Fico perturbado não pela sua presença, mas pela sua pose, perturbado até ao desejo. - Os lavagantes não sentem dor, respondo! Têm morte imediata. Conhece o episódio do tubarão com as tripas de fora que as confundiu com um petisco? O fascínio da cozinha, excitava-a. Contorcia-se toda de lado para lado, como um camarão lambuzado em azeite e alho na frigideira. - Eu sei que que eles gritam quando estão a morrer dentro de água, como eu fora dela... Olga, pega um lavagante, parte-lhe uma
pinça que a entroduz no anús e num ato imediato retira-a. Uma cor castanha esverdeada sai do pobre bicho. Atira-o para cima da bancada, a esteirar-se com dores... - Afinal quem é cruel? Está aqui para se certificar que não enveneno o Major? Se lhe quisesse fazer mal, não estripava os bichos, não os deixava cozinhar completamente, não me assegurava da devida confeção dos alimentos. Há um silêncio peturbante. Sinto um arrepio na espinha... Num impulso mecânico, Olga, senta-se na bancada. Acontece um cenário obsceno. Uma posição primitiva, completamente descarnada, pornográfica. Houvem-se passos, cruza as perna. É o Major. - Que se passa aqui? Observa o cenário “meticulosamente” sem respostas. Bate em retirada num ato militar banana. - Normalmente, espero que morram, só depois os estripo, nunca retiro a tripa a um lavagante vivo. Há uma especie de lavagante que tem um grão de areia no cérebro que os fazem gritar em situações de desespero... Viro-me, não encontro, Olga. Consegui resistir! Surge-me a ideia de uma cilada... Não cedo a armadilhas!
Alameda S. Dâmaso - Tlf: 253 412 950 Segunda-feira 16 de março
Farmácia da Praça
Rua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167 Terça-feira 17 de março
Farmácia Nobel
Rua de Santo António - Tlf: 253 516 599 *Em regime de disponibilidade
Horizontais
1. Tremor no mar (pl.) / 2. Chefe árabe; Cabelo / 3. Preciosidades / 4. Aspecto; … Vicente (autor); Nota musical / 5. Engordar / 6. Trituradora; O sono infantil / 7. Pragmatismo / 8. Abalar; Meia tabela; Letra grega / 9. Tribunas / 10. Condutor de palanquim; Divisa / 11. Incomodativas.
Bom apetite! Um abraço gastronómico. Envie as suas sujestões para: leitor@maisguimaraes.pt
1. Singelas; Permanecem / 2. Gostar; Ramaria / 3. Gracejar; Colorido; Nome escocês / 4. Constrói; Da Itália / 5. Sonhar, idear / 6. Pedra preciosa; Esmola / 7. Diminutivo de Robert; Grande quantidade; Posssuir / 8. Aplausos (fig.); Luta (fig.) / 9. Muito parecido; Felicidades (fig.).
Soluções do Problema Anterior: Horizontais 1. Beco; Usam / 2. Arara; Obi / 3. Rol; Zelar / 4. As; Cupula / 5. T; Roliça / 6. Apor; Cara / 7. Elevar; V / 8. Aletas; Ri / 9. Mitos; Mus / 10. Oca; Azedo / 11. Raso; Eles. Verticais 1. Barata; Amor / 2. Eros; Pelica / 3. Cal; Roletas / 4. Or; Coreto; O / 5. Azul; Vasa / 6. U; Epicas; Ze / 7. Soluçar; Mel / 8. Abalar; Rude / 9. Mira; Avisos.
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COLHEITA PERMANENTE
Todas as Terças-feiras das 14h30 às 19h00 Primeiro e terceiro Sábado de cada mês das 09h00 às 12h30 Local Casa do dador (Azurém)
Soluçoes da semana passada
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Dê sangue!
Dificuldade: Difícil
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“Lavagantes grelhados” Descongelo os lavagantes. Faço-lhes uma incisão no comprimento. Retiro-lhes a tripa, parto-lhes as patas. Lavo-os. Guardo-os. Levo os lavagantes, untados com azeite, a uma grelha. Tempero-os com sal, alhos picados, manteiga, piripiri e sumo de limão.Tempero de pimenta e oregãos. Envolvo-os, levo-os ao forno e deix-os ferver um pouco. Retifico nos temperos.
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Como jogar: Preencha a grelha de forma a obter todas as linhas, em todas as colunas e em todas as áreas de 3x3 os algarismos de 1 a 9.
O que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia...
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Última
GNR apreende 165 artigos de material contrafeito nas Taipas A GNR das Taipas apreendeu, no âmbito de uma fiscalização à feira semanal das Caldas das Taipas, que se realiza às segundas-feiras, o total de 165 artigos contrafeitos. Foram apreendidos 41 pares de calçado, 34 fatos de treino e 90 camisolas. Uma mulher de 30 anos e um homem de 59 foram constituídos arguidos no decorrer da ação, sendo que os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Guimarães. A ação visava a deteção e apreensão de artigos contrafeitos, imitação, venda e uso ilegal de marca. •
© Marco Jacobeu/Mais Guimarães
Teleférico The Guardian destaca Guimarães
Crescem os casos de Covid-19
O jornal britânico The Guardian elencou dez capitais culturais mais pequenas que merecem uma visita e incluiu a cidade de Guimarães. O jornal de referência coloca a cidade-berço ao lado de locais como Slamanca (Espanha), Linz (Áustria) ou Bergen (Noruega).
Até ao fecho desta edição eram 41 casos confirmados com Covid-19. Havia ainda 667 pessoas em vigilância e 375 casos suspeitos. Um doente inspirava “maior cuidado” às autoridades de Saúde.