ANÁLISE
Novo governo, novas expectativas: quais devem ser as prioridades para a saúde?
TELESSAÚDE
Saúde conectada: como a telessaúde está transformando a assistência médica
GESTÃO
Pandemia intensificou necessidade de implantação de políticas ESG
PRÁTICA MÉDICA
Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento
OPINIÃO
Melhor regime tributário para as instituições de saúde
HUMANIZAÇÃO
Hospital investe em brinquedo para realizar exames de tomografia
AMPLIAÇÃO
Novo Centro de Oncologia, Hematologia e Infusão aposta em estrutura moderna
AUTOMAÇÃO
Dispensários
eletrônicos: segurança do paciente em primeiro lugar
No 106 l JAN/FEV 2023
6 ANÁLISE
Novo governo, novas expectativas: quais devem ser as prioridades para a saúde?
5 ESTRATÉGIA
Hcor é primeiro hospital privado do Brasil a adotar programa de gerenciamento de sangue de pacientes
8 ABIMO ABIMO e Ministério da Defesa assinam Protocolo de Intenções
9 OPINIÃO 1
A prorrogação da isenção de imposto de importação para dispositivos médicos é a prova de que não aprendemos nada com a pandemia
10 CIRURGIA Paciente da Santa Casa de Porto Alegre toca saxofone durante cirurgia no cérebro
11 HOSPITALAR Hospitalar 2023: evento completa 30 anos de história em maio e já tem credenciamento aberto
12 AMPLIAÇÃO
Novo Centro de Oncologia e Hematologia aposta em estrutura moderna, ambiente acolhedor e atendimento personalizado
13 OPINIÃO 2
TM Jobs leva à Hospitalar 2023 o tema
“Ilha Saúde Suplementar - Saúde mental: A ponta do iceberg”
14 AUTOMAÇÃO
Dispensários eletrônicos: segurança do paciente em primeiro lugar
20 HIGIENIZAÇÃO
Programa de higiene de mãos é reconhecido pela maior autoridade do assunto
21 HOSPITALMED
Feira HospitalMed, o caminho para os fornecedores de saúde
22 PRÁTICA MÉDICA
Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento
24 TELESSAÚDE
Saúde conectada: como a telessaúde está transformando a assistência médica
26 VOLUNTÁRIOS DA SAÚDE
Associação Voluntários da Saúde ajuda a mudar realidade de hospitais filantrópicos por meio de projetos estratégicos
28 OPINIÃO 3
Melhor regime tributário para as instituições de saúde
29 TECNOLOGIA
Hospital Moinhos de Vento lança aplicativo para consulta em telemedicina e agendamento de serviços
30 TRATAMENTO
Pacientes do Hospital Samaritano Higienópolis recebem cuidado integral para a redução da dor
32 ABDEH
Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar vê 2023 como um ano promissor
34 TRANSPLANTE
Hospital Leforte faz 1º transplante renal pareado do país em pacientes com hipersensibilização
34 HOSPITAIS DO BRASIL 1
Hospital Ana Costa inaugura Centro Obstétrico e Centro Cirúrgico
36 HOSPITAIS DO BRASIL 2
Hospital e Maternidade Madre Theodora investe R$ 4,5 milhões em reforma
38 GESTÃO
Pandemia intensificou necessidade de implantação de políticas ESG em instituições de saúde'
42 INOVAÇÃO
Hospital Mãe de Deus realiza implante de menor marcapasso do mundo
44 HUMANIZAÇÃO 2
Personagem de filme da Disney ajuda paciente em tratamento oncológico
46 MERCADO Conexão, relacionamento e desenvolvimento de negócios na área da saúde
Sumário 3 JAN-FEV
do piso da enfermagem continua sem solução e preocupa SindHosp
16 SINDHOSP Lei
18 HUMANIZAÇÃO 1
exames de tomografia
Hospital aposta em brinquedo para realizar
O que esperar do novo governo?
Caro leitor, 2023 começou com um novo governo e a primeira edição do ano da Revista HOSPITAIS
BRASIL não poderia deixar de abordar quais devem ser as prioridades para a saúde nesse ciclo. Em uma matéria especial, representantes de diversas entidades da área apontam os temas que devem ganhar a atenção do governo para garantir a sustentabilidade do setor e o atendimento de qualidade à população. Outra pauta, focada em gestão, mostra como a pandemia intensificou a necessidade de implantação de políticas
ESG em instituições de saúde. A sigla, que em inglês significa environmental, social and governance, corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança.
Em “Saúde conectada: como a telessaúde está transformando a assistência médica”, destacamos interoperabilidade, infraestrutura, inteligência artificial, novas tecnologias, segurança, ética, treinamento,
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acesso e proteção de dados. Saiba como a medicina integrativa pode evitar 80% das doenças relacionadas ao envelhecimento e conheça o hospital que apostou em brinquedo para realizar exames de tomografia nos pequenos pacientes como forma de humanizar o atendimento. Por fim, separamos notícias recentes sobre alguns dos principais hospitais do país, além de artigos com a opinião de especialistas sobre diversos assuntos relevantes.
Agora, te convidamos a participar de uma experiência que deixará sua leitura mais agradável e produtiva. Nas próximas páginas você encontrará as principais novidades e acontecimentos do setor, que poderão ser acessados através de ícones de interatividade. Conteúdos extras, links para sites, e-mails, mídias sociais, galerias de fotos, vídeos e podcasts estão disponíveis através de apenas um clique. Confira o conteúdo e aproveite!
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Diagramação
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Ano XX
Edição Nº 106
Jan/Fev 2023
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SET-OUT 4 Editorial
Boa leitura!
Luiza Mendonça Diretora de Redação
Hcor é primeiro hospital privado do Brasil a adotar programa de gerenciamento de sangue de pacientes
Gestão correta do sangue do paciente visa reduzir o número de transfusões desnecessárias, com potencial redução de mortalidade.
Muito conhecida no exterior, mas ainda pouco difundida no Brasil, a técnica de gerenciamento do sangue do paciente (Patient Blood Management ou PBM, na sigla em inglês) acaba de ser adotada de forma institucional pelo Hcor, de São Paulo (SP), por meio de um programa. Esta é a primeira vez que um hospital privado do país adere ao método que visa reduzir transfusões de sangue desnecessárias, a partir de preparo pré-operatório, com enfoque na correção de anemia, procedimentos anestésicos e cirúrgicos e a otimização da hemostasia (fluidez do sangue e a integridade dos vasos sanguíneos).
Todos os pacientes se beneficiarão do programa, contando com a ajuda de uma abordagem multidisciplinar da área de enfermagem, banco de sangue, centro cirúrgico, além das várias abordagens médicas dentro da instituição. “Assim como muitas instituições de excelência, já temos controles rigorosos da utilização de sangue e de hemoderivados por meio de protocolos e processos organizados há décadas, entretanto, a utilização do PBM de maneira estruturada, por meio de um programa institucional, multimodal e multidisciplinar, que contemple toda jornada do paciente, é inédita nos hospitais privados
do país”, destaca Dr. Gabriel Dalla Costa, superintendente médico do Hcor.
“O uso judicioso de hemoderivados, o reaproveitamento do próprio sangue do paciente em determinados cenários e a otimização da condição clínica do doente, com potencial redução de transfusões, são elementos centrais do programa. Dessa forma, desfechos importantes, incluindo potencial redução de mortalidade, podem ser atingidos”, completa.
“Como destacado pela própria OMS, o objetivo de um programa de PBM não é simplesmente reduzir o número de transfusões de sangue ou restringir o seu uso. Na realidade, trata-se de uma decisão baseada numa estratégia de cuidado, que visa dar maior importância ao sangue do próprio paciente, considerando-o como um recurso valioso, antes mesmo de qualquer transfusão ser cogitada. É uma mudança de paradigma de cuidado, cujo foco central é o incremento da segurança do paciente. Esse tipo de programa tem o potencial de contribuir para aliviar a pressão sobre os estoques dos bancos de sangue, que já vêm trabalhando no limite”, finaliza Dr. Fabio Jatene, líder médico da área Cardiológica do Hcor e que está à frente da iniciativa.
5 JAN-FEV
Estratégia
Representantes de diversas entidades da área apontam os temas que devem ganhar a atenção do governo para garantir a sustentabilidade do setor e o atendimento de qualidade à população.
Por Carol Gonçalves
Ampliação da cobertura vacinal, redução das filas para procedimentos médicos, recuperação da atenção básica, reforma tributária, complexo industrial da saúde e piso nacional do profissional da enfermagem estão entre as demandas que lideranças de entidades de vários setores citam nessa matéria especial da Revista Hospitais Brasil.
Essas demandas já estão sendo direcionadas ao ministério da Saúde para apreciação da ministra, Nísia Trindade, a primeira mulher a chefiar a Pasta. Ela também foi a primeira a presidir a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz, entre 2017 e 2022.
Nísia é doutora em Sociologia (1997), mestre em Ciência Política (1989) e pesquisadora. Sua obra é referência na área do pensamento social brasileiro,
história das ciências e saúde pública. Durante a maior crise sanitária da história mundial, liderou as ações da Fiocruz no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, reforçando a atuação da instituição como referência internacional em ciência e pesquisa.
Alguns dos assuntos expostos pelos entrevistados têm boas perspectivas de evolução, como a criação do complexo da saúde, que já vem sendo debatido há anos, enquanto outros envolvem questões mais estruturais e são de difícil resolução, como a reforma tributária. É unanimidade entre eles que estreitar o diálogo entre o governo e os stakeholders da saúde é fundamental
Acompanhe, a seguir, o que sete entidades esperam da nova gestão federal para os próximos anos.
Análise JAN-FEV 6
Novo governo, novas expectativas: quais devem ser as prioridades para a saúde?
RETOMADA DA VACINAÇÃO E REDUÇÃO DAS FILAS
Entre os principais desafios imediatos da nova gestão, Antônio Britto, diretorexecutivo da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, cita a retomada de padrões de vacinação à altura das necessidades do país. “Os hospitais se colocaram à disposição para contribuir com as campanhas a serem realizadas nesse sentido”, afirma.
O segundo assunto de grande urgência é a redução nas filas para procedimentos eletivos. A Anahp reconhece a intenção de o governo procurar entendimento com o setor privado para que os hospitais com ociosidade possam firmar acordo para auxiliar as mais de um milhão de pessoas que aguardam por cirurgias ou outros procedimentos, em parte por conta da Covid-19 e também porque existe um novo perfil de demanda dos pacientes.
“Um terceiro campo muito importante é a questão das dificuldades do sistema geral da saúde suplementar, em particular, pela nossa expectativa de estabelecer desde o início um excelente padrão de diálogo com o novo governo”, expõe Britto.
Ele também destaca que o Brasil precisa de uma reforma tributária, e o governo tem demonstrado que pretende retomar o tema. “Para o setor hospitalar e a saúde em geral, a questão central é finalmente o governo entender que não faz sentido um país como o Brasil, com suas precariedades na saúde, continuar tributando o setor. Há uma lista imensa de segmentos, sem a mesma dimensão social e econômica, beneficiados
por desonerações. A reforma só faz sentido se trabalharmos numa linha de desoneração completa do setor de saúde, de modo a permitir a melhoria na prestação de serviços. Mas há outras grandes urgências e isso fortalece ainda mais a necessidade de diálogo e integração que, acreditamos, será a prática para 2023”, declara.
Britto diz que a expectativa dos hospitais associados à Anahp em relação à nova equipe de saúde do governo é positiva. “Primeiro porque é nosso dever ser sempre otimista, segundo porque foram escolhidas pessoas com histórias em saúde, que conhecem as atividades do ministério e os problemas de saúde do Brasil e tiveram, no passado, atitude de diálogo com o setor privado. A Anahp já manifestou sua disposição de colaborar e contribuir, especialmente porque temos desafios urgentes que só poderão ser enfrentados se houver uma integração de esforços entre os setores público e privado. Mas o setor hospitalar tem a obrigação de não acreditar em ações rápidas, fáceis ou milagrosas. Eu costumo dizer, brincando, que o ministério deveria advertir que soluções de curto prazo fazem mal à saúde”, expõe.
7 JAN-FEV
Retomada de padrões de vacinação à altura das necessidades do país.
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ABIMO e Ministério da Defesa assinam
Protocolo de Intenções
Termo é válido por 24 meses e reforça o setor de saúde como estratégico para defesa nacional.
Em 15 de dezembro de 2022, a ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos e o Ministério da Defesa, por intermédio da Secretaria de Produtos de Defesa, firmaram um Protocolo de Intenções que enfatiza a indústria brasileira de saúde como estratégica para a defesa nacional.
O documento tem validade de 24 meses e foi assinado pelo presidente da ABIMO, Franco Pallamolla, e pelo secretário de Produtos de Defesa, Luis Antônio Duizit Brito. “Essa parceria permitirá que o Ministério identifique empresas e produtos estratégicos que fomentarão o desenvolvimento do setor tanto dentro quanto fora do país”, explica Pallamolla.
De acordo com as definições legais, produto de defesa (PRODE) é todo bem, serviço, obra ou informação utilizado nas atividades finalísticas de defesa, com exceção de itens de uso administrativo. O Guia de Empresas e Produtos de Defesa, publicado em 2021, aponta diversos grupos produtivos que
se enquadram nessa categoria. Entre eles estão, por exemplo, equipamentos e artigos para uso médico, dentário e veterinário; instrumentos e equipamentos de laboratório; e substâncias e produtos químicos.
Dentro do fomento geral ao desenvolvimento do setor, o protocolo também contribuirá com a internacionalização das fabricantes brasileiras de produtos para a saúde ao incentivar a participação dessas companhias em missões, feiras, seminários e rodadas de negócios organizadas especificamente pelo Ministério da Defesa. Além disso, deve intercambiar dados para geração de informações estratégicas a respeito do mercado e busca atrair investimentos externos.
Para isso, tanto a ABIMO quanto o Ministério da Defesa se comprometem a realizar ações conjuntas de estudos, pesquisas, intercâmbio de informações, planejamento, estruturação e coordenação, eventos e reuniões com capacidade de gerar produtos que subsidiarão atividades de fomento à cadeia produtiva da saúde.
ABIMO JAN-FEV 8
Guia de Empresas e Produtos de Defesa
ACESSE O GUIA
No apagar das luzes do fim de um governo que terminou de forma melancólica, o Ministério da Economia prorrogou a redução temporária da alíquota zero para uma série de insumos hospitalares, incluindo dispositivos médicos. Essa medida foi tomada no início da pandemia do coronavírus, para facilitar a compra de itens necessários para tratar pacientes, num cenário de escassez de insumos e alta demanda em todo o mundo. Porém, quase três anos após o início da emergência sanitária e sem qualquer demanda extra – muito pelo contrário, há excesso de alguns produtos hoje no mercado brasileiro –a medida não faz sentido. Muito pelo contrário: é maléfica para o mercado nacional, já que praticamente inviabiliza a produção de alguns itens dentro do país, como luvas e máscaras descartáveis, por exemplo.
A resolução GECEX nº 438, publicada no Diário Oficial da União no dia 23 de dezembro, segue eliminando empregos e diminuindo a capacidade
da indústria brasileira de dispositivos médicos de concorrer com as mesmas condições com produtos importados. Ela é a síntese da falta de memória do governo e da injustiça com um setor que foi fundamental para salvar vidas durante o período mais crítico da nossa história recente. E aqui, não se trata de argumento protecionista; a alíquota zero foi uma medida emergencial, que deveria ter se encerrado no mesmo momento em que passamos a não ter escassez de produtos no mercado.
Resolução GECEX nº 438
ACESSE
Inclusive, vale lembrar que a demanda foi resolvida não com os importados, mas com os investimentos que o setor de saúde fez ao longo de 2020 para suprir a demanda, uma vez que todos os países priorizaram seus mercados, em detrimento à exportação.
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9 JAN-FEV
“É fundamental dar condições de igualdade para a produção nacional.”
A prorrogação da isenção de imposto de importação para dispositivos médicos é a prova de que não aprendemos nada com a pandemia
Opinião 1
Paulo Henrique Fraccaro, Superintendente da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos
Paciente da Santa Casa de Porto Alegre toca saxofone durante cirurgia no cérebro
Técnica de cirurgia de tumor cerebral com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem.
O agricultor e músico Vilson, de 60 anos, foi submetido a um procedimento para a retirada de um tumor cerebral e, ao mesmo tempo, pode praticar uma de suas paixões: tocar saxofone. A cirurgia, realizada no Hospital São José, no complexo hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre (RS), foi liderada pelo neurocirurgião Marcelo Schuster.
Segundo o médico, a técnica de cirurgia de tumor cerebral com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem como falar, entender situações, fazer cálculos, interpretar textos e contextos, além realizar funções específicas como tocar
um instrumento musical, como foi o caso do seu Vilson.
“O paciente é submetido a testes neurológicos específicos durante a cirurgia e, com o auxílio da estimulação elétrica cerebral ou monitorização neurofisiológica intraoperatória, é possível conseguir mapear áreas cerebrais fundamentais que não podem ser ressecadas. Somente assim é possível retirar o máximo de tumor causando mínimo ou nenhum déficit neurológico permanente”, explica Schuster.
Como destaca o médico, outro ponto que gera curiosidade é sobre a dor durante o procedimento. “O tecido cerebral em si não possui terminações nervosas, por isso conseguimos manipular o cérebro sem que o paciente sinta dor. A pele, osso, e membranas que envolvem o cérebro, e que podem causar dor, recebem uma anestesia especifica”, ressalta o neurocirurgião.
Cirurgia JAN-FEV 10
Carol Fornasier
completa 30 anos de história em maio e já tem credenciamento aberto
Com o amadurecimento de três décadas, evento chega com novidades para 2023. Reconhecida como a principal feira de negócios para o mercado de saúde na América Latina, a feira Hospitalar, que integra o portfólio de saúde da Informa Markets, já tem data para a edição deste ano: de 23 a 26 de maio, no São Paulo Expo.
Fundada em 1994 pela Dra. Waleska Santos, a Hospitalar propõe alternativas e soluções eficientes para a área de saúde. Só na última edição, mais de mil marcas e representantes do mundo estavam presentes e divididos nos setores: Internacional, Consumíveis e Ortopedia, Reabilitação, Tecnologia, Diagnóstico e Laboratórios e Equipamentos.
Ao longo de sua história o evento cresceu exponencialmente e, na comemoração de 30 anos, honrará cada narrativa que experienciou de expositores e visitantes. A edição de 2023 reforçará toda a trajetória da Hospitalar evidenciando as milhões de experiências das quais já foi palco. É, aliás, o que propõe a campanha desta edição: escreva sua história junto com a Hospitalar.
Mais do que uma feira comercial, com produtos e serviços, a Hospitalar proporciona um grande encontro e conecta diversos setores e profissionais da área da saúde antes, durante e depois do encontro
presencial. A plataforma oficial do evento, a Hospitalar HUB, disponibiliza vitrine virtual de produtos, vídeos de demonstração e chat integrado para acionar marcas que você tem interesse e facilitar agendamento de reuniões.
Ainda durante a feira, qualquer visitante poderá assistir os conteúdos gratuitos das arenas que trazem como pauta cases de sucessos e atualidades para os debates que permeiam os assuntos de Atenção Domiciliar, Facilities, Reabilitação e outros. Para os congressos pagos a abordagem é sobre Tecnologia, Atenção domiciliar, Hotelaria e Facilities e o CISS - Congresso Internacional de Serviços de Saúde.
Para participar da Hospitalar como visitante basta acessar o site e seguir o direcionamento para o credenciamento. Caso você seja um expositor, deverá preencher o formulário na página de “Quero Expor” e aguardar o retorno.
Faça seu credenciamento e participe do principal evento do setor da saúde da América Latina!
Hospitalar 2023: evento
QUERO VISITAR QUERO EXPOR
Hospitalar
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Novo
Centro de
Oncologia e Hematologia aposta em estrutura moderna, ambiente acolhedor e atendimento personalizado
Pertencente ao Hospital Santa Catarina, endereço conta com Centro de Infusão para casos não-oncológicos, 9 consultórios e 19 boxes privativos.
O Hospital Santa Catarina – Paulista, em São Paulo (SP), iniciou as atividades do seu novo Centro de Oncologia, Hematologia e Infusão, localizado em um prédio com instalações modernas, onde hoje funciona o Centro Médico, praticamente em frente ao prédio do Hospital, na Avenida Paulista. O espaço tem um andar exclusivo e aumentará em 120% os boxes dedicados à quimioterapia e à infusão de medicamentos não oncológicos, além de triplicar o número atual de consultórios oncológicos.
“Diante de um mercado competitivo, a inauguração do novo Centro de Oncologia e Hematologia está dentro do plano de negócios do hospital, considerando que a oncologia é uma linha estratégica. Além do tratamento oncológico, o novo Centro de Infusão contará com uma área exclusiva para pacientes com outras doenças que necessitam de terapia imunobiológica, proporcionando um valor agregado e importante para o nosso portfólio de serviços”, explica Rogério Quintela Pirotto, diretor executivo do Hospital Santa Catarina – Paulista , de São Paulo (SP). “Outra vantagem é
o fato de estar localizado na Avenida Paulista, o que propicia uma facilidade logística para o paciente, familiar e acompanhante, devido a toda a malha de mobilidade urbana existente na região”, complementa.
De acordo com o executivo, esta inauguração integra um plano diretor do hospital para os próximos cinco anos, com a previsão de investimentos da ordem de R$ 52 milhões em ampliação, estrutura e novos equipamentos na área da oncologia. O investimento da instituição paulistana, por sua vez, faz parte de um movimento maior da Rede Santa Catarina, que prevê um aporte de R$ 170 milhões em suas Casas de Saúde que dispõem do serviço de oncologia, no Brasil.
Alinhado a este planejamento, no mês de outubro foi finalizada a revitalização completa da atual unidade de internação oncológica, disponibilizando uma hotelaria moderna e aconchegante para os seus pacientes. A unidade conta com 30 quartos e um atendimento multidisciplinar especializado, integrado com as áreas ambulatorial, de exames, radioterapia e centro cirúrgico, ofertando dessa forma um tratamento completo para o paciente oncológico.
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Ampliação JAN-FEV 12
TM Jobs leva à Hospitalar 2023
o tema “Ilha Saúde SuplementarSaúde mental: A ponta do iceberg”
OMS estima que, anualmente, os custos associados com transtornos mentais gerem uma perda econômica de US$ 1 trilhão mundialmente.
Em parceria com a Hospitalar há 10 anos a TM Jobs tem um espaço privilegiado para trazer temas e reflexões atuais, reunindo as entidades que regulam o setor, contratantes, hospitais e operadoras em um ambiente agradável e diferenciado, proporcionando sempre um conteúdo muito relevante e aprovado por todos que participam.
Durante os quatro dias da feira são mais de 1.200 pessoas que passam pelo nosso espaço com o objetivo de interagir com as boas práticas, fazer conexões e ampliar networking e oportunidades. Estamos certos que esse ano teremos sucesso em trazer “Saúde Mental” como tema central.
Quanto mais a sociedade discutir o que é saúde mental, como atingir estados de bem estar psíquico e também como lidar com casos de distúrbios nesse bem-estar, mais estaremos preparados para lidar com as dificuldades que se apresentarem. Tanto na vida pessoal de cada um quanto como sociedade, a discussão sobre saúde mental está em
alta. Isso porque líderes, instituições e governos estão percebendo o enorme custo que esse problema está gerando, não só do ponto de vista individual, mas também coletivo.
A questão da saúde mental não vai desaparecer de uma hora para a outra. É necessário falar sobre esse tema, sim, mas também agir dentro da nossa sociedade e do ambiente hospitalar para que, cada vez mais, nós possamos ter uma relação boa com o bem-estar mental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que uma em cada quatro pessoas vai sofrer de algum distúrbio de saúde mental durante a vida, e estima que mais de 450 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de doença ou transtorno de saúde mental.
A OMS também afirma que 322 milhões de pessoas sofrem de depressão ao redor do mundo. Isso aponta um aumento de mais de 18% em dez anos. Ansiedade também é um problema de grandes proporções: 264 milhões de pessoas sofrem com ela, um aumento de 15% em relação a 2015.
13 JAN-FEV
Opinião 2
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Dispensários eletrônicos: segurança do paciente em primeiro lugar
Devido às complexidades e demandas rígidas em instituições de saúde, a segurança do paciente depende de qualidade, pois somente assim a assistência pode ocorrer sem negligências.
É sabido que a tecnologia está presente e crescendo em todas as áreas e, principalmente no âmbito hospitalar, segurança e alta qualidade são fatores indispensáveis. A SisnacMed, pioneira na dose unitária no Brasil desde 1999, se especializou em soluções de automação e rastreabilidade de medicamentos e materiais.
Em artigo publicado em 2016 como parte de um estudo australiano comprovou-se que, ao implantar dispensários eletrônicos em uma unidade de emergência, foi possível reduzir em 64,7% os possíveis erros de medicações, em comparação a unidades sem dispensários eletrônicos.
Em toda implantação de nova tecnologia as instituições tem como objetivo avaliar, qualificar e validar quaisquer processos com alto nível de qualidade e segurança, que necessitam ser eficientes. Quando se fala em dispensários eletrônicos de medicamentos e produtos de saúde a responsabilidade aumenta,
pois a segurança do paciente está em primeiro lugar, e para garanti-la são implantadas constantemente medidas e práticas que visam reduzir os riscos.
Sendo assim, a implantação de dispensários eletrônicos deve ser rigorosamente aprovada e homologada em todos os passos da integração entre os sistemas para proporcionar agilidade, segurança, eficiência, eficácia e rastreabilidade. É importante também ressaltar as premissas de integração, onde o barramento de informações é crucial para que todo o conjunto de sistemas se comunique de maneira eficiente e sem erros.
Ferracini Consultor Farmacêutico SisnacMed e do Ciclo Medicamentoso Hospitalar + de 22 anos em Farmácia Hospitalar Pós Graduação em Administração Hospitalar e Assistência Farmacêutica Especialista em Automação Hospitalar e Farmácia Clínica
Segundo Robson Garcia, Diretor de Tecnologia da SisnacMed, a interoperabilidade das soluções de automação são um constante desafio. Para ele, frente aos inúmeros projetos já entregues e com toda a expertise e knowhow adquiridos não apenas na teoria, mas principalmente na prática, cada novo cliente traz oportunidades de aprimoramento em razão de características específicas, priorizando sempre a segurança do paciente e do processo.
Automação JAN-FEV 14
Robson Garcia Diretor de Tecnologia SisnacMed
Anderson Guilhem Diretor Comercial SisnacMed
Leandro
O consultor farmacêutico da SisnacMed, Leandro Ferracini, especialista em automações hospitalares, ressalta que “para cada setor da farmácia hospitalar existem tecnologias específicas, focadas em alcançar diferentes resultados, e todos os benefícios alcançados por meio delas devem convergir para dois focos: o aumento da segurança nos processos do uso de medicamentos e a redução de erros relacionados a medicamentos”.
Quando realizado um bom planejamento com projeção assertiva de automação como, por exemplo, implantando dispensários eletrônicos em locais estratégicos, é possível garantir diversas vantagens. Dentre outros benefícios da automação hospitalar é possível destacar:
u Segurança;
u Redução dos desvios de funções técnicas;
u Redução das falhas operacionais;
u Agilidade nos atendimentos de urgência e emergência;
u Rastreabilidade e controle das informações;
u Redução de custos operacionais;
u Redução do índice de glosas;
u Redução de deslocamentos de profissionais;
u Rastreabilidade de materiais e medicamentos.
ASSISTA AO VÍDEO
Ao abordar o cenário dos hospitais no Brasil 2020, a 35ª edição da revista Visão Hospitalar menciona que o “Hospital do Câncer de Londrina (PR) investiu em dispensários eletrônicos e reduziu em quase 88% os atendimentos de urgência pela farmácia central, unidades de internação cirúrgicas e clínicas”.
“A procura por soluções de tecnologia e automação para rastreabilidade de medicamentos e materiais aumentou significativamente nos últimos anos, estimulada pela constante busca por melhores formas de garantir segurança do paciente, redução de custos operacionais e produtividade”, finaliza Anderson Guilhem, diretor comercial da SisnacMed.
Tel.: (11) 2144-0808
15 JAN-FEV
Dispensários eletrônicos que garantem controle de acesso de Medicamentos e materiais médicos de forma segura.
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Lei do piso da enfermagem continua sem solução e preocupa SindHosp
Novo governo federal tenta viabilizar o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem, conforme prevê a Lei 14.434/2022. Mas as fontes de financiamento são incertas e, até o momento, não contemplam o setor privado.
O setor da saúde já previa que 2023 seria um ano de muitos desafios. Afinal, temos novos governos na União e no Estado de São Paulo, com linhas ideológicas diferentes dos anteriores e isso, por si só, já sinaliza mudanças. Em âmbito nacional, as reformas tributária e trabalhista prometem ocupar boa parte do calendário político. São temas que necessitam ser amplamente discutidos com a sociedade e entidades representativas de todos os setores econômicos, pois têm impacto direto sobre a economia e a sustentabilidade das empresas. Já em São Paulo, a gestão Tarcísio de Freitas, e do novo secretário de Estado da Saúde, Eleuses
Paiva, promete transformar o Estado em um polo de referência na utilização da saúde digital, o que realmente pode mudar a maneira como os cidadãos acessam e utilizam o sistema de saúde.
As expectativas e, no caso, temores, não vêm apenas das novidades. A Lei 14.434/2022, que estabelece piso salarial nacional para os profissionais de enfermagem e que foi sancionada em agosto do ano passado pelo então presidente Jair Bolsonaro, é uma bandeira do novo Executivo nacional. E uma preocupação para os prestadores de serviços de saúde, Estados e Municípios. O presidente Lula, na primeira reunião que fez com os governadores, em 27 de janeiro, pediu para que todos tenham compromisso com a pauta. Além disso, uma das primeiras medidas da nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi montar um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de viabilizar o pagamento dos novos pisos. A portaria que instituiu o GT,
SindHosp JAN-FEV 16
porém, não incluiu representantes do setor privado nas discussões, ainda que boa parte do impacto financeiro do novo piso recaia sobre este segmento. Por isso, entidades que representam a saúde privada ainda tentavam ser ouvidos pelo GT, até o fechamento desta edição.
“O Brasil é enorme e tem realidades distintas entre as regiões. O custo de vida nas grandes cidades é superior ao registrado em cidades menores. A situação também difere de Estado para Estado. Estabelecer por lei um piso salarial nacional para uma determinada categoria, seja ela qual for, é um equívoco de proporções incalculáveis”, afirma o presidente do Sindicato de Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin.
HISTÓRICO
A Lei 14.434 criou piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras, mas não definiu as fontes de custeio. O impacto financeiro da lei é estimado entre R$ 16,3 bilhões e R$ 23,8 bilhões por ano, segundo estudo realizado pela LCA para a Federação Brasileira de Hospitais (FBH). Temendo o fechamento de hospitais, leitos, demissões e queda na qualidade da assistência, entre outros pontos, a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) ingressou,
junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), logo após a sanção da lei, com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). O SindHosp aderiu como “Amicus Curiae” à ADIN 7222. Por isso, até o fechamento da Hospitais Brasil, a aplicação dos novos pisos estava suspensa por decisão liminar deferida pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, em 4 de setembro e, posteriormente, referendada pelos demais ministros.
Na tentativa de suspender os efeitos da liminar, o Congresso Nacional aprovou, em dezembro, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 127/22 - também sancionada por Bolsonaro, que determina o uso de recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso. Essa medida, porém, atende apenas ao setor público e entidades privadas que prestam pelo menos 60% de sua assistência ao SUS. “Não há, até agora, a indicação de fontes de recursos ou compensações para osmais de 250 mil estabelecimentos privados de saúde com fins lucrativos, em sua maioria de pequeno ou médio porte, que arcarão com um aumento nos custos anuais de, pelo menos, R$ 5,2 bilhões”, citou o diretor Jurídico da CNSaúde, Marcos Vinicius Ottoni, em artigo publicado pelo portal Jota. Além disso, nota divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), lembra que “os superávits dos fundos são incertos.
17 JAN-FEV CONTINUE LENDO
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp
Hospital aposta em brinquedo para realizar exames de tomografia
Brinquedo em versão menor de uma tomografia computadorizada deixa as crianças mais seguras e ajuda a reduzir a aplicação de sedativos e de anestésicos antes de exames.
Convencer as crianças a realizar exames costuma ser um verdadeiro desafio tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde. Muitas vezes, o ambiente hospitalar gera desconforto e ansiedade nos pequenos: salas frias e, no caso de alguns exames, com barulhos estranhos e a necessidade de permanecerem estáticos, todo o contrário à movimentação característica da infância.
Um inovador aparelho de tomografia de brinquedo, a Tomozinha, tornouse um grande aliado das equipes pediátricas para familiarizar as crianças com o equipamento, fazendo com que percam o medo
de realizar o exame. Com letras coloridas e formato diminuto, o equipamento cria um ambiente lúdico e humanizado em setores de radiologia pediátrica como o do Hospital Infantil, em Joinville (SC). A utilização de elementos educativos, como brinquedos, é um recurso para minimizar impactos negativos associados à internação e à realização de exames em crianças, melhorando sua saúde emocional.
“A inovação não precisa estar em grandes descobertas ou tecnologias futuristas, ela pode estar presente em simples ideias que literalmente salvam vidas. A tomografia de brinquedo permite que antes do exame a criança se distraia, se adapte e se divirta com o procedimento. Afinal, ele pode salvar a vida dela, se for bem-feito e com a participação dela”, explica o físico médico Walmoli Gerber Júnior, diretor da BrasilRad, criadora da Tomozinha.
Humanização 1 JAN-FEV 18
AMBIENTE LÚDICO
Ao chegar ao local, os pequenos pacientes são convidados a simular a realização de uma tomografia. Eles colocam um boneco no equipamento de miniatura e apertam os botões que acendem luzes e geram sons similares aos do exame. Tudo sob supervisão de um profissional de saúde. Assim, aprendem desde fora como será quando elas mesmas realizarem o procedimento. Uma brincadeira cujo impacto positivo é mensurado pela redução significativa da aplicação de sedação ou acompanhamento anestésico em crianças que se envolvem na brincadeira com a Tomozinha.
Além da redução de 20% no número de sedações (um procedimento
que pode colocar em risco a vida da criança), diminuíram em até 50% a necessidade de repetições de exames causados por movimentação, evitando exposição à radiação, que oferece risco potencial para a vida futura dessa criança. Devido ao aspecto de brinquedo, a colaboração dos pequenos pacientes aumenta, resultando em um ganho de tempo de preparo em sala para o exame.
“Com a Tomozinha, conseguimos orientar, explicar de uma forma mais lúdica como será realizado o exame às crianças. Percebemos que elas ficam mais seguras e, aos poucos, o medo de entrar no aparelho vai desaparecendo”, explica o diretor do Hospital de Joinville, Rafael Oku Fernandes.
19 JAN-FEV
Programa de higiene de mãos é reconhecido pela maior autoridade do assunto
Médico suíço Didier Pittet visitou recentemente o Hospital São Vicente de Paulo, do Rio de Janeiro (RJ).
O programa de higienização de mãos do Hospital São Vicente de Paulo, do Rio de Janeiro (RJ), teve reconhecimento de uma das maiores autoridades do mundo em prevenção de infecção e promoção de higiene de mãos, o médico suíço Didier Pittet. Professor do Hospital de Genebra e líder do Desafio Global para Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Pittet é um dos pioneiros na área.
Em visita ao Brasil, o especialista ministrou, junto com sua equipe, o Train the Trainers, curso de capacitação em higiene de mãos, em parceria com a Academia Aesculap, e conheceu o hospital. “Tive uma ótima impressão sobre a adesão à campanha de higiene de mãos desenvolvida neste hospital e estou certo de que esse trabalho tem um impacto na redução de infecção hospitalar, contribuindo para salvar vidas”, comentou ele, que foi responsável pela implantação e difusão do primeiro desafio global para segurança do paciente e criou a estratégia multimodal para a melhoria em higiene de mãos da OMS.
“Para nós é de suma importância receber esse feedback da maior autoridade mundial sobre o tema. Ver que o Dr. Pittet saiu da visita bem impressionado com o trabalho no hospital, nos dá a sensação de dever cumprido”, destaca
a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), a infectologista Isabella Albuquerque.
Pittet ressaltou ainda que “a higiene de mãos é, principalmente, sinal de respeito para com os seus pacientes”. Para Paula Bacco, enfermeira do SCIH especialista em prevenção e controle de infecção, e responsável pela implantação da estratégia multimodal de higiene de mãos, a visita do especialista ao hospital foi um grande privilégio, pois “além de conhecer o programa de higiene de mãos, Dr. Pittet compartilhou experiências, deu orientações e seu parecer. Verbalizou que o programa de higiene de mãos é sólido, bem construído, evidenciado nos indicadores e na cultura de segurança”.
Didier Pittet ainda deixou uma mensagem para a equipe do Hospital São Vicente de Paulo: “A promoção da higiene das mãos e do trabalho de prevenção e controle de infecções garantem que possamos continuar salvando vidas e melhorando as estratégias de prática. O corpo de enfermagem deste hospital está comprometido com excelentes práticas e os médicos devem estar satisfeitos com este ótimo sistema de promoção de segurança do paciente e higiene de mãos, em particular.”
Higienização JAN-FEV 20
Feira HospitalMed, o caminho para os fornecedores de saúde
Edição de 2022 recebeu mais de 26 mil visitantes, sendo 85% com poder de compra.
A HospitalMed já entrou em 2023 com tudo! A edição deste ano acontecerá de 25 a 27 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, das 14h às 20h. Passada sua 10ª edição, em 2022, a HM busca quebrar mais recordes e fazer o que sabe de melhor, conectar fornecedores e compradores 365 dias por ano.
A 10ª edição da HospitalMed, além de ser um marco histórico para uma feira do Nordeste, foi um conjunto de quebra de recordes. A feira recebeu mais de 26 mil visitantes, sendo 85% pessoas com poder de compra. Esses empreendedores puderam encontrar soluções para atenderem demandas de seus negócios, adquirindo tecnologia e todas as tendências do setor de saúde para as suas empresas. É por esse motivo que a HM é o caminho dos fornecedores, pois os empresários enxergam nela um espaço onde as novidades do mercado se encontram.
Rodrigo da Fonte, presidente da HospitalMed, falou sobre os diferenciais da melhor e mais completa feira de saúde do norte-nordeste. “O catálogo de expositores, por exemplo, faz sucesso entre os fornecedores porque com ele se faz negócios antes e depois da feira. Geramos, com ele, negócios durante os 365 dias do ano. É um catálogo digital que apresenta as empresas para o
visitante, disponibilizando informações, segmento de atuação. É um baita destaque para as marcas”, conta.
A perspectiva para a HospitalMed agora é de mais crescimento, segundo Rodrigo. “O resultado de 2022 mostrou o que construímos para a HM nos últimos 10 anos. A meta agora é crescer ainda mais, aumentando o número de visitantes e de expositores”, finaliza.
De 25 a 27 de outubro de 2023
Das 14h às 21h
Centro de Convenções de Pernambuco
Show Manager: Jayme Wiss
ENTRE EM CONTATO
HospitalMed
Medicina integrativa pode evitar 80% de doenças relacionadas ao envelhecimento
Hospitais públicos e privados apostam em tratamentos que têm ajudado a reduzir uso de medicamentos ao focar no indivíduo e ultrapassar dualidade saúde-doença.
80% das doenças atreladas ao processo de envelhecimento são completamente evitáveis com o apoio da medicina funcional e integrativa. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o estilo de vida e o ambiente são decisivos para uma pessoa viver mais de 65 anos. Por isso, hospitais públicos e privados têm dado novos passos na direção de tratamentos que olhem para além da doença do paciente. “A saúde precisa começar por dentro e levar em consideração todos os aspectos que formam o ser humano. É nesse ponto que entra a medicina integrativa, como um elo para guiar a promoção de saúde e qualidade de vida”, afirma a clínicageral dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Larissa Hermann.
A medicina integrativa reafirma a importância da relação entre médico e paciente. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o foco precisa estar no indivíduo e ultrapassar a dualidade saúde-doença. Ao estar embasado em evidências científicas e fazer uso de múltiplas abordagens, o médico observa diferentes ângulos do paciente: mental, emocional, funcional, espiritual, social e, até mesmo, comunitário.
Isso não quer dizer que não sejam mantidos tratamentos tradicionais ou medicamentosos, mas, sim, que a adição de novas abordagens pode trazer benefícios reais para cada pessoa. “O objetivo é somar esforços com outras áreas, acompanhando o paciente como referência para a avaliação inicial e coordenação do cuidado”, explica a clínicageral dos hospitais de Curitiba (PR).
A adesão a essa prática tem ajudado a reduzir o uso de analgésicos, antiinflamatórios e encaminhamentos para exames de alta complexidade, que estão entre os maiores gastos do país com a saúde. É o que verificou uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), já que o cuidado integral permite um diagnóstico mais preciso para pacientes que chegam às unidades de saúde.
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Prática Médica JAN-FEV 22
No debate sobre o assunto, destaque para interoperabilidade, infraestrutura, inteligência artificial, novas tecnologias, segurança, ética, treinamento, acesso e proteção de dados.
Permitida em caráter emergencial durante a pandemia de Covid-19, segundo a Lei 13.989/2020, a prática de telessaúde no Brasil foi regulamentada em 28 de dezembro último, pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro.
A nova lei federal nº 14.510/2022 garante ao profissional “liberdade e completa independência” de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, podendo optar pelo uso de atendimento presencial sempre que entender necessário. No caso do paciente, a telessaúde deve ser realizada com consentimento livre e esclarecido.
A fiscalização das normas éticas no exercício profissional da telessaúde
é competência dos conselhos federais das profissões envolvidas. De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias e da Agência Senado, a Lei fixa alguns princípios que devem ser seguidos na prestação remota de serviços:
u autonomia do profissional de saúde;
u consentimento livre e informado do paciente;
u direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde;
u dignidade e valorização do profissional de saúde;
u assistência segura e com qualidade ao paciente;
u confidencialidade dos dados;
u promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde;
u observância estrita das atribuições legais de cada profissão; e
u responsabilidade digital.
Telessaúde JAN-FEV 24
Por Carol Gonçalves
Saúde conectada: como a telessaúde está transformando a assistência médica
A interoperabilidade entre as plataformas on-line de telessaúde e os demais sistemas de registro eletrônico de saúde é essencial para o funcionamento o intercâmbio de dados centrado no paciente
Prof. Renato Sabbatini, PhD pela Universidade de São Paulo, um dos pioneiros da saúde digital no Brasil
A regulamentação pavimenta uma estrada que ainda estamos começando a percorrer, com muitas tecnologias e soluções novas que podem aparecer e de fato fazer a diferença
Os médicos e profissionais da saúde precisam conhecer a ética envolvida nos atendimentos à distância, a responsabilidade quanto a esses atendimentos e saber um pouco sobre media training
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida poderá gerar economia de custos em saúde ao facilitar a triagem de casos. E, ainda,poderá gerar novas estruturas de atendimento remoto e o desenvolvimento de tecnologia nacional, gerando empregos e movimentando os negócios.
PAVIMENTANDO A ESTRADA
“Essa lei, muito sucinta, por sinal, não muda muita coisa quanto à prática da telessaúde no Brasil no período póspandemia”, explica o prof. Renato Marcos Endrizzi Sabbatini, PhD pela Universidade de São Paulo, um dos pioneiros da saúde digital no Brasil, atuando como professor, pesquisador e consultor há 52 anos.
Segundo ele, a nova lei apenas reconhece do ponto de vista legal as linhas básicas permitidas para ela,
deixando para os conselhos profissionais em saúde e outros órgãos afetados, como o Ministério da Saúde, a sua regulamentação mais detalhada.
“O Conselho Federal de Medicina já tinha feito isso em uma Resolução Técnica com muitos detalhes e que, na minha opinião, permitiu a amplidão necessária para seu exercício por médicos, ao mesmo tempo preservando a independência de decisão do médico e do paciente quanto à oportunidade e adequação da sua utilização. Foi um grande progresso para o sistema de saúde como um todo, incorporando definitivamente a telessaúde ao arsenal profissional dos cuidados da saúde”, comenta o professor.
25 JAN-FEV CONTINUE LENDO
Michele Maria Batista Alves, gerente executiva da Saúde Digital Brasil (SDB)
Sandra Franco, advogada especializada em Direito Médico e Proteção de Dados
Associação Voluntários da Saúde ajuda a mudar realidade de hospitais filantrópicos por meio de projetos estratégicos
São mais de 700 voluntários espalhados pelo país e pelo mundo, distribuídos em 13 grupos técnicos nas mais variadas especialidades.
Dois mil e vinte e dois pode ser resumido como o ano em que a Associação Voluntários da Saúde (AVS) provou, na prática, que é possível desburocratizar a gestão em saúde por meio da solidariedade. Um período em que realizou muito com pouco tempo de atuação, motivada em fazer a diferença após uma das maiores crises sanitárias que a humanidade já enfrentou.
Com muitos desafios, a associação foi constituída formalmente, amadurecendo processos e se desenvolvendo como um grupo fortemente integrado. A missão foi estendida a parceiros que acreditam na iniciativa, sendo amplamente reconhecida pelo compromisso genuíno em reduzir a desigualdade no acesso ao conhecimento e às boas práticas de gestão, contribuindo para a qualificação do SUS.
Há cerca de dois anos iniciou-se o trabalho com um apelo emergencial que, hoje, se tornou um movimento promissor para a transformação da saúde pública no Brasil. Uma corrente solidária que só cresce e atrai mais e mais pessoas que desejam fazer o bem
ao próximo. São mais de 700 voluntários espalhados pelo país e pelo mundo, distribuídos em 13 grupos técnicos nas mais variadas especialidades. Juntos, estão ajudando a mudar a realidade de 24 hospitais por meio de projetos e ações estratégicos e de estruturação.
Nesta edição, a AVS destaca depoimentos de quatro dos 24 projetos ativos apoiados.
u Vila São CottolengoTrindade/GO - Breno Antonelli, Gerente do Escritório de Gerenciamento de Projetos:
Nos últimos anos temos buscado incansavelmente a melhorias do nosso Modelo de Gestão. Entendemos que este é o melhor caminho para garantir a sustentabilidade e a perenidade da nossa Instituição. AAVS teve papel fundamental nesta jornada em busca do melhor Modelo de Gestão possível para a Vila. Por meio de cinco frentes de trabalho, a AVS nos apoiou de forma brilhante e eficiente durante este ano: concluímos a implantação do Escritório de Gerenciamento de Projetos (PMO), iniciamos o Escritório da Qualidade e Segurança do Paciente, demos passos importantes em direção das boas práticas
Voluntários da Saúde JAN-FEV 26
Breno Antonelli. Gerente do Escritório de Gerenciamento de Projetos
Idiamara Rech Castilho. Enfermeira e Supervisora
de Governança Corporativa, iniciamos um processo de reestruturação do nosso Marketing e tivemos o maior e melhor Programa de Desenvolvimento de Líderes da história da nossa tão amada Vila São Cottolengo”.
u Santa Casa Ponta Grossa/PRIdiamara Rech Castilho, Enfermeira e Supervisora:
Ao início do nosso projeto, estávamos ansiosos e de certo modo preocupados, pois sabíamos do enorme desafio que seria mudar a cultura dos nossos colaboradores, médicos, fornecedores, implantar a Qualidade e com isso dar vida ao nosso Processo de certificação, a Acreditação. Um processo pelo qual requer muita dedicação de todos. De forma geral, buscamos melhorias em nossos processos, segurança ao paciente e satisfação do nosso cliente. E, com isso, o acolhimento da AVS foi de extrema importância, o direcionamento inicial nos fortaleceu e nos deu engajamento para que pudéssemos iniciar nossos trabalhos na instituição. Os acompanhamentos e alinhamentos nos trazem oportunidades, nos fazem pensar, planejar, e executar as melhorias com qualidade e segurança.”
u Fundação Hospitalar do Paraná
– Cianorte/PR - Kaio Feroldi Motta, Superintendente:
Em 2022, a FUNDHOSPAR, após pleitear o apoio da AVS, conseguiu a participação dela na elaboração de seu
Planejamento Estratégico. Iniciamos 2023 cheios de esperança, na busca constante de evolução e profissionalismo dos serviços prestados. E, grande parte desta esperança se dá pela participação dos voluntários da AVS nos trabalhos em nossa Entidade. Com muita paciência, vontade de ajudar o próximo e excelência, tais pessoas têm contribuído valiosamente para a evolução do nosso hospital.”
u Hospital São João Batista
– Viçosa/MG - Renan
Carvalhaes, Superintendente
Administrativo:
Os Voluntários da Saúde foram de suma importância para o desenvolvimento do Hospital São João Batista, um projeto que ajudou a todos os envolvidos adquirir um maior conhecimento da legislação SUS e isso foi o nosso norte para as negociações junto a Secretaria Municipal de Saúde. Conseguimos ótimos resultados que geraram impactos diretamente no hospital e principalmente na população de Viçosa. Além disso, é uma iniciativa que irá entrar para história de todos que participaram, pois, o impacto nas vidas das pessoas não tem como ser medido”.
Quer ajudar outras instituições de saúde a melhorem os seus processos de gestão?
Junte-se à iniciativa!
Seja um Voluntário da Saúde
ACESSE
27 JAN-FEV
Renan Carvalhaes. Superintendente Administrativo
Kaio Feroldi Motta. Superintendente
Melhor regime tributário para as instituições de saúde
Orientação é que a equipe da direção, juntamente com os setores jurídico e contábil, avalie aspectos como as previsões de faturamento e de despesas da empresa, a margem de lucro pretendida e o valor das despesas com funcionários.
As instituições de saúde tal como qualquer outra empresa precisam escolher o melhor regime tributário para as suas respectivas atividades. Para tanto, a orientação é que a equipe da direção, juntamente com os setores jurídico e contábil, avalie aspectos como as previsões de faturamento e de despesas da empresa, a margem de lucro pretendida e o valor das despesas com funcionários. Com base nessas informações, deve ser apontado o regime tributário que represente menor impacto sobre as finanças do empreendimento – como é o caso do regime de tributação hospitalar.
No Brasil são três os tipos de regime tributário adotados: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
O Simples Nacional é um regime tributário instituído pela Lei Complementar 123/2006, com a finalidade de simplificar o pagamento de tributos por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno porte (EPP), que faturam anualmente até R$ 4,8 milhões,
além de propiciar um tratamento diferente e simplificado para os pequenos empreendedores.
Suas alíquotas variam de 4% a 33%, divididas em cinco anexos que contemplam os mais variados ramos e atividades econômicas, que no presente caso, destacam-se os
Anexos III e V:
Anexo I: empresas de comércio (lojas): alíquotas de 4% a 19%
Anexo II: fábricas/industriais: alíquotas de 4,5% a 30%
Anexo III: serviços (como fisioterapia; medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; odontologia e prótese dentária; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite; laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica etc): alíquotas de 6% a 33%
Anexo IV: serviços (como limpeza; obras; advocatícios etc): alíquotas de 4,5%a 33% CONTINUE
Opinião 3 JAN-FEV 28
LENDO
Vento lança aplicativo para consulta em telemedicina e agendamento de serviços
+Moinhos tem como objetivo facilitar o dia a dia das pessoas, proporcionando agilidade para o cuidado com a saúde. Agendar consultas e exames, acesso a histórico de atendimento, consulta de telemedicina e monitoramento diário da saúde e do uso de medicamentos são alguns dos serviços que podem ser acessados na palma da mão com o aplicativo +Moinhos. O objetivo do Hospital Moinhos de Vento , de Porto Alegre (RS), é facilitar o dia a dia das pessoas, proporcionando agilidade para o cuidado com a saúde.
“O Moinhos de Vento dá mais um passo na construção da jornada digital do indivíduo, que é o futuro não apenas da saúde. É uma ferramenta que vem para auxiliar a vida dos nossos pacientes, com foco na digitalização da experiência e que acompanha o atual movimento de renovação do posicionamento da instituição que reforça a necessidade de redefinir a saúde do Brasil”, ressalta o CEO Mohamed Parrini.
O gerente de TI do Hospital Moinhos de Vento, Vitor Tadeu Ferreira, que coordenou o processo de concepção do aplicativo junto com sua equipe, destaca que esta é uma melhoria operacional relevante para a instituição. “A saúde precisa acompanhar as transformações tecnológicas, e
o aplicativo permite uma gestão mais integrada entre pacientes e profissionais da área médica. Além disso, possibilita uma liberdade ao usuário de realizar suas tarefas no momento que for conveniente”.
No aplicativo é possível acessar histórico de atendimento, consultas e exames. Além disso, o paciente também pode incluir arquivos de exames realizados em outras instituições para que as informações fiquem centralizadas em um só lugar. A marcação e consulta da telemedicina também poderá ser feita totalmente por meio da ferramenta, com a possibilidade de incluir mais pessoas em diferentes localidades ao atendimento online.
De acordo com Ferreira, novas funcionalidades devem ser oferecidas em breve, como a realização de check-in nos totens por meio do QR Code gerado no aplicativo, agilizando etapas no processo de atendimento, otimizando a identificação e reduzindo o tempo de espera. Também haverá conteúdos exclusivos publicados na ferramenta, como notícias relacionadas à prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças.
29 JAN-FEV
Hospital Moinhos de
Tecnologia
Pacientes do Hospital Samaritano Higienópolis recebem cuidado integral para a redução da dor
Equipe multidisciplinar atua há mais de oito anos na instituição, que se tornou referência em assistência e educação na especialidade.
Nos últimos dois anos, o Grupo de Dor do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo (SP), em parceria com o Serviços Médicos de Anestesia (SMA), realizou quase oito mil atendimentos a pacientes que apresentavam dores crônicas ou agudas de difícil manejo. Trata-se de uma equipe multidisciplinar dedicada ao cuidado integral das dores físicas, com atenção à dor social e psicológica também, um serviço especializado encontrado somente em grandes centros médicos dentro e fora do país. Para a realização desse trabalho, os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos contam com uma infraestrutura de primeira linha, tecnologia de ponta e metodologia própria. Além disso, os
protocolos utilizados são baseados em guidelines internacionais, com ampla evidência científica.
“A grande maioria dos pacientes apresentam melhora de sua dor com os cuidados da equipe, o que comprova a eficácia da terapêutica aplicada e a excelência dos profissionais dedicados”, de acordo com a Dra. Fernanda Cristina Paes, anestesiologista e especialista que integra a equipe formada por cinco médicos. Ela conta que o objetivo é ampliar essa área e atenção ao cuidado da dor para todos os hospitais da rede Américas. Dessa forma, a equipe tem compartilhado os protocolos, rotinas e o gerenciamento da dor com todo o grupo, sempre avaliando os pontos que ainda podem ser aperfeiçoados.
No Samaritano Higienópolis, desde 2014, o Grupo de Dor atua os sete dias da semana, 12 horas por dia presencial e se mantém também à distância, sempre dando todo o suporte aos pacientes
Tratamento JAN-FEV 30
assistidos. São realizadas visitas diárias e um acompanhamento diferenciado para pacientes internados e mapeados com dor crônica ou de difícil manejo. Quanto aos métodos usados para o manejo da dor, todos são de acordo com a necessidade de cada indivíduo. São utilizadas: analgesia multimodal (uso simultâneo de uma combinação de medicações); bloqueios periféricos em cirurgias de grande porte (quando há um maior potencial doloroso); cirurgias minimamente invasivas (técnica que usa vídeo-laparoscopia, com pequenas incisões ou robótica, ambas com menor potencial doloroso); e PCA (Patient Controlled Analgesia) ou analgesia controlada pelo paciente, bomba de medicamentos que ele pode acionar, e está programada com a dosagem devida para cada quadro clínico.
De acordo com a especialista, a grande vantagem do PCA é que agiliza o processo da aplicação do medicamento quando o paciente tem um pico de dor e tem a opção de acionar o equipamento para aliviar sua dor imediatamente. Essa bomba é muito usada em pacientes do pós-operatório e a medicação pode ser aplicada intravenosa, no espaço peridural ou plexular (com a instalação de um cateter na região do plexo nervoso).
Para os pacientes com dor crônica, também podem ser feitos os bloqueios com maior duração ou, procedimentos intervencionistas, onde o paciente terá um controle mais apropriado da sua dor, por mais
tempo. “A vantagem da analgesia regional é a aplicação localizada (e não sistêmica) da terapêutica indicada, evitando os efeitos colaterais e com total segurança para o paciente”, explica.
DA IDENTIFICAÇÃO AO TRATAMENTO
Dois tipos de pacientes podem ser selecionados para receber os cuidados pelo grupo especialista em dor. Aquele que é internado por causa da descompensação de uma dor crônica ou que passou por um procedimento cirúrgico. Um enfermeiro faz a mensuração da dor, identificada por meio das escalas apropriadas para cada paciente, dependendo da idade, perfil e grau (leve, moderada ou de forte intensidade). É então aberto um protocolo de dor, onde o grupo é acionado. Após a realização do primeiro atendimento, é feito um planejamento da terapêutica e são colocadas em prática uma sequência de ações para o manuseio adequado da dor. O uso dos medicamentos é uma etapa bastante delicada, por essa razão a equipe possui um olhar bem atento, desde a primeira avaliação até o desmame das medicações, após a alta hospitalar.
“O paciente é sempre monitorado com muita atenção pela equipe, pois são medicações que apresentam diversos efeitos colaterais, incluindo dependência e tolerância. Nosso caminho é optar por terapias eficazes, sempre com o olhar na segurança do paciente”, finaliza.
31 JAN-FEV
ABDEH vê 2023 como um ano promissor
Associação voltada ao desenvolvimento do edifício hospitalar começa 2023 com calendário de eventos e propostas de disseminação e troca de conhecimento.
Contribuir para a contínua evolução brasileira no campo da edificação de saúde, desde sua concepção até sua operacionalização e para a valorização de sua importância para a qualidade de vida da sociedade. Esta é a missão da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, mais conhecida como ABDEH.
Esta é a associação que preza pela disseminação de conhecimento e atualização para os profissionais de arquitetura, engenharia, administração, medicina, enfermagem e demais profissões que atuam dentro do setor da saúde.
A atual gestão está sob o comando da arquiteta Ana Paula Perez (SP), tem como vice-presidente executivo a arquiteta Patrícia D’Alessando (PR); a vice-presidente de relações institucionais é a arquiteta
Adriana Sarnelli (PR); na vice-presidência técnico-científica está o administrador Marcelo Boeger (SP); o engenheiro Walmor Brambilla (SP) está à frente da vice-presidência administrativo financeiro e quem responde pelo marketing da Associação é a arquiteta Bia Gadia (SP).
Proporcionar o intercâmbio de experiências e informações entre os profissionais que atuam no setor da saúde, Estados, Regionais e associações similares está entre as principais propostas da ABDEH nesta gestão. Isso deve acontecer por meio de eventos promovidos pela ABDEH nacional e também pelas 12 regionais espalhadas por 14 estados do Brasil.
“Um dos pilares mais importantes da minha gestão é proporcionar a integração da ABDEH com as associações similares pelo mundo, permitindo o real intercâmbio de informações e conceitos, dentro da arquitetura para a saúde, e proporcionado, aos nossos associados, a atualização e aprimoramento profissional”, ressaltou Ana Paula Perez, Presidente da ABDEH.
ABDEH JAN-FEV 32
É focada em oferecer condições de aprimoramento, troca de experiências e fortalecer a carreira e a formação dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção que atuam no setor da Saúde que a ABDEH está planejando executar mais de 50 eventos em 2023.
A agenda de eventos da Associação foi aberta este mês, em fevereiro, com workshop, visita técnica e palestras nas Regionais da Bahia, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo. Mas este é só
o começo do que está programado para o ano. Em março vão acontecer eventos nas Regionais da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os detalhes de cada um deles podem ser encontrados nas Redes Sociais da ABDEH. A Associação está presente no Instagram e no Facebook, @abdeh.
HISTÓRIA
A ABDEH foi idealizada e fundada pelo professor e arquiteto João Carlos Bross, que em 1994 estava iniciando uma série de projetos e notou a necessidade de conversar com os representantes dos clientes, médicos e enfermeiros, sobre o funcionamento do edifício de saúde.
“Foi aí que nós criamos um grupo de trabalho formado por mim, pelo Salim Lamha Neto, da MHA; pelo Jaime Castro, que cuidava da segurança; e pelo Antônio Celso Ribeiro Brasiliano, que estava ligado à logística, juntamente com o expert em relacionamento Ivan Fox. Fundamos uma associação que discutisse de forma ampla o funcionamento do edifício hospitalar”.
Caminhando para os 30 anos de fundação, a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH) encerrou o ano de 2022 tendo como associados 52 empresas e 661 profissionais, ligados às áreas de arquitetura, construção e saúde, nos quais se incluem administradores, arquitetos, designers, enfermeiros, engenheiros, estudantes, médicos e professores.
33 JAN-FEV
VEJA + FOTOS
Hospital Leforte faz 1º
transplante renal pareado do país em pacientes hipersensibilizados
Atualmente, cerca de 5 mil dos mais de 32 mil pacientes que estão na fila a espera de um rim encontram-se em estado de hipersensibilização.
Um procedimento inédito no Brasil, feito a partir do cruzamento de duplas de doadores e receptores de rins, abre novas perspectivas para o tratamento de pacientes com necessidade de diálise. No Hospital Leforte, em São Paulo (SP), duas receptoras e dois doadores passaram por transplantes renais pareados realizados pela primeira vez em pacientes hipersensibilizados.
Hospital Ana Costa inaugura Centro Obstétrico e Centro Cirúrgico
Baixada santista passa a contar com modernas instalações para partos humanizados e para cirurgias de alta complexidade.
Moradores de Santos (SP) agora podem contar com os novos Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico (equipado também para a realização de parto humanizado), inaugurados no Hospital
Ana Costa. O recém-inaugurado Centro Obstétrico conta com duas salas cirúrgicas e dois quartos PPP, onde as parturientes podem viver os três estágios do parto no mesmo local: Préparto, Parto e Pós-parto.
A hipersensibilização é caracterizada pela grande quantidade de anticorpos no sangue, decorrente de transfusões, gestações ou transplantes prévios, o que dificulta a identificação de um doador compatível para o transplante. Um indivíduo é considerado hipersensibilizado quando apresenta exame de Painel acima de 80%. CONTINUE LENDO
Os quartos possuem modernas instalações promotoras de partos humanizados, com banheira apropriada, luzes para a realização de cromoterapia e óleos essenciais para aromaterapia, entre outros procedimentos que facilitam o processo do parto normal e oferecem conforto e segurança à parturiente.
CONTINUE LENDO
Transplante JAN-FEV 34
Hospitais do Brasil 1
Hospital e Maternidade Madre Theodora investe R$ 4,5 milhões em reforma
Mudanças têm como objetivo garantir mais conforto, qualidade e segurança para os pacientes.
O Hospital e Maternidade Madre
Theodora, da rede Americas, em Campinas (SP), acaba de investir R$ 4,5 milhões em melhorias com o objetivo de garantir mais conforto, qualidade e segurança aos pacientes. O espaço conta com 11 novas salas, sendo duas dedicadas ao atendimento ginecológico e obstétrico e as demais direcionadas a especialidades clínicas e cirúrgicas neurológicas, ortopédicas, cardíacas, entre outras.
Essa mudança permitiu separar o fluxo de atendimentos ambulatoriais eletivos do de pacientes internados. Ou seja, o paciente que irá passar por consultas de rotina com alguns dos mais de 120 médicos, nas mais de 30 diferentes especialidades ofertadas, não precisará entrar no ambiente hospitalar,
e sim em uma área dedicada a esses atendimentos.
As 11 salas foram projetadas com base no conceito de humanização. Um exemplo é a alteração do local da mesa de atendimento para a lateral do consultório – o que reduz a distância entre médicos, pacientes e familiares – favorecendo a interação e o acolhimento.
“Essas mudanças reforçam o nosso compromisso com a excelência no atendimento. Queremos que os pacientes tenham a melhor experiência no cuidado com a sua saúde”, reforça o diretor, Marcio José Cristiano Arruda.
HOSPITAL ANUNCIA MODERNIZAÇÕES E SERVIÇO DE ATENDIMENTO EXCLUSIVO
O Hospital e Maternidade Madre Theodora também reformou recentemente as recepções do Pronto-socorro (PS) e do
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Ambulatório Central de consultas eletivas, como parte do plano de modernização e melhoria da infraestrutura e agilização do processo de triagem do paciente. A renovação desses espaços facilitou a circulação dentro da unidade, com acessos mais independentes. Além disso, foi ampliada a sala de espera do paciente, instalados painéis de chamada eletrônica e sinalização dos fluxos, com nova decoração e troca do mobiliário, proporcionando maior conforto e bem-estar.
O paciente também ganhou um serviço de atendimento exclusivo: o Checkout, no qual um colaborador dedicado orienta e agiliza o agendamento de exames e consultas, possibilitando a continuidade do tratamento com um cuidado especial de assistência, em
todas as especialidades atendidas no hospital. De acordo com Dr. Atila Vendite, gerente médico, essa iniciativa resultou em um aumento de 20% no número de pacientes em tratamento na unidade e ele relata que essas melhorias na estrutura física e aperfeiçoamento da humanização do atendimento fazem parte dos projetos em curso.
“Nosso objetivo é oferecer o máximo de conforto ao paciente em todas as etapas do atendimento em nossa instituição pra que ele se sinta único e tenha um acompanhamento adequado e eficiente para um desfecho satisfatório”, explica. O Madre Theodora realiza diariamente 250 atendimentos no PS, 280 ambulatorial e por mês 7.500 e 6.200 respectivamente.
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Necessidade de melhor gestão do ecossistema, incorporando iniciativas pública e suplementar, fez a pauta se tornar fixa e necessária no setor.
A pauta ESG chegou com força às instituições de saúde após a pandemia de Covid-19. A necessidade de melhor gestão do ecossistema, incorporando iniciativas pública e suplementar, fez a pauta se tornar fixa e necessária no setor.
Além disso, o desafio de como economizar energia – uma vez que são os equipamentos que mantêm os pacientes vivos – e otimizar recursos – já que o setor é o grande gerador intensivo de resíduos, sobretudo os infectantes e perfurocortantes – fez com que estas demandas criassem um ambiente de urgente discussão sobre a sustentabilidade das instituições de saúde.
Somados a estes desafios, a gestão de pessoas e a promoção de equidade de gênero no atendimento ganharam mais espaço, mostrando barreiras entre iniciativas pública e suplementar.
Como uma demanda encabeçada pela ONU (Organização das Nações Unidas),
nasceu, em meados dos anos 2000, a pauta ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance), em português Governança Ambiental, Social e Corporativa.
“Os hospitais privados estão cada vez mais conectados com a política de otimização de recursos. Os princípios ESG demandam, muitas vezes, departamentos próprios para gerenciar, não apenas recursos, pensando na sustentabilidade do funcionamento do hospital, mas também a governança corporativa e social que contribui para a sustentabilidade de todo setor”, destaca Fernando Torelly, conselheiro da Anahp, Superintendente Corporativo-CEO no Hcor e idealizador e presidente da Associação Voluntários da Saúde.
Mas ele reconhece que o desafio é ainda muito amplo, haja vista que ainda “menos de 6% dos hospitais possuem um processo de acreditação hospitalar (auditoria de processos assistenciais e de qualidade e segurança)”. “Precisamos avançar com força nas diferentes pautas em favor dos pacientes, saúde e sociedade. No SUS, são as dificuldades mais latentes. É necessário melhorar o financiamento e desenhar um melhor
Gestão JAN-FEV 38
Pandemia
intensificou necessidade de implantação de políticas ESG em instituições de saúde
modelo de governança e investimentos na qualificação das práticas de gestão.”
Ainda segundo o CEO, as instituições privadas possuem maior flexibilidade na condução da operação de um hospital, sem as amarras da gestão pública nas tomadas de decisão.
Arthur Lima, sócio-fundador da AfroSaúde, especialista em Saúde da Família e mestre em Saúde, Ambiente e Trabalho pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), ressalta que, no setor público, as dificuldades são mais marcantes para a implementação da pauta ESG. “A saúde suplementar consegue inserir esta pauta de maneira muito mais fácil, porque não enfrenta os obstáculos que o SUS possui, como, por exemplo, tentativa de desmonte e interferência governamental.”
Conforme Lima, o assunto ESG dentro do SUS ainda está muito tímido. “O SUS enfrenta muitos problemas com o seu modelo de gestão. Vejo que, quando a iniciativa privada atua em parceria com o sistema, é possível inserir a pauta de ESG, pois o processo exige de fato identificar o problema, traçar estratégias e, principalmente, realizar atividades de educação permanente com profissionais da assistência, gestores e todas as pessoas que direta ou indiretamente participam dos cuidados dos usuários. Estamos falando sobre saúde e precisamos olhar para além da medicina”, relata.
O executivo da AfroSaúde afirma ainda que, durante a pandemia, foram observadas condutas de pacientes e usuários dos serviços em relação a casos de discriminação com profissionais negros.
“Mesmo após a pandemia de Covid-19, a pauta da diversidade é bem tímida na saúde, mas vejo iniciativas importantes acontecendo em termos de atuação e formação de profissionais. Quando era residente em Saúde da Família, a pauta ‘equidade e diversidade’ não estava presente dentro da minha unidade e nem no contexto do município que atuava. Eu perguntava sobre a raça/cor dos meus pacientes e conseguia analisar, a partir dos meus dados de atendimento, diferenças marcantes relacionadas à saúde bucal dos pretos e pardos, quando comparados com os nãonegros”, relembra Lima.
Ele descreve as unidades que trabalhava como mais deterioradas e condenadas a procedimentos mais invasivos. “A partir de dados e informações, conseguimos discutir e traçar possíveis caminhos.”
O médico pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Fleury Johnson, por meio do Instituto de Diversidade e Inclusão em Saúde (Instituto DIS), fomenta a diversidade e inclusão para dentro dos hospitais privados. “Trabalhamos educação inclusiva, antiracista, anti-homofóbica para os profissionais de saúde, a partir das universidades, além de participar de processos de contratação de médicos e médicas negras”, explica.
Para ele, ainda há muito a avançar, olhando para os hospitais de grande porte. “Os profissionais estão muito despreparados para o atendimento de pacientes de grupos sub-representados. As redes de saúde conseguem fomentar o trabalho para o quadro administrativo, porém isso não chega para a ponta, que são os profissionais de saúde, que lidam diretamente com os pacientes, o que pode gerar grande problema e exposição das marcas”, finaliza.
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Os Congressos da Hospitalar trazem aos visitantes diversos temas e discussões sobre as principais tendências, inovações e tecnologias do setor, reunindo representantes de importantes empresas e iniciativas da área da Saúde da América Latina.
Durante toda a Hospitalar 2022 milhares de congressistas acompanharam os grandes eventos que aconteceram simultaneamente, realizados em cooperação com instituições parceiras:
Eventos simultâneos
3.000 Congressistas 300 Horas de conteúdo Acompanhe nossos canais de comunicação
450 Palestrantes nacionais e internacionais
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HOSPITALAR.COM / HOSPITALAROFICIAL @HOSPITALAR /HOSPITALAR
e fique por dentro da programação de 2023!
Hospital Mãe de Deus realiza implante de menor marcapasso do mundo
Instituição também lança Emergência Cirúrgica com foco na agilidade de casos que precisem de intervenção imediata.
Sempre em busca de minimizar os riscos ao paciente, o Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre (RS), inova em mais um procedimento cirúrgico. Desta vez a equipe de Cardiologia do HMD realizou um implante de um marcapasso transcateter sem eletrodos (Micra™ Medtronic), que corresponde ao menor sistema de estimulação cardíaca disponível no mundo, tendo aproximadamente 25mm e 2g, semelhante ao tamanho de uma moeda de um real. Embora esta tecnologia esteja disponível no Brasil há cerca de um ano, este caso está entre os primeiros a ser realizado no Rio Grande do Sul e é o primeiro no HMD.
O procedimento é realizado de forma pouco invasiva, através de punção de uma veia profunda (femoral), o que elimina as incisões cirúrgicas ou cortes maiores. A seguir, o implante é feito diretamente do
dispositivo no coração, sem necessidade de cabos e gerador externo. Esta técnica demonstra, através dos estudos clínicos, uma redução na taxa de reintervenção cirúrgica e de complicações relacionadas ao dispositivo, principalmente em pacientes com risco aumentado como, por exemplo, pessoas com doenças renais crônicas em hemodiálise, infecção prévia, pacientes oncológicos e outros.
Além disso, este novo método tem como vantagem a ausência de cicatriz no tórax ou protuberância sob a pele, e menores restrições de atividades no período pósimplante. Embora o tempo de recuperação hospitalar seja similar, há redução no tempo de repouso nos dias seguintes à intervenção. O funcionamento do dispositivo ocorre através do envio dos impulsos elétricos por meio de um ponto na sua própria estrutura, o qual fica em contato direto com o músculo do coração, sem necessitar de eletrodos.
Responsável por realizar o procedimento no HMD, a médica cardiologista,
Inovação JAN-FEV 42
especializada no tratamento de arritmias, Karina de Andrade reforça a importância de aprimorar o tratamento aos pacientes. “A felicidade em acompanhar a evolução da medicina e poder proporcionar o melhor tratamento aos nossos pacientes é muito gratificante. Sem dúvida, estar entre os primeiros casos do Brasil tornou este momento ainda mais especial”, afirma.
HOSPITAL LANÇA EMERGÊNCIA
CIRÚRGICA COM FOCO NA AGILIDADE Atuação imediata em casos cirúrgicos, visando a um atendimento qualificado e humanizado, é um dos focos do lançamento da Emergência Cirúrgica do Hospital Mãe de Deus, caracterizada principalmente pelo encaminhamento mais rápido na presença de alguns sintomas e patologias, por meio de um fluxo específico. Com isso, o hospital busca cada vez mais se tornar o atendimento de Emergência mais rápido do Sul do país.
“A partir de agora, pacientes com queimaduras, dores abdominais e traumas cirúrgicos, entre outros acometimentos, quando chegarem ao Mãe de Deus serão encaminhados para um cirurgião assim que passarem pela triagem. Com esse direcionamento de fluxo e cirurgião
24 horas, qualificamos ainda mais a experiência assistencial do paciente, que precisa esperar menos tempo para resolver seu quadro”, explica o Diretor de Operações do Hospital Mãe de Deus, Clayton Moraes.
A entrega da nova Emergência é possível também por um investimento feito no primeiro semestre do ano. Com a reforma de nove salas e entrega de outras quatro novas para procedimentos de alta complexidade, o HMD duplicou a capacidade de atendimento em seu Bloco Cirúrgico. As salas apresentam infraestrutura diferenciada, com tecnologia para receber cirurgias robóticas.
“Nosso dia a dia é transformar a vida das pessoas cuidando da saúde delas com resolubilidade e acolhimento. As qualificações de estrutura e fluxo são parte disso. Na Emergência do Mãe, já são sucessivas movimentações com esse olhar: a criação do Espaço Azul, destinado exclusivamente àqueles com sintomas respiratórios, a Emergência Cardioneurológica, para pacientes em risco neurológico e cardiológico, e agora a Cirúrgica, amparada pela duplicação de nosso bloco”, afirma o Diretor-geral do HMD, Rafael Cremonese.
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Personagem de filme da Disney ajuda paciente em tratamento oncológico
Utilizada para imobilizar e evitar movimentos que podem alterar a área que será tratada, máscara termoplástica é um item fundamental durante o tratamento radioterápico de pacientes oncológicos.
Utilizada para imobilizar e evitar movimentos que podem alterar a área que será tratada, a máscara termoplástica é um item fundamental durante o tratamento radioterápico de pacientes oncológicos, proporcionando maior precisão e conforto aos que necessitam do cuidado.
Independente da idade, o processo é um desafio tanto físico, quanto mental, já que exige carinho, acolhimento e paciência não só do paciente, mas de todos os envolvidos. Lúcia Sofia
Bezerra de Souza Costa, de 7 anos, iniciou no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) suas sessões de radioterapia contra o Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer sanguíneo. Tradição na unidade, que é referência para toda a região de Jundiaí (SP), a pequena recebeu uma máscara especial para enfrentar essa batalha.
Apaixonada por princesas da Disney – a preferida da paciente é a Elsa, da animação ‘Frozen: Uma Aventura Congelante’ – sua máscara foi personalizada com o desenho e características da personagem. Feito com linha de crochê, até o penteado da princesa protagonista foi recriado. “Eu gostei muito. Escolhi a Elsa porque ela é gelada e diferente das outras princesas”, compartilha Lúcia em uma fala inocente e de grande significado dentro da diversidade.
A técnica de radioterapia, Camila
Ferreira Souto Silva, foi quem deu vida ao projeto e se empenhou na confecção do objeto. “Temos um protocolo diferenciado quando recebemos pacientes infantis. O objetivo é dar um tratamento mais colorido e menos traumático. Pintei a máscara com um tom de rosa bebê
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para desenhar a cabeça e o pescoço e meu colega de trabalho Thiago Furlan, que também é técnico, deu a ideia de comprar um cabelo falso, com linha. Os olhos e a boca nós imprimimos uma foto da Internet no papel de foto e colamos com dupla face. Minha irmã Dariana Palamarzuk cuidou dos acabamentos finais. Me sinto muito grata por poder alegrar uma criança nesse momento tão difícil e poder saber que ela sempre irá entrar para a sessão com um sorriso no rosto”.
A mãe da paciente, Vanessa Bezerra, conta que descobriu a doença da filha ao notar um caroço no pescoço da criança. “Ela nunca reclamou de dor e só descobrimos porque vi um caroço no pescoço dela. Por isso eu digo aos pais para acompanharem
de perto as mudanças físicas dos filhos, pois foi essa ação rápida que garantiu a possibilidade de tratamento dela”. O primeiro atendimento foi em janeiro e, desde então, Lúcia já fez cirurgia, passou por quimioterapia no GRENDACC – Grupo em Defesa da Criança Com Câncer – e agora inicia mais uma fase do tratamento no HSV.
“Estamos sendo muito bem acolhidas aqui, principalmente a Lúcia que é mais retraída, mais fechada. Os médicos são ótimos e ela está sendo muito forte. Nosso foco agora é a recuperação dela. Agradeço muito ao Hospital São
Vicente e a todos da radioterapia pela ação, por terem essa iniciativa de fazer a máscara para ela”, compartilha Vanessa.
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Instituições de saúde possuem desafios específicos e, para solucioná-los, é imprescindível que projetos, produtos e fornecedores considerem o contexto e a realidade de cada organização.
É dentro da perspectiva reforçada do networking com uma rede de contatos determinante para o impulsionamento de negócios, que o Ecossistema de Saúde Milmedic se estrutura.
Focada em soluções vastas para a área da saúde, desde clínicas a laboratórios e hospitais, a Milmedic é muito mais que uma rede consolidada de network com a alta cúpula da área médica no Brasil, sob o comando do CEO Leonardo Milner, que é Administrador Hospitalar e Economista, com MBA pela Unifesp e mais de 35 anos de experiência em Gestão, Comercialização e Marketing para o Segmento da Saúde.
O Ecossistema de Saúde Milmedic oferece às instituições um portfólio de soluções complementares que podem ser customizadas para atender com precisão suas necessidades, ao mesmo tempo em
que cria um ambiente sustentável para empresas especializadas oferecerem seus produtos e serviços de maneira compartilhada.
Instituições de saúde possuem desafios específicos e, para solucionar esses desafios, é imprescindível que projetos, produtos e fornecedores considerem o contexto e a realidade de cada organização.
A Milmedic entende que empresas da Saúde precisam de soluções realmente aderentes ao seu contexto. Por isso, trabalha com uma rede de fornecedores que atendem demandas particulares das organizações com projetos complementares, sinérgicos e flexíveis.
A flexibilidade do formato de trabalho da Milmedic torna possível atender demandas críticas e urgentes das instituições de saúde. Um exemplo foi o trabalho realizado com a Byosis, onde foram distribuídos, em todo o país, 2.000 respiradores durante a crise da falta de respiradores na pandemia de Covid-19.
Mercado JAN-FEV 46
Conexão, relacionamento e desenvolvimento de negócios na área da saúde
Leonardo Milner, CEO da Milmedic