VENHA E SEJA PERDOADO Já era quase meio dia, e trevas cobriram toda a terra até às três horas da tarde. LUCAS 23:44
A
s coisas iam bem quando Jesus começou Sua missão. As multidões reuniam-se em torno dele admiradas com Seus milagres, e as portas de cada sinagoga se abriam para Seus ensinamentos. Jesus está no circuito de pregadores e é tão popular quanto qualquer pregador itinerante gostaria de ser. Mas o sentimento público mudará. Os líderes religiosos serão os primeiros a soar o alarme, desconfiados com relação as Suas companhias (Mc 2:16), as afirmações que Ele fará (14:61-64) e ao poder que usará para curar (3:22). Sua vizinhança o ignorará (6:3), Sua sinagoga o mandará para fora da cidade (Lc 4:29) e até a Sua família sentirá vergonha de Seus atos (Mc 3:21). No final de Seus dias, Ele terá sido traído por um colega, desonrado por um amigo, abandonado por Seus seguidores, amaldiçoado por um ladrão, e aparentemente abandonado pelo próprio Deus. Na Sua hora final, Ele será envolvido em trevas — frio, nu, exposto e completamente sozinho. O aplauso da multidão ficará silencioso, a lealdade de Seus seguidores se mostrará superficial, maldições serão lançadas, pregos serão martelados, cruzes se levantarão, e todos aqueles que Ele alimentou, curou, favoreceu e perdoou não estarão visíveis. Tudo que Jesus ouvirá serão as risadinhas de Seus traidores, os soluços de Sua mãe e o murmúrio dos soldados lançando sortes sobre Suas roupas. O “perturbador político” será extinto. O “curandeiro blasfemo” será silenciado. Os céus escurecerão. Uma lágrima cairá do Céu. E naquele momento, todos os nossos pecados serão perdoados. Precisamos nos lembrar de tudo isso quando lermos o Sermão do Monte. Quando Jesus prega no monte, Ele sabe o que vem depois — que a maioria daqueles que o ouviam avidamente logo o negariam. As pessoas
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