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HOSPITALAR 2018 Onde o passado, o presente e o futuro do setor se encontram
Nascimento de bebê real reacende discussão sobre saúde no Brasil Como criar uma experiência única e de valor para fidelizar clientes Gente que faz Tércia Sharpe transforma os cuidados no fim da vida em uma missão pessoal
PIONEIRISMO EM TECNOLOGIA PARA VIDEOCIRURGIAS
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25 anos de Hospitalar e 15 de RHB Bem-vindos a mais uma edição da RHB! Estes últimos meses são os mais trabalhosos do ano para a editora, pois antecedem a feira Hospitalar e nós, como parceiros do evento, nos envolvemos em diversas ações para aproveitar esse momento tão especial para o mercado da saúde. Uma dessas ações é a confecção do Jornal Hospitalar Today, produzido in loco durante todos os dias da feira e que completa, nesta edição, 12 anos de existência. A RHB que circula no evento também é especial, destacando as principais soluções das empresas expositoras. Neste ano, a novidade é a revista especial de 25 anos da Hospitalar, desenvolvida pela Publimed em parceria com a UBM Brazil. Esta publicação de luxo traz ano a ano os acontecimentos mais relevantes deste que é o evento multissetorial líder nas Américas, além de depoimentos das personalidades mais significativas do segmento. Os vencedores do Prêmio Hospitalar e do Prêmio Walter Schmidt – concedido pela Fanem – também ganham destaque. Claro que não poderia faltar uma entrevista com a fundadora da feira, Dra. Waleska Santos, e com o presidente da UBM Brazil, Jean-François Quentin.
Quero ressaltar que essa revista foi produzida pela nossa equipe com o mesmo carinho e dedicação com que a Dra. Waleska conta a sua história. Aliás, seu envolvimento com o trabalho foi tão intenso e generoso, que nem temos palavras para agradecer. O resultado é uma publicação que pode ser considerada um documento histórico da Hospitalar e, porque não, do próprio setor da saúde. O ano de 2018 também é de comemoração para a Publimed Editora, pois marca os 15 anos de circulação da RHB, lançada durante a Hospitalar 2003. No entanto, vale lembrar que, desde a primeira edição, nossos diretores participam do evento. De lá para cá, a revista só evoluiu, ganhando cada vez mais representatividade no mercado, conquistando leitores e anunciantes. E falando em RHB, esta edição tem como matéria principal o marketing de experiência, cujo objetivo é sensibilizar as emoções e sensações dos usuários de produtos e serviços. Especialistas no assunto falam sobre as ações que podem transformar os pacientes comuns em clientes defensores e divulgadores da marca. Também aproveitamos o nascimento do bebê real para analisar o sistema de saúde brasileiro em comparação ao inglês e a epidemia de cesárea no Brasil. O assunto ganhou polêmica por aqui porque a duquesa Kate Middleton deixou o hospital apenas cinco horas depois de dar à luz. Esta edição traz, ainda, muitas outras matérias interessantes. Boa leitura!
PARABÉNS!
Esta é a capa da primeira edição da Revista Hospitais Brasil, lançada em 2003 durante a Hospitalar. Neste ano, a publicação completa 15 anos de sucesso, sempre levando conteúdo significativo para todo o mercado da saúde.
EXPEDIENTE Diretor Geral Adilson Luiz Furlan de Mendonça adilson@publimededitora.com.br
Gerentes de Negócios Carlos Avila carlos@publimededitora.com.br
Diretora Administrativa Vanessa Borjuca Santos vanessa@publimededitora.com.br
Cláudia de Brano claudia@publimededitora.com.br
Editora e Jornalista Carol Gonçalves - MTb 59413 DRT/SP carol@publimededitora.com.br Redatora de Conteúdo Web Luiza Mendonça - MTb 73256 DRT/SP luiza@publimededitora.com.br
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Gerente de Relacionamento Andréa Neves de Mendonça andrea@publimededitora.com.br
A Revista Hospitais Brasil é distribuída gratuitamente em hospitais, maternidades, clínicas, santas casas, secretarias de saúde, universidades e demais estabelecimentos de saúde em todo o país.
Diagramação Cotta Produções Gráficas atendimento@cotta.art.br
A Revista Hospitais Brasil não se responsabiliza por conceitos emitidos através de entrevistas e artigos assinados, uma vez que estes expressam a opinião de seus autores e também pelas informações e qualidade dos produtos, equipamentos e serviços constantes nos anúncios, bem como sua regulamentação junto aos órgãos competentes, sendo estes de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes.
Ano XV - Nº 91 - MAI | JUN 2018 Circulação: Junho 2018
Não é permitida a reprodução total ou parcial de artigos e/ou matérias sem a permissão prévia por escrito da editora.
Ronaldo de Almeida Santos ronaldo@publimededitora.com.br Design Gráfico e Criação Publicitária Lilian Carmona lia@liacarmona.com.br
A Revista Hospitais Brasil é uma publicação da PUBLIMED EDITORA LTDA., tendo o seu registro arquivado no INPI-Instituto Nacional de Propaganda Industrial e Intelectual. Rua Marechal Hermes da Fonseca, 482 – sala 4 02020-000 – São Paulo/SP Tel.: (11) 3966-2000 www.publimededitora.com.br www.portalhospitaisbrasil.com.br
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Sumário
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GESTÃO Marketing de experiência: estratégia para construir percepção de valor e fidelizar clientes
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TECNOLOGIA Videogame auxilia na recuperação motora de pacientes do HGG
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EXPANSÃO IBCC vai dobrar número de leitos na Unidade de Transplante de Medula Óssea
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SEGURANÇA DO PACIENTE Austa investe em cultura organizacional e conquista acreditação ONA
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MATERNIDADE Nascimento de bebê real reacende discussão sobre saúde no Brasil
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RECONHECIMENTO Hi Technologies e DSP Biomedical vencem o Prêmio Inova Saúde
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INFRAESTRUTURA Tintas antimicrobianas oferecem segurança a ambientes de saúde
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ADMINISTRAÇÃO Sadalla implanta metodologia lean com ajuda do Hospital Einstein
Jubileu de prata. Dra. Waleska Santos, fundadora e presidente da Hospitalar, ao lado do Dr. Adib Jatene, na época, Ministro da Saúde, na terceira edição da feira, em 1996
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COMEMORAÇÃO Hospitalar: 25 anos de bons negócios e relacionamentos na saúde
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NOVIDADES DA HOSPITALAR Os destaques em equipamentos e serviços apresentados pelos expositores do evento
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PRODUTOS E SERVIÇOS Vitrine com as mais diversas soluções voltadas para o segmento médico-hospitalar
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GINECOLOGIA Kolplast desenvolve primeiro processador de lâminas para citologia líquida do Brasil
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GENTE QUE FAZ Tércia Soares Sharpe fala sobre seu trabalho voltado aos cuidados no fim da vida
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OPINIÃO Cadri Massuda, da Abramge, diz que o desperdício pode acabar com planos de saúde em 20 anos
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FORNECEDORES EM DESTAQUE
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Pioneirismo em tecnologia para videocirurgias
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Marketing de experiência: estratégia para construir percepção de valor e fidelizar clientes
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Por Carol Gonçalves Recentemente, passei por uma experiência inédita para mim: após internação simples em um hospital de São Paulo e o preenchimento de um e-mail de avaliação do atendimento, recebi um telefonema muito educado da instituição, perguntando detalhes da minha estada e tirando dúvidas de alguns assuntos que comentei no e-mail. A moça disse que minhas observações eram importantes para o aprimoramento do hospital e que alguns pontos já estavam sendo melhorados, como a identificação visual dentro do hospital. Por fim, ela perguntou se eu estava me recuperando bem, demonstrando uma atenção que me surpreendeu.
produto ou serviço. “Elas precisam identificar novas maneiras de atender o seu cliente com mais qualidade com base no entendimento profundo das suas necessidades”, conta.
Este é um bom exemplo de marketing de experiência na área de saúde, cujo objetivo, de acordo com o site experiencialize. com.br, é sensibilizar as emoções e sensações dos clientes. Para Manoel Carlos Junior, pioneiro no marketing de experiência no Brasil e CEO do Grupo Experiencialize, poucos ambientes são tão suscetíveis à experiencialização quanto o hospitalar. Afinal, trata-se de um lugar onde, normalmente, as pessoas estão mais sensíveis do ponto de vista emocional.
Dessa forma, o melhor investimento que se possa fazer é desenhar serviços para garantir uma experiência excepcional para o paciente, de maneira que ele compartilhe sua satisfação com a rede de contatos. Assim, se constrói uma instituição sólida, com credibilidade e alto valor agregado.
Caroline Klüppel Strobel, fundadora da Fika, empresa especializada em marketing e estratégia de experiência, diz que, independente da área de atuação, as empresas que desejam se destacar não podem mais focar apenas na venda do seu
Na área da saúde, essa realidade é ainda mais urgente, segundo Caroline, já que o paciente não arrisca: ele procura profissionais e instituições de qualidade e confiáveis. “Assim, a recomendação de familiares e amigos tem maior peso no processo de decisão do cliente do que qualquer outra comunicação que o hospital ou a clínica possa fazer para tentar atraí-lo. As recomendações negativas geram um grande prejuízo”, observa.
Por sua vez, Andressa Seixas Gulin, médica e fundadora da LifeDoc – Medicina Personalizada, que trabalha em parceria com Caroline, diz que é importante lembrar que a experiência do paciente não é uma ação pontual, mas, sim, uma estratégia que o coloca no centro de todas as decisões e abrange todo e qualquer contato entre paciente e hospital/clínica.
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A recomendação de familiares e amigos tem maior peso no processo de decisão do cliente do que qualquer outra comunicação que a instituição possa fazer para atraí-lo”
Caroline Klüppel Strobel, da Fika
ESTIMULANDO OS CINCO SENTIDOS Como explica Carlos Junior em artigo publicado em seu site, para que a experiência do cliente seja um sucesso, é fundamental alinhar os cinco sentidos: Visual: a fachada do prédio do hospital, a recepção, o pronto atendimento, os corredores de acesso, as áreas de internação, os apartamentos e demais dependências devem estar absolutamente alinhadas com os valores que o hospital deseja transmitir. Audição: deve-se ter cuidado extremo com a trilha sonora do ambiente. É aconselhável evitar deixar na programação de uma rádio, buscando uma trilha instrumental que transmita tranquilidade e harmonia. Olfato: o aroma dos ambientes pode contribuir para transmitir sensações como calma, tranquilidade e segurança. Paladar: este sentido pode ser estimulado através de um funcionário da área de nutrição do hospital, caracterizado como metre, visitando os pacientes em unidades abertas. Ele pode sugerir um cardápio de opções para o almoço ou jantar, respeitando, logicamente, a prescrição nutricional de cada um. Águas aromatizadas e uma bela seleção de café expresso também podem ser oferecidos aos visitantes ou acompanhantes dos pacientes. Tato: Finalmente, o tato no ambiente hospitalar, até por uma questão de higiene e segurança, deve ser evitado ao máximo. Desta forma, quanto menos se tocar em portas, utilizando sensores de presença, melhor.
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS O marketing de experiência é uma tendência desenvolvida na Europa, Estados Unidos e Austrália. O termo começou a ganhar força entre grandes empresas norte-americanas no início dos anos 2000 e conquistou o mundo a partir de 2010/2011. As instituições brasileiras podem aprender muito com a experiência de outros países que já aplicam o marketing de experiência nas instituições de saúde, sobretudo se fizerem visitas de intercâmbio a instituições americanas e asiáticas, acredita Carlos Junior, que também é palestrante e consultor. “Recentemente, fiz uma visita técnica a um dos mais modernos hospitais do mundo, o Cleveland Clinic, de Abu Dahbi, Emirados Árabes, e pude constatar in loco que a jornada de atendimento em todos os pontos de contato é voltada para oferecer a melhor experiência para o paciente, o que chamamos de ‘customer centric process’”, explica. Dra. Andressa, da LifeDoc, também cita a Cleveland Clinic como uma das pioneiras em entender como a experiência do paciente é importante para a fidelização e o engajamento do paciente em seu tratamento. “A instituição lançou uma ação de marketing composta por uma série de vídeos sobre empatia no cuidado à saúde que é referência de excelência”, conta. Outros exemplos citados pela médica são os hospitais Nemours Children’s, na Flórida, e Stanford Neuroscience Health Center, na Califórnia, ambos nos Estados Unidos, projetados para oferecer a melhor experiência ao paciente. “Independentemente de novas ou antigas, com foco em processos ou no ambiente, as instituições no exterior já colocam a experiência do paciente no centro da sua estratégia para tornar o serviço mais eficiente, transparente, ágil e positivo para o usuário”, complementa Caroline, da Fika. AÇÕES Antes de definir quais ações são necessárias para colocar em prática as estratégias do marketing de experiência, é preciso conhecer a jornada do usuário e mapear todos os pontos em que ele está em contato com o hospital ou clínica, ensina Caroline, da Fika, desde a procura pelo serviço na internet até o momento em que chega em casa após a alta.
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“Assim, é possível identificar em qual momento o paciente encontra dificuldades, perde tempo, quando precisa de mais atenção ou informação e quais fatores ele mais valoriza durante essa jornada, por exemplo. Esses insights e a solução de problemas ao longo de todo o percurso tornam as instituições mais competitivas em relação a tantos outros serviços de saúde no Brasil”, expõe a profissional. Alguns exemplos de ações, segundo Caroline, podem envolver diminuição de pontos de atrito, como filas e dificuldade de
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A experiência do paciente não é uma ação pontual, mas, sim, uma estratégia que o coloca no centro de todas as decisões e abrange o contato entre paciente e instituição”
Andressa Seixas Gulin, da LifeDoc
agendamento, acompanhamento depois da consulta para garantir a fidelização, ou até mesmo criar ambientes mais apropriados para o serviço prestado: que transmitam uma sensação de tranquilidade para os pacientes e credibilidade para a instituição, além de facilitar processos. Em seu artigo no experiencialize.com.br, Carlos Junior diz que é preciso ter atenção aos detalhes em todos os pontos de contato entre o hospital e seus clientes, tais como: a forma do atendimento telefônico, o modo como o manobrista aborda o cliente, o sorriso e o olho no olho na recepção aos pacientes, a limpeza do piso, os arranjos de flores naturais, a manutenção dos elevadores e da sinalização, entre outros. Por exemplo: que tal um funcionário do hospital visitar os pacientes e oferecer a eles uma infinidade de opções de leitura, através de uma parceria com a banca da esquina? Pode-se despertar a memória afetiva dos pacientes e seus parentes, colocando, ainda, o nome das pessoas que já nasceram no hospital em um painel de LED na recepção. O consultor acrescenta outras ações, começando com o recrutamento e a seleção dos profissionais que irão trabalhar na instituição, avaliando, em primeiro lugar, questões como a causa emocional do candidato – o que move o indivíduo –, antes de fazer uma avaliação dos skills para preenchimento da vaga. Inclui, também, atenção aos detalhes, com treinamentos sofisticados e check lists bem esmiuçados de cada uma das áreas da operação. “Outra ação envolve uma hotelaria impecável, com ativação dos cinco sentidos e a preocupação de criar uma ambiência que minimize o aspecto hospitalar”, acrescenta.
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BENEFÍCIOS Investindo nessas ações com foco na experiência do cliente, os profissionais e as instituições de saúde ganham eficiência, otimização de recursos e fidelização dos clientes. “Para exemplificar, perde-se menos tempo com atendimento a reclamações, processos pouco produtivos que consomem tempo da equipe e esforços para atrair novos pacientes”, expõe Caroline, da Fika.
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Além disso, acrescenta a Dra. Andressa, da LifeDoc, quando o paciente identifica pontos de confiança no serviço e na equipe através de sua boa experiência, a aderência ao tratamento aumenta. “Um estudo feito pela Georgia Health Sciences Medical Center, nos Estados Unidos, mostrou que, ao envolver o paciente na experiência do cuidado, erros de medicação diminuíram em 60%, quedas em 40% e tempo de permanência nos leitos em 50%”, salienta. A lista de Carlos Junior, do Grupo Experiencialize, resume os benefícios da estratégia: 1. Aumento do senso de pertencimento da equipe e consequente maior engajamento do time de colaboradores. 2. Maior eficiência nos processos, gerando maior segurança e resolutividade. 3. Aumento na percepção de valor por parte do cliente e do mercado, permitindo uma maior margem de lucro e, consequentemente, aumento na rentabilidade da instituição. EFEITO “UAU!” Provocar o chamado efeito “Uau!” é surpreender positivamente, entregando algo a mais que o cliente não esteja esperando. Foi o que fez o Laboratório Hermes Pardini, que criou uma ação incrível para vacinação de crianças, um procedimento muitas vezes traumático e doloroso, tanto para os pais quanto para as crianças. Dra. Andressa, da LifeDoc, conta que, ao entrar na sala, a criança coloca os óculos de realidade virtual e participa de um jogo. “A picada da vacina é exatamente no momento que ela recebe um prêmio do herói. Assim, além de o paciente sair encantado com a experiência, ganha-se mais agilidade e eficiência no atendimento”, expõe. Para causar um impacto positivo, algumas instituições oferecem serviços de chofer e motorista; menus especiais dentro das preferências dos pacientes – que, obviamente, respeitem sua dieta; e enviam aos pacientes flores e bombons em casa, no dia seguinte à alta médica, com
Manoel Carlos Junior, do Grupo Experiencialize
Criar uma experiência única e de valor pode ser bem mais simples do que se pode imaginar, transformando os pacientes em clientes defensores e divulgadores da marca”
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Oferecer um ambiente que contribua para a sensação de bem-estar, garantindo conforto e conhecimento da especialidade é o que chamo de fatores inesquecíveis”
Dr. Adiel Fares, da Clínicas Fares
cartões carinhosos assinados pela equipe que o atendeu, desejando uma ótima recuperação, como lembra Carlos Junior, do Grupo Experiencialize. Segundo o consultor, criar uma experiência hospitalar única e de valor pode ser bem mais simples do que se pode imaginar, transformando os pacientes comuns em clientes defensores e divulgadores da marca. PRIMEIROS PASSOS Caroline, da Fika, acredita que o primeiro passo para a mudança é buscar informação e observar como outros segmentos estão se adaptando às novas exigências e comportamento do consumidor. Por esse motivo, ela e a Dra. Andressa criaram um curso com o objetivo de trazer importantes discussões e conceitos de forma descomplicada – muitas vezes conceitos de marketing – para tornar esse processo de mudança mais fácil. Quanto a valores de investimento nesta nova visão, dependerá do porte da instituição – se é uma pequena clínica ou um grande hospital –, a profundidade da pesquisa e diagnóstico, e os objetivos da organização. “Em alguns casos, é necessária apenas uma correção de rota. Já em outros, é preciso fasear o projeto para implementar diversas melhorias. Costumo tratar cada caso individualmente”, expõe Caroline. Para Carlos Junior, do Grupo Experiencialize, os hospitais precisam entender que a experiência do seu cliente, a partir do agendamento, passando pela recepção, centro cirúrgico, hotelaria, administrativo, enfim, todas as áreas, é o investimento
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A Clínica Fares investiu em painéis 3D nos consultórios, para proporcionar um momento único ao paciente durante o atendimento
com retorno mais imediato. “Cuidar muito bem dos clientes que já estão conosco e mantê-los custa muito menos do que conquistar novos. Já existem instituições criando uma área específica de CX (customer experience) com equipe especializada e orçamento próprio”, salienta, acrescentando que algumas investem cerca de 1% a 3% da sua receita bruta na gestão da experiência dos seus pacientes. NA PRÁTICA Uma instituição que aplica com sucesso o marketing de experiência é a Clínicas Fares, que possui unidades em Vila Nova Cachoerinha, Santo Amaro, Osasco e Penha, todas em São Paulo. Segundo o médico Adiel Fares, fundador e CEO da empresa, a aplicação do marketing de experiência é uma das ferramentas que colaboram para que a vivência do paciente na instituição de saúde seja efetivamente inesquecível e para fidelizá-lo como cliente. “Oferecer um ambiente que contribua para a sensação de bem-estar, garantindo ao usuário mais conforto, conhecimento da especialidade e acolhimento é o que chamo de fatores inesquecíveis”, declara. Outro ponto muito importante que o Dr. Adiel cita é a experiência proporcionada ao paciente em toda a sua jornada. Após a acolhida no primeiro atendimento, o médico o recebe na porta do consultório, favorecendo não só a experiência, mas a relação médico e paciente. “Acredito que o paciente tem de estar no centro da estratégia organizacional como um todo. Esta inovação sendo usada de forma bem trabalhada resulta em aumento nos índices de desempenho, criando vínculos duradouros com todos os que frequentam os ambientes de saúde”, explica. Atualmente, em todas as suas unidades, a Clínica Fares investe na criatividade e na tecnologia. Os consultórios receberam painéis em 3D, com imagens que falam por si, de acordo com a especialidade. Eles foram executados de modo lúdico, intuitivo e humanizado, com o objetivo de proporcionar um momento único ao paciente durante o atendimento ou procedimentos. Para avaliar o impacto dessa ação, a instituição fez uma pesquisa com os médicos. Em geral, eles afirmaram que, além de mais humanizado, o atendimento causou mais impacto na relação com a Clínica Fares. “Isto é fantástico, pois potencializamos mais a empatia com todos que passam pelo local. A humanização faz parte também da experiência do nosso paciente, conseguimos engajá-los com a nossa missão de oferecer uma medicina focada no paciente, completa e acessível”, conta o Dr. Adiel. De acordo com ele, todos os médicos forneceram ações para a equipe de marketing desenvolver a ação. O CEO da clínica complementa dizendo que estes painéis estão impressionando os pacientes e, inclusive, outras instituições de saúde, que também investiram na ideia. “Isso é espetacular, o que me faz ter a certeza de que estamos no caminho certo”, finaliza.
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Tecnologia
Videogame auxilia na recuperação motora de pacientes do HGG Já imaginou um paciente se recuperando no leito de UTI jogando boliche, dançando ou simulando escalar um paredão? Isso é possível no HGG – Hospital Estadual Alberto Rassi, de Goiânia, GO, pois a equipe de fisioterapia levou para a instituição um X-Box® itinerante para complementar o tratamento fisioterapêutico de pacientes com problemas neurológicos e portadores de doenças ou limitações motoras. A iniciativa, inédita na rede pública de saúde de Goiás, utiliza o “Mova-se com o Fisiogame”, que promove, através dos jogos, estímulos visuais, táteis, auditivos e sensoriais. O videogame, que detecta em três dimensões os movimentos dos jogadores, proporciona reabilitação da coordenação motora, do equilíbrio e da marcha, entre outros, além de estimular o lado lúdico e a imaginação do paciente, por gerar a sensação de que ele está em outra realidade. “A utilização da Realidade Virtual Não Imersiva (RVNI) em terapias com pacientes neurológicos induz as áreas motoras do córtex a se envolverem potencialmente para execução de cada tarefa, e essa reorganização cortical tem grande importância na plasticidade do tecido lesionado/debilitado”, aponta a gerente de Fisioterapia do HGG, Joana França Barbosa.
Segundo Joana, o uso da realidade virtual não imersiva está cada vez mais presente em unidades de saúde e clínicas de reabilitação como terapia adicional para tentar atenuar os déficits sensório-motores e acelerar o processo de recuperação funcional. “Tem se mostrado uma maneira interativa, eficaz e divertida de tratar sequelas motoras provenientes de lesões e de diversas patologias crônicas”, ressalta. O projeto é permanente e contempla pacientes de diversas áreas do hospital: clínicas de internação, Unidades de Terapias Intensivas e fisioterapia (para os atendidos em regime ambulatorial). DESENVOLVIMENTO Por se tratar de uma atividade vista por muitos pacientes como lúdica e prazerosa, o objetivo era garantir sua utilização pelo maior número de pessoas possível. Joana conta que, então, foram realizadas reuniões e discussões com o setor de Engenharia do HGG e proposta a criação de uma estativa móvel que pudesse percorrer várias alas do hospital. “Também escolhemos um modelo de videogame que não precisasse de contato físico do paciente com o aparelho, a fim de garantir biossegurança para os usuários, evitando contaminações cruzadas”, conta. Para outros hospitais que pretendem desenvolver um projeto como esse, Joana diz que um dos fatores principais é ter uma gestão humanizada, que tenha um olhar à frente para a implantação de novas tecnologias que visem ao bem-estar dos usuários.
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Para a aplicação, os fisioterapeutas da unidade passaram por treinamento prévio para seleção e manuseio dos jogos e equipamentos. Os profissionais traçaram metas e objetivos de ganhos para os pacientes mediante diversos jogos. Foram simuladas várias posturas que os usuários poderiam apresentar, desde sedestação em poltrona e ortostatismo até a possibilidade de estar totalmente acamado. Assim, Joana diz que foram verificadas maneiras ativas, assistidas e passivas em realizar os jogos propostos como ferramenta para o trabalho.
Cada jogo é escolhido conforme o grupo muscular que se pretende trabalhar com determinado paciente, observando também sua aceitação frente à atividade proposta. Os jogos escolhidos abordam esportes, tais como escalada, futebol, boliche e até mesmo simulação de competição aquática com jet sky, levando os usuários a arremessar, chutar ou agachar. Além disso, há jogos com tema de dança e simulação de passeio em uma floresta. Os movimentos de dança, por exemplo, desenvolvem a coordenação motora, a agilidade, o ritmo e a percepção espacial de forma natural.
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IBCC vai dobrar número de leitos na Unidade de Transplante de Medula Óssea
ACS IBCC
O IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, de São Paulo, SP, vai se tornar o maior serviço para realização de Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH), popularmente conhecido como Transplante de Medula Óssea, com a duplicação do número de leitos para onco-hematologia. Com capacidade total para 50 leitos, a unidade é habilitada para realizar todo o tipo de transplante: autólogo (também conhecido como autotransplante, quando as células progenitoras provêm do próprio paciente); alogênico (quando elas vêm de doadores aparentados e não-aparentados) e singênico (de gêmeos idênticos – univitelinos). Inicialmente a expansão contempla 32 leitos ativos, sendo os outros 18 disponibilizados até o final do ano. A unidade possui isolamento total dos demais setores do IBCC. O Pronto Atendimento, o Hospital-Dia e a internação são livres de contatos com outras especialidades, reduzindo o risco de infecções. Vale lembrar que o ar-condicionado com filtro total e pressão positiva impede a entrada de fungos e bactérias. Somente em 2017, o IBCC realizou 83 transplantes. “Eu fiz com sucesso o meu tratamento de Leucemia Mieloide Aguda no IBCC. Desde 2013 acompanhei todas as transformações desse hospital”, afirma Rodrigo Cristiano Machado, paciente e campeão olímpico dos Jogos Mundiais dos Transplantados de 2017. ESTRUTURA Os quartos são autorreversíveis em UTI e evitam a transferência do paciente para uma UTI geral e sua exposição a outras pessoas. O papel de parede é vinílico e lavável para facilitar a higienização. Todo o projeto foi elaborado em conjunto com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, manutenção, hotelaria e arquitetura, pensando no bem-estar do paciente. “São quartos alegres, funcionais, com tecnologia e o que há de mais moderno em design”, expõe Stela Bridi, diretora de serviços de Apoio.
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Pensando na segurança do paciente, o chuveiro e a ducha higiênica foram desenvolvidos especialmente para o IBCC com material liso de fácil higienização, que impede o acúmulo de sujeiras, reduzindo o risco de infecções. Os lavatórios são de material corian termomoldável não poroso, impedindo a formação de cantos para não acumular sujidades. A iluminação de LED em todo o setor proporciona mais aconchego, além de ser sustentável e gerar economia em energia elétrica. AVANÇOS NA ESPECIALIDADE Os avanços mais importantes vêm sendo relacionados ao suporte às infecções e esquemas quimioterápicos ajustados à idade e às condições clínicas dos pacientes. O grande obstáculo para realização de TMO alogênico era que apenas 30% dos pacientes possuíam doadores compatíveis
e podiam se beneficiar deste tratamento. Nos últimos anos, a maior contribuição para o aumento destes procedimentos foi o desenvolvimento da técnica do transplante aparentado com doador parcialmente compatível, o chamado transplante haploidêntico. “O transplante é cada vez mais alternativa para o tratamento de várias doenças hematológicas, oncológicas e imunológicas. A escolha pelo tipo de transplante depende da doença a ser combatida, assim, há casos em que o TMO autólogo é adequado, mas há outras em que só há a opção de se utilizar a medula saudável de um doador, principalmente nos casos de leucemia”, explica o coordenador da Unidade de TCTH, Dr. Roberto Luiz da Silva. Outros avanços vêm ocorrendo, tais como o controle da recidiva das doenças após o tratamento. Isto vem sendo realizado com a imunomodulação e o uso de novas drogas. “O transplante de medula óssea continua sendo tratamento de alta complexidade que impacta fortemente na qualidade de vida do paciente. A atuação da equipe médica e multidisciplinar trabalhando conjuntamente é fundamental para o restabelecimento físico e psicológico, favorecendo a recuperação da autoestima e a plena reintegração do paciente no âmbito social”, complementa a Dra. Maria Cristina Macedo, coordenadora técnica da TCTH.
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Fornecedores em Desaque
Pioneirismo e evolução em tecnologia para videocirurgias Evoluir juntamente com a comunidade médica faz parte do dia a dia da H. Strattner. Desde 1950 no mercado brasileiro, a empresa de origem alemã nasceu com o objetivo de representar e trazer ao Brasil um portfólio de produtos médico-hospitalares inovadores para contribuir significativamente com a melhoria da saúde das pessoas, além de incentivar o desenvolvimento da Medicina. Prestes a completar 70 anos de atuação no Brasil, conta com mais de 400 profissionais, espalhados em oito filiais, atendendo a clientes de todo o país. De uma forma inovadora e desafiadora, a H. Strattner foi pioneira em cirurgias realizadas por vídeo no Brasil, representando a empresa alemã KARL STORZ. Seu intuito é oferecer tecnologia e equipamentos especialmente desenvolvidos para que os médicos realizem cirurgias mais precisas e seguras com foco no paciente. Seja na implementação de uma nova tecnologia ou na evolução de técnicas associadas aos novos equipamentos, a H. Strattner tem como um dos seus principais focos a preocupação com o bem-estar dos profissionais de saúde, para que eles possam propiciar o melhor atendimento aos pacientes. O sistema da Vinci chegou no mercado nacional em 2008 e, neste ano, a H. Strattner comemora 10 anos de sua atuação na cirurgia robótica no Brasil.
“Nosso papel é oferecer instrumentos, equipamentos, softwares e serviços que ajudem a salvar vidas ou que colaborem para aumentar essa chance. Oferecemos soluções com diferenciais tecnológicos, que agregam benefícios às equipes médicas e de enfermagem, especialmente, que sejam capazes de realizar procedimentos mais rápidos e seguros”, ressalta o diretor de Marketing e Assuntos Regulatórios, Aylton de Oliveira.
>> AYLTON DE OLIVEIRA: DIRETOR DE MARKETING E ASSUNTOS REGULATÓRIOS
A H. Strattner tem parceria com mais de 20 empresas presentes nos segmentos médicos: cirurgia minimamente invasiva, cirurgia robótica, central de limpeza e esterilização, centro cirúrgico integrado, imagem e radiocirurgia, além de oferecer serviços de assistência técnica e contratos de manutenção para todas as linhas de produtos das representadas: Accuray, BK Medical, Borer, EDAP TMS, EOS, Guldmann, Hawo, Intuitive Surgical, KARL STORZ, Luckmann, Matachana, Medisafe, Mimic, MTP, Schaerer, SciCan, Sidhil, Simbionix, Storz Medical, Swann Morton, Technologie Medicale e Trilux Medical.
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Sistema da Vinci Xi
Cirurgia robótica O Brasil completa, este ano, dez anos de cirurgia robótica. Em 2008, o da Vinci S chegou ao Brasil e foram realizadas as primeiras cirurgias robóticas, sendo as instituições Sírio-Libanês, Albert Einstein e Oswaldo Cruz as pioneiras a oferecer os procedimentos aos pacientes da cidade de São Paulo.
A grande inovação é o Sistema da Vinci Xi. Criada em 2014, a quarta geração do equipamento permite uma imagem em 3D altamente ampliada, o que possibilita uma melhor percepção de profundidade ao cirurgião. Além disso, todos os braços e encaixes são de 8mm e a ótica se adapta em qualquer um deles, diferentemente do Sistema Si, no qual apenas um dos braços tinha o encaixe endoscópico.
>> ALBERTO PEREIRA: GERENTE DE EDUCAÇÃO
No mundo, a história começou em 2003, quando a empresa americana Intuitive Surgical desenvolveu o robô da Vinci. Lançada em 2009, a plataforma do robô da Vinci Si ainda hoje é a mais utilizada, explica Alberto Pereira, gerente de educação da H. Strattner. Outra característica vantajosa é ter uma amplitude de cobertura de área dos braços maior em comparação ao Si. Seus braços são mais finos e mais longos, o que oferece uma movimentação maior dentro da cavidade, sem falar que pode se adaptar a qualquer posição ao redor da mesa do paciente.
Sistema da Vinci Xi Patiente-side Cart
Sistema da Vinci Xi Surgeon Console
Além de disponibilizar o equipamento, a H. Strattner oferece treinamento para que o cirurgião possa se capacitar no uso da tecnologia. Sistema da Vinci Xi Vision Cart
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Qualidade da imagem faz a diferença Por meio da parceria com a KARL STORZ, a empresa sempre foi pioneira, desde as primeiras câmeras endoscópicas, desenvolvendo soluções que oferecem uma imagem de melhor definição e melhor qualidade ao cirurgião. A laparoscopia e a imagem endoscópica se desenvolvem há 40 anos e, hoje, a H. Strattner aguarda a ANVISA publicar os registros da plataforma 4K, que aumenta ainda mais a resolução.
Centro Cirúrgico Integrado E AVANÇOS NA IMAGEM ENDOSCÓPICA Oferecer as melhores condições de tecnologia e equipamentos também é uma preocupação constante da H. Strattner. Por isso, em parceria com a KARL STORZ, a empresa oferece o Centro Cirúrgico Integrado OR1TM – Operation Room 1. Seu intuito é proporcionar um ambiente confortável e ergonômico para cirurgiões, equipe médica e pacientes. Com conceito clean, o OR1TM não apresenta fios nem equipamentos no chão. O espaço também disponibiliza uma interface touchscreen, o que possibilita um controle central de toda a sala, permitindo que o médico acesse qualquer exame realizado pelo paciente sem a necessidade de deixar o ambiente da operação. Além da documentação, a integração é outro pilar fundamental no OR1TM. Por meio de um sistema de comunicação, é possível realizar transmissões para um grupo de pessoas fora do ambiente da cirurgia. Com a sala integrada OR1TM, os hospitais são beneficiados na eficiência de sua equipe, aumento da produtividade, confiança e percepção dos pacientes pelos recursos e infraestrutura de ponta oferecidos a eles.
Tratamento por fluorescência Dentro do contexto de evolução da qualidade de imagem, surge o tratamento por meio de guia de luz, denominado fluorescência. “É uma mudança de conceito. O mais relevante é introduzir conceitos no ramo médico que vão ajudar os pacientes dentro dessa atmosfera”, explica André Vilela, gerente de Marketing da H. Strattner. Esta técnica utiliza uma droga chamada indocianina verde, que possibilita o contraste na imagem. Referência em cirurgia guiada por fluorescência, o Dr. Luis Romagnolo, cirurgião colorretal do Hospital de Câncer de Barretos e coordenador científico do IRCAD Unidade Barretos, explica as vantagens de sua utilização. “Com ela, o cirurgião consegue enxergar uma estrutura que muitas vezes não era possível. O contraste é aplicado na veia do paciente e,
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Educação e treinamento
aliado ao funcionamento do aparelho, ajuda a visualizar alterações na vascularização e irrigação. Para o paciente, diminui o risco de complicações e lesões inadvertidas no pósoperatório. A técnica só é contraindicada em pessoas alérgicas a iodo devido ao contraste aplicado”, explica. Dr. Romagnolo adverte que o filtro da câmera e a fonte de luz também são diferentes, mas podem ser utilizados em qualquer cirurgia laparoscópica. “O que temos de levar em conta é o melhor para o paciente. Acredito que, com o passar do tempo, a tecnologia vem para nos ajudar. É como se você passasse a vida toda dirigindo um carro manual e muda para o automático. A curva de aprendizado não altera tanto, pois a técnica é conhecida, o que muda é a facilidade na realização”, finaliza.
>> DR. LUÍS ROMAGNOLO: COORDENADOR CIENTÍFICO DO IRCAD UNIDADE BARRETOS
De olho na evolução do mercado e na otimização dos serviços médicos, a H. Strattner oferece um showroom em sua unidade de Alphaville, para que os usuários possam testar os equipamentos. O treinamento é realizado com material sintético e simulador virtual, que esboçam detalhes incríveis por meio de empoderados hardware e software, além de permitir o rastreamento de todos os treinamentos realizados por determinado profissional. “Dentro das nossas iniciativas de educação profissional, temos orgulho de oferecer um showroom que reproduz um centro cirúrgico e seus equipamentos principais, como também aparelhos para a área de UTI e espaço para diversos treinamentos em técnicas minimamente invasivas. O espaço contempla simuladores laparoscópios robóticos e simuladores mais simples, como a caixa preta, que possibilita aos cirurgiões de variadas especialidades organizar seus cursos em diversos programas e especialidades”, explica Aylton de Oliveira. Segundo ele, isso deixa a empresa alinhada com os objetivos das principais marcas que representa: de estimular e fomentar as iniciativas de educação continuada e treinamento, de forma que todos os clientes possam ser capacitados a manusear os equipamentos. 31
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Sistema de elevação Outra parceria de sucesso é com a empresa dinamarquesa Guldmann, que possibilitou a chegada ao Brasil de elevadores para a movimentação de pacientes em centro cirúrgico e UTI a partir de trilhos de teto. A solução oferece maior ergonomia para a equipe de enfermagem e mais segurança aos pacientes, evitando acidentes.
>> CRISTIANE CARVALHO: FISIOTERAPEUTA DO IAMSPE
“É muito eficiente e simples de utilizar, os profissionais se adaptaram muito bem. Por estar preso ao teto, é extremamente prático, não requer movimentação de mobiliário ou qualquer ajuste da cama, facilitando banhos, sentar em poltrona, transferências de leito e mudanças de decúbito. A rotina de enfermagem necessita de dinamismo e esse sistema o proporciona”, garante a fisioterapeuta do IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo, Cristiane Carvalho, que adquiriu o produto.
Além do cuidado com o paciente, já que o cesto de transporte é feito com material específico para deslizar com maior facilidade, o equipamento potencializa o trabalho da equipe médica. “Quando não se tem um aparelho desses, o profissional acaba por sofrer um imenso desgaste, tanto físico, quanto emocional, pois todas as vezes que tiver de movimentar ou tirar um paciente do leito ou retornar a ele, precisa de ajuda. Com o sistema de elevação, é possível trabalhar com um número menor de profissionais, além de economizar tempo, fazendo com que o rendimento aumente”, aponta Cristiane.
Reconhecimento Há 8 anos, a H. Strattner participa da plataforma Great Place to Work, que avalia a gestão de organizações de diversos tipos, aplicando pesquisas com empregados e empregadores para entender a excelência no ambiente de trabalho. Na última edição, a empresa atingiu a 26ª colocação no ranking de melhores empresas para trabalhar em um universo de quase 2.000. “É uma ferramenta muito importante para nortear nossas estratégias com os resultados esperados e identificar possíveis ajustes. Estamos crescendo ano a ano e ficamos contentes especialmente por ser um canal transparente e confidencial”, aponta Raul Strattner, co-CEO.
Evolução e expansão do portfólio Outra novidade é um equipamento de ultrassom diferenciado, da empresa BK Medical, que tem uma construção de software e hardware muito mais eficiente devido aos processadores e placas mais potentes, que proporcionam a criação de cubos de imagens em 3D, utilizadas em cirurgia robótica, colón e mais recentemente em neurocirurgia. Há 25 anos, a empresa também oferece equipamentos e tecnologias para limpeza e esterilização de instrumentais e controle de processos. Representante da marca espanhola Matachana no Brasil, a H. Strattner disponibiliza uma solução completa para a Central de Material e Esterilização (CME) dos hospitais, possibilitando a utilização
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CyberKnife – Radiocirurgia
inteligente da água, energia e concentração do agente esterilizante por meio das autoclaves a vapor, que possuem como diferencial o redesenho da obtenção de vácuo por Venturi. A segurança nesse processo também é um foco proposto. Como estratégia a complementar este portfólio de produtos, também são oferecidos equipamentos para Termodesinfecção, Baixa Temperatura com Formol e Peróxido de Hidrogênio. Outra inovação se deu por meio de uma parceria com o Instituto Fleury, que possibilitou a chegada do primeiro equipamento do Sistema EOS na América Latina. O aparelho permite imagens de corpo inteiro, o que auxilia nos estudos biomecânicos do cirurgião para implantação de uma prótese no joelho, quadril ou coluna. Além disso, capta imagem em 3D e reduz em até 95% a emissão de radiação. Aprendemos todos os dias que uma das preocupações dos profissionais do setor é fazer com que pacientes, médicos e técnicos tenham a menor exposição à radiação. Esse equipamento apresenta uma dose incrivelmente menor de radiação, além de gerar uma imagem excelente. Recentemente, a H. Strattner passou a representar com exclusividade a empresa norte-americana Accuray. Por meio dessa parceria, dois aceleradores lineares para radiocirurgia e radioterapia serão disponibilizados para a Rede D’Or, o CyberKnife e o TomoTherapy. Os aparelhos objetivam tratar os tumores independentemente da região anatômica, sejam eles na próstata, pulmão, cérebro, coluna, fígado, pâncreas ou rim. O CyberKnife apresenta como diferencial a movimentação robótica. O paciente veste um colete cheio de sensores, o equipamento percebe a movimentação da respiração e só dispara a radiação respeitando esse movimento, preservando todo o tecido saudável.
EOS equipamento para estudos biomecânicos
Já o TomoTherapy combina imagens de tomografia computadorizada com uma plataforma que gira em torno do próprio eixo para direcionar o feixe de radiação, minimizando o impacto no tecido saudável. Dentro desse contexto de qualidade de imagem, a H. Strattner também fornece o HIFU, um transdutor transretal de alta intensidade para tratamento específico de próstata que “queima” o tumor. É voltado para cardiopatas, diabéticos e pessoas que já passaram por cirurgia ou tratamento. O procedimento é simples, o paciente entra e sai caminhando normalmente.
Av. Tucunaré 550, 5º Andar – Alphaville 06460-020 – Barueri/SP
(11) 2185-2300 marketing@strattner.com.br
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Segurança do paciente
Austa investe em cultura organizacional e conquista acreditação ONA Por Carol Gonçalves Considerado um dos maiores hospitais de São José do Rio Preto, SP, o Austa conquistou, em março último, a Acreditação ONA, da Organização Nacional de Acreditação, certificação que atesta que a instituição atende aos critérios de segurança dos pacientes e colaboradores em todas as áreas de sua atividade, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. Desde meados de 2004, o hospital está comprometido com as seis metas internacionais de segurança do paciente, estabelecidas pela Joint Commission International, em parceria com a OMS. Desde então, integra um movimento que vem evoluindo no Brasil, no qual as instituições de saúde adotam uma cultura organizacional por meio de planejamento, processos e protocolos, com o objetivo de oferecer melhor atendimento e serviços de excelência aos seus clientes, com total segurança. Como consequência deste movimento, em 2013, o Austa instituiu o Núcleo de Segurança do Paciente e seu Plano de Segurança, que funcionam de acordo com diretrizes da Anvisa e do Ministério da Saúde. Para conquistar a Acreditação ONA, os colaboradores se dedicaram nos últimos 12 meses à análise e à revisão de todos os processos dos indicadores básicos de qualidade e segurança. “Os indicadores são dados coletados rotineiramente, padronizados e que permitem a comparação dentro e/ou fora do serviço, portanto, requerem padrões bem estabelecidos de coleta e análise”, explica a enfermeira Maristela Maricato, gerente assistencial do hospital. Os indicadores estratégicos são acompanhados pela alta direção, e os indicadores assistenciais, com foco na segurança do paciente, pela gerência de qualidade e
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A OMS estabeleceu diretrizes para promover a segurança durante procedimentos cirúrgicos
Identificar corretamente cada paciente é a primeira meta de segurança do paciente
demais gerências e coordenações. “Trabalhamos com metas estabelecidas pela Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, entidade representativa dos principais hospitais privados de excelência do país”, expõe. AcreditAUSTÃO Como a acreditação é um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde e tem caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, a área de Marketing do hospital criou a campanha “acreditAUSTÃO – Qualidade Certificada em Cena”, baseada nas seis metas internacionais de segurança do paciente, com o objetivo de fazer correlação com as ações realizadas pelos colaboradores na prática diária do trabalho. As metas foram comparadas com seis grandes sucessos do cinema. “Exploramos amplamente o tema, incentivando o protagonismo dos colaboradores para a execução de ações seguras. Foi muito envolvente e todos puderam fazer parte da construção do novo momento da instituição, ou seja, ‘fizeram parte deste filme’”, explica Maristela. A campanha, que utilizou displays, folders, porta-canetas e outras peças coloridas, surpreendeu ao estampar mensagens sobre a segurança do paciente em típicos cartazes que anunciam filmes. Os textos motivacionais tinham sempre relação com enredos de megassucessos, como “Esqueceram de Mim”, “007” e “Titanic”. Durante meses, o Austa ganhou ares de um complexo de salas de cinema. “Para cada um de nossos colaboradores, a Acreditação ONA tem também o gostinho da conquista de um Oscar. Afinal, eles foram protagonistas desta grande obra cinematográfica”, afirma Luciana Rocha, gerente de Marketing do Grupo. DESAFIOS Maristela conta que o maior desafio é manter o hospital preparado, pois ele precisa estar pronto todos os dias para suas atividades. “É importante a cultura da segurança, qualidade, melhoria e educação continuada. Focar no desenvolvimento da força de trabalho e criar indicadores de desempenho são as principais saídas”, expõe.
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Segundo ela, vários critérios foram analisados e apontados no diagnóstico para obtenção da acreditação hospitalar. Uma vasta gama de itens foi revisada, organizada em metas de segurança, direitos do paciente e dos familiares, avaliação e gerenciamento de riscos do cuidado ao paciente, educação do paciente e dos familiares, gerenciamento e uso de medicamentos, anestesia e cirurgia, capacitação dos recursos humanos, gerenciamento da comunicação e das informações (prontuário), vigilância e controle de infecção hospitalar; direção e capacitação das lideranças, gerenciamento e segurança das instalações, melhoria contínua da qualidade e segurança do paciente. “A cultura de segurança deve ser construída de forma consistente, autêntica e transparente. Não podemos parar de evoluir e manter o equilíbrio”, afirma.
PREOCUPAÇÃO MUNDIAL A segurança do paciente é uma séria preocupação global de saúde pública, de acordo com a OMS. Como comparação, há uma chance em 1 milhão de uma pessoa sofrer algum dando enquanto viaja de avião, e 1 em 300 de um paciente ser prejudicado durante os cuidados de saúde. Indústrias de maior risco, como de aviação e nuclear, registram um nível de segurança muito melhor do que os serviços de saúde. Estudos mostram que anualmente morrem 42,7 milhões de pessoas em razão de eventos adversos no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, com população aproximada de 325 milhões de pessoas, são registradas 400.000 mortes por eventos adversos ao ano, 1.096 por dia, ou 16% menos que nos hospitais brasileiros. A diferença para o Brasil diz respeito às mortes hospitalares, que são a terceira do ranking americano, atrás de doentes cardíacos e de câncer. Segundo o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, produzido pela UFMG – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, falhas banais como erros de dosagem ou de medicamento, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar mataram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados brasileiros em 2016. Foram, em média, 829 mortes por dia, uma a cada minuto e meio. Dentro das instituições de saúde, as chamadas mortes por “eventos adversos” ficam atrás daquelas provocadas por problemas no coração.
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Matéria sobre o assunto, publicada pela Agência Brasil, (Portal EBC), mostra que o número diário supera as 129 pessoas que morrem em decorrência de acidentes de trânsito no país, 164 mortes provocadas pela violência e cerca de 500 registros de mortos por câncer, e fica atrás das 950 vítimas de doenças cardiovasculares. Além das mortes, os eventos adversos impactam cerca de 1,4 milhão de pacientes todo ano com sequelas que comprometem as atividades rotineiras e provocam sofrimento psíquico. Esses efeitos também elevam os custos da atividade assistencial. O anuário estima que os eventos adversos resultaram em gastos adicionais de R$ 10,9 bilhões em 2016.
PRÓXIMOS PASSOS Mas os desafios não terminam aí. Segundo a enfermeira Maristela, o objetivo é trabalhar durante o período de validade do certificado na manutenção da organização do serviço de saúde para manter o desempenho identificado no processo de avaliação e evoluir com consistência para o próximo nível, através de gestão e comunicação integradas. O diretor-presidente do Austa, o médico cardiologista Mário Jabur Filho, reforça que o hospital busca, desde já, o nível ONA de Acreditado Pleno, e também o mais alto, o Acreditado com Excelência. “Estamos convictos de que conquistaremos todos os níveis de acreditação, pois faz parte da cultura do Austa aprimorar continuadamente os serviços e protocolos assistenciais, oferecendo atendimento de qualidade aos pacientes”, ressalta. DICAS Para aqueles hospitais que estão em busca de certificações, Maristela diz que receber a Acreditação ONA em qualquer de seus três níveis implica iniciar um processo de mudança de cultura em longo prazo. Este passo se dará por meio de: Realização de um diagnóstico organizacional: trata-se de uma atividade facultativa à organização, realizada previamente pelas entidades avaliadoras credenciadas pela ONA, independentemente do processo de análise para obtenção do selo de qualidade. Consiste basicamente na elaboração de um raio X da situação da empresa e das lacunas de eficiência que precisam ser preenchidas para a futura conquista da acreditação. Capacitação permanente e respeito à segurança: as normas de saúde e segurança devem ser seguidas à risca. Da mesma forma, deve-se direcionar recursos para a realização de programas contínuos de capacitação, tanto do ponto de vista clínico quanto no que se refere a questões administrativas, como atendimento ao paciente, abordagem humanizada e assim por diante. Adoção de um sistema de gestão em saúde: sempre buscar a melhoria permanente em seu sistema de gestão e assistência, com a integração harmônica das áreas médica, tecnológica, administrativa, econômica, assistencial, e, se for o caso, de pesquisa e desenvolvimento. AS SEIS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE 1. Identificar corretamente o paciente 2. Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde 3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração dos medicamentos 4. Assegurar cirurgias em local de intervenção, procedimento e paciente corretos 5. Higienizar as mãos para evitar infecções 6. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão
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Nascimento de bebê real reacende discussão sobre saúde no Brasil
Divulgação The Royal Family
Por Carol Gonçalves O mundo todo ficou ligado no nascimento do terceiro filho da duquesa Kate Middleton e do príncipe William, em Londres, no final do mês de abril. Enquanto os ingleses faziam apostas para adivinhar o nome do bebê real, aqui no Brasil, o assunto ganhou polêmica pelo fato de a duquesa ter deixado o hospital apenas cinco horas depois de dar à luz. Dr. Élvio Floresti Junior, ginecologista e obstetra, explica que, como ela teve um parto normal, é multípara, provavelmente não precisou de corte vaginal e teve gestação de termo, pôde ir para casa normalmente. “Tanto lá como aqui, isso é possível. Acontece que, no Brasil, fazemos o teste do pezinho, que é colhido 48 horas após o parto”, expõe o médico. Além disso, algumas horas após o nascimento, verifica-se se o útero está bem contraído e se o sangramento está fisiológico, assim como a resposta do bebê às condições ambientais (adaptação pulmonar). Atualmente, o recémnascido fica o tempo todo com a mãe. Já na Europa, esse procedimento pode ocorrer no hospital ou em casa. “Logicamente, quando a família vai para casa, é necessário que a equipe médica, de enfermagem e o neomatologista também passem para avaliar as condições do bebê e da mãe, o que já é rotina na Europa”, continua o Dr. Élvio. O tempo de permanência hospitalar após o parto vem decrescendo em vários países nas últimas décadas e essa tendência ocorre também no Brasil, sempre que a puérpera e o seu recém-nascido estiverem saudáveis, como observa Olímpio Barbosa de Moraes Filho, presidente da Comissão de Pré-Natal da Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e conselheiro do Cremepe – Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. “Os entusiastas da alta precoce afirmam que é segura e vantajosa do ponto de vista médico, psicossocial e econômico. No entanto, para nós, brasileiros, ainda causa estranheza o que ocorreu com a duquesa”, comenta. A
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Dr. Élvio Floresti Junior, ginecologista e obstetra
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Duquesa Kate Middleton deixou o hospital apenas cinco horas depois de dar à luz
Febrasgo e a SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria, em consonância com a Portaria nº 2.068, de 21/10/16, do MS e com orientações da OMS, recomendam que a alta nunca seja dada antes de 24 horas. Os motivos visam mais aos cuidados com o recém-nascido do que com as mulheres. As principais causas para o retardo de alta por um período de 24 a 48 horas são: maior tempo para orientações sobre o aleitamento materno e cuidados ao recém-nascido; aguardar resultado da tipagem sanguínea e testes sorológicos (VDRL e HIV); e maior possibilidade de identificação de icterícia e doenças cardiopulmonares, gastrintestinais e de metabolismo no recémnascido. “Já os motivos obstétricos são praticamente restritos ao risco de hemorragia pós-parto e alterações dos níveis de pressão arterial nas primeiras 24 horas”, explica Olímpio. LÁ E AQUI Sobre as diferenças entre o Brasil e a Inglaterra em relação à qualidade do serviço de saúde, Dr. Élvio conta que a mais marcante é que, aqui, sempre se preconiza a internação, para qualquer tipo de patologia. “Por exemplo, após um parto normal, mesmo que a mãe e o bebê estejam bem, normais e sadios, é observado 48 horas para dar alta. Na Europa, a orientação é que o paciente permaneça em casa, pois uma equipe ou um médico irá até a residência para examinar. Uma pessoa raramente passa diretamente no pronto-socorro, ela procura os profissionais de sua região, que atuam como médicos familiares para todas as patologias. Eles encaminham, se necessário, para os especialistas, sempre pensando no melhor para o paciente e o menor custo para o estado”, descreve. Para a SBMFC – Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o sistema de saúde britânico poderia ser um espelho para o Brasil, pois ele prioriza o parto vaginal e os cuidados por meio da Atenção Primária à Saúde.
A duquesa saindo do hospital linda e tranquila mostrou para todo mundo que o parto normal é a melhor opção para a gestante e o bebê, desde que bem acompanhado”
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Para o Brasil se aproximar do modelo europeu, é preciso que as maternidades tenham equipe completa de plantão, seguindo protocolo baseado nas melhores evidências”
Olímpio Barbosa de Moraes Filho, da Febrasgo
“Hospital não é lugar de gente saudável. Se mãe e bebê estão bem após o parto, ficam mais seguros em casa do que no hospital”, expõe Rodrigo Lima, médico de família e comunidade e diretor de comunicação da entidade. Para ele, o modelo inglês poderia facilmente ser implantado no Brasil. Já há, por exemplo, a recomendação de que a enfermeira da Equipe de Saúde da Família visite a puérpera no máximo uma semana após o parto e os agentes comunitários de Saúde fazem esta visita imediatamente após a chegada. “Isso já é combinado durante o pré-natal”, comenta. Já para Olímpio, da Febrasgo, não há condições para implementar tal modelo no Brasil, pois são poucas as possibilidades de profissionais de saúde irem à casa dessas mães, além de as mulheres não terem acesso rápido ao hospital em caso do surgimento de alguma eventual complicação. Ele lembra que, além do Reino Unido, este modelo de assistência também é empregado em outros países, como Alemanha, Holanda e Nova Zelândia, o que garante segurança para a mãe e o seu bebê, mesmo estando em casa. NORMAL X CESÁREA A rápida recuperação da duquesa também leva a pensar na diferença entre a quantidade de partos normais e por cesárea. Em 2000, o percentual de cesáreas no Brasil era de 38%; em 2014, chegou a 57%. “Felizmente, temos observado pela primeira vez uma diminuição. Os últimos dados de 2016 são de um percentual em torno de 55%”, revela Olímpio, da Febrasgo.
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Segundo ele, essa diminuição, que interrompeu a tendência crescente dos números de cesárea, não ocorreu por acaso. A crise econômica levou as pessoas a migrarem da saúde suplementar, com seus elevados números de cesárea, para o SUS, cujo número desse procedimento é bem mais baixo. Outro importante motivo foi a implantação de dois projetos iniciados recentemente no Brasil. Um é o Parto Adequado, lançado há pouco mais de três anos em algumas maternidades privadas e depois expandido para maternidades públicas. O segundo é o APICE ON – Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia, lançado em 2016, englobando mais de 90 maternidades de ensino nas diferentes regiões do Brasil. Olímpio conta que esses dois projetos têm como ponto chave a implementação de um modelo de assistência ao parto defendido pela OMS, que é o mesmo da Inglaterra,
onde médicos e enfermeiros trabalham em conjunto de acordo com as suas competências. Para o presidente da Comissão de Pré-Natal da Febrasgo, os principais motivos que alimentam a cultura da cesárea são: diminuição de leitos de obstetrícia; superlotação; falta de ambiência que promova um mínimo de conforto e privacidade para as parturientes e seus acompanhantes; e reduzido número de profissionais de saúde, aliados à adoção de um modelo que não valoriza a assistência obstétrica multiprofissional. Sobre o alto número de cesáreas no Brasil, Lima, da SBMFC, acrescenta que ele está relacionado ao atual modelo médicohospitalar, que remunera melhor a intervenção cesárea do que o parto vaginal. Outro ponto importante, segundo ele, é a conhecida violência obstétrica durante os trabalhos de parto, que, infelizmente, faz parte da realidade brasileira, levando muitas mulheres a optar por um procedimento mais rápido e com menos dores. Por sua vez, Dr. Élvio diz que não é contra o parto cesárea, pois o risco de contaminação é menor que no parto normal, assim como o bebê tem bem menos chances de complicações. Mas reconhece que é preciso ter bom senso, pois a incidência de cesárea no Brasil é alarmante: há hospitais nos quais mais de 90% dos partos são feitos por cesárea. “Para um parto normal, é fundamental boa assistência, o que, infelizmente, nem sempre acontece. É necessário sempre a presença de profissional especializado, seja médico ou enfermeira obstetra, com monitoramento constante do bebê em trabalho de parto, além de ter sempre a equipe preparada para as emergências”, considera. Respeitando todos esses requisitos, Dr. Élvio diz que teríamos maior incidência de partos normais, com altas hospitalares que poderiam ser dadas no dia seguinte, desde que equipes visitassem as residências das mães para avaliação do bebê e da mãe, bem como para colher os exames necessários, como o teste do pezinho. De fato, de acordo com ele, para estimular o parto normal no país, primeiramente é preciso um bom pré-natal, com orientação e atenção adequada a todas as gestantes. O curso de pré-natal e parto também é recomendável. “Mas o importante é capacitar os hospitais, principalmente os públicos, a ter uma equipe multidisciplinar para acompanhar o trabalho de parto, com realização de analgesia intraparto e orientação adequada à gestante”, expõe. O médico ressalta que a gestante que já chega ao hospital preparada, sabendo das dores das contrações, do tempo aproximado do parto e do quanto isso é importante para seu bebê, aceitará bem mais
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LIÇÕES Para o Brasil se aproximar do modelo de atendimento empregado na Europa, é preciso que as maternidades tenham equipe completa de plantão, com médicos obstetras, neonatologistas, anestesistas e enfermagem obstétrica, seguindo protocolo baseado nas melhores evidências. “Isto daria segurança às parturientes para optar por esse tipo de parto, o que é um passo fundamental na manutenção da tendência de queda no número de cesáreas no país”, diz Olímpio, da Febrasgo. Em relação à alta precoce, com menos de 24 horas, infelizmente, ele reconhece que as condições de implementação perpassam o modelo de saúde. Para o Dr. Élvio, a mensagem que fica é: não importa se é realeza ou plebeu, é possível ter um parto digno, com tranquilidade. “A duquesa saindo do hospital linda e tranquila mostrou para todo mundo que o parto normal é a melhor opção para a gestante e o bebê, desde que bem acompanhado e sem patologias, como foi o caso.” O médico espera que as autoridades de saúde usem esse exemplo como lição, para modificar a conduta em relação ao tempo de internação e à assistência ao parto normal ou cesárea, bem como intensifiquem as visitas domiciliares, pois sabe-se que o bebê é melhor protegido na presença da mãe.
EPIDEMIA DE CESÁREAS Para reduzir o número de cesáreas praticadas no mundo, a OMS publicou em fevereiro último novas recomendações sobre padrões de tratamento e cuidados relacionados a mulheres grávidas. De acordo com a entidade, 140 milhões de nascimentos ocorrem no mundo a cada ano. A maioria sem complicações. Mesmo assim, nos últimos 20 anos, médicos aumentaram o uso de intervenções que antes eram feitas apenas para evitar riscos e tratar complicações, como cesáreas e a infusão de oxytocin para acelerar o parto. A entidade alerta que, nos últimos anos, uma “proporção substancial” de grávidas saudáveis foi alvo de pelo menos uma intervenção durante o parto. Entre as 56 medidas anunciadas estão a melhor comunicação entre os médicos e as mães e permitir que as mulheres também possam opinar sobre sua administração da dor durante o processo de dilatação e posições para o parto.
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De acordo com dados de 2016 da OMS, o Brasil é um dos líderes em cesáreas no mundo. O aumento nas práticas em partos se transformou em uma “epidemia”. A entidade estima que a taxa média mundial de cesáreas seria de 18,6% dos partos. Em 1990, esse índice era de apenas 6%. Em média, a porcentagem de cesáreas hoje na Europa é de 25%, contra 15% há 20 anos. Já nos Estados Unidos, é de 32,8%. No Brasil, os dados de 2016 mostram que 55,6% dos partos no país foram cesáreas, a segunda maior taxa do mundo, superada apenas pela da República Dominicana, com 56%.
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tranquilamente esse período, doloroso, mas muito gratificante, que é o trabalho de parto.
Hi Technologies e DSP Biomedical vencem o Prêmio Inova Saúde
Franco Pallamolla, presidente da ABIMO; Marcus Figueredo, cofundador da Hi Technologies; senadora Ana Amélia de Lemos; Luiz Calistro Balestrassi, criador do Prêmio Inova Saúde; e Ruy Baumer, presidente do Sinaemo
Durante o VII Encontro Anual de Associados da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios, realizado em abril, em São Paulo, aconteceu a nona edição do Prêmio Inova Saúde, iniciativa criada para impulsionar a inovação do setor. Na categoria Médico-Hospitalar, a vencedora foi a Hi Technologies, com o Hilab, uma plataforma online de exames laboratoriais rápidos e remotos que agrega tecnologias de ponta, como inteligência artificial, internet das coisas e armazenamento na nuvem. Apenas uma gota de sangue é suficiente para identificação de BhCG, HIV, Dengue e outros exames. Com a solução, a marca abraça o conceito da indústria 4.0, que vem balizando todas as inovações do segmento. “Desde o primeiro dia até hoje, sempre apostamos tudo em inovação, que é o que nos diferencia no mercado”, declarou Marcus Figueredo, cofundador da Hi Technologies. Já a categoria Odontológica foi vencida pela DSP Biomedical, que desenvolveu um kit para cirurgias buco-maxilo-faciais e de implantodontia, otimizando os processos minimamente invasivos. Ricardo Toscano, diretor científico, representou a empresa. Cada um dos vencedores recebeu R$ 50 mil como prêmio. Para Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da ABIMO, o Inova Saúde tem como propósito compartilhar as conquistas e os progressos da indústria nacional. “Também pretendemos inspirar e incentivar todas as companhias a investirem em novas tecnologias, produtos e serviços”, disse. Em seu discurso de encerramento, Franco Pallamolla, presidente da ABIMO, destacou quão importantes são as empresas inovadoras para o progresso do país. “Esse é o esforço que nossas entidades têm perseguido, o de trazer o tema à tona e fazer com que cada um encontre um espaço na agenda para refletir e debater a inovação, que é a chave do sucesso.”
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Hospitalar: 25 anos de bons negócios e relacionamentos na saúde Por Vanessa Krunfli Haddad Falar em Feira + Fórum Hospitalar hoje, em qualquer reunião de negócios do setor, é o mesmo que pronunciar a palavra planejamento. Afinal, os quatro dias do mês de maio significam bloqueio certeiro da agenda, além da definição de estratégias com antecedência suficiente para que, seja qual for a novidade em produtos, equipamentos ou serviços, ela esteja pronta em todos os seus aspectos para o lançamento no maior evento de saúde das Américas. A mostra agrega 1,2 mil expositores, 31% dos quais são estrangeiros. Em estandes individuais ou áreas coletivas, eles se espalham pelos pavilhões principais do Expo Center Norte, na capital de São Paulo. Todos estes empresários veem na feira oportunidades de parcerias e negócios entre si e com os visitantes, um público que ultrapassou 46 mil profissionais em 2017, provenientes de vários estados do Brasil e de mais 70 países. Esta forte presença de visitantes e expositores estrangeiros é uma das marcas da Hospitalar, construída ao longo dos anos. Hoje, a feira é referência tanto para os compradores latino-americanos quanto para os exportadores nacionais e internacionais, que enxergam o evento como a porta de entrada para o mercado da América Latina. UM EVENTO QUE OUSOU NASCER GRANDE A Hospitalar teve sua origem com as perspicazes observações de uma jovem gaúcha que, durante seus estudos na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, se incomodava com a falta de acesso a um número mais amplo de fornecedores de produtos e equipamentos hospitalares. Poucas informações, assistência pós-venda inadequada, impossibilidade de comparação de preços e serviços… a futura médica Waleska Santos vislumbrou a realidade dos hospitais e não gostou do que viu.
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1º Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, realizado em 1994, conhecido atualmente como CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde
Recém-formada e trabalhando junto com o marido, Francisco Santos, fundador e presidente do Grupo Couromoda, Dra. Waleska começou a idealizar um novo empreendimento. “Se você não concorda com algo, precisa criar uma alternativa. Ao longo de mais de dez anos fui amadurecendo a ideia de reunir fornecedores e usuários em um ambiente favorável não só para negócios, mas principalmente para ampliar o seu conhecimento do mercado de saúde e de estimular o relacionamento setorial, que desse a todos mais poder e segurança nas tomadas de decisão.” Em 1992, nasceu a Hospitalar Feiras, Congressos e Empreendimentos. Em seguida, a médica procurou o auxílio de profissionais com ampla experiência para compreender melhor as necessidades do setor, o que resultou em cooperações e amizades permanentes. O primeiro encontro foi com o Dr. Paulo Barbanti, fundador do Grupo NotreDame Intermédica, que a apresentou ao grande interlocutor dos hospitais com o governo na época: Dr. Francisco Ubiratan Dellape. Presidente da Fenaess, o Dr. Dellape gostou da ideia e aceitou ser patrocinador da Hospitalar. Posteriormente, a feira ganhou outros dois patrocinadores: em 1993, recebeu o apoio do Sindhosp, na figura de seu presidente, Dr. Dante Ancona Montagnana, e, em 1996, conquistou a simpatia e o suporte do presidente da ABIMO, Dr. João Klinger. Outro parceiro e mentor foi o então diretor científico da Fenaess, Dr. Juljan Czapski, que, ao conhecer o projeto da Hospitalar, aconselhou o lançamento simultâneo de um congresso de gestão na área da saúde. Ele mesmo sugeriu o nome – Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, conhecido atualmente como CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde, o evento oficial da Hospitalar nestes 25 anos.
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Com a ajuda dos amigos, visitas a feiras no exterior e estudos de mercado, o modelo de negócios pioneiro na América Latina ficou pronto para ser apresentado ao setor e à imprensa, o que aconteceu no dia 15 de abril de 1993, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Desde o princípio, a Dra. Waleska descreveu a Hospitalar com as características pelas quais a feira é reconhecida atualmente: um evento multissetorial e internacional, financeiramente autossuficiente, com expositores do Brasil e de outros países e que oferece conhecimento especializado por meio de congressos. Dessa forma, foi em um contexto de reunião de entidades representativas, conversas com o setor, análise do mercado, sondagem da realidade internacional e intensa divulgação no Brasil e no exterior que aconteceu, de 14 a 17 de junho de 1994, a primeira edição da Hospitalar. VISIBILIDADE PARA O SETOR Desde então, a feira não parou de crescer, agregando a cada ano novos expositores, países, segmentos e mercados. Estes 25 anos são permeados por fatos marcantes para a história do setor, como a parceria com a maior feira de saúde do mundo, a MEDICA, realizada anualmente na Alemanha. Iniciado em 1997, o acordo de cooperação internacional mantém-se até hoje, abrindo portas para a ampliação de mercados aos expositores brasileiros e viabilizando maior presença internacional na Hospitalar. Foi por meio da Hospitalar que a IHF – Federação Internacional de Hospitais realizou, pela primeira vez em solo latino-americano, a sua conferência panregional, em 1998, concomitantemente à feira, trazendo para o Brasil lideranças da saúde das três Américas. Mais tarde, em 2009, a Hospitalar foi responsável pela organização do 36º Congresso Mundial de Hospitais – IHF 2009, no Rio de Janeiro, que apresentou o setor de saúde brasileiro à comunidade internacional, representada no evento por 69 países. COMPROMISSO COM A INOVAÇÃO A identificação de tendências e o desenvolvimento tecnológico da cadeia da saúde sempre foram os objetivos da Hospitalar, cumpridos tanto nas exposições quanto nos fóruns. Em 2003, a feira abriu espaço para a demonstração de novas possibilidades tecnológicas para a educação e a assistência em saúde, com o projeto Estação Digital Médica, idealizado pela Faculdade de Medicina da USP. Diversas atividades realizadas no estande, 10 anos de Hospitalar: Francisco Santos, presidente do Grupo Couromoda, e Dra. Waleska Santos reconhecem a dedicação e envolvimento do Dr. Juljan Czapski desde a concepção da feira
Abertura da Hospitalar 2016: Dra. Waleska Santos apresenta JeanFrançois Quentin, presidente da UBM Brazil, nova realizadora da feira
incluindo uma videoconferência com o Acre, mostraram aos visitantes uma nova realidade para a saúde, que foi se revelando mais e mais a cada ano, necessitando ser entendida, debatida e aplicada. Surgiu, então, em 2012, a Hospitalar Digital Health – 1ª Feira e Fórum Internacional de Telemedicina, Telessaúde e Tecnologia da Informação para Saúde. As discussões sobre eHealth ampliaram-se a cada edição do evento, culminando na realização, em 2017, do HIMSS@ Hospitalar – fórum global de tecnologia e inovações digitais para a saúde. A iniciativa é uma cooperação entre a Hospitalar e a Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) – organização global sem fins lucrativos, sediada nos Estados Unidos. Em sua segunda edição, o HIMSS@Hospitalar 2018 promete um conteúdo alinhado às melhores práticas, produtos e serviços de digital healthcare no mundo. O FUTURO DA SAÚDE Em 2015, a Hospitalar passou ao controle do grupo britânico UBM, segunda maior companhia organizadora de eventos profissionais do mundo. O presidente da UBM Brazil, JeanFrançois Quentin, garantiu que a feira seria “cada vez mais inovadora, agregadora e eficiente na geração de negócios, conteúdo especializado e networking profissional”. Desde 2016, primeira edição sob o comando da empresa, muitas novidades foram apresentadas. Entre elas, estão os setores de Facilities e de Tecnologia e o espaço Reabilitação, Ortopedia e Fisioterapia. Essas áreas somaram-se ao setor Hospitais Lounge e ao de Consumíveis, Descartáveis e Equipamentos, formando a nova configuração física do evento, destinada a facilitar a visitação daqueles que buscam soluções específicas relacionadas à sua atuação profissional.
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“Queremos reforçar que antecipamos tendências, seja através da nossa grade de congressos, seja através da nossa área de exposição”, afirma Quentin. “De certa forma, antecipamos o futuro do que será utilizado, atuando de forma multissetorial e incluindo tecnologia, facilities, reabilitação, equipamentos, produtos e serviços que movem toda essa indústria”, complementa, referindose ao novo slogan adotado: o futuro da saúde. Acompanhe a seguir as soluções de alguns expositores do evento.
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KONEX A empresa apresenta o sistema de dosimetria RaySafe I3. O dispositivo de alta tecnologia permite visualizar os níveis de exposição à radiação em tempo real. Outra novidade é o lançamento de sistemas de auxílio à proteção radiológica em parceria com a Brasilrad. O produto Float Lead tem a finalidade de sustentar as vestimentas de radioproteção durante os procedimentos radiológicos. Já o Compose Lead é um biombo radiológico para uso em hemodinâmica, centros cirúrgicos, UTI e leitos. Ele permite o perfeito posicionamento da barreira de proteção, sem comprometer a visualização, e reduz a exposição à radiação. Pav. Vermelho - Rua 17 Estande 122 (11) 5060-5590 l www.konex.com.br
DORJA Destaque da empresa, o aspirador cirúrgico Medicate MD600 é indicado para grandes procedimentos, sendo ideal para hospitais, clínicas e ambulatórios. Acompanha dois frascos graduados e autoclaváveis com capacidade para três mil mililitros cada. Possui motor ultrapotente e capacidade de sucção de até seis litros. Conta ainda com suporte sobre cinco rodízios, com trava e pedal de acionamento, além de ser certificado pelo Inmetro e ter registro na Anvisa. Pav. Branco - Rua 8 Estande 100 (11) 3872-4266 l www.dorja.com.br
CDK O aparelho de raios X Mascote Dynamic DT Digital – DR é um sistema totalmente integrado, com moderna tecnologia de geradores em alta frequência. Oferece excelente flexibilidade para utilização em centros cirúrgicos, leitos, berçários, UTIs, unidades móveis e home care. Conta com opções de comando em tela touch screen com 256 técnicas pré-programadas de fábrica totalmente editáveis, ou painel soft touch com técnicas radiográficas livres. Concebido em duralumínio, garante maior resistência mecânica e leveza no manuseio. Pav. Vermelho - Rua 17 Estande 18 (11) 4055-1011 l www.cdk.com.br
TTS Eficaz contra contaminação cruzada, o sistema Dosely possibilita ajuste de quando e quanto deve impregnar o refil com solução química, de acordo com a área e o tipo de higienização (leve ou pesada). Proporciona redução de até 70% no uso de solução e economiza até 20% do tempo, além de garantir maior ergonomia e segurança. Prático e ideal para limpeza de pisos, paredes e tetos, tem conceito de uso e descarte, e é 100% ecológico. Acoplado aos modelos de carros Magic, é compatível com os sistemas TTS em microfibra e atende à NR32.
EFE Entre os novos produtos HEINE, destaque para o SIGMA 250, um oftalmoscópio binocular indireto com cinta de cabeça, que conta com design moderno, excelente custobenefício e cinco anos de garantia, atendendo às exigências dos oftalmologistas. O LAMBA 100 é um retinômetro portátil que, através de três passos simples, permite determinar a acuidade potencial da visão do paciente e agora conta com cabo recarregável BETA 4 USB. Já o LOUPELIGHT 2 é um fotóforo LED leve e compacto, com brilho de 55.000 lux, temperatura de cor 4.000K, 50 mil horas de vida útil com mPack mini, capaz de operar nove horas de trabalho ininterrupto por quatro horas de plena carga. Pav. Branco - Rua 8 Estande 85 (81) 4009-9900 l www.efe.com.br
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PROTEC Desenvolvidos e fabricados no Brasil, os monitores RD12 e RD15 compõe a linha de monitores multiparamétricos R&D Mediq. Com design moderno e inovador, têm tela touch screen color com 12 ou 15 polegadas de alta definição, possibilitando a visualização de até 12 curvas, de diferentes parâmetros, de forma ampla. Apresentam parâmetros ECG, que possibilitam sete derivações simultâneas configuráveis, além de respiração, SpO2, PNI e temperatura. Possibilitam ainda alta conectividade ao viabilizar a integração com diversos sistemas através de saídas USB, cartão SD, HL7 e Wi-fi. Pav. Azul - Rua 4 Estande 80 (11) 3132-9899 l www.protec.com.br
Pav. Verde - Rua 11 Estande 190 (11) 4612-0722 | www.ttsbrasil.com.br
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FANEM A empresa apresenta aparelhos certificados e aprovados na terceira e última edição da normativa regulatória IEC 60601. Entre os itens que receberam melhorias destacamse a Incubadora de Transporte IT 158-TS e a Incubadora 1186. A IT 158-TS possui agora proteção IP33 contra poeira e respingos líquidos. Já na incubadora 1186-A é possível a inclusão opcional da balança integrada, alternância de medidas de pesagem (quilogramas e libras) e temperatura (Celsius e Fahrenheit). Também foram realizadas melhorias na usabilidade e incluído um novo parâmetro de medida, disponibilizando mais informações sobre o paciente. Pav. Verde - Rua 13 Estande 80 (11) 2972-5700 l www.fanem.com.br
TRAUMEC Há mais de 10 anos no mercado, a empresa amplia seu portfólio com o lançamento de um sistema para reconstrução das mãos e pés, com as linhas para extremidades Handfix e Footfix. Trata-se de um sistema de fixação rígida para mini e microfragmentações que permite maior estabilidade, contribuindo na reconstrução óssea. São compostos por parafusos e placas com perfil anatômico em titânio que se adaptam perfeitamente aos ossos, disponível em diversos modelos e tamanhos de acordo com as diferentes aplicações. Pav. Azul - Rua 3 Estande 79 (19) 3522-1177 l www.traumec.com.br
HEALTH MÓVEIS O carro beira leito para prontuários eletrônicos Tech Care é durável, ergonômico, fácil de manusear e seguro. Projetado para oferecer maior agilidade ao usuário, segurança para o paciente e lucratividade para o hospital, oferece praticidade e modernidade para o dia a dia. Leve e compacto, tem material produzido em aço inox e polímero ABS com nanotecnologia antibacteriana. De fácil mobilidade, possui ajuste de altura e permite diversos tipos de acessórios, além de ter um exclusivo sistema antifurto para notebook. Pav. Branco - Rua 8 Estande 135 (11) 3645-2226 l www.healthmoveis.com.br
CONTROLLER A empresa apresenta o que há de mais moderno em proteção radiológica, lançando os aventais Litegreen, que são até 70% mais leves que os convencionais. Utilizando uma mistura sem chumbo, eles garantem ao médico muito mais conforto em longos procedimentos cirúrgicos. Disponíveis nas versões casaco, cirúrgico, colete e saia, possuem 100% de aprovação nos testes radiométricos. A completa linha de radiologia conta ainda com aventais de chumbo, vidros (visores), luvas, écran, chassis e grades antidifusoras. Pav. Azul - Rua 3 Estande 4 0800 48 2828 l www.controller-sc.com.br
MACROSUL O Eko é um amplificador de sons cardíacos e corporais que pode ser acoplado a qualquer estetoscópio convencional. Os sons auscultados são eletronicamente amplificados, filtrados com redução de ruído e transferidos via bluetooth para dispositivos móveis ou PC para armazenamento, reprodução e compartilhamento de dados através de aplicativo, que permite gravar, salvar e reproduzir sons cardíacos, pulmonares, vasculares ou abdominais; visualizar as ondas sonoras em tempo real, bem como compartilhar com outros profissionais; gerar relatórios de ausculta em arquivo e sincronizar com prontuários eletrônicos. Pav. Azul - Rua 3 Estande 59 (41) 2102-8344 l www.macrosul.com
SAMTRONIC
A empresa apresenta novos produtos e soluções em Critical Care e lança parceria com a empresa sul-coreana Mediana, devido à alta capacidade produtiva e qualidade inerentes aos produtos fabricados na Coreia. Sua linha conta com eletrocardiógrafos, cardioversores e DEAs. Entre as novidades, destaque para os equipos e descartáveis para infusão e para os novos oclusores Safesam Nano e Safesam Plus, que garantem segurança e buscam melhorar o atendimento e o dia a dia dos profissionais de saúde. Outra novidade é a complementação da linha Serisam, com os novos tamanhos: 60mL e 10mL. Pav. Branco - Rua 10 Estande 75 (11) 2244-7750 l www.samtronic.com.br
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JG MORIYA O Sistema de Infusão Inteligente para Multiterapia CADD Solis VIP permite fácil utilização cotidiana. É um sistema ambulatorial de pequenas dimensões, com interface intuitiva, que facilita a mobilidade do usuário. Versátil, conta com cinco modos de administração ideais para cuidados domiciliares. Com grande tela colorida que apresenta o progresso da terapia, auxilia na resolução de problemas e reduz o número de visitas aos profissionais de saúde. Os reservatórios CADD oferecem segurança na medicação e proteção contra fluxo livre na administração de fluidos. A durabilidade do hardware prolonga a vida útil e reduz o custo total do aparelho. Pav. Verde - Rua 10 Estande 60 (11) 5573-9773 l www.jgmoriya.com.br OXIGEL A empresa lança o Guia de Intubação Bougie, nas versões adulto e infantil, adulto e infantil ventilado e adulto iluminado. Projetado e indicado para intubação, tem o objetivo de auxiliar a introdução da sonda, pois, ao ser colocado dentro do tubo endotraqueal, confere a ele formato e resistência adequados para facilitar o procedimento. É ideal para situações de rotina em que há dificuldade para exposição adequada da laringe por laringoscopia (via aérea difícil) e em emergências de via aérea. Totalmente desenvolvido no Brasil, é fabricado com matéria-prima e maquinário nacional. Pav. Branco - Rua 9 Estande 162 (11) 5567-1766 l www.oxigel.com.br
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NEUROTEC O NEUROMAP® EQSA260 é um eletroencefalógrafo portátil de 26 canais, que utiliza modernas técnicas de Processamento Digital de Sinais (DSP). Com instalação fácil e rápida, possui recursos de software para facilitar a transferência de exames para laudos à distância. Realiza os seguintes exames: EEG Digital Quantitativo e Topográfico, Poligrafia Neonatal, Polissonografia/Vídeo, Vídeo-EEG Digital e a Monitoração de EEG/Vídeo, que permite a monitoração do EEG do paciente em tempo real. Conta ainda com recursos como DSA, aEEG, CSA e Índice de Assimetria. Pav. Verde - Rua 11 Estande 144 (35) 3623-2500 l www.neurotec.com.br
NIAZI CHOHFI A empresa confecciona e distribui completa linha de enxovais hospitalares composta por protetores de colchões, travesseiros, colchas, edredons e cobertores, além de toalhas bordadas, alto relevo ou silk screen e lençóis de 180 a 1000 fios. Sua linha cirúrgica engloba aventais, capotes, camisolas, pijamas, conjuntos, toucas e capas para biombos. Pav. Azul - Rua 3 Estande 100 (11) 3322-6565 | www.niaziprofissional.com.br
BALMAK A empresa inova e lança a myFIT!, balança digital inteligente de análise corporal com bluetooth e aplicativo para smartphone. Com capacidade para 180 kg e divisão de 100 gramas, apresenta, em tempo real, informações de índice de gordura, índice de massa corporal, água corporal, massa muscular, massa óssea, consumo calórico indicado, índice de gordura visceral, índice proteico, idade e gordura corporal, com acompanhamento dos resultados e gráficos pelo app Ai Fit. Possui display branco de alta definição e design ultra slim, sendo ideal para controle da saúde e promoção do bem estar. Pav. Azul - Rua 2 Estande 88 0800 771 7981 l www.balmak.com.br
TRANSMAI A empresa apresenta a nova versão do eletrocardiógrafo EX-03, com interface para conexão ao computador via USB e software que permite ao usuário imprimir simultaneamente em fita ou folha A-4 todos os exames realizados, centralizando dados essenciais do paciente, tais como as 12 derivações, número do exame, data, hora, nome do paciente, idade, sexo, peso, altura, pressão, glicemia, triglicérides, colesterol e medicação, entre outros. Outros destaques são o bisturi eletrônico microprocessado BP-100D, com controle totalmente digital, e o cardioversor bifásico portátil DX-20 colorido, com bateria interna. Pav. Branco - Rua 9 Estande 90 (11) 2335-1000 l www.transmai.com.br
SOFT WORKS Lançamento, o Classic Works é o primeiro calçado EVA com biqueira fabricado no Brasil. Livre de látex e ftalatos, é superleve e impermeável, permitindo fácil higienização, já que é lavável. Atendendo à norma NR 32, contém agente antimicrobiano e palmilha absorvente também antimicrobiana. Sua biqueira COMPOSITE é cerca de 50% mais leve que uma de aço tradicional. Possui ainda solado Super Grip antiderrapante, resistente a escorregamento SRC e a óleo. Pav. Vermelho - Rua 17 Estande 110 (16) 3703-3240 l www.softworksepi.com.br
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Tintas antimicrobianas oferecem segurança a ambientes de saúde Num ambiente de saúde, qualquer detalhe pode fazer a diferença no bom atendimento aos pacientes, por isso, a manutenção das dependências hospitalares é fundamental para proporcionar um local acolhedor a todos que o frequentam. Uma forma de demonstrar esse cuidado é utilizar tintas desenvolvidas especialmente para o setor, como as produzidas pela Sherwin-Williams e comercializadas pela Casa Toni. A linha hospitalar de tintas da SW inclui diversas soluções, todas com aditivo antimicrobiano, que reduz a proliferação de fungos e bactérias. Desenvolvidas com matérias-primas de alta tecnologia, as formulações permitem que a pintura seja feita em áreas internas ocupadas, garantindo que o ambiente permaneça sem cheiro em até três horas após a aplicação. “Além disso, as fórmulas de nossa linha Hospitalar foram adequadas para resistir às mais diversas situações a que os corredores e as áreas com pacientes estão sujeitas, como tráfego de macas, cadeiras de rodas, carrinhos de refeições, pacientes, visitantes, corpo médico e paramédico, oferecendo maior facilidade de reparos e restauração na repintura”, garante Eginaldo Franzão, gerente de Marketing de Inovação da Sherwin-Williams. Por exemplo, a Tinta Madeiras e Metais Esmalte Base D’Água, com acabamento alto brilho e acetinado, substitui com vantagem os esmaltes sintéticos à base de solvente usados até então, em função de sua excelente resistência às sucessivas lavagens. Além de apresentar os mesmos resultados de resistência e melhor manutenção da cor, é de secagem mais rápida, baixo odor e com baixíssimo teor de solventes orgânicos. É recomendada para aplicações em áreas externas e internas de portas, janelas, camas, etc., e não sofre amarelamento. Outra solução da marca é a Paredes e Tetos, tinta acrílica de acabamento acetinado com excelente resistência, que A Casa Toni tem mais de 60 anos de tradição e também comercializa tintas imobiliárias para as áreas externas do hospital
permite fácil limpeza. É especialmente indicada para áreas sujeitas a respingos ou derramamento de desinfetantes hospitalares, como áreas pediátricas, enfermarias, áreas de circulação e salas de espera. Paredes e Pisos Centro Cirúrgico, por sua vez, é um esmalte epóxi à base d’água, de fácil aplicação. Proporciona um acabamento resistente e semibrilhante, substituindo com vantagens outros revestimentos. É indicado para ambientes onde revestimentos e pinturas convencionais sofrem deterioração pelo manuseio, por repetidas operações de limpeza ou por contato com produtos químicos, impedindo uma correta desinfecção, sendo ideal para Centros Cirúrgicos e UTIs. Pode ser aplicado sobre alvenaria, pisos porosos e drywall, com o devido preparo da superfície. Segundo Fabio Marzolla, gerente de vendas para pessoa jurídica da Casa Toni, há uma responsabilidade muito grande envolvida na venda dos produtos da SW. “Nós não podemos correr riscos. A Sherwin Williams é uma empresa com tradição em tintas hospitalares, não só no Brasil como no mundo inteiro”, expõe. A Casa Toni, que tem mais de 60 anos de tradição, também comercializa a linha de tintas imobiliárias para as áreas externas do hospital. Oferece, ainda, material de construção para as áreas hidráulica e elétrica, bem como ferramentas e ferragens. “Trabalhamos incansavelmente para garantir que o cliente tenha o melhor atendimento. Isto é feito de uma maneira muito diferente do mercado: nós não queremos vender nem mais nem menos do que o cliente precisa, por isso sempre perguntamos qual é a área a ser pintada para ajudá-lo a dimensionar o seu gasto”, explica. Além disso, a entrega é feita em até 24 horas após o pedido ser confirmado (para itens de linha), com uma equipe uniformizada e equipada. Os caminhões são próprios, ou seja, a entrega não é terceirizada. Marzolla garante que o estoque é bastante robusto e, portanto, a empresa atende rapidamente os pedidos.
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www.casatoni.com.br (11) 3672-5644
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Sadalla implanta metodologia lean com ajuda do Hospital Einstein Os primeiros conceitos a respeito do termo lean manufacturing, no português “manufatura enxuta”, foram usados na década de 80, no Japão, mais especificamente na indústria automobilística, com o objetivo de tornar as atividades da produção de veículos menos custosas, mais rentáveis, e, portanto, mais eficientes. Desde então, a filosofia tem sido disseminada entre instituições, sejam manufatureiras ou de prestação de serviços. A grande oportunidade que ela traz para as organizações é potencializar resultados e melhorar o aproveitamento do capital humano, por meio da contínua eliminação de desperdícios e resolução sistemática de problemas. Especificamente na área da saúde, o lean remete à década de 90, quando alguns hospitais dos Estados Unidos começaram a implantar o método frente aos inúmeros e complexos desafios enfrentados, evidenciando que hospitais, laboratórios e unidades de saúde precisavam encontrar soluções que já eram praticadas em outras áreas de negócios. Atualmente, grandes centros médicos e instituições de vanguarda na Europa, América do Norte e Oceania aplicam o lean e, a partir dele, desdobram suas estratégias. O interesse na sua implementação em organizações de saúde no Brasil tem sido crescente, seguindo tendências observadas em outros países. Apesar de ainda recente, a utilização do lean na saúde vem trazendo resultados efetivos, com economia expressiva de recursos e saltos de qualidade nos serviços prestados. Os benefícios envolvem ganhos na segurança dos processos e na eliminação de diversas formas de desperdício, incluindo etapas clínicas mais rápidas e simples, bem como uma melhor experiência global do cuidado prestado. O Sistema de Saúde do Reino Unido (NHS – National Health System) e o Sistema de Saúde Canadense aplicam o pensamento lean em toda a sua estrutura há mais de uma década. Com toda essa oportunidade que a metodologia traz, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, de Joinville, SC, viu um grande potencial para melhorar seus processos, com menos desperdícios e métodos analíticos.
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Mirian Pinheiro, gerente administrativa do Sadalla
Os profissionais nomeados gerentes de projetos lean participaram de treinamentos presenciais no Einstein
As ações de absorção da cultura lean foram realizadas com o apoio do Hospital Israelita Albert Einstein, com treinamentos de imersão para as gerências administrativa e de marketing e coordenação de processos do hospital. A equipe do Sadalla pôde visitar as unidades do Hospital Albert Einstein e conhecer a metodologia já implantada. Depois, os profissionais nomeados gerentes de projetos lean foram designados para também absorver a metodologia com treinamentos presenciais na instituição modelo. Eles aprenderam toda a metodologia (DMAIC), conheceram a filosofia e definiram os projetos que seriam desenvolvidos em cinco áreas: centro cirúrgico (otimização da ocupação), faturamento (conta certa), centro de diagnósticos (otimização do fluxo de atendimento), suprimentos (otimização de estoque de materiais e medicamentos) e agendamento cirúrgico (conversão cirúrgica). Estes profissionais gerenciaram seus projetos com suas equipes e, ao mesmo tempo, atuaram como multiplicadores da cultura lean dentro do Sadalla. “Foram 10 meses de trabalho e, ao final, ficou evidente o quanto a filosofia transformou a maneira de pensar dos profissionais, mudando a forma como resolvem as fragilidades dos processos operacionais”, conta Mirian Pinheiro, gerente administrativa do hospital. Segundo ela, a relevância desta experiência para a instituição torna-se ainda mais perceptível com os resultados financeiros que os projetos trouxeram, aproximadamente seis vezes acima do investimento realizado. Além disso, foi identificada significativa melhoria nos procedimentos, gerando maior segurança e satisfação dos pacientes, colocando-os como foco nas tomadas de decisões. “Para sustentar a cultura de transformação que propõe a metodologia, é necessário ter o apoio e o engajamento da alta direção, ponto que foi muito fortalecido no Sadalla durante o acompanhamento dos projetos”, comenta Mirian. O desafio agora, de acordo com ela, é fortalecer ainda mais esta metodologia com a segunda onda de trabalhos, que conta com três novos projetos lean a serem desenvolvidos nas seguintes áreas: central de comunicações – aumento de agendamento de consultas, com a meta de R$ 130 mil no aumento de receita –; centro cirúrgico versus faturamento – redução do consumo de materiais e medicamentos, com meta de R$ 500 mil de redução de despesas –; e agendamento de cirurgias – otimização dos processos, focando na maior efetivação cirúrgica, com meta de R$ 500 mil no aumento da receita.
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ROSSMARK MÓVEIS
Com 90 anos de experiência em marcenaria sob medida, a empresa executa projetos para hospitais, clínicas e consultórios, além de atuar também nos segmentos de hotelaria, corporativo e residencial. Executando rigorosamente o projeto de acordo com cada cliente, a Rossmark garante qualidade, com equipe especializada e pontualidade nas entregas, tendo em seu portfólio hospitalar móveis, portas, shafts, divisórias, painéis, revestimentos, entre outros. (47) 3334 -1055 l www.rossmark.com.br
ECCO BRASIL Há mais de 15 anos, a empresa fabrica produtos de higiene pessoal e amenidades para hotelaria, formulados com extratos naturais. Atendendo os principais hospitais, maternidades e clínicas do país, oferece kits personalizados, com sabonete, xampu, touca de banho, entre outros. Ecologicamente correta e sustentável, a Ecco Brasil é parceira da Ecologic, empresa americana desenvolvedora do Eco One, composto orgânico que torna o plástico biodegradável, permitindo a desintegração em cinco anos, ao contrário das embalagens comuns, que podem permanecer na natureza por até 200 anos.
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ROMED Os circuitos para anestesia e ventilação, desenvolvidos em silicone, são indicados para distribuição de gases nos procedimentos de ventilação mecânica e anestesia, sendo ideais para utilização médico-hospitalar. Oferecendo soluções de qualidade para cardiologia, anestesia, oxigenoterapia e resgate, a empresa distribui produtos médicos e hospitalares nacionais e importados, com extensa linha e opções das marcas mais confiáveis do mercado. (11) 3718-1000 l www.romed.com.br
SUBAMEDIC Disponibilizando tecnologia avançada para a higiene do paciente, a Toalha-Plus Seco é um sistema descartável de higiene manual especialmente indicado para peles muito sensíveis. Devido ao seu baixo custo, oferece excelente custo benefício, não causa irritação na pele, além de evitar a contaminação cruzada. Permite facilidade logística, pois é nove vezes mais leve do que os produtos tradicionais e ocupa pouco espaço. (55) 9139-9999 l www.subamedic.com.br
SOFEX Sterilink é um sistema de controle de esterilização destinado a atender hospitais, clínicas e universidades médicas. Os pacotes são controlados por etiquetas resistentes ao calor com QR codes, que podem ser lidos por leitores remotos. Sendo o que há de mais moderno em termos de esterilização, confiável e acessível, foi desenvolvido por cientistas da computação em conjunto com profissionais da área. Tem como principais benefícios total rastreabilidade do processo, controle de usuários por meio de biometria e controle dos ciclos de esterilização. Além de reduzir erros e custos com papel, melhora a eficiência do processo. (31) 3360-8490 l www.sofex.com.br
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Fundada em 1966, a Peg-Mais é detentora da marca Gets Café, que possui uma rede de 24 cafeterias, incluindo as instaladas em hospitais como Santa Cruz, Nipo Brasileiro e Dr. Moysés Deutsch (M´Boi Mirim). A empresa realiza todo o investimento necessário para instalação, equipamentos, mobiliário e manutenção das cafeterias, além de ser responsável pelo treinamento e uniformização dos funcionários, e por todos os encargos, licenças e impostos decorrentes da concessão do espaço. (11) 3862-6544 l www.pegmais.com
Em constante estudo para o desenvolvimento de novas soluções estéticas e funcionais em mobiliário hospitalar, a empresa lança a poltrona reclinável Kitty, que mantém as características de relevância da marca, como a regulagem do ângulo do espaldar, do apoio de cabeça e do apoio para os pés, todos com acionamentos independentes, agora apresentados em um novo conceito estrutural de grande leveza. O resultado é um produto ideal para um mercado cada vez mais exigente, que concilia economia, qualidade e funcionalidade. (11) 3208-6722 l www.lafer.com.br
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CASA TONI Atuando desde 1956, a empresa fornece uma linha completa para pintura de hospitais, clínicas e laboratórios. Entre os produtos a pronta-entrega disponíveis em seu estoque estão tintas brancas ou pigmentadas da linha Hospitalar: tinta acrílica, esmalte base água e esmalte epóxi. Conta ainda com materiais para construção, impermeabilizantes, material elétrico e hidráulico, ferramentas e ferragens. Com entrega rápida na Grande São Paulo, apenas 24 horas após a aprovação do pedido, oferece análise de crédito expressa. (11) 3672-5644 l www.casatoni.com.br
COLORTEL Especialista em aluguel de eletroeletrônicos, oferece locação de aparelhos de ar condicionado, gerando economia com custos de manutenção e mão de obra. Além disso, presta assessoria em caso de fiscalizações governamentais, pois conta com engenheiros e técnicos capacitados para emissão de ART e PMOC. Também estão disponíveis para locação televisores, frigobares, purificadores de água e cofres. Orçamentos pelo e-mail faleconosco@colortel.com.br. 0800 025 2872 l www.colortel.com.br
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KOLPLAST Isolar e tratar uma veia periférica é um procedimento simples, desde que realizado por mãos habilidosas e com instrumental adequado. Pensado para simplificar, o dissector venoso oferece eficiência e precisão. Estéril e pronto para uso, está disponível em seis calibres diferentes, com cores diversas para facilitar a identificação. Sua alma metálica garante maior firmeza para a alavanca. Ergonômico, realiza captura vascular precisa. (11) 4961-0900 l www.kolplast.com.br
PROMOPRESS Há mais de 18 anos no mercado, a empresa atua na impressão de materiais gráficos, como envelopes, pastas, folders, catálogos, banners, entre outros. Destaque para os cadernos personalizados, que além de serem bastante úteis para organização profissional no dia a dia de parceiros e fornecedores, também são excelentes opções de brinde, pois valorizam a imagem da marca, atraindo a atenção do público em geral e conquistando novos clientes. (11) 3126-3126 l www.promopress.com.br
CLEAN MEDICAL Com conceito próprio e visão diferenciada, buscando a satisfação de seus clientes, a empresa presta serviços de locação e calibração de equipamentos para área hospitalar, além de venda de acessórios e aparelhos das marcas mais conceituadas do mercado. Atendendo todo o território nacional, possui um parque de equipamentos com alta tecnologia. A locação é uma alternativa que promove principalmente a redução de custos com aquisição e manutenção preventiva e corretiva, além de possibilitar constante atualização tecnológica. (11) 5018-1044 l www.cleanmedical.com.br
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KOLPLAST Com dezenas de produtos em seu portfólio, dos quais pelo menos 80% são projetados e desenvolvidos pela marca pela primeira vez no Brasil, a empresa busca produzir nacionalmente com qualidade internacional, adequando-se financeiramente à realidade de mercado brasileiro. Destaque para o Kit Anestesia descartável, que traz, de forma prática, econômica e estéril, os principais acessórios necessários para procedimentos de anestesia raqui e peridural, prontos para uso. É composto por seringas, agulhas, compressas de gaze, esponjas para antissepsia, campos cirúrgicos e bandeja. (11) 4961-0900 l www.kolplast.com.br
SIMILAR & COMPATÍVEL A fábrica nacional de acessórios para bisturi eletrônico tem em seu portfólio a primeira caneta monopolar descartável de controle manual, modelo DAL01. Desenvolvida para facilitar o manuseio em procedimentos cirúrgicos com a função de corte, coagulação, fulguração e dissecção, pode ser utilizada em qualquer bisturi eletrônico que possua entrada para tomada de três pinos. Ergonômica, acompanha eletrodo de aço inox tipo faca com 70 milímetros. Seu encaixe interno possui formato ideal para a utilização de qualquer marca de eletrodo sextavado. Conta ainda com manuais do processo de validação para esterilização em óxido de etileno e registro na Anvisa. (16) 3969-1836 l www.similarcompativel.com.br
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JMC Há 45 anos especializada em produtos elétricos, a empresa oferece ao mercado hospitalar uma gama completa de material elétrico e iluminação. Seu portfólio conta com lâmpadas LED, lâmpadas tubulares, painéis de LED, luminárias, luminárias de emergência, nobreaks, telefones, ventiladores, chuveiros, cabos, eletrocalhas, eletrodutos corrugados, tomadas, interruptores, botoeira quebra-vidro, sensores de incêndio, disjuntores e contatores. (11) 3358-8000 l www.jmc.com.br
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Ginecologia
Kolplast desenvolve primeiro processador de lâminas para citologia líquida do Brasil É consenso mundial que o tradicional exame de Papanicolaou é técnica ultrapassada, pois dá margem a falhas sérias, tanto por identificar lesões não existentes, como, o que é pior, por deixar de fazê-lo quando há indícios de doença. Dr. Benedito Fittipaldi, diretor médico e presidente do Conselho de Administração da Kolplast, pioneira em produtos para a saúde da mulher, explica que, em países desenvolvidos, a metodologia que substituiu o Papanicolaou é a citologia de base líquida, até então disponível no mercado brasileiro a uma pequena parcela da população, que pode arcar com os altos custos de um produto importado, seja através de empresas de seguro saúde, seja por recursos próprios. Pensando nisso, a Kolplast, que tem em seu portfólio algumas dezenas de produtos, dos quais pelo menos 80% foram projetados e fabricados pela marca pela primeira vez no Brasil, dedicou três anos à pesquisa e ao desenvolvimento do processador de lâminas para citologia líquida CellPreserv, que, segundo Fittipaldi, não é um simples processador de lâminas. “É o ‘estado da arte’ neste tipo de equipamento, capaz, como pouquíssimos no mundo, de processar com uniformidade absoluta, repetindo por infinitos ciclos, uma lâmina em monocamada celular”, explica.
Dr. Benedito Fittipaldi e Nivea Fittipaldi, diretores da empresa
EM AÇÃO Uma parceria entre a Prefeitura de Itupeva, a Kolplast e o Laboratório Genoa/LPCM proporcionou para um grupo de moradoras do município recursos tecnológicos e diagnóstico de ponta para prevenção do câncer do colo uterino. A acordo foi firmado em 22 de março último, no Paço Municipal. A Kolplast disponibilizou para esta campanha todos os componentes, incluindo 200 kits do processador de lâminas CellPreserv. O laboratório Genoa, especializado em tecnologias diagnósticas avançadas, especialmente biologia molecular, ficou responsável pelo processamento de todo o material celular colhido das pacientes e, nos casos suspeitos, completou a análise com a pesquisa do HPV.
O produto é o último elo da metodologia de citologia em base líquida, que necessita de cinco componentes descartáveis, além dele mesmo, tornando possível, pela primeira vez no Brasil, o processamento de lâminas, em especial, mas não exclusivamente, para o diagnóstico e a prevenção do câncer do colo uterino. “Alguns milhões de reais foram investidos no projeto, que, por sua relevância nacional, recebeu apoio financeiro adicional da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo”, ressalta.
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De acordo com Fittipaldi, o CellPreserv significa para as brasileiras uma oportunidade aumentada de livrarem-se do passado naquilo que tange a prevenção do câncer do colo uterino. Vale lembrar que este tipo de câncer é o terceiro que mais mata mulheres no país. “Para a Kolplast, o novo produto traz a satisfação de mais uma vez, e a um só tempo, auxiliar pessoas a cuidar melhor da saúde e fazer história no setor médico industrial brasileiro”, salienta.
O CellPreserv é capaz de processar com uniformidade absoluta, repetindo por infinitos ciclos, uma lâmina em monocamada celular
www.kolplast.com.br l (11) 4961-0900
O próximo passo é disponibilizar a metodologia com todos os seus componentes, em alta escala, tanto para o mercado nacional como o internacional, com especial ênfase nos países latino-americanos.
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Gente que faz
TÉRCIA SOARES SHARPE Quando o trabalho voltado aos cuidados no fim da vida vira uma missão pessoal Por Carol Gonçalves “A maior certeza dessa existência é que um dia todos vamos morrer, pois a vida é uma jornada que tem começo, meio e fim”. Esta frase está em um artigo de Tércia Soares Sharpe – escritora, palestrante e consultora sobre assuntos relacionados ao fim da vida – e ilustra um assunto delicado que merece atenção de todos, afinal, quem nunca vai morrer? É a este tema que nossa entrevistada dedica sua vida. Bacharel em Enfermagem com 40 anos de experiência, Tércia tem mestrado em Missiologia e especialização em Cuidados Intensivos, associada à Fundação de Pesquisas ELNEC – End-of-Life Nursing Education Consortium, vinculada à AACN – American Association of Colleges of Nursing. Ela já atuou como enfermeira de cabeceira e esteve nas áreas administrativas e educacionais da enfermagem no Brasil e nos Estados Unidos. Especializada em cuidados paliativos, iniciou o Programa do Fim da Vida no Hospital INOVA Loudoun, de Virgínia, do qual foi coordenadora por nove anos. Também é treinadora do Curso ELNEC para enfermeiros nos Estados Unidos, agora também disponível no Brasil. Em 2012, foi premiada por seu comprometimento em promover cuidados paliativos com excelência a pacientes críticos, oferecido pelo ELNEC. Já em 2013, recebeu o prêmio de Enfermeira Inovadora do Ano, pela INOVA Health Systems, por iniciar o programa do fim da vida na instituição. Nesta entrevista, Tércia explica desde o termo “missiologia” até o que significa o curso ELNEC e o Programa do Fim da Vida. Ela também aborda as características que um profissional deve ter quando se fala em cuidados paliativos e comenta seu livro “Última palavra”. Após a leitura, é possível dizer que devoção e gratidão expressam sua jornada!
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O que É “missiologia” e como se relaciona com a área da saÚde? Missiologia é um ramo da Teologia que se preocupa em entender e respeitar a religião e a cultura dos outros sem negar nosso compromisso ou crença pessoal. A missiologia estuda os desafios, as barreiras, a maneira como devemos nos preparar para poder servir bem em outra cultura e como se integrar a um contexto muito diferente do seu, entre outros temas. Especialmente no fim da vida, o ser humano procura significado. O conhecimento sobre diferentes culturas nos torna mais abertos e capazes de respeitar nossos pacientes ao encontrarem significado para as doenças, o sofrimento e a morte. Nosso entendimento sobre cultura não pode estar limitado apenas a raça, etnicidade e afiliações religiosas, há muitas variáveis. Cada ser humano é único e queremos personalizar o cuidado a cada paciente e seus familiares na conclusão do ciclo da vida. O que É o Programa do Fim da Vida? É um programa que criei para melhorar o atendimento ao paciente e seus familiares no fim da vida. Esse programa abrange três segmentos: estabelecer normas, condutas e
rotinas no cuidado ao paciente; treinamento de enfermeiros para capacitá-los a cuidar de pacientes no fim da vida, baseado no programa ELNEC; e culto em memória dos pacientes. Partindo de sua eXperiência no Brasil e nos Estados Unidos, quais as principais diferenças entre esses países quando se fala no cuidado no fim da vida? Hoje, nos Estados Unidos, 1.800 hospitais têm cuidados paliativos, isso significa que mais de 80% dos pacientes hospitalizados com doenças graves têm acesso a este serviço, segundo dados divulgados no site www.medscape.com. Ainda existe a dificuldade de aceitação por parte de alguns médicos, mas o próprio paciente ou o familiar pode solicitar uma consulta com um profissional de cuidados paliativos. O médico do paciente não precisa concordar ou autorizar essa consulta. Muitas vezes as famílias desconhecem esse recurso, então os enfermeiros treinados iniciam essa conversa. Aqui no Brasil, entendo que junto à falta de equipes de cuidados paliativos nos hospitais e clínicas, os médicos que praticam a medicina tradicional – que tenta curar a doença – não têm muito conhecimento sobre essa especialidade e por isso não indicam. A população precisa ser educada com relação às opções de tratamentos que existem para o fim da vida. Quais os principais receios dos prÓprios profissionais da saÚde quando se fala nos cuidados no fim da vida? Falta conhecimento. A grande maioria desconhece no que consistem os cuidados paliativos. Os médicos temem ser processados por não tentar usar todos os meios possíveis para salvar o paciente até o fim: a distanásia. Os enfermeiros, por falta de conhecimento, não defendem os interesses dos pacientes, mesmo quando eles têm o testamento vital. Esses dados foram divulgados pelo site da Folha de S. Paulo, em maio de 2017. O que É o curso ELNEC e qual a importÂncia de estar disponível agora no Brasil? ELNEC é uma fundação de pesquisas que tem como objetivo educar enfermeiros em cuidados paliativos e é administrado pela AACN, em Washington DC e City of Hope, em Los Angeles, Califórnia. Estes cursos já foram oferecidos em 96 países. Nos Estados Unidos, mais de 23.000 enfermeiras receberam esse treinamento. Os aspectos abordados são: cuidados paliativos/cuidados de conforto, aspectos éticos e legais, aspectos culturais e espirituais, sintomas e medicações, técnicas de comunicação com pacientes e familiares, últimas horas de vida, perda/falecimento/tristeza. Minha proposta é oferecer o curso por estado ou região do Brasil. São 16 horas
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de treinamento divididas em dois dias. Logo anunciarei no meu site (terciasoaressharpe.com) possíveis datas e detalhes sobre o programa. A região que apresentar o maior número de interessados será aquela por onde vou começar. Quais as principais características que um profissional deve ter quando se fala em cuidados paliativos? Características pessoais: autenticidade, honestidade, atenção, apreciação, receptividade, responsabilidade, respeito e aceitação. Características relacionadas aos valores: no relacionamento, a maneira como dialoga, companheirismo, saber relevar, saber manter proximidade e ao mesmo tempo promover privacidade, ter uma abordagem sistêmica. Competência nos cuidados: percepção, ouvir atentamente, se envolver sem ocupar muito o espaço. Vale lembrar que tudo isso se aprende. Como instituir o Programa do Fim da Vida no hospital, que você aborda em um curso? O hospital contrata os meus serviços e, se já houver uma pessoa indicada para cuidados paliativos, eu adapto o programa que tenho para as necessidades do hospital. Mas, basicamente, consiste em: elaboração de um manual de rotinas para que todos os enfermeiros sigam o mesmo padrão e isso se torne um diferencial para a instituição; o profissional indicado deve assistir a um treinamento ELNEC para que possa ter condições de orientar a sua equipe; implementação do Culto em Memória passo a passo – inclusive apresentei um pôster sobre esse assunto em uma conferência nacional do ELNEC em Washington DC; e reuniões regulares para que os enfermeiros possam falar como estas “perdas” afetam a vida deles, com a presença de psicólogos especializados.
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Quais os desafios que os hospitais encontram para instituir esse programa? Como superá-los? Eu diria que o desafio não é tanto do hospital, mas, sim, do profissional que se dispõe a mudar a rotina para fazer algo melhor ao paciente e seus familiares, e que, no final do dia, traga maior satisfação e realização a ele. O desafio do hospital é procurar ouvir e entender os benefícios do programa para o paciente, os familiares e o próprio hospital, e apoiar financeiramente, enviando pelo menos dois enfermeiros para os treinamentos ELNEC, pagando o curso, as passagens e o hotel. Com uma população educada com relação às decisões com respeito ao fim da vida, ao escolherem cuidados paliativos e de conforto quando viver naturalmente deixar de ser uma opção, os hospitais evitarão de gastar o absurdo que se gasta na distanásia. Com esse dinheiro, educam os profissionais e realizam campanha de doação de órgãos. Sobre o prêmio de Enfermeira Inovadora, recebido em 2013, a que você credita essa conquista? O meu sonho era valorizar aquela pessoa que chegava ao fim da maratona da vida e ajudar os familiares a sentirem um carinho especial no tratamento oferecido num momento tão sensível e honroso. Então eu criei o Programa do Fim da Vida, que foi o resultado de especialização nessa área, com muita leitura e pesquisa. No começo, fazia tudo sozinha porque ninguém achava importante, exceto os familiares – o suficiente para eu continuar. Incentivei outras enfermeiras a receberem o treinamento ELNEC para que pudessem se tornar educadoras também. Então, idealizei o programa de educação para enfermeiros baseado no ELNEC, valendo horas de educação continuada, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. E criei o culto em memória, que era a menina dos
meus olhos! No início, eu pedia às voluntárias que fizessem bolos para eu servir com café no final. Depois de um ano, a administração passou a liberar o que eu quisesse oferecer no término do culto. A satisfação dos pacientes e familiares se elevou, e muito, então me premiaram. Continuei como coordenadora desse programa por nove anos e, por motivos pessoais, tive de mudar de estado, mas, graças a Deus, o programa continua. Em seu site, diz que você tem dedicado sua vida a pesquisar como dar respostas para perguntas incômodas. Quais as perguntas mais comuns? As perguntas mais comuns em nossa cultura ocidental são em relação a evitar a morte, uma possibilidade de driblar a situação. É uma decepção profunda, porque viver, infelizmente, deixa de ser uma opção. No processo que leva ao fim, procuro ajudar os pacientes e familiares a valorizarem a memória e os momentos especiais, converso sobre o legado que deixaram. Quando o paciente está consciente, incentivo os familiares a “permitirem” que o ente querido se vá, ao invés de desesperadamente repetirem que “ele é forte e vai sair dessa”. O amor altruísta dos familiares precisa ser praticado, e eu os alerto para isso. Em outras culturas, as pessoas sofrem em silêncio e passam o dia lendo o livro sagrado e orando. Aprendi que, em uma dessas culturas, usar de todos os recursos artificiais existentes até o final é sinal de obediência ao Deus que adoram. Não podemos julgar ninguém. Nestes casos, o approach é outro. Eles não precisam de muita explicação, pois têm mais serenidade com relação ao fim da vida, apesar de explorarem o que chamaríamos de distanásia até o fim. Cada caso é um caso. Alguns já sabem, mas querem ouvir só como uma confirmação. Em todas as situações, procuro uma maneira de redimensionar a vida para que tenham a oportunidade de experimentarem paz interior. Como você começou a se interessar pelo assunto? Eu sempre fui muito sensível à morte. Logo que me formei, chorava quando um paciente morria, ia aos enterros e era consolada pelas famílias. Os anos passaram e eu ainda choro, às vezes vou à cerimônia fúnebre. Lembro que, em 1990, enquanto trabalhava na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, um pai de família jovem morreu subitamente e eu fiquei devastada. Deixou uma esposa jovem e duas crianças muito pequenas desoladas. Decidi que gostaria de me preparar melhor para ajudar os sobreviventes. No trajeto, descobri que a melhor maneira de ajudá-los é dando apoio para que as pessoas tenham uma morte boa, com qualidade de vida e dignidade.
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Gente que faz Fale sobre o seu livro “Última palavra”, qual seu objetivo? Ajudar as pessoas a entenderem que a morte é parte da vida, pois a vida é um ciclo que tem começo, meio e fim. Educar a sociedade a fazer um Testamento Vital agora, enquanto estão saudáveis, pois cada pessoa deve ter a última palavra no que se refere ao fim da vida. Elas só vão fazer testamento vital quando aceitarem a finitude da vida. Cite uma passagem marcante de sua carreira de 40 anos como enfermeira. Aconteceu há aproximadamente 10 anos, quando fui caluniada e marginalizada no ambiente de trabalho por algumas colegas. Eu descrevo no livro e vocês podem ler. Pensei em desistir e sair do hospital, mas Deus me sustentou e continuei lá porque acredito que nada em nossa vida acontece por acaso. Depois de uma batalha interior, consegui perdoar as minhas colegas sem mesmo elas saberem, pois não acredito que elas sentiram essa necessidade. Depois disso, quando o meu coração voltou a ser leve, o trabalho do fim da vida floresceu e a minha profissão se tornou a minha missão. Então, em meu coração, procuro guardar apenas gratidão.
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Qual sua rotina? Ela varia. Acordo, tenho uns minutos de leitura da Bíblia e oração e peço sabedoria, porque sei que o paciente ou os familiares irão precisar de minha ajuda para tomarem decisões que, infelizmente, não foram tomadas com antecedência. Hoje em dia, trabalho nos hospitais que contratam o meu serviço para introduzir o programa do Fim da Vida, treinamento para enfermeiros e culto em memória. Trabalho de um a três dias por semana, por isso minha rotina é variada. Depois que o serviço estiver montado, vou para outro hospital. Nesse contexto, alguns dias estabeleço metas de treinamento, após observar a dinâmica de uma UTI, por exemplo, e ver se há diferença ou não na maneira como um paciente em fase final é tratado. Outras vezes, oriento os familiares que levam seus entes queridos para viverem os últimos dias em casa. O que dizer, a quem recorrer, etc. Outras vezes fico em casa e escrevo. Quais seus planos para o futuro? Dentro de dois meses, quero lançar a versão do livro em inglês e continuar educando a população em geral com relação ao fim da vida, incluindo os aposentados. A Flórida, nos Estados Unidos, é um campo vastíssimo. Pretendo continuar desenvolvendo esse trabalho nos dois países e, se possível, estendê-lo a outros.
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28º Congr. Nac. das Santas Casas e Hosp. Filantrópicos 64 ABIMO 71 Balmak 69 Casa Toni 62 CDK 3ª capa Centro Universitário São Camilo 15 Clean Medical 21 Colortel 61 Controller 41 Dorja 4, 5 Ecco Brasil 75 EFE 59 Fanem 4ª capa H. Strattner 28 a 33 Health Móveis 26, 27 HIMSS@Hospitalar 2018 49 Hospital Santa Marta 79 Hospitalar 2018 53 Hospitalar Facilities 2018 51 Hospitalar Reabilitação 2018 57 IBCC – Inst. Bras. de Controle do Câncer 17 JG Moriya 2ª capa, 3 JMC 37 Kolplast 23, 65 Konex 66 Lafer 35 Macrosul 6, 7 MetroSaúde 2018 77 Neurotec 25 Niazi Chohfi 13 Optum 67 Oxigel 55 PegMais (Gets Café) 63 Promopress 81 Protec/R&D Mediq 8, 9 Romed 43 Rossmark Móveis 19 Samtronic 68 Similar & Compatível 46, 47 Sofex 72 Soft Works 73 Subamedic 72 Transmai 38, 39 Traumec 45 TTS 70
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Opinião
Desperdício pode acabar com planos de saúde em 20 anos
O setor de saúde suplementar está há anos-luz da indústria quando o assunto é controle de desperdício. Enquanto no setor industrial o nível de excelência é tão alto que a busca do desperdício é feita na casa dos decimais, na área da saúde estudos calculam desperdícios de 30% a 50% de recursos financeiros mal utilizados. E não é uma situação vista apenas no Brasil – está relacionada à forma como foi moldado e como funciona o sistema de saúde. Portanto, podemos dizer que é uma culpa compartilhada por todos os envolvidos. Nosso modelo de saúde tem vários problemas, como o fato de privilegiar o especialista em detrimento do médico generalista e ser baseado na medicina tecnológica. Os desperdícios em diversas escalas tendem a tornar o sistema insustentável em curto prazo. Essa questão é um problema cultural, de difícil solução, mas que precisa ser discutida. Caso contrário, em 20 anos, não teremos mais dinheiro para bancar a saúde.
A CULPA É DOS MÉDICOS Hoje vemos que a medicina tecnológica se sobrepõe à medicina humanística. Muitas vezes, os pacientes solicitam aos médicos exames desnecessários. Em outras, para ter segurança, o médico deixa de lado a história, o exame clínico e apoia suas decisões e condutas em exames de laboratório desnecessários. A própria tecnologia também contribui nesse cenário. Os pacientes fazem buscas na internet sobre exames e procedimentos, levando solicitações ou exigências aos médicos. O que observamos, entretanto, são índices de normalidade em exames em torno de 90%, que, em sua maioria, não tinham justificativa para serem solicitados. O desperdício é comprovadamente muito alto. A CULPA É DO CLIENTE O pensamento de que médico bom é o que pede exames é cada vez mais comum, contribuindo para o aumento da requisição desnecessária de exames. Além disso, outro grande problema é em relação ao não comparecimento às consultas. Trabalhamos hoje com um índice de faltas de 25% a 30%. São consultas às quais o paciente não comparece e não desmarca. O desperdício também ocorre quando são feitas consultas aos especialistas, sendo que em 90% dos casos um médico generalista resolveria o problema. A CULPA É DOS HOSPITAIS O modelo de remuneração vigente nos hospitais é o de serviço prestado, não considerando a qualidade do serviço. Existem estudos que mostram uma possível solução pela remuneração por excelência e resultado. Alguns países já estão buscando essa mudança realizando pagamentos por pacote. Os hospitais com melhor resultado ganham um valor maior e os que não se importam com o resultado, consequentemente, recebem menos.
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A CULPA É DAS OPERADORAS Nas operadoras falta uma coisa básica, que é a comunicação das informações. Então, o indivíduo comparece em um consultório e o médico solicita diversos exames. Algum tempo depois, outro profissional irá solicitar novamente os mesmos exames. Poucas empresas possuem sistemas que interligam essas informações. É um exemplo de algo simples de ser implantado e que poderia contribuir para diminuir o desperdício.
Cadri Massuda
Presidente da regional PR/SC da Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde
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