EM REVISTA CONSTRUINDO A DIFERENÇA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA SÉ - LAMEGO | SETEMBRO | ANO 2 | N.º 4
Espaços Modernos
Parcerias
Dinamismo
Escolas Vivas
3.º ano do Curso Técnico de Energias Renováveis
Prova Prática de Aptidão Profissional (PAP)
Editorial
Índice IV Montra de Oportunidades - Participação do Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego
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Parceria do Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego: AFSML
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Dia da Europa - 9 de maio
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Alunos do Agrupamento de Escolas da Sé na V Assembleia Municipal do Futuro
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Viagens entre línguas
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Projeto Europeu COMENIUS - Encontro de escolas parceiras na Escola Básica e Secundária da Sé
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Encontros de Boccia
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Ainda os cursos profissionais
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Os caminhos do Museu dos Catos Moura Marques
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Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
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Policiamento de proximidade: Programa Escola Segura
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Em busca do passado perdido - Na pele de um arqueólogo
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As minhas leituras
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De pequenino se torce o pepino
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Em destaque: Biblioteca da Escola Básica e Secundária da Sé – Um recurso educativo presente e atuante
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A biblioteca do CELS
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Biblioteca do CEL N.º 2
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Centro Escolar de Lamego N.º 2 - Antes e depois da requalificação
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Uma graça que nos deixou
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Lamego unido por uma escola mais inovadora
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Talento e criatividade
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Almoço em família
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«Arte Decorativa, reutilizando...» - ação de formação/oficina viva
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Dia Mundial da Criança no CEL N.º 2 - Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego
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Ficha Técnica Propriedade: Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego Coordenação: Maria Amélia Bernardo Periodicidade: Semestral Tiragem: 1500 exemplares Composição e impressão: Lamibrinde - Sociedade Gráfica, Lda. Britiande.
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Ano novo, Vida nova
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no novo, vida nova, diz-se ao virar a folha do último dia do ano para a primeira do ano seguinte. O aforismo, transformado em cliché, de tão mecanicamente repetido, não perdeu, ainda assim, o seu significado original seja qual for a cultura, o povo ou o calendário que rege a contagem do seu tempo. Como traço comum encontramos a celebração da esperança mas também a necessidade da reinvenção do homem como resposta à mudança permanente imposta pelo fluxo incessante do cronos. Vidas novas fazem-se de novas vidas, que despertam em nós a vontade de renascer deixando para trás a angústia e o sofrimento e que mais não são, afinal, opções de vida que fazemos para o nosso dia a dia. Também o ano novo escolar tem o seu calendário. Com o início de um novo ciclo temporal eis que nos colocamos, mais uma vez, perante vida nova. Será sempre assim para todos, não importam os anos que este ritual já tenha para cada um de nós. Será assim, também, no nosso Agrupamento. E, para todos os que chegam, de novo ou mais uma vez, fica a certeza de que muitos foram os que ficaram no fim do ciclo, para virar a folha do calendário, insuflando novas vidas ao ano novo para que este traga vida nova. A todos, indistintamente, o meu reconhecimento e o meu profundo agradecimento. Os tempos são de profunda mudança, isto é, de enormes desafios à reinvenção. Com a introdução do controle eletrónico de acesso dos alunos à escola, o registo eletrónico de sumários das aulas e o dossier eletrónico de direção de turma, completa-se, na escola sede, o ciclo de modernização administrativa iniciado há dois anos com a introdução do cartão eletrónico de pagamento e de acesso aos diversos serviços internos da escola, continuado, o ano passado, com a introdução do sistema biométrico de registo e controle de assiduidade do pessoal não docente e o sistema de acesso remoto dos professores ao programa de alunos para efeitos da gestão dos conselhos de turma. Ainda no plano da renovação e, ajustando-se às necessidades dos tempos, será finalmente resolvido o pecado original do projeto arquitetónico da escola sede – a inexistência de uma sala de convívio de alunos, cujas obras são já visíveis e que ficarão concluídas até final do 1.º período. Mas, também no plano da organização pedagógica, novas vidas, especialmente no 1.º ciclo e nas atividades de enriquecimento curricular, estão na origem de uma vida nova para alunos e professores. A aproximação do modelo de funcionamento do 1.º ciclo aos restantes ciclos do ensino básico a isso obriga, assistindo-se, hoje, à integração no 1.º ciclo de docentes de outros ciclos, heresia ditada pela obrigatoriedade do aproveitamento exaustivo de recursos humanos docentes do Agrupamento. Já no ensino secundário e no ensino profissional, o aumento do número de alunos por turma coloca a alunos e professores desafios novos pela frente, devendo ser capazes, uns e outros, também de se reinventarem no seu papel de quem aprende e na sua missão de quem ensina. Esforço, dedicação e disciplina, nos primeiros, e profissionalismo, competência e exigência, nos últimos, são bem-vindos também. A toda a comunidade escolar o Director e os restantes membros da sua equipa de Direção desejam uma vida nova repleta de novas vidas feitas de sucesso escolar e profissional. Carlos Dinis Marques de Almeida
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IV Montra de Oportunidades
Participação do Agrupamento de Escolas da Sé – Lamego
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IV Montra de Oportunidades, organizada pela Câmara Municipal de Lamego e o Centro de Informação “Europe Direct – Lamego”, realizou-se entre os dias 10 e 12 de abril de 2013, no Pavilhão Álvaro Magalhães. As temáticas forma as seguintes: • Ensino/ Formação - 10 de abril; • Saúde e Bem-Estar - 11 de abril; • Expossocial - 12 de abril. Com a participação neste evento, o agrupamento deu a conhecer o seu leque de escolhas formativas na ótica educação/formação e divulgou o que de melhor se faz, nomeadamente a nível dos Cursos Profissionais de Técnico de Energias Renováveis, Técnico de Auxiliar de Saúde e Técnico de Óptica Ocular. A nossa participação na dinâmica deste evento contribuiu de forma indelével para que ele se tornasse mais inovador, criativo e uma importante marca da região. Apresentámos um conjunto variado de iniciativas: • uma exposição dos projetos executados pelos alunos do 3.º ano do Curso Profissional de Técnico de Energias Renováveis; • três Workshops «ES’TAS em ação: “Massagens”, “Avaliação dos Sinais Vitais” e “Como ligar para o 112 e suporte básico de vida”, dinamizados pelos alunos do Curso Profissional TAS; • o Workshop “Toca a Ler!”, iniciativa integrada na cerimónia de assinatura do Protocolo de Estabelecimento e Funcionamento da Rede de Bibliotecas de Lamego, realizada pela Biblioteca da Escola Básica
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e Secundária da Sé, em parceria com a Biblioteca da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro; • a oficina de escrita “Escreve, que isso passa”, dinamizada pelo Clube de Leitura e Escrita; • o Workshop “Inclusão? – Sim, é possível”; • a divulgação do projeto “Museu dos Catos Moura Marques”. Cristina Parente, Coordenadora das Novas Oportunidades EM REVISTA |
PARCERIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA SÉ – LAMEGO
Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego Fundada em 2010/2011, constituiu-se, atualmente, na mais importante parceria do Agrupamento de Escolas da Sé, em termos de financiamento de alguns dos seus serviços e projetos de natureza transversal a todos os estabelecimentos de ensino do Agrupamento.
António Rodrigues Presidente da AFSML
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or delegação de competências da Câmara Municipal de Lamego, o financiamento do funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico do concelho está cometido às atuais associações de freguesias. Estas entidades, criadas com a entrada em funcionamento dos vários centros escolares que foram construídos no concelho, representam também uma evolução do modelo de financiamento que era adotado no período em que os jardins-de-infância e as escolas do 1.º ciclo do ensino básico constituíam unidades orgânicas isoladas e disseminadas por todas as freguesias do concelho. No atual contexto educativo do concelho de Lamego, estas associações têm ganhado relevância no apoio prestado aos agrupamentos quer a nível de serviços de funcionamento quer a nível de financiamento de muitas das suas atividades pedagógicas e educativas. No que ao Agrupamento de Escolas da Sé diz respeito, este apoio tem sido assegurado pela Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego (A.F.S.M.L). Esta Associação, fundada em 2010/2011, com a entrada em funcionamento do Centro Escolar de Lamego Sudeste, em Ferreirim, viu o seu papel de entidade parceira
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reforçado com a entrada em funcionamento, em 2012/ 2013, do Centro Escolar de Lamego n.º 2, constituindo-se, dessa forma, no mais importante parceiro do Agrupamento de Escolas da Sé, em termo de financiamento de alguns dos seus serviços e projetos de natureza transversal a todos os estabelecimentos de ensino do Agrupamento. O trabalho desenvolvido, de natureza multidisciplinar, dá resposta às necessidades das famílias no que respeita ao acompanhamento das crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico nos períodos antes e após a atividade lectiva, no serviço de refeições e no prolongamento de horário, até às 20 horas. A componente de apoio à família e o A.T.L. são dois programas que têm contribuído para proporcionar às crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico um amplo conjunto de apoios, atividades formativas e ocupacionais de natureza lúdica, pedagógica e didática assegurando a otimização da organização e gestão do seu tempo extra-escolar. Várias têm sido as atividades desenvolvidas neste âmbito, com manifesta adesão das crianças e das famílias, destacando-se os atelieres de expressão plástica, expressão musical, de expressão física e motora, expressão dramática e formação cívica.
Para além desta componente, que é adaptada e melhorada ao longo do ano, a Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego tem colaborado nas diversas iniciativas que o Agrupamento organiza no âmbito do seu plano anual de atividades. De entre elas, destacam-se, este ano, o conjunto de visitas de todas as crianças da educação pré-escolar ao Museu do Douro, que não teria sido possível sem o financiamento dos transportes pela Associação e a visita de estudo dos alunos do 1.º ciclo ao Pavilhão da Água e ao Parque Natural da Aguda. No âmbito das iniciativas financiadas pela Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego, são também de salientar as atividades do dia Mundial da Criança, no Centro Escolar de Lamego n.º 2, aberta às crianças de todo o concelho. Também, a exemplo do que já aconteceu no período de inter rupção das atividades escolares no Natal e na Páscoa, a Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego irá assegurar a ocupação das crianças durante as férias de Verão com atividades lúdico-pedagógicas diversificadas e atrativas monitorizadas por um conjunto de técnicos especializados. Em nome da Associação de Freguesias do Sudeste de Lamego, agradeço a satisfação presente nas crianças e o agrado e apoio constantemente manifestados pelos encarregados de educação, porque estes são os motivos que nos ajudam a melhorar e a “Construir a Diferença”.
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DIA DA EUROPA – 9 de maio
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Clube Europeu participou nas comemorações do Dia da Europa, sob o lema “Ano Europeu dos Cidadãos, Estratégia Europa 2020, direitos dos cidadãos e cidadania europeia”. Como cidadãos europeus e conscientes da importância em participar na vida democrática desta União, assinalámos esta data, 9 de maio, com uma exposição no átrio da escola sede do agrupamento e participámos num desfile, juntamente com alunos de outras escolas do concelho. Divulgámos, através de cartazes, os Direitos dos Cidadãos da União Europeia. Com a construção da bandeira humana e o cântico do hino da alegria por todos os presentes, reforçou-se o espírito de identidade europeia que deve estar presente no dia-a-dia de todos nós. Com uma cidadania que se pretende
cada vez mais europeia, é importante lembrar que beneficiamos de certos direitos, nomeadamente: • liberdade de circulação e de permanência em todo o território da União; • direito de eleger e de ser eleito nas eleições autárquicas e europeias no Estado Membro de residência; • direito à proteção diplomática e consular fora do território da União, nas mesmas condições que os nacionais desse país; • direito de petição ao Parlamento Europeu e direito de recorrer ao Provedor de Justiça Europeu e de se dirigir às instituições da UE (em qualquer língua oficial da UE); • direito a organizar ou apoiar, juntamente com outros cidadãos da UE, uma iniciativa de cidadania destinada a propor nova legislação europeia.
Com a comemoração do Ano Europeu do Cidadão, contribuímos para uma maior consciencialização das pessoas para a compreensão do pluralismo europeu, numa tolerância e respeito mútuo pelas diferenças culturais. Alunos do Clube Europeu, 10.º C
Rastreio da glicose No passado dia 1 de março (sexta-feira), realizou-se, no gabinete de informação ao aluno (GIA) da Escola Básica e Secundária da Sé - Lamego, o primeiro rastreio da glicose. Tendo como alvo toda a comunidade escolar, o rastreio decorreu durante a manhã, verificando-se uma adesão superior à esperada. Esta atividade teve como principal objetivo alertar a comunidade escolar para a importância de ter uma alimentação equilibrada, com particular atenção à quantidade de açúcar. A orientar e a ajudar na organização desta interação, esteve a Farmácia Santos Monteiro, de Lamego. Maria Isabel Martins, assistente operacional
Sede: CASTANHEIRO DO OURO 3610-103 TAROUCA - Tel; 254 671 050 - 254 671 090 - Fax; 254 679 180 Filial: Av. 5 de Outubro 5100-065 Lamego - Tel: 254 613 201 – www.mapec.pt - TAROUCA - PORTUGAL
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Alunos do Agrupamento de Escolas da Sé na V Assembleia Municipal do Futuro No passado dia 24 de abril, um grupo de alunos do 9º ano C (Ana Cláudia Mendonça Gonçalves, Beatriz Bernardo das Neves, Daniela Filipa Almeida Martins, João Carlos da Costa Teixeira, João Luís Cardoso Teixeira, Rui Pedro Fonseca Mesquita e Sílvia Monteiro Oliveira), orientados pelo professor Ricardo Costa, em representação do nosso agrupamento, participaram na V Assembleia Municipal do Futuro, debatendo o tema “A Crise Económica e a Perspetiva de Empregabilidade dos Jovens no Futuro em Lamego e na Região”. Tratou-se de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Lamego, no âmbitos das Comemorações do 25 de Abril e onde se pretendia dar voz aos jovens da região sobre a problemática acima referida. Sendo assim, os discentes do nosso agrupamento apresentaram a seguinte intervenção: «Senhor Presidente, Senhores Deputados, Meus Senhores e Minhas Senhoras, O Interior Norte, ao qual Lamego e a sua região pertencem, sempre foi, ao longo da nossa História, uma zona muito carenciada de postos de trabalho, principalmente no setor privado da economia. É verdade que o campo escondeu, durante muito tempo, o subemprego e a miséria das nossas gentes. Depois, veio a emigração dos anos 60 e, com ela, a grande “sangria” populacional. Veio o Estado social, no início dos anos setenta, surgindo novos serviços públicos que contribuíram, significativamente, para
a oferta de trabalho no setor público. Mas, Senhores Deputados, esse tempo já acabou! A atual e grave crise económica e financeira do País veio dizer-nos que a nossa cidade e a nossa região só terão futuro se apostarem na iniciativa privada. Os tempos são de mudança! O número de postos de trabalho na esfera pública está em retrocesso. É no sucesso da via privada da economia que poderemos ter futuro. Se não formos capazes de criar e/ou atrair empresas, a nossa região ficará, a longo prazo, deprimida, não só em termos populacionais, mas também em termos económicos. É preciso e é urgente travar esta nova “fuga” dos nossos melhores jovens para o estrangeiro. É ou não é verdade que a produção do “capital humano” custa muito dinheiro ao País e às famílias? Claro que custa muito dinheiro! Portugal é um país pobre no conjunto dos países ricos e por isso não pode, não deve esbanjar recursos. Então, o que fazer? É preciso criar uma espécie de “incubadora de empresas” na nossa cidade. Aqui, pensamos nós, a Câmara Municipal de Lamego poderia ter um papel impulsionador, reunindo instituições públicas e privadas, com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo jovem. Lembramos que temos aqui a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego que pode ser uma mais-valia nesta nossa sugestão, atendendo à tipologia de cursos que possui. Hoje, o mundo empresarial já não se compadece com amadorismos. Precisamos de aprender a ser jovens empreendedores! Este é o caminho a
Ricardo Costa professor seguir!... Este é o futuro! Temos de acabar com a velha ideia de que estudamos para sermos funcionários públicos. Temos de saber criar os nossos próprios postos de trabalho. Mas, claro está, precisamos do impulso e do carinho das entidades públicas, nomeadamente, através de um sistema burocrático mais simplificado e menos dispendioso, da concessão de espaços atrativos à fixação de eventuais jovens empresários e da isenção de taxas municipais. Reunidas estas condições, novas oportunidades surgirão, até porque ideias e potencialidades não faltam nesta região: a agricultura, a silvicultura, a aposta na criação de gado com sua secular transformação e, obviamente, o turismo. Não é esta, por acaso, uma das mais lindas regiões do mundo, quer ao nível do património natural, quer ao nível do património histórico-religioso? Por isso, mãos à obra! Acreditamos, Senhor Presidente e Senhores Deputados, que as medidas acima propostas possam ajudar a reverter a situação atual, fixando as gerações mais novas na terra que as viu nascer, de forma a promovê-la na senda do progresso e do futuro.»
Agrupamento de Escolas da Sé Lamego: Faz a diferença… todos os dias. | EM REVISTA
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Educação
Viagens entre línguas
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ste ano, os dias das línguas, comemorados na escola a 8 e 9 de maio, tiveram como mote «Viagens entre línguas». Viajou-se por exposições no átrio e na sala de professores, pelas gastronomias dos países cujas línguas são ensinadas na escola, através de crepes, de scones, de tortillas. Na tarde do dia 9, alunos e professores interessados fizeram uma viagem em três etapas: arrancou com um passeio aleatório pelas curiosidades de algumas línguas, que abriu com noções básicas de fonética portuguesa, prosseguiu pelo ranking mundial das línguas (de 2007) e terminou na incrível viagem da laranja que, em várias línguas do Mediterrâneo, é chamada pela mesma palavra com que designam o nosso país, porque foram os comerciantes portugueses que a trouxeram da China e ali a fizeram chegar; a segunda etapa cumpriu- se com «Viagens na minha terra com a língua dos outros», um workshop de legendagem criativa e descritiva, em línguas estrangeiras, de fotografias da região; por fim, alunos e professores do projeto Comenius (Secundário) partilharam as suas experiências sobre o que é viajar entre línguas. São deles os testemunhos que se seguem. Maria Filomena, docente de português e francês Viajar para a Turquia com o projeto Comenius foi a minha primeira experiência de saída do país. Foi muito agradável, embora intimidante ao mesmo tempo, pois, pela primeira vez, não consegui comunicar com todas as pessoas que me rodeavam. Falar em inglês com a minha parceira foi a ponte para conseguir comunicar com outros turcos que não falavam inglês. Sem o inglês, a comunicação seria muito mais difícil. Cristina Leal, 12.ºA O projeto Comenius permite experienciar o contacto com as mais variadas línguas. Com esta experiência, aprendi que, dependendo do país, não é só a língua que muda, mas também a
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maneira como entoamos as palavras e a pronúncia. Aprender uma língua nova pode tornar-se um pouco complicado, mas é, sem dúvida, uma mais-valia, sobretudo se essa língua for o inglês, a língua universal, extremamente necessária e compreendida em qualquer lugar. Inês Gomes, 11.ºA As viagens que nos proporciona o projeto Comenius são experiências únicas que nos permitem conhecer novas culturas, novas formas de pensar e de ver o mundo. Para além disto, temos a incrível oportunidade de visitar outros países, com paisagens diferentes, monumentos interessantes e de aprendermos as suas línguas maternas, o que se torna sempre uma atividade muito interessante e que nunca se sabe quando nos vai ser útil! Por fim, e talvez o mais importante, praticamos e melhoramos o “nosso inglês” e preparamo-nos para a eventualidade de um dia sairmos do país. João Carlos, 11.ºA Uma viagem entre línguas é um momento muito inspirador na vida, é uma grande experiência pessoal. Podemos aprender coisas novas e conhecer novos amigos e amigas, ver o mundo, compreender a cultura dos outros países e sentir
a necessidade de aprender novas línguas para podermos comunicar. Muitas vezes, com essas viagens, percebemos como o mundo é tão grande!!! Eu gosto dessas aventuras! Yadong Ruan, 11.ºA Viajar através do projeto Comenius foi uma das partes mais inesquecíveis da minha vida. Em primeiro lugar, porque me permitiu concretizar um pequeno desejo que eu tinha desde há muito tempo: viajar de avião. Claro que viajar de avião é interessante, mas o facto de o ter feito com os meus colegas e com os professores tornou esta aventura muito mais fascinante. Contudo, a importância desta aventura não se restringe a isto. Antes pelo contrário, há ainda muito mais para dizer. A parte de conhecer um país tão bonito, interessante e diferente como a Turquia tornou esta aventura ainda mais aliciante. Penso que foi o facto de a Turquia ser um país muito diferente de Portugal que me fez adorar conhecer este país, visto que o facto de passarmos
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Descobrir materiais e objetos, com os sentidos
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através dos sentidos e das experiências sensoriais que conhecemos o mundo, percebemos o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. Aprendemos a usar a visão, a audição, o paladar, o tato, o olfato, experimentando. Sob o lema do conhecimento do mundo, através dos sentidos, a turma A do 1.º ano desenvolveu uma atividade onde pôde realizar experiências sensoriais. Assim, com a colaboração das famílias dos alunos na re-
a conhecer um mundo em que a cultura é completamente diferente faz-nos enriquecer a vários níveis e faz-nos acreditar que a diferença é uma parte fascinante e rica da vida. Por fim, vou falar da coisa mais importante que esta viagem à Turquia
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colha de produtos a utilizar na referida atividade, aqueles efetuaram uma viagem pelo mundo dos sentidos. O jogo foi muito divertido e os alunos puderam desenvolver a perceção e a atenção uma vez que é de extrema importância observar, experimentar e comparar.
teve: o contacto com pessoas de diferentes países. Eu digo isto porque, além de ter permitido conhecer novas pessoas e fazer novos amigos, ela permitiu conhecer pessoas que são de nacionalidades diferentes da minha, mas que são adolescentes como eu e têm interesses parecidos com os meus.
Alunos do 1.º A e Educ. Especial, CELS
Por isso, viajar com o Comenius é uma aventura inesquecível que nos permite crescer a vários níveis; alargar os nossos horizontes; melhorar o inglês e ter acesso a experiências que nunca viveríamos, caso não pertencêssemos a este grupo. Daniela Ferreira, 12.ºA
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Uma ida ao Santuário dos Remédios
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oi uma aula diferente… Afinal, íamos ver o Santuário dos Remédios! Já em pleno escadório, fomos subindo os 686 degraus, através das escadas convergentes e divergentes, ornamentadas com pináculos e balaustradas. Ao mesmo tempo, fomos contemplando as fontes, a cascata, as capelas e o Pátio dos Reis, com o seu obelisco dos gigantes. Mas a nossa principal preocupação estava em descobrir um anjo pintado num dos painéis de azulejos e que possui… seis dedos! Após a descoberta e... algum cansaço, eis-nos chegados ao Santuário! Trata-se de um monumento pertencente ao estilo barroco e cuja construção se iniciou em 1750, para só terminar em 1905. A sua frontaria está repleta de elementos arquitetónicos barro-
cos, como o frontão interrompido, o nicho de Nossa Senhora, a decoração à base de elementos florais, grinaldas, medalhões e figuras religiosas a encimar o templo. O seu interior de nave única é dominado pelo altar-mor em talha dourada, com a imagem da Virgem e do Menino, enquanto que, nas paredes do santuário, encontramos azulejos oitocentistas, os púlpitos em talha dourada, com os seus anjos papudos, e os belos vitrais que permitem coar a luminosidade. Ao descer, e como todos os anjos ajudam, rapidamente regressámos à escola, na companhia da nossa professora de história. Agora, já vemos o Santuário com “outros olhos”! Daniel Henrique Guedes Tomás, 8.º A
Pastelaria Doce Lamego
Quinta Meia Légua • Telf.: 254 656 219 • Fax:254 655 841 luciofernandeslda@hotmail.com 5100-446 CEPÕES LMG Cepões
Largo Desterro Edifício • Balsemão-lj H Telf.: 254 666 158 5100-093 LAMEGO
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Projeto europeu Comenius
Encontro de escolas parceiras na Escola Básica e Secundária da Sé “NATURE ROUND US – A GIFT AND RESPONSIBILITY” (A natureza à nossa volta - uma dádiva e uma responsabilidade) No âmbito do projeto Comenius, que envolve escolas de seis países europeus (Bulgária, Alemanha, Turquia, Itália, Hungria e Portugal), a Escola Básica e Secundária da Sé foi anfitriã de mais um encontro de escolas. De 19 a 23 de abril, um grupo de 40 professores e alunos dos países envolvidos estiveram em Lamego. Além do momento de partilha do trabalho desenvolvido, relacionado com o turismo ecológico, houve ocasião para admirar a beleza da nossa região e do nosso património. O passeio pelo Vale do Douro e a visita ao Porto, no fim de semana, causaram nos nossos visitantes uma impressão única, uma grande vontade de voltar. O percurso pedestre pela cidade de Lamego proporcionou o contacto com o património local. Os participantes foram, também, recebidos na Câmara Municipal. É importante salientar a relevância que o projeto europeu Comenius tem para o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade, promovendo as línguas estrangeiras e a diversidade linguística e cultural. A língua inglesa é fundamental para a comunicação e o estabelecimento de laços de amizade. A estadia em casa das famílias dos parceiros proporciona um contacto único com o seu dia-a-dia, os seus hábitos, e significa partilhar um pouco de tudo: a casa, a cidade, a escola e o país. É fundamental que se aposte neste tipo de projetos: eles dignificam os nossos alunos, a escola e a região, além de proporcionarem a todos os intervenientes uma oportunidade única de alargar os horizontes e compreender que o mundo de cada um pode ser mais interessante e enriquecedor quando se saltam os muros e se atravessam fronteiras. A equipa Comenius
O testemunho de alunos De 19 a 22 de abril, recebi em casa um colega italiano, como parte do pro-
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jeto Comenius. Ele chegou na sexta, dia 19, e pudemos conhecer-nos melhor. No dia seguinte, fomos às vinhas do Douro, andámos de barco e de comboio, e acabámos a tarde a jogar futebol. Por esta altura, já tinha a certeza de que ele não me daria problemas nenhuns e não era esquisito de todo, antes pelo contrário. No domingo, dia 21, fizemos a viagem até ao Porto, o que durou o dia todo. Na segunda-feira, o último dia do meeting, foi a apresentação dos trabalhos. Olhando para trás, até me dei bem com ele, tendo em conta a diferença de gostos. Luís Pereira, 10.º A Entre os dias 19 e 22 de março, alunos da Alemanha, Bulgária, Itália, Hungria e Turquia, foram acolhidos por alunos da nossa escola, no âmbito do Projeto Comenius. Eu não recebi nenhum aluno estrangeiro em casa, mas acompanhei-os nas viagens ao Porto e à Régua, na visita a Lamego e à nossa escola. Foi uma experiência única e muito recompensadora, pois pude conhecer novas culturas, perceber como é bonita a nossa região, conviver e sair à noite com pessoas que, apesar de não falarem a mesma língua que eu, tinham comigo conversas muito interessantes, em inglês. Pretendo voltar a participar no Projeto COMENIUS para o próximo ano e receber e ser recebido por alunos estrangeiros. Francisco Brás, 10.º A
Participação dos parceiros nas atividades letivas Aquando da visita dos parceiros do Comenius, várias atividades foram realizadas. Entre elas, uma atividade experimental conduzida pelo professor Mário Guerra, que envolveu a sua turma de biologia do 12.º ano. A dissecação de um animal hermafrodita, neste caso, uma minhoca, foi realizada, seguindo um procedimento experimental que permitiu a observação dos órgãos sexuais da minhoca com precisão. Outros órgãos, como os intestinos, foram também observados. Esta atividade foi bastante apreciada pelos parceiros, não só pela parte científica, mas também pelo ambiente criado entre os alunos. Cristina Leal, 12.º A
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Encontros de Boccia
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s alunos com Necessidades Educativas Especiais da Escola Básica e Secundária da Sé – Lamego praticam a modalidade de Boccia, no âmbito do Desporto Escolar. Tal como no ano letivo transato, esta atividade tem contribuído muito para o desenvolvimento biopsicossocial destes alunos, potencia as suas capacidades, melhora o seu desempenho nas diversas disciplinas, aumenta a sua autoestima e auto-conceito, propicia o convívio com os colegas, … enfim, promove a INCLUSÃO. A nossa escola competiu com cinco atletas da divisão I Cláudia Silva (7.º C), Diogo Rebelo (5.º C), Pedro Sousa, Pedro Pereira (8.º B) e Luís Silva (12.º C) - e duas equipas da divisão II - Nuno Moura, Carlos Almeida (5.º A), Marta Silva (6.º B), Ana Bogas (7.º C), Inês Almeida, Ricardo Silva (8.º A), Micael Ferreira e Leonardo Bastos (9.º A). O primeiro encontro realizou-se em Tabuaço, o segundo, em Moimenta da Beira e o terceiro, em Lamego. Neste último, na abertura dos jogos, os alunos do 2.º CEB que têm aulas de Música na UAEEEM com a professora Olga Andrade cantaram e tocaram uma canção muito bonita que encantou todos os presentes.
Em abril, fomos a Vila Real ao Campeonato Regional de Boccia. Os nossos atletas foram muito empenhados e tiveram boas classificações: o Luís ficou em primeiro lugar e o Diogo em 3.º. Parabéns! A última etapa foi o Encontro da Região Norte, realizado em Guimarães, no dia 27 de abril. Estivemos representados pelo nosso campeão Luís Silva do 12.º C. Foi uma experiência inesquecível! Paralelamente, a escola participou nos Jogos Desportivos de Lamego, onde competiu com os atletas da Associação Portas P’ra Vida. A nossa escola voltou a brilhar com um atleta da divisão I, cadeira de rodas, Luís Silva, e uma equipa da divisão II, que venceram os respetivos escalões. Parabéns aos nossos atletas! Um agradecimento especial aos árbitros e funcionários que acompanham os atletas. Bem-hajam! Grupo de Ed. Especial, prof. de Ed. Física, Jorge Reis, e alunos participantes
Ainda os cursos profissionais
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uma altura em que as escolas divulgam a sua oferta educativa e promovem um conjunto de ações tendentes a sensibilizar, informar e esclarecer os alunos quanto às múltiplas opções que se apresentam, consideramos oportuno falar um pouco dos cursos profissionais, sobretudo dos cursos profissionais de Técnico de Energias Renováveis e de Técnico de Óptica Ocular desenvolvidos ao longo dos três últimos anos letivos e que agora chegam ao fim. Aos alunos, cumpre-lhes concluir a Formação em Contexto de Trabalho e apresentar, perante o júri, o relatório do projeto da Prova de Aptidão Profissional, vulgarmente conhecida como PAP. Esta prova consiste num projeto pessoal, transdisciplinar e integrador de todos os saberes e competências adquiridos ao longo da formação. Quanto à Formação em Contexto de Trabalho, os alunos realizam um conjunto de atividades profissionais, em situação real de trabalho, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes, de forma a facilitar a inserção profissional e social dos futuros técnicos. A FCT contribui, assim, para a consciencialização da natureza do trabalho atual e futuro e afigura-se como um importante incentivo à aquisição, não só de competências, mas também de atitudes,
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valores e capacidades, contribuindo para facilitar o acesso ao emprego, à saída do curso, e a um futuro profissional gratificante. No dia 22 de abril do ano em curso, os alunos destes dois cursos iniciaram a sua FCT, sob a modalidade de estágio, na fase final do curso. São aproximadamente três meses de formação em contexto real de trabalho, num total de 420 horas. Os discentes foram distribuídos por diversas empresas, não só de Lamego, mas também da Régua, Vila Real, Moimenta da Beira e Castro Daire. De salientar que, em especial os do curso profissional de Técnico de Óptica Ocular, aderiram com particular entusiasmo a todas as atividades propostas pelas entidades de acolhimento. Estão ávidos de saber e fortemente empenhados em demonstrar que, no futuro, constituirão uma mais-valia para as empresas que os venham a contratar. A todos desejamos sucesso na formação e um futuro profissional gratificante e promissor. Às entidades de acolhimento, o nosso muito obrigado pela cordialidade e disponibilidade com que, prontamente, acederam ao nosso pedido de colaboração e cooperação na formação dos nossos jovens e futuros técnicos. Esmeralda Costa, Diretora de Turma e de Curso do Curso de TOO EM REVISTA |
Os caminhos do Museu dos Catos Moura Marques
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ilenciosos… mas estão lá! Os espécimes pertencentes ao Museu dos Catos Moura Marques estão de boa saúde. Aos exemplares que se foram, “paz à sua alma”; os que ficaram encantam-nos, todos os dias, quando os visitamos na estufa do Agrupamento de Escolas da Sé – Lamego. Não só estão na estufa, como estiveram, também, presentes na IV Montra de Oportunidades, nos dias 10, 11 e 12 de abril, no Pavilhão Álvaro Magalhães. Destacados para serem acomodados no espaço correspondente à receção do pavilhão, foram vistos por todos quanto visitaram a Montra de Oportunidades, valorizando, em beleza e dignidade, a área que dava as boas-vindas à comunidade educativa lamecense. Para além de ficarem destacadas as suas vertentes estética e fisiológica, como representantes do reino vegetal, provocaram a curiosidade de muitas pessoas que quiseram levar para casa um exemplar deste valioso recurso que oferece, para quem dele tem tratado, informação importante para o nosso modus vivendi (ou não estejamos nós, educadores, preocupados com a irracional utilização da água que poderá comprometer as futuras gerações). Neste evento, abriu-se uma janela para o mundo deste grupo taxonómico que, de forma indelével, marcou a sua participação na atividade, de forma despretensiosa, séria e determinada. Com a exposição, pretendeu-se dar a conhecer algumas variedades de catos que, não sendo aparatosos, revelam muita
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sabedoria acumulada ao longo dos tempos, conquistada na evolução das espécies, uma vez que podem sobreviver sob as mais díspares condições ambientais, sem perderem as suas características e adaptando-se às variações ocorridas no seu locus original. Para além da aquisição de diferentes exemplares, alunos das escolas da cidade e adultos que estiveram na mostra de catos renderam-se à capacidade de se dar e paciência demonstradas pelo colega Moura Marques, na coleção que ele próprio erigiu nos últimos 30 anos; este conhecimento foi divulgado pelos seus colegas, através do slideshow construído para esse efeito e exposto durante a Montra. E não fica por aí. O museu far-se-á, ainda, representar, no dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança, no CEL N.º 2, onde os alunos e pais e encarregados de educação poderão deliciar-se com a va-
riedade de catos e adquirir alguns. Esta coleção estará presente, também, numa visita ao passado, durante a Feira Medieval de Lamego, nos dias 14, 15 e 16 de junho, onde mais uma vez se fará a divulgação do museu, através de exemplares de características especiais e belas e se procederá à venda de vasos com pequenos catos. Como se pode depreender, há muito trabalho e dedicação da equipa que constitui o Museu dos Catos, assim como dos colaboradores deste projeto que, sem quaisquer regalias, ganhos ou aliciamentos, se entregam, para além de todo o seu trabalho escolar, a iniciativas de angariação de fundos para melhoramentos e manutenção da estufa. São muitas as ocasiões em que todos os braços seriam poucos para impulsionar, como gostaríamos, o espaço “cravado” de catos, onde, todos eles, no dia-a-dia, nos ensinam que “com o que é vivo não se brinca”. Somente o gosto, o respeito pela entrega do professor Moura Marques e “o bichinho” da implicação pessoal que se instala no coração dos que lidam com os catos, podem explicar a razão pela qual cada um dos membros da equipa ou colaboradores, quando vê ou visita um viveiro, uma estufa, uma florista ou um centro comercial, procura, imediatamente, com os olhos, a secção dos catos para “ver as novidades”. Explica-se, mas só quem sente o mesmo… compreende. Armanda do Nascimento, docente de biologia e colaboradora dos Amigos dos Catos
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Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
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Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco é uma instituição oficial não judiciária com autonomia funcional que visa promover os direitos da criança e do jovem e revenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. Desta forma, e considerando sempre o superior interesse da criança/menor/ jovem, considera-se que este/a está em perigo quando, designadamente, se encontrar numa das seguintes situações: abandonada ou vive entregue a si própria; sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais; não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; é obrigada a atividade ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento; está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional; assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado a remover essa situação. Perante qualquer uma destas situações, é dever da Comissão intervir, para debelar a precaridade da situação protegendo dessa forma a criança ou jovem. A intervenção para a promoção dos direitos e proteção da criança e do jovem em perigo obedece aos seguintes princípios: Interesse superior da criança – a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do jovem;
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Privacidade – a promoção dos direitos da criança e do jovem deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; Intervenção precoce – a intervenção deve ser efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida; Intervenção mínima – a intervenção deve ser desenvolvida exclusivamente pelas entidades e instituições cuja
que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o jovem; Prevalência da família – na promoção dos direitos e na proteção da criança e do jovem deve ser dada prevalência às medidas que os integrem na sua família ou que promovam a adoção; Obrigatoriedade da informação – a criança e o jovem, os pais, o representante legal ou a pessoa que tenha a guarda de facto têm direito a ser infor-
“A intervenção deve atender prioritaria mente aos interesses e direitos da criança e do jovem…” ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do jovem em perigo;
mados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa;
Proporcionalidade e atualidade – a intervenção deve ser a necessária e ajustada à situação de perigo e só pode interferir na sua vida e na vida da sua família na medida em que for estritamente necessário a essa finalidade;
Audição obrigatória e participação – a criança e o jovem, bem como os pais, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e proteção; Subsidiariedade – a intervenção
Responsabilidade parental – a intervenção deve ser efetuada de modo a EM REVISTA |
deve ser efetuada sucessivamente pelas entidades com competência em matéria de infância e juventude, pelas comissões de proteção de crianças e jovens e, em última instância, pelos tribunais. No que tange à forma como a Comissão pode tomar conhecimento das situações, ou seja, no que vulgarmente se denomina “ sinalização”, a mesma pode ser dada a conhecer por qualquer pessoa, ainda que de forma anónima, que tenha conhecimento de situações que ponham em perigo a segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento da criança e do jovem, pode comunicá-las às entidades com competência em matéria de infância ou juventude, às entidades policiais, às comissões de proteção ou às autoridades judiciárias, de forma a que se possa intervir o mais rapidamente possível e da forma mais eficaz na salvaguarda, proteção e defesa intransigente dos superiores interesses do público-alvo “ Menores/crianças/ Jovens”. De referir que a intervenção e a atuação das comissões, e falamos pelo caso em concreto da CPCJ de Lamego, dependem muito da forma e do momento em que a sinalização é efetuada, bem como do número de técnicos existentes. Na nossa situação, temos uma pendência de cerca de 130 processos ativos, neste momento, sendo certo que no decurso do ano de 2013 – de janeiro até 16 de maio – já foram instaurados 36 processos novos, o que corresponde a uma média de 7,2/mês. Os técnicos a trabalhar e que fazem parte da Comissão Restrita, são 9 neste momento e dispõem apenas de 7 horas por semana cada um para reunir e trabalhar os processos que lhes são distribuídos, com exceção do elemento do Ministério da Educação que tem 17 horas.
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Facilmente se constata, face a estes elementos, que esta comissão trabalha arduamente, por forma a dar uma resposta cabal, célere e eficaz a cada situação, não olvidando os sacrifícios que os técnicos fazem, assim como as instituições a que pertencem, no sentido de, sempre que se deteta uma situação de perigo iminente, a Comissão restrita reunir de urgência e todos terem que estar presentes. De entre os poderes atribuídos às comissões, um deles é o poder de aplicar medidas, de promoção e proteção, tendentes à proteção e salvaguarda do superior interesse dos menores e que passam pelo seguinte: medida de apoio junto dos pais; apoio junto de outro familiar; confiança a pessoa idónea; apoio para a autonomia de vida; acolhimento familiar; acolhimento em instituição. As medidas de promoção e de pro-
em perigo, nomeadamente: atender e informar as pessoas que se dirigem à comissão de proteção; apreciar liminarmente as situações de que a comissão de proteção tenha conhecimento, proceder à instrução dos processos; decidir a aplicação e acompanhar e rever as medidas de promoção e proteção, com exceção da medida de confiança a pessoa selecionada para a adoção ou instituição com vista a futura adoção. Relativamente ao modo de funcionamento, às instalações e aos meios materiais de apoio, nomeadamente um fundo de maneio, necessários ao funcionamento das comissões de proteção, são assegurados pelo município, podendo, para o efeito, ser celebrados protocolos de cooperação com os serviços do Estado representados na Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.
“…a Comissão pode tomar conhecimento das situações, ou seja, no que vulgarmente se denomina “ sinalização”, a mesma pode ser dada a conhecer por qualquer pessoa, ainda que de forma anónima…” teção são executadas no meio natural de vida ou em regime de colocação, consoante a sua natureza. Quanto à sua competência territorial, a CPCJ limita o seu poder de intervenção aos limites do Concelho, sendo certo que pode ainda colaborar com outras Comissões quando solicitado. As CPCJ’s funcionam em duas modalidades: modalidade alargada e restrita, mas apenas nos referiremos à Comissão restrita. À comissão restrita compete intervir nas situações em que uma criança está
As autoridades administrativas e entidades policiais têm o dever de colaborar com as comissões de proteção no exercício das suas atribuições, incumbindo o dever de colaboração igualmente às pessoas singulares e coletivas que para tal sejam solicitadas. As funções dos membros da comissão de proteção, no âmbito da competência desta, têm caráter prioritário relativamente às que exercem nos respetivos serviços. Ascensão Amaral, Presidente da CPCJ de Lamego
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Policiamento de proximidade: Programa Escola Segura
Agente Principal Álvaro Cardoso, Coordenador do Programa Escola Segura – PSP de Lamego
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oi no decorrer do mandato do XIII Governo Constitucional que se iniciaram os programas especiais de segurança, sendo a “Escola Segura” resultado de inúmeros esforços. A preocupação com a segurança em meio escolar remonta a dezembro de 1984, aquando da criação do Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Educação. Mais tarde, em 16 de setembro de 1992, foi assinado um protocolo entre o Ministério da Administração Interna
de: “Combater dentro e fora dos estabelecimentos de ensino, o roubo, a violência, os danos e os atentados ao pudor, sobre a população escolar e seus bens”. Pretende-se já desde 1996 “garantir ao aluno uma segurança plena nos aspetos físicos e moral, bem como uma
lizados para o policiamento, com vista ao “Programa Escola Segura”. Atualmente, é uma realidade adjacente à PSP e GNR na prossecução da missão conjunta de preservar um ambiente saudável e seguro nos estabelecimentos de ensino. É importante ainda referir o Des-
“Pretende-se já desde 1996 “garantir ao aluno uma segurança plena nos aspetos físicos e moral, bem como uma cobertura eficiente das instalações e equipamentos” de ensino.” e o Ministério da Educação sobre Segurança nas Escolas que ainda vigora no atual ordenamento jurídico. Neste protocolo considera-se a segurança nas escolas “um fator importante para que o direito e a liberdade de aprender sejam assegurados, num clima próprio à atuação dos agentes do sistema educativo e do desenvolvimento equilibrado da personalidade dos alunos”. A execução do programa proposto neste protocolo fazia sobressair, sob o Ministério da Educação, a responsabilidade e missão
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cobertura eficiente das instalações e equipamentos” de ensino. Este protocolo celebrado no século passado ainda se mantém em vigor e abarca presentemente todas as escolas básicas e secundárias de todo o território nacional. Ainda de referir o Despacho 50/96, de 30 de setembro, onde se aduz o reforço da segurança dos portugueses, em especial junto da comunidade estudantil. São apontadas missões de securização para estas áreas e os efetivos/meios das Forças e Serviços de Segurança são cana-
pacho do Ministério da Administração Interna nº 25 650/2006 que aprova o atual regulamento do “Programa Escola Segura”, onde estão presentes os principais objetivos da sua atuação. A “Escola Segura” é, sem dúvida, o programa mais importante do Ministério da Administração Interna para a área da segurança, conjugando e articulando esforços com o Ministério da Educação. Para mais informações, visite-nos através do nosso blogue, policiamentodeproximidade.blogspot.com
EM REVISTA |
Súzel Duarte Reis professora de história
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adro da Sé de Lamego está a ser alvo de uma intervenção de requalificação integrada no projeto que envolve toda a baixa da cidade. Como é uma zona histórica, é obrigatório o estudo arqueológico, para que as obras, tidas como necessárias, não
As escavaçõs numa das sondagens
Em busca do passado perdido Na pele de um arqueólogo destruam vestígios do nosso passado que tanto nos podem ajudar a compreender a nossa História.
Que melhor oportunidade para conhecer a forma como se escreve a História do que ver e, se possível, tocar nos documentos vivos com que se faz o estudo? Lançado o repto, fomos em busca de informações in loco. Falámos com o “Indiana Jones” que haveria de nos dizer: «Hoje é um dia atípico: esta noite vandalizaram uma das sondagens e esteve aqui, toda a manhã, a Polícia Judiciária. Parece que já foi encontrado o autor do crime.» «Crime!?», questionaram as alunas do 11.º C. «Sim, atentar contra o património é crime.», explicou o nosso cicerone. «Levou um fragmento de um crânio humano. Procuraria algo valioso, como anéis ou outros adornos com que algumas vezes as pessoas são sepultadas.», continuou. «Estranho comportamento…», li nos rostos das minhas alunas.
Esmeraldas, pérolas e moedas de ouro existem mais no nosso imaginário
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do que na realidade de um arqueólogo. Para este, um “tesouro” pode ser tudo o “caco” de tijela, uma ponta de metal, silex mal lascado ou, quiçá, uma pedra que o agricultor deitou para fora da horta e nos vem parar aos pés. Este “tesouro” não se mede pelo valor monetário, mas pelo que ele nos pode ensinar acerca de uma determinada época ou população. É o olhar atento e paciente, no entanto, instruído, do arqueólogo que vê estes tesouros e os cataloga, os liga e quase sempre interrelaciona, de modo a construir o conhecimento histórico. Nada se faz ao acaso. São os arqueólogos que, de ferramentas como a pá, o pincel, espátulas, escavam entre barreiras que delimitaram, entre camadas que classificam, vão recolhendo os seus pedaços de um puzzle onde cabem todas as formas, todos os “documentos” que, deliberada ou inconscientemente, os nossos antepassados nos legaram. Ficámos a saber que as áreas sondadas puseram a descoberto alguns vestígios de cerâmica, algumas ossadas humanas e algumas lajes de um possível jazigo, indiciando ter existido um cemitério no local. Esta descoberta obrigou à intervenção de uma paleontóloga que também
Noutra sondagem, duas valas e as lajes de um possível jazigo
nos informou ter sido encontrado um esqueleto bem conservado de uma mulher. «De mulher!?», espantaram-se as alunas. «Sim.», respondeu. «É através dos ossos da bacia que conseguimos distinguir com toda a certeza um esqueleto feminino de um masculino.», observei. «A datação será feita em laboratório», concluiu a paleontóloga. A conclusão das escavações terá de ser feita durante o mês de maio, para: os trabalhos de requalificação do centro histórico poderem prosseguir, devolver aos lamecenses e turistas um local mais agradável para se visitar e revelar parte da nossa história que ainda não conhecemos.
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As minhas leituras
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e observarmos esta imagem sem antes sabermos qual o assunto da obra, facilmente percebemos que haverá alguém que será tentado pelo Diabo, dado o seu aparecimento na figura da capa. Após a leitura, reparei que a campainha simboliza a campainha que a personagem principal foi tentada, pelo Diabo, a tocar; a cor amarela significa a riqueza. Teodoro, o protagonista do romance, é a personagem que prefiro. A sua ambição reduzia-se a desejos fúteis de bons jantares. É um representante típico do burguês nacional, medíocre e frustrado, de baixos valores morais. Apesar disto, gostei desta personagem por ser uma personagem tipo e por ser ela a dar vida e colorido à crítica da obra. Pelo contrário, o Diabo é aquela que verdadeiramente detestei, pois foi ele que levou o mandarim à morte. Da leitura desta obra retira-se uma lição muito importante – a ganância nunca é um caminho a seguir. Recomendaria a leitura deste livro a um/a amigo/a porque, embora tenha sido publicada em 1880, trata um tema bastante atual, a ganância. Eça de Queiroz pretendia criticar a sociedade da sua época, que, provavelmente, dava mais importância a bens materiais do que aos valores, e que não sabia o verdadeiro sentido da vida. Atualmente, vivemos num mundo em que valores como a honestidade e a humildade foram postos de parte; as pessoas “remam” para portos diferentes e vivem segundo os seus interesses, por muito negativos que eles possam ser, não se preocupando com quem afetam, nem tão pouco com os meios usados para atingir os seus fins. Este é um livro interessantíssimo para ler e refletir sobre o nosso modo de viver. Carlos Diogo Costa, assistente operacional
Obra lida: O jogo do amor. Autor: Dr. Phil McGraw. Editora: Ideias de ler. A capa tem uma apresentação apelativa. O grande coração de “cor vermelha” dá a conhecer a capacidade de amar e ser amado. A expressão facial do autor revela autoconfiança, perspicácia, segurança, serenidade e coragem. Nesta história, existe a narrativa de várias experiências de vida. O Dr. Phil McGraw dá grande importância aos sentimentos da mulher, ajudando-a a escolher o par para partilhar a sua vida e dando a conhecer comportamentos e atitudes do homem. Lição para a vida: o homem é um ser muito complexo, um mistério cheio de surpresas. A mulher deve estar aberta à mudança das mentalidades, deve ultrapassar preconceitos para se sentir realizada. Saber amar implica acreditar em si própria, no seu mérito e no seu valor. “A mulher deve SER empenhada naquilo que quer e FAZER o que for preciso, para conseguir TER quem/aquilo que quer”. Aconselho todas as mulheres a lerem este livro, pois ajuda-nos a conhecer-nos a nós próprias e ao nosso par e a sentir-nos seguras e confiantes. Para amar os outros, temos de nos amar primeiro a nós próprias. Para amar de forma inteligente, é necessário comportar-nos de forma inteligente. Gorete Gonçalves, assistente operacional
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EM REVISTA |
DE PEQUENINO
SE TORCE O PEPINO
SUPLEMENTO DE “EM REVISTA” - SETEMBRO/2013
Amizade é: • Não bater aos outros. - Alex
• Dar a mão aos colegas. – Gonçalo
• Respeitar o que os pais dizem. – Inês
• Alegrar os amigos quando estão tristes. – Mariana
• Ser amigo. - Rafael Monteiro
• Não empurrar os outros. – Francisco
• Não virar as costas quando o amigo precisa. - Tiago Filipe
• Visitar os amigos quando estão doentes. – Daniel • Saber brincar com os outros. – Xavier • Respeitar as professoras. – Bruno
• Sentir carinho pelos outros. – Mafalda
• Não destruir o que os outros fazem. - Tiago
• Não riscar os trabalhos dos amigos. – Madalena
DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO
• Ajudar as pessoas. – Daniela
• Não mentir aos amigos. – Leire • Ser alegre. – Pedro
• Respeitar os pais. – Carolina
• Não riscar os desenhos. – Leonor
• Fazer desenhos aos amigos. – João
• Brincar sem magoar os amigos. - Rafael • Dar abraços aos pais. – Mariana
Sala 1, CEL N.º 2
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CULINÁRIA
Na sala 2 do Jardim de Infância do CEL N.º 2, festejámos o São Martinho e o dia das Bruxas, com uns docinhos especiais.
Bolo de castanhas e canela Ingredientes: 750 gr de castanhas - 350 gr de açúcar 1 colher de chá de fermento - 6 ovos erva-doce q.b. - canela q.b.
Com faquinhas das que não aleijam, cortámos a abóbora aos bocadinhos com a ajuda da Bruxinha Mimi que nos visitou naquele dia.
Preparação:
Num tacho cozem-se as castanhas com um pouco de
erva doce. Numa taça bate-se muito bem o açúcar com as gemas e junta-se o fermento e uma colher de sopa de canela. Adicionam-se as castanhas préviamente passadas pelo passevite e bate-se novamente. Juntam-se as claras em castelo. Coloca-se a massa numa forma untada com manteiga e passada por farinha. Antes de colocar no forno, polvilhar com canela.
Que cheirinho!... Ah! E as perninhas de morcego que ela trouxe estavam uma delícia!...
Bolo de abóbora Ingredientes: 2 chávenas mal cheias de farinha - 1 chávena de chá de açúcar - 2 ovos - 1 chávena de chá de abóbora cozida e bem escorrida - 1 colher de chá de canela em pó – 1/2 colher de chá de noz moscada 1/2 chávena de chá de óleo - 50g de perninhas de morcego
Preparação: Junte a farinha, o açúcar, os ovos, a abóbora, a canela, a noz moscada e o
óleo. Bata um pouco para os ingredientes ligarem bem, e junte as pepitas, mexendo mais um pouco, para envolver bem. Coloque numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC por 35 a 40 minutos.
Sala 2, CEL N.º 2
ag.arq2@gmail.com 254 678 264 - 966 843 159 - 961 556 463 Edifício dos Carvalhos E-3 R\Chão Direito 3610 Tarouca
arquitectura e construção
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Biscoitos de Lamego
Bola de Lamego
Ingredientes:
Ingredientes:
1 kg de farinha; 12 ovos; 50 g de fermento de padeiro;0,5 dl de azeite;gema de ovo para dourar; sal. Para o recheio: frango assado desfiado; chouriço às rodelas; presunto às fatias finas. Amassa-se a farinha com os ovos, misturase o fermento desfeito em água morna, o sal e o azeite. Continua a amassar-se até ficar uma massa maleável. Cobre-se com um pano e deixa-se levedar. Estende-se metade da massa e colocam-se as carnes do recheio por cima. De seguida cobre-se com a restante massa e doura-se com gema de ovo. Leva-se a cozer em forno médio.
1 kg de farinha; 0,5 Kg de açúcar; 300g de manteiga; 4 ovos; 6 gemas. Coloca-se a farinha numa superfície lisa e abre-se uma cavidade no centro, para onde se vertem os restantes ingredientes, entretanto misturados. Amassa-se bem até ficar com uma consistência intermédia. Enrola-se numa bola, tapa-se com um pano e deixa-se repousar uma hora. Estende-se com um rolo e corta-se em tiras, que se colocam num tabuleiro salpicado com água fria, distanciadas entre si um centímetro. Por cima destas tiras colocam-se outras atravessadas de modo a formar grades. Leva-se a cozer em forno médio. 2.º A, CEL N.º 2
Os amigos Os amigos são pessoas que gostam muito de nós. Ter amigos é fantástico, ninguém pode viver sem o carinho e a amizade. Os amigos ajudam-nos, alegram-nos, animam-nos e perdoam-nos, quando os aborrecemos. A vida sem amigos é muito triste; por isso, devemos cuidar sempre deles. Um amigo é como uma flor: temos de a regar e cuidar sempre, para que não desapareça. Alunos do 1.ºA, CELS
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Carta à mãe Natureza
3 de maio, dia do sol O sol
Querida mãe Natureza, escrevemos para agradecer, por todos os bens preciosos, que tens para oferecer.
É mostrando essa frieza, que poluímos o teu ar. E também a tua água, que está a escassear. Por isso te escrevemos… para te pedir perdão, querida mãe Natureza, do fundo do coração. Pedimos com sinceridade, Por nós e toda a gente… Por às vezes te maltratarmos, sem motivo aparente.
Eu gosto do mar, Gosto das ondas E do sol a brilhar! As gaivotas estão no ar, Os peixes a nadar E o mar a brilhar.
O sol, a água, o ar… São dos que mais precisamos. São bens essenciais, que nem sempre aproveitamos. Por vezes somos cruéis, contigo, mãe Natureza. Fazemos-te sofrer, mostrando alguma frieza.
Mar
Gosto de chegar à praia E refrescar-me no mar, Sinto-me livre A nadar no mar.
O Sol é importante. É muito luminoso. É também elegante e muito famoso. O Sol é engraçado e muito brincalhão Tanto queima, tanto arde que até magoa a mão.
Maria Teresa Felgar Pinto, 1.º A, CEL
O Sol é a vida e a nossa esperança. É a nossa alegria, Cheia de confiança. 4.ºB, CELS
Só espero que ainda estejamos a tempo de emendar todo o mal que te fizemos… que te estamos a causar. Agora sofres tu, sem te puderes queixar. Um dia seremos nós, que iremos amargar… Temos de ser conscientes e afirmar com certeza… que temos de preservar a ti, mãe Natureza. Ana Luísa Pinto e Catarina Allen, 4.º B, CEL N.º 2
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O ambiente sempre presente No dia 8 de abril, Abril, mês de experiências… Experiências com o artesão, Artesão Rui, nosso amigo, Amigo porque nos ensinou, Ensinou a fazer uma horta, Horta vertical interessante, Interessante horta pedagógica. Pedagógica porque mostrou, Mostrou aos alunos como fazer, Fazer crescer as plantas, Plantas metidas em vasos, Vasos de cartão reciclados, Reciclados e cheios de composto, Composto que alimenta a planta, Planta de diferentes nomes. Nomes…alface, morangueiro, agrião, Agrião metido na terra, Terra humedecida pela água. Água onde há rãs e… joaninhas, Joaninhas a passear na horta, Horta plantada e regada, Regada pelos alunos, Alunos, amigos da natureza, Natureza onde estão plantas, Plantas e animais importantes. Importante é o Ambiente, AMBIENTE sempre presente, Presente porque é a nossa CASA. CASA onde vivemos felizes... 2.º ano, CELS
As plantas As plantas são belas! Belas como a luz do sol, Sol, quente e agradável, Agradável é o cheiro das flores, Flores, de muitas cores, que dão origem a novos frutos, Frutos deliciosos que têm sementes e dão vida a novas plantas, Plantas que dão beleza à Natureza, Natureza feliz porque se sente protegida, Protegida deveria ser por toda a HUMANIDADE…
2.º Ano A, CELS
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Centro Escolar de Lamego nº 2 Trabalho coletivo na área de projeto – Provérbios sobre a água • • • • • • • • • • • •
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Grandes peixes pescam-se em grandes rios. Os rios correm para o mar. Água dá, água leva. Nunca digas desta água não beberei. Quando não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro. O abril molhado, enche a tulha e farta o gado. Abril, chuvas mil. Água fervida alimenta a vida. Água preta não dá peixe. A água corre para o mar. Água vertida não é toda colhida.
– Adivinhas sobre a água 1. Qual é coisa, qual é ela… Que quando chove nos molha? 2. Qual é a coisa, qual é ela… Que não podemos viver sem ela? 3. Qual é a coisa, qual é ela… Que não tem cor, não tem cheiro, nem sabor? 4. Porque foi presa a água? R: Porque matou a sede. 5. Quem é que cai de pé e corre deitada? R: A água. 6. Como se tira da água uma pessoa que cai no rio e não sabe nadar? R: Molhada. 7. Eu sou a vida das plantas, dos homens e animais. Ando no mar e nas nuvens, corro quintas e quintais… Quem sou? R: Sou a água.
O Inverno Já chegou o inverno, Demorou tempo a chegar! Esta chuva é muito fria, Temos que nos agasalhar… Visto um casaco quentinho Para não me constipar, Ponho o gorro e o cachecol, Já estou pronta para brincar! Quando está a nevar, Fica tudo geladinho, Faço um boneco de neve Muito fofinho … Matilde Morais, 2.º B, CEL N.º 2 (Passado a computador com a colaboração da turma)
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Receita para fazer uma mãe Tome-se uma boa quantidade de amor, Igual peso de beijos, Um pacote de abracinhos, Uma raspa de amargura, Um frasco de boa disposição, Um quilo de paciência, q.b. de sorrisos, Uma taça de ternura, Um copo cheio de meiguice, Um cálice de alegria, Uma colher de sopa de mimos. Em banho-maria, faz-se uma calda de bom humor. Juntam-se todos os ingredientes. Envolve-se tudo com bravura. Vai ao forno em forma untada com carinho. Polvilha-se com açúcar em forma de amizade. Decora-se com mil corações docinhos. Está pronto a servir… Eis uma mãe! 3.º A, CEL N.º 2
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Miguel e a tela mágica Miguel era um menino franzino que adorava pintar. Como não tinha telas, ia para o passeio da sua rua, pintar e desenhar com giz. Era espantoso como se divertia sozinho. Ele ia desenhando cada vez com mais perfeição. O passeio, com tantos desenhos, parecia uma galeria! Um dia, uma senhora que por ali passava, reparou nos magníficos desenhos e elogiou-os. No dia seguinte, voltou com uma caixa de tintas, telas e ofereceu-lhas com muito prazer. O Miguel ficou feliz e agradeceu-lhe. Foi de imediato para casa. Pegou numa das telas, em pinceis, tintas e começou a pintar. O trabalho ficou lindíssimo. Tudo parecia magia! Quando se foi deitar, sonhou com materiais mágicos. Surgiu, então, na tela uma bela princesa, com cabelos loiros, sapatos prateados e um longo vestido branco, repleto de brilhantes. Para seu grande espanto, o desenho ganhou vida. A princesa apareceu à sua frente sorridente. O Miguel perguntou-lhe de onde tinha vindo e porque é que trazia um vestido de casamento. Ela respondeu-lhe que tinha vindo de um reino distante, onde se ia casar com um príncipe muito feio, por ordem de seu pai. Agradeceu-lhe por a ter libertado. Tirando-a, assim, do altar, como por magia. Miguel nem queria acreditar naquilo! A princesa disse-lhe que não pretendia ir embora, porque não queria casar. Agora que o conhecera e se apaixonara, casaria com ele, se ele quisesse. O Miguel assustou-se e acordou. Levantou-se rapidamente e dirigiu-se ao quadro. A princesa desenhada na tela piscou-lhe o olho. 4.º A, CELS (texto); Tatiana Freixiela, 4.º A (ilustração)
No nosso jardim-de-infância o tema é O MAR. Descobrimos muitas coisas sobre AS Estrelas-do-mar. As estrelas-do-mar são mesmo verdadeiras. Quase todas as estrelas-do-mar têm cinco braços. Quando perdem um braço, nasce outro. Elas não sabem nadar e arrastam-se na areia e nas rochas. As estrelas-do-mar são animais. Elas podem ter muitas cores. Podem ser azuis, cor de laranja, amarelas e castanhas. As estrelas-do-mar põem ovos na água e depois nascem mais estrelas. Elas também comem e gostam dos bichinhos das conchas. As estrelas-do-mar não brilham como as estrelas do céu, mas também são bonitas. Temos uma estrela-do-mar que está seca e cheira a peixe. Cheira mesmo mal! Se as estrelas do céu caíssem no mar, havia muitas, muitas, muitas estrelas-do-mar. Sala das letras, CELS
DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO
Vamos rimar com a palavra Mar No mar ouvimos cantar. (João Tomás) No mar veem-se ondas a bailar. (Dânia) No mar podemos nadar. (Inês) No mar há polvos a dançar. (João Tomás) Há gaivotas a cantar. (Iva) Há golfinhos a saltar. (Lara Fonseca) Há peixinhos a nadar. (André) Há pescadores a pescar. (Lara Leonor) Há barcos a passear. (Isidro) No mar os peixinhos gostam de se lavar. (João Tomás) No mar uma sereia se pode encontrar. (Inês) No mar está El-Rei a navegar. (Diogo) No mar vive Neptuno, o rei do mar. (João Tomás) No mar podemos viajar. (Iva) No mar barcos piratas podemos encontrar. (Alexandre) No mar podemo-nos afogar. (Iva) No mar o nadador salvador vai-nos ajudar. (Diogo) No mar há boias a dançar. (Dânia) No mar podemos saltar, brincar e mergulhar. (Martim) No mar protetor solar temos de usar. (Iva) No mar numa prancha podemos andar. (Diogo) O mar podemos pintar. (Dânia) O mar devemos amar. (Alda) Jardim-de-Infância de Britiande
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Museu dos catos Ao visitarmos o museu dos catos, sentimos:
Carinho. Amor, admiração e amizade.
Ternura. Orgulho. Solidariedade…
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DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO
EM DESTAQUE
Biblioteca da Escola Básica e Secundária da Sé – Lamego
Um recurso educativo presente e atuante
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em pretender fazer um balanço exaustivo das interações concretizadas ao longo dos quatro anos como professora bibliotecária (2009/2010 – 2012/2013), terei por referência o Plano de Ação que, concebido segundo o determinado pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), no Modelo de Avaliação das Bibliotecas Escolares (MABE), estabelecia o desenvolvimento primordial, em cada ano escolar, de um dos quatro domínios seguintes: • 2009/2010 - Apoio ao desenvolvimento curricular: articulação curricular da BE com as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e os docentes; promoção das literacias da informação, tecnológica e digital. • 2010/2011 – Gestão da biblioteca escolar: articulação da BE com a escola/o agrupamento; acesso e serviços prestados pela BE; condições humanas e materiais para a prestação dos serviços; gestão da coleção/da informação. • 2011/2012 - Leitura e literacia; • 2012/2013 - Projetos, parcerias e atividades livres e de abertura à comunidade: apoio a atividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular; projetos e parcerias. Estas intenções traduziram-se em diferentes realizações, das quais salientarei apenas algumas: candidatura das BE dos Centros Escolares de Lamego Sudeste e de Lamego N.º 2 à inclusão na RBE; candidatura a projetos e programas específicos, no sentido do apetrechamento da BE; potenciação de equipamentos, recursos e materiais facultados pela Direção do agrupamento e/ou pela RBE; rentabilização das instalações, tornadas confortáveis e atrativas, como resultado da intervenção
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por parte da Direção; apresentação, em Conselho Pedagógico, de propostas tendentes à interação com os departamentos curriculares, os conselhos de turma e os alunos (criação da bolsa de colaboradores, apoio ao estudo para alunos desmotivados, orientação nas etapas a seguir na elaboração, estruturação e apresentação de trabalhos pelos alunos); divulgação do trabalho a fazer/ feito, através do portal do agrupamento, do blogue da BE, das redes sociais Facebook e Twitter, da afixação de poemas (elaborados por alunos do agrupamento, em mupis facultados pela Câmara Municipal de Lamego) e da distribuição de desdobráveis e cartazes em cafés e outros locais frequentados por públicos mais vastos e variados; estabelecimento de parcerias/aproveitamento das já estabelecidas (RBE, Plano Nacional de Leitura, Rede de Bibliotecas de Lamego, Câmara Municipal de Lamego, Associação de Juntas de Freguesia do Sudeste do Município de Lamego e Teatro Ribeiro Conceição); potenciação da atualização evidente do acervo da BE pela Direção, no sentido de formar novos leitores e fornecer respostas mais diversificadas e de qualidade às necessidades/solicitações apresentadas por um
público leitor alargado e heterogéneo (docentes, não docentes, entre os quais assistentes operacionais, alunos e alguns encarregados de educação); assunção do duplo papel de motor de dinamização e polo de convergência da produção escrita, ao nível das comunidades escolar e educativa, através da coordenação do jornal/da revista do agrupamento e da realização/participação em concursos de poesia. A BE foi-se, assim, assumindo e sendo assumida como um recurso educativo presente e atuante, aceitando e lançando reptos. No entanto, muito há, ainda, a fazer, nomeadamente na cooperação com os Departamentos Curriculares, as Coordenações dos Ensino Básico e Secundário e os Conselhos de Turma. Citando Sebastião da Gama, poder-se-á perguntar: «Chegamos? Não chegamos?». A resposta é dada, também, pelo poeta: «Partimos. Vamos. Somos.» A BE já partiu, vai e será o que todos nós pudermos e quisermos…
Maria Amélia Bernardo, professora bibliotecária na Escola Básica e Secundária da Sé - Lamego
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A biblioteca do CELS
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Biblioteca do Centro Escolar Lamego Sudeste tem, nestes seus três anos de existência, cooperado com os Departamentos da Educação Pré-Escolar, do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Especial. Essa cooperação tem sido mais notória na operacionalização do Plano Anual de Atividades dos Departamentos, mas também a nível da coadjuvação na preparação de atividades letivas e seu cumprimento. Algumas dessas interações são realizadas nas salas de aula, outras na biblioteca. Um dos objetivos da biblioteca escolar é desenvolver hábitos de cidadania ativa, consciente e crítica e, embora, prioritariamente, a biblioteca concretize as atividades do Plano Anual de Atividades das Bibliotecas, elencadas por ambas as professoras bibliotecárias do Agrupamento, num trabalho de articulação e equipa, é constante a disponibilidade das suas instalações e equipamentos para a realização de atividades promovidas, no sentido da formação integral das crianças que nos são confiadas. Assim, neste espaço, realizaram-se atividades da Equipa de Educação Especial, nomeadamente no Dia da Pessoa com Deficiência e no Dia da Linguagem Gestual. Também aqui, a GNR de Lamego efetuou ações no âmbito do Dia do 112 e do 53.º aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos da Criança. O Centro de Saúde assinalou o Dia da Alimentação e o Dia do Sol, com projeção de PowerPoint sobre os temas.
Do Plano Anual de Atividades das Bibliotecas do Agrupamento, destacam-se a receção aos novos alunos do Centro Escolar e o Dia das Bibliotecas Escolares, onde se reafirmaram os benefícios da leitura. Recordando que a Páscoa não é só os coelhos e os ovos de chocolate, na biblioteca, contou-se a “História das três árvores”, às crianças da Educação Pré-Escolar e do 1.º ano e projetou-se o filme “A História da Páscoa” aos alunos dos restantes anos. A Semana da Leitura, dominada pelo tema O Mar, chegou e os alunos tiveram uma semana repleta de surpresas, em que a poesia foi soberana. Além disso, tivemos a visita de uma escritora e a tradicional Feira do Livro. Neste momento, a biblioteca está envolvida nas atividades do Projeto Saúde Oral Biblioteca Escolar, um programa de interação da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Leitura com a Direção Geral da Saúde, no âmbito da prevenção da saúde oral em Portugal, ligando a saúde oral e a literacia. No próximo ano letivo, novos desafios e propostas chegarão às bibliotecas dos agrupamentos e, certamente, as professoras bibliotecárias saberão adaptar as suas estratégias, no sentido de lhes darem resposta através dos meios ao seu alcance. Maria José Cabral da Silva, professora bibliotecária do CELS
Centro Escolar de Lamego N.º 2 A nossa escola
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m 2009, quando viemos pela primeira vez para a Escola de Lamego N.º 2, apesar de ser bonita, via-se que estava a necessitar de obras, bem como de outros espaços para diferentes atividades. Assim pensaram os responsáveis e, no nosso terceiro ano, tivemos que mudar de instalações para que a nossa escola fosse renovada. Fomos então para a antiga Escola de Lamego N.º 1, junto à Alameda. Durante esse tempo, sentimos muitas saudades e andávamos muito ansiosos por sabermos como iríamos encontrar a nossa escola. Deparámos com um aspeto moderno e acolhedor. Foi reconstruída com bastante bom gosto, com espaços amplos e coloridos. As salas estão dotadas de quadros interativos, o que faz com que todos adorem “ir ao quadro”. Também existem outros espaços (sala polivalente, sala de música, sala de informática, cantina com bar,…) que fazem com que esta escola seja um dos melhores sítios onde alguém
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pode estudar e aprender. No exterior, o “campo”, o escorrega, os “ferros para acrobacias”, as mesas de piquenique, fazem com que nós gostemos de estar no recreio e brincar. O que menos apreciamos na escola é a inexistência de um local fechado para passar o intervalo e para as aulas de educação física, nos dias frios e de chuva. Também não gostamos do revestimento das paredes dos cobertos, pois os seus “picos” já magoaram alguns alunos. Ao nível das relações humanas, nota-se uma cumplicidade e carinho entre os professores, assistentes operacionais e todos os alunos que a frequentam. Obrigados a todos os que nos proporcionaram estudar nesta Nossa Querida Escola. 4.º A - alunos, encarregados de educação e o professor
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Centro Escolar de Lamego N.º 2 Antes e depois da requalificação ANTES
DEPOIS
Professores do cel. n.º 2
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O antes e o depois das novas instalações
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com grande satisfação que assistimos à requalificação da escola das nossas crianças – o Centro Escolar de Lamego N.º 2. À primeira vista, olhando o edifício exteriormente, poderemos ser levados a pensar que as diferenças não são assim tantas, uma vez que toda a fachada foi mantida. No entanto, olhando de uma forma mais atenta, verificamos que toda a construção foi substancialmente melhorada, desde logo com o isolamento de que todo o edifício foi alvo, melhorando de forma significativa o conforto dentro do mesmo. A qualidade interior de toda a escola é incomparável. A qualidade do pavimento, as instalações sanitárias, as salas de aulas dotadas de quadros interativos e o acesso à internet são melhorias conseguidas pela intervenção feita. A biblioteca é um exemplo dessa mesma intervenção, um espaço muito bem conseguido com um ambiente extremamente acolhedor e cuja dinamização é um grande contributo para o processo de aprendizagem das crianças. Outro espaço onde se nota grande diferença entre o antes e o depois das novas instalações é a cantina, agora dotada de todo o equipamento necessário e adequado para que a confeção da comida possa ser de elevada qualidade. É unânime a opinião de que a cantina tem grande qualidade. Contudo, há sempre pontos a melhorar, no que diz respeito à segurança: é fundamental que se coloque uma vedação no muro de entrada, para que impossibilite o acesso a pessoas estranhas ou a saída de crianças do recinto escolar. Falta também um espaço coberto, de dimensão adequada, para que as crianças possam vir ao recreio nos dias de chuva. Simultaneamente, está também em falta um espaço coberto para as aulas de educação física, pois, atualmente, a escola não tem condições para a prática dessa componente. Em suma, a nossa escola é muito melhor hoje, com as novas instalações. Fausto Santos, representante dos pais do 2.º Ano B, CEL N.º 2
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Biblioteca do Centro Escolar de Lamego N.º 2
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no contexto do resultado das obras de requalificação do CEL N. º 2 que surge, no início do presente ano letivo, um espaço próprio destinado ao funcionamento da Biblioteca Escolar – pensado, essencialmente, em termos de organização do espaço, dos equipamentos e dos materiais, de modo a dar resposta ao processo de ação e dinamização. Paralelamente às atividades programadas, a decorrer diariamente, com o propósito de desenvolver uma ação de complementaridade coincidente com os conteúdos programáticos e de forma a abranger transversalmente todas as áreas curriculares, salientamos três das suas principais linhas de ação distintas, mas que se complementam: 1. O Projeto “educação e cultura de mãos dadas” envolvendo todos os grupos/turmas da Educação Pré-Escolar e do 1.º CEB do Agrupamento de Escolas da Sé, em parceria com o Museu do Douro. Aqui, cada grupo/turma usufruiu de uma visita guiada ao espaço da exposição permanente “ Memória da Terra do Vinho”, inserida no núcleo museológico, e de uma atividade no âmbito das ciências experimentais. Esta ação estendeu-se igualmente ao património edificado – religioso e civil – envolvente dos dois centros escolares deste agrupamento. 2. O Projeto de Articulação promove atividades que, para lá de serem facilitadoras da transição das crianças para o primeiro ciclo do Ensino Básico, não se esgotam em si, devem servir igualmente como elemento de reflexão de práticas pedagógicas que se repercutam, tanto ao nível das atitudes comportamentais, como das aprendizagens das crianças. 3. O Projeto da Oficina das Artes, a decorrer em tempo não letivo, pretende promover o contacto sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura, como for-
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ma de entender e estimular as diferentes linguagens artísticas, de modo a tornar a escola num espaço vivo, produtor de um conhecimento novo, revelador, que aponte para a transformação. Ana Margarida Roçado e Ricardina Isabel Maia, membros da equipa da BE da escola sede, em funções no CEL N.º 2
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Uma graça que nos deixou Faleceu a Graça Amaral. A notícia espalhou-se rapidamente, na proporção do número de amigos que tem. É perturbador. A morte contém perplexidades e mistérios. Sobre esse facto, não vou dizer nada. Prefiro recordar a vida. A Graça fez da vida, como dizia Gandhi, uma obra de arte. É isso que devemos reter e lembrar. Da Graça guardamos o exemplo de uma professora exigente, competente, preocupada e amiga dos seus alunos. Como mãe, sei que era extremosa, dedicada e atenta. Como esposa foi paciente, solidária, cúmplice e presente a todas as horas e momentos. Como amiga foi sempre grata, afectuosa e estimulante. No dia em que se festeja a mãe agonizava, deixando a vida que tanto prezava e os seus entes queridos, o António, o José Miguel, a Mariana e a Inês, a quem tanto amou. Nesse dia recordei parte de um poema de José Gomes Ferreira e que parece ter sido escrito para este dia, aplicável à Graça, como mãe e esposa. Lembro-o aqui, pelo seu sentido:
“Só a mãe (Ah! nada a altera) mesmo morta na cova de vidro continuava a chorar pelo filho vivo.” Era esta a dedicação pelo seu marido e pelos seus filhos e que eu senti ao longo de mais de 25 anos de amizade. Que descanse em paz, porque a merece e que Deus a acompanhe. Baião, 7 de maio de 2013 O amigo grato, António Pinto Carreira
Não posso adiar o coração
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stava connosco desde que foi inaugurado este edifício da escola – há muito tempo, portanto, pensávamos. Agora sabemos que foi breve, demasiado breve a sua presença entre nós. Habituámo-nos a vê-la, no seu passo apressado e ligeiro, sempre pontual, mas sempre com tempo para parar a escutar quem dela se aproximava. E sempre, sempre disponível para ajudar, sem deixar que as pequenas contrariedades que a vida profissional frequentemente traz se tornassem motivo de discórdia ou de enfado. Trocar uma aula, adiar um teste, assumir uma aula de substituição não prevista, enfrentar uma turma complicada – essas pequenas coisas que, por vezes, acinzentam as nossas horas – eram assuntos eficazmente resolvidos, com leveza, sem dramas. Às vezes tinha um ar triste. Adivinhava-se que as múltiplas preocupações da vida e o cansaço toldavam o brilho dos olhos castanho-avelã. Mas nem isso lhe retirava a coragem e a determinação, ou a impedia de cumprir com profissionalismo as tarefas que importava realizar. E, não tardava muito, o sorriso regressava, tímido e luminoso, e tudo parecia voltar a estar bem. Gostava de ser professora e isso notava-se em tudo: na maneira como falava com e dos alunos, como se relacionava com todas as pessoas, como estava presente, como assumia todas as exigências da vida profissional, como se preocupava com a vida da escola. O seu ar frágil escondia uma determinação, uma coragem e uma esperança enormes, que a faziam sorrir, apesar de tudo, que a levaram a caminhar em frente e a encontrar sentido nos vários momentos em que a dor a visitou. Foi breve, demasiado breve a sua passagem entre nós. Como uma brisa, que só sentimos porque, discretamente, a sua suavidade nos conforta. Temos ainda dificuldade em perceber que partiu, tantos são os sinais da sua presença. Ensinou (bem) físico-química; mas ensinou-nos muito mais. A sua vida diz-nos, como António Ramos Rosa: “Não posso adiar o amor para outro século/não posso (…)/ Não posso adiar o coração”. Tenho para mim que a melhor maneira de exprimir a gratidão àqueles com quem tivemos o privilégio de partilhar a vida e que foram para nós um dom é deixarmo-nos guiar pelos mesmos valores. E acredito que, junto de Deus, a Dr.ª Graça Amaral nos espera e nos sorri. Cristina Teixeira, professora
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A Graça de Acreditar
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alar de pessoas que já não se encontram entre nós é sempre difícil, mais ainda quando são pessoas que nos são queridas, como é o caso. Não vou falar muito da pessoa em questão; quem a conheceu, conheceu o seu jeito humilde e humano de encarar a vida, a sua peculiar pessoa e a sua generosidade imensa. Vou-vos contar uma história que se passou comigo e que mudou a minha vida. Era eu aluno do 11.º ano e o meu futuro era ainda sombrio, já não frequentava as aulas de matemática (tinha sido reprovado com 5 no 10.º ano), era um aluno mediano e sem qualquer ideia do que queria para o futuro. Ainda assim, como todos os jovens da minha idade, adorava desafios. Certa tarde, numa aula de físico-química, a professora lança o desafio – quem conseguir resolver este exercício, ganha um chocolate. Tenha sido pelo chocolate ou pelo desafio, eu tentei e consegui. No dia seguinte, lá estava ela com um chocolate, cujo papel ainda hoje guardo, e com a ordem de eu passar para a mesa dela. Lá permaneci até ao final do ano, incentivado e desafiado constantemente por alguém que acreditou em mim e
que despertou em mim o desejo de ser melhor. Tentei explicar-lhe inúmeras vezes a mudança que ela operou em mim, mas ela desvalorizou sempre a sua influência, pois para ela fazer o bem aos outros era um estado natural, uma maneira de estar na vida, nunca uma atitude extraordinária. Ao longo das diversas encruzilhadas que tive até hoje na minha vida, houve sempre um denominador comum: a recordação daquele dia, o olhar para a velha embalagem do chocolate e pensar – se alguém como ela acreditou em mim, que legitimidade terei eu para não acreditar? Assim era ela, alguém único e peculiar, com uma graça que só ela soube sempre ter. Fico feliz por a ter conhecido, por ela me ter cativado, por tudo aquilo que não cabe num texto. Hoje, entre as recordações, fica uma imensa saudade. “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...” – Antoine de Saint-Exupéry, in O Principezinho. Rui Nobre Chaves, antigo aluno
Entre amigos: Graça, pelo batismo Amaral, pelo amor
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este tempo de mentira, vaidade e falsas amizades, precisamos de palavras fortes que digam o que se pensa e levem a agir o que se diz. O sentido da vida é, de facto, dar-lhe um sentido. Acabo de perder uma amiga, Graça, pelo batismo, Amaral pelo amor. Muito mais do que uma colega, foi alguém que me dispensou alguns momentos da sua vida, que acreditou nos valores da família, da solidariedade e da coragem que nos obrigam a pensar nos outros. Se alguém me perguntar quais foram as pessoas que me marcaram na vida, não me vou esquecer de ti. Há quem admire Einstein, quem adore Picasso, Eça ou o Messi. Quem colecione fotografias de um ídolo qualquer, quem recite versos de Pessoa a torto e a direito. Eu recordo a tua frontalidade, persistência,
objetividade, inteligência e, … o teu sorriso insubstituível. Como canta António Zambujo num dos seus fados: “Não vale mais um dia que uma hora, / se um dia não disser isto que digo (…) / Não vale mais um dia que uma hora, / não vale mais a dor que a despedida, / a hora em que tu te foste embora / não cabe num dia da minha vida”. Só quando a vida passa é que sabemos que tem um sentido, e nada é mais verdadeiro para te homenagear, porque nos fazes falta, do que olhar o mar, contemplar o céu estrelado, onde uma estrela é tua, ou oferecer-te as primeiras flores do meu jardim. Eu sei que a vida tem um rio para navegar e todos sabemos que viverias tudo novamente… Mário Guerra, professor
Passagem Recado
Se pudéssemos exprimir tudo Através de palavras, Não haveria papel que chegasse. Afinal, infinito é infinito...
Tantos foram os sorrisos que partilhámos, ouvinte e conselheira! Queria que esta verdade fosse mentira, um pesadelo… O verdadeiro sentimento, nesta hora, é a saudade, a dor da perda e o arrependimento pelo que ficou por dizer.
Viveu pouco, mas intensamente. Deixou muito de si… E levou um pouco de todos nós… Estará para sempre aqui, Apesar de não estar a sua voz...
Paula Loureiro, assistente operacional Alunos do 12.º A
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Lamego unido por uma escola mais inovadora
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amego pode orgulhar-se da sua oferta educativa. Alunos, pais, encarregados de educação e professores têm à sua disposição uma rede escolar que é um exemplo para o país ao garantir excelentes condições para o ensino e formação das gerações mais novas. O balanço da recente reorganização da rede de escolas operada no concelho é muito positivo. Conseguimos promover uma verdadeira igualdade entre todas as crianças, correspondemos às exigências e transformações de qualidade que o sistema de ensino hoje suscita, disponibilizando centros escolares de grande qualidade, adequadamente distribuídos pelo território do concelho e, ainda, uma rede de jardins-de-infância em regime de proximidade. A disponibilização de amplos apoios sociais, com refeições controladas por nutricionista, de horários alargados adequados às necessidades dos pais e encarregados de educação e uma rede eficiente de transportes escolares, de apoio técnico na área da psicologia, são alguns dos pontos fortes da nossa política educativa. Muitos outros benefícios foram introduzidos com a construção e requalificação dos nossos centros escolares para os quais canalizámos importantes recursos financeiros. Contudo, os resultados mais importantes desta política educativa são os que resultam da aproximação e criação de fortes laços de confiança e colaboração entre os membros da comunidade escolar, constituída pelo município e pela direção dos agrupamentos, por profissionais de excecional valor em todas as áreas, por encarregados de educação e suas associações, pelas juntas de freguesia e pelas associações de freguesias e população em geral. Unida no desafio de diminuir as taxas de abandono e insucesso escolar no concelho e em oferecer às nossas crianças as melhores oportunidades de ensino/aprendizagem, a comunidade educativa do agrupamento de escolas da Sé é um exemplo de dinamismo, aproveitamento de sinergias e criação de valor. A vontade comum em ter uma escola de melhor qualidade, inovadora e inclusiva – faceta em que o Agrupamento de Escolas da Sé tem investido e se tem afirmado, é materializada
Francisco Manuel Lopes Presidente da Câmara Municipal de Lamego
através da realização de inúmeras iniciativas e atividades que “saltam” muitas vezes os muros da própria escola e envolvem as instituições locais e a população em geral. Esta tarefa é, sem dúvida, facilitada pela gestão de proximidade dos novos centros escolares que as associações de freguesia do concelho garantem, assentando nesta peculiaridade de gestão, um sentimento de pertença e inclusão que dilui as fronteiras administrativas em que normalmente se confinavam as escolas tradicionais. Acredito que o nosso futuro coletivo depende do empenho e das realizações que os jovens serão capazes de concretizar em prol do nosso país e da nossa região. Hoje, ao darmos uma educação de qualidade, estamos a respeitar os pergaminhos históricos que Lamego alcançou e consolidou no passado e estamos, portanto, no caminho certo da preparação do futuro dos nossos filhos. Por último, quero aproveitar esta oportunidade para desejar a todos os alunos, pais, encarregados de educação e professores a continuação de um Bom Ano Escolar.
Esc.: 254 697 000 • Fax: 254 697 002 Estab.: 254 698 506 Armazém: 917 760 909
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BARRONCAL • 5100-481 LAMEGO
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Talento e Criatividade
Fada de Uriel, Rainha de Corália
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sol elevava-se devagar e Alma levantou a mão direita. Ao seu lado, Floriana dormia profundamente, decerto alheia à importância do dia que acabara de nascer. Alma casava nessa tarde. Era um acontecimento tão inesperado e de tal forma repentino que ela própria se recusava a acreditar. Tinha escutado conversas entre os pais que, secretamente, tentavam chegar a acordo com os progenitores daquele que queriam para seu marido, e assim ficara acordado: no dia doze de abril, às dezoito horas em ponto, Alma tornar-se-ia esposa de Oto. Tal combinação nem um pouco lhe agradou, mas nada podia fazer: no Reino de Uriel cabia aos pais tomar todas as decisões, não podendo os filhos agir contra a sua vontade. Contudo, Alma não se conformava. Queria continuar livre, leve como o seu pássaro azul, e Oto não lhe despertava o mínimo interesse. Era senhor de armas, homem do exército, pelo que possuía um físico largo e forte, que se completava perfeitamente na sua face séria de traços carregados. Por sua vez, Alma era delicada e sensível, com inúmeros talentos na música e nas letras. Um marido carrancudo não lhe poderia aprazer. Mas o seu destino tinha hora marcada. Então, Alma despertou Floriana e seguiram juntas para o palácio. Os criados corriam de um lado para o outro, espalhando flores, colocando travessas de doces nas mesas e distribuindo as cadeiras no jardim. A tudo isto as irmãs passaram indiferentes. Subiram para o andar de cima e, ao entrar no quarto de Alma, logo as duas amas lhe gritaram: – Finalmente, menina! Sente-se, sente-se. Vamos tratar de si. Lavaram-na, pentearam-na e perfumaram-na. Por fim, com o vestido branco e a coroa de flores da sua avó rodeando-lhe a cabeça, olhou-se ao espelho: estava bonita, não podia negá-lo. O seu cabelo acobreado brilhava intensamente, incendiando-lhe os olhos verdes. Calculou que estava à altura dos ombros de Oto, visto que era baixa de
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estatura e no Reino de Uriel todas as fadas eram desposadas descalças. Eládio entrou de rompante e um largo sorriso lhe brotou dos lábios. Porém, era visível uma sombra de preocupação, que se manifestava igualmente no rosto das duas irmãs. Não queriam que Alma se casasse porque lhe adivinhavam o futuro nostálgico e enfadonho que teria ao lado de Oto e longe da sua corte. As aias, sempre a sorrir, colocaram-lhe um ramo de orquídeas nas mãos e correram a chamar a senhora sua mãe, que desde cedo aguardava impacientemente a chegada da sua filha mais velha. Corada de expetativa, apressou-se em direcção aos aposentos de Alma, quedando-se de espanto ao vê-la. Era, de facto, uma noiva encantadora e o brilho que emanava não deixou que a mãe se apercebesse da expressão desgostosa que lhe emoldurava o rosto. – Minha filha! – exclamou, embevecida. – És a noiva mais linda que alguma vez pisou a terra de Uriel. – E dito isto, beijou-lhe as mãos, com lágrimas. O enorme relógio do palácio anunciou as dezoito horas. Uma pequena multidão fomentava um burburinho incomodativo, enquanto se precipitava a ocupar os seus lugares nas cadeiras do jardim. Diante do altar, Oto batia com o sapato no relvado. Os seus pais, sentados atrás de si, conversavam animadamente sobre a sua lua de mel a Floripes, quando de súbito um silêncio colossal caiu sobre eles. Alma caminhava de cabeça erguida, os seus grandes olhos verdes pontuados de lágrimas, que facilmente seriam confundidas com a felicidade que era esperada de uma noiva. Poucos sabiam que Alma chorava de desespero, um desespero tão fundo e espinhoso que lhe rasgava a pele. O seu pai, notoriamente satisfeito, depositou-a nos fortes braços de Oto, piscando-lhe o olho discretamente. Afinal, tudo não passava de um lucrativo contrato. Sotero de Gastão prosseguia com a cerimónia na sua voz baixa e rouca,
entusiasmando-se na leitura dos excertos do Péricles Sagrado dos urielanos, prologando o seu discurso tanto quanto lhe era possível. O momento da troca de alianças surgiu e uma pequena fada coberta de jasmin aproximou-se com um pequeno cesto. Oto, sem alterar a sua expressão cerrada, pegou no seu anel e o imprevisto aconteceu. Perante um “oh” de espanto de todos os presentes e a estupefação de Alma, Oto transformou-se num pequeno unicórnio branco, de crina e rabo multicolor. Sem lhe dar qualquer hipótese para reagir, sussurrou a Alma: – Vem comigo, sobe depressa! Alma obedeceu e, diante da indignação dos pais de ambos e o riso dos convidados, o unicórnio desapareceu no horizonte. Cavalgou durante horas e Alma começou a sentir medo. – Para onde me levas? – repetia continuamente. Mas não recebia qualquer resposta. Ao fim de alguns minutos, o unicórnio parou. Alma olhou em volta e reconheceu de imediato o local onde se encontrava: era Corália, um Reino há muito habitado somente por animais e plantas, pois dizia-se que se qualquer habitante de Uriel ali tentasse entrar, transformar-se-ia numa borboleta roxa e viveria aprisionado eternamente no Campo Aspásio, onde o dia nunca nasce. – Trouxe-te para aqui, Alma – disse o unicórnio, sobressaltando-a, – para poderes viver livremente. Aqui não terás que casar: o casamento não existe em Corália, pois todos os que aqui vivem estão casados com a Natureza desde que ela lhes deu a existência. – inclinou a cabeça e ela fez-lhe uma festa. – Dou--te também asas para que possas voar. Poderás visitar os teus irmãos quando assim te aprouver, mas nunca ser algum te poderá afastar de Corália. Agora, és Fada Rainha deste reino. E, depositando-lhe uma coroa de amoras no cabelo vermelho-fogo, cavalgou de volta para o horizonte. Ana Fonseca, 10.º D
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Talento e Criatividade
A escola
Na terra da fantasia
A escola é linda como o mar, Mar azul que o sol ilumina. Ilumina as mesas e as cadeiras da nossa sala. A nossa sala é grande, Grande como o quadro. Quadro onde nós escrevemos com giz, Giz de várias cores, Cores da natureza que olhamos pela janela. Pela janela vemos os meninos a brincar, A brincar às escondidas e à apanhada. À apanhada brincamos, às vezes, na aula, Na aula de educação física. Educação física é a aula mais fixe, Mais fixe do que educação musical. Educação musical, onde tocamos flauta. Tocamos flauta em concursos, Concursos que a escola ganha. Ganha muitos prémios, Prémios dourados.
Uma menina pequenina, Com saudades da mãezinha, Foi parar à terra da fantasia, Onde havia um rei Com um animal Que era uma galinha. Quando chegou à terra da fantasia, Viu um pirata chamado Edu Que era orelhudo E gostava da pirataria. De seguida, foi ao rei Chamado Pitbull Que só bebia A bebida Red Bull. E a rainha Era quem escovava A galinha, Para quando crescer Poder ser Uma bela papinha. Quando foi cumprimentar A linda rainha E também a galinha, Quando a galinha cacarejou, A parede Ela pintou. Foi passear pelo reino, Muito entusiasmada, Não viu quase nada. Manuel Santos, 6.º C
Flávia Leonor, 6.º B
Noção do tempo
O
teu círculo de amigos diminuiu. Apercebes-te de que muitos deles eram egoístas e não eram assim tão próximos como pareciam. Por outro lado, cada vez é mais difícil teres tempo para sair com os que sobraram. Depois da adolescência, rimos com menos vontade, mas choramos com menos lágrimas e mais dor. Mais dor porque esta passa da superficialidade para um nível mais profundo. Acabam as lágrimas por coisas estúpidas, por amores não correspondidos e por zangas com a melhor amiga. A confusão já não é divertida como era. Às vezes, até irrita. Sair duas vezes por semana torna-se desgastante e deixa-te esgotado. De dia para dia, o que mais te preocupa é perceber do que precisas para sobreviver. As opiniões tornam-se mais objetivas e começas a julgar os mais novos por terem menos experiência de vida do que tu. A verdade é que querias voltar a esses tempos, mas não podes, porque amanhã, num abrir e fechar de olhos, estarás nos quarenta. Carina Monteiro, 12.ºA
LAMEGO EMPREITEIRO DE OBRAS PÚBLICAS E CONSTRUÇÃO CIVIL | EM REVISTA
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Talento e Criatividade
Dá-me a tua mão
Fazes-me amar
Dá-me a tua mão, eu sou assim. Dá-me a tua mão E eu vou espreitar Como se fosse uma menina Com medo de falar.
Fazes-me parar Quando a vejo sorrir. Então, tento espreitar para dentro do seu coração.
Dá-me a tua mão, Sou criança cândida e encantada: Este mundo é tão belo e grande!... Tenho medo de me perder no meio do nada. Eu sou assim… Quantas vezes me esqueço Que gostas tanto de mim! Eu sou assim … Dá-me a tua mão E verás o que eu sou por dentro. Fui feita com o coração Que bate em mim! Eu sou assim … Christian Xavier, Débora Neves, João Gomes e Marcelo Loureiro, 8ºB
Poder do Desenho Poder do Desenho. Será Magia? Ou os lápis a andar com harmonia?
Fazes-me morrer com tanta solidão! Mas nada quero dizer. Por isso, cala-te coração! Fazes-me amar, Fazes-me nunca esquecer. Mas vou esperar para quando a vir chegar da grande viagem que tanto me fez chorar. Por isso, cala-te, coração! Francisco Pereira, Pedro Sousa e Ruben Rua, 8.º B
Deixemo-nos levar Nunca pretendi ser nada para além de sonhador. Nunca fiz nada senão sonhar... Sempre achei o amor um sonho longínquo, Sempre achei o nevoeiro um sonho desfocado. Tudo vai durando nesta vida, Neste confuso mundo de ideias. Nada nos resta senão o hoje. O amanhã ainda não existe. Neste instante há o ontem e o hoje... Não podemos falar do amanhã. Ninguém faz nada para além de cumprir o seu destino, Ninguém realiza tudo o que deseja... Mas todos têm sonhos, E enquanto aqui andarmos, Deixemo-nos comandar pelo sonho!
O mar desenho sempre a flutuar, com grandes icebergs, até mais inventar. No ar, não há muito que desenhar, há foguetões, aviões, mas não carros para andar, Nem portões para fechar. A terra todos conhecem, todos sabem inventar, até os pintores conseguem pôr pessoas a voar!... Tudo se consegue, através do olhar. Sem ele, o que faríamos? Nada o Mundo nos poderia dar!...
Carina Monteiro, 12.ºA
Coração puro Quando o coração chora e tu sofres. Quando o coração sorri e tu ficas contente. Quando o coração bate e tu sentes. Quando o coração está aos pulos e tu ficas maluca. Quando o coração se parte e tu ficas triste. Quando o coração faz coisas boas e tu ficas feliz. Quando o coração faz coisas, mas tu não gostas. Quando o coração fica fraco e tu ficas doente. Quando o coração seca e tu morres.
Miguel Pombinho, 7.º D Beatriz Guedes, 6.º B
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Talento e Criatividade
Gosto de ti Gostava imenso de saber Se um dia virei a ser, No meu viver, Tão bela como tu.
Viagens na minha terra com a língua dos outros
Sabes, gosto de ti, Por seres tão meiga e ligeira, Tão pura e verdadeira, Enfim! Não há nada que possa explicar O que sinto por ti! Pois, simplesmente, Gosto… De ti!
Adiós… Volveré!
Eva Moura e Francisca Neves, 7.º A
Mãe
A blue sky, hills, hills and a river… what else?
Mãe… Três letras tem este nome. É como o sol Que alimenta a minha fome! Alguma vez sairei do ninho? Tenho medo de não voltar… Sou como um pequeno passarinho, Com receio de voar… É amor, é amor, Até que a morte nos separe. E quem sabe, talvez dor…. Para tal, não há quem nos prepare!
Miroir, miroir, suis-je le plus beau paisage du monde?
“Heroína de avental”, É a expressão mais correta, E a minha metáfora predileta. Nesta que parece ser, A minha raiz, a tua… Que sobre mim tem tanto poder, Tal como a Terra tem sobre a Lua! Leonor Machado, 7.º A
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Please, help this lonely tree! It needs some help to cross the bridge to meet its family.
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Talento e Criatividade
A vida A vida que começa e acaba, A vida que predomina, A vida que existe E que não depende de cocaína… A vida que depende de mim, A vida que não tem fim. A vida que é como uma flor Que morre sem dor. A vida que eu jogo, A vida que eu comando. A vida em mim! Joana Margarida e Mariana Pinto, 7.º A
No inferno e no céu
Acredita no coração
Se isso existe, não sei, não! Preocupada, eu não estou, Pois passa-se a vida em vão, Não sabendo para onde vou.
Acredita no coração, Dá-te inteira ao teu coração! Dá-me a tua mão Para abraçar o teu coração.
Será o céu? Será o inferno? Nada dura para sempre, Mas o coração é eterno.
Coração, coração, Aparece na minha mão!
Diana Gonçalves e Inês Ferreira, 7.º A
Como pode mudar-se o coração Que já não está na minha mão? Coração, coração, Aparece na minha mão! João Sousa, João Almeida e Tiago Silvestre, 8ºB
Poesia
Um poema para quem já partiu
Poesia é emoção, É arte que nos enche o coração. Quando escrevo, esqueço-me dos problemas E de todos os meus dilemas.
Este é um poema para quem já partiu, Já partiu, mas na minha memória ficou. Esse olhar que brilhava E sempre me encantava. Tinhas os olhos da cor da terra, Um amor infinito, Um carinho eterno do qual nunca me esqueci. Toda a gente deste mundo parte, Espero um dia voltar a encontrar-te, Voltar a encontrar esse teu afeto grande como o Universo… Esse teu coração é de ouro, O ouro mais valioso, Porque esse, sim, é o valor do teu amor. Conheço teu encanto, Conheço o teu amor, Conheço teu coração, E sei que nele este pequeno poema irás guardar.
É parecida com uma canção Que dá para ver e sentir o coração! À noite, encontro-me com a escuridão E ela oferece-me a solidão. Para combater essa solidão, Dedico-me à poesia, Só ela me dá alegria, Só ela me dá a razão Do meu viver, Do meu ser, E do meu sofrer. Vítor Cachopo, 10.ºD
Aléccia Pereira, 8.º D
ES’TAS a ver é o primeiro blogue de um curso profissional da escola. Visita-o em http://aves.edu.pt/tas/ e encontrarás conselhos e ensinamentos úteis para a SAÚDE, a tua e a dos que te rodeiam.
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Talento e Criatividade
Concurso de poesia “Agora o Poeta és tu…” Alunos premiados Centro Escolar de Lamego N.º 2 1.º prémio do 1.º Ciclo do Ensino Básico - 1.º e 2.º anos
As estações do ano Na primavera, as flores Nos campos vamos apanhar E depois nas jarras As vamos colocar. O verão está a chegar, Vamos todos aproveitar. Para a praia vou nadar E, por fim, passear. No outono, as folhas Caem para o caminho. Aí vem o varredor Que as limpa com jeitinho. No inverno, cai neve, Fica tudo branquinho. Vamos para a lareira Que lá é que está quentinho! Mariana Pereira Moreira, 2.º B
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Escola Básica e Secundária da Sé – Lamego 1.º prémio do 2.º Ciclo do Ensino Básico
Nada Nada não é nada; Nada não é ninguém; Nada não é nada, Que não vá mais além… Nada pode parecer Não ter nada que dizer… Mas, se pensarmos bem, Tem muito a descrever! Nada não é nada; Nada não é ninguém; Nada não é nada, Que não vá mais além… Nada é o ponto cego Na vida de toda a gente. Mas, até eu nego. Não me interessa se sou crente! Nada é o vazio; Nada é o escuro; Nada é o que nunca se viu, Pois não tem futuro… Nada é o que não se sente… Nada é o que nunca está presente… Nada é aquilo que só está na nossa mente! Nada é uma incógnita; Nada é como um buraco negro, Com tudo fora de órbita E sempre sem sossego… Nada é o que não consegue acabar; Nada é o que não dá para começar; Não há melhor forma de nada designar, Do que a que eu acabei de contar. Nada não é nada; Nada não é ninguém; Nada não é nada, Que não vá mais além… E com nada se pode aprender
Que nada dá que pensar… E, para se perceber, Só tens que imaginar! Nada não é nada; Nada não é ninguém; Nada não é nada, Que não vá mais além… Eduardo Jorge R. Silva, 6.º C
Centro Escolar de Lamego N.º 2 Menção Especial do Júri ao poema “Museu dos Catos Moura Marques”, em homenagem ao saudoso Professor Lamecense
Museu dos Catos Moura Marques No museu Moura Marques, Vi catos muito bonitos. Alguns tinham pelos, Outros tinham picos. Os catos gostei de ver E sobre eles quero saber. Uns diferentes e outros normais, Vou descobrir muitos mais. A Almofada da Sogra É bem redondinha! Quem se deitar nela, Fica picadinha. O professor Moura Marques Juntou muitos catos. Que lindos que são! Não consigo tirá-los do coração! Hugo Sérgio Nobre Medeiros, Marta Margarida Cardoso, Inês da Silva Moreira e João Pedro Torcato Pinto, 3.º A
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CULINÁRIA
Almoço em família Estão a chegar as férias e, com elas, algum tempo disponível para se dedicar mais à sua família. Aproveite a nossa sugestão, “meta as mãos na massa”, prepare e saboreie uma deliciosa refeição com sabores transmontanos!
4 cebolinhas, 1,5 kg de batatinhas, 2dl de azeite, 5dl de óleo, 1 chouriço caseiro, um caldo de carne, manteiga, sal e pimenta q.b. Acompanhe com um bom vinho da região do Douro.
Misto de enchidos fritos com broa
Corte a carne em pedaços de tamanho regular e tempere-os, de véspera, com o colorau, o louro, as cebolas cortadas em quartos, os alhos, as cenouras, os pimentos e os tomates, tudo cortado. Junte a salsa, o chouriço e um pouco de manteiga, adicionando o vinho no final. No dia, coloque toda a marinada e a carne numa assadeira de barro e acrescente um copo de caldo de carne; reserve, para ir regando, caso o assado comece a ficar seco. Lave as batatinhas e tempere-as com o óleo, o azeite, uma pitada de colorau e de louro, sal, pimenta e um pouco de caldo de carne. Coloque-as num tabuleiro e leve-as também a assar. Sirva acompanhado de uma salada e arroz branco.
Preparação:
Pudim de castanhas Ingredientes: 1 chouriço, 1 morcela, 1 alheira, 500 g de broa, 3 dentes de alho, 1 dl de azeite e 50 g de azeitonas. Preparação: Leve ao lume um tacho com água, deixe aquecer um pouco, junte o chouriço e a morcela, deixe cozer durante 20 minutos e depois escorra. Leve ao lume uma frigideira com 1 colher (sopa) de azeite, junte a alheira e deixe cozinhar, em lume muito brando e virando de vez em quando, durante 10 minutos. Retire e reserve em local quente. Junte o resto do azeite e os alhos descascados e esmagados ao azeite que ficou na frigideira. Deixe aquecer, adicione o chouriço e a morcela cortados em pedaços e deixe-os fritar de ambos os lados. Finalmente, sirva todos os enchidos quentes com a broa cortada em fatias.
Vitela assada
Ingredientes: 2kg de vitela para assar, 3 dentes de alho, 50g de colorau, 2 folhas de louro, 300g de cenouras, 2 copos de vinho branco, 2 pimentos verdes, 2 tomates meio verdes, 1 pezinho de salsa,
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Ingredientes: 1 kg de castanhas, 1 dl de leite, 1 casca de laranja, 1 pau de canela, 7 ovos, 300 gr de açúcar e caramelo líquido q.b. Preparação: Coza as castanhas em água abundante. Descasque-as, guarde algumas para decoração e reduza as restantes a puré, usando o passe-vite. Leve o leite ao lume com a casca de laranja e o pau de canela até ferver. À parte, bata os ovos com o açúcar até obter um creme homogéneo. Verta o leite a ferver, aos poucos e mexendo sempre, sobre o puré de castanhas e misture ao preparado dos ovos. Tire o pau de canela e a casca de laranja e deite o preparado numa forma caramelizada. Leve a cozer cerca de 15 minutos, na panela de pressão. Desenforme apenas depois de frio e decore com as castanhas inteiras que reservou inicialmente. Sirva bem fresco. Bom apetite e boas férias! Amélia Pinto e Deolinda Gomes, assistentes operacionais EM REVISTA
«Arte Decorativa, reutilizando…»
Ação de Formação/Oficina Viva
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omo forma de sensibilização para o conceito dos 3 rrr´s, com um olhar e uma abordagem diferentes sobre a temática da reutilização, reinventando os materiais numa perspetiva artística e decorativa, foi realizada no dia 4 de Março uma ação de formação promovida pelo grupo de Ed. Visual do 3º Ciclo, da Escola Básica e Secundária da Sé Lamego. Sob o tema “Arte decorativa, reutilizando…”, esta ação foi orientada pelo Artesão Formador / Educador Ambiental, Fernando Rui Gonçalves, no contexto de Oficina Viva. Essencialmente dirigida aos docentes do Departamento Curricular das Expressões, contou também com a presença de professores de outros Departamentos Curriculares. A sua dinamização visou a concretização da fase inicial de objetos, tendo como finalidade adquirir capacidades manipulativas e estimular a criatividade, com um sentido utilitário e uma visão estética sobre materiais de baixo valor económico. Acrescentar valor e sentido estético a materiais reutilizáveis, permitindo uma infinidade de possibilidades, enquanto matéria-prima para a utilização e conceção de ideias, com finalidades diversas, foi sem dúvida um dos principais objetivos a atingir e, utilizando as palavras do formador Rui Fernandes, «contribuindo também, mesmo que modestamente, para a redução da nossa pegada ecológica». A escassez de tempo impossibilitou a finalização dos trabalhos; no entanto, ficou o incentivo aos docentes para tirarem partido da facilidade de manuseamento do material proposto e aplicarem-no nas suas atividades de expressão plástica, junto dos alunos. A responsável, Mª Eugénia Sepúlveda Velloso
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Dia Mundial da Criança no CEL N.º 2 Agrupamento de Escolas da Sé
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ábado, dia 1 de junho de 2013, por iniciativa da Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego (AFSML), em parceria com o Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego e com o apoio da Câmara Municipal de Lamego, festejou-se o Dia Mundial da Criança, no espaço renovado do Centro Escolar de Lamego N.º 2 (CEL N.º 2). Todo o espaço deste centro escolar foi intencionalmente preparado para receber as crianças, os pais, a comunidade escolar e as entidades envolvidas e convidadas. Foi um evento aberto à comunidade lamecense. A partir das 10 horas da manhã, as crianças, acompanhadas pelos encarregados de educação, começaram a afluir em grande número a este espaço transformado em palco de brincadeiras e aventuras, proporcionando um dia cheio de movimento, cor, alegria… e magia! Deu-se o início das atividades com um desfile da Fanfarra Infantil do Centro Escolar de Lamego Sudeste e a atuação de um grupo de dança do CEL N.º 2. Seguidamente, o Sr. Diretor, Dr. Carlos Diniz, e a Sra. Vereadora da Educação, Ação Social e Cultural, Dra. Marina Valle, deram as boas-vindas a todos os presentes, culminando este momento com uma largada de balões. Já no espaço da biblioteca escolar, na presença do Sr. Presidente da Câmara,
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assistiu-se à cerimónia de oferta de exemplares, a este agrupamento, pelo Sr. Eng.º. Vítor Fernandes, do livro “A Cotovia via…via… porque migram as pessoas?” e à apresentação pelas autoras – Isilda Afonso e Graciema Gonçalves. Ao longo do dia, todos os visitantes, especialmente as crianças, fruíram do espaço com muita alegria, participando nas inúmeras atividades lúdicas previamente organizadas – espaços de leitura, expressão plástica, barraquinhas temáticas, insufláveis, dança e música – dinamizadas pelos professores das AEC´s e das CAF´s. Um bem-haja a todos os que estiveram presentes e aos que colaboraram, fazendo deste dia, tão especial, um momento de orgulho para o Agrupamento de Escolas da Sé: professores e educadoras de infância, assistentes operacionais e funcionários da AFSML. Ricardina Maia, Equipa de Organização da Comemoração do Dia Mundial da Criança
CEL n.º 2 Crescer Entre Livros Espaço Ler+
Dias de sol… Os livros transpõem as paredes da biblioteca e o tempo do recreio transforma-se numa maravilhosa esplanada de leitura. EM REVISTA |