eBook - Fisioterapia

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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS (2013)

Curso: Fisioterapia

Organizador(es): Profa. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos


SUMÁRIO QUESTÃO Nº 09 Autor(a): Prof. Esp. Dalley César Alves QUESTÃO Nº 10 Autor(a): Prof. Esp. Sérgio Corréia de Godoi QUESTÃO Nº 11 Autor(a): Prof. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos QUESTÃO Nº 12 Autor(a): Prof. Esp. Cláudio Lísias Monteiro da Cruz QUESTÃO Nº 13 Autor(a): Prof. Ms. Adroaldo José Casa Júnior QUESTÃO Nº 14 Autor(a): Profa. Esp. Zíngarah Májory Tôrres de Arruda QUESTÃO Nº 15 Autor(a): Profa. Dra. Krislainy de Sousa Corrêa QUESTÃO Nº 16 Autor(a): Profa. Dra. Fabiana Pavan QUESTÃO Nº 17 Autor(a): Prof. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos QUESTÃO Nº 18 Autor(a): Prof. Ms .Adriana Márcia Monteiro Fantinati QUESTÃO Nº 19 Autor(a): Prof. Ms. Adroaldo José Casa Júnior QUESTÃO Nº 20 Autor(a): Profa. Esp. Silvia Maria Costa Pinto QUESTÃO Nº 21 Autor(a): Profa. Esp. Silvia Maria Costa Pinto QUESTÃO Nº 22 Autor(a): Profa. Esp. Victor Hugo de Sousa Utida QUESTÃO Nº 23 Autor(a): Profa. Esp. Francine Aguilera Rodrigues da Silva QUESTÃO Nº 24 Autor(a): Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa QUESTÃO Nº 25 Autor(a): Prof. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos QUESTÃO Nº 26


Autor(a): Profa. Esp. Francine Aguilera Rodrigues da Silva QUESTÃO Nº 27 Autor(a): Profa. Dra. Maysa Ferreira Martins Ribeiro QUESTÃO Nº 28 Autor(a): Profa. Dra. Cejane Oliveira Martins Prudente QUESTÃO Nº 29 Autor(a): Prof. Ms. Leonardo Lopes do Nascimento QUESTÃO Nº 30 Autor(a): Prof. Ms. Eriksson Custódio Alcântara QUESTÃO Nº 31 Autor(a): Prof. Ms. Eriksson Custódio Alcântara QUESTÃO Nº 32 Autor(a): Profa. Dra. Krislainy de Sousa Corrêa QUESTÃO Nº 33 Autor(a): Prof. Esp. Victor Hugo de Sousa Utida QUESTÃO Nº 34 Autor(a): Profa. Ms. Valéria Rodrigues Costa Oliveira QUESTÃO Nº 35 Autor(a): Profa. Ms. Valéria Rodrigues Costa Oliveira

QUESTÃO Nº 09 Uma paciente de 23 anos de idade, atleta amadora de vôlei de areia, sofreu subluxação do ombro em um dos jogos. Após ter recebido os cuidados imediatos da equipe médica do clube em que jogava, foi encaminhada ao setor de fisioterapia. Na avaliação cinético-funcional do ombro foi confirmada instabilidade glenoumeral moderada, em razão da qual o fisioterapeuta propôs terapia aquática como parte do processo de reabilitação. Considerando essa situação, avalie as seguintes afirmações.


I. II.

III. IV.

O principal objetivo da intervenção aquática é o ganho imediato de amplitude de movimento da articulação glenoumeral e de força muscular. O objetivo da terapia aquática, como parte do processo de reabilitação, é facilitar a mobilização da glenoumeral, evitar aderência da cápsula articular e manter a amplitude de movimento. A flutuação do membro superior, na reabilitação aquática, pode auxiliar os músculos deltoide e supraespinhoso durante a abdução da cabeça umeral. A indicação de exercícios resistidos realizados na água depende das restrições do tecido em cura, bem como da fase da recuperação da lesão. É correto o que se afirma em: A I, apenas. B I e II, apenas. C III e IV, apenas. D II, III e IV, apenas. E I, II, III e IV.

Gabarito: D

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Hidroterapia, Ortopedia e traumatologia, Cinesiologia e Cinesioterapia

Autor(a): Prof. Esp. Dalley César Alves

Comentário: A questão aborda a subluxação glenoumeral, sendo necessário um bom conhecimento da articulação , movimentos realizados pela mesma nos 3 eixos e planos de movimento, bem como ação muscular principalmente na abdução do ombro. Exige-se também conhecimentos de ortopedia e traumatologia para o entendimento da reabilitação da subluxação de ombro. Por fim o foco principal da questão é a hidroterapia e seus benefícios, associados a objetivos e condutas realizados no meio líquido, sendo abordados principalmente os efeitos da água (flutuação e viscosidade). JAKAITIS, Fabio. Reabilitação e Terapia Aquática. São Paulo: Roca, 2007. KOURY, Joanne M. Programa de Fisioterapia Aquática. Manole. São Paulo, 2000.

QUESTÃO Nº 10 O ultrassom terapêutico tem ação estimulante sobre o reparo tecidual quando usado de forma não térmica. Qual mecanismo abaixo representa adequadamente essa ação? A Fuga de líquidos abaixo do cabeçote, estimulando a redução de edema via endosmose. B Aumento da permeabilidade da membrana aos íons de cálcio, para agir como segundo mensageiro. C Diminuição do fluxo sanguíneo arterial, para reduzir a concentração de oxigênio nas


fases iniciais do reparo. D Aumento da extensibilidade do colágeno, principalmente o de tipo II, favorecendo o remodelamento tecidual. E Absorção da energia mecânica pelo citocromo C oxidase, produzindo aumento de ATP e favorecendo o reparo.

Gabarito: B

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Eletrotermofototerapia

Autor(a): Prof. Esp. Sérgio Corréia de Godoi

Comentário: Inicialmente cabe ressaltar que o ultrassom é um recurso que utiliza a energia ultrassônica para produção de vibrações mecânicas no organismo. Essas vibrações são capazes de produzir efeitos terapêuticos nos tecidos decorrentes do movimento de agitação (efeitos mecânicos) ou do calor gerado (efeitos térmicos). Analisando as alternativas temos na alternativa A, a citação do processo de endosmose, que nada mais é que um tipo de osmose em que o fluxo de líquido tende a deslocar do exterior para o interior, isto resultante das forças de capilaridade, o que parece claro, porém confuso quando citado “fuga de líquidos abaixo do cabeçote”, onde não fica obscura a interpretação visto que não há referência se é na interface ou na superfície abaixo do cabeçote. Na alternativa B fica bem explanada uma das finalidades de uso do ultrassom, sabem-se que as indicações estão centradas no reparo dos diversos tecidos do sistema musculoesquelético, como fraturas ósseas, lesões ligamentares, tendinosas, nervosas e, sobretudo musculares (tecidos moles). Diversos estudos demonstram que o ultrassom pode provocar angiogênese, regeneração tissular, reparação dos tecidos moles, aumento na circulação sanguínea, liberação de macrófagos e da síntese de proteína assim como a ativação do ciclo de cálcio, consequentemente aumentando a mobilidade articular e a extensibilidade em tecidos ricos em colágeno, além de reduzir os espasmos musculares e aliviar a dor. Assim o efeito mecânico deve certamente afetar diretamente a frequência de estímulo ao cálcio. Na alternativa C cita a redução do oxigênio o que não deve acontecer, pois com a aplicação do ultrassom terapêutico certamente haveria mecanismos contrários que tendenciosamente aumentariam o teor de oxigenação e não diminuição como citado, isto independente da modalidade terapêutica. Entende-se que para que ocorra o reparo tecidual deve-se ter o aumento do ato circulatório o que traria para o local o ambiente correto para a ação estimulante. Na alternativa D é citado o colágeno do tipo 2, porém não há evidenciação na maioria dos estudos frente a este tipo exclusivo de colágeno. Na alternativa E onde é citado que a energia mecânica aumenta a ação do citocromo c-oxidase, enzima terminal da cadeia respiratória, há necessidade de lembrar que a mesma é um fotorreceptor de luz. A absorção da luz por essa enzima pode acelerar o transporte de elétrons na cadeia respiratória e conduzir a um aumento de potencial elétrico transmembrana da mitocôndria, ativando a síntese de ATP e consequentemente o metabolismo celular, o que ocorreria na presença da aplicação de laserterapia.


Portanto analisando as questões chega-se a conclusão que a alternativa B é a correta. Referências: ITAKURA, Daniela Akemi; MAGAS, Viviane; NEVES, Eduardo Borba and NOHAMA, Percy. Alteração da temperatura nos tecidos biológicos com a aplicação do ultrassom terapêutico: uma revisão. Fisioter. mov. 2012, vol.25, n.4 Mendonça AC, Ferreira AS, Barbieri CH, Thomazine JA, Mazzer N. Efeitos do ultrasom pulsado de baixa intensidade sobre a cicatrização por segunda intensão de lesão cutâneas totais em ratos. Acta Ortop Bras. 2006;14(3):152-7. Olsson DC, Martins VMV, Pippi NL, Mazzanti A, Tognoli GK. Ultra-som terapêutico na cicatrização tecidual. Ciênc Rural. 2008;38(4):1199-1207. Matheus JPC, Oliveira FB, Gomide LB, Milani JGPO, Volpon JB, Shimano AC. Efeitos do ultra-som terapêutico nas propriedades mecânicas do músculo esquelético após contusão. Rev Bras Fisioter. 2008;12(3):241-7. Parizzoto N.A, Vidal BC. The effect of therapeutic ultrasound on repair of the achilles tendon (tendon calcaneus) of the rat. Ultrasound Med Biol. 2001; QUESTÃO Nº 11 Sabe-se que a melhora do desempenho motor na infância e na adolescência está fortemente associada aos processos de crescimento e maturação, assim como depende de aspectos do crescimento físico e das idades cronológica e biológica. Os indivíduos em estágios maturacionais mais avançados apresentam massa corporal e estatura significativamente superiores em comparação com os que estão em estágios mais tardios. Por isso, equipes e clubes que trabalham com atletas profissionais têm submetido muitas crianças e muitos adolescentes, cada vez mais precocemente, a exercícios intensos e duradouros, pois acreditam que, com isso, haverá maior probabilidade de encontrarem novos talentos. Considerando essas informações, avalie as afirmações a seguir. I. O treinamento para uma modalidade esportiva específica pode favorecer um desequilíbrio funcional pré-existente, prejudicando o desempenho e ocasionando lesões musculares. II. Programas de fortalecimento e reeducação muscular para crianças podem promover melhora no desempenho na maioria das modalidades esportivas, por favorecer a dinâmica e a precisão dos movimentos. III. Treinamentos esportivos que exigem chutes, saltos e corridas podem ocasionar o desenvolvimento da doença de OsgoodSchlatter. IV. Considerando-se que indivíduos jovens apresentam maior plasticidade muscular, os efeitos deletérios do treinamento intenso de força são anulados pela realização de exercícios de alongamento. É correto apenas o que se afirma em: A I e II. B I e III. C II e IV. D I, III e IV. E II, III e IV.

Gabarito: B


Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Desportiva

Autor(a): Profa. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos

Comentário: Análise simples de treinamento e disfunções da esportiva. Referências: O SULLIVAN, S.B.;SCHIMITZ,T.J.Fisioterapia, Avaliação e Tratamento, 5 ed., São Paulo,Manole, 2007 http://dab.saude.gov.br/portaldab/residencia_multiprofissional.php MAGEE, D.J. Avaliação Musculoesquelética, 5 ed., São Paulo, Manole

QUESTÃO Nº 12 Uma equipe de fisioterapeutas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) promoveu uma ação de saúde postural em uma escola. Após intervenção educativa, foi realizada a pesagem dos alunos e dos seus respectivos materiais escolares. Com relação à maioria das crianças, observou-se o seguinte quadro: 1) peso da mochila superior a 10% do seu peso corporal; 2) relatos de dores na coluna vertebral; e 3) transporte da mochila escolar preferencialmente no lado dominante. Nessa situação, avalie as informações a seguir que descrevem condutas corretas de atenção primária do fisioterapeuta. I. Promover sessões individuais de alongamento e fortalecimento da cadeia muscular posterior com os alunos que relataram dores na coluna vertebral. II. Utilizar o TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea) no grupo de alunos que relataram dores na coluna vertebral. III. Orientar e conscientizar os pais e professores acerca dos prejuízos decorrentes do excesso de peso nas mochilas escolares. IV. Promover cinesioterapia em grupo com os alunos da escola a fim de desenvolverem consciência corporal. V. Realizar oficinas de educação postural com os alunos e os professores da escola sobre a importância de hábitos posturais adequados no dia a dia. É correto apenas o que se afirma em: A II. B I e II. C I e IV. D III e V. E III, IV e V.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Ergonomia e Terapias Manuais


Autor(a): Prof. Esp. Cláudio Lísias Monteiro da Cruz

Comentário: A Osteopatia, uma das subáreas da Fisioterapia, relaciona as alterações de forma corporal humana com disfunções. Essas perdas funcionais podem não se fazer presentes de imediato, como consequência das deformidades do corpo humano, porem se manifestam em alguma fase da vida, sendo que o melhor a se fazer é evitar suas instalações. Uma vez fixadas as deformidades, o trabalho de reeducação e reabilitação precisa ser feito, para que alterações secundárias, mais incapacitantes ainda não venham a ocorrer. Isso demanda gastos por parte do governo, da sociedade e da família, além de significar perdas em todos os aspectos . A Fisioterapia preventiva vem se mostrando cada vez mais efetiva, eficaz e eficiente, principalmente quando se detectam problemas de alteração cinesiofuncional e a intervenção pode ser precoce. A importância da participação do Fisioterapeuta nos NASFs se justifica por sua visão da biomecânica, seu trabalho de detecção e sua intervenção sobre circunstâncias que podem levar a agravos na saúde da população em geral. Referências: O SULLIVAN, S.B.;SCHIMITZ,T.J.Fisioterapia, Avaliação e Tratamento, 5 ed., São Paulo,Manole, 2007 http://dab.saude.gov.br/portaldab/residencia_multiprofissional.php MAGEE, D.J. Avaliação Musculoesquelética, 5 ed., São Paulo, Manole

QUESTÃO Nº 13 A imagem abaixo é uma vista ântero-posterior (AP).


A análise da imagem revela que as alterações que podem ser identificadas A) no joelho esquerdo do paciente são a diminuição do espaço articular, a formação de osteófitos e a esclerose óssea subcondral, as quais compreendem a tríade radiográfica do diagnóstico de osteoartrose. B) no joelho direito do paciente são a diminuição do espaço articular, a formação de osteófitos e a esclerose óssea subcondral, as quais compreendem a tríade radiográfica do diagnóstico de osteoartrose. C) no joelho direito do paciente são o aumento do espaço articular, a formação de osteófitos e a perda de massa óssea subcondral, as quais compreendem a tríade radiográfica do diagnóstico de osteoporose. D) no joelho esquerdo do paciente são o aumento do espaço articular, a formação de osteófitos e a perda de massa óssea subcondral, as quais compreendem a tríade radiográfica do diagnóstico de osteoporose. E) em ambos os joelhos do paciente são a diminuição do espaço articular, a formação de osteófitos, a esclerose óssea subcondral e a deformidade em varo, as quais compreendem os sinais radiográficos do diagnóstico de osteoartrose. Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Reumatologia

Autor(a): Prof. Ms. Adroaldo José Casa Junior


Comentário: Por tratar-se de uma vista ântero-posterior, o joelho direito é apresentado à esquerda na radiografia, sendo possível evidenciar redução do espaço articular, esclerose óssea e osteofitose, sobretudo junto à articulação femorotibial medial. Tais alterações radiográficas são características na osteoartrose, correspondendo a achados que compreendem o diagnóstico dessa doença reumática. Na maioria dos casos, a radiografia é suficiente para a confirmação do diagnóstico, embora não possa oferecer dados precisos sobre a gravidade do processo.

Referências: Chiarello, B., Driusso, P., Radl, L.M. Fisioterapia Reumatológica. São Paulo: Manole, 2005. Moreira, C; Carvalho, M.A.P. Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. 2 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001. QUESTÃO Nº 14 Um paciente de 42 anos de idade, sedentário, autônomo, trabalha cerca de 8 horas por dia sentado em frente ao computador, sem qualquer tipo de adaptação ergonômica de mobiliário e (ou) equipamentos. Relata que há 5 meses sente fortes dores na região lombar, as quais pioram gradativamente ao longo do dia. O quadro de dor relatado é localizado, sem a presença de irradiação. A análise do exame radiológico da região lombar não evidencia qualquer tipo de alteração. A história pregressa não evidencia trauma ou atividade de sobrecarga que possa ter relação com o quadro atual. Com base no caso apresentado, avalie as afirmações abaixo. I. A falta de adaptação ergonômica pode ser a causa do quadro álgico apresentado pelo paciente; por esse motivo, a intervenção deve envolver avaliação e posterior adaptação do seu posto e ambiente de trabalho. II. O tratamento deverá se basear no trabalho de analgesia e diminuição do processo inflamatório, por meio de abordagens que proporcionem aumento do espaço articular entre vértebras lombares e ganho de flexibilidade muscular, com o objetivo de diminuir o quadro de compressão. III. Após a diminuição da dor, o tratamento deverá visar ao reequilíbrio muscular da região afetada, focando especialmente o alongamento dos músculos possivelmente encurtados e o fortalecimento dos músculos estabilizadores segmentares. IV. Considerando que a grande maioria das dores lombares está relacionada à insuficiência dos músculos estabilizadores lombares, a principal abordagem de tratamento a médio e longo prazos deve se basear no fortalecimento dos músculos profundos, especialmente os multífidos e o transverso do abdome.

É correto o que se afirma em A) I, II e III, apenas. B) I, II e IV, apenas. C) I, III e IV, apenas. D) II, III e IV, apenas. E) I, II, III e IV.


Gabarito: letra C

Tipo de questão: dificuldade média

Conteúdo avaliado: Saúde do Trabalhador, Ergonomia, Doença Ocupacional.

Autor(a): Profa. Esp. Zíngarah Májory Tôrres de Arruda

Comentário: Observa-se de acordo com o caso relatado que existem fatores causais de queixas dolorosas lombares, tais como: sedentarismo, autônomo, manutenção de postura estática por período prolongado, problemas ergonômicos referentes ao mobiliário. Em virtude dessa análise julgam-se as alternativas da seguinte maneira:

I - A falta de adaptação ergonômica pode ser a causa do quadro álgico apresentado pelo paciente; por esse motivo, a intervenção deve envolver avaliação e posterior adaptação do seu posto e ambiente de trabalho. CORRETA, porque as inadequações ergonômicas podem estar gerando as queixas dolorosas. Dessa maneira, para que se comprove essa afirmação, devese realizar a avaliação ergonômica do posto de trabalho, de maneira a observar o nexo de causalidade entre a queixa de dor lombar e os problemas ergonômicos. Posteriormente a tal avaliação, deve-se aplicar as recomendações e sugestões de melhorias pertinentes ao ambiente de trabalho.

II - O tratamento deverá se basear no trabalho de analgesia e diminuição do processo inflamatório, por meio de abordagens que proporcionem aumento do espaço articular entre vértebras lombares e ganho de flexibilidade muscular, com o objetivo de diminuir o quadro de compressão. ERRADA, pois o tratamento deverá visar o reequilíbrio muscular da região afetada, focando especialmente o alongamento dos músculos possivelmente encurtados e o fortalecimento dos músculos estabilizadores segmentares, logo após a diminuição das queixas dolorosas. Tal conduta implicará no condicionamento da musculatura, a qual está sendo fadigada devido à manutenção da postura sentada por período prolongado. III. Após a diminuição da dor, o tratamento deverá visar ao reequilíbrio muscular da região afetada, focando especialmente o alongamento dos músculos possivelmente encurtados e o fortalecimento dos músculos estabilizadores segmentares. CORRETA, porque o tratamento deve visar num primeiro momento à eliminação da dor, para logo após ser realizado o reequilíbrio da musculatura da região afetada, focando especialmente o alongamento dos músculos possivelmente encurtados e o fortalecimento dos músculos estabilizadores segmentares. E, dessa maneira, ocorrer o condicionamento da musculatura


para que o trabalhador consiga permanecer sentado e sem dor durante o dia de trabalho. IV. Considerando que a grande maioria das dores lombares está relacionada à insuficiência dos músculos estabilizadores lombares, a principal abordagem de tratamento a médio e longo prazos deve se basear no fortalecimento dos músculos profundos, especialmente os multífidos e o transverso do abdome. CORRETA, pois vários estudos demonstram que os músculos que possuem maior função estabilizadora da região lombar são os multífidos, transverso abdominal e oblíquo interno. Existem evidências que comprovam que a musculatura profunda do abdômen, especialmente o transverso abdominal e multífido, é afetada na presença de dor lombar e instabilidade segmentar. Assim, tal musculatura deverá ser fortalecida de forma a ocorrer a diminuição ou eliminação da dor lombar.

Referências: BAÚ, L. M. Fisioterapia do trabalho – Ergonomia – Legislação – Reabilitação. Curitiba: CLADOSILVA, 2002. COUTO, H.A. Ergonomia aplicada ao trabalho em 18 lições. Belo Horizonte: Ergo, 2002. GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 1ªed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. MENDES, René. Patologia do Trabalho, Rio de Janeiro: Ed. Atheneu, 1999. NASCIMENTO, Nivalda Marques do; MORAES, Roberta de Azevedo Sanches. Fisioterapia nas Empresas. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2000. ZILLI, C.M. Manual de Cinesioterapia/Ginástica Laboral – interdisciplinar com ação multidisciplinar. Curitiba: Lovise, 2002.

uma

tarefa

QUESTÃO Nº 15 Um paciente de 40 anos de idade, asmático, trabalha há 15 anos como operador de caldeira em uma estamparia. Há seis meses, ele participa das sessões de cinesioterapia laboral que o fisioterapeuta da empresa realiza com os demais funcionários. Durante uma sessão de fisioterapia em que são realizados exercícios de alongamento e orientações gerais, ele apresentou forte episódio de crise asmática. Nesse momento, do ponto de vista da conduta profissional e do Código de Ética e Deontologia da profissão de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o fisioterapeuta deveria, em relação a esse paciente, A - continuar o atendimento, acrescentando exercícios respiratórios à sua conduta e, após a sessão, providenciar o encaminhamento do paciente a um pronto-socorro médico. B - continuar o atendimento de rotina na empresa e acrescentar exercícios


respiratórios individualizados, orientando-o quanto às técnicas de reexpansão pulmonar e desobstrução brônquica. C - suspender a sessão de exercícios imediatamente e prescrever um broncodilatador para que ele realize nebulização, e, em seguida, orientá-lo quanto aos agentes desencadeadores da crise de asma. D - manter os exercícios e prescrever um broncodilatador para que o paciente realize nebulização no ambulatório da empresa antes de continuar a sessão de fisioterapia, além de orientá-lo a realizar limpeza em sua residência e no local de trabalho. E - suspender a sessão de exercícios e solicitar o medicamento broncodilatador prescrito pelo médico do paciente, para proceder à nebulização imediatamente, e reforçar as orientações quanto aos agentes desencadeadores da crise asmática.

Gabarito: E

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Ética profissional/ Fisioterapia Cardiorrespiratória

Autor(a): Profa. Dra. Krislainy de Sousa Corrêa

Comentário: Considerando o Código de Ética da Profissão da Fisioterapia que define em seu artigo 14, que o fisioterapeuta deve respeitar a vida humana, jamais cooperar em ato que voluntariamente se atente contra ela ou que coloque em risco a integridade física, psíquica, moral, cultural e social do ser humano (parágrafo I). E que a prioridade no atendimento obedeça a razões de urgência (parágrafo II). Entende-se que nesse caso o fisioterapeuta precisa tomar uma providência imediata, como suspender a sessão de exercícios, que pode inclusive piorar a sensação de dispneia do paciente e com isso contribuir para aumentar o risco contra sua integridade física. Além disso, para garantir melhora imediata do desconforto respiratório, deve solicitar o medicamento broncodilatador prescrito pelo médico do paciente para proceder à nebulização imediatamente, uma vez que a prescrição de medicamentos não é uma competência do fisioterapeuta. Segundo as IV Diretrizes de Manejo da Asma (2006), todos os pacientes com asma e seus familiares devem receber orientações sobre sua doença e noções de como eliminar ou controlar fatores desencadeantes, especialmente os domiciliares e ocupacionais, portanto, é dever do fisioterapeuta esclarecer sobre esses fatores passíveis de serem modificados e contribuir para o controle da asma.

Referências: Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia: http://crefito11.org.br/novo-codigode…a-fisioterapia/ IV Diretizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 32, supl. 7, p. S447-S474, Nov. 2006 .

QUESTÃO Nº 16


O objeto de estudo da Fisioterapia é o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, e o objetivo de trabalho fisioterapêutico é preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgãos, sistemas ou funções. Para isso, desenvolvem-se ações em diferentes níveis de atenção à saúde, considerandose os princípios éticos e bioéticos envolvidos no tratamento do indivíduo e da coletividade.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Saúde Pública

Autor(a): Profa. Dra. Fabiana Pavan

Comentário: A Resolução do COFFITO nº 80/75 foi uma das decisões mais

importantes para atuação do fisioterapeuta. Pois ela ampliou as atribuições do fisioterapeuta, adequando a Fisioterapia ao novo momento do cenário sanitário brasileiro. De acordo com as considerações da Resolução nº 80: “A fisioterapia é uma ciência aplicada, tendo como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas suas alterações patológicas ou nas suas repercussões psíquicas e orgânicas, com objetivos de preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função”. Sendo assim, a atuação do fisioterapeuta deve ir além da atividade de reabilitação, deverá desenvolver ações de promoção e proteção da saúde, de prevenção de doenças e de assistência. Assim como, adotar medidas para uma prática integral da saúde que promova a melhoria da qualidade de vida da população. Outra importante mudança ocorrida foi inclusão do movimento, como o objeto da fisioterapia, considerando sujeito em sua dimensão social e não apenas por suas características biológicas.

Referências: REZENDE, M.; MOREIRA, M.R.; AMÂNCIO FILHO, A.; LOBATO,

M.F.T. A equipe multiprofissional da Saúde da Família: uma reflexão sobre o papel do fisioterapeuta. Ciênc. saúde coletiva, v.14, supl.1, 2009.

QUESTÃO Nº 17 A tabela a seguir apresenta o número de internações anuais devido a quedas,


segundo o sexo, na região Nordeste do Brasil, na faixa etária de 60 anos em diante, no período de 2007-2010. Sexo 2007 2008 2009 2010 Total TOTAL 10 466 9 761 11 253 13 111 44 591 Masculino 4 118 3 824 4 390 5 093 17 425 Feminino 6 348 5 937 6 863 8 018 27 166 Fonte: Ministério da Saúde/SE/Datasus - Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS. IBGE: base demográfica. Com base nos dados apresentados e na proposta da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), que visa à independência e autonomia dos idosos, pelo maior tempo possível, avalie as afirmações a seguir sobre a prevenção e a manutenção da sua saúde funcional. I. É importante desenvolver estratégias de prevenção de quedas, especialmente para o sexo feminino, por ser o grupo de maior vulnerabilidade. II. Devem-se adotar medidas para evitar as quedas que afetam o sexo feminino, uma vez que as mulheres tendem a cair mais do que os homens nessa faixa etária. III. É preciso que a prevenção de quedas abranja ambos os sexos, tendo em vista o envelhecimento da população brasileira e os indicadores para o período analisado. IV. Impõe-se a necessidade de proteger idosos do sexo masculino, por ser o grupo de maior vulnerabilidade, como apontam os indicadores do período analisado. V. É fundamental que se evitem as quedas de idosos do sexo masculino, já que o índice de fraturas em homens é maior do que em mulheres. É correto apenas o que se afirma em: A I, II e III. B I, II e V. C I, IV e V. D II, III e IV. E III, IV e V.

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia na Saúde do Idoso

Autor(a): Profa. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos

Comentário: É uma questão que depende somente de uma análise da tabela para chegar à resposta correta.

Referências: O SULLIVAN, S.B.;SCHIMITZ,T.J.Fisioterapia, Avaliação e Tratamento, 5 ed., São Paulo,Manole, 2007


http://dab.saude.gov.br/portaldab/residencia_multiprofissional.php MAGEE, D.J. Avaliação Musculoesquelética, 5 ed., São Paulo, Manole

QUESTÃO Nº 18 Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são causas de incapacidade laboral temporária ou permanente. Os objetivos dos profissionais de saúde nos casos de DORT devem considerar o acolhimento humanizado e qualificado nos serviços assistenciais, além de uma atitude ativa frente às possibilidades de prevenção que cada caso requer. Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Brasil, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 25 jul. 2013 (adaptado).

Gabarito:D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Músculo-esquelética

Autor(a): Profa. Ms. Adriana Marcia Monteiro Fantinati

Comentário: O acolhimento humanizado e qualificado nos serviços assistenciais às LER/DORT não deve restringir os objetivos dos profissionais de saúde. Os casos diagnosticados devem ser encarados como potencialidades preventivas e de intervenções terapêuticas para minimizar o surgimento de casos novos.

Referências: Lesão por Esforços repetitivos (LER). Brasil,2006. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 24 de abril 2016.

QUESTÃO Nº 19 A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2004) prevê, entre suas diretrizes, a atenção integral à mulher climatérica. O Manual de Atenção à Mulher Climatérica (2008) reporta-se ao exercício físico como recurso indicado para a promoção da saúde feminina no climatério. O fisioterapeuta, ao atuar na atenção primária, pode contribuir para a promoção de atividades físicas e para a educação em saúde na modalidade coletiva. Considerando-se os efeitos do hipoestrogenismo na estrutura óssea de mulheres climatéricas, qual a forma correta de realização de exercícios físicos coletivos em nivel primário de atenção?


A) Em caso de osteoporose, recomendam-se exercícios ativos assistidos sem sobrecarga, pois os ossos frágeis podem ser facilmente fraturados. B) Em caso de osteopenia são recomendados exercícios físicos; em casos da osteoporose recomenda-se o repouso, em razão da significativa fragilidade óssea. C) Em caso de osteopenia e osteoporose diagnosticada recomenda-se evitar o gasto energético e priorizar exercícios aeróbicos como caminhada, natação e hidroginástica. D) Em caso de osteopenia são recomendados, inicialmente, exercícios sem impacto, devendo-se progredir, aos poucos, para aumento do peso com exercícios de impacto e hidroterapia. E) Em caso de osteopenia são recomendados exercícios com o uso de carga dinâmica para melhorar a resistência óssea, por promoverem mudanças nas estruturas ósseas das áreas diretamente sobrecarregadas.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Reumatologia

Autor(a): Prof. Ms. Adroaldo José Casa Junior

Comentário: A osteoporose é uma doença reumática caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e da suscetibilidade à fratura. Osteopenia é uma perda de massa óssea patológica e incipiente. Para que haja aumento da massa óssea é fundamental que pacientes com osteopenia/osteoporose realizem atividade física com impacto, afim de estimular o efeito piezoelétrico e, consequentemente, ativar os osteoblastos, potencializando a resistência e demais propriedades do osso.Na osteopenia estão indicadas atividades, como, caminhada, treinamento de força, aeróbicos de alto e moderado impacto e treinamento funcional.

Referências: Chiarello, B., Driusso, P., Radl, L.M. Fisioterapia Reumatológica. São Paulo: Manole, 2005. Moreira, C; Carvalho, M.A.P. Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. 2 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001. QUESTÃO Nº 20 Uma paciente de 68 anos de idade apresenta linfedema de membro superior direito, após mastectomia radical, e linfadenectomia axilar direita. Considerando a drenagem linfática terapêutica, avalie as seguintes afirmações.


I. A drenagem linfática tem aplicação terapêutica sobre a remoção de líquidos e proteínas dos espaços intersticiais, a qual só é possível através da membrana capilar linfática, que é mais permeável que a membrana capilar sanguínea. II. A drenagem linfática deve ser realizada em pacientes que desenvolvem linfedema do membro superior após remoção dos linfonodos axilares, a fim de evacuar vias linfáticas, com objetivo de receber um maior volume de líquido da região edemaciada. III. A captação, manobra realizada com o objetivo de estimular a reabsorção do líquido acumulado no interstício, deve ser realizada em sentido centrífugo, visto que o direcionamento do fluxo linfático ocorre após a liberação das vias linfáticas. IV. Na insuficiência do sistema linfático, a drenagem linfática pode ser realizada com uma pressão de moderada a forte, para que as proteínas dos espaços intersticiais sejam removidas pela drenagem venosa. V. Após a dissecção de um grupo de linfonodos, o sistema linfático pode compensar o fluxo linfático com a formação de anastomoses linfolinfáticas e linfovenosas, proporcionando uma alternativa para a drenagem linfática. É correto apenas o que se afirma em A I, II e III. B I, II e V. C I, III e IV. D II, IV e V. E III, IV e V.

Gabarito: B

Tipo de questão: Média dificuldade

Conteúdo avaliado: Fisioterapia na Saúde da Mulher (mastologia), Recursos Terapêuticos Manuais, Anatomia e Fisiologia Humanas

Autor(a): Profa. Esp. Silvia Maria Costa Pinto

Comentário: III. A captação, manobra realizada com o objetivo de estimular a reabsorção do líquido acumulado no interstício, deve ser realizada em sentido centrífugo, visto que o direcionamento do fluxo linfático ocorre após a liberação das vias linfáticas. Errada –


As manobras de drenagem linfática devem ser realizadas em sentido centrípeto. IV. Na insuficiência do sistema linfático, a drenagem linfática pode ser realizada com uma pressão de moderada a forte, para que as proteínas dos espaços intersticiais sejam removidas pela drenagem venosa. Errada – As manobras devem ser exercidas de forma leve e intermitente a fim de remover linfa e proteínas.

Referências: MARX, Ângela G. CAMARGO, Márcia C. Reabilitação Física no Câncer de Mama, São Paulo, Roca, 2000. GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 9 ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2003. QUESTÃO Nº 21 Uma paciente de 35 anos de idade, branca, com sobrepeso, em segunda gestação, com um parto anterior via vaginal, queixa-se de perda urinária quando tosse ou espirra, e, às vezes, apresenta vontade súbita de urinar, o que, frequentemente, culmina com perda urinária. Relata ainda sentir dor lombar que aumenta de intensidade ao final do dia. Considerando o caso clínico descrito, avalie as informações a seguir que constituem condutas adequadas referentes à queixa urinária da paciente. I. Fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP), com ênfase nas fibras do tipo I e II. II. Eletroestimulação transvaginal, alternando a frequência 10 Hz e 50 Hz durante as sessões de fisioterapia, e o fortalecimento dos MAP, com ênfase nas fibras do tipo I. III. Realização de exercícios de propriocepção e o fortalecimento dos MAP para fibras tipo I, com uso de cones vaginais. IV. Tratamento comportamental (diário miccional) e ações de educação em saúde postural e consciência corporal. É correto apenas o que se afirma em A I e III. B I e IV. C II e IV. D I, II e III. E II, III e IV.


Gabarito: B

Tipo de questão: difícil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia na Saúde da Mulher (uroginecologia), Eletroterapia, Anatomia e Fisiologia Humanas

Autor(a): Profa. Esp. Silvia Maria Costa Pinto

Comentário: II. Eletroestimulação transvaginal, alternando a frequência 10 Hz e 50 Hz durante as sessões de fisioterapia, e o fortalecimento dos MAP, com ênfase nas fibras do tipo I. Errada - Considerando a incontinência urinária mista da paciente deve-se promover fortalecimento dos MAP tanto para fibras do tipo I quanto para as do tipo II. III. Realização de exercícios de propriocepção e o fortalecimento dos MAP para fibras tipo I, com uso de cones vaginais. Errada – Considerando a incontinência urinária mista da paciente deve-se promover fortalecimento dos MAP tanto para fibras do tipo I quanto para as do tipo II. Além disso, os cones vaginais proporcionam fortalecimento de ambos os tipos de fibras musculares.

Referências: MATHEUS LM, MAZZARI CF, MESQUITA RA E OLIVEIRA J. INFLUÊNCIA DOS EXERCÍCIOS PERINEAIS E DOS CONES VAGINAIS, ASSOCIADOS À CORREÇÃO POSTURAL, NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA. BARACHO, E. FISIOTERAPIA APLICADA A OBSTETRÍCIA, UROGINECOLOGIA E ASPECTOS DE MASTOLOGIA.

QUESTÃO Nº 22 Um paciente de 25 anos de idade sofreu queimadura de tronco e membros superiores devido à explosão de uma caldeira em seu local de trabalho. Considerando todo o processo de reabilitação, avalie as afirmações a seguir no que diz respeito ao tratamento fisioterapêutico indicado a esse paciente. I. As sessões de fisioterapia respiratória são necessárias durante o período de hospitalização, em razão das lesões pulmonares causadas pela inalação de ar muito quente. II. Os objetivos da fisioterapia são prevenir/ reduzir a formação de contraturas cicatriciais e preservar/ganhar a amplitude de movimento das articulações das áreas envolvidas, na busca de independência funcional. III. Os exercícios de deambulação e na bicicleta ergométrica são opções para a reabilitação da função respiratória e cardiovascular. IV. A massagem terapêutica pode ser realizada para que haja mobilidade


tecidual e se evitem maiores danos às áreas envolvidas e adjacentes à queimadura. É correto o que se afirma em A. I, II e III, apenas. B. I, II e IV, apenas. C. I, III e IV, apenas. D. II, III e IV, apenas. E. I, II, III e IV.

Gabarito: E

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Cardiorrespiratória Fisioterapia em Queimaduras

Autor(a): Prof. Esp. Victor Hugo de Sousa Utida

Comentário: A queimadura é uma lesão em determinada parte do organismo desencadeada por um agente físico ou químico. Dependendo do agente, as queimaduras podem ser classificadas em primeiro, segundo ou terceiro graus (GARCIA et al, 2011). A intervenção fisioterapêutica neste tipo de lesão é de extrema importância, no que se refere à diminuição das sequelas deixadas pela lesão, na melhoria da qualidade de vida e da integração, não só física, mas também psicológica, do indivíduo na sociedade. O fisioterapeuta possui aptidões específicas, certas metodologias e linhas de conhecimento que irão atuar no tratamento. Para cada fase cronológica do avanço da queimadura, o fisioterapeuta possui um recurso específico que irá permitir que a lesão se cicatrize de maneira correta e evitando complicações futuras (GUIRRO; GUIRRO, 2007). A fisioterapia respiratória tem objetivo de reduzir as complicações pulmonares e preservar complacência pulmonar. Após queimaduras graves, tais complicações são de extrema relevância porque atingem uma porcentagem de 24% a 84%, causando mortes, principalmente por pneumonia, e, piorando drasticamente o quadro clínico do queimado. Dependendo da maneira como a vítima foi acometido pela queimadura, essas porcentagens podem se elevar mais ainda. As principais complicações, decorrentes na queimadura, no sistema respiratório são causadas por: 1. Lesão por inalação: a grande concentração de gases como monóxido de carbono, dióxido de enxofre e hidrocarbonetos ao entrarem nas vias aéreas, causam danos nas mucosas respiratórias, podendo ser reversíveis ou não dependendo da quantidade de tempo que a vítima ficou exposta. 2. Doenças restritivas: dependendo do grau pode causar pneumonia, edema pulmonar ou atelectasia. 3. Complicações tardias: sendo as mais comuns, embolia pulmonar e


edema pulmonar. Além da fisioterapia respiratória é necessário iniciar exercícios cinesioterápicos para manutenção da amplitude de movimento e evitar contraturas e deformidades referentes a cicatriz. A deambulação também deve ser iniciada precocemente a fim de proporcionar ao paciente a oportunidade de manter um contato social e exercitar os membros inferiores, evitando possíveis perturbações funcionais e cardiorrespiratórias. Antes de iniciar qualquer tratamento precoce neste tipo de paciente, deve-se fazer uma análise criteriosa acerca de seus limites funcionais já existentes, para que os mesmos sejam respeitados. A massagem prévia, antes de qualquer manejo do paciente, servirá para aumentar a mobilidade tecidual, evitando assim mais danos, não só em áreas adjacentes à queimadura, mas, sim na própria região lesada. Para Guirro & Gruirro (2007) o exercício é essencial durante a cicatrização de lesões por dois motivos. Primeiro pelo fato de estimular a circulação e, portanto aumentar o fornecimento de oxigênio. Segundo, o exercício promove tensão no tecido, direcionando assim a reestruturação do colágeno. A tensão excessiva no tecido neoformado pode promover o rompimento das novas fibras ou até mesmo a sua proliferação em excesso. Sendo assim, todas as assertivas estão corretas.

Referências: Azulay, R.D. Dermatologia. 4 ed. Rio de Janeiro.Guanabara Koogan, 2006 Garcia AP, Pollo V, Souza JA, Araujo EJ, Feijó R, Pereima MJL, et al. Análise do método clínico no diagnóstico diferencial entre queimaduras de espessura parcial e total. Rev Bras Queimaduras. 2011;10(2):42-46 GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia DermatoFuncional: Fundamentos, Recursos e Patologias. Barueri, SP: Manole, 2007

QUESTÃO Nº 23 Um jovem de 19 anos de idade sofreu traumatismo raquimedular decorrente de acidente automobilístico, com lesão completa em nível de T12. Após a alta hospitalar, iniciou tratamento fisioterapêutico em um centro de reabilitação e evoluiu com quadro de paraplegia. Que tipo de dispositivo ortótico o paciente poderá utilizar para atingir a deambulação terapêutica? A Órtese tornozelo-pé (AFO). B Órtese joelho-tornozelo-pé (KAFO). C Órtese de joelho de lona extensora (KO). D Órtese tutor longo com cinto pélvico (HKAFO). E Órteses de joelho de lona extensora (KO) com tornozelo e pé (AFO).

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil


Conteúdo avaliado: Prótese e Órtese

Autor(a): Profa. Esp. Francine Aguilera Rodrigues da Silva

Comentário: Paciente com lesão medular completa: Lesão onde não há função sensorial ou motora abaixo do nível da lesão. É causada por uma transecção completa, compressão grave ou comprometimento vascular extenso na medula. . A lesão foi em nível T12: Estes indivíduos são totalmente independentes e a aquisição funcional nestes níveis deve-se aos músculos abdominais e extensores de tronco (músculos paravertebrais), as principais características a esse nível são: * Melhor controle de tronco; * Ortostatismo com órteses longas; * Marcha terapêutica: Tipo de marcha realizada em ambiente terapêutico, supervisionada por profissional envolvido na reabilitação; * Nesse paciente a marcha terapêutica será realizada com Órtese tipo tutor longo (HKAFO) com cinto pélvico: Essa órtese promove a estabilidade articular do quadril, joelho, tornozelo e pé, posicionando-os à 90°, permitindo estimular o ortostatismo e a marcha, melhorar o esquema e imagem corporal, bem como prevenir futuras deformidades.

Referências 1.Delisa, JA. et al. Tratado de Medicina de Reablitação: Princípios e Práticas. 3ª Ed. Manole. São Paulo, 2002. 2.Figliolia CS, Tsukimoto GR, Moreira MCS, Takami MP, Ferraz S, Barbosa SBB, et al. Lesão Medular: Reabilitação. Projeto Diretrizes. Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, 2012. 3.Sullivan SBO, Schmitz JT. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5 ed. Barueri: Manole, 2010. 4.Umphred DA. Reabilitação neurológica. 4. ed. Barueri: Manole, 2004. 1118 p. QUESTÃO Nº 24 Um paciente de 28 anos de idade sofreu trauma raquimedular, com fratura da quinta vértebra cervical e lesão medular completa ao nível de C7. No momento, apresenta tetraplegia e perda da sensibilidade tátil e dolorosa abaixo da lesão. Na assistência hospitalar, a coluna foi estabilizada e todos os cuidados foram prestados, mantendose a integridade da pele e a amplitude de movimentos articulares abaixo da lesão. Em relação à prevenção de úlceras de pressão nos segmentos do corpo onde há perda de sensibilidade, avalie as seguintes afirmações. I. Se uma área da pele parecer avermelhada, a posição do paciente deve ser alterada imediatamente. II. Um dos fatores do desenvolvimento de úlceras de pressão é a intensidade e a duração da pressão: quanto maior a intensidade da pressão, menor o tempo necessário para ocorrer a anóxia da pele e dos tecidos moles. III. Na inspeção da pele, deve ser dada especial atenção às regiões do corpo onde há um grande coxim adiposo e(ou) muscular, por serem as mais suscetíveis à úlceras de pressão. IV. A mudança de decúbito a cada 6 horas é uma medida efetiva de prevenção a úlceras de pressão.


É correto apenas o que se afirma em A) I e II. B) I e III. C) II e IV. D) I, III e IV. E) II, III e IV

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Úlceras de decúbito

Autor(a): Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa

Comentário: Úlceras de pressão, também conhecidas como escaras de decúbito, são definidas como qualquer lesão causada por uma pressão não aliviada, cisalhamento ou fricção que podem resultar em morte tecidual, sendo frequentemente localizadas nas regiões de proeminência óssea, que além de causar dano tissular ou tecidual, pode provocar várias complicações e agravar o estado clínico de pessoas com restrição na mobilidade do corpo. O tratamento das úlceras de pressão envolve medidas preventivas e medidas curativas. Relativo à prevenção podemos citar como medidas a avaliação do grau de risco para cada paciente, mudanças de decúbito a cada 2 ou 3 horas, utilização de colchões de poliuretano (casca de ovo), proteger saliências ósseas principalmente calcâneas com rolos e travesseiros e checar as áreas da pele suscetíveis de lesão, já sendo realizada a otimização do estado da pele com cremes à base de ácidos graxos essenciais (Dersani). O Primeiro sinal de surgimento das úlceras é a vermelhidão, portanto, assim que este surge é necessário modificar a posição do paciente para reduzir a pressão na área e utilizar a massagem com ácidos graxos para melhorar a circulação e a hidratação da pele naquele local, portanto, o Item I está correto. O Item II exprime corretamente a fisiopatologia ou mecanismo de lesão das úlceras. O Item III está errado por não serem as áreas de coxim gorduroso muscular os locais de surgimento das úlceras, mas sim as proeminências ósseas. O Item IV aponta um tempo excessivamente longo para as mudanças de decúbito. As mudanças devem ser feitas a cada 2 ou 3 horas.

Referências: MEDEIROS, A.B.F.; LOPES, C.H.A.F.; JORGE, M.S.B. Análise da prevenção e tratamento das úlceras por pressão propostas por enfermeiros. Revista da Esola de Enfermagem da USP. 2009; 43 (1): 223-8.


QUESTÃO Nº 25 Um paciente do sexo masculino, com 75 anos de idade, foi diagnosticado com doença de Parkinson. No momento, apresenta os principais sintomas compatíveis com a morte massiva dos neurônios da parte compacta da substância negra. Considerando o exposto, avalie as afirmações abaixo. I. Na doença de Parkinson há, principalmente, a morte de neurônios da parte compacta da substância negra, que liberam, em seus terminais, acetilcolina nos núcleos caudado e putâmen (estriado) do telencéfalo II. Os principais sintomas da doença de Parkinson são tremor de repouso, bradicinesia, micrografia, diminuição da expressão facial, depressão e sinais de demência. III. Na lesão dos núcleos da base, o tônus muscular caracteriza-se como hipertonia elástica, na qual os grupos musculares agonistas e antagonistas são acometidos de forma diferente. IV. A lesão dos núcleos da base requer o tratamento fisioterapêutico que priorize exercícios que visem ao treino funcional, à orientação familiar e à prevenção de complicações secundárias. É correto apenas o que se afirma em: A I e III. B II e IV. C III e IV. D I, II, III. E I, II, IV.

Gabarito: B

Tipo de questão: Muito Difícil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia na Saúde do Idoso Autor(a): Profa. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos Comentário : O acadêmico deverá ter um conhecimento profundo de neuroanatomia e sobre a disfunção do Parkinsson. Referências: O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2004. UMPHERED, D. A. Reabilitação Neurológica. 4ª ed. São Paulo: Elsevier, 2004.

QUESTÃO Nº 26 Uma paciente com 64 anos de idade sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) há 6 meses. Atualmente, apresenta sequelas motoras no hemicorpo esquerdo, sem alterações na fala ou na cognição. Na avaliação de tônus, de acordo com a Escala de Ashworth, constatou-se espasticidade grau 2 em músculos flexores de membro superior e em músculos extensores do membro inferior do hemicorpo esquerdo. Consegue permanecer em pé somente com apoio e não realiza marcha. Recebe atendimento fisioterapêutico ambulatorial há 5 meses, e iniciou atendimento em


Fisioterapia aquática. Considerando o caso apresentado e as disposições gerais para o planejamento de tratamentos que utilizem os recursos terapêuticos aquáticos, avalie as seguintes afirmações. I. Para a paciente será mais fácil realizar exercícios em águas rasas do que em águas mais profundas, pois o suporte da flutuação diminui à medida que uma porção maior do corpo está imersa. II. A água adequadamente aquecida será benéfica para o atendimento da paciente, devido aos efeitos da temperatura sobre a espasticidade verificada na avaliação. III. Atividades com extremidades distais estáveis, como o repouso da mão sobre uma prancha, facilitarão a realização de movimentos daquele segmento do corpo. É correto o que se afirma em: A I, apenas. B II, apenas. C I e III, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Neurológica e Hidroterapia

Autor(a): Profa. Dra. Gabrielly Craveiro Ramos

Comentário I. Para a paciente será mais fácil realizar exercícios em águas rasas do que em águas mais profundas, pois o suporte da flutuação diminui à medida que uma porção maior do corpo está imersa. * Questão incorreta: Para esse paciente será mais fácil realizar exercícios em águas mais profundas, pois o suporte da flutuação aumenta à medida que uma porção maior do corpo está mais submersa. A flutuação é um princípio físico da água e pode ser definido como um força (empuxo) que age contra a força da gravidade, reduzindo o peso corporal e diminuindo a sobrecarga articular durante a imersão. Numa imersão até a coluna cervical, os efeitos da gravidade são reduzidos em 90%; até o processo xifoide em 75%, portanto será mais fácil realizar exercícios em águas mais profundas devido à redução do peso corporal. II. A água adequadamente aquecida será benéfica para o atendimento da paciente, devido aos efeitos da temperatura sobre a espasticidade verificada na avaliação * Questão correta: A temperatura também é um princípio físico da água. A eficácia da Fisioterapia Aquática na reabilitação de pacientes espásticos está diretamente relacionada à agua aquecida a uma temperatura agradável para o paciente, na faixa de 32 a 33 graus. O calor afeta o tônus por meio da inibição da atividade tônica. Esta resposta ocorre rapidamente após a imersão facilitando o alongamento dos tecidos moles auxiliando na prevenção de contraturas devido aos padrões estereotipados e movimentos limitados. III. Atividades com extremidades distais estáveis, como o repouso da mão sobre uma prancha, facilitarão a realização de movimentos daquele segmento do corpo. * Questão correta: A flutuação pode ser utilizada de três formas para graduar exercícios na Fisioterapia Aquática: assistência, resistência ao movimento ou sustentação do mesmo. Quando a flutuação é usada para sustentar o movimento, a ação da parte do corpo em movimento é realizada na superfície da


água e os movimentos são assistidos, o que também pode ser auxiliado por algum tipo de equipamento com propriedade de flutuar. As atividades com extremidades distais estáveis, como o repouso da mão sobre uma prancha caracterizará uma flutuação de apoio e facilitará a realização dos movimentos. Referências: 1.BATES, A.; HANSON, N. Exercícios aquáticos terapêuticos. São Paulo: Manole, 1998.

2.BECKER, B. E.; COLE, A. J. Terapia aquática moderna. São Paulo: Manole, 2000. 3.RUOTI, Richard G.; MORRIS, David M.; COLE, Andrew J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000.

QUESTÃO Nº 27 Um paciente do sexo masculino, com 9 anos de idade, apresenta quadro de diplegia por paralisia cerebral. Na figura estão apresentados gráficos referentes à análise da marcha livre do paciente, sendo o eixo vertical o grau de movimento, com a flexão, dorsiflexão e inclinação anterior representadas com valores positivos, e a extensão, flexão plantar e inclinação posterior, com valores negativos. O eixo horizontal representa a porcentagem do ciclo da marcha. A linha vertical pontilhada divide a fase de apoio (0 a 60%) da fase de balanço (60 a 100%) da marcha. A linha mais grossa representa a média ± desvio-padrão da média de crianças com função normal, e a linha mais fina representa os dados do paciente. Com base nos dados apresentados, avalie as seguintes afirmações com relação à marcha do paciente. I.

No final da fase de apoio, o paciente apresenta uma flexão excessiva do quadril, o que representa um déficit funcional significativo da marcha.

II.

II. O paciente é incapaz de estender completamente o joelho no final da fase do balanço.

III.

III. No meio da fase de balanço, o paciente apresenta flexão excessiva do joelho, o que pode provocar a perda de seu equilíbrio.

IV.

IV. O paciente apresenta dorsiflexão menor que a média das crianças com função normal em todas as fases da marcha.

Gabarito: C


Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Análise da marcha normal e marcha patológica (paralisia cerebral), análise e interpretação de gráficos, interpretação de texto.

Autor(a): Profa. Dra. Maysa Ferreira Martins Ribeiro

Comentário: A paralisia cerebral é uma desordem permanente do desenvolvimento, da postura e do movimento, que causam limitações da atividade, atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no desenvolvimento fetal ou no cérebro infantil. Crianças com paralisia cerebral apresentam comprometimento motor variado, algumas conseguirão adquirir a marcha, mas outras não. Os pacientes com paralisia cerebral, classificados como diplégicos espásticos, apresentam características motoras específicas modificáveis ao longo dos anos, a fraqueza muscular, a espasticidade, as contraturas e as deformidades caracterizam um padrão postural que prejudicam o equilíbrio, a mobilidade e a funcionalidade, interferindo no desempenho da marcha. Destaca-se que aspectos relacionados à cognição, motivação e percepção sensorial também interferem no desempenho da marcha. As alterações, na postura ortostática, mais comuns em crianças diplégicas espásticas são: postura agachada, caracterizada pela inclinação anterior da pelve; flexão, adução e rotação interna dos quadris; flexão joelhos; plantiflexão dos tornozelos e tornozelos valgos. Estas alterações, associadas à pouca mobilidade das articulações dos membros inferiores (com forte rigidez dos joelhos), à dificuldade em estender os joelhos na fase de apoio, e à redução da dissociação entre cintura escapular e cintura pélvica, representam importante prejuízo para a marcha. - O item I está CORRETO, pois o primeiro gráfico representa a manutenção da flexão do quadril durante todo o ciclo da marcha e a dificuldade de realizar a extensão do quadril na fase do apoio plantar ao apoio médio. - O ITEM II está CORRETO, pois o terceiro gráfico representa a pouca mobilidade e rigidez do joelho do paciente, que permanece flexionado durante todo o ciclo da marcha, incapaz de estender. - O item III está ERRADO, pois terceiro gráfico representa a manutenção da rigidez em flexão do joelho. - O item IV está ERRADO, pois gráfico cinco revela que o paciente apresenta dorsiflexão maior, quando comparado com criança sem desordem motora, em todas as fases da marcha. Referências: LIMA, C. L. F. A.; FONSECA, L. F. Paralisia Cerebral: neurologia, ortopedia e reabilitação. 2ª ed: Medbook, 2008. O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2004. UMPHERED, D. A. Reabilitação Neurológica. 4ª ed. São Paulo: Elsevier, 2004. QUESTÃO Nº 28 O fisioterapeuta do Núcleo de Apoio da Saúde da Família (NASF) é chamado pela equipe da Estratégia da Saúde da Família (ESF) para avaliar uma criança de 10 anos de idade que, há um ano, sofreu traumatismo crânio-encefálico. Em visita domiciliar, realizou-se exame físico e foi constatado que a criança apresenta-se estável e orientada, sem deformidades articulares, com espasticidade de grau 1, pela Escala de


Ashworth, em músculos flexores de membro superior direito e extensores de membro inferior direito, e normotonia em hemicorpo esquerdo. Observou-se ainda que ela consegue permanecer em pé sem apoio por até 15 segundos, com descarga de peso predominantemente em membro inferior esquerdo, e não realiza marcha. Como apresenta pé equino, recebeu há um mês uma órtese tornozelo-pé (AFO) pelo SUS. De acordo com a legislação pertinente, compete ao fisioterapeuta do NASF, nesse caso, A realizar o atendimento domiciliar continuado da criança, visando à sua aquisição de marcha. B encaminhar a criança para atendimento ambulatorial com prescrição de exercícios para aquisição de marcha. C orientar a família quanto ao uso da AFO e encaminhar a criança para avaliação e conduta de Fisioterapia em nível secundário. D realizar o atendimento continuado da criança, visando à sua aquisição de marcha na Unidade Básica de Saúde mais próxima. E orientar a família quanto ao uso da AFO e solicitar que sejam realizados exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva, com o objetivo de aquisição de marcha.

Gabarito: C

Tipo de questão: Objetiva

Conteúdo avaliado: Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF)

Autor(a): Profa. Dra. Cejane Oliveira Martins Prudente

Comentário A Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008, cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, apoiando a inserção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede de serviços. Considera que “é fundamental que os serviços de atenção básica sejam fortalecidos para o cuidado da população com deficiência e que suas equipes tenham os conhecimentos necessários à realização de uma atenção resolutiva e de qualidade, encaminhando adequadamente os usuários para os outros níveis de complexidade quando se fizer necessário”. Com relação à reabilitação, dentre as ações constam realizar visitas domiciliares para orientações, adaptações e acompanhamentos; e realizar encaminhamento e acompanhamento das indicações e concessões de órteses e atendimentos específicos realizados por outro nível de atenção à saúde (BRASIL, 2008). Diante o exposto, o fisioterapeuta do NASF deve, nesse caso, orientar a família em relação ao uso da órtese e encaminhar a criança para avaliação e conduta fisioterapêutica em nível secundário, estando correta a alternativa “C”. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2008. Disponível em


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008.html

QUESTÃO Nº 29 As doenças cardiovasculares (DCV) estão associadas às condições patológicas e comportamentais. A maioria dos indivíduos com potencial para desenvolver DCV exibe múltiplos fatores de risco, que se acumulam e tornam a probabilidade de ocorrência ainda maior. Por exemplo: um homem de 65 anos de idade com colesterol total acima de 240mg/dL e HDL abaixo de 35 mg/dL, IMC de 27,8 kg/m2, pressão arterial de 140 x 90 mmHg, história familiar de hiperglicemia e sedentário, apresentou um evento cardíaco que culminou em infarto agudo do miocárdio e hospitalização. Considerando a reabilitação desse paciente, avalie as afirmações a seguir. I. A fase II da reabilitação estabelece o treinamento aeróbico com intensidade constante por um período de treino de até 20 minutos, e caso ocorra queda da frequência cardíaca de 5 bpm, o exercício deve ser suspenso. II. A prescrição de atividade física faz parte dos programas de reabilitação nas fases II e III, por contribuir para a redução dos fatores de risco apresentados. III. Na fase de internação hospitalar a fisioterapia é fundamental, com ênfase na prescrição de exercícios de membros superiores. IV. As condições patológicas e comportamentais apontadas demandam uma atuação multiprofissional que pode ser desenvolvida nas fases I, II e III da reabilitação cardíaca. É correto o que se afirma em A I e II, apenas. B I e III, apenas. C II e IV, apenas. D III e IV, apenas. E I, II, III e IV.

Gabarito: C

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Cardiovasular

Autor(a): Prof. Ms. Leonardo Lopes do Nascimento

Comentário: A afirmação I está incorreta, pois a fase II da Reabilitação Cardíaca (RC) compreende o período de convalescência pós-alta hospitalar até dois ou três meses do evento coronariano. O programa de treinamento físico na fase II da RC é constituído principalmente por atividades intercaladas, entre aeróbica e resistida, realizado três vezes por semana, durante três meses. Cada sessão tem duração aproximada de 60 minutos, sendo 5 a 10 minutos de aquecimento, 40 a 50 minutos de condicionamento (exercícios aeróbios e de resistência) e 5 a 10 minutos de volta à calma (desaquecimento). A afirmação II está correta. A redução dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares (redução da pressão arterial, glicemia, obesidade, colesterol) é um


dos benefícios do programa de RC nas fases II e III. A afirmação III está incorreta. A fase de internação hospitalar (Fase I da RC) inicia na unidade de terapia coronariana (UCO ou na unidade de terapia intensiva – UTI) e com continuidade na enfermaria até a alta hospitalar. O tratamento fisioterapêutico engloba fisioterapia respiratória e cinesioterapia geral (MMSS e MMII). A afirmação IV está correta. Em 1994, a American Heart Association (AHA) declarou que a RC não deve ser limitada a um programa de treinamento físico, mas também deve incluir estratégias multidisciplinares que visem reduzir os fatores de risco modificáveis para a doença cardiovascular. Uma boa prevenção secundária requer uma equipe de profissionais de cuidados com a saúde (médico, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro, etc) para auxiliar e guiar os pacientes em direção a uma terapia eficaz e segura.

Referências: ALVES, V.L.S.; GUIZILINI, S.; UMEDA, I.I.K.; PULZ, C.; MEDEIROS, W. M. Fisioterapia em Cardiologia: aspectos práticos - SOCESP. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2014. PASCHOAL, M.A. Fisioterapia Cardiovascular: avaliação e conduta na reabilitação cardiovascular. São Paulo: Manole, 2010. UMEDA, I.I.K. Manual de Fisioterapia na Reabilitação Cardiovascular. 2.ed. Paulo: Manole, 2014.

São

QUESTÃO Nº 30 Um paciente de 69 anos de idade, com histórico de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo II e sobrepeso, encontra-se no pós-operatório de revascularização do miocárdio. A intervenção cirúrgica foi de urgência. No 1º dia de pós-operatório (PO), o paciente encontrava-se no leito, sem suporte ventilatório, lúcido, e obedece aos comandos vagarosamente. Ao exame físico foram verificados pressão arterial de 110 x 75 mmHg, frequência respiratória de 23 irpm, SpO2 de 94%, crepitantes bibasilares. Sinais e sintomas de tontura ao sentar, tosse com desconforto na região esternal e edema 3+ em extremidades de membros inferiores. Uma nova avaliação no 5º dia de PO mostrou diminuição da mobilidade, da força muscular periférica, da capacidade, da resistência aeróbica, da ventilação e do equilíbrio. Considerando o caso clínico descrito, avalie as afirmações a seguir. I. No pós-operatório imediato, a intervenção consiste de movimentos amplos para membros superiores, associados a padrões ventilatórios de inspiração abreviada e aspiração quando necessário, e de programa de exercícios equivalentes a 3 a 4 METS. II. A curto prazo, do 1° ao 5° dia de PO, a fisioterapia enfatiza técnicas que utilizam respiração profunda, tosse, desobstrução brônquica, supervisão e incentivo à mobilização precoce e saída do leito, marcha estacionária, programa de exercícios equivalentes a 2 a 3 METS. III. A partir do 3° dia de PO, a movimentação da posição deitada para a sentada deve ser feita sob a mínima supervisão; maior supervisão para o equilíbrio e locomoção


ativa, exercícios ativos livres e calistênicos de MMSS e MMII e programa de exercícios equivalentes a 3 a 4 METS. IV. No decorrer do programa de reabilitação, a tolerância aos exercícios deve ser aumentada gradativamente; os exercícios respiratórios e a independência no autocuidado devem ser mantidos; o controle e a intervenção cardiorrespiratória devem ser baseados nos seguintes parâmetros: FC de repouso, pressão arterial e escala de esforço percebido. É correto apenas o que se afirma em: A I e II. B I e III. C III e IV. D I, II e IV. E II, III e IV.

Gabarito: E

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Fisioterapia cardiorrespiratória na UTI cardiológica.

Autor(a): Prof. Ms. Eriksson Custódio Alcântara

Comentário: Item I - Abordagem fisioterapêutica no pós-operatório imediato inicia-se pela admissão em ventilação mecânica invasiva, fixação da cânula orotraqueal, ausculta pulmonar para confirmar simetria e expansibilidade torácica. Em seguida, é programado a interrupção da ventilação mecânica pela equipe interdisciplinar. Só após essa abordagem, inicia-se as terapias de expansão pulmonar, exercícios respiratórios e motores, com progressão lenta da intensidade do esforço, podendo atingir um gasto energético de até 2 METS em UTI cardiológica. Referências: Méndez VMF, Souza AS, Hirota AS, Silva AKMB. Fisioterapia na reabilitação de pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca. In: Manual de fisioterapia na reabilitação cardiovascular; Umeda IIK. Barueri – SP; 2ª edição, 2014. p.93-135. Papa V. Reabilitação cardiovascular – fase I. In: Fisioterapia em cardiologia. São Paulo – SP; 1ª edição, 2006. p. 281-294.

QUESTÃO Nº 31 O posicionamento terapêutico é um recurso bastante utilizado nas UTIs neonatais


com vistas a otimizar as trocas gasosas, auxiliar na expansão torácica, contribuir para a digestão, reduzir episódios de apneia e refluxo gastroesofágico, além de proporcionar a organização motora mínima necessária durante o início da vida de recém nascidos prematuros. Essa técnica faz parte do cuidado multiprofissional e exige integração da equipe durante o procedimento. Com base no texto, avalie as afirmações a seguir. I. O simples posicionamento de recém-nascidos prematuros em decúbito lateral ou dorsal elevado pode reduzir episódios de refluxo gastroesofágico após a administração da dieta. II. A posição prona está relacionada ao aumento da complacência pulmonar, melhor sincronia da musculatura toraco abdominal e aumento da mobilização de volume corrente. III. O fisioterapeuta deve orientar a equipe multiprofissional sobre o posicionamento em extensão corporal a ser indicado para reduzir o desconforto respiratório, visto que fortalece a musculatura posterior e facilita o fortalecimento da musculatura abdominal. IV. A equipe multiprofissional deve sempre priorizar a extensão corporal durante todos os manuseios, com a intenção de reforçar o padrão motor do nascimento e otimizar o desenvolvimento motor e a aquisição das funções vitais. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e III. C II e IV. D I, III e IV. E II, III e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Fisioterapia neonatal em UTI.

Autor(a): Prof. Ms. Eriksson Custódio Alcântara

Comentário: Itens III e IV - O posicionamento do Recém-Nascido (RN) é uma intervenção não invasiva que faz parte dos cuidados do desenvolvimento que promove a simetria, o equilíbrio muscular e o movimento corporal normal, além de melhorar a relação ventilação/perfusão pulmonar. O baixo tônus muscular e a dificuldade de auto-organização corporal são estimulados pelo posicionamento e movimentos em flexão. Vale ressaltar que, em RN prematuro nasce com hipotonia, uma vez que não passou pelos últimos meses de gestação intrauterina, fase essencial para o desenvolvimento de tônus flexor fisiológico, dessa forma o posicionamento terapêutico em flexão busca obter um padrão postural e de movimento semelhante à do RN saudável. O posicionamento lateral e em prono, são posições que estimulam o tônus flexor.


Referências: Nicolau CM. Posicionamento terapêutico do recém-nascido. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Nicolau CM, Andrade LB, organizadoras. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal: Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva. Ciclo 1, Volume 1, Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2012. p. 11-31.

QUESTÃO Nº 32 A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a quarta principal causa de morte em todo o mundo, e estima-se que será a terceira principal causa em 2020. Embora a DPOC acometa o sistema respiratório, outros sistemas são afetados por essa enfermidade, provocando descondicionamento físico, presença de resposta inflamatória sistêmica, estresse oxidativo, depleção nutricional, miopatia por corticosteroides e disfunção muscular esquelética. Em relação a essa doença, a reabilitação pulmonar está bem estabelecida e é mundialmente aceita como tratamento associado à terapia medicamentosa. Entre os componentes mais efetivos da reabilitação pulmonar estão aqueles relacionados à atividade física, como os exercícios aeróbicos, os exercícios resistivos periféricos e respiratórios, além das iniciativas educacionais. Considerando as proposições da reabilitação pulmonar e a fisiopatologia da DPOC, conclui-se que A - os exercícios aeróbicos devem ser evitados em pacientes com classificação GOLD I, devido à miopatia por corticosteroide. B - os exercícios resistivos periféricos devem ser evitados em pacientes com classificação GOLD I, devido à miopatia por corticosteroide. C - os exercícios aeróbicos aumentam a concentração de enzimas oxidativas mitocondriais, a capilarização dos músculos treinados, o limiar anaeróbico e, também, o VO2max. D - a hiperinsuflação pulmonar acarreta encurtamento das fibras do músculo diafragma, que tende a retificar-se e a aumentar a zona de aposição, o que melhora sua ação. E - os exercícios respiratórios têm efeito direto sobre a função pulmonar, reduzindo o grau de obstrução aérea e aumentando o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1).

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisiologia do exercício/ Fisioterapia Cardiorrespiratória

Autor(a): Profa. Dra. Krislainy de Sousa Corrêa

Comentário: O exercício aeróbio é recomendado para indivíduos com DPOC e seus benefícios são observados independentemente do estádio da DPOC em que o paciente se encontra (DOURADO; GODOY, 2004). Este tipo de treinamento aumenta a concentração de enzimas oxidativas mitocondriais, a capilarização dos músculos treinados, o limiar anaeróbio, o VO2max e diminui o tempo de recuperação da creatina fosfato (CP),


resultando em melhora da capacidade de exercício (POWERS; HOWLEY, 2000)

Referências: Dourado VZ, Godoy I. Recondicionamento muscular na DPOC: principais intervenções e novas tendências. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2004; 10(4): 331-4. Powers SK, Howley ET. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação condicionamento e ao desempenho. 3a ed. São Paulo: Manole, 2000.

ao

QUESTÃO Nº 33 Um paciente do sexo masculino, com 15 anos de idade, asmático, com quadro de exacerbação e sinais e insuficiência respiratória deu entrada no pronto-socorro de um hospital. Com base nessa situação, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I.

O fisioterapeuta de plantão, após avaliação do paciente, terá agido corretamente se tiver utilizado um aparelho de ventilação não-invasiva de dois níveis de pressão (BiPAP).

PORQUE II.

A ventilação não-invasiva evita a entubação de pacientes com insuficiência respiratória aguda e níveis aumentados de PaCO2 devido à exacerbação de crises asmáticas, diminuindo-lhes assim o trabalho respiratório e proporcionando-lhes mais conforto. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Hospitalar e UTI Ventilação Mecânica Não Invasiva

Autor(a): Prof. Esp. Victor Hugo de Sousa Utida


Comentário: O III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica define como suporte não invasivo o método de suporte ventilatório que utiliza a pressão positiva sem o uso de tubos traqueais. A ventilação não invasiva (VNI) provê assistência ventilatória com o uso de máscaras na interface paciente-ventilador, isto é, utiliza interface externa sem a necessidade de uma prótese traqueal seja ela o tubo orotraqueal ou uma traqueostomia. O uso da ventilação não invasiva com pressão positiva (VNI) para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica nas últimas duas décadas. Apesar do seu uso ser relativamente recente, o grande número de séries de casos, ensaios clínicos randomizados, meta-análises ou revisões sistemáticas, assim como conferências de consenso e diretrizes publicadas até o presente momento, tornaram a aplicação dessa técnica mais "baseada em evidências" do que provavelmente qualquer outra medida de suporte ventilatório (SCHETTINO et al, 2007). Ventilação Não Invasiva, no modo BIPAP, utiliza uma pressão inspiratória para ventilar o paciente através de interface naso-facial (IPAP e ou PSV) e uma pressão positiva expiratória para manter as vias aéreas e os alvéolos abertos para melhorar a oxigenação (EPAP e ou PEEP). No modo CPAP é administrado ao paciente através da interface naso-facial somente uma pressão expiratória final contínua nas vias aéreas (CPAP) e a ventilação do paciente é feita de forma totalmente espontânea (BARBAS et al. 2013). Diante disso, a VNI consegue proporcionar assistência ventilatória, aliviar sintomas relacionados a insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada, reduzir o trabalho respiratório, melhorar trocas gasosas, promover conforto do paciente, reduzir taxa de intubação, melhorar qualidade de vida, melhorar qualidade e duração do sono, reduzir tempo de hospitalização, etc. Existem ainda poucos artigos publicados sobre o uso da VNI no manejo da asma aguda grave em crianças, sendo a maioria deles com delineamento observacional. Porém, mesmo com pequena quantidade de estudos sobre o tema, existem evidências significativas sobre o uso da VNI no tratamento da Síndrome Asmática. Akingbola et al (2002) o uso da VNI em modo BIPAP pareceu melhorar ventilação e troca gasosa, auxiliando na resolução insuficiência respiratória hipercápnica de pacientes portadores de Síndrome Asmática. Beers et al (2007) sugerem que adição do BIPAP no tratamento de Síndrome Asmática é seguro e bem tolerado. Essa intervenção promete ser uma terapia adjunta útil ao tratamento médico convencional. E por fim, Needleman et al (2004) em um ensaio prospectivo com 18 crianças entre o 8 e 21 anos com Síndrome Asmática e refratárias ao tratamento convencional em UTI pediátrica, submetidos a VNI em modo BiPAP por máscara nasal, obtiveram resultados positivos no tratamento com redução da FR (p = 0,002), da fração de Tinsp (Ti/Ttot - p = 0,01) e do ângulo abdome/caixa torácica (p = 0,02) em 12 pacientes. O que sugeriu que VNI em modo BiPAP é um tratamento seguro e efetivo para Síndrome Asmática em pacientes pediátricos. Desta forma, fica evidente de que VNI em modo BIPAP é uma ferramenta importante e eficaz no tratamento da Asma agudizada, uma vez que consegue reverter a Insuficiência Respiratória, controlar os níveis de PaCO2 sanguíneos, ajustando a acidose respiratória, reduzindo o trabalho respiratório e evitando intubações desnecessárias. Diante disso, há evidencias suficientes de que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I, tornando a assertiva A a resposta correta.

Referências: Akingbola OA, Simakajornboon N, Hadley Jr EF, Hopkins RL.


Noninvasive positive-pressure ventilation in pediatric status asthmaticus. Pediatr Crit Care Med. v.3, n. 2, p. 181-184, 2002. Beers SL, Abramo TJ, Bracken A, Wiebe RA. Bilevel positive airway pressure in the treatment of status asthmaticus in pediatrics. Am J Emerg Med. v.25, n. 1, p. 6-9, 2007. Barbas, Carmen Sílvia Valente et al . Diretrizes Brasileitas de Ventilação Mecânica 2013. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 39, supl. 1S, jan/fev. 2013. Needleman JP, Sykes JA, Schroeder SA, Singer LP. Noninvasive positive pressure ventilation in the treatment of pediatric status asthmaticus. Pediatr Asthma Allergy Immunol. v.17, n. 4, p. 272-7, 2004.

Schettino, Guilherme P. P. et al . Ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 33, supl. 2, p. 92-105, July 2007.

QUESTÃO Nº 34 Em uma visita domiciliar, um fisioterapeuta encontra uma idosa acamada devido a acidente vascular encefálico (AVE), ocorrido há 15 dias. Desde o evento, ela permanece restrita ao leito, totalmente dependente para comer, vestir-se e realizar a higiene pessoal. À avaliação, o fisioterapeuta verifica que a paciente está consciente, embora desorientada no tempo e no espaço, com importante hemiparesia completa à esquerda, e dificuldade para tossir e deglutir. Durante inspeção do tórax, ele constata a diminuição da expansibilidade do lado esquerdo, sem sinais de desconforto respiratório. A ausculta pulmonar revela murmúrio vesicular com roncos difusos, e, durante a expectoração, observa-se a presença de secreção aquosa com restos de alimentos. A idosa não apresenta febre e tem dificuldade na deglutição. Diante da situação apresentada, o fisioterapeuta deveria A- orientar a cuidadora durante a realização de exercícios respiratórios e sugerir a aquisição de equipamento de ventilação não-invasiva. B- realizar técnicas de remoção de secreção e orientar o posicionamento da paciente no leito, contemplando adução do membro superior e extensão do membro inferior acometido. C- suspeitar que a paciente está broncoaspirando e realizar técnicas de remoção de secreção e estímulo de tosse, além de orientar a cuidadora a procurar outro profissional para fazer a fisioterapia neurofuncional. D- orientar o posicionamento da paciente no leito, o que deve contemplar a flexão do membro superior e a extensão do membro inferior acometido, além da elevação da cabeceira do leito durante a alimentação. E- realizar técnicas de remoção de secreção, orientar o posicionamento no leito em extensão de membro superior e flexão do membro inferior acometido e recomendar a elevação da cabeceira do leito durante a alimentação.

Gabarito: E


Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia aplicada ao paciente neurológico

Autor: Profa. Ms. Valéria Rodrigues Costa de Oliveira

Comentário: O AVE reflete a perda do equilíbrio homeostático entre o sistema nervoso central e o sistema hematopoiético, sendo classificado em isquêmico e hemorrágico. O AVE isquêmico ocorre pela interrupção do fluxo sanguíneo no tecido encefálico, enquanto o hemorrágico se caracteriza pela quebra da barreira hematoencefálica com extravasamento de sangue dos vasos para o tecido neuronal. Ambos os tipos levam a perdas de funções encefálicas que podem ser sensórias, cognitivas ou motoras, de caráter transitório ou irreversível. Os déficits apresentados após a lesão dependem do grau, extensão e duração da lesão ocorrida no encéfalo, bem como das características do indivíduo e do tratamento empregado. A Fisioterapia é parte integrante do processo de reabilitação desses pacientes, sendo de suma importância sua atuação desde a fase hospitalar até a domiciliar. A avaliação fisioterapêutica deve considerar o nível de consciência, os padrões respiratórios, o tônus, motricidade e força muscular, os reflexos musculares, a sensibilidade, além da coordenação motora, equilíbrio e marcha. No caso descrito a paciente encontra dependente, acamada, desorientada, com hemiplegia completa à esquerda, com dificuldade para tossir e deglutir. A presença de secreção com restos alimentares e roncos à ausculta pulmonar indicam que a paciente está com secreções em vias aéreas e possivelmente broncoaspirando, o que é um fator de risco para a ocorrência de pneumonia. A conduta mais adequada, nesse caso, inclui a realização de técnicas de remoção de secreção, uma vez que a paciente não consegue tossir e eliminar as secreções pulmonares de forma eficaz; o posicionamento no leito, a fim de prevenir contraturas e deformidades e inibir os padrões motores patológicos (flexão de membro superior e extensão de membro inferior) e a orientação aos cuidadores sobre o adequado posicionamento durante a alimentação, decúbito dorsal elevado, a fim de evitar a broncoaspiração. Referências: Nunes ML, Marrone AC. Semiologia neurológica básica. Porto Alegre: EDI-PUCRS; 2002. Strokes M. Cash: neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000.

QUESTÃO Nº 35 Um paciente do sexo masculino de 74 anos de idade está internado na enfermaria de uma unidade hospitalar, no 3º pós-operatório (PO) de laparotomia. Apresenta-se consciente, orientado e colaborativo. Mantém-se eupneico em ar ambiente, com saturação de hemoglobina em 96%, hemodinamicamente estável. A radiografia de tórax posteroanterior, apresentada abaixo, revelou arco aórtico proeminente e área de atelectasias laminares na base do hemitórax esquerdo. A ausculta pulmonar revela diminuição discreta do murmúrio vesicular nas bases, sem ruídos adventícios.


Considerando que as complicações respiratórias são responsáveis por aproximadamente 40% dos óbitos que ocorrem em pacientes com idade superior a 65 anos com alterações da função pulmonar após procedimento cirúrgico, a terapêutica adequada para o atendimento desse paciente deverá ser a A - utilização das técnicas de reexpansão pulmonar. B - utilização de técnicas de fortalecimento muscular. C - aplicação de manobras torácicas de desobstrução brônquica. D - aplicação de técnica de desobstrução das vias aéreas superiores. E - utilização da cinesioterapia passiva dos membros superiores e inferiores.

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fisioterapia Respiratória

Autor(a): Profa. Ms. Valéria Rodrigues Costa de Oliveira

Comentário: As cirurgias do compartimento abdominal superior estão associadas a um risco elevado de complicações pulmonares, pois esse tipo de incisão leva à ruptura de fibras dos músculos respiratórios que, associada ao quadro doloroso, podem ser responsáveis pela diminuição da atividade respiratória, gerando hipoventilação. O procedimento cirúrgico do abdome superior leva também à redução dos volumes e capacidades pulmonares, modificação do modelo ventilatório, alteração da relação ventilação/perfusão, diminuição da função diafragmática, diminuição da expansibilidade toracoabdominal, ineficácia nos mecanismos de defesa, como a tosse, e depressão do sistema imunológico.


A fisioterapia respiratória por meio de técnicas de higiene brônquica, expansão pulmonar, deambulação precoce e fortalecimento muscular tem sido usada com o propósito de prevenir o acúmulo de secreções e promover a melhora da ventilação, reduzindo a incidência de infecções pulmonares pós-operatórias, devendo ser iniciada desde o pré-operatório. No caso acima descrito, o paciente idoso encontra-se em bom estado geral, não apresentando sinais e sintomas de comprometimento grave da função respiratória (eupneico, Saturação de hemoglobina de 96% e ausência de ruídos adventícios à ausculta pulmonar). Porém, apresenta uma diminuição do murmúrio vesicular nas bases e imagens de atelectasias laminares na base hemitórax esquerdo, que se não forem tratadas podem comprometer a recuperação do paciente. O tratamento indicado inclui técnicas ou instrumentos que encorajem o paciente a inspirar profundamente, como os padrões ventilatórios e a espirometria de incentivo, conhecidas como técnicas de reexpansão pulmonar, uma vez que o paciente é capaz de colaborar com a terapia, não sendo portanto indicado recorrer ao emprego de dispositivos de pressão positiva. Referências: Barbalho-Moulim MC, Miguel GPS, Forti EMP, Costa D. Comparação entre inspirometria de incentivo e pressão positiva expiratória na função pulmonar após cirurgia bariátrica. Fisioter Pesq. 2009;16(2):166-72. Dias CM, Plácido TR, Ferreira MFB, Guimarães FS, Menezes SLS. Inspirometria de incentivo e breath stacking: repercussões sobre a capacidade inspiratória em indivíduos submetidos a cirurgia abdominal. Rev Bras Fisioter. 2008;12(2):94-9.


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