I Simpósio de Internacionalização

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ISSN 2236-7217

ANAIS DO SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS MINEIRAS – BOAS PRÁTICAS 12 e 13 de abril de 2011 ORGANIZADORES DO EVENTO Prof. Alexandre Miserani de Freitas Prof. Emerson Freitas Mello Profª Simone Gelmini Araújo



ISSN 2236-7217

ANAIS DO SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS MINEIRAS – BOAS PRÁTICAS 12 e 13 de abril de 2011

Realização

Patrocínio

Curso de Relações Internacionais Curso de Negócios Internacionais

ORGANIZADORES DO EVENTO Prof. Alexandre Miserani de Freitas Prof. Emerson Freitas Mello Profª Simone Gelmini Araújo


Copyright©2011 by Núcleo de Publicações Acadêmicas do Centro Universitário Newton Paiva 1ª Edição 2011

ISSN 2236-7217

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, para qualquer finalidade, sem permissão expressa do autor (Lei no 9.610, de 04/02/98).

Realização:

Curso de Relações Internacionais Curso de Negócios Internacionais

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Centro Universitário Newton Paiva Unidade Juscelino Kubitschek - Campus Carlos Luz, 220 Belo Horizonte – Minas Gerais


SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS MINEIRAS – BOAS PRÁTICAS


apresentaçÕes Luis Carlos de Souza Vieira Reitor do Centro Universitário Newton Paiva

No ano de 1985, iniciamos nossa história com o curso de Comércio Exterior, uma habilitação da Administração. Naquela época, o empreendimento foi um grande desafio, visto que a balança comercial brasileira representava somente US$ 12,488 bilhões, ou seja, 61,58% da atual balança comercial brasileira. Desde então, fomos nos aperfeiçoando, inicialmente com o curso de Comércio Exterior, com mais de 3.500 alunos graduados ao longo de 26 anos, cumprindo seu papel. Em seguida, o programa de cursos foi renovado com o curso de Negócios Internacionais, com início em 2007. Passamos a formar uma nova geração de administradores estratégicos, bem próximos às necessidades do mercado. Apesar de não perder sua importância, a formação recentemente teve que ser revista. Em 2010 tomamos a iniciativa de ofertar o curso de Relações Internacionais. Nele buscamos o avanço da capacitação profissional por meio das conferências, mesasredondas, propostas de discussões de temas atuais, bem como a divulgação de melhores práticas. Hoje estamos celebrando nosso 1º Simpósio de Internacionalização de Empresas Mineiras que, em dois dias, reuniu aproximadamente 15 empresas participantes, onde foram discutidos diversos trabalhos, apresentados em forma de resumo nestes anais. Com o desafio de incitar novas propostas de discussões, de temas de alto nível e atuais, esperamos aprimorar esta iniciativa nos próximos anos. Parabéns à equipe organizadora: docentes, funcionários e alunos. Boa leitura a todos.


Prof. Dr. Sudário Papa Filho Pró Reitor do Centro Universitário Newton Paiva

Os Anais do I Simpósio de Internacionalização de Empresas – Boas Práticas estão sendo divulgados livremente para a comunidade acadêmica e científica, contendo o conteúdo das palestras realizadas e aceitas no Evento. O conteúdo dos resumos apresentados, bem como o material dos palestrantes, é de inteira responsabilidade do autor e foram distribuídos pela temática proposta, podendo ser reproduzidos desde que a fonte seja devidamente citada. Tenham todos uma ótima leitura.


Histórico

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A área internacional do Centro Universitário Newton Paiva tem em seu DNA o fomento à internacionalização de empresas mineiras. A transversalidade do tema permeia seus currículos e ações, desde os primórdios, realizando inúmeros projetos para o incremento e inserção de Minas Gerais no cenário internacional. Alguns projetos merecem destaque, como capacitação dos produtores de cogumelo agaricus blazei murril, alcunhado por alguns como cogumelo do sol, para fins de exportação; a capacitação de inúmeros artesãos para conquistar o mercado externo; o projeto exitoso de uma das primeiras exportações de cachaça do Estado de Minas Gerais; o marco da internacionalização de produtos mineiros com a Brazil-China Trade Fair, realizada em Shanghai na China. Esta feira colocou o Centro Universitário Newton Paiva definitivamente no cenário internacional. Segundo informações da Embaixada Brasileira em Pequim, foi uma das primeiras universidades do ocidente a promover, por iniciativa própria, aproximação com o mercado chinês. Nos últimos três anos, promovemos, financiados pela comunidade econômica européia, com apoio da


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Fiemg, o PAIIPME, Projeto de Inserção Internacional da Pequena e Média Empresa, trabalhando com os clusters de calçados e cosméticos, em quase dez cidades mineiras, onde desenvolvemos diversas ações para promoção da internacionalização. Paralelamente ao projeto, desenvolvemos o Projeto Primeira Exportação, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com apoio da Central Exporta Minas, onde tivemos o desafio de realizar consultoria em promoção de exportação para empresas de pequeno porte, dos mais diversos setores, que acreditam que iniciativas como essas sejam portas de entrada para inserção internacional. A trajetória de internacionalização dos cursos do Centro Universitário Newton Paiva deixa-nos a certeza de que a universidade tem como missão, além de sua contribuição social de fomento à educação de formação dos indivíduos para a vida profissional, transpor seus muros e participar ativamente das políticas públicas e privadas de desenvolvimento econômico do país, junto a organismos de governo, da iniciativa privada, de organizações do terceiro setor. Enfim, caminhos unidos para promover Minas Gerais e o Brasil no cenário econômico mundial.


O objetivo deste Simpósio é criar novos conhecimentos sobre o tema de internacionalização de empresas tendo como foco Minas Gerais, com a participação dos principais atores do Estado e do Governo Federal, destacando grandes empresas mineiras com forte expressão internacional. Agradecemos o apoio incondicional do Centro Universitário Newton Paiva por meio de seu Magnífico Reitor, Prof. Luis Carlos de Souza Vieira e dos pró-reitores, Prof. Dr. Sudário Papa Filho e Arnaldo Cersóssimo Filho. E agradecemos especialmente, a nosso patrocinador, o Grupo Serpa, em sua diretora, Dra. Tânia Reis, que acreditou na idealização deste simpósio, nos apoiando, incentivando e assumindo conosco o compromisso de fazer do Estado de Minas Gerais destaque no cenário internacional. Obrigado a todos os professores, em nome dos quais cito Emerson Mello e Simone Gelmini e aos alunos que direta e indiretamente estiveram ao nosso lado para concretização deste Simpósio. Prof. Alexandre Miserani

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Coordenação Curso Relações Internacionais Coordenação Curso Administração LFE Negócios Internacionais Coordenação Geral Cursos Tecnológicos


1.Metodologia do Trabalho

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O “Simpósio Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas” foi realizado pelos Cursos de Relações Internacionais e Negócios Internacionais do Centro Universitário Newton Paiva nos dias 12 e 13 de abril, de 2011 das 19h às 22h30, no auditório Nominato Couto, prédio JK, Av. Carlos Luz nº 220 em Belo Horizonte-MG, com propósito de fomentar a discussão entre os vários segmentos da sociedade civil, ligados ao tema. Para tal foram selecionados, dentre os diversos profissionais que atuam em Minas Gerais, aqueles que possuem destacada participação e são reconhecidos pela reputação e credibilidade. Além disso, foram convidados os representantes do Governo que atuam em projetos de internacionalização de empresas, presidentes ou diretores de Câmaras de Comércio, Diretores, Gerentes e Profissionais que tratam da gestão internacional ou ex-alunos de destaque no cenário mineiro. Os trabalhos foram divididos em módulos, cada qual com uma proposta de discussão específica. Após a palestra dos representantes limitada ao tempo máximo de (20) vinte minutos, seguiu-se debate mediado, com


questões levantadas durante as palestras e com a participação do auditório. Limitou-se a (5) cinco o número de perguntas a serem realizadas pela audiência, com o objetivo de permitir maior profundidade. O debate teve a duração de, aproximadamente, (20) vinte minutos e contou com a participação dos palestrantes do módulo e do mediador-convidado.

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O “Módulo GOVERNO” teve como palestrante a Dra Cândida Maria Cervieri, Coordenadora-Geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. A segunda palestra foi proferida por Elisabete Seródio Coordenadora Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais (SEDE). O terceiro palestrante foi Jorge Duarte de Oliveira, Diretor da Central Exporta-Minas, Sub-Secretaria de Assuntos Internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDE, Governo do Estado de Minas Gerais. A quarta palestra ficou a cargo da Unidade de Atendimento Apex-Brasil em MG - Convênio


Apex-Brasil - CNI – FIEMG e foi proferida por Miriam Janaína de Morais de Euclides. A mediação ficou a cargo do Coordenador dos Cursos de Relações Internacionais e Negócios Internacionais, Prof. Alexandre Miserani de Freitas. O objetivo da discussão foi responder às seguintes perguntas: qual é o papel do Governo na internacionalização das empresas mineiras? Que resultados estão sendo obtidos? Quais são as políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento deste segmento? Quais são as boas práticas que podem levar as empresas mineiras a obterem sucesso em internacionalização.

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O Módulo “Câmaras de Comércio” teve a primeira palestra proferida por Marcos Vilela de Sant´Anna, Presidente da Câmara de Comércio Brasil-USA – AMCHAM Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais. A segunda apresentação foi feita por Leonardo Ananda Gomes DiretorPresidente da Câmara de Comércio Índia-Brasil Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais. A terceira palestra foi proferida por Jussara de Sousa Machado, Diretora da Câmara de Comércio França-Brasil. A mediação ficou a cargo do Presidente da Câmara de Comércio Portugal-Brasil, Sr. Fernando Meira Ribeiro Dias. As discussões seguiram


as seguintes perguntas-foco: qual é o papel da Câmara de comércio na internacionalização das empresas mineiras? Que resultados estão sendo obtidos? Como as empresas mineiras bem-sucedidas na internacionalização utilizaram os serviços das Câmaras de Comércio

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O Módulo “Empresas Mineiras bem-sucedidas em internacionalização” teve como primeira palestrante a Sra.Tânia Machado Diretora do Centro-Cape. O segundo a proferir palestra foi o Sr. Carlos Henrique Pereira, Diretor do Supply Chain da Forno de Minas Alimentos S/A. A terceira palestra foi de Marinela Veiga Siqueira, Gerente Comercial da COBIMEX Negócios Internacionais Ltda e ex-aluna do Centro Universitário Newton Paiva. A mediação deste bloco foi conduzida pelo Coordenador dos Cursos de Relações Internacionais e Negócios Internacionais, Prof. Alexandre Miserani de Freitas. O debate teve como foco as seguintes questões: como esta empresa que você representa obteve sucesso? Quais as vantagens obtidas com a internacionalização desta empresa? Como os caminhos foram trilhados em direção ao sucesso? Qual é a responsabilidade advinda do sucesso em internacionalização?


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O quarto módulo teve como título “O Perfil Profissional do gestor responsável pela internacionalização das módulo empresas e suas competências”. O primeiro palestrante foi o Sr. Roberto Tavares, Gerente de Exportação - Usiminas S/A e ex-aluno do Centro Universitário Newton Paiva. A segunda palestra ficou a cargo de Samara Reis Gotlib, responsável pelo Desenvolvimento de RH - Grupo Serpa. A terceira palestra foi proferida por Sherban Leonardo Cretoiu, Professor e Coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral. A quarta palestra ficou a cargo do ex-aluno do Centro Universitário Newton Paiva, Sr. Felipe Maia, Analista de Importação - Vale S/A. A mediação do debate ficou a cargo da Profª. e consultora Aline Souki, da Fundação Dom Cabral. As discussões tiveram como foco as seguintes perguntas: que competências são necessárias ao profissional em Negócios Internacionais/Relações Internacionais, encarregado de conduzir uma empresa ao processo de internacionalização? Que perfil é requerido pela empresa que você atua, para esta função? Quais são os pontos fortes e habilidades necessárias?


2.Áreas Temáticas Para o “Simpósio Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas” foram identificadas as seguintes áreas temáticas: a.Governo. Mediador: Alexandre Miserani de Freitas b.Câmaras de Comércio. Mediador: Fernando Meira Ribeiro Dias c.Empresas bem-sucedidas em internacionalização Mediador: Alexandre Miserani de Freitas

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d.O perfil Profissional do gestor responsável pela internacionalização das empresas e suas competências. Mediadora: Aline Souki


3.Atividades

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Foram desenvolvidos, durante os dias 12 e 13 de abril de 2011, as atividades de exposição por meio de palestrantes convidados, seguidos de debates mediados com a possibilidade de participação do auditório. Na platéia estavam, além do Reitor, Pró-Reitor Acadêmico, Pró-Reitor Planejamento e Gestão, alunos e professores dos cursos de Relações Internacionais e Negócios Internacionais do Centro Universitário Newton Paiva, empresários convidados, professores de outras instituições, pais de alunos e demais interessados no tema.


4.Programação Data: 12 de abril de 2011 Horário: 18 h – Welcome Coffee MÓDULO I GOVERNO: O PAPEL NO FOMENTO À INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS MINEIRAS Palestrantes: Cândida Maria Cervieri Coordenadora-Geral de Desenvolvimento de Programas e Apoio às Exportações Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior Secretaria de Comércio Exterior - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC Elisabete Seródio Coordenadora Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais (SEDE) Jorge Duarte de Oliveira Diretor da Central Exporta-Minas Sub-Secretaria de Assuntos Internacionais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico - SEDE Governo do Estado de Minas Gerais Miriam Janaína de Moraes de Euclides Unidade de Atendimento APEX-Brasil em MG CNI-FIEMG

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MEDIADOR: ALEXANDRE MISERANI DE FREITAS


Módulo II Câmaras de Comércio: O papel do fomento à internacionalização de empresas mineiras Marcos Vilela de Sant´Anna Presidente da Câmara de Comércio Brasil-USA – AMCHAM Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais Leonardo Ananda Gomes Diretor-Presidente da Câmara de Comércio Índia-Brasil Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais Jussara de Sousa Machado Diretora da Câmara de Comércio França-Brasil Regional Minas Gerais MEDIADOR: Fernando Meira Ribeiro Dias Diretor-Presidente da Câmara de Comércio Portugal-Brasil, Belo

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Horizonte - Minas Gerais


Dia 13 de abril de 2011 Horário: 18h – Welcome Coffee MÓDULO III EMPRESAS “CASES DE SUCESSO” Tânia Machado Diretora do Centro-Cape Carlos Henrique Pereira Diretor do Supply Chain da Forno de Minas Alimentos Sherban Leonardo Cretoiu Professor e Coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral Marinela Veiga Siqueira Gerente Comercial da COBIMEX Negócios Internacionais Ltda. MEDIADOR: ALEXANDRE MISERANI DE FREITAS MÓDULO IV: O PERFIL DO PROFISSIONAL EM GESTÃO INTERNACIONAL Samara Reis Gotlib Desenvolvimento de RH - Grupo Serpa Roberto Tavares Gerente de Exportação - Usiminas S/A Felipe Maia Analista de Importação - Vale S/A

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MEDIADORA: ALINE SOUKI


estrutura interna da organização Presidente do Grupo Splice Antônio Roberto Beldi Reitor Luis Carlos de Souza Vieira Pró-Reitor Acadêmico Sudário Papa Filho Pró-Reitor de Planejamento e Gestão Arnaldo Antônio Cersóssimo Filho Secretário Geral Dorian Gray Rodrigues Alves Coordenador do Curso de Relações Internacionais Coordenador do Curso de Negócios Internacionais Alexandre Miserani de Freitas Organizadores do Evento Prof. Alexandre Miserani de Freitas Prof. Emerson Freitas Mello Profª Simone Gelmini Araújo Coordenação do Centro de Excelência para o Ensino

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Profª. Ana Lúcia Fernandes de Paulo


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Expediente Organizadores do Evento Prof. Alexandre Miserani de Freitas Prof. Emerson Freitas Mello Profª Simone Gelmini Araújo Apoio Administrativo Sandra Maria de Brito Revisão Laila Maria Hamdan Alvim Projeto Gráfico Helô Costa - 127/MG Diagramação

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Ludmila Rezende


SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS MINEIRAS - BOAS PRÁTICAS PATROCINADOR Grupo SERPA PARTICIPANTES Cândida Maria Cervieri Coordenadora Geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior Secretaria de Comércio Exterior - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC Elisabete Seródio Coordenadora Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais (SEDE) Jorge Duarte de Oliveira Diretor da Central Exporta-Minas Sub-Secretaria de Assuntos Internacionais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico - SEDE Governo do Estado de Minas Gerais Miriam Janaína de Moraes de de Euclides Unidade de Atendimento Apex-Brasil em MG - Convênio

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Apex-Brasil - CNI - FIEMG


Marcos Vilela de Sant´Anna Presidente da Câmara de Comércio Brasil-USA – AMCHAM Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais Leonardo Ananda Gomes Diretor-Presidente da Câmara de Comércio Índia-Brasil Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais Jussara de Sousa Machado Diretora da Câmara de Comércio França-Brasil Regional Minas Gerais Fernando Meira Ribeiro Dias Diretor-Presidente da Câmara de Comércio Portugal-Brasil, Belo Horizonte - Minas Gerais Tânia Machado Diretora do Centro-Cape Carlos Henrique Pereira Diretor do Supply Chain da Forno de Minas Alimentos Sherban Leonardo Cretoiu Professor e Coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral Aline Souki

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Consultora e Professora da Fundação Dom Cabral


Marinela Veiga Siqueira Gerente Comercial da COBIMEX Negócios Internacionais Ltda. Samara Reis Gotlib Desenvolvimento de RH - Grupo Serpa Roberto Tavares Gerente de Exportação - Usiminas S/A Felipe Maia

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Analista de Importação - Vale S/A


SUMÁRIO PALESTRANTE: CÂNDIDA MARIA CERVIERI Coordenadora-Geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações - Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC............27 PALESTRANTE: ELISABETE SERÓDIO Coordenadora Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais (SEDE).......................37 PALESTRANTE: JORGE DUARTE DE OLIVEIRA Diretor da Central Exporta-Minas - Sub-Secretaria de Assuntos Internacionais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDE Governo do Estado de Minas Gerais.......................................41 PALESTRANTE: Miriam Janaína de Moraes de Euclides Unidade de Atendimento APEX-Brasil em MG CNI-FIEMG.............................................................................................49 PALESTRANTE: MARCOS VILELA DE SANT’ANNA Presidente da Câmara de Comércio Brasil-USA – AMCHAM Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais..............................................................53 PALESTRANTE: LEONARDO ANANDA GOMES Diretor-Presidente da Câmara de Comércio Índia-Brasil

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Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais...............................................57


PALESTRANTE: JUSSARA DE SOUSA MACHADO Diretora da Câmara de Comércio França-Brasil Regional Minas Gerais........................................................................63 PALESTRANTE: TÂNIA MACHADO Diretora do Centro-Cape......................................................................67 PALESTRANTE: CARLOS HENRIQUE PEREIRA Diretor do Supply Chain da Forno de Minas Alimentos.....................77 PALESTRANTE: SHERBAN LEONARDO CRETOIU Professor e Coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral.........................................................................83 PALESTRANTE: MARINELLA VEIGA SIQUEIRA Gerente Comercial da COBIMEX Negócios Internacionais Ltda.......91 PALESTRANTE: SAMARA REIS GOTLIB Desenvolvimento de RH - Grupo Serpa..............................................97 PALESTRANTE: ROBERTO TAVARES Gerente de Exportação - Usiminas S/A............................................103 PALESTRANTE: FELIPE MAIA

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Analista de Importação - Vale S/A....................................................109


PALESTRAS 12 DE ABRIL DE 2011


GOVERNO

MÓDULO I

DISCUSSãO: Qual é o papel do Governo na internacionalização das empresas mineiras? Que resultados estão sendo obtidos? Quais são as políticas públicas direcionadas o desenvolvimento deste segmento? As boas práticas que podem levar as empresas mineiras a obterem sucesso em internacionalização.

MÓDULO II

CâMARAS DE COMéRCIO

DISCUSSãO: Qual é o papel da Câmara de Comércio na internacionalização das empresas mineiras? Que resultados estão sendo obtidos? Como as empresas mineiras bem-sucedidas na internacionalização utilizaram os serviços das Câmaras de Comércio?


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas: Apresentação de case da Coordenação-Geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações - Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior - Secretaria de Comércio Exterior - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC.

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CÂNDIDA MARIA CERVIERI


RESUMO

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Ao iniciar a noite de palestras do primeiro dia do Simpósio de Negócios Internacionais e Relações Internacionais do Centro Universitário Newton Paiva, Cândida Cervieri apresentou os números da balança comercial brasileira. Na oportunidade, foi identificada a evolução das exportações brasileiras entre os anos de 2001 a 2010, além da apresentação dos dados referentes ao primeiro trimestre de 2011. Destacou-se a superação histórica da marca de 400 bilhões de corrente comercial em apenas 12 meses, durante o período de abril de 2010 a março de 2011. “Um número importante”, segundo Cervieri, que acrescentou: “alcançar o superávit de 3,2 bilhões de dólares, neste trimestre, o maior desde 2008, foi uma construção em parceria com os governos estaduais”, e ressaltando que o volume de negócios “é crescente, apesar da crise”. Foi avaliado o crescimento e avanço do número de empresas exportadoras brasileiras, apesar da queda registrada no ano de 2009, creditada à crise econômica mundial. Apresentou-se um quadro evolutivo do crescimento do número de empresas exportadoras, que apontam: 2001 – 18.254; 2004 – 21.925; 2007 – 20.888;


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2009 – 19.823 e em 2011 – 19.278. “Estes dados mostram que a exportação não é uma tarefa para amadores. Exige preparo e profissionais capacitados para a função”. “Requer um esforço de médio e longo prazo, exige trabalho”, demonstrou como reflexão. Ao traçar um panorama sobre a recuperação econômica, as projeções do FMI apontam para mercados-alvo que “apresentam crescimento expressivo, como Ásia, América Latina, Oriente Médio e África”. Segundo dados do organismo internacional, as economias asiáticas devem crescer 8,4% em 2012, com destaque para a China, cuja previsão é de 9,5%. A estimativa para a América Latina é de 4,1%, e o Oriente Médio e a África devem crescer 4,7% e 5,8%, respectivamente. “Essas regiões devem ser avaliadas pelas empresas como mercados promissores para nossas exportações”. A China, maior parceiro comercial do Brasil, “merece o empreendimento de ações específicas”. EUA e Zona do euro, com previsão de crescimento de 2,7% e 1,7%, respectivamente, também foram destacados. Sobre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, foram apresentados três eixos. Destacou, nesse sentido, “a importância das articulações federais e estaduais em prol as exportações”. O primeiro


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eixo trata da articulação estadual. Ela está presente no encaminhamento, pela SECEX, dos dados estatísticos de comércio exterior a cada Estado, na realização dos ENCOMEX – Encontros de Comércio Exterior, por meio da Redeagentes – Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior, da Rede Cicex – Centros de Informações de Comércio Exterior e do Projeto Primeira Exportação. O segundo eixo provê ações de capacitação e treinamento por meio da Redeagentes e da série multimídia Aprendendo a Exportar, composta por 11 CD Roms, que podem ser baixados gratuitamente pela Internet, com informações básicas sobre a atividade exportadora. O terceiro eixo comporta os eventos organizados pela SECEX, a exemplo do ENCOMEX. Realizado desde 1997, o ENCOMEX já teve 140 edições regionais e 2 internacionais intituladas ENCOMEX MERCOSUL. Estão em andamento negociações com a FIEMG e com o Governo do Estado de Minas Gerais para a realização do 3º ENCOMEX MERCOSUL em Belo Horizonte, ainda este ano. O esforço deverá contar com outras parcerias locais, a exemplo das instituições de ensino superior. A SECEX também disponibiliza ferramentas de inteligência em comércio exterior, como o AliceWeb, Ali-


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ceWeb Mercosul e Radar Comercial. Com a finalidade de desenvolver e difundir a cultura exportadora nos estados, por meio da capacitação dos gestores públicos, empresários e profissionais de comércio exterior, e aumentar e qualificar a base exportadora, “foi lançado o Plano Nacional da Cultura Exportadora”. Propõe-se que sejam articuladas, não apenas ações para institucionalização desta cultura, mas também o fomento de políticas estaduais alinhadas à política nacional de desenvolvimento do comércio exterior. Neste sentido, a concentração de ações e esforços em parceria com estados, o apoio à internacionalização das cadeias produtivas e a facilitação do diálogo entre parceiros e participantes, por meio de “comunidades de prática” devem ser estimulados. “Minas Gerais é referência em políticas públicas voltadas para a exportação, tendo desenvolvido seu Mapa Estratégico de Comércio Exterior”, enfatizou. Para a proposta de implantação do plano, estão previstos os seguintes eixos de atuação: (i) gestores públicos, (ii) pequenas e médias empresas e (iii) profissionais de comércio exterior. “O objetivo é vincular as políticas praticadas pelos estados às ações federais, o que foi anunciado pela Secretária de Comércio Exterior aos


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secretários estaduais de desenvolvimento econômico, indústria e comércio, durante uma reunião nesta semana”. As principais estratégias utilizadas serão planejamento e coordenação das atividades com os governos estaduais, fortalecimento das parcerias institucionais, potencialização das iniciativas de capacitação existentes e estruturação de uma Agenda de Trabalho com cada UF. “A articulação da SECEX com pontos focais nos estados resultarão em planos de trabalho com metas factíveis”. Para tanto, foram citadas parcerias com CAIXA, CORREIOS, SUFRAMA, SEBRAE, Banco do Brasil, e Apex, entre outros. Sobre o Projeto Primeira Exportação em Minas Gerais, foi apresentado quadro representativo sintetizando os principais aspectos. Iniciado em 01/03/2009, o Projeto contou com a adesão de 64 empresas. Foram capacitados 79 agentes em Belo Horizonte, deste total, dez eram alunos da Newton Paiva, e 25 em Santa Rita Sapucaí. “A exemplo do que foi feito pelos acadêmicos da Newton Paiva, diagnóstico, pesquisas mercadológicas, detalhamento de adequações necessárias ao produto, promoção comercial e avaliação da capacidade exportadora são feitos pelos agentes com supervisão rigorosa de professores e coordenadores”, destacou.


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Do total de empresas atendidas pelo Projeto, 4 delas concluíram a última fase, em novembro passado, com a efetiva realização de exportações; todas elas de Santa Rita do Sapucaí. “O resultado do projeto em Santa Rita tem como base o elo estabelecido entre o empresariado e o aluno, que foi remunerado para o trabalho. Todas as pesquisas foram realizadas nas empresas, o que demonstra envolvimento e comprometimento tanto por parte dos empresários quanto dos agentes”. Entre os mercados-alvo destas exportações estão Angola, Peru, Chile, Paraguai, México e Bolívia. Em abril de 2011, iniciou-se divulgação do novo ciclo de atendimento, previsto para ocorrer ainda este ano. A experiência do Projeto nas demais Unidades da Federação confirma o potencial do mercado latino-americano, assim como o africano. “A proximidade da língua e as semelhanças culturais parecem ser facilitadores na entrada nesses mercados”. Os setores de segurança, material de escritório, telefonia, bebidas e alimentos figuram entre os casos de sucesso. O Projeto Primeira Exportação “é realmente uma oportunidade de aproximar a comunidade acadêmica do meio empresarial”. No Estado de Santa Catarina, por exemplo, “os empresários pagam as universidades o valor da bolsa, que é abatido da mensalidade escolar”.


Cervieri finalizou sua apresentação, reiterando que é “fundamental a inclusão de novos profissionais de comércio exterior no mercado e a aproximação entre área acadêmica e setor empresarial”. Também trouxe a reflexão de que “é do interesse do governo não só aumentar a base exportadora brasileira, como também qualificá-la, ampliando a participação das pequenas e médias empresas”. Nesse sentido, “a parceria com governos e entidades estaduais é indispensável”, concluiu.

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Palavras-Chave: internacionalização, cultura exportadora, primeira exportação, balança comercial, adequações.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de Case da Coordenação Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais (SEDE)

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ELISABETE SERÓDIO


RESUMO

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As exportações de Minas Gerais atingiram patamares recordes em 2010, ultrapassando o valor de US$ 31 bilhões. A participação do Estado de Minas Gerais no ranking de exportadores brasileiros foi bastante expressiva, 15,5% do total exportado pelo Brasil. São Paulo é o primeiro na classificação nacional, mas Minas Gerais “sustenta a posição de segundo maior exportador brasileiro” e apresenta crescimento superior aos demais principais exportadores. A listagem prossegue, apresentando outros estados exportadores: o Rio de Janeiro (terceiro), Rio Grande do Sul (quarto) e o Paraná (quinto). Entre os principais produtos exportados por Minas Gerais, além do minério de ferro e automóveis, foram citados café, açúcar, joalheria e produtos químicos. Isso indica que as exportações ainda estão concentradas em commodities, como minério e café, mas a indústria mineira vem ganhando força e cada vez mais produtos manufaturados do estado têm tido grande aceitação pelo mercado internacional. Minas Gerais teve como principal destino a China, principalmente, em consequência das exportações de minério de ferro. Em seguida, posicionam-se Japão, Alema-


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nha, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Reúno Unido. No total, as exportações mineiras atingiram 182 países e territórios em 2010. Nesse ano, o número de empresas exportadoras reduziu 6,9%, totalizando 1.609 estabelecimentos. Apesar de possuir um número considerável de empresas exportadoras, 61,0% das exportações mineiras estão concentradas nas maiores empresas exportadoras. Dentre essas empresas, estão algumas mais internacionalizadas, como a Vale S/A e a Gerdau. “Não é uma tarefa fácil para uma empresa o processo de internacionalização, já que é preciso conhecer a legislação do país de destino, a realidade local e identificar oportunidades”. A análise do cenário mineiro por regiões de planejamento indica forte concentração das exportações mineiras, “59,9 % do total exportado saiu da região central”. Itabira e Ouro Preto, grandes centros de mineração e localizados na região central, mantiveram as primeiras posições no ranking de municípios exportadores e juntos detêm 34,2% das exportações mineiras. Varginha e Araxá vêm em seguida em razão das exportações de café e ferronióbio, respectivamente. Com relação às importações, “os principais países


de origem dos produtos que chegam a Minas Gerais foram os Estados Unidos e Argentina. Mas observa-se um intenso crescimento nas importações vindas da China”. Os parceiros tradicionais do estado, como Alemanha, Itália e França, fazem da União Europeia o principal bloco de origem das importações mineiras. Em relação aos maiores importadores mineiros, “a empresa do setor automobilístico, como Fiat, Mercedes-Benz, Iveco e CNH, figuram nas primeiras posições”. Mas o maior destaque vem da área acadêmica. “O estado foi o pioneiro na criação do Curso de Comércio Exterior no Brasil”. Trata-se de uma atividade profissional importantíssima para o desenvolvimento mercadológico. “Muitos profissionais que hoje atuam em Comércio Exterior não são desta área: são economistas, engenheiros e outros. É importante que vocês se preparem para ocupar o lugar que pertencem aos profissionais de Negócios Internacionais, Relações Internacionais e Comércio Exterior”. “É preciso se diferenciar e ter habilidades para ter lugar nesta profissão”.

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Palavras-Chave: exportação, internacionalização, panorama exportador, China, relações internacionais.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da Central Exporta-Minas (SubSecretaria de Assuntos Internacionais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDE)Governo do Estado de Minas Gerais

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JORGE DUARTE DE OLIVEIRA


RESUMO

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A Central Exportaminas, criada em 2004, é “uma unidade público-privada que tem por objetivo colaborar para o desenvolvimento da base exportadora do estado”. Coloca à disposição dos todos os exportadores mineiros um conjunto de serviços. Entre eles, uma central de atendimento ao exportador em parceria com a BMF-Bovespa, ao qual todos podem ter acesso e colocar suas perguntas ou dúvidas ligadas aos temas de comércio exterior. “Mais de 3000 atendimentos já foram realizados até 2011 e são respondidas desde questões mais elementares até questões complexas”. Jorge Duarte de Oliveira ressaltou que a Central Exportaminas “é a única unidade em todo o Brasil que participa da Rede de Organizações Regionais de Promoção Comercial (RTPO)”. Trata-se “de uma rede internacional de agências sub-nacionais de promoção comercial”. “Esta rede foi criada em 2008 e congrega 17 agências governamentais de nível sub-nacional de 13 países, revelando-se como uma oportunidade ímpar de compartilhamento dos conhecimentos e práticas que são desenvolvidos em outros locais”.


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As estratégias para o comércio exterior do estado de Minas Gerais até 2030, elaboradas por meio do Programa de Assistência Técnica do Banco Mundial e cujo produto foi o “MAPA ESTRATÉGICO DO COMÉRCIO EXTERIOR DE MG – 2010/2030”, identificaram a visão de futuro e formularam ações para desenvolver cada vez mais o comércio exterior de MG. “Para conseguir resultados é preciso alinhamento e visão de futuro evitando descoordenação ou desordenação”. Minas Gerais obteve uma comunhão de interesses devido à “COMUNIDADE COMEX MG”, que tem a participação de mais de 20 instituições ligadas ao mesmo tema. A visão estabelecida para Minas Gerais é “ser o melhor estado do país para a realização de negócios em comércio exterior” O Estado tem uma visão compartilhada de Comex, “que tem como característica a fragmentação, ou seja, um amplo espectro de organizações, mas cada uma com uma proposta de atuação específica”. Alguns resultados obtidos foram divulgados em palestras anteriores. “Minas Gerais recuperou, nos últimos cinco anos, uma participação que havia sido perdida e obteve um desempenho superior a outros estados nos últimos oito ou nove anos”. O crescimento de 60% nas exportações foi maior


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dentre as principais unidades da federação exportadoras, o que colaborou para a manutenção da posição de segundo maior exportador brasileiro. Além disso, “Minas Gerais é o estado que tem o maior programa de apoio às exportações de todas as 27 unidades da federação”. “Aqui é o lugar onde o empresário encontrará mais agências que possuem programas de apoio às exportações, ou seja, uma empresa vai encontrar em Minas Gerais, um número maior e mais diverso de programas de apoio do que encontraria em outros estados”. Muitas ações foram empreendidas. “Através de projetos de desenvolvimento das exportações mais de 2100 empresas foram beneficiadas em 2010”. Entre esses projetos podem ser citados o PEIEX (Programa de Extensão Industrial Exportadora) e o PAIIPME (Projeto de Apoio à Inserção Internacional de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras), realizados em parceria com instituições que fazem parte da Comunidade COMEX. Neste Simpósio, entretanto, preferiu ater-se ao Projeto “Perecíveis”, que também contou com o apoio do Banco Mundial. No caso específico foi desenvolvido um projeto que estudou o potencial da região do Norte de Minas, mais especificadamente do Projeto Jaíba, para exportação. Ressal-


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ta-se que o Projeto Jaíba foi iniciado na década de setenta e os recursos investidos na região já ultrapassam a quantia de US$ 500 milhões. O “Jaíba” pode ser considerado, hoje, como o maior projeto de irrigação da América Latina. Apesar disso, projetos semelhantes, como o de Petrolina/ Juazeiro (Nordeste do Brasil), possuem uma estrutura de exportação mais desenvolvida. Assim, o Projeto teve como objetivo elaborar um estudo mercadológico internacional e da cadeia logística, como o desenvolvimento de um plano de negócios preliminares do centro de perecíveis, ou seja, “levar o desafio da cultura exportadora para o norte de Minas Gerais”. Apesar de toda sua potencialidade, “até três anos atrás a região não era exportadora”, ou seja, a produção era totalmente direcionada ao mercado interno. “É a maior região produtora de banana prata do Brasil, além de limão e manga Palmer. O que faltava era o conhecimento específico sobre o mercado internacional corroborado com uma logística eficaz - áreas tipicamente de profissionais de comércio exterior ou relações internacionais”. Há cerca de dois anos, a Central Exportaminas desenvolveu um projeto específico para trabalhar a inteligência comercial e a logística da região. “Foram analisados todos os potenciais produtos e selecionados estrategicamente aqueles consi-


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derados atrativos internacionalmente e que o Jaíba teria produção em escala e disponível: banana Prata, limão Tahiti e manga Palmer”. Tais produtos possuem características peculiares. “A manga Palmer não tem similar, adocicada e sem fibras. O limão Tahiti é um produto difícil de ser obtido no mercado externo. A banana Prata é mais nutritiva que a Cavendish (variedade mais conhecida no exterior) e produzida em grande quantidade na região”. O Norte de Minas é o maior produtor brasileiro da fruta e não havia exportação, “porque ninguém nunca foi promover de forma estruturada este produto para o público internacional, que, por sua vez, não o conhece e não viria bater às portas e solicitá-lo”. Foram realizados testes de mercado em feiras internacionais (stands na Alemanha e Emirados Árabes em 2010) e os resultados foram além das expectativas. Em parceria com a Apex Brasil e o IBRAF (Instituto Brasileiro de Fruta), mediado pelo Programa Setorial Integrado (PSI) de Frutas, a Exportaminas e produtores do Jaíba participaram da Missão Fruit Logistica (28 pessoas), na Alemanha. “É muito importante ressaltar que, em dez anos do PSI, nunca uma empresa mineira havia participado do pavilhão. E, se não participa, não há como ser beneficiado pe-


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los subsídios do Governo Federal por meio da Apex Brasil”. A participação em feiras é fundamental para identificar oportunidades e nichos de atuação, expor produtos e avaliar reações. Não se deve ter a expectativa de vender muito: é um aprendizado. E, no caso do Projeto Perecíveis, “descobrimos que a banana Prata era um produto de altíssima qualidade e com características únicas, num mercado carente de inovações”. A partir daí, muitas transformações ocorreram. “Como exemplo, cito o Sr. Joaquim, Presidente da Associação Central dos Produtores de Limão do Jaíba (CentralJai), que não tem o 2º grau completo, mas é o exportador de limão mais consistente do norte de Minas Gerais. Neste momento, exporta de um a dois containers por semana nos últimos três anos. Graças ao seu espírito empreendedor. Inicialmente, ele era fornecedor de uma empresa paulista e, logo após ir à feira internacional, passou a realizar vendas próprias”. Outra estratégia relevante é a participação em rodadas de negócios. “São excelentes oportunidades para que o exportador tenha acesso a empresários que querem fechar negócios e estão em Minas Gerais buscando oportunidades”. Tudo isto é potencializado pelo estudo e pelo apri-


moramento da cadeia logística, com a parceria e contribuição de prestadores de serviço. No caso do Projeto Perecíveis, foi pensado e proposto o desenvolvimento de um Centro de Cargas Perecíveis a ser instalado no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), para o escoamento da produção. E, a partir daí, os números comprovam o resultado deste Projeto. “São muitas as oportunidades para os profissionais em Comércio Exterior ou Relações Internacionais, porque as empresas estruturadas participam de feiras internacionais e, logo a seguir, estão se preparando, fechando acordos, abrindo o próprio departamento para tratar dos trâmites internacionais. Este é um exemplo claro de que precisamos promover e entregar produtos que sejam únicos, típicos. Há uma carência na produção de novos conhecimentos em Comércio Exterior e, por isso, simpósios como este são importantes para trazer mais reflexões sobre as práticas que estão sendo desenvolvidas no Estado de Minas Gerais”.

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Palavras-Chave: inteligência comercial, logística internacional, Jaíba, internacionalização, PAIIPME.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas: Apresentação de case APEX BRASIL (Unidade de Atendimento em MG) / Oportunidades de negócios para Minas Gerais – apresentação, produtos e serviços APEX BRASIL

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Miriam Janaína de Moraes de Euclides


RESUMO

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A Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, apoia as empresas brasileiras desenvolvendo seu trabalho em quatro principais linhas de atuação: promoção das exportações de produtos e serviços brasleiros; promoção da internacionalização das empresas brasileras; atração de investimentos estrangeiros diretos e promoção da marca Brasil no exterior. No âmbito do apoio à exportação, são cinco os produtos e serviços que a Agência disponibiliza: Informação, Qualificação para Exportação, Promoção Comercial, Posicionamento e Imagem e Intenacionalização de Empresas. Na parte de Informação, a Agência elabora e disponibiliza, em seu site, estudos de mercados e realiza seminários para divulgação das informações destes estudos. Em 2011, dentre os seminários em Minas Gerais citamos: Oportunidades de Negócios com a Ucrânia e Mercado Foco Angola. Também está previsto seminário sobre o mercado americano. Na categoria Qualificação para Exportação, são realizadas missões e seminários para promoção da cultura exportadora. Destaca-se aqui o Projeto PEIEX (Projeto de Extensão Industrial Exportadora), que busca aumentar a competitividade e promover a cultura exportadora, por meio da modernização


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e capacitação empresarial, por meio da solução de problemas técnico-gerenciais e tecnológicos. Na categoria Promoção Comercial, destacam-se os Projetos Setoriais Integrados, que são realizados em parceria com as entidades representativas de mais de 70 setores da economia brasileira. São aproximadamente 80 projetos que atendem aos complexos de alimentos, bebidas e agronegocios; casa e construção; entretenimento e serviços; máquinas e equipamentos; moda; tecnologia e saúde. Ainda no âmbito da promoção comercial, são realizadas feiras multissetorias, projetos comprador, vendedor e imagem; missões comerciais e o Projeto Tradings. Em Minas Gerais se realizarão ações de promoção comercial para a Feira FILDA e FIHAV, Missão Comercial para a Feira OTC (petróleo e gás) e rodadas de negócios entre comerciais exportadoras e empresas mineiras. Os produtos de Posicionamento e Imagem são voltados para empresas exportadoras maduras e que precisam posicionar sua marca no mercado externo. Pode-se citar, como exemplo, a casa conceito apresentada na Feira BIG 5, onde todos os ambientes foram projetados e decorados com produtos tipicamente brasileiros. Esta exposição agradou a um dos visitantes do evento que negociou a compra dos trabalhos. Destaca-se aqui o Projeto Fórmula Indy, que se vem


consolidando como excelente plataforma de negócios para produtos brasileiros, onde a empresa brasileira convida seu cliente americano, canadense ou japonês para participar do evento e, dentro daquele ambiente, tem a oportunidade de estabelecer novos negócios ou consolidar a marca de sua empresa ou produto. Na categoria Internacionalização de Empresas, a ApexBrasil, por meio de seus Centros de Negócios busca o aumento da competitividade do produto brasileiro no exterior. Os Centro de Negócios apoiam as empresas com a realização de estudos do mercado alvo, promoção de negócios, apoio à instalação local e na logística e distribuição de produtos (Centro de Negócios Dubai e Miami). Os Centro de Negócios estão em Havana, Miami, Luanda, Bruxelas, Dubai, Moscou e Pequim. Algumas informações da Apex-Brasil em 2010: aproximadamente 12.900 empresas atendidas em 80 setores e 940 eventos realizados. Das empresas atendidas, 22,67% delas exportam produtos de alto valor agregado. “É importante destacar que entre os objetivos da Apex-Brasil, está a geração de renda para o país”. A sede da Apex-Brasil fica em Brasília e a Unidade de Atendimento em Minas Gerais está à disposição para atender aos empresários do estado.

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Palavras-Chave: Apex, projeto comprador, projeto vendedor, internacionalização, mercados.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação do Case Câmara de Comércio Brasil-USA – AMCHAM (Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais)

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MARCOS VILELA DE SANT’ANNA


RESUMO

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A exportação “é a expressão da capacidade e de competências produtivas de uma nação”. Para que possa ocorrer, são necessárias aquisições de maquinários ou insumos que possam suprir as demandas do parque industrial. Neste sentido, a importação também é muito importante e precisa ser incrementada, “pois são instrumentos de melhoria, já que toda troca é positiva”. A Câmara de Comércio, em 90 anos de existência, com valores éticos e morais atua em 11 regionais. “Excelência, empreendedorismo e cidadania são alguns deles”. Há unidades em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Campinas, Ribeirão Preto, Uberlândia, Recife e Salvador. “Orgulha-se a Câmara de sua formação que congrega empresas de todos os setores e portes”, refletindo a complexa e fragmentada realidade brasileira. Entre os produtos ou serviços disponibilizados aos importadores e exportadores, foram citados “Como fazer negócios no Brasil, Trade Missions e Trade Intelligence”. O último trata da prospecção de oportunidades comerciais, fornecedores e parceiros, aproximando-os do contratante


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por meio do agenciamento. “Muitas empresas já utilizaram o serviço: Votorantim, Fergumas, Clamper, Grupo Algar, Act Comércio. Um exemplo citado foi o de uma pesquisa de fornecedores realizada pela Câmara, que resultou em 28 nomes completos e respectivos endereços”. A abertura de empresas no exterior não é uma tarefa simples. Para isto, a Câmara oferece suporte para esclarecimentos durante todo o processo, contribuindo para delinear o modelo legal para adequar os padrões estabelecidos às operações americanas. “Brasil com Z” é um projeto que visa à experimentação e à consolidação dos produtos brasileiros nos Estados Unidos. Trade Missions é uma oportunidade de intercâmbio para empresários, que buscam conhecer parceiros ou estreitar as relações. “A primeira missão foi sobre tecnologia de informação para o Sillicon Valley (maio/2009). Outras também foram realizadas: 1ª missão de logística para Dallas e Miami (abril, 2007), 2ª para Dallas e Memphis (abril, 2008), 1ª sobre Mercado de Capitais para New York (outubro, 2009), 1ª Missão Inversa Bélgica (nov. 2008), 1ª missão à China (abril, 2010), 2ª Missão para Mercado de Capitais – New York (dezembro, 2010), 2ª Missão Inversa Bélgica (março, 2011), 2ª Missão à China (abril, 2011)”. O


mercado chinês ainda precisa ser explorado. “Trata-se de um processo irreversível, complexo e no qual o Brasil precisa saber explorar, porque há produtos importantes para o nosso desenvolvimento”. O Projeto “How to” pretende auxiliar investidores externos ou profissionais recém-chegados a entender o atual mercado brasileiro. E além de todos os produtos e serviços apresentados, a Câmara também coloca à disposição de seus associados, o networking mundial com as AMCHAM.

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Palavras-Chave: Trade missions, USA, oportunidades comerciais, experimentação internacional, fornecedores.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da Câmara de Comércio ÍndiaBrasil. (Unidade Belo Horizonte/Minas Gerais)

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LEONARDO ANANDA GOMES


RESUMO

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Com o cumprimento indiano “Namasté (o Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você)”, o palestrante iniciou a apresentação, relatando ser formado em Relações Internacionais (PUC-MG) e Direito (UFMG). “Tenho muito orgulho do governo de Minas Gerais e, desde quando comecei o meu curso de RI, sabia que permaneceria aqui”. Destacou a importância da atuação do Centro Universitário Newton Paiva na área de Comércio Exterior, “que sempre colaborou com a Câmara de Comércio BrasilÍndia. Temos um caso de uma empresa de tecnologia da informação cuja concretização teve como base as negociações iniciadas nesta instituição”. A Índia “possui uma população de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, países-vizinhos não muito amistosos (Paquistão, Bangladesh, Sri-Lanka e China ao norte)”. É vista no Brasil por alguns de seus ícones: animais sagrados, Taj-Mahal, país pobre. “Mas isto tem mudado muito”, porque a Rede Globo apresentou uma novela (Caminho das Índias), “que conseguiu divulgar mais o país do que os oito anos de trabalho da Câmara de Comércio. A Índia tem um poder de atração muito forte”.


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Mas a realidade é que a Índia no cenário internacional é um centro de tecnologia. “A Bollywood é a maior empresa cinematográfica do mundo. A Tata Motors, um gigante da indústria automobilística, estará em Minas Gerais no próximo ano com alguns modelos. Talvez o automóvel não custe US$ 2500.00 devido à conjuntura tributária brasileira, mas com certeza será competitivo”. A “Mittal, mesmo com sede em Londres, é uma das principais empresas de nosso estado e pertence a um indiano”. “Há ainda uma grande empresa de bebidas que virá para Minas Gerais, ainda este ano, cujo nome não posso divulgar neste momento”. O Brasil é 2,6 maior que a Índia em área física. Mas a Índia possui uma população que é 5,8 vezes maior que o Brasil, apresenta o 4º maior PIB do mundo (US$ 4,15 trilhões), com previsão de alcançar a 3ª posição até 2050. “O voto não é obrigatório, jovens não votam e são 12 línguas oficiais”. Muitas são as vantagens de se investir na Índia. “A colonização nos favoreceu neste aspecto: a Índia fala inglês, o que é um diferencial, por exemplo, em relação à China; aspecto este que o Brasil precisa melhorar bastante”. Além disto, “possui a maior rede rodoviária do mundo. Precisa melhorar em infraestrutura, mas está caminhando”.


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Porém há barreiras a serem transpostas. “A distância física em relação ao Brasil, a migração limitada, baixo conhecimento mútuo e divulgação de oportunidades são entraves. Apesar de ter crescido de forma considerável nos últimos anos, ainda é baixa a relação de troca”. Alguns passos foram dados no sentido da aproximação entre os dois países. “Um deles é a realização de uma missão empresarial, que deve contar com a participação do Governador Antônio Anastasia e da Secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothéia Werneck, em outubro/2011. Será um divisor de águas”. Entretanto, “convencer uma empresa a investir, ousar, não é uma tarefa fácil”. “Mesmo num país como a Índia, muito desenvolvido em setores como o de telecomunicações, biotecnologia, farmacêutica, automóveis e motocicletas”. Isto porque há necessidade de se fazerem adaptações, devido aos problemas culturais. A Ford, por exemplo, adaptou os automóveis para as estradas indianas. O carro Omega substituiu a atriz Cindy Crawford em uma campanha publicitária por uma personalidade do cinema indiano. A Coca-cola redesenhou suas caixas e caminhões para a entrega em estradas ruins. O Mc Donald´s lançou produtos específicos (Mc Aloo, Tikki Burger e Pizza Mc Puff), além dos


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produtos vegetarianos. Já a Pizza Hut lançou a Tandoroori, Pancet Pizza. São muitos os exemplos. A Índia também se orgulha de ter empresas atuando no Brasil: TCS Brasil (Tata Consulting), AP Tech Brasil “cuja negociação para implantação teve início e influência do Centro Universitário Newton Paiva; através do Curso de Comércio Exterior”; Thermax, Infosys, que é a segunda maior empresa de tecnologia de informação, situada no município de Nova Lima. Outro exemplo interessante é a Tata Steel (Distribuidora Santa Clara), que enxergou na atuação da Câmara de Comércio uma oportunidade de negócio e importa aço de forma direta. Mas o Brasil também está presente na Índia, em especial, pela Vale S/A (CVRD), além de Marcopolo, Embraer, Stefanini, Surya cosméticos, Andrade Gutierrez, Gerdau/Açominas. O projeto de ingresso neste mercado, realizado pela Cachaça Diva com suporte desta Câmara merece destaque especial. “Foram feitos levantamentos e estudos de mercado. Além da avaliação dos requisitos técnicos e rotulagem, foram contatados parceiros locais para as gestões comerciais e logísticas. Duas visitas foram feitas à Índia, com o objetivo de conhecer mais detalhes sobre o mercado, seleção e qualificação do parceiro local,


requisito muito importante para quem deseja conquistar o mercado indiano”. Neste momento “esta é a única cachaça no mercado indiano”.

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Palavras-Chave: tecnologia, Índia, investimento, internacionalização, cultura.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da Câmara de Comércio França-Brasil

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JUSSARA DE SOUSA MACHADO


RESUMO

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A Câmara de Comércio França-Brasil “é uma associação centenária sem fins lucrativos, que aproxima seus membros aos vários órgãos franceses (ACFCI, MEDEX, UBiFRANCE/ME, UCCIFE)” entre outros. Pertence a uma rede de ação articulada no país, presente nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e uma representação no Rio Grande do Sul. “Estamos em 140 cidades do mundo”. A França investe muito no Brasil. “Dos países do BRICS, o Brasil é o que mais recebe investimentos franceses”. “Isto pode ser visto pela representatividade de associados institucionais em 2011: Accor, Airfrance, Air Liquide, Allianz, Alstom, Deloitte, L’oreal, Saint Gobain, Rhodia, Safran, Valeo, Sanofi aventis, Grupo Carrefour, Lafarge e Michelin são alguns deles. Os serviços oferecidos aos associados refletem o interesse da Câmara em “prover a aproximação entre os empresários, de forma a potencializar novos negócios e parcerias”. A prospecção de eventos internacionais e nacionais é um deles. Trata-se de apoio a empresas francesas e brasileiras para estimular parcerias. “É realizado um diversificado espectro de ações: listas de contatos, missões de prospecção comercial, relatórios financeiros, emissão de certificados de origem,


acompanhamento institucional, representação de empresas em feiras e salões, restituição de TVA, boletim de oportunidade de negócios e hospedagem de empresas”. Muitas são as oportunidades comerciais para a realização de negócios. As publicações CCFB e a Revista França Brasil podem ser consideradas formas de promoção comercial. “O anuário dos membros é uma publicação anual, que reúne dados dos associados e informações sobre serviços prestados por eles. A tiragem é de 1400 exemplares distribuídos aos associados e organizações bilaterais nos dois países”. Já a “Revista França Brasil (40.000 exemplares) está presente nos voos AirFrance, na Aliança Francesa, FNAC, na rede de hotéis e restaurantes franceses no Rio de Janeiro e São Paulo”. “Ser associado é beneficiar-se de uma organização franco-brasileira, que procura facilitar o acesso por meio do contato com pessoas de alto nível de decisão. O site com plataforma internacional é outra ferramenta interativa com câmaras do mundo todo”.

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Palavras-Chave: CCFB, certificado origem, negócios internacionais, publicações, internacionalização.


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PALESTRAS 13 DE ABRIL DE 2011


MÓDULO III

EMPRESAS MINEIRAS BEM-SUCEDIDAS EM INTERNACIONALIzAçãO

DISCUSSãO: Como a empresa que você representa, obteve sucesso? Quais as vantagens obtidas com a internacionalização da empresa? Como os caminhos foram em direção ao sucesso? Qual é a responsabilidade advinda do sucesso em internacionalização?

MÓDULO IV

O PERFIL PROFISSIONAL DO GESTOR RESPONSáVEL PELA INTERNACIONALIzAçãO DAS EMPRESAS E SUAS COMPETêNCIAS

DISCUSSãO: Que competências são necessárias ao profissional em Negócios Internacionais/Relações Internacionais, encarregado de conduzir uma empresa ao processo de internacionalização? Que perfil é requerido pela empresa que você atua, para a função? Quais são os pontos fortes e habilidades necessárias?


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case do Centro-Cape

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TÂNIA MACHADO


RESUMO

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O Centro-Cape iniciou suas atividades em 2001, com a APEX e, de imediato, foram identificados três aspectos, fundamentais para a solidez do negócio: credibilidade, persistência e necessidade da criação de uma marca sólida (Marca Brasil). Os trabalhos de conquista de mercado tiveram como base as viagens aos países-foco: Alemanha, França e Itália. E, pelo Setor Comercial das embaixadas brasileiras nos destinos (SECOM), tentou-se vender os produtos, mas recebiam indicações para venda em bazares de igrejas e outros locais, em dissonância com o objetivo principal que era “vender o melhor do melhor”. Só após convencer o Governo Federal do propósito, com a adesão do Presidente Fernando Henrique Cardoso e do Ministro Lampreia, conseguiu-se que os produtos fossem doados e colocados dentro do avião presidencial para presentear chefes de estado e demais formadores de opinião. O projeto funciona até hoje e inclui presentes ofertados pela Presidente Dilma Rouseff ao Presidente Barack Obama, quando ele veio ao Brasil. O segundo aspecto, a persistência, também foi ob-


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jeto de teste para o Centro-Cape. Iniciou-se pela participação em uma feira em Frankfurt, Alemanha, cujo estande, apesar de bem-apresentável, não recebeu sequer uma visita. Só então compreendeu-se a característica pejorativa do artesanato e que compradores são alheios ao produto, além de desconfiarem da persistência dos artesãos. “Será que eles estarão de volta no próximo ano?” questionou-se. A “Marca Brasil” foi o terceiro aspecto qualificado como fundamental para a consolidação de posição mercadológica. Isso porque, a regionalização do artesanato é desconhecida pelo comprador estrangeiro. Assim, características de um estado são desconhecidas, mas o verde e amarelo do Brasil é identificado com naturalidade. Por isto foi criada a marca. Em relação às vendas, o crescimento é muito significativo. Em 2001 as vendas foram de US$ 10,000.00, enquanto em 2010, o número cresceu para US$ 2,600.000.00. É importante destacar que nestes valores estão computadas apenas as vendas do Centro Cape de do Projeto “Mãos de Minas”. Sabe-se, entretanto, por pesquisa realizada em 2010, que estão cadastrados mais de 500.000 artesãos e que 18% deste total exportam com regularidade. Isso significa que os valores apresentados


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são muito mais representativos. Mas há desafios a serem vencidos e a persistência é um deles. Para isto, participouse das feiras, apesar da crise americana. Outro aspecto é a criação do show-room permanente (34th Ave., em frente ao Empire State Building), que consolidou-se como um diferencial competitivo. Também o estreitamento de relações comerciais com parceiros é fundamental para o desenvolvimento do negócio, que, neste caso, foi realizado nas cidades de New Jersey (USA) e Sintra (Portugal), onde estão os centros de distribuição. Outro desafio é o estabelecimento do respeito ao trabalho do artesão, sem abdicar da coragem de enfrentar as adversidades. Há que se lutar contra os apelos para a prática de preços ínfimos e concorrer com artesãos indianos e chineses, que não estão nos mesmos patamares de atendimento às regras ambientais de extração ou uso de mão de obra infantil ou escrava. Entre as fraquezas do artesanato, a embalagem é crítica para o processo de exportação, porque são produtos de baixo valor agregado, embalados em jornais e submetidos à vistoria alfandegária. Ao serem desembrulhados pelos agentes, nem sempre são acondicionados corretamente e podem ser avariados. A variação cambial


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é outro aspecto que prejudica a rentabilidade para o artesão atingindo algo em torno de 1,5%, calculado sobre um preço baixo. Já a concorrência predatória no artesanato, que quer “exportar a qualquer custo” e que “exporta, mas morre de fome”, prejudica o empreendedor que acredita no próprio produto. Os clientes do Centro-Cape são museus ou galerias de arte, e pessoas preocupadas com qualidade, que desejam conhecer a história do produto: o que é, de que é feito. Isso significa que cada produto conta a sua trajetória. E, para a exportação do artesanato produzido, um conjunto de estratégias foram utilizadas. A primeira foi a produção da própria embalagem, garantindo, ao mesmo tempo, a vistoria da fiscalização nas alfândegas e a segurança da chegada ao destino. Isto foi desenvolvido a partir da espuma expansiva. O desenvolvimento do Selo IQS, que já certifica a qualidade sustentável, será aprimorado com a parceria com o INMETRO. Há ainda um conjunto de ações importantes. Não apenas a criação da empresa ECOARTS, estabelecida nos EUA. Houve o desenvolvimento do site www.whyus.org para produtos de baixo valor agregado (US$ 1.00 – US$ 2.00),


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que eram comercializados por lojistas ao preço final de US$ 14.00 ou mais e prejudicavam o artesão. Também são realizadas as participações em feiras, entre elas: Bisoutex (Madri), Intergift (Madri), Ambiente (Frankfurt), Maison Object (Paris), Gift Fair (New York – 2 vezes ao ano), Gift Show (Las Vegas – 2 vezes ao ano), Fancy Food (Washington), Projeto Comprador (New York), Projeto Vendedor (Brasil – 2 vezes ao ano). Além disto, no show-room (34th Ave em New York), são realizados eventos quando são servidos produtos brasileiros: cachaça, pão de queijo, bombom Sonho de Valsa. Tudo ligado à bossa-nova. São evitadas as conexões com samba e futebol. Já as barreiras a vencer também preocupam. Não apenas pela ausência de uma Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) específica para o artesanato, que provoca confusão e imposição de barreiras tarifárias, mas também a criação de uma cultura exportadora. Com a chegada da Copa do Mundo de Futebol a ser realizada no Brasil, o Centro-Cape prefere uma posição mais comedida. Reconhecemos que se trata de um evento esportivo de curta duração, quando os visitantes estarão interessados em produtos pequenos, baratos, fáceis de carregar e que remetam ao evento.


Ao final, recomendou-se que as empresas interessadas em internacionalização devem buscar parcerias estratégicas com empresas comerciais exportadoras ou trading companies, que busquem conhecer o preço do produto final. Além disto, que tenham persistência, responsabilidade e respeito com o próprio trabalho.

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Palavras-Chave: SECOM, concorrência internacional, adequação, barreiras comerciais, artesanato.


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Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da empresa Forno de Minas Alimentos S/A

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CARLOS HENRIQUE PEREIRA


RESUMO

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A empresa iniciou suas atividades em 1990, com uma produção em pequena escala de aproximadamente 90 Kg/dia. O maior desafio e considerado o marco para a expansão foi o congelamento do produto, que demandou um aprendizado de competências e testes para atender às exigências. A partir daí, identificou-se a necessidade de produção dos queijos, consolidado no formato da empresa “Laticínios Condessa”, a partir de de 1995. Em 1999, a empresa foi vendida para a General Mills (Pittsbury), que realizou uma importante modernização do parque industrial. O retorno da empresa para a responsabilidade da Família Mendonça ocorreu em 2009, quando foi priorizado o aumento percentual na quantidade de queijo dos produtos, característica considerada fundamental para consolidar o diferencial competitivo. Em 2010, houve o investimento de 20 milhões por parte do novo sócio, a Mercatto Investimentos. A expansão na linha de produtos e o aprimoramento no estudo do público-alvo foram fatores relevantes para a nova configuração da empresa. Houve uma considerável mudança no tempo gasto durante o preparo dos alimentos


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por parte dos consumidores o que repercutiu na criação de novos produtos. Comentou-se a introdução no mercado de produtos pré-assados e destacou-se que a empresa é a primeira colocada na comercialização do pão de queijo no Brasil. Esta posição também é mantida nos estados de MG, ES, RJ, DF, GO, grande SP e RJ. Também foi tratado o caso da exportação de queijos, porque o Brasil está habilitado para exportação para: Argentina, EUA, África do Sul, Coréia do Sul, Cuba, El Salvador, Honduras, Uruguai, México, Nicarágua, Paraguai e Peru. Destaque especial foi dado à não-inclusão da Europa entre os países mencionados anteriormente, tendo em vista as questões sanitárias. Afirmou ainda que, na realidade, “trata-se de questões muito mais econômicas do que sanitárias”. Ao aprofundar-se nesta temática sobre a exportação dos queijos, no case 1 (Parmesão ou Goya – Wiscon Corporation), apresentaram-se gráficos que identificam a produção do leite brasileiro como um dos mais caros do mundo. Assim sendo, afirmou-se “que produzir leite para exportação não é uma boa opção”. Já no case II (Pão de queijo: abertura de mercado), apresentou-se como foi realizado o trabalho de forma continuada, com apelo publicitário para os fatores relaciona-


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dos ao sentimento de saudade, alimento protéico, fonte de cálcio e sem glúten. As exportações são realizadas para Portugal, Canadá e México. Aspectos ligados aos hábitos de consumo foram itens destacados durante a apresentação: alguns países fritavam o produto ao invés de assá-lo. Daí a relevância do acompanhamento da empresa exportadora junto ao público-alvo identificando as dificuldades no preparo e manuseio. Nesta oportunidade, também foram mostradas peças publicitárias durante a campanha feita no estádio Red Bull Arena (USA). Após apresentar um vídeo institucional sobre os processos produtivos, os estágios intermediários de mistura, a colocação dos recheios, o manuseio e a embalagem, foram destacados os cuidados na manutenção das boas práticas de fabricação. Foram mostradas fotos de etapas do controle de qualidade e tratamento de efluentes. Também destacaram-se os cuidados na captação do leite, procedimentos de controle de brucelose e vermifugação, febre aftosa (sob controle o Brasil), controle integrado de carrapatos e parasitas e outros. Além do selo de inspeção SIF do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e da certificação Halal, necessário para atestar a conformidade da produção aos padrões da co-


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munidade islâmica. O pão de queijo está certificado pelo Food and Drugs Adminstration (FDA), rigoroso órgão de controle americano. Mesmo o “Laticínios Condessa”, produtor do leite utilizado pela empresa “Forno de Minas” nos produtos industrializados, há um grande número de outros clientesparceiros nacionais e internacionais: Polenghi, Cotochés, Kraft Foods, All Food, BRF, Schreiber e Kerry. São produzidas mussarela (4 Kg) Parmesão e Goya (5Kg), a produção é comercializada inclusive para redes de fast-food, como o Mc Donald´s. Entretanto, o interesse da empresa no crescimento do consumo chinês de leite e monitoramento do mercado mundial identifica uma abertura de novas propostas. Para isto, o Diretor-Presidente da empresa, que acompanhou a Presidente Dilma Rouseff durante sua visita à China, em abril/2011, e buscou oportunidade para servir o produto e testar sua aceitabilidade. Mas o grande desafio “é garantir que o container refrigerado chegará em condições normais na China”. No cenário macroeconômico, destacou-se a Nova Zelândia e os EUA como principais exportadores de produtos lácteos mundiais. Apresentaram-se dados que compa-


ram o consumo de leite entre vários países (França: 399 litros/hab/ano e Brasil 130 litros/hab/ano), abaixo da recomendação da Organização mundial de Saúde, que é de 150 litros/hab/ano. As perspectivas são não apenas a necessidade de aumento da demanda, mas que o clima e o câmbio são aspectos que, no momento, pesam negativamente nas exportações. E a produção sustentável e socialmente responsável foi considerada importante para a consolidação das exportações.

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Palavras-Chave: pão de queijo, internacionalização, exportação, padrões internacionais, certificação.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de estudos realizados pela Coordenação do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral

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SHERBAN LEONARDO CRETOIU


RESUMO

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A exportação ou importação de produtos e serviços é muito importante para que as empresas possam ganhar competências internacionais. “Porém, apenas esta estratégia não é suficiente para garantir uma posição de liderança. É necessário o estabelecimento de ativos nos exterior, para a consolidação de uma liderança ou vice-liderança regional”. Para calcular o nível de internacionalização de uma empresa (transnationaly intex – UNCTAD), inclusive, há uma metodologia que foi apresentada posteriormente. O palestrante apresentou um panorama das empresas brasileiras internacionalizadas e discutiu o índice de algumas delas. Foram citadas empresas de segmentos distintos, o que demonstrou não apenas um mosaico de competências consolidadas, mas uma realidade possível cujo protagonismo aponta também para médias empresas. Setores como refrigeração, construção civil, motores elétricos, aço, bancário, insumos industriais e tecnologia de informação estavam representados. As empresas identificadas são: JBS, Friboi, Petrobrás, Vale, Mafrig Group, Sabó, WEG, Stefanini, Gerdau, Itaú Unibanco, Gerdau, Ar-


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tecola, Cemig, Eletrobrás, Fogo de Chão, Marcopolo, Metalfrio, Ibope, Tigre, Camargo Correia, Odebrecht, Votoratin, Natura e Banco do Brasil, entre outros. A Fundação Dom Cabral realizou uma pesquisa anual, para identificar as empresas brasileiras mais internacionalizadas. Dentre os critérios metodológicos para triagem estão: faturamento, ativos e funcionários no exterior. O resultado apontou que, entre 200 e 250 empresas brasileiras, “podem ser consideradas verdadeiramente internacionalizadas, porque estabeleceram plataformas de comercialização e produção no exterior”. De acordo com o palestrante, isto implica “gerir um sistema complexo de sofisticação administrativa, potencializar a intensidade da estratégia, além de noção concreta de assumir riscos e lideranças”, isso porque, ao assumir tais riscos em territórios estrangeiros, as organizações deverão apresentar competências para lidar com culturas diferentes, legislações, funcionários expatriados, impatriados, repatriados, treinamentos, sistemas financeiros e relações internacionais complexas. O resultado da pesquisa FDC-I 2010 apresenta empresas brasileiras que possuem produção ou comercialização no exterior, apenas subsidiárias ou unidades


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de serviço, assistência técnica, global sourcing e R&D, aquisições e green field investment. As franquias brasileiras, como estratégia de internacionalização, também tiveram um crescimento significativo. O aumento da presença brasileira como Localiza, O Boticário, Habib´s, China in Box, Fisk Escola de Idiomas (com 70 unidades na Argentina) foram citadas. Em destaque “a Livraria Nobel, que franqueou seu sistema de gestão, metodologia e divulgação demonstraram que o talento e a competência brasileira não estão relacionados apenas com produtos”. Outras empresas também foram lembradas, por exemplo, a Embrapa. Já a Friboi, que, conforme o palestrante, é líder mundial em carne bovina, consolidou sua posição de empresa internacionalizada há apenas sete anos. Afirma que, se por uma perspectiva, a questão cambial, neste momento, causa descompassos na exportação, por outro lado favorece a aquisição de ativos fora do Brasil, visto que ficam mais baratos. Ao apresentar o ranking brasileiro das empresas internacionalizadas em 2010, a JBS protagoniza a lista, com um índice de 84 pontos percentuais. Surpreendente, entretanto, foi a constatação de que “há médias empresas brasileiras neste ranking”.


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Elas são mais internacionalizadas do que aquelas de grande porte, isso porque o grau de internacionalização não está baseado nesse critério. Outro dado importante é que a America Latina é a região preferida para as plataformas, o que pode ser explicado pela proximidade geográfica, pela cultura ou pelo histórico de que tais empresas já tenham exportado para a região”. E o conhecimento técnico pode ter sido fundamental para criar uma zona de conforto e possibilitar a expansão das plataformas de negócio. Essa perspectiva é que leva ao questionamento sobre o profissional em negócios internacionais, responsável por conduzir as empresas mineiras para este horizonte. Para ele, os gestores brasileiros são cobiçados pela capacidade para expatriação. Além disso, são consideradas acessíveis, de fácil relacionamento também em solo estrangeiro. Muitas são as características das multinacionais brasileiras. Foram citados o baixo número de expatriado em posições de gerenciamento, poucos assentos estrangeiros nos conselhos, crescimento da importância do conhecimento em gestão no nível internacional, crescimento e sofisticação das práticas de recursos humanos,


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compartilhamento e habilidade para lidar com stakeholders (sindicatos, associações, respeito cultural e diferenças instituicionais, outros). “Há também uma equivocada impressão social de que só quem atua em negócios internacionais são apenas os membros desta comunidade”. De acordo com o palestrante, “para expansão, são necessários profissionais em todos os níveis: CEO, diretores corporativos, gerentes de divisão, gerentes regionais, gerentes funcionais corporativos, das divisões e das subsidiárias. Tais funções em ambientes multiculturais são decisivos para a facilitação do trabalho inter/intra equipes de diferentes nacionalidades. Em especial, são necessárias competências gerenciais e habilidades no trato com outras culturas, padrões mentais ou comportamentais”. Tais competências são desenvolvidas por profissionais de marketing, finanças e outras. Há que se destacar também o aprimoramento das técnicas de contratação, treinamento de equipes locais em países estrangeiros, expatriação e repatriação, impatriação (atividades logísticas e apoio ao estrangeiro), treinamento de profissionais estrangeiros na matriz, sistema de remuneração e benefício.


Ao concluir, destacou que a preparação destes profissionais é constante e inclui habilidades cada vez mais sofisticadas.

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Palavras-Chave: FDC, competências internacionais, internacionalização, multinacionais, cultura.


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Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da empresa COBIMEX Negócios Internacionais, desenvolvido pela ex-aluna do Centro Universitário Newton Paiva

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MARINELLA VEIGA SIQUEIRA


RESUMO

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A Cobimex Negócios Internacionais Ltda foi criada em 2003, com o objetivo de atender a Embrasil Ltda, mas a demanda interna aquecida foi responsável pela extensão das atividades, também a outras empresas. Possui 36 empregados, 23 na matriz, 11 no armazém e 2 na China. A importação responde por 80% do faturamento e atua em parceria com empresas de assistência técnica e inspeção de carga. A empresa comercializa marcas de terceiros: Maisto, Intex (infláveis), Michellin (lavadoras de alta pressão), Dittz (esportivos), além de próprias como Strong, Yankee e Natália Christmas. Essa última é uma linha de produtos natalinos, que obteve licença Disney para a utilização de consagrados personagens como, por exemplo, Mickey. Destacou-se que, para o licenciamento, “a Disney é conhecida pelo rigor nas inspeções e critérios de excelência com os produtos que identificam os personagens”. “O mercado global, influenciado pelos desastres naturais, conflitos locais, instabilidade política e ingresso de novos entrantes nas classes C e D, resulta mudanças importantes para as empresas”. Isso requer não apenas


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estudos constantes de cenários e planejamento, mas também uma análise detalhada dos elos mais frágeis da complexidade empresarial de forma a melhorar a competitividade internacional. Por isso, o processo de internacionalização é fundamental para a sobrevivência das empresas, no sentido de aproveitar as oportunidades para o fortalecimento dos pilares comerciais e, além disso, aumentar a participação do Brasil no sistema de trocas internacionais. “O crescimento do estado de Minas Gerais foi de 10,9 pontos percentuais, o que comprova a sinalização de oportunidades comerciais”, afirmou. Mas isso não acontece apenas em MG. Em breve panorama sobre a China, “25% dos cigarros, 50% do macarrão, 65% dos calçados, 50% dos computadores, 45% dos televisores, 80% das câmaras fotográficas produzidas no mundo são realizadas lá”. Interessados em aumentar o intercâmbio comercial, a Presidente Dilma Rousseff tenta estreitar o relacionamento com os chineses, o que implica desafios para o profissional responsável pela gestão internacional da empresa. Não se trata apenas da tarefa de encontrar mercados para os produtos brasileiros e identificar as carências. Demanda uma flexibilidade do profissional. Exemplos


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pessoais de como as diferenças culturais, fuso horário, alimentação e falta de recursos são obstáculos a serem contornados, foram apresentados. “A falta de vaso sanitário e papel nos banheiros chineses, a ingestão de insetos e a longa jornada de 50 horas sem banho até chegar ao destino na China” são alguns deles. A língua de difícil compreensão foi outro obstáculo a ser vencido durante a participação em feiras chinesas. “Já houve custos de viagens internacionais, pagos apenas com a boa negociação com chineses, além de novas descobertas de financiamento ofertado por bancos estrangeiros que impactaram as compras”. Mas a demanda aquecida impactou os fretes internacionais, que foram elevados de US$ 700.00 /teu para US$ 2.500.00/ teu. Nesse cenário são fundamentais as alterações na logística internacional com rotas alternativas, compras antecipadas e bons parceiros. A escassez de recursos é outro complicador. Demonstrou-se por fotos a dificuldade na obtenção de oito caminhões e as providências para passagem, por rodovias, de um máquina embarcada em containers, cuja operação demandou batedores especiais. Citou também mudanças no licenciamento alfandegário, que oneram o planejamento


inicial das compras. Isto acontece quando uma mercadoria que, inicialmente não requeria licença para importação, passa a ser demandada. Concluiu-se destacando “a instabilidade do mercado e as transformações, como motores para instigar o profissional em Negócios Internacionais a manter-se preparado para lidar com os imprevistos”. O conhecido custo Brasil também é um desafio para os profissionais da área, que devem combinar a habilidade de negociar menores custos com prazos curtos que compensem os altos custos logísticos e de tributos nacionais.

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Palavras-Chave: China, mercado global, demanda, certificação, importação.


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Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case do Grupo Serpa

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SAMARA REIS GOTLIB


RESUMO

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Apresentou-se o Grupo Serpa, tradicional empresa estabelecida em Belo Horizonte, que atende a uma clientela de exportadores e importadores, espalhados pelo estado e também fora dele, com um conjunto de parceiros. Responsável pelo departamento de Desenvolvimento de Pessoas, a palestrante responde pelos processos de treinamento, seleção e aprimoramento técnico dos colaboradores que atuam nas empresas do Grupo. Para a palestrante, o mercado de comércio exterior no Brasil “é um mercado novo e crescente, apesar de ter mais de 200 anos”. Teve, entretanto, um desenvolvimento especial sob a gestão do Presidente Fernando Collor de Melo. Declarou que, a partir de 2008, apesar da crise financeira, o crescimento foi classificado como “positivo”. E, como última principal característica, disse ser o mercado de Comércio Exterior sem fronteiras, “porque, conforme foi visto nas palestras anteriores, muitas empresas estão interessadas em internacionalização”. Para as carreiras em Comércio Exterior, há muito mais do que apenas importação e exportação, afirmou.


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“Existem oportunidades nas áreas de prestação de serviços, como no Grupo Serpa – processos especiais, desembaraço e logística, prospecção de mercados, além da academia”, afirmou. Sobre o processo seletivo para ingresso no Grupo Serpa, destacou que fica surpresa ao ouvir as respostas dadas pelos candidatos à pergunta introdutória “Por que você gostaria de entrar para a área de comércio exterior?” Disse que 95% respondem “porque gosto de aprender sobre culturas” ou “gosto de viajar”. Ambas as respostas mostram “despreparo e desconhecimento da área e falta de foco”, destacou. Afinal, não são estas as características desta área. Um levantamento feito pela palestrante sobre o número de pessoas que formam em Belo Horizonte por ano, identificou 270 acadêmicos nas faculdades existentes. “E isto é muito pouco em relação ao apagão de mão de obra apresentado pela Revista Exame de abril/2011”. Para tentar responder ao fenômeno, apontou que “a faculdade forma generalistas, enquanto o mercado pede especialistas-generalistas”. Destacou que “os estágios e cargos de início de carreira são importantes primeiros-passos. É fundamental começar a atuar desde o inicio do curso”. E ponderou “discordo de


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outros palestrantes: penso que vocês já são profissionais e o que vem depois é a especialização”, no que foi imediatamente aplaudida pelo auditório presente. Também explicou que, ao serem pesquisados, os funcionários do Grupo Serpa, sobre “o que no seu dia a dia é aprendido durante o curso de Comex”, identificaram que as questões teóricas são o foco. Isto significa que, ao defrontarem-se com o tópico, este já foi visto na escola. Já com relação à pergunta “O que no seu dia a dia você poderia levar para o Curso de Comércio Exterior”, a resposta é a prática. Ou seja, “quando o professor vai ensinar, tais alunos já se sentem prontos para fazer perguntas mais aprofundadas”, afirmou. Entretanto, “foram identificados gaps de competências para se tornar um profissional de excelência”, ponderou. “E, para suprir tais lacunas, o Grupo Serpa desenvolve as seguintes práticas: foco no desenvolvimento da equipe, treinamento técnico, convênio com faculdades, benefício de língua estrangeira, plano de carreira por competência, atribuição de responsabilidade considerando o limite do cargo, benefícios e salários compatíveis, no mínimo, equivalentes ao mercado”, afirmou. Para ela “o mercado não permite a desatualização: é


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fundamental fazer um curso de pós-graduação, ter inglês fluente e, em especial, estar no mercado de trabalho”. “A faculdade é tempo de busca”, reafirmou. Ao identificar qual é a demanda do mercado em relação ao profissional em Comércio Exterior, apontou os seguintes aspectos: “estar identificado com a área de escolha, ter curiosidade para aprender, disciplina, organização, conhecimento teórico e prático, ser atualizado no mercado e nas leis, ter capacidade de lidar com vários tipos de pessoas e demandas, ser pró-ativo e ter fluência em idiomas”. “Como representante da geração “Y”, confesso que a internet pode ser considerada um inimigo, pois pode causar indisciplina e perda de foco”, comentou. Ao explicar como são realizadas as triagens nos currículos recebidos, explicou que “não contratam estagiários e sim cargos de início de carreira” e que “classifica como sem inglês, aqueles que informam que a língua encontra-se no grau de desenvolvimento intermediário”, já que, ao serem testados, dificilmente passariam para cargos como o de logística, que requer fluência. Encerrando, afirmou “que as equipes de trabalho do Grupo Serpa cuidam de vários clientes”, por isto é


fundamental desenvolver as características acima mencionadas, já que “comércio exterior requer atualização constante” e que “estar no mercado deveria ser prioridade para os interessados em profissionalizar-se”.

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Palavras-Chave: Grupo SERPA, desenvolvimento, aprendizagem, conhecimento técnico, línguas.


Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case da Usiminas S/A (ex-aluno do Centro Universitário Newton Paiva)

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ROBERTO TAVARES


RESUMO

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O auditório presente ao evento teve a oportunidade de conhecer a trajetória profissional deste palestrante. Formado em 2002 pelo Centro Universitário Newton Paiva, explicou que, apesar de responder pelo Departamento de Exportação desta grande empresa, o caminho percorrido foi árduo e demandou um conjunto de competências, força de vontade, coragem e determinação para enfrentar os desafios na carreira. “Eu entrei nesta instituição em 1997 e decidi pelo ingresso no mercado de trabalho já no primeiro período, quando trabalhei na extinta “Rio-Sul”, atuando no embarque de pessoas e cargas”. Para ele, “foi importantíssimo porque aprendi, desde muito cedo, o que é compromisso e responsabilidade”. “Todos os meus colegas participavam de churrascos da turma, mas eu estava muitas vezes trabalhando, raramente tinha tempo”, afirmou. Mas os resultados começaram a aparecer. “O trabalho remunerava acima da média e logo depois já pude comprar o meu primeiro carro”, afirmou. Apesar da melhoria nas condições financeiras favoráveis, compreendeu que, cursando Comércio Exterior, de nada valeria a sua experiência na Rio Sul, devido à fal-


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ta de foco e “decidi pedir demissão para trabalhar como estagiário em uma empresa canadense, que possuía um modelo de gestão internacional”. As portas foram abertas por colegas da escola. “Este network é fundamental para a realocação profissional”, afirmou. Ao final do curso, encontrava-se como estagiário, na Usiminas. Mas tudo afundou ao concluir o curso: “acabou meu estágio na Usiminas, terminei a faculdade, ou seja, eu trabalhava durante o dia e estudava à noite. Com a dispensa pós-formatura, eu não tinha mais nada”. A “pressão familiar foi intensa: decepção e desemprego em 2002”, comentou. “Como pode uma pessoa que trabalhou durante todo o curso, ficar desempregado logo ao se formar?” questionou. Mas é preciso considerar o panorama econômico já que “isto só acontece hoje se o estudante quiser”, porque “antes o Brasil era conhecido pelo futebol de Ronaldinho e pelas praias, mas hoje é lembrado pela economia, todo mundo sabe de política brasileira. Colocam o Brasil em local nobre”. Afirmou que não existem restrições para admissão – “basta estar qualificado”, ponderou. Ao retornar ao mercado, seis meses após a formatura como consultor de uma empresa de calçados, assessorando na prospecção mercadológica, não


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foi bem-sucedido, porque a empresa optou por não prover as mudanças necessárias para a entrada do produto no mercado externo, declinando a oferta. Finalmente, sete meses após a formatura, estava de volta à Usiminas, como funcionário, atuando na função de analista de documentação. Para executar as tarefas, analisava as cartas de crédito recebidas e acompanhava a preparação e entrega dos documentos, quando uma pessoa aposentou-se. “Você aceita o desafio de pilotar o barco da área de logística?”, perguntou-lhe o chefe. Disposto a compreender melhor esta área, iniciou-se uma “etapa de intensa aprendizagem, quando então voltei a esta casa para solicitar aos professores e coordenador muitas indicações bibliográficas”. “A área de shipping é encantadora”, comentou. Os três anos de desempenho profissional nesta área foram pilares para os novos desafios que surgiriam. Como vendedor, respondeu pela área do Nafta o que implicou viagens internacionais e, por conseqüência, experiências de crescimento pelas desventuras. Citou “uma viagem dos EUA para o México, onde insisti para ir de carro e fui obrigado a negociar o pagamento de propina, tendo em vista a decisão da alfândega de que o meu visto era falso.


E explicar tudo isto na empresa não foi fácil. Curiosidade traiçoeira”, afirmou. Em 2010, atuou na área de marketing: prospecção e análise de mercados. Isto significa “rastrear tendências e identificar caminhos para navegar neste mar de possibilidades mercadológicas que o mundo oferece”. Afirmando que “os caminhos a serem trilhados demandam atitude pró-ativa, fortalecida pelo conhecimento avançado e determinação para lutar contra os obstáculos”, comentou que não se arrepende de tudo que realizou em sua profissão, afirmou que “esta instituição foi decisiva na formação, provendo um conjunto de aprendizados que carrego para a vida inteira, concluiu.

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Palavras-Chave: empregabilidade, exportação, prospecção mercadológica, internacionalização, conhecimento técnico.


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Internacionalização de Empresas Mineiras – Boas Práticas : Apresentação de case de Importação da empresa Vale S/A (ex-aluno do Centro Universitário Newton Paiva)

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FELIPE MAIA


RESUMO

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Ao ingressar no primeiro período do Curso de Administração com Habilitação em Comércio Exterior, em 2004, o palestrante tinha como interesse a atuação na área. Porém, até ingressar no sexto período (2006), já atuando como funcionário de uma grande instituição bancária fez com que declinasse o interesse pelo curso: “eu estava ficando para trás”, afirmou. “pensei que o meu futuro estava definido, afinal o meu salário era o melhor da sala”. Mas ao ser questionado por um professor, sobre por que ele estava matriculado em um Curso de Comércio Exterior se havia decidido empreender uma carreira bancária, compreendeu que teria de tomar uma decisão muito importante. “Eu decidi por trocar a estabilidade de uma carteira assinada por um estágio na área, na Vale S/A”. E tudo começou com a disciplina de “Estágio Supervisionado”(2008). Na oportunidade, “percebi que havia uma falta de conexão entre os setores envolvidos no processo de importação das cargas de projeto, que implicava perdas financeiras importantes. Foi feita então uma proposta para que o estágio fosse realizado nessa área e eu elaborei um manual, sob a orientação do Prof.


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Emerson Mello”. A apresentação do trabalho no final do curso, realizado no auditório da Newton Paiva, contou com a participação do chefe direto. “Isto foi decisivo para a minha contratação como funcionário e para a minha primeira viagem internacional”. Além disto, foram elaborados outros estudos, ligados à não utilização de benefícios por parte da empresa (ex-tarifário, descarga direta portuária), o que deu ainda mais visibilidade ao trabalho do recém-contratado. “Fomos à Receita Federal para explicar as razões da necessidade de descarga direta e deu tudo certo”, comentou. “A economia foi de aproximadamente 58% em impostos”. “Fiquei surpreso em perceber que até uma empresa tão grande e estruturada também tinha falhas, que permitiam a um ex-acadêmico oportunidades tão claras de propor melhorias”. Entusiasmado com o trabalho e sentindo-se realizado na profissão, recomendou aos acadêmicos-ouvintes às aulas. “Há apenas dois anos eu estava sentado aí, como vocês, ouvindo palestrantes”. “O Curso me ajudou muito”, ponderou. “Tive oportunidade de propor melhorias das quais me orgulho muito, mas trabalho muito. Não é fácil convencer alguém, sem trabalho de


pesquisa intenso, atualização, organização e conhecimento técnico”. Ao apresentar o estudo sobre as questões teóricas que resultaram nas reduções de custo para a empresa, apontou que tudo foi discutido em várias aulas. “Muitas vezes eu não dava muita importância para as explicações dos professores. Hoje vejo que tudo me faz muita falta”. Afirmou também que, mesmo nas viagens internacionais à trabalho que realizou, havia um pequeno espaço de tempo para conhecer lugares e pessoas. As recomendações feitas pelo palestrante aos acadêmicos, demonstram um amadurecimento pessoal e profissional. “Qualquer um pode empreender uma carreira de sucesso, desde que esteja disposto a identificar oportunidades de crescimento ou melhorias para os problemas das empresas. Cada um tem de mostrar o que aprendeu na escola”, concluiu.

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Palavras-Chave: oportunidade, crescimento, envolvimento, importação, prospecção mercadológica.


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