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Implantes, instrumentais e serviços voltados para ortopedia
O desafio da gestão orçamentária nos hospitais
Completo portfólio de produtos na área de artroscopia
Como a Internet das Coisas está transformando o mercado de saúde
Especial HIGIENIZAÇÃO E PREVENÇÃO A INFECÇÕES
Soluções inovadoras em equipamentos médico-hospitalares
Apoiamos a prevenção do câncer de mama
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Editorial
Quando o básico está em falta Nunca frequentei tantos hospitais e consultórios médicos como nos últimos tempos. Felizmente está tudo bem, isso não interferiu no meu trabalho e conseguimos entregar mais uma edição da RHB com o mesmo cuidado e dedicação de sempre. Uma pena que esse carinho que temos ao abordar temas que ajudem os gestores e profissionais de saúde a desenvolverem suas atividades da melhor forma possível nem sempre seja refletido no dia a dia das instituições de saúde. Digo isso porque o tratamento que recebi dos médicos nesse período – todos da rede própria do meu convênio – esteve bem longe do que se espera de alguém que cuide de vidas. Desde o atendimento pouco amigável, passando pela demora na espera até falta de higiene e, inclusive, de alguns itens básicos. De uma das consultas, saí com uma receita na mão, lágrimas nos olhos e uma revolta enorme, maior do que a dor que já sentia. Uma amiga que está com a mãe com câncer em estado grave disse que de dez médicos, apenas três as atenderam com decência. O quanto falamos aqui na revista de humanização, principalmente em casos de doenças avançadas... Sei que isso pode parecer pouco diante de tantos problemas que vemos e vivenciamos, mas isso demonstra que nem o básico, o mais simples tem sido feito. A gente vive lendo mensagens pedindo mais amor, afeto, respeito e compaixão, mas de profissionais de saúde imaginamos que isso seja o básico, afinal, eles estudaram muito para lidar com pessoas em um período delicado da vida. Ninguém vai feliz ao médico. O que queremos, ao mínimo, é um pouco de empatia.
Enfim, isso não pode nos desanimar! Continuamos aqui, fazendo a nossa parte, levando aos leitores as melhores práticas em saúde, as mais completas análises do setor, tecnologias inovadoras e cases de grandes hospitais, nos mais variados temas, para inspirar a mudança. E, falando nisso, nesta edição, trazemos o Especial Higienização e Prevenção a Infecções, que aborda o assunto considerando a higienização e a limpeza de ambientes, a higienização das mãos e a resistência microbiana, incluindo a atuação da CCIH. No final, três hospitais contam como estão organizadas suas áreas de limpeza e desinfecção de ambientes e detalham suas atividades. Na área de humanização, apresentamos uma pesquisa que mapeou a ambientação das salas de quimioterapia pediátrica no Brasil. Quase a totalidade dos respondentes afirmou que o serviço em que trabalham tem tratamento humanizado, atribuindo isso mais fortemente à atenção acolhedora e respeitosa com o paciente. Outro destaque é a parceria entre o Hospital Sírio-Libanês (SP) e o Hospital Geral de Palmas (TO). Através do Projeto Apoio às Ações Estratégicas, do Proadi-SUS, o HSL vai ajudar o HGP, por meio da metodologia lean, a reduzir o tempo médio de permanência do paciente e agilizar a reocupação do leito após a alta. Além destes, há muitos outros temas interessantes! Boa leitura!
NOTA DE PESAR No final de setembro, nos despedimos de Juan Goro Moriya Moriya, presidente e fundador da JG Moriya. Carismático e muito querido, era um ser humano inspirador em tudo que fazia. A Publimed agradece pela parceria de todos esses anos e deseja que familiares e amigos encontrem paz e conforto para enfrentar esse momento de dor. Na foto, está ao lado de sua filha, Karine, durante a feira Hospitalar deste ano.
EXPEDIENTE Gerente de Negócios Ronaldo de Almeida Santos ronaldo@publimededitora.com.br
santas casas, secretarias de saúde, universidades e demais estabelecimentos de saúde em todo o país.
Diretora Administrativa Vanessa Borjuca Santos vanessa@publimededitora.com.br
Design Gráfico e Criação Publicitária Lilian Carmona lia@liacarmona.com.br
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Redatora de Conteúdo Web Luiza Mendonça - MTb 73256 DRT/SP luiza@publimededitora.com.br
Ano XIII - Nº 87 - SET | OUT 2017 Circulação: Outubro 2017
A Revista Hospitais Brasil não se responsabiliza por conceitos emitidos através de entrevistas e artigos assinados, uma vez que estes expressam a opinião de seus autores e também pelas informações e qualidade dos produtos, equipamentos e serviços constantes nos anúncios, bem como sua regulamentação junto aos órgãos competentes, sendo estes de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes.
Editora de Eventos Internacionais Andréa Neves de Mendonça andrea@publimededitora.com.br
A Revista Hospitais Brasil é distribuída gratuitamente em hospitais, maternidades, clínicas,
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Diretor Geral Adilson Luiz Furlan de Mendonça adilson@publimededitora.com.br
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FORNECEDORES EM DESTAQUE Inovação em equipamentos e soluções para a saúde
eHEALTH Especialistas em tecnologia mostram como a Internet das Coisas está transformando o setor ATENDIMENTO Modelo de visita ampliada do Moinhos de Vento ganha destaque em revista americana – hospital conta sua experiência
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LOGÍSTICA O papel do despachante aduaneiro no setor médico-hospitalar, segundo a Interbrás
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TECNOLOGIA Hospital do Pará implanta solução que previne erros por medicação
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PRODUTO Malas da Patola permitem transportar itens médicos com segurança
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FORNECEDORES EM DESTAQUE 30 anos de compromisso com a saúde no mercado ortopédico
ENFERMAGEM Acontece em abril de 2018 a primeira edição do CONDEPE, que abordará a atuação dos profissionais de enfermagem SUSTENTABILIDADE Hospital Evandro Freire reduz 30% na conta de energia elétrica e 40% na conta de água ADMINISTRAÇÃO Os desafios da gestão orçamentária nas instituições de saúde
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EQUIPAMENTOS Modulo integrado da Macrosul é solução para organização de aparelhos médicos
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SAÚDE SUPLEMENTAR Superintendente executivo do IESS comenta recorde no aumento dos custos hospitalares
TRATAMENTO Cuidados paliativos pediátricos: como oferecer apoio emocional e espiritual aos familiares de crianças com doenças terminais CENTRO CIRÚRGICO Em artigo, avaliadora do CBA ensina como implementar o Time Out para prevenção de erros
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ARQUITETURA Centro Hospitalar da Nossa Saúde, em Curitiba, aplica conceitos de engenharia em nova ala de internação
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FINANÇAS André Medici fala sobre a epidemia de câncer e a importância do diagnóstico precoce para reduzir custos com o tratamento
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HUMANIZAÇÃO Hospitais públicos transformam salas de quimioterapia em locais lúdicos
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FORNECEDORES EM DESTAQUE Materiais de alta qualidade para cirurgias minimamente invasivas
SAÚDE PÚBLICA Sírio-Libanês executa projeto lean no Hospital Geral de Palmas para reduzir tempo médio de permanência do paciente
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SEGURANÇA DE DADOS Setor registra o maior número de ataques cibernéticos em 2016 e 2017
GOVERNO Ministério da Saúde cria Código SUS para melhorar a gestão das políticas públicas
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PEQUENAS DOSES Nesta edição, MBA de Logística aplicada à Saúde, novas ambulâncias para o transporte sanitário da população, sistema de videomonitoramento e robô que auxilia no diagnóstico da sepse, entre outros destaques
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GENTE QUE FAZ Líder defensor das entidades filantrópicas, Edson Rogatti é o entrevistado especial desta edição
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ESPECIAL – HIGIENIZAÇÃO E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES Limpeza de ambientes, higienização das mãos, resistência microbiana, CCIH e a experiência de três hospitais de SP
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OPINIÃO O impasse da tributação na saúde, por quatro presidentes de entidades representativas do segmento
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Fornecedores em destaque
INOVAÇÃO EM EQUIPAMENTOS PARA A SAÚDE Tendo como origem o método de fabricação alemão, a Lanco iniciou suas atividades no Brasil em 1993, com uma área de 9 m2. No início, o propósito era o fornecimento de peças injetadas em alumínio, plástico e zamak para indústrias eletromecânicas. Em 1995, começou a fabricação dos carrinhos hospitalares e, com o sucesso do produto, a empresa cresceu, se tornando referência de qualidade no mercado hospitalar brasileiro. Após 24 anos, conta com duas plantas fabris, totalizando 7.000 m2.
A Lanco está localizada às margens da Rodovia Castelo Branco, no município de Boituva, SP, a 117 km da capital paulista, considerada a cidade de destino certo para aventureiros que são atraídos pelos balões e paraquedas, já que a cidade possui o Centro Nacional do Paraquedismo. Do céu de Boituva é possível ver a grandiosidade do campo fabril da empresa.
Fábrica 2
Crédito: Webysther Nunes
O fato de estar neste local também serve de analogia para mostrar os altos voos que a empresa tem alçado desde a sua fundação, bem como sua visão ampla e inovadora, que a tornou referência no mercado de equipamentos para a saúde.
Fábrica 1
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Informe Publicitário
HEALTH FURNITURE O foco da Lanco sempre foi o homem e o trabalho por ele exercido. Para garantir seu bem-estar, a companhia se dedica a fabricar os melhores mobiliários hospitalares do Brasil. Os projetos modulares e flexíveis dos produtos garantem a adaptação às necessidades de design, conforto e layout, com velocidade e qualidade. Através de várias linhas, a empresa garante as soluções adequadas para todos os departamentos hospitalares.
As soluções inovadoras da Lanco em logística hospitalar estão disponíveis nas áreas de: - Central de Material Esterilizado (CME) com soluções para arsenal, expurgo e preparo - Centro Cirúrgico - Farmácia Hospitalar - Unidades de Terapia Intensiva (UTI) - RPAs - Diagnóstico - Emergência - Enfermagem - Internação - Day Clinic - Pronto Atendimento - Ambulatórios - Clínicas e Consultórios - Centro de Diagnóstico por Imagem - Hotelaria - Rastreabilidade - Projetos Especiais: parceria e comprometimento no desenvolvimento de produtos, desde carrinhos até projetos inteiros para os mais diversos setores de uma unidade hospitalar. - Rodízios para atender os mais diversos setores, como hospitalar, industrial e comercial. Segundo Marcos Eli Alves, diretor comercial, o sucesso da marca é resultado de ouvir atentamente as necessidades individuais de cada cliente e oferecer soluções personalizadas que superem as expectativas de forma consistente.
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Temos crescido constantemente e nos tornamos o principal fabricante de centenas de produtos que são utilizados para atender quase todas as facetas da indústria dos cuidados de saúde”, destaca Marcos Eli Alves, diretor comercial.
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Crédito: Nadia Baptista
GRUPO MERIDIONAL APROVA PRODUTOS
“Temos cerca de 400 leitos em operação, sendo 110 de terapia intensiva. Fazemos procedimentos de alta complexidade em neurologia, ortopedia, quimioterapia e cardiologia, além de transplantes de fígado, rim, coração e ossos pelo SUS”, expõe o Dr. Ivan. Composto por cinco unidades, o Grupo Meridional tem marcante atuação no Espírito Santo desde 2001, ano de fundação do Hospital Meridional. O Dr. Ivan Lima, médico anestesista, sócio fundador da empresa – ocupando atualmente os cargos de diretor financeiro e diretor de gestão de pessoas, além de compor a diretoria técnica –, conta que as unidades são equipadas com móveis da Lanco, como mesas de refeição e, principalmente, camas de UTI, de recuperação, de pronto-socorro e para os quartos. “O desempenho desses produtos é ótimo, o valor de aquisição e o custo de manutenção tornam a compra mais acessível em comparação a produtos importados de renome que possuem a mesma qualidade. Assim, eles agregam um ganho real à nossa operação”, explica. Ainda segundo o médico, a assistência pósvenda oferecida pela Lanco sempre foi excelente, a melhor que podem avaliar. O Grupo Meridional é composto por um hospital central de alta complexidade que fica em Cariacica, ES, com 16 anos de vida. Ao longo desses anos, a empresa adquiriu outras três unidades, os hospitais São Luiz, São Francisco e Praia da Costa, todos no estado, para atendimento a baixa e média complexidades. No ano passado, entrou em operação o Hospital Meridional São Mateus, de alta complexidade, construído pelo próprio grupo, que foi equipado exclusivamente com a marca Lanco.
Crédito: Nadia Baptista
O grupo atende 25.000 pessoas nos prontos-socorros e 15.000 nos ambulatórios por mês, e realiza em torno de 1.500 internações e cerca de 2.000 cirurgias mensais. O faturamento previsto para 2017 é de aproximadamente R$ 300 milhões.
PARCERIAS
A parceria com a Lanco iniciou-se em 2007 através do fornecimento de carros de transporte para os ventiladores mecânicos da divisão Critical Care. Atualmente, se estende também para outros itens que compõe os ventiladores, tais como, braço de suporte do circuito do paciente e suporte do umidificador aquecido. A Getinge é uma marca global, com sede na Suécia, que atua em mais de 40 países. Em constante expansão, seu foco é contribuir para o aprimoramento da qualidade e eficiência de custos no setor de saúde através de soluções, terapias e produtos para intervenções cirúrgicas, cardiológicas, cuidados intensivos e controle de infecção. Antes Maquet, a Getinge segue líder de mercado no segmento premium e está presente no Brasil desde 2003. A parceria com a Lanco iniciou-se em 2007 através do fornecimento de carros de transporte para os ventiladores mecânicos da divisão Critical Care. Atualmente, essa parceria se estende também para outros itens que compõe os ventiladores, tais como, braço de suporte do circuito do paciente e suporte do umidificador aquecido. “Com o aumento da competitividade no mercado de equipamentos médicos premium, buscamos parceiros que compartilham dos mesmos valores, mantendo o nível de excelência no fornecimento de soluções viáveis aos nossos clientes. Encontramos na Lanco uma parceira ideal, com produtos de alta qualidade e pessoas de extrema competência. Acredito que essa parceria possa se estender às demais divisões da Getinge, aumentando nossa competitividade no mercado brasileiro”, afirma Denis Sakurai, gerente de vendas Brasil da Getinge Divisão Acute Care Therapies. A empresa tem como valores centrais uma combinação de paixão, colaboração e excelência. Esses valores são necessários para superar futuros desafios e demandas de novos mercados, aumentando a carta de clientes e inovando a forma de fazer negócio. O que une tais características são a valorização das pessoas, a paixão pela vida e o desenvolvimento de dispositivos médicos de alta tecnologia, garantindo, dessa forma, excelência no tratamento dos pacientes. Compartilhando os mesmos valores, Getinge e Lanco uniram forças para apresentar a seus clientes soluções que combinam funcionalidade, flexibilidade e, o mais importante, qualidade em produtos e serviços.
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PARCERIAS
A Lanco é a empresa responsável pela montagem das réguas de cabeceira da linha Conectal e também pelas estativas utilizadas, por exemplo, em centros cirúrgicos. Ambas são comercializadas pela Air Liquide e atendem à sua base de clientes hospitalares. O Grupo Lanco e a Air Liquide, líder mundial em gases, tecnologias e serviços para indústria e saúde, mantém uma parceria para apoio à área médico-hospitalar da Air Liquide, em todo o território nacional. A Lanco é a empresa responsável pela montagem das réguas de cabeceira da linha Conectal e também pelas estativas utilizadas, por exemplo, em centros cirúrgicos. Ambas são comercializadas pela Air Liquide e atendem à sua base de clientes hospitalares. Fundada na França, em 1902, a Air Liquide está no mercado global há 115 anos, com presença em mais de 90 países, atuando no Brasil desde 1945. Segundo Erico Coelho, gerente nacional de contas estratégicas do segmento Healthcare, a parceria com a Lanco une a experiência das duas empresas em favor da segurança do paciente. “O Grupo Lanco é responsável pela montagem de todas as soluções Air Liquide para esta área, utilizando toda a sua tecnologia e expertise. Para nós, essa parceria é motivo de grande satisfação e segurança, pois ambas primam pelos mesmos valores de segurança e qualidade, zelando por vidas vulneráveis”, declara.
NO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
Entre os clientes da Lanco está a Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos, SP, entidade sem fins lucrativos que atende gratuitamente pacientes com câncer de todo o Brasil através do SUS. Na unidade de Barretos, são realizados em média 3.000 atendimentos ambulatoriais diariamente. A Fundação adquiriu da Lanco os seguintes produtos: carros de emergência, carros de medicação, estativas de UTI, estativas de centro cirúrgico, suporte de monitores multiparamétricos, camas para UTI com acionamento elétrico e balança incorporada, bancadas de radiofarmácia, prateleiras e carros de transporte para central de materiais esterilizados. Segundo o engenheiro Jadis de Santis Junior, gerente de Engenharia Clínica da instituição, os produtos são de alta qualidade, resistentes e com boa ergonomia, garantindo ótima durabilidade e baixo índice de manutenção. “Desde a equipe de vendas, projetos, instalação e manutenção, o atendimento e a atenção dispensada pela Lanco à Fundação PIO XII sempre foram excelentes”, expõe. Para Santis Junior, os produtos da marcam agregam segurança e conforto para os pacientes, familiares e acompanhantes, e também a toda equipe envolvida.
As soluções desenvolvidas em parceria atendem a hospitais, centros cirúrgicos, emergências, enfermagens, unidades de terapia intensiva, áreas de recuperação pós-anestésicas e prontos-socorros, entre outros setores de apoio à Engenharia Clínica. A área de Healthcare da Air Liquide fornece gases medicinais, serviços de atendimento domiciliar, produtos de higiene, equipamentos médicos e ingredientes especiais. Em 2016, atendeu em todo o mundo a mais de 15.000 hospitais e mais de 1,4 milhão de pacientes em tratamento domiciliar. Os negócios do segmento atingiram € 3.1 bilhões em receitas em 2016, com o apoio dos seus 15.000 funcionários.
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A fábrica da Lanco é composta por:
ORGANIZAÇÃO, QUALIDADE E DESEJO RESUMEM A MARCA A empresa garante a qualidade em sua produção através da rastreabilidade de toda a matéria-prima utilizada e do colaborador que está executando o serviço, por meio de código de barras. A inspeção acontece em 100% dos processos.
A Lanco possui a certificação ISO 13485 – Sistema de Gestão da Qualidade de Dispositivos Médicos e foi vencedora de vários prêmios Top Hospitalar. Importante destacar que seus produtos contam com todos os registros na Anvisa necessários para fabricação e distribuição.
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APOSTA NO SER HUMANO
LANCO
Rodovia Estadual 115/280 (Boituva/Iperó) Acesso José Sartorelli - KM 3,3 Boituva/SP – CEP 18550-000
(15) 3363-9234
vendas@lanco.ind.br www.lanco.ind.br 11
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eHealth
Como a Internet das Coisas está transformando o mercado de saúde Por Carol Gonçalves Conectar objetos. Este é o significado da revolução tecnológica chamada IoT – Internet das Coisas. Na saúde, seu potencial de utilização é enorme: com a integração de diversos dispositivos, o médico pode acompanhar seu paciente à distância e o hospital pode melhorar sua produtividade e a qualidade do atendimento. Um dos principais exemplos de aplicação desse conceito, segundo Carlos Reis, consultor especialista em saúde da Logicalis, é o monitoramento remoto de pacientes. “Eles podem estar em casa ou em outros lugares e, ao mesmo tempo, conectados a diversos tipos de sensores – vestíveis, de controle de sinais vitais, pressão, glicemia, oximetria, entre outros – cujos dados são coletados e transmitidos em tempo real para que os médicos possam realizar interações imediatas sempre que necessário”, explica. Outra aplicação possível é no rastreamento e monitoramento dos ativos médicos, como bombas de infusão, macas e equipamentos de exames portáteis, permitindo localizá-los e garantir sua manutenção. “Mais do que isso, conectar macas e camas inteligentes ao sistema permite, por exemplo, monitorar o risco de queda de pacientes”, aponta o profissional.
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Ele acrescenta, ainda, que sensores integrados aos dispensadores de líquidos para higienização das mãos ajudam no controle da disseminação de doenças, permitindo identificar as equipes que estão seguindo o processo. Sem falar que o uso da sensores em alguns equipamentos de sinais vitais permite integração ao prontuário eletrônico do paciente, evitando erros de transcrição de informações. No artigo “Internet das Coisas é a fórmula para aprimorar a experiência de pacientes e as operações hospitalares”, Alex Castañeda, vice-presidente e gerente geral da Zebra
Technologies para América Latina, conta que a IoT prevê um ambiente no qual etiquetas inteligentes – como códigos de barras e RFID –, beacons e sensores são fixados a objetos conectados à internet, dando a eles uma voz digital. “Por exemplo, quando esses dispositivos são usados por médicos, pacientes, equipamentos e medicamentos, os hospitais podem trabalhar com fluxos de dados que vão fornecer informações sobre o que está acontecendo em seus pacientes, operações e procedimentos. Dessa forma, serão capazes de analisar esses dados para apresentar insights que podem ser usados para tomar decisões mais inteligentes e eficientes”, descreve no artigo. Castañeda conta que dados gerados em tempo real pelos dispositivos IoT vão exigir uma ação e uma resposta imediata, enquanto sistemas de Big Data vão auxiliar a revelar tendências que podem ajudar profissionais da saúde a rever os fluxos de trabalho e até identificar formas de melhorar diagnósticos, cuidados e tratamentos. “Muitas instituições acreditam que podem ter acesso às informações que precisam para aprimorar a experiência e os resultados para os pacientes explorando a inteligência de ativos para apoiar o tratamento”, acrescenta. Em alguns países da América Latina, calcula-se que os custos financeiros anuais de acidentes atribuídos a equívocos com medicamentos junto com outras razões estão na casa dos bilhões de dólares. “A IoT oferece formas de trabalho melhores e mais seguras que ajudam a evitar esses problemas”, expôs. Segundo a consultoria Grand View Research, o mercado global de saúde investiu, em 2014, US$ 58,9 bilhões em dispositivos, software e serviços de IoT. E esse montante deve atingir US$ 410 bilhões até em 2022. Dados do BTC – Boston Technology Corporation também apontam essa tendência:
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“Além disso, é necessário convencer a alta gestão a investir em infraestrutura que dê suporte à adoção dessas soluções e realizar treinamentos de conscientização e engajamento dos profissionais e pacientes, mostrando a importância e os benefícios da tecnologia”, complementa. Carlos Reis, da Logicalis
as aplicações da IoT no setor devem, até 2020, crescer $ 117 bilhões. DESAFIOS Para que a IoT se desenvolva no Brasil, é preciso superar alguns desafios, como revelam nossos entrevistados. Infraestrutura Básica “É fundamental ter uma infraestrutura básica de rede de comunicação, já que a IoT se materializa no processamento imediato da informação gerada pelo dispositivo e o disparo da conduta definida pelo seu dado”, explica Vanderlei Ferreira, CEO da Zebra no Brasil. De acordo com ele, o índice de cobertura wi-fi eficiente em unidades hospitalares não passa de 7% no país, tendo muito que crescer para que uma solução de IoT seja uma realidade.
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Segurança da Informação Ainda segundo Ferreira, da Zebra, outro grande desafio está em garantir total sigilo e proteção ao paciente quanto à preservação dos seus dados pessoais. “Se esta já é uma preocupação em qualquer segmento, na saúde a relevância é ainda maior. É um tema que extrapola as discussões de softwares ou hardwares de proteção e inclui processos e treinamento para que se estabeleça uma plataforma segura de IoT”, destaca.
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Também para Reis, da Logicalis, este é um dos desafios mais relevantes. “Para garantir a segurança e a privacidade dos dados do paciente, é necessário que a infraestrutura esteja dimensionada de forma adequada, tanto em relação ao conjunto de hardwares utilizados, quanto ao número correto de links de comunicação para transferência dos dados para a nuvem.” Cultura De acordo com Reis, da Logicalis, existe uma barreira cultural que precisa ser vencida, através do estabelecimento de um fluxo de trabalho adequado para que haja um processo de automação para o uso de soluções de IoT, e um convencimento do paciente em relação aos benefícios dessa tecnologia para que eles aceitem usá-la.
ADEQUAÇÃO Quais os primeiros passos que o hospital deve tomar para se adequar a essas transformações tecnológicas? Para Ferreira, da Zebra, é preciso olhar para a infraestrutura de comunicação, definir as políticas de rede e acesso, identificar processos críticos que possam ser otimizados com IoT, envolver as pessoas e definir um piloto. Ele diz que a solução de IoT tem de nascer com uma missão bem definida, seja o monitoramento de um paciente crítico para reduzir os tempos de respostas das equipes médicas, seja a redução de custo de operação. “Essa missão tem de estar fortemente atrelada aos fatores críticos de sucesso do hospital e alinhados com a sua estratégia, pois projetos de sucesso são aqueles abrangentes e que levam tempo para maturar, portanto, é imprescindível que gerem diferencial competitivo”, acrescenta. Por sua vez, Reis, da Logicalis, diz que, primeiramente, o hospital deve mapear suas necessidades de negócio, para então alinhálas à sua estratégia e identificar as principais ações a serem tomadas. A seguir, devem estabelecer uma relação entre suas necessidades de negócio e o uso de tecnologia para obter um processo de automação com soluções de IoT. “Além disso, precisam avaliar as alternativas possíveis para cada necessidade de negócio, criar uma infraestrutura de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação aderente às alternativas de IoT escolhidas, seguir os processos de segurança das soluções, garantir a interoperabilidade entre elas e os sistemas de gestão hospitalar – mantendo a segurança no tráfego dessas informações – além de engajar toda a equipe hospitalar e os pacientes no uso das soluções”, aconselha. Rodrigo Moreni, chefe do departamento de projetos do laboratório da Fanem, diz que o principal meio de se preparar para as novas tecnologias é capacitar a equipe para ser “user early adopter” de soluções que podem facilitar suas vidas no trabalho. “Claro, a maturação de qualquer tecnologia tem um ciclo, e ele é de fato necessário antes de qualquer investimento de grande porte. Mas nossa experiência nos diz que, mesmo tecnologias mais maduras e estáveis, muitas vezes, enfrentam barreiras de entrada em algumas instituições, especialmente em função da resistência das pessoas”.
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Vanderlei Ferreira, da Zebra no Brasil
O primeiro passo para superar esses desafios, na opinião do consultor da Logicalis, é observar toda a cadeia de adoção de uma solução de IoT, desde sua concepção, passando pela utilização dos dispositivos, desenvolvimento de aplicações específicas para IoT, implementação da solução em si, até a efetiva operação.
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Quanto à infraestrutura tecnológica necessária, ele considera que isso depende muito do que se foca como objetivo de trabalho. Existe uma série de soluções, em wi-fi, ethernet, Zigbee, bluetooth, Zwave, MiWi, LoraWan, GPRS, 3G, LTE, entre outros. Rodrigo Moreni, da Fanem
IOT NA INDÚSTRIA DE PRODUTOS MÉDICOS Pelo lado das fabricantes de equipamentos médicohospitalares, fala Rodrigo Moreni, chefe do departamento de projetos do laboratório da Fanem, multinacional brasileira que desenvolve produtos nas áreas de neonatologia e de laboratórios. A empresa utiliza a IoT para monitorar a temperatura das câmaras de conservação de imunobiológicos e hematológicos e para substituir os controles em papel por relatórios eletrônicos. “Aos poucos evoluímos, incluindo outros parâmetros, capazes de controlar tudo à distância, através da nuvem. E hoje, as câmaras fabricadas em nosso parque industrial, 100% nacional, dispõem de conexões wi-fi, ethernet e bluetooth e monitoram indicadores, inclusive por dispositivos móveis. Assim é possível saber como estão as temperaturas no interior das câmaras, quantas vezes foram abertas as portas, as condições do sistema elétrico e o consumo de energia, entre outros”, ressalta. Moreni acredita que o principal problema para a implantação da IoT esteja no desenvolvimento da tecnologia. “O brasileiro é muito criativo e sempre acaba inovando e buscando novas tecnologias para os produtos desenvolvidos, bem como a interconectividade. Entretanto, a falta de clareza e a ausência de regras específicas de importação/impostos acabam sempre incorrendo em altos custos e alongamento de prazos na liberação do material que seria usado na confecção dos protótipos iniciais de teste”, aponta.
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Em sua opinião, isso coloca o desenvolvedor brasileiro de equipamentos em uma posição de enorme desvantagem em comparação aos grandes players da tecnologia mundial, como Suíça, Estados Unidos e China. “Por outro lado, o alto custo de conectividade na última milha, vez ou outra, dificulta a implantação de tecnologia IoT em larga escala. Um mercado cada vez mais restrito de operadores de conexão em banda larga acaba inviabilizando soluções que seriam facilmente alavancadas em outros países”, ressalta. O chefe do departamento de projetos do laboratório da Fanem diz que esses desafios podem ser superados com regras mais facilitadas de importação do material de desenvolvimento de protótipos, em geral componentes eletrônicos vindos de grandes distribuidores internacionais de alta performance. “Isso seria com certeza um acelerador para as tecnologias brasileiras entrarem no mercado. Além disso, a rápida adoção e liberação do governo brasileiro para tecnologias como LoRaWan e NarrowBand-Iot podem reduzir custo de conexão para dispositivos IoT e, desta forma, permitir soluções mais assertivas.”
“Neste momento da evolução, ainda estamos definindo padrões para cada tipo de aplicação e a compatibilidade entre elas, o que se faz necessário não só à conectividade, mas também às normas de telecomunicação do país, à durabilidade da bateria, à compatibilidade do conjunto e a outros fatores determinantes na transformação”, expõe Moreni. SEGURANÇA Para o hospital evitar ataques aos sistemas, Ferreira, da Zebra, aconselha que ao planejar a implantação de uma solução, a área de Tecnologia de Operação trabalhe junto com a de Tecnologia de Informação. “Há uma oferta enorme de Soluções de Segurança no mercado e o ponto de vulnerabilidade de todas elas não está no seu desenho próprio, mas nas portas abertas de integrações que não foram discutidas entre esses dois setores”, observa. Ele diz que a partir do momento em que um sistema de ar condicionado é conectado a uma rede de dados para a automatização de seu controle, tem de haver uma análise abrangente para que a gestão dessa conexão seja feita com segurança. “E depois da implementação, oferecer treinamento constante das pessoas envolvidas nos processos a fim de que os procedimentos que foram desenhados para garantir a segurança sejam observados.” Reis, da Logicalis, cita alguns cuidados que devem ser adotados para evitar ataques aos sistemas: adotar o hardware de IoT adequado, que deve conter apenas os componentes mínimos necessários para evitar qualquer tipo de invasão; investir na segurança física do hardware através de recursos que garantam a inviolabilidade do equipamento; manter o firmware sempre atualizado; seguir a metodologia de desenvolvimento de software seguro, garantindo todas as fases de testes e implementação; auditar frequentemente toda a infraestrutura de IoT e, sempre que possível, manter soluções de segurança atualizadas. Quando o assunto são produtos médicos, normalmente dotados de tecnologia eletrônica embarcada, todo cuidado com as barreiras de proteção deve ser levado em conta. É o que alerta Moreni, da Fanem. Segundo ele, não são raros os casos de invasões via internet, inclusive por meio de implementações caseiras que permitem acessar equipamentos em hospitais através de uma porta bluetooth ou de um roteador que não possua a chave correta de proteção. Por isso, o entrevistado reforça que a capacitação é o que faz a diferença, não só do usuário, mas também da própria equipe de engenharia clínica. Todas as proteções e o planejamento de como isso deve ser feito depende de ações multidisciplinares na organização. “Do ponto de vista do fabricante, preocupamo-nos constantemente em desenvolver produtos que atendam às normas de segurança pertinentes e que, caso haja qualquer ataque ao produto, os impactos sejam reduzidos ou o ataque bloqueado por sistemas de duplo processamento, capazes de isolar controle do CORE e da finalidade do produto no que diz respeito à interconectividade, garantindo assim seu uso pretendido”, declara.
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Atendimento
Modelo de visita ampliada do Moinhos de Vento ganha destaque Estudo realizado pela equipe assistencial do CTIA – Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, RS, destacando o benefício para o paciente da visita familiar ampliada foi publicado na revista americana Critical Care Medicine. O periódico é especializado em medicina crítica e dirigido a profissionais de saúde, gestores e cientistas. Com o título “Eficácia e segurança de um modelo ampliado de visitas de UTI para prevenção do delírio: um estudo antes e depois”, a pesquisa mostrou que a adoção de um modelo de visita familiar estendida para 12 horas diárias na Unidade de Tratamento Intensivo resultou em desfechos clínicos positivos para os pacientes, como redução do delírio e do tempo de internação na unidade. A pesquisa embasou o modelo de visita ampliada, que é atualmente adotado pelo projeto UTI Visitas, visando implementar e avaliar a flexibilização da presença de familiares em mais de 40 UTIs no país. Saiba mais no site www.utivisitas.com.br. A publicação no Critical Care Medicine pode ser acessada no link goo.gl/opCtXh. PROJETO O modelo de visita familiar ampliada com duração de 12 horas, das 9h às 21h, foi implementado no CTIA do Moinhos de Vento em 2015. No modelo anterior, a visita tinha duração de quatro horas e 30 minutos por dia, dividido em três períodos fixos. Antes da implementação do horário ampliado, a equipe médico-assistencial da UTI foi envolvida no processo de planejamento do modelo ideal, que incluiu revisão da literatura, reformulação de processos assistenciais, discussão dos possíveis desafios para implementação e realização de um Simpósio Nacional de Discussão de Visita Familiar na UTI. Nesse encontro, foram ouvidos especialistas com experiência no assunto, profissionais de UTI, familiares e pacientes.
Leonardo Lenskij
Após o planejamento, seguiu-se a estruturação do novo modelo, constituído por três princípios fundamentais:
cuidados focados nas necessidades e segurança do paciente, de seus familiares e organização dos cuidados intensivos. A educação de todos os envolvidos foi eleita pelos desenvolvedores do projeto como principal meio facilitador para a implantação do projeto. No Hospital Moinhos de Vento, a mudança gerou uma série de benefícios para a recuperação dos pacientes. Além de maior taxa de satisfação, houve melhora dos indicadores de qualidade assistencial, como redução de 50% na ocorrência de delírio – uma forma de disfunção cerebral muito comum em UTIs e associada à maior mortalidade e morbidade em médio e longo prazos – e redução mediana de um dia no tempo de permanência. De acordo com o médico intensivista Regis Rosa, líder do projeto UTI Visitas, a presença do familiar possibilitou ainda: redução do estresse e ansiedade do paciente; melhor controle da dor; otimização da orientação do paciente; melhor entendimento por parte da equipe assistencial; e melhora da comunicação da equipe assistencial com o paciente. “Já os familiares ficaram mais satisfeitos. O maior acesso às informações a respeito do estado de saúde e o melhor entendimento sobre a doença crítica aguda contribuíram para reduzir a ansiedade, o estresse e os sintomas de depressão dos parentes”, ressalta. Com relação à redução de custos com a implantação do projeto, o entrevistado diz que é difícil precisar, mas que qualquer tecnologia que reduza o delírio é potencialmente custo-efetiva. “Pacientes com essa disfunção necessitam de maior tempo de permanência na UTI e maior necessidade de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, ou seja, apresentam uma demanda maior por recursos de saúde durante a hospitalização”, expõe. Além disso, o delírio é um fator de risco importante para declínio cognitivo dos pacientes em médio e longo prazos, o que, também, pode gerar mais gastos em saúde. Dr. Regis destaca, ainda, que a maior presença do familiar pode contribuir, através do feedback deles, por exemplo, para aprimoramento dos processos de comunicação dentro da UTI. “Também é uma oportunidade para a equipe identificar familiares sob risco de estresse psicológico, possibilitando ações preventivas e referenciamento precoce para acompanhamento especializado”, acrescenta. Para não aumentar o nível de infecção proporcionalmente ao aumento do horário de visitas, o principal cuidado do hospital foi com a educação do familiar. “Todos que participam da visita ampliada passam por uma reunião de orientação a respeito de medidas de prevenção de transmissão de infecções e rotinas assistenciais”, explica o Dr. Regis. Isso foi crucial para minimizar os riscos de transmissão de infecções.
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Regis Rosa, líder do projeto UTI Visitas
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A adoção de um modelo de visita familiar estendida para 12 horas diárias na UTI resultou na redução do delírio e do tempo de internação”
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Logística
O papel do despachante aduaneiro no setor médico-hospitalar Diversas e complexas normas regem as operações aduaneiras no Brasil, que envolvem todo o trâmite de importação e exportação de produtos e equipamentos e, no caso da área de saúde, também de medicamentos e insumos. É importante estar atento à regulamentação, pois qualquer descuido pode acarretar em multas, que afetam o bolso das organizações e, principalmente, o atendimento aos pacientes. Foi para organizar essa atividade dentro das empresas que surgiu o despachante aduaneiro. Esse profissional representa os importadores e exportadores perante aos diversos órgãos intervenientes governamentais, entidades comerciais, transportadores e armazéns alfandegados nos procedimentos aduaneiros, fiscais, tributários, logísticos e comerciais, visando à liberação aduaneira da carga. Uma das empresas atuantes no setor é a Interbrás, que há 35 anos oferece a diversos mercados – inclusive o médico-hospitalar – agilidade, economia e segurança nos processos aduaneiros, conforme garante o diretor-proprietário, Antonio Carlos Costa Ferreira. “A importação de produtos e equipamentos médicos tem diversas peculiaridades. São muitos procedimentos administrativos próprios relativos a cada produto, todos muito bem controlados pela Anvisa. Entre eles estão a conservação em embalagem climatizada, se for o caso, o prazo de validade, o tipo de embalagem e os cuidados atípicos de cada um”, explica. Para Ferreira, o conhecimento que um despachante aduaneiro tem sobre o produto importado certamente vai reverter em agilidade nos procedimentos do cliente. “Além disso, este profissional verifica possíveis isenções e imunidades tributárias federais e estaduais, evitando pagamentos desnecessários e contribuindo para a saúde financeira da organização”, complementa. Em sua opinião, ao buscar uma empresa para realização de trâmites aduaneiros, é preciso levar em conta a expertise
profissional. “Temos uma equipe com experiência de 43 anos na prestação de serviços voltado ao comércio exterior brasileiro. Possuímos uma biblioteca especializada com a legislação completa sobre o setor, desde o Decreto-Lei nº 37/66, que regulamentou a atividade”, ressalta. Ferreira salienta que a Interbrás proporciona aos clientes total clareza na execução dos processos, com qualidade, transparência e confiança. “Procuramos entender a real necessidade de cada um e gerar os melhores resultados, focando nosso trabalho na agilidade dos procedimentos, com os devidos respaldos técnicos e legais necessários.” Sobre a mais importante conquista da marca, o diretorproprietário revela que é a confiança dos clientes. “Isso nos dá a liberdade de sugerir a melhor logística, o melhor regime e a melhor orientação”, destaca. Um diferencial importante da empresa é a importância dada à preservação e ao cuidado com o meio ambiente. “Desenvolvemos pequenas ações internas para contribuir com a causa ambiental, como o incentivo à participação em campanhas de doação e reciclagem de materiais. A partir do momento em que adotamos essa postura sustentável, passamos a utilizar os recursos de forma mais racional. Qualquer atitude, por menor que seja, contribui para diminuir os impactos na natureza”, finaliza. www.interbras.srv.br l (11) 2942-9852
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Ferreira, diretor-proprietário da empresa
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A importação de produtos e equipamentos médicos tem diversas peculiaridades. São muitos procedimentos administrativos próprios relativos a cada produto, todos muito bem controlados pela Anvisa”
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Tecnologia
Hospital implanta solução que previne erros por medicação Reduzir a incidência de erros causados por medicação é uma preocupação global. Por isso, a Organização Mundial da Saúde lançou recentemente a campanha Global Patient Safety Challenge on Medication Safety, visando dirimir em 50%, nos próximos cinco anos, os danos graves e evitáveis associados a medicamentos, em todos os países. No Brasil, estima-se que das 35 milhões de indicações medicamentosas que ocorrem por mês em âmbito nacional, até 75% delas estejam sujeitas a erros. Os impactos dos eventos adversos ocorrem em diversas esferas, tanto do ponto de vista clínico como financeiro, e em pacientes das mais diversas idades. No entanto, em pacientes pediátricos portadores de patologias crônicas, como o câncer, isso se torna ainda mais crítico. Qualquer erro de dosagem, associação indevida de quimioterápicos ou mesmo uma interação medicamentosa tem uma implicação muito mais avassaladora em sua saúde. E foi exatamente com o objetivo de prevenir a incidência de erros por prescrição de medicamentos em instituições públicas de saúde brasileiras que a Wolters Kluwer, que oferece soluções e informações para os cuidados ao paciente, e a Salux, empresa brasileira que fornece ferramentas de sistema de gestão hospitalar, firmaram parceria com a Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do país. O projeto está sendo iniciado no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, localizado em Belém, mantido pelo governo do estado do Pará e onde, entre janeiro de 2016 a abril 2017, foram realizados cerca de 8.000 consultas ambulatoriais; mais de 35.000 infusões quimioterápicas; 644 cirurgias; além de um total de 25.000 atendimentos. A instituição é a primeira na
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O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, de Belém, é o primeiro na esfera pública a implantar a tecnologia
esfera pública do Brasil a incorporar ao seu sistema de prontuário eletrônico do paciente (PEP) da Salux o Medi-Span, sistema de suporte à decisão de prescrição de medicamentos da Wolters Kluwer. “A nova tecnologia vai permitir que a Pró-Saúde amplie a assertividade durante a assistência aos pacientes ao oferecer um avançado suporte ao corpo clínico durante a prescrição de medicamentos e, também, promove um uso mais eficiente dos recursos financeiros. Trata-se de uma experiência que poderá, inclusive, ser compartilhada com outras unidades do país, que dependem de recursos do SUS. Essa união de expertises certamente resultará em ganhos de qualidade para o paciente”, enfatiza Jocelmo Pablo Mews, diretor de Operações da Pró-Saúde. De acordo com Fernando Paragó, consultor médico corporativo em Segurança do Paciente da instituição, assim como nos demais hospitais administrados pela Pró-Saúde, o Octávio Lobo dispõe de um núcleo para gestão de riscos, que acompanha inclusive a incidência de erros médicos por eventos adversos. Até pelo próprio nível de especificidade e criticidade dos pacientes do hospital, os profissionais de saúde envolvidos com esse núcleo já há algum tempo observam um aumento no volume destes tipos de incidentes, o que os leva a estimar que cerca de 75% estão associados à prescrição de medicamentos, especialmente na decisão de dosagem. “O próprio potencial de risco e a necessidade de mitigá-lo foram os impulsionadores para que o projeto começasse nesta instituição. Enxergamos essa iniciativa como uma oportunidade de alavancar o nível de segurança desses pacientes. Se conseguirmos reduzir ao menos em 50% essa incidência, já teremos grandes motivos para comemorar”, ressalta Paragó. Fabricio Avini, CEO da Salux, complementa que além dos impactos na eficiência do tratamento, a escolha da medicação, bem como os erros relacionados a ela, leva a um desperdício de recursos e eleva os custos, questão crítica hoje na área da saúde, em especial em instituições públicas. “Além de gastar mais com paciente que fica mais tempo internado, o hospital deixa de gastar com outro que, muitas vezes, está em piores condições e precisando de rápido tratamento. Em um sistema afogado e crítico como o SUS, liberar o paciente em menor tempo permite atender um número maior de pessoas. E isso é fantástico. Estou bastante entusiasmado, pois assim como todo mundo que trabalha com saúde, tenho a missão de ajudar a solucionar esse enorme desafio”. Totalmente incorporado ao software de prescrição do PEP da Salux, o Medi-Span guarnece a equipe clínica com alertas automáticos entregues de forma eficiente dentro do fluxo de trabalho, permitindo assim uma triagem sofisticada, sensível ao contexto e com base em informações disponíveis no sistema sobre cada paciente. Por meio do cruzamento das referências – baseados em informações confiáveis e consistentes – e dados do histórico do paciente, a tecnologia ajuda os profissionais a tomarem decisões seguras.
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Produto
Cases permitem transportar itens médicos com segurança
Especializada na fabricação de cases para diversos setores, inclusive saúde, a Patola é uma empresa nacional, fundada em 1975. A marca produz malas para transportar qualquer tipo de equipamento – como desfibriladores e aparelhos de pressão – ou acessórios do segmento médico, hospitalar e farmacêutico, até mesmo medicamentos. “Nossos produtos possuem alta resistência, sendo capazes de suportar impactos e quedas sem danificar o conteúdo. Produzidos no Brasil, têm um ano de garantia contra defeitos de fabricação e assistência técnica permanente”, ressalta o gerente comercial, Antonio Tomazette, garantindo que, além disso, os preços são competitivos. Feitas de termoplástico de engenharia, as malas modelo MP podem ser produzidas com ou sem logotipia e são encontradas em diversos tamanhos e cores. Os modelos exclusivos para a área da saúde estão disponíveis na cor branca, com detalhes em vermelho. Vale destacar o acabamento refinado e o design arrojado das peças, que valorizam cada detalhe do produto. Os fechos com travamento duplo são simples e fáceis de abrir, garantindo um travamento sob alta pressão e impedindo a abertura ocasional do sistema. Tomazette acrescenta que a criação de uma saída especial de ar permite a despressurização da mala e facilita sua abertura. “Além disso, todos os pinos e encaixes são precisos, oferecendo a proteção ideal contra pó e água”, finaliza. www.patola.com.br l (11) 2193-7500
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Fornecedores em destaque
Biomecanica 30 anos: de Jaú para o Mundo A Biomecanica é uma empresa brasileira, fabricante de implantes e próteses ortopédicas, fundada em 1988, na cidade de Jaú, interior de SP. É hoje uma das maiores exportadoras de produtos ortopédicos do país, exportando do Brasil para mais de 40 países em todos os continentes. Seu fundador, o engenheiro José Roberto Pengo, dedicou sua vida à ortopedia e, ao lado de sua esposa, Sônia Pengo, e de seus filhos, lutou pelo mesmo sonho: a qualidade de vida dos pacientes. No dia 21 de janeiro, a Biomecanica comemora 30 anos de história, e o maior presente é poder fabricar produtos de alta qualidade para todo o mundo, sendo referência no mercado internacional. Há três anos, a Bioscience Group, holding controladora da Biomecanica, ampliou seus horizontes e implantou uma nova empresa do grupo na Suíça: a Bioscience Medical. Esta parceria entre a Biomecanica e a Bioscience permitiu o desenvolvimento de uma nova linha de produtos com alta tecnologia e materiais inovadores, a linha Stars. 26
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Informe Publicitário
Estrutura e Serviços Com área total construída de
os produtos e seus instrumentais.
9.000 m², conta com uma equipe
Além de possuir um local para rece-
de 200 colaboradores e 160 equipa-
ber as equipes em cursos de imer-
mentos de última geração. São pro-
são, a empresa realiza treinamentos
duzidos mais de 1 milhão de itens por
itinerantes nos hospitais.
ano, que, através de 273 distribuidores, são entregues a 1750 hospitais.
O Bioline, serviço de pós-venda, é o canal de contato com a Bio-
Focados na capacitação mé-
mecanica que possibilita a avaliação
dica e equipe de apoio, a Biomeca-
dos produtos no mercado e o contato
nica criou o CEIB – Centro de Es-
direto com os clientes, sanando dúvi-
indústria médica e
tudos Integrados Biomecanica, que
das referentes a produtos, sugestões
oferece aos fornecedores e médicos
de melhorias, questões técnicas e
alta tecnologia:
treinamentos completos de todos
feedbacks constantes.
“Muito mais que uma
a Biomecanica é formada por PESSOAS comprometidas com a saúde. ” José Roberto Pengo Presidente
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No Mundo A internacionalização do grupo fortalece os laços da Biomecanica com o mundo. A precisão suíça, reconhecida no mercado mundial, permitiu fortalecer as marcas das empresas da Bioscience Group, ampliando horizontes, relacionamentos, gerando oportuSede da Bioscience Medical em La Chaux-de-Fonds (Neuchâtel, Suíça)
nidades e perspectivas para todos os colaboradores e para a marca. Dentro do Grupo, a Biomecanica Brasil é responsável pela produção da linha de produtos Biomecanica e Wings, e a Bioscience Medical projeta e produz a linha de produtos Stars.
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Placas da linha Atria Stars: lançamento vindo direto dos Alpes
Lançamento Vega Positioner Pengo: praticidade com alta tecnologia
A nova linha de produtos da Stars, a Atria, é um sistema de placas bloqueadas especiais de titânio. A Atria é a união da alta tecnologia e precisão suíças com inúmeros diferenciais, uma solução completa para síntese óssea. Os
solução simplifica o posicionamento do paciente para
produtos da linha estarão disponíveis no mercado a partir
a cirurgia e diminui as exigências da equipe da sala de
de novembro de 2017.
operações. É utilizado em procedimentos cirúrgicos de membros inferiores para alinhamento, redução e estabilização pré-operatória em osteossíntese de quadril, fêmur e tíbia. Também é usado para posicionamento em cirurgias de artroscopia e artroplastia de membros inferiores: quadril e joelho. Por ser um dispositivo estéreo, permite o seu manejo intraoperatoriamente, fazendo do produto um diferencial dos modelos já existentes de tração convencional do mercado.
Guia para implantação da haste intramedular de tíbia
Linha Órion Com casuística de 2 anos de mercado, as hastes intramedulares da marca Stars oferecem soluções para fêmur, proximal de fêmur, tíbia, úmero e uma haste especial infantil. Fabricada em titânio, seus diferenciais a destacam como a melhor haste intramedular do mercado brasileiro, permitindo, inclusive, inserção de cimento e enxerto ósseo em pacientes osteoporóticos. Com instrumentais cirúrgicos de alta precisão e ergonômia, a linha Órion está se tornando referência de qualidade e solução de ponta de hastes intramedulares.
Investimentos na Suíça Tudo
começou
em
2013, diante da oportunidade de mudança, nos deparamos com a necessidade de criar um programa de internacionalização da empresa. Então começamos a estudar quais países seriam mais apropriados para o desenvolvimento dos nossos negócios. Em novembro fizemos uma visita à Suíça e entendemos como tudo funciona por lá. Voltamos em abril de 2014, desta vez para apresentar nosso plano de negócio, que foi aprovado e, assim, começamos nossa empresa Bioscience Medical, que logo foi incorporada pela Holding
Vega Positioner Pengo O Vega é um sistema de distração flexível que torna os procedimentos cirúrgicos mais simples, fáceis e rápidos. Comparado à mesa ortopédica de tração, a
Bioscience Group. Todos os nossos esforços e investimentos estão rendendo frutos e não vemos mais nenhuma limitação para o nosso crescimento.
Ricardo Brito - CEO 29
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Foco em inovação
Linha Wings Um novo conceito em hastes de aço inoxidável,
Foi com o espírito inovador e a
com design moderno e funcional é o que oferece a linha
busca incansável no desenvolvimento
Wings. Os guias são feitos em fibra de carbono anatômico
de produtos inteligentes, viáveis e com
radiotransparente. Os instrumentais possuem cabo de si-
alto padrão de qualidade que a Biome-
licone exclusivo SelicBio®, são anatômicos e com engate
canica nasceu. Essa história determinou
rápido.
os valores do nosso fundador, que estão
A Fênix, haste proximal de fêmur, é o primeiro lan-
sempre presentes na nossa estratégia,
çamento da linha. Foram 30 anos de experiência para
ações e planos futuros. Dentro desse
chegar à excelência em hastes intramedulares, com ins-
conceito, nos últimos 2 anos, o Grupo
trumentais modernos e precisos.
Bioscience conquistou patentes internacionais com tecnologias disruptivas e em desenvolvimento com importantes institutos de pesquisa da Suíça. Entendemos que o futuro da medicina vinculado à tecnologia é o caminho da inovação.
Ana Carolina Pengo da Cunha Brito - CFO
Outras empresas do grupo Bioscience:
Laboratório de ensaios mecânicos e metalográficos (mecânicos estáticos, ensaios de fa-
Centro de treinamento localizado às margens
diga, determinação de dureza, rugosidade, en-
do Rio Tietê, em Arealva, SP, possui infraestrutura
tre outros) que opera desde 2009, oferecendo
projetada para o bem-estar e o conforto dos par-
precisão e qualidade, certificado pelo INMETRO.
ticipantes, visando momentos de aprendizagem e
www.laboratoriolemm.com.br.
troca de experiências.
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Qualidade atestada: Acertta Distribuidora Hospitalar Criada em 2010, a Acertta Distribuidora Hospitalar é uma das distribuidoras da Biomecanica. Seu fundador e Gerente Comercial, Marc Steven Philippart, tem 20 anos de indústria farmacêutica, passando por empresas de grande porte, como Boehringer Ingelhein, Merck e Astellas. Também atuou em cargos de gestão em diversos estados, liderando equipes sempre na linha hospitalar. “Minha experiência com a Biomecanica teve início na fundação da Acertta. Ambas as empresas decidi-
Tecnologia ‘RFID’: Mais agilidade e segurança Visando aprimorar suas operações, a Biomecanica investiu na tecnologia RFID para controle de estoque e entrega de produtos. Com o RFID é possível garantir a rastreabilidade de todos os produtos da Biomecanica no mercado, aumentando o controle de cada produto até o paciente. Além disso, ele ajuda a eliminar erros de faturamento dos pedidos e ampliar a capacidade de faturamento; acelerar a etapa de conferência de embarque; controlar o estoque e aumentar a acertividade da programação da fábrica.
Certificações A Biomecanica possui as principais certificações do setor que atua: •
Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle de Produtos para Saúde – BPF;
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Certificados do Sistema de Gestão de Qualidade ISO 13485:2003 e ISO 9001:2008;
•
CE MARK.
ram apostar nesta nova parceria, que deu muito certo. A Acertta difundiu o nome da Biomecanica e da própria marca em São Paulo através do fornecimento de toda sua linha nos hospitais SUS, oferecendo atendimento diferenciado e materiais de qualidade”, destaca Philippart. Segundo Philippart, a Biomecanica sempre deu todo o suporte necessário no que se refere a treinamento, tanto da equipe da Acertta como das equipes médicas. “A Acertta é uma empresa voltada para pessoas, acreditamos que o investimento no ser humano é o que fez, faz e sempre fará toda a diferença. Buscamos o desenvolvimento constante de nossos colaboradores, por isso, tudo é pensado e executado com foco no paciente. Como identificamos essa filosofia na Biomecanica, isso faz com que essa parceria dure tantos anos e acreditamos que isso se refletirá em ótimos resultados para ambas”, ressalta. Sendo a área da saúde extremamente dinâmica, acompanhar a evolução dos materiais e implantes mais inovadores do mercado é uma tarefa árdua e constante. “Com a filosofia que a Biomecanica vem adotando para seu crescimento no mercado, vislumbro um futuro de liderança frente aos seus concorrentes. Tenho tido a oportunidade de lançar suas linhas no mercado com uma aceitabilidade excepcional, podendo comparar-se com
Biomecanica
Rua Luiz Pengo, 145 – 1º Distrito Industrial – CEP 17.212-811 – Jaú/SP (14) 2104-7900 – www.biomecanica.com.br
os melhores concorrentes importados existentes atualmente”, salienta o Gerente Comercial da Acertta.
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ESPECIAL As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) consistem em eventos adversos ainda persistentes nos serviços de saúde. Sabe-se que a infecção leva à considerável elevação dos custos no cuidado do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade. Nesta matéria, abordamos o assunto levando em conta a higienização e a limpeza de ambientes, a higienização das mãos e a resistência microbiana, incluindo a atuação da CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. E para tratar desse tema, ouvimos um médico que atua em controle de infecção desde o final dos anos 70. Antonio Tadeu Fernandes foi responsável pela CCIH de vários hospitais da cidade de São Paulo, presidente da ABIH – Associação Brasileira de Profissionais em Controle de Infecção e coordenador de cursos de especialização sobre o assunto e áreas afins. Ele começa lembrando que a emergência das doenças infecciosas é colocada como o maior desafio da saúde pública mundial neste século XXI pela OMS, problema diretamente relacionado à pressão sele�va dos an�bió�cos sobre os microrganismos, selecionando os micróbios resistentes à sua ação e causando alterações complexas sobre a natureza, favorecendo a disseminação de novas doenças, que precisam ser diagnos�cadas, tratadas e no�ficadas. “Dentre suas a�vidades, a CCIH luta para prevenir e controlar o uso
Higienização e prevenção a infecções de an�bió�cos, a disseminação de doenças, via isolamento e precauções, além de no�ficar as doenças para as autoridades sanitárias”, ressalta. Por conta de suas atribuições, a CCIH foi colocada como estratégica para as ins�tuições de saúde e os governos, entretanto, de acordo com o entrevistado, para ter sucesso nas suas ações, necessita vencer hábitos arraigados na sociedade e entre os próprios profissionais. “Isso envolve o uso adequado dos an�bió�cos e o emprego das medidas de contenção de doenças, a começar pela simples higiene das mãos. Essas mudanças comportamentais são o maior desafio das CCIHs”, expõe. Para o Dr. Tadeu, infelizmente, a grande maioria dos profissionais recebe uma formação acadêmica deficiente em prevenção e controle de infecção e adquirem hábitos que favorecem a ocorrência e a disseminação dessas doenças. Ele explica que, numa inversão de valores, o ensino da profilaxia acaba ficando, na maioria das vezes, por conta das ins�tuições de saúde e não das faculdades, durante a graduação. “Mudanças comportamentais são complexas, dependem de estratégias pedagógicas específicas, e a maioria dos profissionais envolvidos nas a�vidades educa�vas também não tem formação nessa área, não sendo suficientemente efe�vos no resultado de suas ações”, declara. Segundo o médico, enquanto uma ampla reformulação do currículo escolar na área da saúde não ocorre,
lideranças devem ser capacitadas para adequar estratégias pedagógicas às suas a�vidades hospitalares, principalmente em cursos de pós-graduação.
ERROS X ACERTOS
A dissertação de mestrado do Dr. Tadeu foi sobre a percepção dos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre as ações de prevenção e controle de infecção. “Embora com algumas ressalvas em relação à prescrição de an�bió�cos e padronização de procedimentos, a CCIH é percebida como órgão policial e fiscalizador, que busca erros mais para produzir seus indicadores do que para orientar acertos”, expõe. O entrevistado conta que desde o pioneiro médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis – que em 1846 comprovou que a higienização apropriada das mãos podia prevenir infecções –, o profissional de saúde quer salvar vidas, quer feedbacks posi�vos que premiem seu esforço e não ver destacados seus insucessos. Isto gera muita resistência na equipe de saúde às recomendações da CCIH. “Assim, além de novas estratégias pedagógicas, a CCIH precisa desenvolver estratégias de marke�ng, considerando a equipe de saúde como cliente de suas informações epidemiológicas e cien�ficas, que devem melhorar a qualidade assistencial.” Dr. Tadeu dá um exemplo simples para levar à reflexão: por que são medidos indicadores de infecção (insucesso) em vez de criar indicadores de saúde preservada (sucesso) nos pacientes? “Isso seria mo�vador e desenvolveria parcerias
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Dr. Doutor Antonio Tadeu Fernandes
voltadas a metas crescentes, trazendo um maior engajamento desses profissionais.”
FOCO NA PREVENÇÃO
“É melhor prevenir que remediar”, lembra do Dr. Tadeu, mas, em sua opinião, várias barreiras dificultam o emprego deste princípio nos
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“A MAIORIA DOS GESTORES HOSPITALARES NÃO TEM O HÁBITO DE INVESTIR NO CONTROLE DOS RISCOS INERENTES À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, COMO INFECÇÃO HOSPITALAR, SEGURANÇA DO PACIENTE OU GESTÃO DE RISCO” hospitais. Os profissionais são formados a partir da dicotomia entre medicina preventiva e curativa e os hospitais são vistos prioritariamente como centros de diagnóstico e tratamento, não dando foco a ações preventivas. O médico observa que as instituições raramente são remuneradas por investimento
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Morhena
O Dr. Tadeu oferece cursos voltados para a prá�ca profissional defensiva, que ao controlar intercorrências, torna a assistência mais efe�va, eficaz e com menos riscos. Atualmente, estão disponíveis os seguintes cursos de pós-graduação: MBA em gestão em saúde e controle de infecção e MBA sobre gestão em CME – Centro de Material e Esterilização. Mais informações no site www.ccih.med.br.
em prevenção de doenças e, principalmente na medicina privada, só os custos com diagnóstico e tratamento são cobertos, faltando assim o incentivo para a profilaxia. “A maioria dos gestores hospitalares não tem o hábito de investir no controle dos riscos inerentes à assistência à saúde, como infecção hospitalar, segurança do paciente ou gestão de risco. Obviamente, tudo isso compromete a eficiência (meios) e a eficácia (fins) do nosso sistema, com reflexos diretos na população assistida”, expõe. Entretanto, o entrevistado acredita que este panorama pode mudar devido a esses fatores: adesão crescente a programas de qualidade; exigências da legislação brasileira para implantar programas para controle dessas adversidades; riscos de ações legais por problemas oriundos à assistência à saúde; e tendência mundial a não reembolsar os custos de adversidades adquiridas durante a assistência ou a imposição de pacotes fechados por procedimento, assumindo assim o hospital o risco dessas intercorrências.
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ESPECIAL A limpeza dos hospitais, regulamentada no Brasil pela Anvisa, é considerada, por sua especificidade, uma das mais crí�cas e que requer grau elevado de especialização. Com o objetivo de ajudar a garantir a segurança e a saúde de funcionários e pacientes, além de prevenir doenças e manter os locais em perfeito estado, a Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional preparou uma lista com algumas dicas para higienização hospitalar, que deve ser realizada com equipamentos e produtos químicos adequados e por profissionais preparados para atuar nesses ambientes.
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CONTRATE PROFISSIONAIS TREINADOS E CAPACITADOS PARA A LIMPEZA
A equipe responsável precisa ser treinada em técnicas de higienização, principalmente visando evitar a contaminação cruzada. Por isso, os profissionais devem receber treinamentos periódicos para realizar suas a�vidades com segurança mediante o uso dos EPI’s, processos de calçar e descartar luvas, de higienização das mãos, prevenção a acidentes com perfurocortantes, condutas de higiene pessoal, postura profissional e é�ca.
Dicas para enfrentar os desafios da limpeza
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ADOTE A FREQUÊNCIA DE LIMPEZA CORRETA EM CADA PROCESSO
Em relação à frequência de limpeza, os processos devem ser divididos em duas categorias: limpeza concorrente e limpeza terminal. A primeira envolve a faxina diária, que pode ser feita com a presença do paciente, e contempla pisos, superfícies e instalações sanitárias. Já a segunda refere-se à faxina mais pesada e profunda que precisa abranger, sem exceção, todas as superfícies do local: pisos, paredes, equipamentos, mobiliários, camas, macas, janelas, portas, teto, luminárias, entre outros. Esta modalidade deve ser realizada imediatamente após o paciente deixar o leito, receber alta ou após a remoção em caso de óbito.
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SAIBA DIFERENCIAR OS PROCESSOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO
Quem atua nesta área também deve estar atento para as definições corretas de: limpeza (é a remoção de toda a sujidade de uma superfície sem alterar suas características), desinfecção (consiste na destruição e/ou inativação de microrganismos depositados nas superfícies); descontaminação localizada (aplicação da solução desinfetante/bactericida/
fungicida sobre a matéria orgânica contaminada para a destruição de microrganismos).
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DESINFETE TODAS AS SUPERFÍCIES DE TOQUE ALTO
Pra�camente todos os pacientes, profissionais da saúde e visitantes tocam ou entram em contato com super�cies comuns, como mobiliário da sala de espera, controles remotos, grades da cama e interruptores de luz. Como resultado, as super�cies frequentemente tocadas passam a ser responsáveis pela transmissão de infecções entre as pessoas. Por isso, a higienização se apresenta como um papel vital no planejamento da prevenção de doenças, pois mesmo que o isolamento completo seja impossível, é uma das principais formas de prevenir que os visitantes voltem para casa com quaisquer organismos prejudiciais à saúde.
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FOQUE NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Assim como visto na dica anterior, todos os objetos podem carregar microrganismos por meio do toque pelas mãos e aumentar o potencial de transmissibilidade. Daí as recomendações dando ênfase constante para a higienização das mãos pela equipe de limpeza (lavagem das mãos ou aplicação de álcool gel).
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ESPECIAL Segundo a Anvisa, no manual “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde” (2017), a higiene das mãos deve fazer parte de todas as campanhas educativas, tanto fortalecendo os conceitos da periodicidade como da técnica. A utilização de preparação alcoólica para as mãos deve ser estimulada em todas as áreas do serviço de saúde, principalmente no ponto de assistência e tratamento. Para realizá-la, pode ser utilizado produto alcoólico rotineiramente ou água e sabonete líquido, caso as mãos estiverem visivelmente sujas. Para uma eficaz higiene, a técnica empregada e a duração do procedimento são essenciais. Dependendo do objetivo ao qual se destinam, as técnicas podem variar. Elas são divididas em: higienização simples das mãos; higienização antisséptica das mãos; fricção de antisséptico nas mãos; antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.
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SAIBA MAIS
Higienização das mãos
Atualmente, todos os serviços de saúde do país devem se adequar à RDC/Anvisa nº 42/2010, que determina a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos nos pontos de assistência e tratamento, em local visível e de fácil acesso. O
Os manuais da Anvisa citados podem ser baixados na internet gratuitamente. “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde” está disponível no endereço goo.gl/2CbPSK, e “Segurança do Paciente – Higienização das Mãos”, em goo.gl/Jg6Wsu. Aproveite para baixar também o “Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies”, em goo.gl/hDyG5N.
objetivo é que os profissionais de saúde não precisem deixar o local de assistência e tratamento para higienizar as mãos. No manual “Segurança do Paciente – Higienização das Mãos”, também da Anvisa, é destacado que apesar da existência de fortes evidências de que a adequada higienização das mãos é uma das medidas mais importantes para redução da transmissão cruzada de microrganismos e das taxas de infecção hospitalar, a adesão a estas recomendações permanece baixa entre os profissionais de saúde, com taxas que variam entre 5% e 81%, sendo, em média, em torno de 40%.
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ESPECIAL A seguir, três hospitais de São Paulo contam como estão organizadas suas áreas de limpeza e desinfecção de ambientes e detalham suas a�vidades. Comecemos pelo Moriah, hospital de alta complexidade distribuído em centro de diagnós�co, centro cirúrgico, UTI e unidades de internação. A limpeza e a desinfecção de ambientes são realizadas por uma empresa especializada no setor. “A quan�dade de colaboradores é dimensionada de acordo com a complexidade de cada local. Vale lembrar que as áreas crí�cas – centro cirúrgico e UTI – contam com mão de obra 24 horas”, explica Silvia Renata Silva, gerente de Hotelaria. A ins�tuição possui também um profissional próprio para gerir o contrato da empresa terceirizada. A supervisão da equipe é feita durante todo o tempo e também em momentos pré-estabelecidos entre contratante e contratada. Os feedbacks são dados imediatamente a um acontecimento e formalmente após as supervisões marcadas, que são realizadas com check list de conhecimento das partes. As ro�nas são desenhadas de acordo com a classificação de cada área, respeitando os padrões estabelecidos pela Anvisa e o Controle de Infecção Hospitalar. “Além de segurança, a limpeza e a desinfecção de super�cies proporcionam bem-estar e conforto aos pacientes, profissionais e familiares. Acredito que garan�ndo essas sensações aos nossos clientes, entregamos um ambiente seguro e acolhedor, gerando credibilidade”, ressalta.
Na prática: hospitais contam sua experiência Silvia diz que um hospital limpo está estrategicamente bem posicionado no mercado, porém aquele que é higienizado corretamente com técnicas, equipamentos e produtos de úl�ma geração se coloca em uma posição muito diferenciada, pois só pode ser sen�do pela sa�sfação do cliente e evidenciado nas baixas taxas de infecção intra-hospitalar. A gerente de Hotelaria do Moriah explica que o hospital trabalha com indicadores de controle e desempenho para entender se está no caminho certo ou se precisa reavaliar a rota a ser seguida. “Os dados coletados são avaliados em conjunto com a prestadora dos serviços de limpeza e permitem verificar a produ�vidade e a resolu�vidade do serviço, possibilitando o controle dos custos envolvidos”, conta. Sobre atualizações profissionais, Silvia diz que a empresa terceirizada deve apresentar um cronograma com os treinamentos a serem ministrados a toda equipe. Após estes treinamentos, são verificados os resultados.
Já no Hospital e Maternidade São Cristóvão, a limpeza e a desinfecção são realizadas pela própria ins�tuição. O setor responsável é composto por 82 colaboradores, sendo uma supervisora, três líderes, cinco assistentes de higiene e limpeza, um assistente administra�vo, 33 técnicos de higiene e limpeza e 39 auxiliares. São 18.000 m2 de área construída, que abriga o hospital, o ambulatório, o prédio administra�vo e o centro de reabilitação e prevenção à saúde. Aline Silva Lima, gerente de Hotelaria, explica que a equipe trabalha em três turnos e a ro�na é distribuída por período de acordo com a necessidade: limpeza concorrente, realizada diariamente em unidades, leitos, áreas administra�vas, corredores e área externa; limpeza terminal, feita através de cronogramas conforme a cri�cidade da área; e recolhimento do resíduo, que acontece concomitantemente à realização da limpeza concorrente ou conforme a necessidade. A supervisão imediata é realizada pela liderança – líderes e assistentes
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–, sendo que um é direcionado para a liberação de leitos e outro para o acompanhamento da equipe nas diversas áreas. Além disso, os supervisores fazem visitas in loco para checar e garan�r a execução das técnicas aplicadas. “Os feedbacks acontecem sempre após a conclusão da tarefa, visto que existe aplicação de check list pela liderança. Os assuntos relacionados a comportamento e disciplina são informados em formulário próprio, encaminhado para o prontuário do colaborador”, acrescenta Aline. Os treinamentos e atualizações profissionais se dão através do cronograma anual, de acordo com a necessidade da ins�tuição e da equipe. Para 2017, os temas abordados são polí�ca da qualidade, técnica de atendimento e comportamento, técnica de higienização e coleta de resíduo, EPIs, produtos químicos/técnica de terminal de leitos e isolamentos, u�lização correta dos equipamentos, manual de ro�nas do setor de higiene e limpeza, abastecimento consciente de descartáveis, dialogo semanal de segurança (DSS) e uso adequado dos equipamentos O hospital monitora o desempenho da área de limpeza através de pesquisa de sa�sfação com o cliente externo, com meta de 90%, e de sa�sfação do cliente interno, com meta de 80%. Também é medido o tempo de realização da limpeza terminal, com meta de até 50 minutos. Estes resultados são monitorados pelo sistema de Gestão da Qualidade. Também no Hospital Santa Cruz a limpeza e a desinfecção de ambientes estão a cargo da própria ins�tuição. Referência em O�almologia, Ortopedia, Neurologia e Cardiologia, o Santa Cruz realiza mais de 1 milhão de atendimentos ao ano e cerca de 1.060 cirurgias por mês. Atualmente, conta com 95 auxiliares de higiene para 171 leitos. Mariana Oliveira Daud, supervisora de Governança, explica que os profissionais são distribuídos por área. A supervisão das equipes é constante e realizada por meio de inspeções, visitas ao cliente para avaliação do serviço oferecido, monitoramento dos indicadores do hospital e integração da equipe. Os feedbacks ocorrem através da apresentação dos resultados mensais, após o retorno de avaliação dos clientes e na ro�na do dia a dia depois das inspeções. “Vale salientar que tão importante quanto a supervisão diária e o treinamento con�nuo das técnicas aplicadas nas a�vidades de limpeza e desinfecção do hospital é a correta e eficiente u�lização de equipamentos e produtos”, expõe Mariana. Outro ponto para que tudo funcione a contento, segundo ela, é a integração com os fornecedores, que assegura o equilíbrio financeiro no uso correto desses itens e tarefas. Eles também proveem treinamentos para uso dos materiais e produtos u�lizados pela equipe. Para se atualizar com as novidades do setor, o hospital realiza pesquisa das inovações disponíveis no mercado e está periodicamente em contato com fornecedores nos diversos eventos do setor que par�cipa ano a ano. O Santa Cruz u�liza indicadores de controle de tempo de execução dos serviços prestados, avaliando a produ�vidade dos funcionários através de um exclusivo sistema desenvolvido pelo setor de TI – Tecnologia de Informação, o que facilita a apuração e a divulgação dos resultados.
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Enfermagem
CONDEPE 2018 abordará atuação dos profissionais de enfermagem Os desafios e as perspectivas da enfermagem para o milênio estarão no centro dos debates do CONDEPE 2018 – Congresso de Desenvolvimento Profissional em Enfermagem, que acontece nos dias 3 e 4 de abril, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Reunindo especialistas de notável saber científico e indiscutível destreza prática, o encontro disponibilizará a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem a excelência do conhecimento em diversos temas. “Como o enfermeiro não atua somente em hospitais, queremos abordar os diversos campos de trabalho, pois não temos dúvidas de que, na saúde, esta é a profissão do futuro. Assuntos como gestão, segurança do paciente, cuidados críticos, assistência no atendimento pré-hospitalar e os diferentes pontos de atuação nos dias atuais serão tratados no evento”, destaca a professora dra. Renata Pietro, presidente científica do CONDEPE. Ela diz que nas redes sociais não se comenta outra coisa, pois as expectativas para um evento inédito totalmente focado na enfermagem são enormes. Na saúde, esta é a maior categoria nos dias atuais e não existe no país um encontro desenhado para as suas necessidades, sempre foi fragmentado por áreas, como observa Renata. “Pensamos em colocar tudo em um lugar único, onde o profissional poderá escolher as temáticas que interessam, participar de oficinas, encontrar renomados palestrantes e ainda ter acesso a produtos e tecnologia de ponta, pois haverá uma feira focada exclusivamente nas necessidades do setor, com materiais que fazem parte do cuidar”, explica. Na prática da enfermagem, a excelência no cuidado é prioridade e, no mundo moderno, praticamente todos os meses há uma gama de mudanças, desde a criação de uma nova ferramenta administrativa até a utilização de um novo material para a realização de curativos. “Nesse contexto, o enfermeiro tem de buscar o tempo todo o conhecimento e a atualização, pois os próprios pacientes e familiares cobram um profissional atualizado”, expõe a presidente científica. Para Renata, conhecimento e habilidades transformam a prática dos profissionais na enfermagem, por isso o CONDEPE é tão importante. “Será uma grande oportunidade.
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Renata Pietro, presidente científica do evento
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Nossa agenda intensa promete trazer para o cotidiano da enfermagem a transformação de nossas práticas.” O saldo será extremamente positivo, não apenas a profissionais e pacientes, mas também a instituições como hospitais, clínicas e planos de saúde, sem falar no SUS, ou seja, os benefícios atingirão toda a cadeia de saúde, tendo em vista que a capacitação de recursos humanos possibilita otimizar os custos, racionalizar o fluxo de atendimento e melhorar o binômio resolubilidade/efetividade. Sob promoção, organização e realização do próprio Transamerica Expo Center, referência em eventos no Brasil e no mundo, o CONDEPE também é destinado a estudantes das três áreas da enfermagem e aos profissionais de campos afins. ABRANGÊNCIA Além de palestras na plenária, oficinas práticas e diversificadas darão ao congressista a oportunidade de interagir com os palestrantes e vivenciar desafios em trauma, interpretações de eletrocardiograma, emergências pediátricas, entre outros, que fazem parte da rotina clínica e hospitalar de um profissional de enfermagem. Talk shows serão utilizados para compartilhar as melhores práticas do setor. Já a simulação de um desastre rodoviário criará um cenário real de procedimentos corretos a serem realizados diante desse tipo de ocorrência. Também haverá workshops abordando temas como gestão e qualidade, formação em enfermagem, paciente crítico, empreendedorismo na enfermagem, práticas de promoção à saúde, estética e saúde, saúde pediátrica e infantil, saúde pública, terapia nutricional em enfermagem, entre outros. Mais informações no site condepe2018.com.br.
Será uma grande oportunidade. Nossa agenda intensa promete trazer para o cotidiano da enfermagem a transformação de nossas práticas”
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Sustentabilidade
Hospital Evandro Freire reduz consumo de energia elétrica e água
Por Carol Gonçalves
Preocupado com o consumo consciente, o Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, RJ, realizou um estudo detalhado dos sistemas de ar condicionado, elétrico e hidráulico, visando sua otimização. Como resultado, a iniciativa gerou uma economia mensal de, aproximadamente, 30% na conta de energia elétrica e 40% na conta de água, se comparado com o consumo do mesmo período de 2015. “O estudo que levou a esta ação foi elaborado com base na modalidade tarifária estabelecida após apresentação de relatório das medições acompanhadas por tempo determinado, levando em conta a demanda contratada e o consumo de energia na ponta e fora de ponta, dentre outros parâmetros”, declara o gestor da equipe de engenharia e manutenção, Edson Magri. Segundo ele, a ideia surgiu da conscientização de que economizar energia é utilizá-la de forma a obter o máximo de benefícios com um menor consumo, evitando os desperdícios e o uso inadequado, sem, no entanto, diminuir a qualidade do serviço prestado, o conforto e a segurança. “Os crescentes custos devido à escassez de recursos hídricos, a otimização dos investimentos e os enormes desperdícios fazem com que os consumidores mais comprometidos reflitam acerca do assunto”, expõe. No caso do Hospital Evandro Freire, a preocupação surgiu quando o engenheiro se deparou com as contas de consumo de energia elétrica e água logo após sua admissão. “Passei, então, a estudar de forma mais aprofundada os sistemas com auxílio de algumas plantas, manuais e diretamente nos locais das instalações, verificando o que poderia ser feito”, explica. O foco principal era o sistema de ar condicionado central (água gelada), por ser o de maior demanda energética. Procedimentos na operação, manutenção e controle foram alterados, gerando expressivos resultados na redução de consumo. “Com a instalação de bancos de capacitores e a diminuição de horas de funcionamento dos equipamentos após a otimização dos sistemas, os resultados apareceram. Autoclaves, termodesinfectoras, dentre outros, foram submetidos a novos procedimentos de operação”, expõe. Como consequência desse trabalho, foi possível observar a diminuição nos custos com mão de obra e materiais necessários para manutenção.
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“Com o objetivo de redução de carga térmica, principalmente nas áreas de maior incidência do sol, reduzimos a radiação solar por meio de aplicação
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Para otimizar as operações e aprimorar os serviços, é necessário que haja preocupação com o mapeamento de todos os processos existentes na unidade hospitalar”
de isolantes térmicos com diferentes propriedades, dependendo do recinto condicionado”, conta o engenheiro. Esta foi mais uma ação tomada dentre muitas outras com o objetivo principal de fazer o sistema central de ar condicionado trabalhar com sua capacidade reduzida. Também foram substituídas as lâmpadas fluorescentes, de filamento, por lâmpadas de LED, que representam uma parcela bastante significativa no consumo. Além disso, o hospital passou a utilizar equipamentos com selo Procel de economia de energia. Com relação à água, reguladores foram instalados na alimentação dos lavatórios e caixas sanitárias para que a vazão fosse controlada, evitando, dessa forma, desperdício. Nas torneiras, por exemplo, a vazão foi reduzida de duas a três vezes, gerando uma economia em torno de 45% nas piores hipóteses. O Evandro Freire também realiza, periodicamente, ações de conscientização dos colaboradores e investe em outros setores a economia feita através da melhoria desses sistemas. MAPEAMENTO Magri conta que para otimizar as operações e aprimorar os serviços, é necessário que haja preocupação com o mapeamento de todos os processos existentes na unidade hospitalar. “É preciso entender que o conjunto de procedimentos sequenciais bem estruturados levará a instituição a obter resultados agregadores de valor, não somente para a estrutura, como também para os pacientes”, salienta. Ele ressalta, ainda, que é importante e necessária a presença do engenheiro para realização da gestão dos serviços hospitalares. “A engenharia, em conjunto com as técnicas gerenciais, certamente proporcionará economia nos processos e melhorias nos cuidados oferecidos ao público”, expõe. Ele lembra que a Anvisa preconiza, conforme a Resolução nº 2 de 2010, a importância de se manter um profissional com especialização em Engenharia Clínica entre os gestores para garantia do bom funcionamento do estabelecimento. Para Magri, a participação do engenheiro no grupo gestor é importante pois ele auxilia na redução de custos na aquisição de insumos em geral e automatiza os processos, tornando-os mais seguros e céleres, dentre outras vantagens que atenuarão as chances de erros.
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Administração
O desafio da gestão orçamentária nas instituições de saúde
Por Carol Gonçalves
Um dos grandes desafios enfrentados pelos hospitais é ter uma eficiente gestão orçamentária, que garanta a sustentabilidade da instituição. Quem ajuda a entender melhor esse assunto são os profissionais da XHL Consultoria: Eduardo Regonha, sócio e diretor executivo, e Hoeberson Gouveia, consultor sênior. Para eles, primeiramente, é preciso entender que o orçamento deve ser compartilhado e participativo, envolvendo todos os gestores. “É fundamental repassar a responsabilidade para todos os líderes, para isto, eles devem ser muito bem treinados e preparados”, contam. Existe uma metodologia chamada orçamento colaborativo ou orçamento descentralizado, também conhecido como orçamento participativo. Essa prática, de acordo com os entrevistados, tem ganhado força nas instituições. “Isso significa que o orçamento não terá grande valia para o negócio se ficar restrito a um pequeno grupo de pessoas. Precisa expandir e fazer parte da vida corporativa nos diferentes níveis de gestão”, ressaltam. Outro aspecto relevante é compreender que o orçamento não é somente a cópia das receitas e despesas dos anos anteriores com a aplicação de índices de reajustes. É preciso entender com clareza os objetivos da empresa para o futuro e refletir no orçamento todas as premissas definidas pela direção, valorizando e quantificando as ações do planejamento estratégico. Deve-se considerar os investimentos que serão realizados, os movimentos que a instituição vem adotando para alcançar seus objetivos, o momento econômico do país, as transformações internas, as sazonalidades, enfim, todos os aspectos que possam interferir no resultado da organização. “Sempre que pensamos no futuro, envolvemos a dúvida e a incerteza sobre qualquer assunto. Planejar faz parte de qualquer ente na sociedade. Para empresas, a tarefa é mais difícil, pois além de se preocupar com a gestão interna em termos de custos e competências estratégicas, também é preciso considerar todos os fatores socioeconômicos para projetar seu desempenho”, relatam os consultores. Segundo Regonha e Gouveia, o cenário econômico que o país enfrenta reforça ainda mais a necessidade de as instituições de saúde voltarem seus olhares para o futuro. Os gestores
não podem ver o orçamento empresarial apenas como um instrumento financeiro, mas, principalmente, como uma ferramenta de tomada de decisão, que, associada ao plano estratégico, prepare a organização para os exercícios vindouros. Para eles, um grande erro que as empresas comentem quando elaboram um orçamento é realizar ajustes, correções e acertos sem fatos que justifiquem tais ações. Existe diferença entre revisão e adequação da peça orçamentária. A revisão pode ser estabelecida uma vez que o cenário econômico sofrer alguma alteração ou quando ocorrer algo interno de forte impacto – como o descredenciamento de um convênio ou a saída de um médico referência –, que necessariamente obriga seus gestores a rever as medidas adotadas para o exercício. CASE UNIMED DE ARAÇATUBA Para aprimorar seus processos de planejamento, controle, tomadas de decisões e auxiliar na redução de custos, a Unimed de Araçatuba, SP, contratou os serviços de consultoria da XHL. A instituição conta com mais de 400 cooperados entre médicos e serviços contratados, 54.000 usuários, serviço de UTI móvel e o mais moderno hospital da região. Sílvia Maria Ávalos, supervisora de controladoria, conta que a unidade enfrentava dificuldade na elaboração do orçamento porque não havia uma metodologia específica. “O apoio da XHL foi fundamental, pois nos orientaram quanto ao método a ser utilizado, as premissas e o envolvimento dos gestores da instituição”, expõe. Assim, fazendo uma análise desde o primeiro orçamento do hospital, em 2014, até o de 2017, verificou-se o amadurecimento em sua elaboração, no acompanhamento e nas análises realizadas a partir das falhas. Segundo Sílvia, as vantagens da gestão orçamentária são: compartilhamento das responsabilidades com os gestores, criação de uma base histórica (comparativo com o orçamento anterior) e redução de custos. O maior desafio na implantação, para ela, foi a conscientização de toda a instituição.
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“Nosso hospital é acreditado nível II ONA e ISO, por isso, é imprescindível ter uma ferramenta de orçamento que ofereça um olhar sistêmico e estratégico dos processos. Além de dar visão em longo prazo aos dirigentes, ela auxilia muito no desenvolvimento de nossa equipe em gerenciar seus setores como unidades de negócio”, acrescenta a Dra. Vilma Neri Shinsato, diretora administrativa da Unimed de Araçatuba. Os próximos passos da instituição são melhorar a elaboração do orçamento 2018, com maior envolvimento dos todos os gestores, e as análises do acompanhamento do planejado x realizado.
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Juan Cogo
“Porém, não é recomendável fazer de forma aleatória, simplesmente porque não foi cumprido o que se almejava”, expõem. VANTAGENS Os consultores da XHL dizem que por meio da ferramenta orçamentária, institui-se a prática de analisar previamente e cuidadosamente todos os fatores antes das tomadas de decisões importantes. Formalizando o orçamento, obriga-se os gestores a pensar e a desenhar caminhos futuros. “Um orçamento bem feito proporciona à direção uma gestão mais focada, ou seja, as ações serão direcionadas para as áreas, setores ou unidades de negócio que estão com variações relevantes”. Algumas instituições que adotaram o processo orçamentário observaram seus resultados melhorarem, enquanto as que estavam com resultados negativos viram o déficit reduzir. De acordo com Regonha e Gouveia, estas melhorias aconteceram por dois motivos. Primeiro porque a execução das peças orçamentárias só foi aprovada com melhorias, exigindo que a equipe trabalhasse em prol da busca dos objetivos estabelecidos. Em um segundo ponto, se a meta vem sendo alcançada, sobra tempo para os gestores e o staff implantarem novas estratégias, trazendo novos produtos e serviços e, desta forma, alavancar melhores resultados para organização. O PAPEL DA TECNOLOGIA A tecnologia, não só na gestão orçamentária, mas dentro das rotinas das empresas, como um todo, pode gerar diferentes tipos de economia e vantagens, como apontam os consultores. Inicialmente, é possível reduzir despesas com mão de obra, já que as rotinas de trabalho ficam otimizadas.
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Eduardo Regonha, da XHL Consultoria
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Um orçamento bem feito proporciona à direção uma gestão mais focada, ou seja, as ações serão direcionadas para os setores que estão com variações relevantes”
O uso dos ERPs permite que os trabalhos sejam realizados de forma mais rápida, segura e eficiente, eliminando retrabalhos e reduzindo a margem de erro, pois a padronização deixa os processos muito mais práticos e simples. “Acima de tudo, as integrações entre diferentes setores dentro da instituição permitem que as diversidades de informações transitem ao mesmo tempo no sistema, possibilitando ganhos em eficiência, qualidade e agilidade. Isso proporciona um ganho enorme no processo de tomada de decisão, que depende desta agilidade para ser eficiente e eficaz”, apontam. DICAS Para os gestores, as dicas dos consultores da XHL são:
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Pense e elabore o orçamento descentralizando as ações, as participações e as tomadas de decisões; Ouça seus gestores, fazendo-os participarem das ações; Não se lembre do orçamento apenas quando for elaborar, mas, sim, mês a mês. Revise se for necessário, estabeleça metas de assertividade entre orçamento previsto x realizado, bem como metas de redução. Determine metas e objetivos, tenha clareza do que a instituição espera e deseja alcançar para o exercício vindouro. Último e não menos importante: procure cumprir as metas estabelecidas e os objetivos traçados. Busque orçar aquilo que realmente a instituição consegue atingir, por meta estabelecida, não um sonho inatingível.
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Equipamentos
Macrosul apresenta solução para organização de aparelhos médicos A organização dos aparelhos nos consultórios médicos é fundamental para o trabalho dos profissionais de saúde e para o bom atendimento aos pacientes. Pensando nisso, a Macrosul, que oferece equipamentos para medição de sinais vitais, suporte à vida, exames físicos e cardiopulmonares, desenvolveu o Módulo Integrado LED MD. Trata-se de uma solução diagnóstica padronizada que combina um transformador de parede 3.5V com dois cabos elétricos configuráveis com diversas cabeças diagnósticas 3.5V MD, otimizando a instalação em qualquer área do consultório médico, conforme conveniência, e sistematizando o fluxo de atendimento. Segundo Carolina Cruz, coordenadora de Assuntos Regulatórios e Qualidade da empresa, a organização dos instrumentos integrados na parede resulta em avaliações clínicas mais rápidas, já que os itens estão prontos para utilização. Além disso, permite maior precisão no processo, pois as cabeças diagnósticas são vendidas separadamente para atender às necessidades de cada especialidade clínica. Também é uma solução confortável, dada à funcionalidade versátil de alimentação por pilhas e, assim, a instalação independe da posição das tomadas elétricas. O módulo possui, ainda, sistema antifurto, conferindo maior segurança para a instituição, pois as cabeças dos instrumentos podem ser travadas nos cabos, impedindo a remoção não autorizada. “Dessa forma, o módulo oferece estabilidade de posicionamento aos equipamentos e garantia de disponibilidade a qualquer tempo, além de ergonomia ao médico, visando otimizar as condições de trabalho com segurança, agilidade e eficiência. A linha MD está continuamente focada na qualidade dos seus produtos, bem como na agregação de valor à assistência ao paciente”, acrescenta Carolina. Outro produto que merece destaque é o esfigmomanômetro VISIO 7000, que complementa a solução diagnóstica padronizada nos consultórios médicos. O equipamento, que pode ser fixado na parede, ao lado do Módulo Integrado MD, possui visor grande para facilitar a leitura, com escala em pintura fluorescente para melhor visualização em variadas condições de luz ambiente, além de manômetro com movimento bilateral para permitir o uso em qualquer posição do observador. É fabricado com materiais resistentes, que garantem precisão e durabilidade mesmo em ambientes
com grande fluxo de utilização, e está disponível em diversas opções de tamanhos de braçadeiras. SERVIÇOS Em se tratando de serviços, a Macrosul adota medidas focadas na manutenção da relação pós-compra e da fidelização do cliente. “Esse relacionamento demonstra nossa ética, transparência e comprometimento com o comprador, de modo a sempre atender às suas necessidades e dando-lhe o apoio e o suporte necessários, destacando mais um de nossos diferenciais competitivos, já que todo cliente deseja ter o seu contato valorizado e sua necessidade resolvida”, expõe Carolina. A empresa possui um canal direto de atendimento pelo qual recebe diariamente pedidos de informação, suporte técnico, sugestões e reclamações. A coordenadora de Assuntos Regulatórios e Qualidade garante que todo contato é recebido de forma cuidadosa, empática, padronizada, com espaço aberto ao diálogo e com foco em resolutividade no mais curto espaço de tempo possível. “Além disso, possuímos uma rede de assistências técnicas autorizadas distribuídas em todo o território nacional pronta para oferecer suporte na região mais próxima possível.” MERCADO Analisando o desempenho atual da empresa, Carolina diz que, apesar do abalo econômico que o país vem enfrentando nos últimos tempos, a Macrosul teve uma inserção muito positiva no mercado, com um crescimento satisfatório no cenário da saúde. “Temos grande representatividade junto a renomados hospitais e instituições de todo o país. Isso reflete o resultado do planejamento estratégico que mapeamos para o ano de 2017, através de decisões assertivas, alocação organizada de recursos, análise e avaliação das oportunidades e ameaças do mercado, o que propiciou esse crescimento estruturado”, revela. Todos os produtos da marca passam por rigorosos processos nacionais e internacionais de validação clínica e certificações de segurança e qualidade. Todos eles, além de onerosos são morosos, pois há muitos requisitos técnicos aplicáveis a serem cumpridos. “Neste momento, temos muitos aparelhos em fases de ensaios e validações e, com certeza, teremos novidades para o setor da saúde nos próximos meses”, finaliza. www.macrosul.com l (41) 2102-8344
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Carolina Cruz, coordenadora de Assuntos Regulatórios e Qualidade da empresa
Módulo Integrado LED MD
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Saúde Complementar
Índice revela recorde no aumento dos custos Por Carol Gonçalves hospitalares A última medição da variação dos custos hospitalares feita pelo IESS – Instituto de estudos de Saúde Suplementar registrou alta de 19,4% nos 12 meses encerrados em setembro de 2016. Esta é a maior variação para o período registrada pelo indicador desde o início da série histórica, em 2007. A título de comparação, a inflação geral do país, medida pelo IPCA, ficou em 8,5% no mesmo intervalo de tempo. O resultado é bastante negativo, principalmente por apontar recorde no aumento dos custos enquanto o setor continua a registrar quedas consecutivas no total de beneficiários.
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Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, explica que o crescimento dos custos é resultado do mal gerenciamento do sistema suplementar devido a três motivos. O primeiro é o aumento da frequência de utilização do paciente aos serviços de saúde, que, segundo o entrevistado, pode ocorrer devido ao mal-uso do sistema, seja pela falta de prevenção do paciente, seja por uma má conduta dos prestadores em relação à melhor forma de tratamento. O envelhecimento da população é a segunda causa, pois os idosos, em sua maioria, possuem doenças crônicas que devem sem acompanhadas. Por fim, Luiz Augusto diz que o uso de novas tecnologias de maneira inapropriada leva os planos de saúde a arcarem com exames de alto valor, sendo que o paciente poderia ter utilizado uma tecnologia antiga, mais barata, mas com o mesmo resultado.
Outra questão importante para Luiz Augusto é a necessidade de avançar na metodologia de avaliação de novas tecnologias na saúde suplementar, pois a inserção delas sem a análise de custo-efetividade acaba pressionando todo o sistema. EXPECTATIVAS No 1º trimestre de 2017, a taxa de desemprego, registrada pela PNAD/IBGE atingiu 13,7%, sendo este o maior valor desde que o indicador passou a ser divulgado, em 2012. As contratações de planos de saúde estão diretamente relacionadas a essa taxa, pois cerca de 66,4% dos contratos são coletivos. Esse tipo de negociação apresentou queda de 1,9% entre o primeiro trimestre de 2016 e o primeiro trimestre de 2017. Neste mesmo período, a queda do total de beneficiários foi de 2%, totalizando em março deste ano 47,6 milhões, o que significa uma redução de 978,2 mil em 12 meses. “Portanto, para a retomada do crescimento, é necessário que o mercado recupere o desempenho e que a taxa de desemprego caia. Se essa tendência de fato ocorrer, poderemos esperar aumento do número de beneficiários”, finaliza.
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Ele destaca que o IESS vem abordando temas em seus textos de discussões e eventos sobre a importância de operadoras e prestadores caminharem para um novo método de pagamento, como modelo prospectivo ou pay for performance – que visa remunerar os médicos de acordo com indicadores de qualidade. Segundo o superintendente executivo do instituto, o modelo atual, fee for service, incentiva o aumento de demandas por serviços que nem sempre são necessários para o tratamento do paciente, gerando custos para as operadoras.
“Com a incorporação desses novos modelos de pagamento, é possível avançar na questão de indicadores de qualidade, permitindo maior transparência dos dados e informações relevantes para um cuidado maior em relação aos pacientes com doenças crônicas e à gestão de custos com idosos”, expõe.
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Fornecedores em destaque
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materiais de alta qualidade para cirurgias minimamente invasivas “Nossa equipe vem crescendo em todos os níveis e estamos ampliando continuamente a área certificada para produção de artigos médicos. Já possuímos, inclusive, grande reserva técnica para expansão.”
Alessandra Busatto, diretora financeira, com o CEO da empresa, Onofre Neto
A Exxomed desenvolve, fabrica e distribui equipamentos e materiais médicos para o mercado ortopédico. Especializada em artroscopia e com amplo portfólio de produtos, oferece qualidade com custo acessível para o mercado nacional, que ainda está em crescimento e depende muito de produtos importados. Localizada em São Carlos, interior de São Paulo, possui 34 colaboradores diretos e aproximadamente 12 indiretos. “Temos um crescimento regular em torno de 30% ao ano, desde 2011”, ressalta Onofre Neto, CEO da empresa. Atualmente, a Exxomed está entre as três maiores empresas de artroscopia do Brasil. “Comercializamos para distribuidores em todo o Brasil e também estamos crescendo nas vendas internacionais”, ressalta. Ele adianta que estão sendo preparados dois novos produtos para lançamento muito em breve, como alternativa nacional aos produtos importados, na área de artroscopia, ainda em fase de sigilo. Segundo o CEO, o contato com clientes é contínuo, não apenas para vendas, priorizando o ganho no médio/ longo prazo para construir parcerias com aqueles que futuramente fecharão contratos para a linha completa.
HISTÓRIA As atividades da Exxomed começaram em 2002 na cidade de Navegantes, em Santa Catarina, na garagem da residência dos pais de Onofre Neto, que hoje é CEO da empresa. Seu objetivo era distribuir materiais médico-hospitalares na região Sul do Brasil. Em 2009, mudou-se para a cidade de São Carlos, interior de São Paulo, onde ficou estabelecida como fabricante, tendo como base a incubadora de empresas do ParqTec – Parque Tecnológico, entidade que surgiu da primeira política pública para institucionalizar a transferência de tecnologia da academia para o setor produtivo. Em 2010, foi transferida para um prédio próprio com 1.340 m2 de área construída, na mesma cidade. Ainda nesse ano, obteve a certificação da Anvisa de Boas Práticas de Fabricação Classe III e os registros dos primeiros produtos. Atualmente, a empresa passa pelo processo de conquista das certificações ISO 9001 e ISO 13485. Além disso, alguns produtos estão em fase de registro para comercialização nos Estados Unidos (FDA), Europa (CE), Argentina, Chile e China.
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FEIRAS E EVENTOS A empresa participa regularmente das principais feiras do setor: Hospitalar (Brasil), FIME (Estados Unidos), MEDICA (Alemanha) e esporadicamente de eventos na África, Oriente Médio e outros locais do mundo.
TECNOLOGIA A Exxomed tem em seu DNA a inovação tecnológica, possuindo vínculos com o Parque Tecnológico de São Carlos, incubadoras de empresas, centros de pesquisa e departamentos de universidades, especialmente de Engenharia Mecânica, Elétrica, Mecatrônica e de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos – Universidade de São Paulo. Além disso, possui programa de estágio vinculado ao Senai e a departamentos de Engenharia Mecânica e Elétrica da USP. Em seu quadro de colaboradores estão dois engenheiros mecânicos, dois engenheiros elétricos (mestrandos), um engenheiro mecatrônico, dois engenheiros de produção e um mestre (doutorando) em engenharia mecânica.
“As participações são relevantes para a implantação de bases para o desenvolvimento da área de comércio exterior, que está em fase inicial de expansão. Também é relevante para o contato com clientes do próprio Brasil que visitam as feiras e com fornecedores e outras empresas do setor para futuras parcerias. Permitem, ainda, a observação das tendências mundiais em produtos médicohospitalares”, explica o CEO. Vale ressaltar que a Exxomed está iniciando exportações para China, Índia, Argentina e Chile.
Sua sistemática e ferramentas para gestão de projetos utiliza método híbrido tradicional-ágil, desenvolvido em conjunto com a Universidade de São Paulo. Todos os produtos fabricados e comercializados pela Exxomed foram desenvolvidos internamente e/ou através de parcerias. Eles passam por vários processos de fabricação, especialmente usinagem de precisão. Alguns demandam processos complexos de isolamento elétrico, pintura e coating, polimento e formação de óxido, que anteriormente eram realizados no exterior e foram nacionalizados. A empresa também conta com itens que envolvem interação entre partes mecânicas, eletrônicas e eletrônica de controle, que foram desenvolvidos pela equipe interna e são fabricados nas instalações.
O engenheiro Rubens Camargo na feira MEDICA, na Alemanha, em novembro de 2016
“A equipe tem domínio do conhecimento básico, da tecnologia, dos métodos de produção necessários para tal, bem como para o acompanhamento das tendências e o desenvolvimento contínuo dos produtos. Soma-se a isso o conhecimento e a aplicação dos sistemas de gestão de projetos e também o conhecimento do marco regulatório para artigos médicos”, ressalta Onofre Neto. Dessa forma, o CEO garante que a companhia possui internamente e em sua rede de relacionamento a capacidade técnica, produtiva e regulatória para identificar, acompanhar e responder tendências e mudanças.
A empresa garantiu mais uma participação na Hospitalar na edição 2017
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“Para colocar no mercado produtos voltados para cirurgias minimamente invasivas, a Exxomed investe continuamente em pesquisa, desenvolvimento e engenharia, assuntos regulatórios, área certificada e aproximação com o cliente final”
MERCADO EM ANÁLISE O mercado de produtos para saúde está em constante expansão, com a maior expectativa de vida da população e o maior acesso à saúde permitido pela mobilidade social de grande parte da população. Soma-se a isso o fato de que 60% dos produtos para saúde, inclusive os do mercado de atuação da Exxomed, são oriundos de importação, representando uma oportunidade para empresas brasileiras que se propõem a nacionalizar ou comercializar soluções que os substituam. Importante lembrar que as cirurgias minimante invasivas com o uso de equipamentos de vídeo para visualização do interior do corpo durante os procedimentos é uma tendência mundial. Elas geram menor tempo de recuperação e vários outros benefícios para o paciente e para a instituição, devido à economia de recursos. Com o aumento da expectativa de vida, o consumo dos produtos da marca também cresce, pois os procedimentos ortopédicos para prevenção e/ou correção, além de estarem relacionados a traumas ou doenças com causas genéticas e ambientais, também estão fortemente ligados a problemas oriundos da idade, em especial nas articulações. Existem poucos concorrentes da Exxomed no mercado, apenas sete empresas estrangeiras e três nacionais, que atuam quase em sua totalidade nomeando distribuidores, que se relacionam com o cliente final (planos de saúde/hospitais). Normalmente, os distribuidores são nomeados por região ou sub-região, e passam a ter a “bandeira” da linha do fabricante, uma vez que os produtos são comercializados em conjunto, para realizar os diferentes procedimentos dentro da especialidade. “Pode-se afirmar que atualmente existem menos ‘bandeiras’ do que distribuidores procurando por bandeiras, tendência reforçada pela fragmentação da rede de distribuição por várias causas nos últimos tempos”, explica Onofre Neto.
PROFISSIONAIS QUALIFICADOS Desde o início de suas atividades, a empresa investiu muito na qualificação de seu time profissional, mais da metade possui curso superior, com experiência em desenvolvimento e registro de produtos na Anvisa. As lideranças possuem vasto conhecimento no setor. O CEO, Onofre Neto, é administrador com 20 anos de experiência no segmento hospitalar, administrou hospitais em Santa Catarina por oito anos, foi gerente regional da multinacional francesa Maquet no estado de Minas Gerais em 2004 e gerente comercial na empresa Razek de 2005 a 2008, onde ajudou a abrir o mercado brasileiro de artroscopia, que até o momento não existia e era somente abastecido pelo mercado internacional. Destaque também para o experiente Marcos Brefe, que foi diretor no ParqTec de São Carlos; o engenheiro Rubens Camargo, que registra passagem pela Volkswagen; o coordenador de PCP, Frediano Souza; Alessandra Busatto, diretora financeira; Márcia Amato, gerente de vendas; o engenheiro de processos Raphael Prateleira e o engenheiro de produção Rainer Messias Bruno.
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PRODUTOS
A empresa possui atualmente 30 linhas de produtos – com diversos modelos em cada uma –, entre equipamentos eletromédicos e materiais cirúrgicos, focados na técnica de cirurgias minimamente invasivas (videoendoscopias), especialmente para a realização de artroscopias – cirurgias ortopédicas nas articulações. 1 2
Comprimentos de 58 mm a 250 mm
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1 - Ponta ativa tipo agulha angulada 45o (10 mm) 2 - Ponta ativa tipo agulha angulada 45o (3 mm) 3 - Ponta ativa tipo agulha 0o 4 - Ponta ativa tipo agulha 0o com corpo angulado 45o
MICRODISSECTORES Lançamento da Exxomed, os microdissectores são eletrodos para utilização em procedimentos eletrocirúrgicos monopolares para corte, coagulação e cauterização, em casos que demandem cortes precisos em tecidos moles, como otorrinolaringologia, articulação temporo-mandibular e facial, entre outros. Possuem diâmetro reduzido, vários comprimentos e ângulos para atender às necessidades específicas dos diversos tipos de procedimentos. A fabricação em tungstênio permite o uso de potências mais altas para corte rápido e preciso.
SHAVER PARA ARTROSCOPIA Console com touch screen, pedal IPX8 e peça de mão leve com motor customizado de alta velocidade e torque. Possui sistema de proteção do motor para aumentar o tempo de vida do produto em relação aos ciclos de esterilização por autoclave. Primeiro sistema desenvolvido e fabricado na América Latina que possui a alternativa de peça de mão com comando integrado na própria peça.
LÂMINAS PARA SHAVER EXXOCUT As lâminas são produzidas com materiais e processos controlados para oferecer corte eficaz e ao mesmo tempo segurança durante o uso, diminuindo vibrações, desprendimento e travamentos.
EQUIPO PARA ARTROSCOPIA A família de equipos para Artroscopia foi desenvolvida para oferecer compatibilidade e precisão, de forma a evitar variações comuns e indesejáveis durante o uso.
CÂNULAS PARA ARTROSCOPIA Cânula manutenção do portal de acesso, confeccionada com materiais de grau médico e com sistema de selagem triplo para minimizar perda de fluido e pressão durante o procedimento.
AGULHAS PARA PASSADOR DE SUTURA A família de agulhas para passador de sutura é fabricada com material superelástico para garantir vários acionamentos seguros durante o procedimento.
PONTEIRA BIPOLAR DE RADIOFREQUÊNCIA Sistema inovador de ponteiras para eletrocirurgia bipolar (inclusive à plasma) para artroscopia, atualmente o único de fabricação nacional registrado no Brasil, se conecta aos principais equipamentos disponíveis no mercado. Oferece a segurança, a eficiência e os conhecidos benefícios da eletrocirurgia bipolar em relação aos sistemas monopolares, especialmente a diminuição da penetração indesejável nos tecidos adjacentes.
PONTEIRA MONOPOLAR Produzidas com materiais isolantes de alta qualidade e rigidamente controlados, possuindo segurança e eficácia compatível com produtos de classe mundial.
FONTE DE LUZ LED Alto desempenho de iluminação aliado à eficiência energética e economia proporcionados por este tipo de tecnologia.
PONTEIRA MONOPOLAR COM CABO A qualidade, segurança e eficiência dos eletrodos monopolares com a conveniência do cabo integrado.
EXXOMED
Rua Geminiano Costa, 2063 - Jardim Brasil CEP: 13569-310 - São Carlos/SP
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Saúde pública
Sírio-Libanês executa projeto lean no Hospital Geral de Palmas
Rogério Caiuby, do HSL
Diante da superlotação das emergências de grandes hospitais do SUS, causando aumento da taxa de mortalidade de pacientes e redução na capacidade operacional, o Ministério da Saúde, através do Proadi-SUS, criou o Projeto Apoio às Ações Estratégicas. Através dele, o Hospital Sírio-Libanês (HSL), de São Paulo, está desenvolvendo um programa de excelência operacional baseado na metodologia lean em seis emergências do SUS. Rogério Caiuby, diretor de Estratégia e Projetos da instituição, conta que a iniciativa prevê o diagnóstico da situação atual, a elaboração do plano de ação, o acompanhamento e a implantação de protocolos. Uma das instituições para a qual o HSL está prestando consultoria é o Hospital Geral de Palmas (HGP), em Tocantins. “Nesse momento, o HGP está em fase de finalização do plano de ação para melhoria de processo, já tendo implementado, inclusive, algumas ações de ganho rápido”, explica. A ênfase do trabalho no HPG será na redução do tempo médio de permanência do paciente e na agilidade da reocupação do leito após a alta. “Dessa forma, poderemos dar vazão à demanda de internação da emergência, diminuindo a necessidade de acomodar pacientes no corredor”, conta o diretor. Outra linha de ação é a do plano de contingência para superlotação, que envolve um pacote de medidas a serem adotadas caso a ocupação do pronto-socorro atinja um nível que comprometa o efetivo cuidado do paciente, a despeito dos esforços desenvolvidos para evitar esse fenômeno. “Em outras palavras, trata-se de um ‘guia’ para gestão de crise, que será usado em alguma eventualidade, mas que pretendemos utilizar muito pouco”, garante. A diretora adjunta do HGP, Renata Duran, lembra que a escolha do hospital para participar do projeto partiu de uma demanda do Ministério da Saúde e do interesse da gestão em fazer com que a unidade fosse escolhida. “Além disso, a abrangência que o HGP tem conta muito. Com esse projeto nós vamos, também, poder trocar experiências com as outras unidades”, diz. O engenheiro de produção que atua como especialista em excelência operacional da emergência, Juvenal Neto, esclarece que quinzenalmente uma equipe está visitando o HGP. “Temos uma equipe que vem in loco, mas também temos mantido contato e recebido todo o apoio do Escritório
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Nesse momento, o HGP está em fase de finalização do Plano de Ação para melhoria de processo, já tendo inclusive implementado algumas ações de ganho rápido”
de Qualidade do hospital, que é o canal de comunicação com o Sírio-Libanês. Essa equipe está se qualificando para que, posteriormente, ela mesma coordene vários projetos. Nós estamos dando o pontapé inicial”, reforça. O coordenador médico do projeto, Welfane Cordeiro Júnior, também informa que no hospital estão sendo feitas uma série de atividades que vão desde a capacitação até o diagnóstico do pronto-socorro e a introdução de tecnologias de gestão para melhorar a superlotação e a passagem de pacientes. “Vários profissionais do HGP estão conosco dando andamento”, ressalta. O projeto teve início em agosto e, de acordo com o cronograma, a implantação seguirá até o final de novembro. No início de dezembro será feito um novo diagnóstico, para avaliação dos ganhos. “O plano de contingência está em desenvolvimento, e deve estar pronto para ser colocado em testes até a primeira quinzena de outubro”, garante Caiuby, do HSL. Vale ressaltar que dez profissionais do HGP foram treinados em gestão de emergências e metodologia lean por profissionais do Sírio-Libanês e de instituições associadas, em São Paulo. A carga horária dos cursos foi de 20 horas, e o pessoal do HGP teve participação ativa. Com relação à distância das equipes de ambos os hospitais, Caiuby diz que toda distância é relativizada pelo interesse comum e o engajamento. “Além disso, o pessoal de Palmas tem sido um exemplo e uma inspiração nesse sentido. Se falamos em distância geográfica, temos uma equipe de trabalho do Sírio dedicada ao projeto no HGP, que visita Palmas quinzenalmente, e complementamos com troca permanente de informações, inclusive com um grupo de mensagens por celular”, expõe. Sobre o que esse projeto agrega ao HSL, Caiuby ressalta que a instituição está em constante aprendizado. Do ponto de vista metodológico, vem aperfeiçoando, no contato com os hospitais do projeto, o desenvolvimento de soluções simples e rápidas, condizentes com problemas que também assolam os hospitais privados e que podem, indubitavelmente, encontrar aplicação no HSL. “Do ponto de vista de gestão de hospitais públicos, esse contato traz novas perspectivas em termos de práticas referentes ao nosso Instituto de Responsabilidade Social. E, por fim, o mais importante é a nossa missão em levar saúde de qualidade para o Brasil. Estes projetos são caminhos para essa realização”, finaliza.
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Tratamento
Cuidados paliativos pediátricos: como oferecer apoio no fim da vida Por Carol Gonçalves Recentemente, o mundo sofreu com o caso do bebê britânico Charlie Gard, que morreu em julho deste ano após uma disputa judicial entre os médicos e os seus pais, que queriam que ele fosse levado aos Estados Unidos para receber tratamento experimental. O juiz acatou o entendimento da equipe médica e a criança foi levada a uma clínica de cuidados paliativos, onde as máquinas que o mantinham vivo foram desligadas. Além de toda a discussão a respeito das leis e dos direitos humanos que o caso repercutiu, também vale a pena aproveitar para falar sobre os cuidados paliativos pediátricos. De acordo com a ANCP – Academia Nacional de Cuidados Paliativos, receber esse tipo de cuidado não significa que não haja mais nada a fazer pela pessoa, mas que o diagnóstico é de uma doença crônica grave, que ameaça a vida, e que uma equipe, juntamente com os profissionais especialistas na enfermidade, irá cuidar de quem está doente e daqueles que o cercam. “Ou seja, ‘há muito a fazer’ pelo paciente”. A Dra. Cristiane Rodrigues de Sousa, médica pediatra especialista em Cuidados Paliativos e diretora administrativa da ANCP, explica que os cuidados paliativos são um direito do paciente extensivo à sua família. “A decisão precisa ser compartilhada entre os médicos e a família, sendo ofertado a todo paciente com doença limitante à vida, desde o diagnóstico, durante o curso da doença, no final de vida e no luto.” O adoecimento da criança afeta a família, principalmente no caso de doenças limitantes da vida com possibilidade de óbito na infância ou adolescência. Segundo a médica, nos cuidados paliativos pediátricos, cabe aos responsáveis/ familiares compartilhar a decisão muito mais que nos cuidados paliativos para adultos. “Além disso, é preciso levar em consideração a fragilidade da criança, respeitar as fases de crescimento e desenvolvimento, como também estar atento ao controle perfeito dos sintomas causadores de sofrimento”, conta. Para a Dra. Cristiane, prestar assistência multiprofissional de preferência com capacitação em Cuidados Paliativos, a nível ambulatorial, domiciliar ou hospitalar, é a melhor forma de proporcionar apoio emocional e espiritual aos familiares no caso de crianças com doenças terminais. “A equipe mínima pode ser composta por pediatras, enfermeiros, O QUE SÃO CUIDADOS PALIATIVOS
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Proteger. Esse é o significado de paliar, derivado do latim pallium, termo que nomeia o manto que os cavaleiros usavam para se proteger das tempestades pelos caminhos que percorriam. Proteger alguém é uma forma de cuidado, tendo como objetivo amenizar a dor e o sofrimento, sejam eles de origem física, psicológica, social ou espiritual. Por esse motivo, quando ouvir que você ou alguém que conhece é elegível a cuidados paliativos, não há o que temer.
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Fonte: paliativo.org.br
Dra. Cristiane Rodrigues de Sousa, da ANCP
assistentes sociais e psicólogos. Outros profissionais como fisioterapeutas, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, cirurgiões pediátricos, odontólogos e farmacêuticos também podem fazer parte”, expõe. Nos hospitais pediátricos não é frequente a presença de profissionais dedicados exclusivamente a cuidados paliativos. No entanto, gradualmente observa-se o interesse dos pediatras pelo tema, especialmente após a criação do Departamento Científico de Medicina Paliativa da SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria. A Dra. Cristiane lembra que não é obrigatório que os cuidados paliativos sejam oferecidos somente em unidades especializadas. PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PEDIATRIA No documento científico sobre cuidados paliativos pediátricos, desenvolvido pela SBP em fevereiro deste ano, são destacados os 13 princípios que regem a atividade:
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Os cuidados devem ser dirigidos à criança ou ao adolescente, orientados para a família e baseados na parceria; Devem ser dirigidos para o alívio dos sintomas e para a melhora da qualidade de vida; São elegíveis todas as crianças ou adolescentes que sofram de doenças crônicas, terminais ou que ameacem a sobrevida; Devem ser adequados à criança e/ou à sua família de forma integrada;
Ter uma proposta terapêutica curativa não se contrapõe à introdução de cuidados paliativos; Os cuidados paliativos não se destinam a abreviar a etapa final de vida; Podem ser coordenados em qualquer local (hospital, hospice, domicílio, etc.);
Devem ser consistentes com crenças e valores da criança ou adolescente e de seus familiares; A abordagem por grupo multidisciplinar é encorajada; A participação dos pacientes e dos familiares nas tomadas de decisão é obrigatória; A assistência ao paciente e à sua família deve estar disponível durante todo o tempo necessário; Determinações expressas de “não ressuscitar” não são necessárias; Não se faz necessário que a expectativa de sobrevida seja breve.
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Centro Cirúrgico
Como implementar o Time Out em hospital 2. A Coordenação da Qualidade deve reunir-se com as principais lideranças da área cirúrgica/procedimentos intervencionistas e da enfermagem e traçar uma estratégia a ser aplicada; 3. É necessário ouvir e envolver os cirurgiões das principais equipes cirúrgicas e os médicos que realizam procedimentos intervencionistas no hospital, mesmo que a coordenação do Centro Cirúrgico não seja de um profissional do corpo médico; Os eventos adversos (EAs) relacionados a intervenções cirúrgicas e procedimentos invasivos têm há muito tempo chamado a atenção e demandado cuidado especial dos profissionais e órgãos responsáveis pelas ações na saúde. Desde 2004, a realização do Time Out foi apresentada no Protocolo Universal da The Joint Commission para prevenção de local errado, procedimento errado e cirurgia na pessoa errada. A partir de 2008, foi incluso no Manual de Padrões de Acreditação da JCI para Hospitais o capítulo das metas internacionais para a segurança do paciente (IPSGs), que inclui a obrigatoriedade da realização do Time Out antes de cada procedimento cirúrgico. Apesar da longínqua discussão e da adoção de protocolos para a segurança, ainda hoje esses eventos são registrados em todo o mundo, até mesmo em hospitais acreditados. Para minimizar a chance de erros em procedimentos cirúrgicos e invasivos, é fundamental a adoção da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica, lançada pela Organização Mundial da Saúde em 2009. Ela deve ser aplicada em três momentos específicos no perioperatório: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes de o paciente deixar a sala de cirurgia.
5. Se os profissionais médicos responsáveis pelo procedimento não desejarem liderar a “chamada” do Time Out, deve ser definido quem o fará, por exemplo, pode ser o anestesista, o enfermeiro ou o técnico de enfermagem da sala; 6. Deve ser definida a forma de treinamento para esses profissionais, e como será realizado o monitoramento da adesão a ele. Algumas instituições têm se valido de formas de educação através dos Centros de Simulação Realística, nos quais os membros da equipe, e às vezes até atores, podem simular diversos cenários que coloquem a equipe cirúrgica frente a situações possíveis de ocorrer no dia a dia das salas cirúrgicas e de procedimentos invasivos, recriando barreiras de comunicação, dificuldades de relacionamento e de hierarquia, falhas operacionais, dentre outras.
O Time Out corresponde ao segundo momento da lista, e consiste, basicamente, em uma apresentação formal de todos os membros da equipe cirúrgica, e, por isso só deve ser realizado quando a equipe estiver completa em sala; na confirmação da identificação do paciente, do sítio cirúrgico e do procedimento a ser realizado; na previsão de dificuldades ou momentos críticos pelo cirurgião e/ou anestesista, incluindo a perda sanguínea prevista; na confirmação, pela instrumentadora/ equipe de enfermagem, se todos os materiais, instrumentais, próteses etc. estão presentes e dentro do prazo de validade de esterilização com os indicadores adequados; na checagem se a profilaxia antibiótica foi realizada nos últimos 60 minutos; e na confirmação se as imagens essenciais estão disponíveis para a equipe cirúrgica em sala.
A Associação de Enfermeiras Registradas de Perioperatório (AORN, em inglês) divulgou algumas das causas reconhecidas para a falta de consistência no processo de Time Out: realizá-lo sem a presença de todos os membros da equipe na sala, ou mesmo antes da preparação do paciente; falta de participação efetiva dos membros da equipe; ausência de engajamento da liderança sênior; constrangimento da equipe para falar; falta de um foco organizacional consistente na segurança do paciente; distrações ou tempo insuficiente para realização de um Time Out adequado; e alterações de políticas realizadas sem o treinamento adequado dos profissionais. Outros estudiosos também referem que a hierarquia na sala de cirurgia pode se apresentar como uma dificuldade, e que a rotatividade de funcionários contribui como um obstáculo, mesmo havendo oferta de treinamento.
Observa-se que os processos de cirurgia segura estão intimamente relacionados à cultura da segurança e à comunicação efetiva, duas áreas que ainda representam um desafio para as instituições de saúde. Na maioria das vezes, o coordenador da equipe de cirurgia prefere delegar a responsabilidade de “chamar” o Time Out a um profissional de enfermagem, que necessita ser respeitado.
Seja qual for a forma escolhida, será mandatório o monitoramento para avaliação da qualidade do processo e da adesão dos profissionais, bem como a análise desses resultados, que deverá ser divulgada para a liderança maior e discutida com os profissionais da instituição para um feedback adequado e a possibilidade de avaliação de mudança/melhoria do processo.
Mas como implementar o Time Out? Instituições têm buscado diversas estratégias com maior ou menor sucesso, mas, de forma geral, podemos das algumas indicações:
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4. Deve ser definido como se dará o processo e a forma de registro, tanto na sala de cirurgia quanto no prontuário do paciente;
1. É fundamental o apoio e o comprometimento da liderança maior da instituição, como está indicado no Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais, 5ª e 6ª edições, no Capítulo Governança, Liderança e Direção;
Regina Müller
Médica com especialização em cardiologia pediátrica pela Universidade Ludwig Maximiliams (Alemanha), onde também concluiu seu doutorado em Medicina. Possui, ainda, mestrado e doutorado em Ciências da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. É avaliadora do CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação, associado no Brasil da JCI – Joint Commission International.
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Arquitetura
Instituição em Curitiba aplica conceitos de engenharia em nova ala Não é de hoje que a arquitetura e a engenharia vêm ganhando espaço e mostrando o quanto podem fazer a diferença no processo de cura do paciente. Por volta dos anos 60, as estruturas padronizadas e o ambiente “frio”, que anteriormente queriam demonstrar higiene e tecnologia, passaram a ser criticadas. Cada vez mais clínicas e hospitais começaram a buscar recursos para proporcionar maior conforto e satisfação ao paciente e facilitar o trabalho dos profissionais de saúde. Segundo especialistas, a iluminação influencia o equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes; e as cores, além de humanizar o ambiente, promovem a sensação de bem-estar. Já as áreas com ventilação natural auxiliam no combate à infecção hospitalar devido à renovação constante do ar. Outro fator de fundamental importância é o conforto higrotérmico, que deve funcionar controlando o acúmulo de calor natural da estrutura e dispensando a umidade excessiva do local. Móveis, objetos de arte e decoração complementam o objetivo de humanizar o ambiente e trazer a atmosfera doméstica para dentro do hospital.
Fotos: Rubens Nemitz Jr.
Um exemplo de como as novidades na arquitetura vêm ganhando força e passando a fazer parte do planejamento estratégico das instituições de saúde é a nova ala de internação do Centro Hospitalar da Nossa Saúde, em Curitiba, PR. Inaugurada no final de agosto, disponibiliza leitos de internação com ambientes em padrão hoteleiro. “Todos os detalhes foram pensados
visando à descaracterização hospitalar”, comenta a engenheira civil Luciana Costin, responsável pelo projeto. Na decoração, optou-se por leveza e contemporaneidade, com linhas retas nos móveis e uma paleta de cores em cinza, branco, amadeirado e detalhes em laranja, que é a cor da vitalidade. Foi aplicada iluminação indireta nos leitos, bem como piso vinílico amadeirado, proporcionando maior aconchego. Os apartamentos são privativos e semiprivativos, equipados com mobiliário diferenciado, wifi, TV, frigobar e um sistema integrado de gasoterapia. Ainda segundo a engenheira, além do inox nas áreas mais críticas, foi utilizado nos bate-macas e tampos dos postos de enfermagem o Silestone, uma superfície sólida monolítica que garante melhor higienização e prevenção contra microrganismos. Pensando no conforto dos profissionais, que passam muito tempo dentro do hospital, a principal preocupação foi criar postos de trabalhos ergonômicos e facilitar o acesso aos leitos. E como uma das metas do hospital também é tornar a estrutura mais sustentável, soluções elétricas com baixo custo de manutenção foram utilizadas. E, ainda, durante a obra, houve cuidado com a minimização dos resíduos de construção civil e sua correta destinação.
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O projeto arquitetônico contribuiu para facilitar as necessidades de internação e a segurança hospitalar. Para as internações de no máximo 12 horas, foi projetado um apartamento para procedimentos de Day Hospital. Por outro lado, para os pacientes de risco, foram criados dois apartamentos com leitos especiais, respiradores e equipamentos de monitorização. E para os casos de necessidade de isolamento, estão disponíveis dois apartamentos com uma antecâmara para assepsia, que só permitem o acesso e saída do leito do paciente após os procedimentos necessários de higiene. “Além de propiciar um ambiente agradável para pacientes e acompanhantes, buscamos planejar a nova ala utilizando todos os recursos possíveis para promover a saúde do paciente e melhorar as condições de trabalho dos colaboradores”, revela Dulcimar De Conto, diretora geral da Nossa Saúde, operadora de planos de saúde.
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Finanças
Estará o Brasil preparado para a epidemia de câncer? aumentaram de R$ 61,3 para R$ 419,0 milhões, entre 2000 e 2014, e os de quimioterapia e radioterapia, utilizados no tratamento, passaram de R$ 484.5 para R$ 2,077 milhões no mesmo período. Dados apresentados pelo Dr. Luiz Fernando Bouças, ex-diretor do INCA – Instituto Nacional do Câncer estimam que, entre 2006 e 2015, os gastos públicos somente com tratamento do câncer (excluindo promoção e prevenção) passaram de R$ 1,3 para R$ 3,3 bilhões, aumentando duas vezes e meia num período de menos de 10 anos. Os processos de transição demográfica e epidemiógica, em sua maioria já completos nos países desenvolvidos, mas em grande aceleração na América Latina e no Brasil, fazem com que as doenças não transmissíveis passem a ser as principais causas de morbidade e mortalidade. Para enfrentá-las, o caminho mais rápido é a reforma dos sistemas de atenção médica, de forma a enfatizar mais a promoção, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento, quando necessário, nas fases iniciais destas doenças. Mas será que a sociedade brasileira, o SUS e a saúde suplementar estão preparados para essa nova realidade? Entre as doenças crônicas não transmissíveis, a que tem crescido mais aceleradamente e poderá trazer mais impacto nos próximos anos é o câncer, que já é a principal causa de morte entre pessoas com menos de 70 anos de idade, em nível mundial. Em 2012 ocorreram 8 milhões de mortes devido à doença no planeta. A maioria delas entre pessoas com menos de 70 anos de idade. Destas mortes, 3,1 milhões aconteceram em países de renda média (como o Brasil) e de renda baixa. Em 2012, a América Latina concentrava 7,3% das mortes de câncer e 7,9% dos casos em nível global, sendo os de maior incidência na região os de mama, pulmão, fígado, cérvico-uterino, estômago e colorretal. A velocidade das descobertas tecnológicas para tratamento não é acompanhada com a mesma intensidade pela população e nem pelos serviços de saúde e, por este motivo, os custos associados ao câncer estão em grande crescimento. A American Cancer Society mostra que os custos diretos da doença, em 2010, estavam na faixa de US$ 290 bilhões para 13,2 milhões de novos casos por ano. Mas em 2030, chegarão a US$ 458 bilhões, para 21,6 milhões de casos.
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Os gastos mundiais aumentam exponencialmente por uma série de fatores: o câncer ocorre crescentemente em idades adultas e jovens pela falta de promoção e prevenção; os sinais que indicam a doença são detectados tardiamente pela ausência de exames de detecção precoce; o tratamento exige medicamentos e tecnologias caras para que haja perspectivas de cura, ou mesmo de cuidados paliativos para garantir melhor qualidade de vida ao paciente em seus momentos finais. Mesmo que aumentem exponencialmente, os valores estão muito aquém das necessidades de financiamento desta terrível doença, especialmente porque as maiores despesas ocorrem no tratamento. Se analisarmos o caso do Brasil (considerando apenas o SUS), os custos das cirurgias associadas ao câncer
Normalmente a evolução do câncer é classificada em seis estágios: do zero, onde o carcinoma está restrito à área onde aparece, até o cinco, que é a fase terminal. Muitos casos podem ser curados nos estágios iniciais, representando não só melhores perspectivas de tratamento e sobrevivência para os pacientes, como também menores custos para os sistemas de saúde. A Abrale – Associação Brasileira de Linforma e Leucemia realizou estudos com base nos dados do DATASUS que mostram que o preço do tratamento de cada caso de câncer de colo do útero no estágio 1 seria, em média, de R$ 4.186 em 2016, mas no estágio 3 já chegaria a R$ 78.735, ou seja, mais de 18 vezes o custo da fase inicial. No Brasil, cerca de dois terços dos casos identificados ocorrem em estágios avançados. Mas o país já tem evidências que permitiriam mudar as políticas e os processos para o tratamento. Este deveria ser um compromisso do governo, dos planos de saúde e da sociedade. A adoção de políticas e estratégias de promoção e prevenção do câncer minoram ou evitam os fatores de risco. Um estudo da Unimed de Belo Horizonte, realizado em 447 pacientes com câncer detectados em estágio avançado entre 2008 e 2010, revelou um custo de tratamento de R$ 35 milhões para o conjunto dos pacientes. Mas, com base nos dados da própria instituição, este valor seria de apenas R$ 5 milhões, se os casos fossem detectados na fase inicial. A realidade brasileira mostra que um terço dos casos poderiam ser curados se detectados precocemente e tratados em estágio inicial e, em um outro terço, poderiam ser evitados com a modificação de exposição aos fatores de risco já conhecidos. Nos países europeus, onde há maior promoção, prevenção e detecção precoce, os casos de câncer aparecem em idades mais avançadas do que em países onde a promoção e a prevenção são tão precárias, como no Brasil. É preciso aumentar o nosso compromisso com o assunto.
André Medici
Economista de saúde com mais de 30 anos de experiência no Brasil e 20 anos de experiência internacional em temas associados a economia e financiamento da saúde, pesquisa, desenho e negociação de políticas e reformas de saúde em países em desenvolvimento. É editor do blog Monitor de Saúde (www.monitordesaude.blogspot.com).
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Humanização
Hospitais transformam salas de quimioterapia em locais lúdicos
Com o objetivo de mapear a ambientação das salas de quimioterapia pediátrica no Brasil, o Instituto Desiderata conduziu pesquisa online com hospitais do SUS que tratam crianças e adolescentes com câncer. Trinta e sete unidades distribuídas no território nacional responderam. A pesquisa abordou três grandes blocos: tratamento humanizado, ambientação e origem do recurso para ações de ambientação. A iniciativa contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica e a participação de alunas e docentes do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quase a totalidade dos respondentes afirmou que o serviço em que trabalham tem tratamento humanizado, atribuindo isso mais fortemente à atenção acolhedora e respeitosa com o paciente (100%); às relações de troca e respeito entre os profissionais (32,44%) e ao ambiente físico pensado para o público infantil (18,9%). Embora a ambientação física dos espaços ainda mantenha características básicas como paredes e móveis com cores frias (45,9%), 24,3% das respostas indicam a transformação das salas de quimioterapia em locais lúdicos pensados para o público infantil.
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Ao observar a origem do investimento para a ambientação lúdica do espaço, 62,2% do recurso é de origem privada (pessoa física ou jurídica). A principal fonte de recursos para manutenção (40,5%) vem de apoiadores, doadores ou organizações não governamentais. “A ambientação dos espaços tem um papel fundamental, não somente para dar leveza e trazer alegria ao cotidiano hospitalar, mas também como forma de interferir positivamente na relação entre as pessoas e consequentemente na qualidade do tratamento”, ressalta Laurenice Pires, gerente da área de saúde do Instituto Desiderata. O monitoramento dos resultados decorrentes da ambientação ainda é um desafio: 45,9% dos respondentes indicam que o hospital não tem estratégia para avaliação ou monitoramento. Porém, quase 50% percebe a influência do ambiente lúdico na maior aceitação do paciente para o tratamento. “A pesquisa Ambienta Brasil mostra que gestores da saúde pública ainda precisam investir mais na transformação de ambulatórios e enfermarias em locais lúdicos e alegres, passando a vê-los como uma ação estratégica para o cuidado aos pequenos pacientes”, explica a diretora da entidade, Roberta Marques.
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Segurança de dados
Setor registra o maior número de ataques cibernéticos em 2017 A McAfee Inc., uma das principais empresas mundiais independentes de segurança cibernética, publicou seu relatório sobre ameaças referente a setembro. A análise trimestral constatou que o setor público foi o mais afetado na América do Norte nos últimos seis trimestres, mas o segmento de saúde ultrapassou no segundo trimestre, com 26% dos incidentes. Embora seja mais provável que as violações gerais de dados na saúde se devam a divulgações acidentais e falhas humanas, os ataques cibernéticos no setor continuam a aumentar. A tendência começou no primeiro trimestre de 2016, quando vários hospitais em todo o mundo sofreram ataques de ransomware, fazendo com que, em alguns casos, as instituições precisassem transferir pacientes e adiar cirurgias. “Sejam físicos ou digitais, os vazamentos de dados em saúde mostram o valor das informações pessoais sensíveis em posse das organizações do setor. Eles também reforçam a necessidade de políticas de segurança corporativas mais fortes que funcionem para assegurar o manuseio seguro dessa informação”, declara Vincent Weafer, vice-presidente da McAfee Labs. No segundo trimestre de 2017, a rede McAfee Labs Global Threat Intelligence registrou tendências notáveis no crescimento das ameaças cibernéticas e incidentes de ataques cibernéticos em todas as atividades: • Incidentes de segurança – Foram 311 no segundo trimestre, um aumento de 3% em relação ao primeiro trimestre. Setenta e oito por cento ocorreu nas Américas. • Verticais Alvos – Os setores de saúde, educação e público representaram mais de 50% do total de incidentes em 2016-2017 em todo o mundo. • Vetores de ataque – O sequestro de contas liderou entre os vetores de ataque divulgados, seguido por DDoS, vazamentos, ataques dirigidos, malware e injeções de SQL. • Malware em geral – O número de novas amostras de malware atingiu 52 milhões, um aumento de 67%. Este crescimento se deve, em parte, a um aumento considerável do número de instaladores de malware e ao cavalo de Troia Faceliker. O número total de amostras de malware cresceu 23% nos últimos quatro trimestres, chegando a quase 723 milhões de amostras.
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• Ransomware – Novas amostras de ransomware aumentaram acentuadamente mais uma vez no segundo trimestre, em 54%. O número total cresceu 47% nos últimos quatro trimestres, chegando a 10,7 milhões de amostras. • Malware móvel – O total do malware móvel cresceu 61% nos últimos quatro trimestres, chegando a 18,4 milhões. O número mundial de infecções em aparelhos móveis
aumentou 8% no segundo trimestre, sendo a Ásia a região mais afetada, com 18%. • Malware para Mac – Com o declínio do excesso de adware, o malware para o Mac OS voltou aos níveis históricos, aumentando apenas 27.000 no segundo trimestre. Ainda pequeno em comparação às ameaças para Windows, o número total de amostras de malware para Mac OS aumentou apenas 4% no segundo trimestre. • Malware de macro – O número de novos malwares de macro aumentou 35% no segundo trimestre. Noventa e uma mil novas amostras aumentaram o número total geral de amostras para 1,1 milhão. • Campanhas de spam – O botnet Gamut assumiu novamente a liderança em termos de volume durante o segundo trimestre, continuando sua tendência de distribuição de spam relacionado a empregos e produtos farmacêuticos falsos. O botnet Necurs foi o mais perturbador, distribuindo vários golpes de valorização e venda de ações durante o trimestre. MELHORES PRÁTICAS O relatório de setembro também indica técnicas para ajudar os caçadores de ameaças a detectar a presença de adversários em seu ambiente. Começando com os princípios do que o grupo Foundstone da McAfee chama de “três grandes conhecimentos” – conheça o inimigo, conheça sua rede e conheça suas ferramentas –, o relatório apresenta as práticas recomendadas para a busca de comando e controle, persistência, escalada de privilégios, movimentação lateral e exfiltração. “Um pressuposto fundamental é que, a cada momento, existe pelo menos um sistema comprometido na rede, um ataque que conseguiu evadir as medidas preventivas de segurança da organização”, afirma Ismael Valenzuela, engenheiro-chefe de caça a ameaças e análise de segurança da McAfee. Segundo ele, os caçadores de ameaças devem encontrar rapidamente artefatos ou evidências que possam indicar a presença de um adversário na rede, ajudando a conter e eliminar um ataque antes que ele gere um alarme ou cause uma violação de dados. Saiba mais no site www.mcafee.com.
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Governo
Código SUS é criado para melhorar a gestão das políticas públicas As inúmeras normas existentes dentro do sistema público de saúde serão consolidadas. O Código do SUS, lançado no dia 27 de setembro pelo Ministério da Saúde, visa melhorar a gestão das políticas públicas e dar mais transparência às regras, facilitando também a compreensão do cidadão e dos órgãos de controle. Na análise de 17.000 portarias, menos de 5% traziam normas válidas para o funcionamento do SUS. Elas serão compiladas em seis portarias divididas por eixos temáticos. “Essa consolidação permite mais transparência, mais acesso do cidadão e da nossa equipe técnica às regras do SUS, facilitando, portanto, a aplicação das normas, sempre com a colaboração dos estados e municípios, para que todos possam ter clareza das regras”, destacou o ministro Ricardo Barros, durante o Seminário da Consolidação das Normas do SUS, realizado em Brasília. Assim, a pasta é a primeira a cumprir a Lei Complementar nº 95, que prevê a consolidação das leis no país.
O diagnóstico apresentado pelos pesquisadores aponta ainda que a quantidade de portarias e a falta de uma estrutura normativa adequada burocratiza a execução das políticas de saúde, além de dificultar a compreensão para a implementação das ações e a correta interpretação por parte dos órgãos de controle e judiciário. Além disso, muitas das portarias existentes são contraditórias, outras já foram revogadas e havia uma mistura de normativas e não-normativas. Das 17.000 portarias analisadas, apenas 700 trazem normativas válidas para o funcionamento do SUS. Todas elas serão revogadas e substituídas por outros seis atos normativos, divididos em seis temas, conforme sua função e utilização: organização e funcionamento do SUS – regras gerais da organização do sistema; políticas – conteúdos sobre as 48 políticas públicas de saúde; redes – sobre as 10 organizações temáticas da Rede de Atenção à Saúde; sistemas – sobre os 10 sistemas do SUS; ações e serviços de saúde; e financiamento. A primeira etapa, em que foram analisadas 17.000 portarias, focou nas normas publicadas pelo gabinete do ministro. Nas próximas etapas serão consolidadas as cerca de 40.000 portarias das secretarias do Ministério da Saúde e as resoluções da CIT – Comissão Intergestores Tripartite. A terceira e última etapa prevê a consolidação normativa. Todas as portarias serão revogadas, no entanto, o conteúdo normativo ficará intacto. Ao final do projeto, previsto para 2020, o Ministério da Saúde vai publicar o Regulamento do Sistema Único de Saúde, o Código do SUS. Além de dar publicidade, o projeto visa orientar a organização do SUS de modo sistematizado e que contribua para a garantia do direito fundamental à saúde.
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O projeto, realizado em parceria com o Conass – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e o Conasems – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, está sendo executado pelo Programa de Direito Sanitário da Fiocruz e pela Faculdade de Direito da UnB – Universidade de Brasília. “É uma ferramenta para os gestores, que executam a política pública, mas também para o cidadão. Atualmente, ele não consegue transitar nesse universo de normas do SUS e, agora, poderá, por exemplo, buscar informações sobre a política nacional de assistência farmacêutica, entre tantos outros
temas de seu interesse”, destacou Maria Célia Delduque, coordenadora do Programa de Direito Sanitário da Fiocruz.
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Logística aplicada à Saúde
A Unisa – Universidade Santo Amaro, de São Paulo (SP), passa a oferecer o MBA em Logística Aplicada à Saúde. Com duração de 13 meses, o curso tem como objetivo formar profissionais capacitados a planejar, executar e controlar todas as atividades de logística, abastecimento e distribuição relacionadas com a prestação de serviços de saúde no âmbito das organizações públicas e privadas nacionais. O MBA destina-se a profissionais graduados atuantes na área de gestão da saúde ou que desejem atuar na área de logística farmacêutica, hospitalar e de atividades relacionadas com serviços de saúde públicos e privados. Em breve as matrículas estarão abertas no site: goo.gl/mwvaAo
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Hospital do Futuro
O INC - Instituto de Neurologia de Curitiba (PR) inaugurou no Shopping Pátio Batel um ambulatório conceito pensado para oferecer atendimento médico de forma interativa. Com arquitetura moderna, o Hospital do Futuro conta com especialistas em neurocirurgia, neurologia, cardiologia, cirurgia cardíaca, otorrinolaringologia, anestesiologia, oncologia, neuropediatria, geriatria, dermatologia, urologia, endocrinologia, ortopedia, cirurgia bucomaxilo, DTM e dor orofacial, bem como exames laboratoriais. Além disso, tem uma área de 35 m² voltada para a interação do paciente com tecnologias, como um tour virtual 360o com óculos de realidade virtual.
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Ambulâncias para transporte sanitário
O Ministério da Saúde liberou R$ 520 milhões para aquisição de 6,5 mil ambulâncias brancas. Os veículos são utilizados no transporte de pacientes que necessitam de locomoção para os serviços de saúde, além de garantir o transporte entre municípios e serviços de referência em outras cidades. A ação facilita o acesso a consultas, exames e internação para cirurgias eletivas, beneficiando diretamente milhões de pessoas em todo o Brasil. “Os 5.570 municípios estão aptos a receber as novas ambulâncias, desde que tenham indicação parlamentar. Vamos priorizar, nesse momento, os municípios menores, porque são as regiões que mais precisam de atenção e investimento”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ainda dentro do critério de distribuição, os municípios que tiverem até 20 mil habitantes terão direito a uma ambulância; os de 21 mil a 50 mil, duas; os de 51 mil a 100 mil, três; e os com mais de 100 mil, quatro unidades.
Sistema de videomonitoramento
O Hospital da Mulher – Alfredo Paulson, que presta atendimento especializado em ginecologia e obstetrícia na região de Guayaquil, no Equador, tem obtido respostas rápidas a emergências através de seu sistema de videovigilância. Quando as câmeras mostram que alguma paciente apresentou uma reação imprevista e não consegue se comunicar com a equipe assistencial, a sala de controle aciona imediatamente os responsáveis. No total, 235 câmeras operam nos 36.000 m² do edifício, em cinco andares e na parte exterior. O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, em Belo Horizonte (MG), também buscou tecnologias para dar segurança aos pacientes e funcionários, além de alcançar ganhos operacionais e agilidade de atendimento. Com área construída de 46.000 m², 13 andares e 451 leitos e capacidade para 2.200 internações por mês, emprega mais 1.500 profissionais, fora os colaboradores de apoio e logística, o que resulta em uma grande circulação de pessoas 24 horas por dia. Seu sistema de videomonitoramento conta com câmeras para acompanhar diversos aspectos da operação do hospital, como serviço de manutenção, limpeza, controle de acesso, estacionamento, entre outros, atuando na prevenção, atuação imediata e registro de ocorrências diversas.
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O Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo (SP), acaba de inaugurar seu Centro de Robótica, que conta com um robô da Vinci, resultado de um investimento de R$ 8 milhões. Inicialmente, a tecnologia será utilizada em cirurgias de média e alta complexidades dos núcleos de urologia, gastroenterologia e ginecologia. Outras especialidades, como cabeça e pescoço e cirurgia torácica, passam a utilizar a robótica no próximo ano. Aliado à experiência do cirurgião, o robô auxilia na realização de intervenções ainda menos invasivas, com braços de alta precisão e uma câmera que possibilita visão 3D, além de permitir manobras em 360o, que não poderiam ser realizadas por mãos humanas. O médico permanece no comando durante toda a cirurgia, operando o equipamento por meio de um joystick. A técnica reduz o trauma e a dor local e a perda de sangue, o que acelera a recuperação.
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Centro de Robótica
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Robô auxilia no diagnóstico de sepse
O Hospital Márcio Cunha, de Ipatinga (MG), é o segundo do país a implantar o Robô Laura, ferramenta que auxilia a equipe multidisciplinar no diagnóstico de sepse. Trata-se do primeiro robô cognitivo no gerenciamento de risco assistencial e que faz parte da meta “Salvar Vidas” da equipe Laura Networks. Por meio da leitura de exames e dados vitais em tempo real e de forma sistêmica, Laura avalia o estado de saúde do paciente, identificando os primeiros sintomas. Em caso positivo, ele emite alarmes de forma rápida, precisa e segura. O objetivo é reduzir a morbidade e mortalidade pela síndrome em pacientes hospitalizados. “O Robô Laura é uma tecnologia muito bem-vinda, porque facilita o trabalho de médicos e possibilita tratar mais pacientes”, conta a coordenadora de Segurança Assistencial, Ensino e Pesquisa, Vivian Ribeiro Miranda. O projeto “Sonho de Laura” foi criado por Jacson Fressato em homenagem à sua filha, que morreu aos 18 dias de vida vítima de infecção.
Feira nos EUA gera US$ 10 milhões em negócios
Superando os US$ 8 milhões originados na FIME (Florida International Medical Equipment Trade) em 2016, na edição deste ano empresas brasileiras contabilizaram US$ 10 milhões em negócios gerados a partir de contatos comerciais realizados durante o evento, que aconteceu pela primeira vez em Orlando, na Flórida, entre os dias 8 e 10 de agosto. Trinta e quatro empresas nacionais comemoraram 15 anos de participação na feira, conhecida por ser a mais importante voltada ao setor médico-hospitalar dos Estados Unidos. A FIME é especializada em dispositivos para a área médica, abrangendo produtos biomédicos, tecnologia de comunicações, dispositivos de diagnóstico, produtos médicos descartáveis, dispositivos eletromédicos, de emergência, hospitalares e de laboratório, além de produtos para cuidados em longo prazo, medicamentos, cuidados de enfermagem, de ortopedia, produtos farmacêuticos, produtos de reabilitação, cirurgia e aparelhos de tratamento, com foco na América Latina.
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Nova marca
Como parte de seu planejamento estratégico e com o objetivo de intensificar a eficiência e a qualidade do atendimento ao público, o Hospital Dom Antonio de Alvarenga, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP), atualiza sua marca e passa a chamar-se Hospital Dom Alvarenga. A modernização foi um processo importante para a instituição e a mudança é um aprimoramento para que a marca seja mais sonora e rápida, facilitando a comunicação.
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Maior hospital do Espírito Santo
Um projeto que priorizasse a humanização no atendimento ao paciente foi desde o começo o objetivo do Vila Velha Hospital, que com 10 anos de atividades realiza sua primeira grande ampliação. “Priorizamos fundamentos da arquitetura hospitalar que auxiliam tanto na recuperação do paciente como na otimização de recursos do empreendimento, o que gera mais agilidade e economia no atendimento”, explica Paula Fiorentini, arquiteta responsável pelo projeto. “Seis fundamentos norteiam o trabalho nesta obra, que são o projeto expansivo, sempre pensado em ampliações futuras; flexibilidade física e funcional, sendo altamente adaptável para usos futuros; racionalização dos recursos físicos e humanos – que se dá por meio do estudo da dinâmica diária de atendimento; controle biológico, importante para contenção de doenças, segurança patrimonial e humanização”, completa. Entre os principais destaques do projeto estão a instalação de um moderno sistema de exaustão industrial que evita cheiros de alimentos em espaços de tratamento e a preocupação com o uso de cores que acalmem pacientes e acompanhantes, sem deixar de lado a alegria que alguns tons podem oferecer ao ambiente.
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Cuidados paliativos
O Centro Avançado de Terapia de Suporte e Medicina Integrativa (CATSMI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo (SP), tornou-se a primeira instituição privada brasileira reconhecida pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) como um Centro Designado de Oncologia Integrada e Cuidados Paliativos. “A acreditação permite o intercâmbio científico e assistencial com renomadas instituições internacionais com vasta experiência em cuidados paliativos. Fazer parte deste time de hospitais de excelência é mais uma ferramenta para mantermos o cuidado focado em todas as fases do tratamento do paciente”, afirma Ricardo Caponero, médico oncologista responsável pelo CATSMI.
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Novas orientações para coleta de sangue
As sociedades brasileiras de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Análises Clínicas, Diabetes, Cardiologia/Departamento Aterosclerose, Endocrinologia e Metabologia divulgam uma alteração na Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. Agora, para exames de sangue com análise de colesterol total, LDL-C, HDL- C, não-HDL-C e triglicérides, não é mais necessário o jejum de 12 horas. De acordo com a norma, as organizações optaram por flexibilizar a necessidade de jejum devido ao período em que o indivíduo fica alimentado predominar na maior parte do dia, deixando-o mais exposto aos triglicérides em comparação ao período sem a ingestão de alimentos. Apesar da exposição, não há nenhuma interferência na análise do perfil lipídico. Em casos específicos, a obrigatoriedade do jejum deverá ser avaliada pelo médico responsável.
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Hospital lança desafio para paciente
Cozinheira há 30 anos, a paciente Renanci do Rocio Segala, de 60 anos, que está em tratamento no setor de oncologia no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba (PR), recebeu um convite especial. “Em um dia que eu estava bem para baixo, pois já tinha feito nove cirurgias, o psicólogo me perguntou o que eu achava de fazer um bolo no hospital”, contou a paciente. As equipes de nutrição, enfermagem e psicologia se mobilizaram e iniciaram os preparativos. Antes de descobrir a doença, Renanci preparava em casa pratos da culinária árabe para serem servidos em um restaurante no Mercado Municipal. Ela luta contra a doença há três anos, mas há nove meses, ao receber uma notícia delicada sobre sua saúde, perdeu a vontade de fazer as coisas que mais gostava. Essa foi a primeira vez que o hospital levou uma paciente para a cozinha hospitalar. Assim que foi encaminhada ao local, ela ficou emocionada e foi surpreendida novamente com um presente do hospital. Um avental com seu nome e a frase “Melhor Cozinheira”. Uma chefe de cozinha ajudou Renanci nos preparativos, que ainda foi presenteada com um curso de culinária.
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Um líder defensor das entidades filantrópicas na saúde
Éder Mosna
Gente que faz
EDSON ROGATTI Por Carol Gonçalves
Sempre presente nos mais diversos eventos do setor, Dr. Edson Rogatti é lembrado por seu desempenho, entusiasmo e liderança em prol das instituições filantrópicas na área de saúde. Não à toa, ele é presidente da CMB – Confederação das Santas Casas e Entidades Filantrópicas, diretor-presidente da Fehosp – Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo e presidente da Santa Casa de Misericórdia de Palmital, SP. Pós-graduado em Administração Hospitalar, também foi secretário e vereador da Câmara Municipal de Palmital e chefe de gabinete da prefeitura do mesmo município. Nesta entrevista, ele conta como vem atuando no setor e revela seu verdadeiro desejo em contagiar colegas provedores e administradores em favor da causa.
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Quais as sementes que as instituições que você lidera estão plantando para reconhecimento do setor? O ano de 2016 foi marcado pela insegurança. As entidades filantrópicas nunca tiveram tantas dúvidas em relação à continuidade de seu trabalho. Além da crescente desvalorização da tabela SUS, as imunidades fiscais que recebemos foram ameaçadas de chegar ao fim, o que levaria o sistema a um colapso quase que imediato. Muitos brasileiros perderam seus empregos e, com eles, seus planos de saúde privados, o que aumentou o número de atendimentos, cirurgias e tratamentos pelo SUS. Diante de todo este cenário, nosso trabalho pela valorização da filantropia no país foi ainda mais reforçado e, depois de muito diálogo com os parlamentares, conseguimos, no final do ano passado, a liberação de R$ 513 milhões para filantrópicos e a ampliação do prazo de carência da linha de crédito Caixa Hospitais, de 84 para 120 meses. Quais os maiores desafios que essas entidades enfrentam atualmente? As Santas Casas no estado de São Paulo estão endividadas com os sistemas de custeio para suas despesas, em especial a quitação da folha de pagamento. A incidência de reajustes de salário tem, em sua grande maioria, nas negociações coletivas, o repasse do INPC do período. Os percentuais neste contexto são superiores aos repasses dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos. Ademais, a concorrência no mercado de trabalho requer a inclusão de benefícios aos colaboradores, no entanto, a realidade é manter os empregados, pois, em muitos casos, inexiste a possibilidade de quitação dos salários. A grande quantidade de entidades no estado não consegue cumprir as Convenções Coletivas de Trabalho, assim demonstra-se a realidade do segmento, com inúmeras instituições sem condições de cumprir obrigações trabalhistas e até mesmo a quitação do décimo terceiro salário, vide a situação nas cidades de Palmital e Assis face às paralizações de seus funcionários. Desta forma, o problema não é a gestão das entidades, mas o insuficiente repasse financeiro
dos atendimentos prestados. Na região sudeste, essas instituições realizam mais de 52% dos atendimentos em municípios com até 30.000 habitantes, sendo, muitas vezes, o único equipamento de saúde da cidade. Caso seja interditado ou fechado, a população será extremamente prejudicada. Quais as perspectivas para os próximos anos? A Fehosp representa, atualmente, mais de 300 instituições beneficentes e, a cada ano, reforça a sua posição de ser referência no setor nacional, com grande força política junto aos governos estadual e federal. Durante estes anos de existência, realizamos muitos movimentos e alcançamos diversas vitórias, o que nos deu credibilidade entre as entidades filantrópicas. Para 2017, a entidade está à frente, junto ao FONIF – Fórum Nacional da Instituições Filantrópicas, entidade da qual é membro, na luta pela continuidade das imunidades fiscais. Qual a importância dos hospitais sem fins lucrativos para a sociedade? Quando o SUS foi criado, o Brasil não dispunha de estrutura pública suficiente para oferecer a assistência universal que prometia, por isso, o governo federal fechou um acordo com as Santas Casas e os hospitais filantrópicos, em que elas deveriam atender toda a população e seriam remuneradas de acordo com os valores da “Tabela de Procedimentos do SUS”. Somos responsáveis por 56% de todo o atendimento SUS no país e, ainda, 63% das internações de alta complexidade, 59% dos transplantes e 69% das cirurgias oncológicas. Além disso, em muitos estados brasileiros, somos a única opção de atendimento gratuito à população. Fale sobre o Projeto de Lei no 7606/2017, sancionado no dia 5 de setembro, que cria o Programa de Financiamento específico para Santas Casas e hospitais filantrópicos que atuam no SUS. Este projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB), concede duas linhas de crédito para as Santas Casas e entidades filantrópicas que atendem pelo SUS: uma de reestruturação patrimonial e outra de capital de giro. Ele não resolve o problema do setor, mas traz um novo fôlego. Como seguir com otimismo perante a tantas dificuldades? O Brasil vive um momento de grandes conturbações. A crise econômica, financeira e política tem provocado insegurança em todos os setores e na sociedade em geral, o que não é diferente do que vem ocorrendo no âmbito da saúde pública. Estamos vivenciando uma situação inédita em que os hospitais sem fins lucrativos
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Quais são os valores que permeiam sua atuação? Cabe ao administrador e ao presidente da CMB/Fehosp, em tempos normais ou de crise, a responsabilidade de assegurar a sobrevivência das instituições. Precisamos garantir solidez, nos adaptar ao cenário atual e aproveitar as oportunidades que surgiram, mesmo nesta época turbulenta, afinal, é para isso que fomos escolhidos e essa é a essência da administração. A minha atuação é administrar com eficácia e eficiência a CMB e a Fehosp.
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Como é sua rotina diária? Sou uma pessoa que levanta muito cedo para assistir aos noticiários e ler o jornal. Chego bem cedo na CMB/Fehosp, sou organizado com minha agenda e procuro atender todos os associados, bem como participar de seminários e congressos e visitar os hospitais filiados. A minha maior preocupação é com nossas Santas Casas e hospitais filantrópicos, por isso procuro sempre entender suas angústias e auxiliá-los na condução de seus pleitos junto aos mais variados atores do sistema. Procuro estar atento aos acontecimentos nefastos no âmbito da saúde pública e suplementar. Conte uma passagem marcante de sua trajetória. Foi quando era presidente da Santa Casa de Misericórdia de Palmital, município de 22.000 habitantes, associada à Fehosp, e fui procurado pelos seus diretores para ser presidente de uma entidade com mais de 300 associados e, logo em seguida, acabei sendo escolhido para liderar a CMB. Foi um grande voto de confiança no meu trabalho. Sou grato pela oportunidade. Como sua vida profissional e pessoal se mesclam? Gosto muito do que faço. De segunda a sexta-feira dedico todo o meu tempo ao trabalho das nossas entidades, defendendo ou viajando para visitar as Santas Casas, participando de cursos, seminários, congressos, aprendendo, conhecendo os desafios da nossa gestão complexa, fazendo relacionamentos, buscando ampliar e estreitar ainda mais as parcerias com os gestores públicos, sempre com o intuito de viabilizar as questões de interesse do setor.
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O que gosta de fazer em seus momentos de lazer? Gosto muito de ficar em casa com a família, conversar e ler. Aproveito os feriados e fins de semana para pescar e, sempre que posso, vou a Mato Grosso do Sul, pescar com meus amigos e familiares. Quais seus planos para o futuro? Continuar trabalhando até quando Deus me permitir, pescando e ajudando o próximo, como tenho feito. É muito importante inovar para sobreviver e por isso vou seguir em frente. Quero contagiar meus colegas provedores e administradores, quero promover oportunidades para que todos os hospitais tenham acesso a projetos e a novos caminhos. Quero fazer parte do grupo que vai estruturar a saúde brasileira e ofertar mais para a população.
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vêm sistematicamente sendo subfinanciandos pelo SUS. Acho que neste momento estamos conseguindo um novo relacionamento entre a CMB e o Ministério da Saúde, muitas concessões terão de ocorrer e sinto que ambos estão dispostos a negociar. Estamos muito otimistas e entusiasmados com o planejamento para o próximo ano, mesmo sabendo das dificuldades do governo para aumentar o financiamento na saúde.
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Opinião
O impasse da tributação na saúde A reforma tributária é um dos temas mais debatidos no cenário político e econômico brasileiro. Apesar de haver consenso sobre a sua importância, não há concordância sobre como fazê-la, em especial porque cada mudança pode implicar aumentar ainda mais a já elevada carga tributária do país. Aliás, sem priorizar a solução dos problemas de gastos, hoje concentrados nos custos do sistema previdenciário e no gigantismo do Estado, a tendência de qualquer mudança tributária buscar mais arrecadação sobre a sociedade é ainda mais verdadeira. Apesar de desejadas, as mudanças podem trazer ainda outros problemas, em especial se afetar os preços relativos na economia. Isso ocorre na medida em que propostas de simplificação, ao desconsiderar as especificidades de cada setor, geram aumento de impostos para alguns e (prometem…) redução para outros, alterando preços e distorcendo decisões econômicas sobre a alocação de recursos. Nesse sentido, está em pauta a ideia de iniciar as mudanças pela reforma da cobrança do PIS – Programa de Integração Social e da Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Atualmente, a regra de cobrança prevê dois regimes gerais: o cumulativo (3,65% da receita operacional bruta) e o não cumulativo (9,25% da receita, deduzidas despesas), além de outras regras de exceção para setores específicos, inclusive para a Saúde. A intenção, segundo informações publicadas na imprensa, é “simplificar”, eliminando as diversas possibilidades de cobrança e priorizando o regime não cumulativo. Tanto o PIS quanto a Cofins oneram todo o setor de prestação de serviços de saúde no Brasil, incluído nesse segmento: os planos de saúde, os hospitais, os laboratórios, as clínicas e todas as demais atividades envolvidas nessa cadeia. A arrecadação proveniente de empresas que prestam serviços de atenção à saúde alcançou R$ 2,6 bilhões em 2015, registrando crescimento de 17,8% nos últimos 3 anos – o que é um contrassenso, uma vez que o período foi marcado pelo início da crise econômica que resultou no recuo de 3,8% do PIB em 2015.
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O tributo também onera todas as demais atividades que prestam serviços às empresas de saúde, como, por exemplo: segurança, limpeza, lavanderia, transportes, entre outros. Assim sendo, a amplitude do PIS e da Cofins em todas as atividades é indicativo do aumento de carga que deverá advir das mudanças em discussão sobre o modelo das contribuições. Sobrecarregar ainda mais a saúde privada, um setor que, na prática, desonera o Estado, não é uma medida racional. As consequências de mais aumento de impostos no setor são lógicas: aumento de custos ao consumidor
e da capacidade de investimentos do sistema privado; redução de usuários privados; menos empregos para os trabalhadores da Saúde; migração para o setor público; maior pressão e aumento de custos sobre o sistema público; e piora geral no atendimento de Saúde no Brasil. Além do mais, é sabido que a estrutura tributária brasileira é demasiadamente complexa. Para administrá-la, as empresas ampliam as áreas fiscais, aumentando também o custo da operação. Segundo o relatório Compliance Tributário no Brasil, publicado por uma consultoria internacional, o custo médio da área fiscal interna de uma empresa chega a consumir 1,7% do faturamento para empresas de pequeno porte, que têm receita anual de até R$ 27,9 milhões, e 0,1% para companhias de grande porte (faturamento superior a R$ 1,6 bilhão). Ao inserir os débitos e créditos do regime não cumulativo, em vez de simplificar, teremos um aumento da complexidade para centenas de milhares de empresas. O setor de saúde traz esses alertas visando contribuir para qualificar o debate sobre o tema, de forma aos poderes Executivo e Legislativo, ouvindo a sociedade, endereçarem as soluções mais adequadas para racionalização do sistema tributário, que certamente não passam por aumento de impostos sobre os setores que mais empregam. Alex Galoro
Presidente da SBPC/ML – Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Diagnóstica
Claudia Cohn
Presidente da Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica
Francisco Balestrin
Presidente do Conselho da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados
Reinaldo Scheibe
Presidente da Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde
Yussif Ali Mere Junior
Presidente da Fehoesp – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo
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