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Jornal do Departamento de Fisioterapia Ano 1 - Edição 1

ZIKA VIRÚS E SÍNDROME DE GUILLAN-BARRÉ Pág.4


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EDITORIAL ´

APOS 20 ANOS ´ DO INICIO DO NOSSO CURSO DE FISIOTERAPIA NASCE O IN.FORMA FISIO

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m jornal planejado e desenvolvido por alunos e docentes do curso de Fisioterapia da Universidade de Taubaté, além de fisioterapeutas convidados para informar e discutir temas relacionados à saúde coletiva sob a óptica da Fisioterapia. Nesta primeira edição temos duas matérias de saúde pública: “Zika vírus e Síndrome de Guillan-Barré. Como a Fisioterapia pode contribuir?” e “Os caminhos da Fisioterapia na saúde pública”. Para contar um pouquinho da nossa história temos uma coluna escrita pela nossa diretora, Profa. Dra. Máyra Cecília Dellu. Esta primeira edição conta também com uma entrevista com o fisioterapeuta e docente Prof. Dr. Renato José Soares, que fala sobre a história do curso de Fisioterapia da UNITAU e sua trajetória de destaque dentro da Fisioterapia. Para finalizar convidamos o fisioterapeuta Prof. Me. Edmur Paranhos para escrever uma coluna com uma reflexão sobre a nossa profissão. Fomos presenteados com um texto instigante e criativo. Caro leitor, obrigado por desfrutar este momento conosco.

Leonardo Oliveira

Profa. Dra. Alex Sandra Oli

Formada em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante d de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Alunos responsáveis por esta versão junto aos docentes: Allana Alexia Santos Faria, Ana Luiza Euzébio de Oliveira, Daniela Rossa de Lima, Larissa Chaves Francisco de Andrade, Lysandra de Toledo Souza, Mayara da Silva Ribeiro, Patricia Moraes Viegas dos Santos, Thales Augusto Damiano Silva; alunos do último semestre de Fisioterapia

Profa. Dra. Alex Sandra

Quer falar com a gente? Entre em contato por esse email: in.formafisiounitau@gmail.com

Profa. Dra. Wendry Maria

Formada em Fisioterapia pela Universiadde de Taubaté. Fe dade de São Paulo. Atualmente é Docente da Universida


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CAPA-Pág.4

Zika vírus e Síndrome de Guillan-Barré. Como a Fisioterapia pode contribuir?

COLUNA-Pág.8 Nossa História

Leonardo Oliveira

#FISIOEMACAO-Pág.9 Os caminhos da Fisioterapia na saúde pública. s

iveira de Cerqueira Soares

de São Paulo. Fez seu Mestrado em Biodinâmica do Movimento Humano e Doutorado em Ciências, ambos na Escola o. Atualmente é Docente da Universidade de Taubaté.

ENTREVISTA-Pág.11

Conheça um pouco mais o fisioterapeuta e Professor Renato José Soares. Profa. Dra. Wendry

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Leonardo Oliveira

REFLEXAO-Pág.12

Paixão Pereira

ez seu Mestrado em Ciências e Doutorado em Saude Pública ambos na Faculdade de Saúde Publica da Universiade de Taubaté e da Fundação Universitária Vida Cristã.

Tupi or not tupi,Is that also the question para fisioterapeutas brasileiros?


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ZIKA VIRUS E ´

SINDROME D GUILLAN-BA


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DE ´ ARRE Por: Karla Rodrigues Cavalcante


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tério da Saúde indicam que em 2015, ano do surto de infecções pelo Zika vírus, houve um aumento de 66% de internações pela Síndrome Guillan-Barré em relação aos últimos cinco anos. Essa associação fez crescer a suspeita de que há uma associação entre a infecção por vírus Zika e a ocorrência de SGB. Tratamento - O tratamento de pacientes com SGB, tanto na fase aguda quanto na fase crônica, é multidisciplinar. O paciente precisa tomar remédios e realizar tratamentos prescritos pelo médico bem como o acompanhamento de diversos profissionais da saúde como, por exemplo, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. A Fisioterapia tem papel fundamental na recuperação desses pacientes.

a força muscular, a amplitude de movimento, o equilíbrio, a marcha e a participação dos indivíduos em suas tarefas habituais de trabalho e de lazer. Diversos tipos de exercícios podem melhorar a capacidade física, a mobilidade funcional, a função cardiopulmonar, a força muscular e são capazes também de diminuir a fadiga em pacientes na fase

“A FISIOTERAPIA TEM PAPEL FUNDAMENTAL NA RECUPERACAO DESSES PACIENTES.” s

A síndrome de Guillan -Barré (SGB) é uma condição caracterizada pelo início agudo ou subagudo de fraqueza muscular nos membros e músculos da face. A incidência anual aumenta com a idade e a doença é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres. Os pacientes apresentam fraqueza muscular progressiva, que normalmente se inicia nos membros inferiores, mas também pode começar nas mãos. A fraqueza vai ascendendo, e os sinais motores podem vir acompanhados de alteração na sensibilidade e a pessoa, por exemplo, pode ser incapaz de sentir as mãos, os pés e pode também apresentar dificuldade de equilíbrio. A progressão da fraqueza dura, em média, quatro semanas. Após a evolução dessa fase de piora segue-se uma fase de estabilização e, uma última, de recuperação, que varia de indivíduo para indivíduo. Durante o período de progressão da doença, um quarto dos pacientes pode desenvolver falência respiratória, necessitando de aparelhos para auxiliar na respiração. Em geral, a doença ocorre após uma infecção, ou algum outro evento que seja capaz de desencadear uma resposta imune anormal. As células de defesa do organismo, que servem normalmente para combater a infecção, passam a atacar os nervos periféricos e suas raízes na medula. Diversos tipos de vírus e bactérias podem desencadear esse tipo de resposta imune. Dentre essas doenças estão a dengue, a Chikungunya e o vírus Zika. O aumento do número de pessoas infectadas por tais doenças nos últimos anos no Brasil gerou o aumento dos casos de SGB. Dados do Minis-

O fisioterapeuta tem atuação diversa nas diferentes fases da doença. Na fase hospitalar, o objetivo é realizar a higiene brônquica, melhorar a expansibilidade pulmonar, além de melhorar os níveis de oxigenação. Nessa fase, também é importante que se mantenham as articulações livres e, se possível, se inicie o trabalho de fortalecimento muscular. Na fase ambulatorial, os objetivos se voltam para o reestabelecimento da função motora. O fisioterapeuta irá trabalhar

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Profa. Ma. Karla Rodrigues Cavalcante é formada em Fisioterapia pela Universidade de São Paulo – USP. Fez seu Mestrado em Ciências na área de concentração: Neurologia, pela Faculdade de Medicina da USP. Atualmente é docente da Universidade de Taubaté.


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de recuperação da doença. Existem evidências de que portadores da doença que realizaram fisioterapia de duas a três vezes por semana apresentaram resultado melhor do que aqueles que fizeram treinamento apenas uma vez na semana. Assim os pacientes devem ter acesso o mais breve possível a um serviço especializado de fisioterapia a fim de rece-

berem o tratamento adequado no menor tempo possível, aumentando, dessa forma, as possibilidades de recuperação.

Pacientes que realizam fisioterapia apresentam melhora nos resultados


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CO LU NA:

O curso de Fisioterapia da Universidade de Taubaté foi criado em 1997. Neste ano de 2017, com muita alegria, completamos 20 anos. Dividimos esta satisfação com cerca de 1100 fisioterapeutas formados; 333 alunos de graduação, 22 professores fisioterapeutas e 10 funcionários. Atualmente a Universidade dispõe de uma Clínica própria de Fisioterapia na qual funcionam os ambulatórios de Neurologia Adulto e Infantil, de Gerontologia, de Uroginecologia e Obstetrícia, de Ortopedia e Traumatologia, além do setor de Reabilitação Cardíaca e Pulmonar e da Piscina Terapêutica. A comunidade local, cerca de 800 inscritos a cada trimestre, é atendida nos ambulatórios pelos alunos, sob supervisão docente, durante a Prática Fisioterapêutica Supervisionada. Em média, são realizados 10 mil atendimentos por ano. Outros campos das Práticas Fisioterapêuticas são as Unidades de Saúde da Família e os Hospitais Regional e Universitário de Taubaté. Essa parceria interinstitucional permite ampliar e implementar o desejável trânsito entre teoria e prática junto às normativas da saúde pública e às necessidades da abordagem coletiva. A proposta pedagógica do curso é sustentada essencialmente na qualidade do processo ensinoaprendizagem com enfoque na formação generalista.

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Nossa HISTORIA Por: Máyra Cecília Dellú

Clínica de fisioterapia realiza cerca de 10 mil atendimentos por ano

Profa. Dra. Máyra Cecilia Dellú é formada em Fisioterapia pela Universidade de Mogi das Cruzes. Fez seu doutorado em Ciências Biológicas, no Programa de Saúde Pública, na área de concentração: Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade, pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atualmente é Diretora do Departamento de Fisioterapia da Universidade de Taubaté.


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OS CAMINHOS DA F I S I O T E RA P IA N A SA Ú D E P Ú B L I C A A FISIOTERAPIA EM ACAO!

Por: Allana Alexia Santos Faria, Ana Luiza Euzébio de Oliveira, Daniela Rossa de Lima, Larissa Chaves Francisco de Andrade, Lysandra de Toledo Souza, Mayara da Silva Ribeiro, Patricia Moraes Viegas dos Santos, Thales Augusto Damiano Silva; alunos do último ano de Fisioterapia. Wendry Maria Paixão Pereira. Leonardo Oliveira

A Fisioterapia, no Brasil, foi regulamentada como profissão pelo decreto lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, constituindo uma ciência que estuda, faz diagnóstico, previne e recupera pacientes com distúrbios cinéticos-funcionais que afetam órgãos e sistemas do corpo humano. O fisioterapeuta atua nas três áreas de atenção à saúde. Na primária, sua ação tem como objetivo reduzir morbidades e promover a saúde. Na secundária, atua na tentativa de cessar o processo das doenças e, na terciária, a finalidade é diminuir as incapacidades e sequelas físicas ocasionadas pelo transcorrer das doenças. Entretanto, a grande maioria da população entende como atividade do fisioterapeuta apenas as que envolvem reabilitação, e, muitas vezes, somente por intermédio de um encaminhamento médico. Dessa forma, como ter acesso à Fisioterapia? Primeiramente, o paciente pode buscar atendimento por livre demanda, diretamente com o fisioterapeuta ou em uma clínica de Fisioterapia. Todavia, como são os caminhos por meio do sistema público? A porta de entrada se dá pela atenção básica, ou seja, o usuário deve procurar um posto de saúde e/ou estratégia de

saúde da família do seu município, e o médico da unidade irá encaminhar o paciente para um centro especializado de reabilitação que ofereça os serviços de Fisioterapia. Caso exista uma equipe do núcleo de apoio à saúde da família ou um fisioterapeuta compondo a estratégia de saúde da família, os cuidados fisioterapêuticos serão realizados sob a ótica da prática

Oficinas como forma de promoção de saúde integral que perpassa a educação em saúde, o acolhimento, o atendimento individual ou o atendimento em grupo e a realização de visitas domiciliares. O núcleo de apoio à saúde da família foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008, com o objetivo de apoiar a


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A fisioterapia atua em tres áreas de atenção à saúde

universitárias, contudo a população deve estar ciente de que esta não é uma atividade de saúde do município e sim, uma complementação no processo ensino-aprendizagem por meio da prática clínica supervisionada por docentes, fornecendo à população da região ações que envolvem a prevenção e a reabilitação de lesões, bem como a promoção da saúde de maneira complementar e acadêmica. Já no nível terciário, que compreende os hospitais, a Fisioterapia é bem reconhecida e difundida, uma vez que o profissional se faz presente em vários segmentos do tratamento hospitalar, como, por exemplo, no suporte ventilatório e na Vale ressaltar “ ´ assistência pré e pós-cirúrgicas, que o laudo medico ´ com o intuito de evitar complinao e a mesma coisa cações respiratórias e motoras. ´ que o diagnostico Alguns hospitais oferecem ´´ fisioterapeutico, ou seja, os serviços de fisioterapeu´ nao existe receituario tas em ambulatório, com datas ´ medico a ser seguido pelo agendadas e sessões espaçadas. Nesse caso, é de jurisdição do Fisioterapeuta.” hospital referenciar o usuário ao nível primário se fizer necessário. Muitos dos pacientes ambuquantidade de sessões e conlatoriais atendidos nos hospitais dutas. Estas determinações são são provenientes do próprio somente competência do fisiolocal, oferecendo a continuidade terapeuta após realizar avaliação de tratamento pós-internação. no paciente. Ainda compete ao Em suma, a Fisioterapia fisioterapeuta no transcorrer do pode ser contemplada em todos tratamento encaminhar o relato os níveis na saúde coletiva pelo da sua evolução à atenção básica. usuário. Compete ao fisioteraCaso o município não ofepeuta empoderar a população reça a prestação da Fisioterapia da sua importância, informando nos níveis primários e secundáos usuários, afinal sem informarios, cabe ao gestor municipal ção, não há acesso. Deve também pactuar os serviços com centros trabalhar com enfoque em ações de reabilitação de referência em efetivas para que a profissão se cidades vizinhas, ou com clínicas torne reconhecida pela populaparticulares, realizando convêção no campo da saúde pública. nios por meio do sistema único de saúde (saúde suplementar). A esfera municipal pode contar com o auxílio de clínicas consolidação da atenção básica, ampliar as ofertas de saúde na rede de serviços e buscar maior abrangência nas ações neste nível. Quando não há o fisioterapeuta incluído, a atenção básica deverá referenciar o usuário ao nível secundário. O paciente receberá uma guia (referência) em que consta o laudo médico. Vale ressaltar que o laudo médico não é a mesma coisa que o diagnóstico fisioterapêutico, ou seja, não existe receituário médico a ser seguido pelo fisioterapeuta. Nesse caso não deve constar

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Jade Abud

As clínicas escola oferecem atendimento auxiliar

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Compete ao fisioterapeuta empoderar as pessoas

Profa. Dra.Wendry Maria Paixão Pereira é formada em Fisioterapia pela Universiadde de Taubaté. Fez seu Mestrado em Ciências e Doutorado em Saúde Pública ambos na Faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo. Atualmente é Docente da Universidade de Taubaté e Fundação Universitária Vida Cristã.


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ENTREVISTA CONHECA UM POUCO MAIS O FISIOTERAPEUTA E ´ PROFESSOR RENATO JOSE SOARES.

Em tempos de notícias rápidas e curtas sugerimos que você reserve um tempinho a mais para ler e assistir à entrevista do fisioterapeuta e Prof. Dr. Renato José Soares, que é docente na UNITAU desde 1998, peça fundamental, junto aos demais docentes e funcionários técnico-administrativos, na construção da história do Departamento de Fisioterapia. Finalizou a graduação em Fisioterapia em 1996, na Universidade Metodista de Piracicaba. Após, realizou duas especializações e o Mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Doutorado foi feito na Universidade de São Paulo (USP). Mesmo atuando há quase 20 anos na Universidade como professor, ele nunca deixou a parte clínica de lado, atendendo sempre seus pacientes de forma rotineira. A vontade de cursar Fisioterapia surgiu após sua formação no Ensino Médio, motivado pelo interesse no movimento do corpo humano. Assim como muitos, conhecia a Fisioterapia vinculada ao esporte e esse era seu objetivo inicial enquanto profissional. Mas esta visão mudou durante a graduação, ao compreender a importância da Fisioterapia e sua atuação em diversas áreas. Atualmente o assunto que mais o desafia é a dor

Leonardo Oliveira

crônica. Desse desafio, nasceu um projeto de extensão que busca atingir grande parcela da população por meio de canais de comunicação, com o objetivo de tratar problemas de saúde pública como a dor lombar crônica. Fizemos ao docente algumas perguntas relacionadas a sua trajetória. Confira a entrevista no link ao lado.


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REFLEXÃO

Tupi or not tupi, Is that also the question para fisioterapeutas brasileiros? Por:Edmur Paranhos

Nos últimos anos tenho feito uma reflexão sobre quem sou eu. Um mestiço, com influências genéticas e culturais de povos muito distintos, entre ameríndios, africanos, portugueses, espanhóis. Expropriados, desterrados, aculturados, renegados, exilados. Obrigados a respeitarem o tempo e a evitarem a própria extinção. Um choque pluriétnico. Multiculturalismo em todas as dimensões. Uma profusão de encontros, intensos na violência e no amor. Sou um brasileiro típico. Uma colcha de retalhos. Um mosaico sem forma definida de influências diversas, hierarquizadas com a efemeridade própria do anarquismo. E sou um fisioterapeuta que se deu conta disso: de que é um fisioterapeuta brasileiro. O que significa isso? Significa que aceitamos! Deglutimos todas as vanguardas, como bem definiu o poeta Oswald de Andrade na sua proposta do que significa ser brasileiro. Sim! É, mais do que necessário; é urgente convocar o poeta para uma reflexão sobre ser fisioterapeuta no Brasil. Conhecido por sua genialidade, o poeta é lembrado, neste contexto, por seu Manifesto Antropofágico, em que ele destaca a deglutição historicamente possível do bispo Sardinha pelos caetés (ou tupinambás) como uma construção genuinamente

brasileira; na ideia de que a estética dos modernismos daqui nasce da deglutição das vanguardas europeias. A arte genuinamente brasileira é antropofágica. E veja a profusão, confusão e difusão na Fisioterapia da terra brasilis! O que as diferentes gerações de fisioterapeutas brasileiros têm desenvolvido de prática nos âmbitos da clínica, do ensino, e da pesquisa durante todos estes anos é o que caracteriza a Fisioterapia brasileira. Toda variedade de ideias sobre como interferir

“E SOU UM FISIOTERAPEUTA QUE SE DEU CONTA ´ DISSO: DE QUE E UM FISIOTERAPEUTA BRASILEIRO. O QUE SIGNIFICA ISSO? SIGNIFICA QUE ACEITAMOS!” no movimento com o objetivo de cuidar, consubstanciadas em técnicas, conceitos, propostas ou filosofias. Cada uma com seu grupo de adeptos, muitos se mantendo abertos e se nutrindo de várias ideias, outros preferindo dominar uma forma específica. O poeta Michel Melamed em Regurgitofagia atualiza o problema oswaldiano perguntando: “E hoje? Continuamos a ‘deglutir vanguardas’ ou tem-nos

sido empurrada goela abaixo toda a sorte de informações? Conceitos? Produtos? Em suma, o que fazer com a possibilidade de assimilação, o estado de aceleração, a síndrome do excesso de informação (dataholics), os milhões de estímulos visuais, auditivos, diários, que crescem em ritmo diametralmente oposto à reflexão? Regurgitofagia: ‘vomitar’ os excessos a fim de avaliarmos o que de fato queremos redeglutir. A ‘descoisificação’ do Homem através da consciência crítica, a ‘ignorância programada’”. O que está em risco? Todo um legado histórico-técnico da Fisioterapia brasileira, que, inquestionavelmente, garantiu que nossa profissão produzisse o património ético, técnico e acadêmico. Chovam críticas: elas balizarão! De uma ou outra forma a primeira questão se recoloca: quem somos nós neste emaranhado de técnicas, conceitos, filosofias? Como aceitar para transformar nossa linda e fundamental categoria? Como podemos nos reunir? Parafraseando Oswald de Andrade, “só a Antropofagia nos une. Socialmente.Economicamente. Filosoficamente”. Fisioterapeuticamente. Edmur Paranhos e um raro fisioterapeuta carioca herdeiro da ancestralidade taubateana.

Prof. Me. Edmur Paranhos é formado em Fisioterapia pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação. Fez seu mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid.

EXPEDIENTE Reitor Prof. Dr. José Rui Camargo

Projeto Editorial e Edição Mayra Salles

Revisão de Língua Portuguesa Prof.Me. Luzimar Goulart Gouvêa

Diretora do Departamento de Fisioterapia

Projeto Gráfico e Diagramação

Planejamento Karina Dias

Prof. Dra. Máyra Cecília Dellu

Thays Oliveira Matos

Colaboração TV UNITAU


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