J ORNAL do
SINDSAÚDE/SC
Setembro de 2019
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68 anos
de fundação do SindSaúde/SC 26 de setembro de 1951
Aprovada Proposta de Convenção Coletiva 2019/2020
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A categoria da saúde segue sem resposta para suas pautas
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Em defesa da saúde e por vida plena
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Editorial
Privado
O Sindsaúde/SC foi fundado em 26 de setembro de 1951 por Celsa Machado Lemfers, funcionária do Hospital de Caridade. Ela fundou inicialmente uma Associação que dois anos depois foi transformada em Sindicato. Desde o início, já teve uma noção da difícil empreitada quando foi entregar ao provedor do Hospital de Caridade a primeira pauta de reivindicações trabalhistas. Assim começava nossa longa história de lutas. A ata da primeira assembleia realizada no ano de 1953 registrava o total de 82 filiados. Em 11 de junho de 1993 foi inaugurada a sede em Florianópolis, cujo auditório leva o nome da fundadora do SindSaúde/SC, uma maneira singela de homenagear a mulher que deu início a essa história de luta. Atualmente o Sindsaúde/SC conta com quase 9.000 filiados dos setores público e privado de saúde. Foram realizadas inúmeras greves que marcaram definitivamente o aspecto combativo desta categoria de trabalhadores. Uma das principais conquistas do Sindsaúde/ SC foi a jornada semanal de 30h e o plano de carreira da categoria da saúde pública estadual. O sindicato somos nós, trabalhadoras/es organizadas/os, informados e atuantes. O sindicato não é somente um prédio. Agora, mais do que nunca, devido a essa conjuntura de ataques intensos diários aos direitos, o/a trabalhador/a precisa estar ciente do papel do sindicato e a importância de ser sindicalizado/a. Juntos/ as ganhamos força, voz, representatividade e respeito nas atuações e na mesa de negociação. Sindicalizar-se é fortalecer uma organização sindical para negociação de melhores condições de trabalho e salários, conquistas, manutenção e garantia de direitos, exigindo respeito às/aos trabalhadoras/ es. Este mês é especial, completamos 68 anos de Luta. Por isso dividimos com você a nossa história. A participação de todas/os é muito importante na construção e também na discussão de projetos que influenciam diretamente na nossa vida, no trabalho, na sociedade. As conquistas dependem da articulação conjunta, atividade permanente, e engajamento do coletivo. Você já imaginou como seria nossa vida sem sindicato? Nossa carga horária, salário, licença-prêmio, triênio, insalubridade, décimo terceiro, férias, licença maternidade... Somos reconhecidas/os nacionalmente pela combatividade, comprometidas/os com a luta da classe trabalhadora. Somente com organização e participação se constrói a luta. Seguimos juntas/os por nenhum direito a menos na construção da nossa história. Enfrentando e lutando contra qualquer ataque aos direitos das/os trabalhadoras/es. Há muito para ser feito, mas quem conhece os seus direitos, dificilmente aceita uma situação de sucateamento e condições precárias de trabalho.
Expediente
Nossos Direitos só a luta faz valer! Gestão 2017/2020 Lutar quando a regra é vender! 68 anos do Sindsaúde/SC, você faz parte dessa história!
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Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público e Privado de Florianópolis e Região
www.sindsaudesc.com.br facebook.com/sindsaudesc instagram/sindsaudesc Sede:
Diretoria SindSaúde/SC - Gestão Lutar quando a regra é vender - 2017/2020 Edição e diagramação: Rubens Lopes Impressão: Gráfica Open Brasil 6.000 cópias
Florianópolis Rua Frei Evaristo, 77 - Centro, CEP: 88015-410 Telefone: (48) 3222 4552 imprensa@sindsaudesc.com.br
Trabalhadores da Saúde de Florianópolis aprovam Proposta de Convenção Coletiva 2019/2020
Aconteceu no dia 03 de setembro no auditório do SindSaúde/SC a Assembleia dos trabalhadores celetistas da Grande Florianópolis que aprovou as propostas para a Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2020.
Na prática é a primeira etapa para iniciar a negociação da categoria com o sindicato que representa as empresas e vai definir o reajuste da data base da categoria no dia 31 de outubro de cada ano, entre outras cláusulas. Participaram da Assembleia trabalhadores de diversas empresas da base do Sindicato, que contribuíram com as discussões para junto com a Diretoria do Sindicato buscar a ampliação dos direitos dos trabalhadores da Saúde já assegurados na atual Convenção Coletiva. Após a aprovação das propostas, a diretoria do SindSaúde/SC protocolou ofício junto ao Sindicato das empresas solicitando reunião para iniciar as negociações. Toda a categoria será informada do andamento das negociações, sendo necessário o engajamento de todos os trabalhadores para o sucesso nas discussões.
Sub-sedes: Joinville Rua Castro Alves, 673 - Saguaçu, CEP: 89221-100 Telefone: (47) 3025 6444 Lages Rua Sebastião Furtado, 35 - Centro CEP: 88501 -140 Telefone: (49) 3018 3501
JORNAL do SindSaúde - Florianópolis, setembro de 2019
Add o número do SindSaúde/SC e comunique-se com a diretoria do sindicato e receba notícias por meio da nossa lista de transmissão.
48 988026157
Público
Negociação com a Secretaria do Estado da Saúde A categoria da saúde segue sem resposta e sem novas negociações, mesmo com os prazos concedidos ao Governo continuamos sem resposta da pauta de reivindicações
No dia 11 de setembro de 2019 aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária das/os servidoras/es estaduais da saúde, na Praça do Hemosc, tendo como pauta informes gerais, negociação com a Secretaria do Estado da Saúde, informes jurídicos e encaminhamentos. A advogada Grace Martins, assessora no SindSaúde/ SC e integrante do escritório Silva Martins Advogados Associados, iniciou a assembleia com um esclarecimento sobre a importância de autorizar o setor jurídico do sindicato para ajuizar ações judiciais coletivas em favor dos servidores estaduais da saúde. Os presentes na assembleia aprovaram por unanimidade esse ajuizamento. A presidenta no SindSaúde/SC, Simone Hagemann, fez um relato do histórico de negociações que começaram em janeiro desse ano. Falou que na última negociação com a Secretaria do Estado da Saúde a Comissão de Negociação do sindicato procurou focar nas reivindicações financeiras - reposição de Data Base, incorporação de gratificação por desempenho, adicional de formação, aumento do vale alimentação e abertura imediata de concurso público. O coordenador de Negociações da SES, Décio Vargas, ficou de levar essas propostas para a análise do governo, mas informou que o Governo está aguardando o resultado da avaliação da arrecadação do Estado no segundo quadrimestre do ano que se encerrou em agosto. Até o momento não foi apresentada nenhuma proposta concreta sobre as reivindicações financeiras da categoria. Simone foi enfática em afirmar que as negociações só irão avançar se a categoria se mobilizar, visto que depois de vários meses de negociações não se obteve avanço significativo no atendimento das reivindicações da saúde. “Por isso, é importante a participação de toda a categoria da saúde para encaminhar os próximos passos da mobilização” disse. Durante a Assembleia as/os servidoras/es criticaram o governo do Estado pelo atraso nas Datas Bases e a precarização das condições de trabalho por falta de servidores nos hospitais. Exigiram a reposição via
concurso público e aumento do auxílio alimentação. “Quando estudei para entrar no serviço público li o Estatuto e lá diz que todo ano teria reposição da Data Base, é um direito nosso”, denuncia a servidora Roseli Seidel, que trabalha na Maternidade Dona Catarina Kuss, em Mafra. Mesmo com todos os prazos concedidos ao Governo para resposta à pauta de reivindicações, a categoria segue sem resposta e sem novas negociações. Esgotada, a categoria da saúde aprovou paralisações com duas horas de duração nos locais de trabalho durante as próximas semanas. O Sindsaúde/SC irá comunicar a população sobre as pautas da categoria e informar as/os trabalhadoras/es sobre as próximas atividades. Juntas/os somos mais fortes!!!
Calendário das paralisações: Terça-feira- 17/09 Local: Região do Centro de Florianópolis Horário: 13h às 15h Unidades envolvidas: HGCR, MCD, Lacen, Vigilâncias, prédios das SES Local: Mafra Horário: 17h às 19h Quinta-feira - 19/09 Local: Região da Agronômica Horário: 13h às 15h Unidades envolvidas: HIJG, ACR, HNR, Cepon Local: Joinville - Hospital Regional Horário: 7h às 9h Terça-feira - 24/09 Locais: HRSJ/ Lages/Joinville MDV Horário: 17h às 19h Quinta-feira - 26/09 Local: Ibirama Terça-feira - 01/10 Local: IPQ
JORNAL do SindSaúde - Florianópolis, setembro de 2019
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Defender saúde plena para termos vida plena
D
esde o Movimento pela Reforma Sanitária, nas décadas de 1970 e 1980, culminando com a aprovação das Leis do SUS e com o modelo de atenção a Saúde no Brasil, se reivindica o chamado “conceito ampliado de saúde”. Esse conceito estabelece que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades. Esse conceito permeia todo nosso Sistema de Saúde e poderia levar a completa solução dos problemas sociais do Brasil, caso fosse aplicado na íntegra, pois o bem estar físico, mental e social pressupõe o desenvolvimento de todas as áreas, não apenas da saúde. É nesse sentido que a Constituição Federal de 1988 estabelece que todos e todas têm direito sociais a educação, saúde, segurança, transporte, previdência social, trabalho, moradia, assistência, entre outros.
Portanto, esse conceito ampliado de saúde está amparado pelos princípios da Constituição Federal e pelas próprias leis do SUS. Entendemos, a partir disso, que as lutas que ocorrem no Brasil nesse momento, em defesa da educação e do meio ambiente, são também lutas dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, públicos e privados, que compõem nossa categoria. Esses retrocessos, junto daquilo que já foi implantado no país, como a reforma trabalhista, com o que está em tramitação, como a reforma da previdência e com o que estar por vir como a reforma tributária, levarão ao maior adoecimento da população, demandando ainda mais do Sistema Único de Saúde, que por sua vez também tem sofrido com o parco orçamento e diminuição dos servidores. É um círculo vicioso e maldoso que precisa ser interrompido para que não voltemos a ter situação e indicadores piores que os países mais pobres do mundo. Mudar esse quadro depende também da categoria da saúde, não só porque somos os trabalhadores e as trabalhadoras que receberão essa massa crescente de adoecidos no país, mas também porque somos integrantes desse mesmo povo que irá sofrer as consequências da deterioração das condições de vida e de trabalho.
Não há fato que justifique os cortes na ordem de 30% do orçamento que o governo federal tem feito ao setor de educação. Isso pode levar ao fechamento de acesso a Educação Superior e Tecnológica para milhares de estudantes brasileiros no próximo ano, e os que já estão cursando seus estudos podem ficar sem políticas de assistência estudantil. Se usarmos como exemplo a formação de força de trabalho e de pesquisa para o SUS, ou seja, estudantes que saindo dos cursos técnicos e superiores vão trabalhar na rede pública de saúde, a maioria vem de instituições públicas de educação. Só entre os pesquisadores do SUS, 95% deles se formaram em instituições públicas de educação. Portanto, são nossos irmãos, filhos e filhas que terão que deixar seus estudos e ocupar as fileiras dos subempregos. Sem ir muito além, a destruição do meio ambiente, com a permissão de maior exploração da Amazônia, e o parco combate ao desmatamento, que também está em curso pelo Governo de Jair Bolsonaro, trarão consequências nefastas para todo o povo brasileiro. Se a destruição ambiental não for freada teremos um aumento nos fatores de risco para a população nos próximos anos, com o aumento da poluição do ar e das águas, levando a sérios problemas para a saúde da população.
SAÚDE
MEIO AMBIENTE
SEGURANÇA
EDUCA
JORNAL do SindSaúde - Florianópolis, setembro de 2019
MORADIA ÇÃO
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