eBook - Zootecnia

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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: Zootecnia

Organizador(es): Prof. Dr. Marlos Castanheira Prof. Dr. Rodrigo Zaiden Taveira


SUMÁRIO QUESTÃO Nº 09 Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos QUESTÃO Nº 10 Autor(a): João Darós Malaquias Júnior QUESTÃO Nº 11 Autor(a):Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO Nº 12 Autor(a): Roberto Malheiros QUESTÃO Nº 13 Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos QUESTÃO Nº 14 Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos QUESTÃO Nº 15 Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma QUESTÃO Nº 16 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO Nº 17 Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma QUESTÃO Nº 18 Autor(a): Bruno de Souza Mariano QUESTÃO Nº 19 Autor(a): Marco Aurélio Pessoa de Souza QUESTÃO Nº 20 Autor(a): Verner Eichler QUESTÃO Nº 21 Autor(a): João Darós Malaquias Júnior QUESTÃO Nº 22 Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma QUESTÃO Nº 23 Autor(a): Marlos Castanheira QUESTÃO Nº 24 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO Nº 25


Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

QUESTÃO Nº 26 Autor(a): Marco Aurélio Pessoa de Souza QUESTÃO Nº 27 Autor(a): Bruno de Souza Mariano QUESTÃO Nº 28 Autor(a): Maria Ivete de Moura QUESTÃO Nº 29 Autor(a): Delma M. C. Pádua QUESTÃO Nº 30 Autor(a): Delma M. C. Pádua QUESTÃO Nº 31 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO Nº 32 Autor(a): Marlos Castanheira QUESTÃO Nº 33 Autor(a): João Darós Malaquias Júnior QUESTÃO Nº 34 Autor(a): João Darós Malaquias Júnior QUESTÃO Nº 35 Autor(a): Maria Ivete de Moura QUESTÃO DISCURSIVA Nº 01 Autor(a): Roberto Malheiros QUESTÃO DISCURSIVA Nº 02 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO DISCURSIVA Nº 03 Autor(a): João Darós Malaquias Júnior QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira QUESTÃO DISCURSIVA Nº 05 Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira


QUESTÃO Nº 09 A genética e o melhoramento animal vêm transformando, para melhor, a realidade da pecuária de corte brasileira. Uma das ferramentas mais eficientes à disposição dos pecuaristas é a Diferença Esperada na Progênie (DEP). Essa ferramenta permite prever o desempenho das crias de um dado reprodutor, comparado ao desempenho das crias de todos os reprodutores incluídos no programa de avaliação genética, acasalados com vacas semelhantes. Suponha um animal “A” com DEP 15 kg; outro animal, “B”, com DEP 7 kg; e ainda outro animal “C” com DEP de -5 kg, para o peso à desmama. Essas DEPs significam que: A. os filhos do touro A terão em média 8 kg a mais do que a média dos filhos do touro B, e 20 kg a mais do que a média dos filhos do touro C, enquanto os filhos do touro B terão em média 12 kg a mais do que a média dos filhos do touro C. B. os filhos do touro A, em condições de ambiente semelhantes às verificadas na avaliação desses touros, serão, em média, 15 kg mais pesados dos que os do touro B, e os filhos do touro B, 7 kg mais pesados do que os do touro C. C. os filhos dos três touros, A, B e C, serão em média, aproximadamente, 6 kg mais pesados do que a média de touros da mesma raça avaliados em outros programas de melhoramento genético animal. D. o touro A deve ser o escolhido como touro melhorador no programa por possuir uma DEP para peso à desmama superior em 15 kg em relação às DEPs dos touros B e C. E. o touro A deve ser o escolhido como touro melhorador por possuir DEP para peso à desmama superior em 8 kg em relação aos outros dois touros avaliados.

Gabarito: A

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Valor genético e Diferença Esperada na Progênie (DEP)

Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos

Comentário: A questão versa sobre a Diferença Esperada na Progênie (DEP), que equivale à metade do Valor Genético do Animal, e serve, assim como este, para a classificação dos animais com relação ao seu mérito genético. Ambos são valores médios e relativos a uma média, ou seja, indicam quanto o animal cuja DEP está sendo mencionada se distancia, positiva ou negativamente, da média da população com a qual este animal foi comparado, e esta média geralmente é


tomada como um ponto “zero”. Assim, quando se afirma na questão que o animal “A” tem DEP +15, está se afirmando que, na média, os filhos deste animal se distanciarão em quinze unidades da média daquela população. O mesmo se pode dizer para os animais “B” e “C”, cujas progênies se distanciarão, em média, +7 unidades e – 5 unidades, da média da população, que é igualada a zero. A DEP não pode ser usada como um valor absoluto (o animal X pesa 450kg), nem como um valor individual (este descendente terá 15 kg acima da média do rebanho). Ela é um valor esperado da média dos descendentes. A partir da compreensão do conceito de que a DEP é um valor relativo, tem-se que a alternativa A é a correta, pois nesta, afirma-se que: “os filhos do touro A terão, em média, 8 kg a mais do que a média dos filhos do touro B (15-7=8) e 20 kg a mais que os filhos do touro C (+15-(-5)=+20), enquanto os filhos do touro B terão, em média, 12 kg a mais do que a média dos filhos do touro C (+7-(-5)=+12). A alternativa B é incorreta porque considera que a média de peso do touro C é o ponto de referência (ponto zero), mas, conforme o enunciado, a DEP deste animal é 5, ou seja, os filhos deste animal pesariam, em média, 5kg a menos que a média geral de todos os reprodutores incluídos no programa. A alternativa C também é incorreta, pois considera a avaliação dos três touros, A, B e C em conjunto, e procura fazer uma média entre eles. A avaliação do valor genético, que gera a DEP é feita para cada reprodutor, individualmente. A alternativa D é incorreta porque, ao comparar os animais, considera apenas a DEP do touro A, e não a diferença entre as DEPs dos touros comparados. A alternativa E é incorreta porque considera que o valor da diferença entre as DEPs dos touros A e B (15-7=8) seria válido, também, para compará-lo com o touro C, para o qual a diferença seria de 20kg (15- (-5) = 20). Referências: PEREIRA, J. C. C., Melhoramento genético aplicado à produção animal. 6ª. Ed. FEPMVZ, Belo Horizonte, 758 p. 2012. (CAPÍTULO 11, p.204) KINGHORN, B.; WERF, J.; RYAN, M. Melhoramento Animal, uso de novas tecnologias. Fealq, Piracicaba, 367 p. 2006. (CAPÍTULO 5, p.79) BOURDON, R. M. Understanding animal breeding 2nd. Ed., Prentice Hall, New Jersey, 538 p. 2000.(CAPÍTULO 11, p.227)


QUESTÃO Nº 10 A proteína ideal é definida como uma mistura ou balanço exato de aminoácidos essenciais e o suprimento adequado de aminoácidos não-essenciais, capaz de atender, sem excessos nem deficiências, às necessidades absolutas de todos os aminoácidos fundamentais para a manutenção animal e máxima deposição proteica. LELIS, G.R.; CALDERANO, A.A. Utilização do conceito de proteína ideal para poedeiras. Revista Eletrônica Nutritime. Disponível em: http://www.nutritime.com.br > Acesso em: 20 set. 2013. Considerando a importância da adoção de proteína ideal na nutrição animal, avalie as afirmações a seguir. I. O uso da proteína ideal na formulação de dietas é possível com o uso de aminoácidos sintéticos. II. O uso da proteína ideal na formulação de dietas proporciona aumento no teor de proteína da ração. III. O uso de proteína ideal leva à necessidade da adição de maior quantidade de farelo de soja às rações. IV. O uso da proteína ideal proporciona redução do impacto ao meio ambiente, devido à redução do nitrogênio excretado. V. O uso da proteína ideal leva à obtenção de uma ração mais econômica e com melhor aproveitamento dos aminoácidos. É correto apenas o que se afirma em A I, II e III. B I, II e V. C I, IV e V. D II, III e IV. E III, IV e V.

Gabarito: C

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Nutrição de monogástricos. Qualidade e quantidade de proteínas da dieta.

Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário: O uso da proteína ideal na formulação de dietas proporciona adequação do teor de proteína da ração às exigências do animal. Na formulação das rações,

a


determinação da porcentagem de cada aminoácido em relação ao primeiro aminoácido limitante para suínos e aves, que normalmente é a lisina, resulta em dietas com menor porcentagem de proteína bruta total. O uso dessas rações promove redução na conversão alimentar, menor consumo de ração por kg de ganho de peso obtido, e aumento na eficiência alimentar, maior ganho de peso por kg de ração consumida. O correto balanceamento de cada um dos aminoácidos essenciais não aumenta, necessariamente, a inclusão de farelo de soja na ração, pois a utilização de diferentes ingredientes com suas respectivas composições em aminoácidos essenciais, e a possibilidade do uso dos aminoácidos essenciais sintéticos já disponíveis no mercado resultará em uma ração que atende às exigências do animal. O farelo de soja é um ingrediente rico em aminoácidos essenciais que apresenta alto valor comercial, a redução da sua inclusão permite reduzir os custos de produção das rações. A ingestão de dietas com teor de proteínas acima da exigência do animal promove aumento na excreção de Nitrogênio, esse excesso de N significa desperdício de proteína que pode promover desequilíbrio da proporção carbono:nitrogênio no meio ambiente. Quanto mais bem balanceada os aminoácidos da dieta, menos nitrogênio será excretado na urina.

Referências: BERTECHINI, A. G. Nutrição de Monogástricos. Cap. 7: Metabolismo das proteínas (pag. 101 a 130) Lavras/MG: Editora UFLA, 2006, 301p. MOURA A. M. O conceito da proteína ideal aplicada na nutrição de aves e suínos. Revista Eletrônica Nutritime, v.1, n.1, p.31-34, julho/agosto de 2004. TAVERNARI, F. C. et al. Digestibilidade dos aminoácidos e aproveitamento da Energia pelos monogástricos. In.: Nutrição de não ruminantes. Editores: Sakomura, N. K et al.; Jaboticabal: FUNEP, 2014. Seção VII: Pag. 555 a 568.

QUESTÃO Nº 11 A vantagem nutricional dos ovos está associada à qualidade do produto oferecido ao consumidor, que é determinado por um conjunto de características que podem influenciar na aceitabilidade comercial do produto. A qualidade do ovo é uma medida das características desejadas e valorizadas pelos consumidores, considerando aspectos nutricionais, sanitários e a ausência de resíduos químicos, entre outros.


ALCÂNTARA, J.B. Qualidade físico-química de ovos comerciais: a avaliação e manutenção da qualidade. 2012. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012 (adaptado). A respeito da qualidade do ovo, é correto afirmar que: A. A dieta de poedeiras interfere na quantidade e qualidade dos nutrientes do ovo, o que permite que sejam disponibilizados ao mercado diferentes tipos de ovos, tais como os enriquecidos com ácidos graxos poli-insaturados. B. A coloração da casca do ovo não é controlada geneticamente, pois a deposição de pigmentos depende de fatores relacionados à nutrição das poedeiras. C. Os ovos produzidos por poedeiras velhas apresentam qualidade da casca igual ou superior aos ovos produzidos por poedeiras jovens. D. O complexo de proteínas do ovo não serve como fonte significativa de aminoácidos na alimentação humana. E. A conservação por refrigeração, após a postura, impede a perda da qualidade do ovo. Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Aspectos quantitativos e qualitativos dos nutrientes dos ovos.

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira

Comentário: A respeito da qualidade do ovo pode-se afirmar que a dieta das poedeiras interfere na quantidade e qualidade dos nutrientes do ovo, o que permite que sejam disponibilizados ao mercado diferentes tipos de ovos, tais como os enriquecidos com ácidos graxos e poli-insaturados, o que torna correta a alternativa A. A alternativa B encontra-se incorreta já que a coloração da casca dos ovos é considerada um atributo genético. A alternativa C encontra-se incorreta já que normalmente a qualidade da casca dos ovos de poedeiras velhas apresenta-se inferior ao das poedeiras jovens. A alternativa D encontra-se incorreta já que o complexo de proteínas presente no ovo pode ser considerado uma fonte significativa de aminoácidos na alimentação humana. A alternativa E encontra-se incorreta já que a conservação por refrigeração, após a postura, por si só não impede a perda da qualidade do ovo.

Referências:


ALBINO, L.F.T. Galinhas poedeiras: Criação e alimentação; Editora CPT; 376 p.. 2014. COTTA, T. Galinha: Produção de ovos. Aprenda fácil editora; 265 p.; 2013.

QUESTÃO Nº 12 Nos dias de hoje, há grande preocupação, por parte dos governos e da população mundial, quanto ao acúmulo de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera, pois eles contribuem para o aquecimento global. Entre esses gases, o CO2, o CH4 e o N2 O são os mais importantes no âmbito da atividade agropecuária. Diante disso, a pecuária bovina brasileira tem sido alvo de inúmeras críticas relacionadas ao aquecimento global, devido ao rebanho numeroso, à prática de desflorestamento para expansão das áreas de pastagens, à baixa produtividade da maioria dos sistemas produtivos e à produção de metano no rúmen dos bovinos. Com base no texto acima avalie as afirmações que se seguem. I. A produção de metano é maior no rúmen, onde a fermentação favorece a produção de propionato e butirato. II. A monensina e a lasalocida apresentam a capacidade de alterar o metabolismo de nitrogênio no rúmen, aumentando ali, a degradabilidade da proteína dietética, o que é favorável para melhorar a eficiência dos animais. III. O uso de sistemas de terminação de animais mais precoces é interessante para a gestão ambiental, porque a produção de metano por quilo de produto é inferior quando comparado a sistemas mais tardios. IV. Animais a pasto possuem como principal fonte de energia os carboidratos fibrosos (celulose e hemicelulose) presentes nas forrageiras, que ao serem fermentados, produzem grande quantidade de propionato em relação aos outros ácidos graxos voláteis (AGV). V. Os aditivos ionóforos podem reduzir a produção de metano no rúmen, tanto em sistemas de produção a pasto, como em confinamento, já que essas moléculas inibem o crescimento de bactérias gram-positivas, por meio de alterações na permeabilidade das membranas plasmáticas dessas bactérias. É correto apenas o que se afirma em A. I e II. B. I e IV. C. II e V. D. III e IV. E. III e V.

Gabarito: E

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Nutrição de ruminantes: Parâmetros de fermentação ruminal.


Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário:

A fermentação no rúmen favorece a maior produção de acetato. A produção de metano no rúmen representa de 8 a 10% da energia bruta ingerida em dietas que apresentam alta porcentagem de fibra, como é o caso de bovinos que só ingerem capim. A monensina e a lasalocida apresentam a capacidade de alterar o metabolismo de nitrogênio no rúmen, REDUZINDO ali, a degradabilidade da proteína dietética, o que é favorável para melhorar a eficiência dos animais. A monensina e lasalocida são antibióticos ionóforos que alteram a fermentação ruminal controlando as bactérias Gram positivas, produtoras principalmente de succinato e lactato, o que resulta em fermentação mais

eficiente

no

rúmen,

com

menos

produção de

metano

proporcionalmente. A monensina reduz a degradação ruminal da proteína da dieta e diminui o fluxo de proteína microbiana para o intestino delgado e a proteína do alimento normalmente é mais digestível do que a proteína microbiana. As perdas de nitrogênio endógeno fecal podem ser reduzidas pelo ionóforo, e isto pode explicar parcialmente as maiores digestibilidades aparentes do nitrogênio. Uma considerável fração da proteína consumida pelo ruminante é fermentada pelos microrganismos ruminais produzindo amônia e AGV e, como a produção de amônia geralmente excede a capacidade de utilização, ela é acumulada no rúmen e se for absorvida pela parede ruminal será convertida em uréia pelo fígado. Parte desta uréia é reciclada e volta ao rúmen, mas a maioria é perdida na urina. Os ionóforos inibem o crescimento de bactérias ruminais proteolíticas, o que diminui as perdas de proteína na forma de amônia, sendo absorvida no intestino como aminoácidos. O uso de sistemas de terminação de animais mais precoces é interessante para a gestão ambiental, porque a produção de metano por quilo de produto é inferior quando comparado a sistemas mais tardios. Neste item é importante considerar que nos programas de mitigação de produção de gases de efeito estufa (GEE) considerase que bovinos que consomem só pasto e ganham pouco peso, mantêm peso, ou perdem peso, produzem pouca quantidade de GEE comparado com bovinos em confinamento que produzem maior quantidade de GEE por dia, porém quando se divide a quantidade de GEE produzido pela quantidade de ganho de peso gerado,


verifica-se que animais em confinamento produzem menos GEE por quilo de ganho de peso produzido. Animais a pasto possuem como principal fonte de energia os carboidratos fibrosos (celulose e hemicelulose) presentes nas forrageiras, que ao serem fermentados, produzem grande quantidade de ACETATO em relação aos outros ácidos graxos voláteis. Dos ácidos graxos voláteis (AGV) formados no rúmen, que agora são chamados de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC)

o acetato

(ácido acético)

representa 60 a 70%, o proprionato (ácido propiônico) 20 a 30%, e o butirato (ácido butírico) 5 a 10% do total dos ácidos produzidos no rúmen, variando conforme a proporção de carboidrato fibroso e não fibroso da dieta. Quanto mais fibrosa a dieta maior a % de acetato.

Referências: MORAIS, J. A. S et al. Aditivos. In. Nutrição de ruminantes. Editores: Telma Terezinha Brechielli, Alexandre Vaz Pires, Simone Gisele de Oliveira. Jaboticabal: Funep, 2006. Cap. 18: pag. 539-561p. SALMAN A. K et al. Utilização de ionóforos para bovinos de corte. – Porto Velho, RO: Embrapa Rondônia, 2006. 20 p. (Documentos / Embrapa Rondônia, ISSN 01039865; 101). VALADARES FILHO, S.C. e PINA, D. S. Fermentação Ruminal. In.: Nutrição de ruminantes. Editores: Telma Terezinha Brechielli, Alexandre Vaz Pires, Simone Gisele de Oliveira. Jaboticabal: Funep, 2006. Cap. 6: pag. 151 a 179.

QUESTÃO Nº 13 A figura a seguir representa um esquema de fazendas que adotam um sistema de produção de leite, utilizando apenas novilhas e vacas F1 (½ Zebu x ½ Holandês). Nessa situação, nas fazendas leiteiras, novilhas e vacas F1 são inseminadas com sêmen de touros de raças de corte, e todos os produtos, machos e fêmeas, são destinados à venda. A aquisição de novilhas de reposição é feita em fazendas comerciais de gado de corte, que destinam parte de suas vacas Zebu à inseminação com sêmen de touro Holandês, visando à produção e comercialização de fêmeas F1 às fazendas produtoras de leite. Esquema de reposição com fêmeas F1. H = Holandês.


GUIMARÃES, P.H.S.; MADALENA, F.E.; CEZAR, I.M. Comparative economics of Holstein/Gir F1 dairy female production and conventional beef cattle suckler herds – A simulation study. Agricultural Systems, v.88, p. 111-124, 2006 (adaptado). Considerando o esquema apresentado na figura, avalie as afirmações que se seguem. I. A heterose é máxima no grupo genético F1, consequentemente os produtores de leite terão maior rentabilidade na produção com fêmeas F1 devido à melhor eficiência reprodutiva, melhor adaptação, maior longevidade e lucratividade desse grupo genético, quando comparada às fêmeas das raças puras e aos demais grupos genéticos que poderiam ser produzidos a partir do cruzamento das fêmeas F1. II. A heterose é máxima no grupo genético F1, consequentemente os produtores de bovinos de corte terão boa rentabilidade e maior flexibilidade de produção com a venda de novilhas F1 aos produtores de leite e, também, com a comercialização de machos F1 destinados ao mercado de reprodutores, dado que a elevada heterose propicia alto valor genético. III. A aquisição de novilhas de reposição fora do rebanho leiteiro simplifica o processo de substituição de vacas descartadas, pois o produtor de leite pode adquirir novilhas de elevado valor genético por preço compensador. IV. A aquisição de novilhas de reposição fora do rebanho leiteiro dificulta o processo de substituição de vacas descartadas, pois o produtor de leite não participa do processo de cruzamento dos reprodutores e tem que comprar as novilhas que estão disponíveis no mercado. V. Os cruzamentos empregados nas fazendas de leite têm a vantagem adicional de tornar esse sistema mais flexível, o que possibilita a oferta de produtos a diferentes mercados. Além de venderem leite, os produtores também comercializam bovinos cruzados no mercado de carne, tornando o sistema de produção menos dependente das flutuações do mercado lácteo. É correto apenas o que se afirma em A. II e III. B. I, II e IV. C. I, III e V.


D. I, IV e V. E. II, III, IV e V

Gabarito: D

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Cruzamentos e heterose. A questão envolve um sistema de cruzamentos, que tem, como objetivo, além do aproveitamento da heterose manifestada nos animais F1, permitir ao produtor maior flexibilidade em seu sistema de produção. É importante notar, no sistema proposto, que apenas as fêmeas F1 são utilizadas nas fazendas leiteiras. Machos F1 provenientes das fazendas de corte, assim como os bezerros produzidos pelas fêmeas F1 são enviados ao mercado, saindo do sistema.

Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos

Comentário: A afirmativa I está correta. A heterose máxima, em um sistema de cruzamentos, é realmente atingida na primeira geração de cruzamentos (F1), que irá produzir fêmeas mais produtivas e adaptadas. Na afirmação II, é dito que “... a heterose propicia alto valor genético.”, o que é incorreto, uma vez que heterose é um fenômeno genético que envolve efeitos nãoaditivos no genótipo do indivíduo, e o valor genético é justamente a parte do valor fenotípico do indivíduo determinada apenas pelos efeitos aditivos. Há, portanto, uma contradição entre esses dois conceitos. Na afirmação III, novamente, é dito que as novilhas F1 terão “alto valor genético”, o que é incorreto, pois o maior valor produtivo destas fêmeas deve-se ao efeito da heterose, e não do seu valor genético. Além disso, a aquisição de fêmeas de outros rebanhos é sempre o ponto questionável dos sistemas de cruzamento, pois neste momento o produtor fica vulnerável à oferta de novilhas, como é corretamente afirmado na alternativa IV. A afirmativa V é correta. Uma das justificativas de se utilizarem sistemas de cruzamentos é a maior flexibilidade que este sistema dá, à cadeia produtiva.


Referências: PEREIRA, J. C. C., Melhoramento genético aplicado à produção animal. 6ª. Ed. FEPMVZ, Belo Horizonte, 758 p. 2012. (CAPÍTULO 13, p.258) KINGHORN, B.; WERF, J.; RYAN, M. Melhoramento Animal, uso de novas tecnologias. Fealq, Piracicaba, 367 p. 2006. (CAPÍTULO 4, p.59) BOURDON, R. M. Understanding animal breeding 2nd. Ed., Prentice Hall, New Jersey, 538 p. 2000. (CAPÍTULO 17, p.333)

QUESTÃO Nº 14 No processo de avaliação genética e seleção dos animais, considera-se que o desempenho do indivíduo (P), também chamado de fenótipo, é influenciado por sua constituição genética (G) e pelo ambiente (E), como demonstra o modelo: P = G + E. Entretanto, do ponto de vista biológico, o efeito do genótipo de um indivíduo está sujeito a condições ambientais do local em que ele é criado. Assim, surge um terceiro componente que é a interação genótipo-ambiente (GxE), gerando o modelo clássico composto por três elementos, como segue: P = G + E + (GxE). A interação genótipoambiente pode ser conceituada como a mudança no desempenho de genótipos medidos em dois ou mais ambientes. Genótipo pode ser entendido como raças ou composições raciais, linhagens etc. Já o ambiente abrange uma ampla gama de fatores como regiões geográficas, sistemas de manejo, tipo de alimentação, época de produção, entre outros. As figuras a seguir mostram o peso dos animais de duas diferentes raças (A e B) criados em dois ambientes distintos (1 e 2).

Com base nas figuras apresentadas, avalie as afirmações que se seguem. I. Houve interação genótipo-ambiente nas figuras 1, 2 e 3, pois o comportamento das duas raças quanto ao peso foi diferente nos dois ambientes observados. II. Na figura 2, não houve alteração no mérito relativo dos animais quanto ao peso das duas raças. Entretanto, verificou-se interação genótipo-ambiente devido à magnitude das diferenças do peso das duas raças nos ambientes 1 e 2. III. Na figura 3, houve interação genótipo-ambiente, pois observou-se que o comportamento dos animais das raças A e B, quanto ao mérito relativo nos ambientes 1 e 2, em relação ao peso, foi diferente nos dois ambientes considerados. IV. Houve interação genótipo-ambiente nas figuras 2 e 3; na figura 2, a interação é observada pela alteração nas diferenças de peso entre as duas raças; e, na figura 3, houve alteração no ranking dos animais nos dois ambientes. V. Nas figuras 1, 2 e 3, houve interação genótipo-ambiente caracterizada pelo mérito relativo referente ao peso dos animais ser diferente nos dois ambientes. Entretanto, a


figura 1 mostra uma diferença mais discreta em relação às outras duas. É correto apenas o que se afirma em A. I, II e V. B. I, III e IV. C. I, IV e V. D. II, III e IV. E. II, III e V.

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Interação Genótipo X Ambiente. A questão envolve os conceitos de interação genótipo ambiente (GxE), que é um fenômeno observado quando se comparam pelo menos dois grupos genéticos, em pelo menos dois ambientes diferentes, e, ou a ordem relativa de mérito dos grupos comparados se altera, entre um ambiente e outro, ou a magnitude da diferença entre os grupos genéticos comparados se altera, entre um ambiente e outro, ou ambos os eventos ocorrem (alteração na ordem de mérito e na magnitude da diferença entre os grupos comparados).

Autor(a): Breno de Farias Vasconcelos

Comentário: São apresentadas três figuras em que, na primeira, entre o ambiente 1 e o ambiente 2, nem a ordem de mérito relativo, nem a magnitude das diferenças se altera, evidenciando a ausência de interação GxE. Na segunda figura, há alteração na magnitude das diferenças, e na terceira, há alteração n ordem de mérito entre os grupos comparados nos diferentes ambientes, indicando que nestas duas situações a interação GxE esteve presente. Assim, pode-se afirmar que a afirmativa I está incorreta, pois nesta se afirma que houve interação GXE nas três situações. A afirmativa II está correta, pois esta descreve exatamente o que ocorreu na situação 2, que foi a alteração na magnitude das diferenças entre os grupos, nos ambientes 1 e 2, ainda que não tenha havido alteração na ordem de mérito.


A afirmativa III também está correta, houve interação GxE pois a ordem de mérito entre os grupos comparados, na figura 3, foi alterada. A afirmativa IV também está correta. Nesta são descritas as interações que foram apresentadas nas figuras 2 e 3, em que houve aumento da diferença entre os grupos, no caso 2, e mudança no mérito relativo dos animais de cada raça, no caso 3. A afirmativa V esta incorreta, pois nesta é dito que houve interação GxE nas três situações, sugerindo, apenas, que na situação apresentada na figura 1 esta interação tenha sido mais discreta. Como as retas representadas na figura 1 são paralelas, o gráfico indica, com clareza, que não houve nem alteração no mérito relativo das raças, nos diversos ambientes, nem variação na diferença entre as raças. Não houve, portanto, interação GxE, neste caso. Referências: PEREIRA, J. C. C., Melhoramento genético aplicado à produção animal. 6ª. Ed. FEPMVZ, Belo Horizonte, 758 p. 2012. (CAPÍTULO 8, p.116) BOURDON, R. M. Understanding animal breeding 2nd. Ed., Prentice Hall, New Jersey, 538 p. 2000. (CAPÍTULO 1, p.3)

QUESTÃO Nº 15 Os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais pela garantia de maciez, sabor e origem da carne e passaram a ficar mais atentos à rastreabilidade, marcas e rótulos de cortes nobres. Dessa forma, para atender a essa demanda, nos últimos anos a indústria da carne tem investido em produtos diferenciados para clientes exigentes e dispostos a pagar mais pela qualidade. De modo semelhante, o crescimento das pesquisas nessa área no Brasil foi significativo, disponibilizando grande número de informações sobre o tema. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2013 (adaptado). Acerca de informações provenientes de estudos relativos à qualidade da carne, avalie as afirmações a seguir. I. Quanto maior a proporção de fibras glicolíticas no músculo dos animais, menor será a queda no pH muscular após o abate, o que favorecerá a obtenção de carne com qualidade. II. Fibras musculares é uma nomenclatura correta para as células que constituem o músculo e estão presentes em três diferentes tipos nos mamíferos: glicolíticas, intermediárias e oxidativas. III. O processo de transformação de músculo em carne depende da redução do pH e da ativação do complexo enzimático calpaína-calpastatina. IV. A formação do tecido muscular é denominada miogênese e ocorre durante


o desenvolvimento pré-natal e o pós-natal, quando o processo de hiperplasia das células musculares se manifesta. V. O correto manejo pré-abate permite o aumento do pH do músculo post-mortem, o qual é fundamental para assegurar a qualidade da carne bovina. É correto apenas o que se afirma em A. I e II. B. I e V. C. II e III. D. III e IV. E. IV e V.

Gabarito: C

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: transformação bioquímica do músculo em carne

Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma

Comentário O item I está errado. Quanto maior a proporção de fibras glicólíticas, ou seja,fibras brancas no músculo dos animais,maior será a queda do PH, que induz o aparecimento de carnes PSE. O item II está correto. As fibras musculares dos mamíferos constituem em fibras brancas ou glicolíticas, fibras intermediárias e fibras vermelhas oxidativas. O item III está correto. O processo de transformação do músculo em carne se da pela queda do PH até o ponto isoelétrico da desnaturação das proteínas ativada pela liberação do cálcio que ativa o complexo das proteinases calpainas e calpastatina. O item VI está errado. A formação do tecido muscular é denominada miogênese.(correto).

A

formação

do

tecido

muscular

ocorre

durante

o

desenvolvimento pré-natal (correto). O desenvolvimento pós-natal é denominado hipertrofia e não hiperplasia das células musculares. O item VI está errado. O correto manejo permite a diminuição ou queda do PH do músculo pela glicólise anaeróbica do glicogênio recomposto no pré-abate. Referências: GOMIDE, L.A.D.M. et al. Tecnologia de abate e tipifcação de carcaças. 2 ed. Viçosa: UFV, 2014.


QUESTÃO Nº 16 A cólica em eqüinos é uma das mais freqüentes causas de óbito, principalmente em animais mantidos estabulados. Entre os fatores predisponentes à sua ocorrência incluem-se: mudanças bruscas na dieta, excesso de amido na dieta, arraçoamento após longo período de jejum, uso de ingredientes de má qualidade, entre outros. A cerca da cólica em eqüinos, avalie as afirmações a seguir. I. O fornecimento de concentrado em cochos coletivos constitui-se em fator predisponente à ocorrência de cólica, recomendando-se o arraçoamento individual. II. O fornecimento de volumoso com alto teor de lignina pode predispor a ocorrência de cólica, devido ao aumento da fermentação cecal. III. Devido à alta demanda energética após o exercício, recomenda-se o pronto fornecimento, ad libitum, de dietas de alta energia no intuito de evitar o catabolismo muscular e a cólica. IV. Um correto programa sanitário, que inclua desverminações periódicas, contribui para diminuir a ocorrência de cólica. V. O fornecimento de água logo após o exercício é recomendado em razão da necessidade de reposição hídrica nesse momento, além de prevenir a ocorrência de cólica. É correto apenas o que se afirma em A. B. C. D. E.

II e III. I, II e IV. I, II e V. III, IV e V. I, III, IV e V.

Gabarito: B

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Distúrbios metabólicos em eqüinos.

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira

Comentário:

As afirmações apresentadas em I, II e IV encontram-se corretas, tendo em vista a ocorrência de cólicas em equinos. A afirmação apresentada em III encontra-se errada, já que o fornecimento ad libitum de dieta de alta energia após o exercício


poderia agravar os casos de cólica. A afirmação apresentada em V encontra-se errada já que o fornecimento de água logo após o exercício não previne a ocorrência de cólicas.

Referências: CINTRA, A. G. C. O cavalo: características, manejo e alimentação. São Paulo: Roca, 2011. JORGE, José Luiz. Conversando sobre cavalos. Porto Alegre: Rígel, 2008.

QUESTÃO Nº 17 O manejo pré-abate está diretamente ligado ao bem-estar animal, sendo que em diversos países vigora a adoção das técnicas de abate humanitário. Essas técnicas são definidas como o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais durante o embarque na propriedade rural e o manejo no frigorífico. Cumpre ressaltar que o abate humanitário não é só sinônimo de qualidade sanitária, mas também de qualidade ética, além de fazer parte da preocupação dos consumidores. Disponível em: <http://www.wspabrasil.org>. Acesso em: 4 set. 2013 (adaptado). Acerca do abate humanitário, avalie as afirmações que se seguem. I. O transporte é uma das etapas importantes do abate humanitário e, se realizado de forma inadequada, poderá ocasionar grande estresse aos animais, o que pode comprometer a qualidade da carcaça. II. Caso os procedimentos de abate provoquem estresse nos animais, há possibilidade de que sejam produzidas carnes de pior qualidade, devido à redução nas concentrações de glicogênio no músculo, que impede a produção de lactato e a queda do pH. III. O uso de currais de espera nos frigoríficos deve ser evitado, pois os animais são entregues após serem submetidos ao jejum nas propriedades rurais. IV. A insensibilização é uma etapa imprescindível ao abate humanitário e é responsável por deixar o animal inconsciente até o final da sangria. V. A produção de carne escura, firme e seca (DFD) pode ocorrer quando os animais são submetidos ao estresse e não possui relação com o tempo de prateleira. É correto apenas o que se afirma em A. I, II e III. B. I, II e IV. C. I, III e V.


D. II, IV e V. E. III, IV e V.

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Abate de humanitário

Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma

Comentário: O item I é verdadeiro porque o transporte já é uma etapa estressante e quando inadequado provoca quedas e pisoteios, podendo provocar até a morte dos animais. O item II é verdadeiro porque a baixa concentração de glicogênio muscular leva a formação de carnes DFD. O item III está incorreto tendo em vista que o uso do curral de espera é justamente para repor o glicogênio muscular e nem sempre se faz jejum na propriedade. O item IV é verdadeiro e por isto é chamado abate humanitário, de acordo com a IN 03/MAPA. O item V está incorreto porque possui relação intima com a vida de prateleira pois a carne DFD é mais perecível

Referências: GOMIDE, L.A.D.M. et al. Tecnologia de abate e tipifcação de carcaças. 2 ed. Viçosa: UFV, 2014. BRASIL. Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Instrução Mormativa 03, 2003.

QUESTÃO Nº18 A suinocultura é uma das atividades econômicas mais importantes do Brasil. Porém, o manejo inadequado de seus resíduos causam a contaminação da água e do solo, além da emissão de gases de efeito estufa. Um dos processos para tratamento dos dejetos de suínos é a digestão anaeróbica, processo em que bactérias atuam na ausência de oxigênio, atacando a estrutura de materiais orgânicos complexos e


produzindo compostos simples, como o metano. O biogás pode ser aproveitado no estabelecimento rural como fonte de energia térmica ou elétrica em substituição aos combustíveis fósseis ou à lenha. Na tecnologia de digestão anaeróbica, o biogás é A. um produto que pode conter quantidades variáveis de substâncias nocivas e de gases corrosivos, exigindo monitoramento contínuo de sua qualidade e manejo adequado dos dejetos que são encaminhados para o biodigestor. B. uma mistura cuja qualidade energética dependerá do maior teor de água existente nos dejetos, pois a água é essencial para a sobrevivência e a eficiência das bactérias anaeróbicas no biodigestor. C. um produto inodoro e livre de gases poluentes; no entanto, o resíduo da biodigestão necessita passar por processos de remoção de substâncias nocivas ao ambiente. D. um produto cujo poder calorífico não está diretamente relacionado ao teor de metano e sim à eficiência do biodigestor em digerir maior quantidade de resíduos orgânicos. E. uma alternativa ecologicamente correta, tendo em vista que os gases produzidos não contribuem para o efeito estufa.

Gabarito: A

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Produção de biogás a partir de dejetos suínos

Autor(a): Bruno de Souza Mariano

Comentário: A. um produto que pode conter quantidades variáveis de substâncias nocivas e de gases corrosivos, exigindo monitoramento contínuo de sua qualidade e manejo adequado dos dejetos que são encaminhados para o biodigestor.

A composição do biogás é, em sua maioria, metano e gás carbônico A utilização de biodigestores no tratamento de dejetos de suínos além de reduzir a carga orgânica dos dejetos e as substancias toxicas, também diminui a emissão de Gases de Efeito Estufa com a possibilidade de gerar energia, para que o processo anaeróbio seja


eficiente, diversos fatores devem ser observado quanto ao material (dejetos) que irá ser colocado no Biodigestor tais como: pH, alcalinidade, temperatura, relação de nutrientes, amônia, sulfato e metais pesados, sólidos totais, devem estar em acordo com as suas necessidades. Portanto a qualidade de dejetos que serão encaminhados devem ser de boas, fazendo com que a questão esteja correta.

B. uma mistura cuja qualidade energética dependerá do maior teor de água existente nos dejetos, pois a água é essencial para a sobrevivência e a eficiência das bactérias anaeróbicas no biodigestor.

A biodigestão anaeróbia consiste na degradação da matéria orgânica em meio anaeróbio, no qual vários microrganismos interagem, promovendo a transformação de compostos orgânicos complexos em produtos simples, principalmente nos gases metano e dióxido de carbono. O efeito das variações da temperatura sobre o desempenho de reatores mesófilos (35 °C) e termófílos (55 °C) com água residuária, demostram que a queda de temperatura causa menor eficiência na remoção de demanda química de oxigênio (DQO) e de sólidos suspensos, menor produção de biogás e acúmulo de ácidos graxos voláteis As Bactérias Anaeróbicas, o ATP é obtido por um processo chamado de Fermentação, portanto não há presença de oxigênio, por isso é anaeróbica, sendo assima agua não é essencial para a sobrevivência e a eficiência das bactérias anaeróbicas no biodigestor.Fazendo a questão ser falsa.

C. um produto inodoro e livre de gases poluentes; no entanto, o resíduo da biodigestão necessita passar por processos de remoção de substâncias nocivas ao ambiente.

O Biogás é formado, principalmente, por metano, dióxido de carbono, gás amônia, sulfeto de hidrogênio e nitrogênio, combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural, composto, notadamente, por hidrocarbonetos de cadeia curta e linear, combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural, composto, notadamente, por hidrocarbonetos de cadeia curta e linear, O metanoé incolor, altamente combustível, queima com chama azul lilás sem deixar fuligem e com poluição mínima. O sulfeto de hidrogênio (H2S) confere ao biogás o odor pútrido característico da mistura quando o gás é liberado, portanto ao ser liberado o biogás não é inodoro, também não sendo livre de gases


poluentes, fazendo a questão ser falsa.

D. um produto cujo poder calorífico não está diretamente relacionado ao teor de metano e sim à eficiência do biodigestor em digerir maior quantidade de resíduos orgânicos.

Por se tratar de um processo biológico é necessário manter condições favoráveis para que ocorra a eficiência do mesmo, a qual pode ser afetada por vários fatores que podem favorecer ou não o processo, como a degradação do substrato, o crescimento e declínio dos microrganismos, teor de metano e a produção de biogás. Entre estes fatores podemos citar a temperatura, pH (potencial hidrogeniônico), composição do substrato, a porcentagem de sólidos totais e a interação entre os microrganismos envolvidos, portanto tem uma relação direta com o teor de metano, fazendo com que a questão esteja falsa.

E. uma alternativa ecologicamente correta, tendo em vista que os gases produzidos não contribuem para o efeito estufa.

Existem variações quanto à porcentagem de cada gás na composição final do biogás, sendo basicamente composto por 40 a 75% de metano, 25 a 40 % de dióxido de carbono e os demais gases como leves traços. Aqui uma afirmativa simples e de fácil compreensão, pois o biogás produz gases que definitivamente são nocivos ao efeito estufa, , fazendo com que a questão esteja falsa.

Referências: Seganfredo. M. A. Gestão Ambiental na Suinocultura. Embrapa. Brasilia. FERREIRA. R. A. Suinocultura: Manual Pratico de Criação. Viçosa – MG. Aprenda Fácil. 2012. MAFESSONI, E. L. Manual Pratico para Produção de Suínos.Guaiba – RS. Agrolivros. 2014.

QUESTÃO Nº 19 O solo constitui o substrato para as atividades agropastoris e sua qualidade é dependente do manejo ao qual é submetido. Na definição de qualidade do solo, está


implícita a noção de sustentabilidade, na qual um sistema sustentável deve ser o mais parecido possível com um sistema natural, em que a interferência do ser humano seja a mínima necessária. Porém, para a implantação de uma cultura, o preparo do solo deverá fornecer condições necessárias até certa profundidade, favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular e, consequentemente, levando a uma produção máxima dentro das possibilidades de clima e nutrição da planta. EVANGELISTA, A.R.; LIMA, J.A. Formação de pastagem: primeiro passo para a sustentabilidade. In: OBEID, J.A.; PEREIRA, O.G.; FONSECA, D.M.; NASCIMENTO JUNIOR, D. (Coord.). Simpósio sobre manejo estratégico de pastagem. 1ª ed. Viçosa-MG: Universidade Federal de Viçosa, 2002. p.1-41. Considerando a importância do preparo e do manejo sustentável do solo, avalie as afirmações que se seguem. I. O preparo do solo deve propiciar o máximo escoamento da água da chuva, a fim de evitar acúmulo da água. II. No preparo do solo, devem ser incorporados restos de culturas e deve ser feito o controle de plantas daninhas. III. As operações de preparo do solo, tais como a aração e a gradagem, proporcionam modificações físicas que diminuem os riscos de erosão. IV. O solo preparado deve ficar suficientemente solto e em condições adequadas para receber as sementes ou as mudas da espécie forrageira a ser implantada. V. No preparo do solo, devem ser utilizadas práticas de uso e manejo que evitem a pulverização e a compactação e que o protejam da ação erosiva das chuvas. É correto apenas o que se afirma em (A) I, II e III (B) I, II e IV (C) I, III e V (D) II, IV e V (E) III, IV e V

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Manejo e conservação do solo

Autor(a): Marco Aurélio Pessoa de Souza

Comentário: I)

Errado: O preparo do solo deve na realidade evitar que ocorra o escoamento


da água. Tecnicamente, a água deve ter facilidade de entrada no solo, a medida que se aumenta a macroporosidade. O escoamento superficial da água, também conhecido por “runoff” só ocorre quando o solo não tem capacidade de infiltração, formam-se poças na superfície devido esta condição, e dependendo da declividade do relevo a água inicia o escoamento, e como consequência processos erosivos. II)

Correto: faz parte dos tratos de preparo do solo a incorporação de calcário, em caso de plantio direto ou cultivo mínimo, a incorporação dos restos culturais, advindo do plantio anterior. Bem como o controle de plantas daninhas com herbicidas pré emergentes, e pós emergentes em caso de alta infestação.

III)

Errado: Apesar de ser o procedimento correto a ser feito, por fazer parte de um itinerário técnico, a aração proporciona o revolvimento do solo, e como consequência a quebra de toda estrutura do solo na espessura do disco do arado, isso facilita o desprendimento de partículas à medida que a água da chuva acessa a superfície do solo. O desprendimento é provocado por um efeito da energia potencial das gotas da chuva, conhecido por “splash” ou salpicamento. As partículas se desprendem e em função da sua massa (primeiro areia, depois silte e por fim argila – do maior para o menor), e compõe o runoff ou escoamento superficial.

IV)

Correto: As sementes precisam de um solo sem resistência física, e com os fluxos dinâmicos facilitados (o preparo do solo proporciona isso, pelo quebra das estruturas). A temperatura deve estar acima de 15ºC para que a germinação aconteça e, além disso, com uma capacidade de campo (ou seja, uma quantidade de água permanente) adequada.

V)

Correto: Esta última afirmação faz o fechamento da questão. O preparo do solo é uma fase delicada na produção vegetal. O sucesso em termos de produção se deve à forma como o solo é tratado na implantação da cultura, quer seja ela perene ou não. Preparar o solo implica em revolver a terra até cerca de 30 cm de profundidade, ou seja, a ideia principal é trazer elementos que estão em profundidade para a superfície e vice-versa. Geralmente, esta prática é feita uma passada do trator, e fazer isso além do necessário pulveriza o solo e o torna ainda mais desprotegido para perder partículas por escoamento superficial, e dessa forma, erosão. Excesso de maquinário, pode também, contrariamente, compactar o solo e dificultar a infiltração da água, e também o escoamento de partículas na superfície.

Referências:


GUERRA, A.J.T.; BOTELHO, R.G.M. O início do processo erosivo. In: GUERRA, A.J.T.; SILVA, A. S.; BOTELHO, R. G. M.. (Org.). Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. p. 15-55. BERTONI, Jose; LOMBARDI NETO, Francisco. Conservação do solo. 4 ed. São Paulo: Icone, 1999. 355 p. LEPSCH, I.F. Formação e Conservação dos Solos. 2 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 216 p.

QUESTÃO Nº 20

A introdução de árvores e arbustos em pastagens de gramíneas pode acarretar vários benefícios, ocorrendo, em alguns casos, externalidades positivas que ultrapassam os limites das pastagem ou da propriedade. Em relação ao sistema silvipastoril, avalie as afirmações que se seguem. I.

Com o objetivo de otimizar a produção forrageira, deve-se plantar as árvores no sentido norte-sul a fim de maximizar o efeito da sobra sobre os animais. II. Uma maneira de aumentar a biomassa e a diversidade vegetal em um sistema de produção animal é a utilização do silvipastoralismo, que consiste na implantação de pastagem em áreas de reflorestamento. III. O desenvolvimento do sistema radicular das árvores favorece as condições físicas do solo, melhorando sua estrutura e aumentando a porosidade e a capacidade de retenção de água, o que gera benefícios para as espécies forrageiras utilizadas no sistemasilvipastoril. IV. O sistema silvipastoril contribui para a conservação do solo e melhora o aproveitamento da água das chuvas, além de possibilitar outros serviços ambientais, como a conservação da biodiversidade e o armazenamento de carbono no solo. É correto apenas o que se afirma em: A. I e II B. II e III C. III e IV D. I, II e IV E. I, III e IV

Gabarito: C

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Sistema Agrosilvopastoril


Autor(a): Verner Eichler

Comentário: Opção I – Como o objetivo é otimizar a produção forrageira, deve-se plantar as árvores no sentido Leste-Oeste (sentido do percurso do sol). Desta forma, visa-se maximizar a incidência de luz na forrageira para maximizar a sua produção. O plantio de árvores no sentido Norte-sul maximiza o efeito de sombra sobre os animais e reduz a produção forrageira pelo maior sombreamento. Opção II – Uma maneira de aumentar a biomassa e a diversidade vegetal em um sistema de produçãoanimal é com implantação de árvores em áreas de pastagens e não de pastagens em áreas de reflorestamento que, pressupõe que a atividade principal é a floresta e esta não será derrubada para aumentar a lucratividade do pecuarista. Opção III – Em quaisquer sistemas de produções, são conhecidos os efeitos benéficos das implantações de árvores. Estas apresentam vasto sistema radicular, tanto em extensão horizontal quanto em profundidade, ajudando na reciclagem de nutrientes, melhorando a estrutura do solo e a porosidade pela morte e decomposição de parte de suas raízes, anualmente, além de melhorar a disponibilidade de nutrientes para as pastagens e elas associadas, principalmente do nitrogênio, quando as árvores forem compostas de leguminosas. Opção IV – Devido a extensão do sistema radicular e com a restauração da estrutura do solo, bem como pela redução do impacto da gota de chuva, os seus efeitos na conservação do solo são importantes pois reduzem/impedem a erosão do solo.

Com o aumento da porosidade, ele aumenta a infiltração das águas das

chuvas, ajudando na perenização de córregos de água, na vida animal e também na captura e armazenamento de carbono no solo pelo aumento no seu contéudo de matéria orgânica.

Portanto, as opções corretas são as III e IV.

Referências: OLIVEIRA, L. et alii. Evolução de Sistemas de Integraçãop Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): estudo de caso da Fazenda Santa Brígida, Ipameri, Go. 2. ed. Embrapa Cerrados: Planaltina, DF, 2015. 50 p. (Documentos, 318).


KLUTHCOUSKI, J; STONE, L.F. & AIDAR, H. Integração Lavoura-Pecuária. Embrapa Arroz e Feijão: Santo Antônio de Goiás, Go, 2003. 570 p.

QUESTÃO Nº 21 Em um dia de campo, foi abordado o conjunto de operações destinadas à produção de silagem de milho, entre as quais, foi discutida a determinação do ponto de colheita. O ponto de colheita é uma etapa primordial para a obtenção de uma silagem de alta qualidade e, no campo, esse ponto pode ser determinado com o “teste da mão”, que consiste em averiguar o equilíbrio entre o ponto ideal de corte dos grãos (farináceoduro) e da planta (de 32 a 38% de matéria seca). Para isso, são cortadas de 5 a 10 plantas ao acaso no meio da lavoura, passam-se as plantas na ensiladeira/picadeira, retira-se uma amostra na mão e, comprimindo-a fortemente com os dedos, observase, ao abrir lentamente a mão, a condição da amostra. Guia de campo silagem. Disponível em: <www.sementesagroceres.com.br>. Acesso em: 2 ago. 2013 A respeito do “teste da mão” na determinação do ponto de colheita para ensilagem das plantas de milho, é importante observar se a amostra I. é desfeita rapidamente, o que indica que as plantas estão muito secas. II. umedece a mão, o que indica que as plantas estão no ponto ideal de silagem. III. é desfeita lentamente, o que indica que a planta está na faixa correta de matéria seca para ensilagem. IV. permanece agrupada, o que indica que a planta está com baixa percentagem de matéria seca, necessitando mais tempo de espera. V. fica quebradiça, o que indica que as plantas estão com alta percentagem de umidade e que há necessidade de pré secagem para a ensilagem. É correto apenas o que se afirma em A. I, II e V. B. I, III e IV. C. I, III e V. D. II, III e IV. E. II, IV e V.

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Alimentação animal. Produção e qualidade de silagem.


Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário: Quando as plantas estão no ponto ideal de silagem o material picado quando prensado entre as mãos não às umidecem. As mãos devem ficar secas. Fica quebradiça, o que indica que as plantas estão com alta percentagem de umidade e que há necessidade de pré secagem para a ensilagem. (incorreta). A frase está incorreta porque quando as plantas estão com alta percentagem de umidade o material picado não fica quebradiço e sim bastante úmido e com partículas bem cortadas e macias, umedecendo a mão. A planta de milho com alta umidade não deve se pré-secada, e sim esperar mais uns dias para a conclusão do desenvolvimento da planta que está na fase de acumulo de amido nos grãos, e portanto, deve ser colhida quando os grãos se apresentarem em estágio farináceo duro, indicando que a maior parte do amido foi armazenada nos grãos. Referências: LANA, R. de P. Nutrição e alimentação animal: mitos e realidades. Viçosa/MG: Ed. UFV, 2005. QUESTÃO Nº 22 A sustentabilidade ambiental e econômica de pequenas propriedades rurais prioriza a utilização, de forma racional e adequada, da terra e dos recursos naturais disponíveis, mantendo o potencial produtivo da propriedade. Nesse contexto, considerando a apicultura uma atividade econômica ecologicamente importante para o desenvolvimento de sistemas sustentáveis de agricultura familiar, avalie as afirmações que se seguem.

e

I. A apicultura gera inúmeras vantagens à agricultura familiar e à própria vegetação, pois as abelhas atuam na polinização de diversas espécies vegetais. II. A apicultura se adapta a quaisquer condições climáticas e consiste em uma atividade intimamente ligada aos recursos naturais, dependendo de sua manutenção e incentivando a proliferação das espécies vegetais melíferas. III. A apicultura pode ser atividade econômica principal ou complementar, sendo que seus produtos (mel, geleia real, própolis, pólen, cera e apitoxina) e serviços de polinização (aluguel de colmeias) podem alcançar valores superiores aos de muitos produtos da agricultura familiar.

É correto o que se afirma em A. II, apenas. B. III, apenas.


C. I e II, apenas. D. I e III, apenas. E. I, II e III.

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Cadeia produtiva do mel

Autor(a): Carlos Stuart Coronel Palma

Comentário: O item I está correto. A apicultura gera inúmeras vantagens para a agricultura familiar e meio-ambiente com o aumento da polinização e aumento da produção de alimentos. O item II está incorreto. Nem sempre a apicultura se adapta a quaisquer condições climáticas. E sua manutenção independe de incentivo de proliferação das espécies vegetais melíferas. O item III está correto. A cadeia produtiva do mel não termina na porteira da propriedade rural, podendo alcançar vários segmentos econômico-sociais com alta valorização dos produtos apícolas. Referências: Seeley, Tomas, D. Ecologia da abelha. Um estudo de adaptação na vida social. Porto Alegre. RS, Paixão editores LTDA. 2006.

QUESTÃO Nº 23 A caprinocultura no Brasil enfrenta diversos desafios sanitários, destacando-se as verminoses. As pastagens são a principal via de contaminação do rebanho por parasitas internos e externos e, em sistemas de produção extensivos ou semiextensivos, o contato diário dos animais com os parasitas aumenta as chances de contaminação e perpetuação do problema. Para o controle das verminoses em caprinos, entre outros procedimentos, recomenda-se o manejo da pastagem de forma


A. contínua, associado à utilização do controle biológico, com o pastoreio em conjunto de caprinos com outras espécies. B. rotacionada, associado à utilização do controle biológico, com o pastoreio alternado entre caprinos e outras espécies. C. contínua e com alta lotação, visando reduzir a altura da vegetação e, assim, melhorar a insolação sobre as plantas e o solo, o que auxilia na redução do número de larvas e de ovos de parasitas. D. rotacionada e com alta lotação, visando reduzir a altura da vegetação e, assim, melhorar a insolação sobre as plantas e o solo, o que auxilia na redução do número de larvas e de ovos de parasitas. E. rotacionada e priorizando a sua utilização nas primeiras horas do dia, quando a pastagem apresenta maior teor de umidade, o que auxilia na redução do número de larvas e de ovos de parasitas.

Gabarito: B

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Esta questão exige conhecimento dos alunos nos conteúdos ministrados nas disciplinas: caprinocultura e ovinocultura, parasitologia animal, fisiologia animal, nutrição de ruminates, forragicultura, morfologia das plantas forrageiras, fisiologia das plantas forrageiras e higiene e profilaxia rural. Nos sistemas de produção de pequenos ruminantes, a racionalização e a intensificação da utilização de pastagens é de extrema importância. Um grande entrave, para produção de caprinos é o convívio diário com quadros de verminose dentro do rebanho. Sabe-se que animais doentes, atingidos por verminoses, tem seu desempenho produtivo e reprodutivo reduzido, já que este quadro é caracterizado por diarreia intensa e anemia severa e, quando não tomado às devidas providências, leva a morte animal. A questão envolve conteúdos de várias disciplinas, uma vez que o aluno deve conhecer desde a estrutura morfológica e o manejo das plantas forrageiras e dos animais domésticos. Ciclos biológicos dos parasitas e das forrageiras, aspectos nutricionais, alimentar e fisiologia dos caprinos, além dos manejos das plantas e do ambiente, a fim de minimizar os problemas sanitários. Autor(a): Marlos Castanheira Comentário


O item a está incorreto. O manejo do pastejo implica em um grau de controle, tanto sobre o animal como do pasto. O pastejo contínuo é caracterizado pela presença contínua e irrestrita de animais em uma área específica durante o ano ou estação de pastejo. Para diminuir a contaminação da pastagem há a necessidade do piquete permanecer sem animais por vários meses, o que pode tornar esse manejo inviável, tanto para a qualidade nutricional da forrageira, quanto para o aproveitamento da capacidade de lotação das pastagens. O principal verme e causador de grandes prejuízos econômicos é oHaemonchuscontortus, um endoparasita hematófago, ou seja, sugador de sangue na qual um único parasita pode ingerir cerca de 0,05 ml/animal/dia. São encontrados no verdadeiro estômago (abomaso) do animal, sendo que, a contaminação ocorre pela ingestão de pastos contaminados com larvas L3 (forma infectante). Quando são ingeridas, evoluem de L3 para vermes adultos se alojando no abomaso, e além do problema de hematofagia, os vermes adultos liberam ovos nas quais irão contaminar os piquetes, disseminando assim a infestação e agravando o quadro na fazenda. A gravidade do quadro clínico é classificada em parasitose leve (<500), moderada (500 a 1.500), severa (> 1.500) e fatal (> 3.000 ovos), lembrando que o parasita fêmea coloca cerca de 10.000 ovos/dia.

O item b está correto. A associação de diferentes espécies animais em pastejo múltiplo é uma prática bem antiga. Entretanto, aspectos como a interação social, a utilização das plantas forrageiras, a distribuição de excrementos na pastagem, os impactos sobre o solo, a sanidade e a produtividade devem ser considerados. O distratoresta correto visto que, uma das estratégias para minimizar a infestação da população de nematódeos nas pastagens é a associação de herbívoros em pastejo, uma vez que, o pastejo seletivo pelo animal, somado às áreas de rejeição às dejeções, resulta em mosaico na pastagem, com áreas em que as plantas são submetidas à intensidade de desfolhação diferentes. Além disto, a utilização mais intensiva dos recursos pode ser possível considerando as diferenças anatômicas, fisiológicas, comportamentais e epidemiológicas das espécies envolvidas, utilizando a forragem produzida de maneira complementar. A preferência alimentar de bovinos e ovinos lanados é por gramíneas, dos ovinos deslanados por plantas herbáceas e dos caprinos por arbustos. Essas diferenças na habilidade seletiva caracterizam a evolução das espécies em diversos meios. Devido à grande seletividade no pastejo, os caprinos ingerem preferencialmente as partes mais novas e tenras das plantas e, consequentemente, mais nutritivas. Os diferentes hábitos de pastejo dos ovinos e caprinos, em pastagens exclusivas de gramíneas, podem interferir no grau de


contaminação por nematódeos. Do ponto de vista parasitário, há ocorrência de infecção cruzada das principais espécies parasitos entre a espécie caprina e ovina, o que não traria benefícios diretos, nesse aspecto. Por outro lado, entre bovinos ou equinos e ovinos existe benefícios do pastejo associado, simultâneo ou sucessivo, para o controle de nematodioses, haja vista a pequena ocorrência de infecção cruzada. O pastejo misto permite o controle de endoparasitas em bovinos, ovinos e caprinos através da redução na contaminação da pastagem. Esta prática é baseada na especificidade parasitária dos nematódeos, ou seja, larvas infectantes de ovinos, que forem ingeridas por outra bovinos, serão destruídas, pois não encontrarão ambiente adequado para o seu desenvolvimento no novo hospedeiro. Portanto, o pastejo misto ou alternado com bovinos e ovinos proporciona uma remoção mútua das larvas infectantes (L3) pela falta de especificidade entre parasitas e hospedeiros sobre a pastagem, diminuindo, desta forma, a contaminação em ambos hospedeiros e das pastagens. O pastejo misto ou alternado por animais de mesma espécie, mas de diferentes idades, pode produzir efeitos semelhantes, a imunidade dos animais mais velhos reduzem a contaminação das pastagens que serão oferecidas aos animais mais jovens. Teoricamente, o sistema de pastejo rotacionado auxilia no controle das nematodioses gastrintestinais pela quebra do ciclo infeccioso entre as pastagens e o hospedeiro durante o período em que estas são descansadas. Contudo, a longa sobrevivência de larvas L3 e a alta taxa de acúmulo de MS, com acelerada redução da qualidade, levam a inferência que o maior tempo de descanso da pastagem pode atenuar, porém não resolve o problema.

O item c está incorreto. A alta lotação é a relação entre o número de animais e a unidade de área específica que está sendo pastejada em qualquer momento. O uso de altas taxas de lotação no sistema de pastejo aumenta consideravelmente a infestação por helmintos (vermes). Uma vez que, quanto mais animais em uma mesma unidade de área, maior deposição de excretas e consequentemente, maior a taxa de contaminação por larvas eclodidas nas pastagens.

O item d está incorreto. As altas taxas de lotação animal alcançadas por sistemas intensivos de produção sob lotação intermitente (lotação rotacionada ou pastejo rotacionado) elevam o nível de contaminação das pastagens, exigindo a adoção de estratégias com o objetivo de diminuir a taxa de translação e/ou aumentar as condições desfavoráveis à sobrevivência das larvas na pastagem, sem comprometer a rebrota vigorosa e a persistência da planta forrageira. Seguindo o mesmo raciocínio,


deve-se observar também à forrageira a ser utilizada, uma vez que, plantas de crescimento prostrado, como osCynodon e a B.decumbens e B.humidicola, cobrem muito bem o solo, formando um relvado fechado e denso, e mesmo quando rebaixadas, impedem a adequada penetração da radiação solar e de ventos, contribuindo para a manutenção de um microclima favorável às larvas de helmintos por manter uma umidade relativa ainda alta, mesmo após períodos curtos de estiagem. Já plantas de crescimento ereto, como os cultivares de Panicummaximum e Brachiariabrizantha, devido às suas características morfológicas, possuem uma arquitetura mais aberta e cobrem uma menor área de solo deixando espaços vazios entre as touceiras, permitindo a penetração de raios solares e ventos que afetam a umidade e a estabilidade térmica do microclima, além de reduzirem a umidade das fezes, criando condições desfavoráveis ao desenvolvimento e sobrevivência de larvas. Além disso, alguns cultivares quando manejados sob lotação intermitente permitem uma altura de resíduo pós-pastejo mais baixa, a depender da fertilidade do solo, possibilitando uma maior penetração de luz e ventos na base da touceira, o que é prejudicial às larvas, ao mesmo tempo em que favorece o perfilhamento e o processo fotossintético da planta. O estrato inferior do dossel forrageiro alberga a maior concentração de larvas ao longo do perfil da pastagem, independente da espécie forrageira. No entanto, espécies prostradas facilitam o contato entre L3 e hospedeiro, por serem manejadas em alturas mais próximas ao solo. Práticas de manejo que promovam um pastejo mais intenso da forragem, de forma a atingir o estrato basal, predispõem a uma maior ingestão de L3 e, mesmo expondo as larvas a condições climáticas adversas, o potencial de infecção ainda é bastante elevado.

O item e está incorreto. A entrada dos animais nos piquetes deve ocorrer apenas após a secagem do orvalho, pois nesse momento as larvas infestantes migram para as partes mais baixas do relvado procurando melhores condições ambientais e os animais sofreriam menores infestações. O ciclo acontece da seguinte forma: os parasitas são eliminados nas fezes dos animais na forma de ovo e para que se desenvolvam até a forma de larva infectante (L3), o que acontece em média de 5-7 dias, necessitam de condições ambientais com temperatura ótima em torno de 2228°C e umidade relativa superior a 80%, ou seja, um ambiente quente e úmido, que pode ser encontrado na maior parte do país, particularmente na época chuvosa. As larvas L3 possuem a capacidade de migração tanto horizontal quanto vertical, podendo atingir o topo do dossel forrageiro que, por sua vez, está mais sujeito à desfolha pelos animais. Essas migrações são mediadas pela luz, temperatura e


umidade, tornando possível que as larvas atinjam o estrato superior da forragem quando a umidade é alta e a pastagem molhada, e retornem para os estratos mais inferiores durante o dia, evitando a dessecação pela radiação solar. Portanto, para causar infecção as L3 precisam ser ingeridas, e a altura da pastagem, assim como, o horário do pastejo, possuem grande influência sobre a taxa de ingestão diária de larvas (translação) pelos animais. Sendo assim, a principal estratégia é respeitar as alturas de resíduo pós-pastejo em lotação intermitente, associada ao início do pastejo cerca de 4 horas após o nascer do sol e a períodos de ocupação inferiores a 5 dias, colaborando para uma menor taxa de translação e redução do grau de infecção dos animais, diminuindo assim, a porcentagem de casos clínicos e a necessidade de uso de anti-helmínticos. Referências: RIBEIRO, S. D. de A. Caprinocultura: criação racional de caprinos. São Paulo: Nobel, 1997. GOUVEIA, A. M. G.; et al. Manejo para saúde de ovinos. Brasília: LK Editora, 2010. CAVALCANTE, A. C. R.; VIEIRA, L. da S.; CHAGAS, A. C. de S.; MOLENTO, M. B. Doenças parasitárias de caprinos e ovinos: epidemiologia e controle. Brasília, DF: EMBRAPA informação tecnológica, 2009.

QUESTÃO Nº 24 Atualmente, a avicultura brasileira apresenta diferentes tipos de instalações e equipamentos, dependendo do tempo de implantação da granja e do seu grau de atualização tecnológica. A localização da granja e as características da região têm forte influência sobre os parâmetros produtivos do frango de corte. Como exemplo, considere uma granja avícola localizada em uma região com altitude variando de 800 até 1.000 metros, temperatura média de 33o C e umidade relativa do ar de 82%. As aves dessa granja, aos 28 dias de idade, foram alojadas em um galpão do tipo convencional. Diante dessa situação e objetivando garantir um bom desempenho zootécnico, está correto. A. Reduzir o valor do balanço eletrolítico dietético para auxiliar o organismo a combater o quadro de alcalose respiratória. B. Aumentar o número de aves alojadas dentro do galpão para obter produção média de 44 Kg de frango por metro quadrado. C. Adicionar menadiona na água de beber das aves, com intuito de melhorar a digestibilidade dos carboidratos da dieta. D. Fornecer fotoperíodo de 23 horas de luz por dia, para estimular o consumo de ração e garantir um ganho de peso diário médio de 40 gramas. E. Pintar as telhas de amianto do telhado do galpão, na cor branca, para reduzir a temperatura interna até atingir a faixa de conforto térmico do frango de corte.


Gabarito: A

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Instalações, manejo e alimentação de frangos de corte.

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira

Comentário: Tendo em vista as condições da localização da granja mencionadas na questão (“...granja avícola localizada em uma região com altitude variando de 800 até 1.000 metros, temperatura média de 33o C e umidade relativa do ar de 82%.” Pode ser percebido que a mesma se localizava em região de altas temperaturas e umidade, estando elas com 28 dias de idade e alojadas em galpão convencional, a opção adequada para garantir bom desempenho zootécnico seria reduzir o valor do balanço eletrolítico dietético para auxiliar o organismo a combater o quadro de alcalose respiratória, o que torna correta a alternativa A. Referências: AÊTA, Fernando da Costa; SOUZA, Cecília de Fátima. Ambiência em edificações rurais: conforto animal. 2. ed. Viçosa: Ed. UFV, 2010. EURER. J. L. FISIOLOGIA aviária aplicada a frangos de corte. Jaboticabal: Funep, 2002.

QUESTÃO Nº 25 Os microminerais, em razão de seu envolvimento na estrutura de muitas enzimas e alguns hormônios, geralmente, estão diretamente relacionados a alguns distúrbios da função reprodutora. Na nutrição de ruminantes, a suplementação com microminerais tem por finalidade corrigir deficiências, minimizar o estresse e melhorar a eficiência de produção. Diante disso, avalie o estudo de caso a seguir. Como consultor de uma propriedade que atua na pecuária leiteira, você verificou que a aquisição dos concentrados e misturas minerais era feita exclusivamente com base no preço e não na sua qualidade (valor nutricional) e isso poderia ser um indicativo do elevado intervalo de partos no rebanho. Ao avaliar a composição da mistura mineral, verificou-se que a concentração


dos minerais estava inadequada. Considerando a situação apresentada, avalie as afirmações a seguir. I. A dieta continha alta concentração de cálcio, o que inibe a absorção de selênio, mineral fundamental para o correto funcionamento do eixo hipotalâmico-hipofisariogonadal. II. A dieta apresentava baixo nível de selênio, pois, como parte da enzima glutationa peroxidase, esse mineral protege o citosol contra peróxidos produzidos durante a queima respiratória e seus níveis adequados na dieta são fundamentais para o correto funcionamento do aparelho reprodutor. III – A dieta apresentava baixo teor de cobre, mineral presente na vitamina B12, que é sintetizada pelos microrganismos ruminais. Essa vitamina age como coenzima e tem fundamental importância por estar envolvida na transferência de grupamento metil para o propionato gerando succinato. IV. A dieta apresentava baixo nível de zinco, que é essencial para a síntese do DNA e para o metabolismo dos ácidos nucleicos e proteínas. Desse modo, todos os sistemas do organismo são afetados pela deficiência do mineral, particularmente quando as células estão em acelerado processo de divisão, crescimento ou síntese. V – os concentrados e minerais não continham cromo em sua composição, mineral este envolvido na síntese de hormônios da tireoide e potencialização da ação da insulina, necessários para o correto do ciclo estral. É correto apenas o que se afirma em A. I e III. B. I e V. C. II e III. D. II e IV. E. IV e V.

Gabarito: D

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Fisiologia da nutrição e reprodução animal.

Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário: O selênio é um elemento mineral fundamental para o correto funcionamento do eixo hipotalâmico-hipofisario-gonadal, porém não há indicação precisa de que o cálcio


interfira diretamente na sua absorção. O mineral presente na vitamina B12 é o cobalto. O zinco é importante para o processo de divisão celular e formação do óvulo e desenvolvimento folicular. Os hormônios da tireoide (T3 e T4) que regulam a taxa metabólica do organismo contem Iodo em sua composição. A insulina, hormônio liberado pelo pâncreas durante a absorção dos nutrientes da dieta, é responsável principalmente pelas reações anabólicas do organismo. A concentração de insulina no sangue , muitas vezes é usada como uma variável relacionada com estado nutricional do animal, já que animais sob regime alimentar restrito possuem uma menor concentração sanguínea de insulina, quando comparados com animais alimentados à vontade.não tem como função primária atuar no correto funcionamento do ciclo estral. Durante a última década, tem-se evidenciado que não somente as gonadotrofinas FSH e LH, mas também a insulina e o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-I) têm importante papel na fisiologia ovariana (PIRES E RIBEIRO, 2006) Referências: PIRES, A. V e RIBEIRO, C. V. M.: Aspectos da nutrição relacionados à reprodução. In.: Nutrição de ruminantes. Editores: Telma Terezinha Brechielli, Alexandre Vaz Pires, Simone Gisele de Oliveira. Jaboticabal: Funep, 2006. Cap.17: pag.513 a 537.

QUESTÃO Nº 26 O fósforo é um nutriente essencial para todas as plantas e animais. Ele também é um dos três macronutrientes básicos (NPK) dos fertilizantes químicos comerciais, sendo, portanto, fundamental para o atual sistema de produção mundial de alimentos. As frequentes preocupações ambientais a respeito das reservas naturais de fosfatos têm incentivado a busca por fontes alternativas. Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I.

Entre as soluções para a escassez das reservas de fosfato, estão a reciclagem, o aumento da eficiência na gestão dos nutrientes na agricultura e a recuperação dos nutrientes contidos nos resíduos (tais como águas servidas, esterco animal e excreta humana). PORQUE

II.

As reservas naturais de fosfatos conhecidas e que são de exploração economicamente viável são renováveis. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Fósforo no sistema/fertilidade do solo

Autor(a): Marco Aurélio Pessoa Souza

Comentário O mais importante é esclarecer que não existem fontes renováveis de fósforo. Ele é extraído de rochas fosfatadas e hoje representa uma grande preocupação da comunidade científica bem como dos técnicos e empresas que exploram esse mineral. Dessa forma, a afirmação II é completamente equivocada. Entretanto, a primeira afirmação é completamente correta, pois uma vez que não é possível uma fonte renovável de fósforo, o que se tem no mercado deve ser potencializado de alguma forma. Uma grande alternativa para o Estado de São Paulo e Goiás, por exemplo, é o uso de torta de filtro de cana, que é um resíduo da filtração mecânica do lodo da fabricação do açúcar e também na do álcool direto, quando o caldo é submetido ao tratamento de clarificação. Referências: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ, V.H.; BARROS, N.F.; FONTES, R.L.; CANTARUTTI, R.B.; NEVES, J.C.L. Fertilidade do solo. Sociedade Brasileira de Ciências do solo. Viçosa, MG, 2007, 1017p. VAN RAIJ, B. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo: Agronômica Ceres, 1991. RESENDE, A.V.; FURTINI NETO, A.E. Aspectos relacionados ao manejo da adubação fosfatada em solos do Cerrado. Documentos 195. Embrapa Cerrados.


Planaltina, DF, 2007, 30p.

QUESTÃO Nº 27 Para se implantar um projeto de criação de suínos, deve-se considerar desde a capacidade de investimento do produtor e a viabilidade econômica do negócio até a produtividade que se deseja atingir e o manejo a ser adotado. O bem-estar animal e a ambiência também constituem fatores indispensáveis. O aumento da escala de produção e a migração da atividade para regiões de clima mais quente também despertam maior interesse na construção de instalações que amenizem as condições climáticas menos favoráveis. Manual brasileiro de boas práticas agropecuárias na produção de suínos - ABCS. Disponível em: <http://www.abcs.org.br >. Acesso em: 27 de jul. 2013.

Levando em consideração aspectos fundamentais na construção de instalações para suinocultura, avalie as afirmações que se seguem. I. As construções para suinocultura devem levar em consideração aspectos de biosseguridade, como a construção de cercas e barreiras verdes para diminuir as chances de contaminação das granjas. II. As construções para suinocultura devem levar em consideração a ventilação (natural e/ou forçada), pois tem importância fundamental na dissipação do calor e na renovação do ar, expulsando os gases tóxicos produzidos pela decomposição da matéria orgânica existente dentro das instalações. III. As construções para suinocultura devem estar posicionadas no sentido norte-sul, considerando que o sol do verão deve passar sobre a cobertura do galpão. IV. As construções para suinocultura devem ser planejadas considerando-se o vazio sanitário das instalações, de forma a permitir o trabalho no sistema de “todos dentro – todos fora” e a produção dos suínos em lotes, objetivando manter os animais de diferentes idades na mesma sala em cada fase da produção. É correto o que se afirma em A. I e II, apenas. B. II e III, apenas. C. III e IV, apenas. D. I, III e IV, apenas. E. I, II, III e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil


Conteúdo avaliado: Biosseguridade na produção de suínos, construções e instalação para granjas de suínos.

Autor(a): Bruno de Souza Mariano

Comentário:

I. As construções para suinocultura devem levar em consideração aspectos de biosseguridade, como a construção de cercas e barreiras verdes para diminuir as chances de contaminação das granjas.

O SIPS (Sistema de Produção Intensivo de Produção de Suinos) deve ficar pelo menos a 500 m de qualquer outra criação ou abatedouro de suínos e pelo menos 100 m de estradas por onde transitam caminhões com suínos, cercar a área que abriga a granja, com tela de pelo menos 1,5 metros de altura para evitar o livre acesso de pessoas, veículos e outros animais. Essa cerca deve estar afastada a pelo menos 20 ou 30 metros das instalações. Fazer um cinturão verde (reflorestamento ou mata nativa), a partir da cerca de isolamento, com uma largura de aproximadamente 50 m. Podem ser utilizadas espécies de crescimento rápido (pinus ou eucaliptos) plantadas em linhas desencontradas formando um quebra-vento. Com estes pontos o item está correto.

II. As construções para suinocultura devem levar em consideração a ventilação (natural e/ou forçada), pois tem importância fundamental na dissipação do calor e na renovação do ar, expulsando os gases tóxicos produzidos pela decomposição da matéria orgânica existente dentro das instalações.

O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. A instalação deve ser situada em relação à principal direção do vento, buscando sempre uma renovação do ar quente. Com este ponto o item está correto.

III. As construções para suinocultura devem estar posicionadas no sentido norte-sul, considerando que o sol do verão deve passar sobre a cobertura do galpão.

O sol não é imprescindível à suinocultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro das instalações. Assim, devem ser construídas com o seu eixo longitudinal orientado no


sentido leste-oeste. Nesta posição nas horas mais quentes do dia a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pela instalação será a menor possível.Com este ponto o item está incorreto.

IV. As construções para suinocultura devem ser planejadas considerando-se o vazio sanitário das instalações, de forma a permitir o trabalho no sistema de “todos dentro – todos fora” e a produção dos suínos em lotes, objetivando manter os animais de diferentes idades na mesma sala em cada fase da produção.

O sistema de manejo Todos Dentro-Todos Fora (TD-TF) fundamenta-se na formação de grupos de animais contemporâneos, que são todos transferidos de uma instalação para outra dentro da granja ao mesmo tempo, semanal ou quinzenalmente. Considerando o manejo nas maternidades, esse sistema consiste numa série de salas de parto, ao invés de uma única, onde um grupo de porcas irá parir numa mesma sala, num mesmo período de tempo e são todas desmamadas simultaneamente. Dessa forma, pode se fazer o programa de limpeza e desinfecção e o consequente vazio sanitário. Portanto os animais devem permanecer em instalações sempre com a mesma idade ou ciclo produtivo. Com este ponto o item está incorreto.

Referências: SOBESTIANSKY,J.;etal.Suinocultura intensiva Brasília: Embrapa,1998. FERREIRA. R. A. Suinocultura: Manual Pratico de Criação. Viçosa – MG. Aprenda Fácil. 2012. MAFESSONI, E. L. Manual Pratico para Produção de Suínos.Guaiba – RS. Agrolivros. 2014.

QUESTÃO Nº 28 Atualmente a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) pode ser aplicada rotineiramente nas fazendas. Os programas de IATF são desenvolvidos para controlar a função luteínica e folicular, permitindo, assim, uma taxa de prenhez satisfatória por inseminação. Esses programas podem ser considerados uma importante ferramenta de manejo reprodutivo de bovinos. Acerca dos benefícios proporcionados por técnica, avalie as afirmações que se seguem:


I. A redução do manejo de observação de cios juntamente com a possibilidade de maior uniformização dos lotes estão entre as maiores vantagens da técnica.

II. A IATF em comparação com a inseminação artificial convencional proporciona a obtenção de animais com valor genético superior. III. A utilização de touros com altos valores genéticos na IATF reduzirá o intervalo de gerações da população, permitindo, assim maior ganho genético. IV. O protocolo hormonal utilizado na IATF proporciona superovulação e, assim permite inseminação de todos os animais em horário preestabelecido, o que facilita o manejo. V. A técnica permite a inseminação de um grande número de animais em curto período de tempo, possibilitando, assim a obtenção de maiores índices de prenhez no início da estação de monta. É correto apenas o que se afirma em A. I. B. I e V. C. II e III. D. IV e V. E. II, III e IV.

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Reprodução, manejo e genética

Autor(a): Maria Ivete de Moura

Comentário: I – A redução do manejo de observação de cios juntamente com a possibilidade de maior uniformização dos lotes estão entre as maiores vantagens da técnica. CORRETO – A IATF foi desenvolvida visando acabar com os problemas de baixa detecção de cio, por falha na visualização. A uniformização dos lotes além se dá em função da escolha do reprodutor (sêmen) além de permitir a concentração de


nascimento, aliando assim a genética e manejo voltado ao desmame dos bezerros na mesma época, conferindo assim a expressão genética impressa no rebanho pela uniformidade do rebanho. II – A IATF em comparação com a inseminação artificial convencional proporciona a obtenção de animais com valor genético superior.INCORRETO – independe da técnica, a obtenção de ganho genético superior é introduzida na formação dos acasalamentos e escolha do sêmen de animais superiores. III – A utilização de touros com altos valores genéticos na IATF reduzirá o intervalo de gerações da população, permitindo, assim maior ganho genético. INCORRETO – não reduz intervalo de gerações. IV – O protocolo hormonal utilizado na IATF proporciona superovulação e, assim permite inseminação de todos os animais em horário preestabelecido, o que facilita o manejo. INCORRETO – o protocolo não proporciona superovulação e sim ovulação. V – A técnica permite a inseminação de um grande número de animais em curto período de tempo, possibilitando, assim a obtenção de maiores índices de prenhez no início da estação de monta. CORRETO – possibilita inseminar o maior número de fêmeas em condições reprodutivas adequadas, no início da estação de monta aliada a mão de obra treinada.

Referências: Cláudio França Barbosa, José Octavio Jacomini, Elmo Gomes Diniz, Ricarda Maria dosSantos, Marcelo Tavares. Inseminação artificial em tempo fixo e diagnóstico precoce de gestação emvacas leiteiras mestiças. R. Bras. Zootec., v.40, n.1, p.79-84, 2011. JORGE AUGUSTO SANTOS FERNANDES. Protocolos de inseminação artificial em tempo fixo e eficiência reprodutiva em vacas e novilhas mestiças leiteiras / Jorge Augusto Santos Fernandes Dissertação (mestrado) – Diamantina: UFVJM, 2010. 44p. GONÇALVES,P.B.D; FIGUEIREDO,J.R. Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal. 2ed. Ed. Roca 2008, 408p

QUESTÃO Nº 29


Inúmeros fatores interferem na qualidade da água na piscicultura, resultantes dos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem nos ecossistemas aquáticos. O principal fator responsável pela presença de amônia nos sistemas de criação de peixes é a entrada de grandes quantidades de compostos orgânicos e inorgânicos, por meio de adubos, fertilizantes e rações, os quais contêm níveis elevados de nitrogênio e fósforo. PEREIRA, L.P.F.; MERCANTE, C.T.J. A amônia nos sistemas de criação de peixes e seus efeitos sobre a qualidade da água. Uma revisão. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v.31, n.1, p.81-88, 2005. Considerando os efeitos da amônia sobre a qualidade da água nos sistemas artificiais de criação de peixes, avalie as afirmações que se seguem. I. O nível de amônia aumenta proporcionalmente ao aumento da quantidade de alimento fornecido aos peixes e em situação de temperatura e pH elevados, promovendo a formação de amônia não ionizada (NH3), tóxica para os organismos aquáticos. II. Nos viveiros em piscicultura, o principal local de ocorrência da desnitrificação é no sedimento, pois, além das baixas condições de oxigenação, há disponibilidade de grande quantidade de substratos orgânicos. III. Nos viveiros em piscicultura, especialmente quando o pH é ácido ou neutro, a amônia formada é instável, sendo convertida por hidratação a íon amônio (NH4+). É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Qualidade da água na produção de peixes

Autor(a): Delma M. C. Pádua

Comentário: Conforme afirmado no texto que precede aos distratores, e considerando os efeitos


da amônia sobre a qualidade da água nos sistemas de produção de peixes todas as afirmações elencadas nos três (3) distratores estão corretas. I.

As 3 três afirmativas neste mesmo distrator são CORRETAS.A primeira parte desta frase já é uma afirmativa do texto da questão. A amônia (NH3) é um metabólito proveniente da excreção nitrogenada dos peixes e outros organismos aquáticos e da decomposição microbiana de resíduos orgânicos (restos de alimento, fezes e adubos orgânicos). A aplicação de fertilizantes nitrogenados amoniacais (sulfato de amônia, nitrato de amônia e os fosfatos monoamônicos e diamônicos-MAP e DAP) e ureia também contribui para o aumento da concentração de amônia na água. Depois da vírgula deste primeiro distrator é que realmente vem duas questões. 1- A temperatura e o pH elevados levam à formação de amônia não ionizada (NH3)? 2- Esta forma da molécula é a mais tóxica para os organismos aquáticos? Respostas: “A possibilidade daamônia vir a constituir um sério problema para o cultivo de peixes não pode ser encarada como a origem de todos os problemas de qualidade da água na piscicultura. Por outro lado, esse é um problema que não pode nunca ser ignorado ou menosprezado. Quando se fala em amônia, está se considerando sempre duas formas químicas, a amônia na forma de gás (NH3) e o íon amônio (NH4+). Ambas ocorrem ao mesmo tempo na água, conforme a seguinte reação química:H++NH3 NH4+A forma química mais tóxica para os peixes é a gasosa (NH3) e a proporção em que ambas as formas estarão presentes no ambiente depende do pH e, em menor grau de importância, da temperatura. Para cada unidade de aumento do pH, a quantidade de NH3 aumenta em 10 vezes na água. Portanto, em águas com pH acima de oito e que contenham amônia, há sempre grandes riscos de se perder peixes.

II.

Distartor II CORRETO.O principal local de ocorrência da desnitrificação é no sedimento do viveiro. O nitrito (NO2-) é um metabólito intermediário do processo de nitrificação, durante o qual a amônia é oxidada a nitrato (NO3-) através da ação de bactérias do gênero Nitrosomonas e Nitrobacter presentes no sedimento e substratos. Condições de baixo oxigênio dissolvido prejudicam o desempenho da bactéria do gênero Nitrobacter, favorecendo o acúmulo de nitrito na água, entretanto isto não nega o distrator.

III.

Distrator III CORRETO. Em condições de pH ácido ou neutro da água de


viveiros de piscicultura a amônia formada é instável, ocorrendo a hidratação a íon amônio H++NH3 NH4+ “Da transformação de íon amônio para nitrato (nitrificação) participam dois gêneros de bactérias: Nitrossomonas – que oxidam amônio a nitrito: NH4 + + 1½ O2 NO2 - + H2O Nitrobacter – que oxidam nitrito a nitrato: NO2 - + ½ O2 NO3 - As bactérias nitrificantes são gram–negativas e pertencem à família Nitrobacteriaceae. A nitrificação é um processo predominantemente aeróbio e, como tal, ocorre somente nas regiões onde há oxigênio disponível (geralmente a coluna d’água e a superfície do sedimento). A denominada respiração de nitrato apresenta duas variações: 1a ) Desnitrificação, que consta da redução do nitrato a nitrogênio molecular: 10{H} + 2H+ + 2NO3 - N2 + 6H2 O 2a ) Amonificação do nitrato, que consta da redução do nitrato a íon amônio 8{H} + H+ + NO3 - NH4 + + 2OH - + 2H2 O A desnitrificação ocorre principalmente em condições anaeróbias. Nos ecossistemas aquáticos, o principal local de sua ocorrência é o sedimento, pois, além das baixas condições de oxigenação, há disponibilidade de grande quantidade de substrato orgânico. Nitrificação e desnitrificação são processos acoplados. Assim, no hipolímnio, no final de um período em condições anaeróbias, ocorre, em geral, grande quantidade de nitrogênio amoniacal. Com a oxigenação do meio aquático, inicia-se um intenso processo de nitrificação, que resulta no consumo de grande parte da amônia acumulada.” Referências: PEREIRA, L.P.F.; MERCANTE, C.T.J. A amônia nos sistemas de criação de peixes e seus efeitos sobre a qualidade da água. Uma revisão. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, v.31, n.1, p.81-88, 2005. ESTEVES, F.A. 1998 Fundamentos da limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência. 602p. KUBITZA, F. 1999 Qualidade da água na produção de peixes. 3. ed. Jundiaí: Degaspari. 97p. SIPAÚBA-TAVARES, L.H. 1998 Limnologia dos sistemas de cultivo. In: Carcinicultura de água doce. São Paulo: FUNEP. p.47-75. BOYD, C. 1992 Waterquality management for pondsfishculture. In: Developments in aquacultureandfisheriesscience. 9. ed. Elsevier. 318p.

QUESTÃO Nº 30 O Decreto nº 4.895, de 25 de novembro de 2003, estabelece diretrizes para a


implantação de parques aquícolas em espaços físicos de corpos d’água de domínio da União. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), há empreendimentos de piscicultura em reservatórios como Itaipu Binacional, Castanhão, Furnas, Três Marias, Tucuruí e Ilha Solteira que estão operando em parques aquícolas demarcados e com cessões de uso concedidas. Considerando que o estabelecimento da capacidade de suporte dos parques aquícolas em grandes reservatórios é fundamental para assegurar a compatibilidade ambiental da piscicultura em tanques-rede, avalie as afirmações que se seguem. I. A capacidade volumétrica e a recarga hídrica do local de implantação do parque aquícola podem influenciar o potencial de diluição de nutrientes e de absorção do impacto ambiental. II. As estratégias e índices de produção deverão considerar a conversão alimentar média observada nos cultivos para estimar o balanço em nutrientes e potencial poluente das rações utilizadas. III. O nível trófico que se deseja manter nas áreas de influência dos parques aquícolas deverá ser definido de acordo com os limites toleráveis das alterações na estrutura das comunidades aquáticas e o grau de eutrofização.

É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Regulamentação da atividade da piscicultura

Autor(a): Delma M.C. Pádua

Comentário: “Para que a ocupação de áreas de interesse aquícola em águas da União ocorra de forma responsável, diversos critérios ambientais e legais devem ser respeitados quando o empreendedor escolher o local onde seu cultivo será instalado. Não obstante, é importante observar também os aspectos sociais, econômicos, zootécnicos e de infraestrutura, os quais podem subsidiar a escolha da espécie a ser


cultivada e viabilizar sua produção. Com a criação da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, se iniciou a regulamentação dos usos múltiplos da água em reservatórios federais no Brasil, incluindo o cultivo de peixes em tanques-rede. Posteriormente, por meio da Medida Provisória nº 103, de 1º de janeiro de 2003, foi criada a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca – SEAP, no intuito de assessorar direta e imediatamente a presidência da República na formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento da produção pesqueira e aquícola. No mesmo ano, foi criado o Decreto nº 4.895, que dispõe sobre a autorização de uso de espaços físicos de corpos d’água de domínio da União para fins de aquicultura, e dá outras providências. Define-se parque aquícola como o espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, que compreende um conjunto de áreas aquícolas afins, em cujos espaços físicos intermediários podem ser desenvolvidas outras atividades compatíveis com a prática da aquicultura. Paralelamente, entende-se por área aquícola o espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos. ” EMBRAPA, Manual Técnico para Seleção de Áreas Aquículas em Águas da União, 2015

Considerando-se a capacidade de suporte dos parques aquícolas em grandes reservatórios todos os três (3) descritores estão CORRETOS.

I.

CORRETO. A capacidade volumétrica e a recarga hídrica do reservatório onde se implantará o parque aquícola influenciam o potencial de diluição de nutrientes e de absorção do impacto ambiental, sendo que quanto maior volume e recarga maior diluição de nutrientes.

II.

CORRETO. As boas práticas de manejo incluindo as estratégias e índices de

produção,

a

conversão

alimentar

média,

o

balanço

em

nutrientesrefletem diretamente no potencial poluente. COORETO. A concentração de nutrientes no meio, ou seja, o nível trófico desejável do ambiente deve ser monitorado química, fisicamentee biologicamente, e deverá ser definido de acordo com os limites toleráveis das alterações na estrutura das comunidades aquáticas e o grau de eutrofização ou seja poluição ou concentração de indicadores químicos, sendo os principais no meio aquático o P (Fósforo), o N (Nitrogênio) e o C (Carbono). Referências: BRASIL. Decreto nº 4.895, de 25 de novembro de 2003. Dispõe sobre a autorização de uso de espaços físicos de corpos d'água de domínio da União para fins de


aquicultura, e dá outras providências. Diário Oficial da União - Seção 1 - 26/11/2003, Página 62 (Publicação Original) EMBRAPA, Manual Técnico para Seleção de Áreas Aquícolas em Águas da União. Daniel Chaves Webber… [et al.]. Palmas, TO : Embrapa Pesca e Aquicultura, 2015. 38 p. (Documentos / Embrapa Pesca e Aquicultura, ISSN 2318-1400 ; 20). Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/138825/1/CNPASA-2015doc20.pdf . Acesso em: 10 maio de 2016.

QUESTÃO Nº 31 A anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma doença cosmopolita causada por um RNA vírus que atinge equinos, asininos e muares. Uma vez instalado no organismo animal, esse vírus permanece por toda a vida, mesmo quando não manifesta sintomas. É uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda. A transmissão ocorre por meio de picada de mutucas e das moscas dos estábulos, materiais contaminados com sangue infectado, além de placenta, colostro e acasalamento com animais portadores. Para entrada de equinos em eventos agropecuários, são requisitos obrigatórios para o controle e erradicação de anemia infecciosa eqüina (AIE), a apresentação I. da Guia de Trânsito Animal (GTA). II. do exame negativo para anemia infecciosa eqüina (AIE). III. do comprovante de vacinação contra a anemia infecciosa eqüina (AIE). Está correto o que se afirma em A. B. C. D. E.

II, apenas. III, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. I, II e III.

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Anemia infecciosa equina em equinos.

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira

Comentário: Não existe vacina contra a anemia infecciosa equina (AIE), logo não existe comprovante de vacinação para a mesma, o que torna a afirmativa III errada. As


afirmativas I e II encontram-se corretas, tendo em vista que há a exigência da guia de trânsito animal (GTA) e do exame negativo para a anemia infecciosa equina (AIE) para a entrada de equinos em eventos agropecuários.

Referências: JORGE, José Luiz. Conversando sobre cavalos. Porto Alegre: Rígel, 2008. MARCENAC, L.N.; AUBLET, H.; D´AUTHEVILLE, P. Enciclopédia do Cavalo. 4 ed. Andrei Editora LTDA. 2 v. 1990.

QUESTÃO Nº 32 Os animais mantidos em zoológicos geralmente são submetidos a ambientes muito restritos, com espaço reduzido, pouca variação, baixo nível de estimulação sensorial, limitações para interações sociais e poucas oportunidades para expressar muitos dos comportamentos próprios de cada espécie. Essa condição pode ser agravada quando associada a outras, também de caráter negativo, como, por exemplo, e paradoxalmente, a hiperestimulação derivada de um único estímulo (p.ex.: som constante e repetitivo). Situações como essas invariavelmente levam os animais ao estresse, gerando uma série de alterações fisiológicas e comportamentais. Pode-se promover o enriquecimento ambiental dos cativeiros aumentando a exposição dos animais a situações novas e oferecendo a eles maior controle sobre seu ambiente, sendo esperado que I. a exposição a novidades reduza o medo. II. as novidades aumentem o nível de estimulação visual. III. o controle sobre o ambiente reduza o nível de estresse. IV. as novidades tenham efeitos de longo prazo. V. O controle do ambiente permita ao animal evitar situações incômodas. É correto apenas o que se afirma em A. IV e V. B. I, II e III. C. I, IV e V. D. II, III e IV. E. I, II, III e V.

Gabarito: E

Tipo de questão: Média


Conteúdo avaliado:

Esta questão exige conhecimento do aluno nas disciplinas: biologia celular, histologia animal, anatomia animal, fisiologia animal, etologia e bem estar animal. Antigamente, os zoológicos tinham como propósito apenas a exposição de animais selvagens à sociedade. Hoje, além de serem locais destinados à coleção de animais e à visitação, tem como objetivo a conservação das espécies, a pesquisa científica e a educação ambiental. A manutenção de uma espécie em cativeiro, por ocorrer em um meio ambiente diferente do ambiente natural, pode comprometer o bem-estar dos animais devido à falta de estímulos e expressão de comportamentos específicos (escapar de algo que incomoda ou amedronta), podendo apresentar agressividade, estresse (automutilação, hipersexualidade, movimentos estereotipados, apatia) ou desenvolver quadros depressivos e mortes. Confinar animais em cativeiro exige dos profissionais envolvidos a percepção do ponto de vista do animal, voltada para seu bem-estar, que se refere a uma melhora em sua qualidade de vida que envolve determinados aspectos tais como saúde, felicidade, longevidade ou ainda, pela sua capacidade em se adaptar ao seu meio ambiente.Dentro das definições de enriquecimento ambiental está uma série de procedimentos que tem como objetivo a modificação do ambiente físico e social, e como resultado a melhoria da qualidade de vida dos animais que vivem em cativeiros. Portanto, a questão 32, envolve conteúdos de varias disciplinas, uma vez que o aluno deve conhecer desde a formação das células e tecidos, na fisiologia animal, as sinapses nervosas que vão levar os estímulos dos órgãos sensoriais até o cérebro do animal, desencadeando as reações no comportamento animal, que vai de alguma forma afetar ou não o bem estar animal.

Autor: Marlos Castanheira

Comentário: O item I está correto. Ao expor o animal a novidades constantes em seu habitat, em princípio pode gerar desconforto, uma vez que o animalesta acostumado a monotonia do seu ambiente. Ao sair de sua zona de conforto com as novas exposições, o animal vai adquirindo experiências em situações novas, o que no decorrer do tempo tende a diminuir o estado de ansiedade do animal apresentada no inicio da exposição. A primeira exposição o animal apresentara uma resposta de fuga ea medida que se


aumentam as exposições ao mesmo agente, o animal diminui a resposta e tende a se habituar.

O item II está correto. Ao ser desafiado com novidades em seu ambiente, o animal se depara com situações ainda desconhecidas, a introdução de novidades em seu ambiente, faz com que o indivíduo fique mais atento e alerta, com isto naturalmente os sensores neurais de recepção de imagem são estimulados.

O item III está correto. Correto, pois ao oferecer maior controle sobre o ambiente, o animal naturalmente se adapta as novidades que por ventura tenham sido inseridas e se acostuma com a nova situação.

O item IV está incorreto. As novidades não têm efeitos em longo prazo, pois ocorre habituação e regularidade homeostática estabelecendo as condições de bem estar.

O item V está correto. o controle do ambiente garantirá bem estar aos animais, porém isso irá depender do estado de cada animal e como esse controle é conduzido, Podemos salientar que ao controlar o ambiente, deveremos oferecer condições para que o animal se sinta em melhores condições, porém cada individuo reage diferentemente a cada situação e a cada ambiente.

Referências: BROOM, D. M.; FRASER, A. F. Comportamento e bem-estar de animais domésticos.4 ed. Barueri, SP: Manole, 2010. 437p. KREBS, J. R.; DAVIS, N. B. Introdução à ecologia comportamental. SP: Atheneu Editora, 1966. DEL-CLARO, Kleber. Introdução a ecologia comportamental : um manual para estudo do comportamento animal. Technical Books, 2010. BAÊTA, Fernando da Costa; SOUZA, Cecília de Fátima. Ambiência em edificações rurais: conforto animal. 2. ed. Viçosa: Ed. UFV, 2010. MILLS, D.; NANKERVIS, K. Comportamento equino: princípios e prática, Roca, São Paulo, 2005.

QUESTÃO Nº 33

Na formulação de rações, deve ser levada em consideração a qualidade dos


ingredientes ou matérias-primas em sua forma natural ou subprodutos derivados de processamentos diversos. O controle de qualidade das matérias-primas é parte do sistema de produção de rações. Considerando os aspectos relacionados ao controle de qualidade na matériaprima para ração de cães ou gatos, avalie as afirmações que se seguem. I. No controle de qualidade dos ingredientes de origem animal, destacam-se presença de contaminação bacteriana, peroxidação de gorduras, presença de poliaminas, variabilidade na composição e digestibilidade de nutrientes e energia. II. No controle de qualidade dos ingredientes vegetais, destacam-se presença das micotoxinas, contaminação química, variações na composição dos ingredientes, presença de fatores antinutricionais e, em determinadas situações, a deterioração.

III. No controle de qualidade dos ingredientes, deve-se estabelecer o programa de seleção dos fornecedores, que são previamente cadastrados e qualificados. As matérias-primas com contaminação química, física ou microbiológica que não podem ser eliminadas, ou manipuladas em limites dentro dos padrões estabelecidos, devem ser rejeitadas.

É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Alimentos e Alimentação animal.

Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário: Entre os ingredientes de origem animal pode-se citar a farinha de carne e ossos, que pode apresentar problemas de contaminação com microrganismo no armazenamento nas graxarias devido à dificuldade da logística de coleta nos pequenos abatedouros, e variação na composição devido à grande variação na proporção ossos e vísceras do material coletado.


Entre os ingredientes de origem vegetal podemos citar o farelo de algodão, que pode apresentar variação na composição conforme o método e o grau de extração do óleo.

Referências: COUTO, H.P. Fabricação de rações e suplementos para animais. Aprenda fácil editora. 263 p. SALMAN, A.K.D. ET AL. Manual prático para formulação de ração para vacas leiteiras. Porto Velho, RO. Embrapa Rondônia, 2011, 24 p. (Documentos/Embrapa Rondônia, ISSN 0103-9865, 145).

QUESTÃO Nº 34 O capim-elefante (Pennisetum purpureum), assim como as demais gramíneas forrageiras tropicais, utiliza a via C4 da fotossíntese e, por isso, apresenta elevada produção de biomassa. Porém, grande parte da produção anual concentra-se na época de chuvas. Por isso, uma opção é conservar parte dessa produção na forma de silagem a fim de utilizá-la na alimentação animal durante a época seca. O capimelefante tem razoável valor nutritivo, mas apresenta inconvenientes para ensilagem: alto teor de umidade e baixos teores de carboidratos solúveis. Nesse caso, recomenda-se a utilização de aditivos para melhorar a qualidade da silagem. Pesquisadores realizaram um experimento para avaliar a qualidade de silagem de capim elefante (Pennisetum hybridum cv. Paraíso), com e sem a presença de aditivos. Aos 100 dias de idade, o capim foi cortado e ensilado conforme os seguintes tratamentos: silagem de capim paraíso sem aditivo (CP); CP + 5% de polpa cítrica; CP + 10% de polpa cítrica; CP + 1% de óxido de cálcio; CP + aditivo comercial, composto de Lactobacillus plantarum e Pediococcus pentosaceus. A tabela abaixo apresenta os valores médios de pH, percentuais de matéria seca (MS), nitrogênio amoniacal em relação ao nitrogênio total (NH3/NT), ácido lático (LAT), ácido acético (ACE) e ácido butírico (BUT) obtidos nesse experimento.

Médias seguidas de mesma letra, em cada coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Disponível em: <http://scielo.isciii.es>. Acesso em: 25 jul. 2013 (adaptado). Considerando os tratamentos experimentais e a análise da tabela apresentada, conclui-se que


A. a adição da polpa cítrica não alterou o pH nem o percentual de matéria seca da silagem quando comparado ao tratamento sem aditivo. B. a adição de 10% de polpa cítrica promoveu uma silagem rica em matéria seca e com padrão fermentativo adequado para uma silagem de boa qualidade. C. o aditivo comercial propiciou efeitos similares aos tratamentos com polpa cítrica no que se refere aos percentuais de matéria seca e padrão fermentativo da silagem. D. a adição de óxido de cálcio proporcionou silagem de boa qualidade, considerandose as concentrações de nitrogênio amoniacal e de ácido lático. E. o óxido de cálcio elevou significativamente o pH da silagem e o teor de nitrogênio amoniacal em relação ao nitrogênio total, o que promoveu uma silagem de melhor qualidade nutricional e mais estável.

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Alimentos volumosos para ruminantes. Qualidade de silagem.

Autor: João Darós Malaquias Júnior

Comentário: Na produção e utilização de volumosos na alimentação de bovinos deve-se levar em conta a qualidade nutricional e o custo de produção do alimento. Considerando que o capim elefante tem elevada produção de matéria seca por hectare o seu armazenamento na forma de silagem durante o período das chuvas, que é a época de maior crescimento, promove o aumento da capacidade suporte animal da área de capim. A qualidade da silagem armazenada é preservada quando o pH é baixo, com alta porcentagem de ácido lático, que é um ácido forte, que impede o crescimento de bactérias e fungos que levam ao apodrecimento do material ensilado. Quanto maior a proporção de nitrogênio amoniacal (NH3) em relação ao nitrogênio total (NT) massa ensilada pior é a qualidade, pois indica que houve degradação das proteínas do alimento (proteólise) reduzindo a palatabilidade e a digestibilidade da silagem. O uso de aditivos nutricionais (polpa cítrica) aumenta muito o valor nutricional da silagem, porém só é recomendável se o preço do aditivo for baixo em relação ao preço do


ganho em carne ou leite adicional produzido. Os aditivos microbiológicos também devem ser

indicados porque melhoram muito a capacidade de conservação da

qualidade do material ensilado.

Referências: FERRARI JUNIOR, E e LAVEZZO, W.:Qualidade de capim elefante (Pennisectum purpureum Schum.) emurchecido ou enriquecido com farelo de mandioca. Rev.Bras. de Zoot., 30(5):1424:1431, 2001. PATRIZI, W. L. et al.: Efeitos de aditivos biológicos comerciais na silagem de capim elefante. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., 56(3): 392:397, 2004. RESENDE, A. V. et al.: Uso de diferentes aditivos em silagem de capim-elefante. Ciênc. agrotec. 32(1): Jan./Feb, 2008. RODRIGUES, P. H. M. et al.: Efeito da adição de níveis crescentes de polpa cítrica sobre a qualidade fermentativa e o valor nutritivo da silagem de capim elefante. Rev. Bras. Zoot., 34(4): 1138:1145, 2005.

QUESTÃO Nº 35 A mastite bovina tem sido descrita como a principal doença que causa prejuízos à produção leiteira, resultando em redução da produção e qualidade do leite e em aumento dos custos de produção. A contagem de célula somáticas (CCS) é comumente usada como indicador da incidência de mastite subclínica em vacas leiteiras. Na incidência de mastite, diversas mudanças na composição do leite ocorrem: diminuição da concentração de caseína, aumento da concentração de ácidos graxos livres, alteração na concentração de minerais, aumento da atividade proteolítica e lipolítica do leite. I – Um leite em que se verifique elevada contagem de CCS apresenta variação na composição química e nas características organolépticas. II – O processo de pasteurização diminui a CCS, tornando o produto final adequado à comercialização ou à fabricação de derivados lácteos. III – Um animal com mastite apresenta diminuição na síntese de lactose; consequentemente, a concentração desse açúcar é menor no leite de vacas com mastite quando em comparação ao leite das vacas saudáveis. IV – Queijos produzidos com leite que apresentam CCS elevados apresentam maior tempo de coagulação, diminuição da firmeza do coágulo, maior perda de componentes do leite para o soro e menor rendimento de fabricação.

É correto apenas o que se afirma em A. I e II.


B. II e III. C. III e IV. D. I, II e IV. E. I, III e IV.

Gabarito: E

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Fisiologia, sanidade, profilaxia, microbiologia, tecnologia de alimentos

Autor(a): Maria Ivete de Moura

Comentário I – Um leite em que se verifique elevada contagem de CCS apresenta variação na composição química e nas características organolépticas. CORRETO - As células somáticas são componentes naturais do leite e são compostas por células epiteliais (produtoras de leite) e por células responsáveis pela resposta imune, as quais incluem os macrófagos, neutrófilos e linfócitos. Nas vacas sadias, as células de defesa compõem aproximadamente 75% das células somáticas, enquanto as epiteliais representam os 25% restantes. Entretanto, quando há infecção da glândula mamária, a população de células de defesa atinge entre 90% e 99% das células somáticas, com predomínio inicial dos neutrófilos. Desta forma, a contagem de células somáticas (CCS) tem sido usada principalmente como indicador da saúde do úbere e da qualidade do leite. Biologicamente, a função das células somáticas é proteger a glândula mamária de infecções, por meio da imunidade inespecífica ou pela produção de anticorpos e resposta celular específica contra bactérias causadoras de mastite. Quando essas bactérias invadem a glândula mamária, por meio do canal do teto, há uma resposta imune para combater a infecção, sendo que um dos principais mecanismos da resposta é a migração de neutrófilos do sangue para o leite. A função básica dos neutrófilos é eliminar as bactérias causadoras de mastite e produzir substâncias mediadoras da inflamação, os quais regulam a resposta imune.


II – O processo de pasteurização diminui a CCS, tornando o produto final adequado à comercialização ou à fabricação de derivados lácteos. INCORRETO - o processo de pasteurização não diminui a quantidade de CCS. III – Um animal com mastite apresenta diminuição na síntese de lactose; consequentemente, a concentração desse açúcar é menor no leite de vacas com mastite quando em comparação ao leite das vacas saudáveis. CORRETO – As principais alterações encontradas no leite de vacas com mastite é a redução do teor de lactose, de caseína, de gordura e de cálcio do leite, em razão da menor capacidade de síntese pelas células epiteliais. IV – Queijos produzidos com leite que apresentam CCS elevados apresentam maior tempo de coagulação, diminuição da firmeza do coágulo, maior perda de componentes do leite para o soro e menor rendimento de fabricação.CORRETO Vacas com mastite produzem leite com maior teor de proteínas do soro, as quais são compostas principalmente por imunoglobulinas e enzimas. Do ponto de vista de processamento do leite, as alterações de composição causadas pela mastite resultam em redução do rendimento de fabricação de derivados lácteos como os queijos e o leite em pó.Além do efeito negativo sobre o rendimentoindustrial, a mastite causa aumento da atividadeenzimática do leite, pois tanto a presença de maiorCCS quanto as alterações causadas pela inflamação aumentam significativamente a concentração de enzimas proteolíticas e lipolíticas. A consequência direta da maior atividade enzimática é a redução da vida de prateleira dos derivados lácteos e o aparecimento de defeitos de qualidade, entre os quais se destacam o sabor rançoso e amargo. A liberação de ácidos graxos livres pela degradação da gordura do leite causa um defeito sensorial conhecido como rancidez do leite. Sendo assim, as células somáticaspodem produzir lipases resistentes à pasteurização e que reduzem a vida de prateleira do leite pasteurizado.O aumento da atividade enzimática leva ao aumento da degradação da caseína do leite durante o armazenamento, que pode resultar em acúmulo de peptídeos, que podem estimular o aparecimento de sabor amargo e adstringente no leite. A degradação de caseína no leite cru com baixa carga microbiana ocorre principalmente pela ação de uma enzima, a plasmina. No leitecom alta CCS, os leucócitos podem aumentar a degradação de caseína do leite. Dessa forma, diversas características de fabricação de queijo são afetadas pela mastite, dentre as quais podem ser destacadas o aumento do tempo de coagulação do leite, a diminuição da firmeza do coágulo do queijo, a maior perda de componentes do leite


para o soro, o menor rendimento de fabricação e os defeitos de textura ealterações de características de sabor. A mastite também afeta negativamente aqualidade do leite pasteurizado, pois acelera o desenvolvimento de defeitos de sabor, tais como rancideze sabor amargo. Estes defeitos são causadospela lipólise e proteólise, respectivamente. A alta CCS no leite cru causa redução da vida de prateleira do leite pasteurizado, pelo aparecimentode sabores indesejáveis. A redução da vida deprateleira é determinada pela ação de enzimas derivadas das células somáticas ou que passam do sangue para dentro do leite, mantendo a sua ação enzimática mesmo após a pasteurização.

Referências:

GIGANTE, M.L., COSTA, M.R. Influência das células somáticas nas propriedades tecnológicas do leite e derivados. In: BARBOSA, S.B.P., BATISTA, A.M.V., MONARDES, H. III Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite. Recife: CCS Gráfica e Editora, 2008, v.1, p. 161-17 SANTOS, M. V.Influência da qualidade do leite na manufatura e vida de prateleira dos produtos lácteos: papel das células somáticas. In: Brito, J. R. F.; Portugal J. A. B. (Org.). Diagnóstico da qualidade do leite, impacto para a indústria e a questão dos resíduos de antibióticos. Juiz de Fora, 2003, v. 1, p. 139-149. ANDREATTA, E.; DE OLIVEIRA, C. A. F.; MARQUES, M. C.; FERNANDES, A. M.; SANTOS, M. V.; SANVIDO, G. & GIGANTE, M. L. Avaliação do Rendimento e Proteólise do Queijo Minas Frescal Produzido com Diferentes Níveis de Células Somáticas: Resultados Preliminares. Braz. J. F oodTechnol., III JIPCA, janeiro, 2006

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 1 A Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona o saneamento básico precário como uma grave ameaça à saúde humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada à pobreza, afetando, principalmente, a população de baixa renda, que é mais vulnerável devido à subnutrição e, muitas vezes, à higiene precária. Doenças relacionadas a sistemas de água e esgoto inadequados e a deficiências na higiene causam a morte de milhões de pessoas todos os anos, com prevalência nos países de baixa renda (PIB per capita inferior a US$ 825,00). Dados da OMS (2009) apontam que 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas pela falta de saneamento básico. Dessas mortes, aproximadamente 84% são de crianças. Estima-se que 1,5 milhão de crianças morra a cada ano, sobretudo em países em desenvolvimento, em decorrência de doenças diarreicas.


No Brasil, as doenças de transmissão feco-oral, especialmente as diarreias, representam, em média, mais de 80% das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (IBGE, 2012). Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br>. Acesso em: 26 jul. 2013 (adaptado).

Com base nas informações e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo acerca da abrangência, no Brasil, dos serviços de saneamento básico e seus impactos na saúde da população. Em seu texto, mencione as políticas públicas já implementadas e apresente uma proposta para a solução do problema apresentado no texto acima. (valor: 10,0 pontos)

Gabarito:

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Sócio Ambiental e Saneamento básico.

Autor(a): Roberto Malheiros

Comentário O problema de saúde publica no Brasil, principalmente aquelas correlacionadas ao saneamento básico, estão vinculadas principalmente ao acelerado processo de ocupação de áreas urbanas nas últimas décadas. Este fenômeno ampliou a instalação de residências em áreas periféricas e de risco nas cidades, sem nenhuma infraestrutura de saneamento. Esta população desassistida pelo poder pública é que ainda faz parte das estatísticas de doenças e mortes, relacionadas à falta de saneamento, principalmente pela qualidade da água utilizada para irrigação de hortaliças e consumida pelas pessoas. Esta água ainda é proveniente de cisternas e mananciais poluídos pela própria população, que utiliza os sistema de fossa para lançamento de dejetos, que em contato com o lençol freático, contamina a água das cisternas, ou mesmo, pelo lançamento in natura dos esgotos nos córregos urbanos. A qualidade ambiental nestes espaços ocupados pelas comunidades está diretamente relacionada à saúde pública, pois envolve uma serie de fatores, que vai desde a falta de fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto e o controle e destino adequado de resíduos sólidos, estes fatores tem

contribuído


significativamente para proliferação de

doenças como Cólera , Hepatite A,

Esquistossomose (caramujo), Leptospirose (rato),Febre Tifóide, Amebíase, Giardíase etc.., todas relacionadas à falta de saneamento adequado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que o saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. O ambiente desequilibrado, afeta a população em relação ao seu desenvolvimento saudável, que consequentemente influencia no IDH( Índice Desenvolvimento Humano) de um país. A questão relacionada as políticas públicas voltadas para o saneamento básico, arrasta pelos governos desde o governo Vargas com a criação do código das Águas em 1934. Deste período em diante o assunto é retomado nos planos de governo, na forma de programas, planos e projetos, com denominações variadas, mas pouco eficientes. Recentemente, o governo brasileiro no âmbito nacional

tem adotado

políticas públicas voltadas para o ordenamento do meio ambiente, cujas atribuições remetem ao saneamento básico em toda sua abrangência, como a Política Nacional de Recursos Hídricos(lei 9.433/1997),Política Nacional de Resíduos Sólidos ( lei 12.305/2010), criação da Agência Nacional de Águas (ANA) que regulamenta o uso, a qualidade e auxilia a criação dos comitês de bacias hidrográficas. Os estados e municípios têm adotado políticas públicas para ampliação das redes para o fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos, por meio das estações de tratamento(ETE) e coleta seletiva de resíduos, assim como a eliminação de cisternas e fossas em áreas assistidas pelos programas de água e esgoto. Como se trata de um problema vinculado diretamente a saúde e desenvolvimento da sociedade, os governos como representantes do povo, deveriam investir em uma política ambiental mais eficaz para o país, que se preocupasse em tratar o ambiente de forma integrada e na totalidade, com a recuperação dos mananciais, ampliação dos programas de água tratada, coleta e tratamento de esgoto para população periférica e de baixa renda, incentivos para coleta seletiva e instalação de aterros sanitários, programas de saúde comunitária para orientação sobre higiene e controle de doenças. Assim o país terá condições de baixar suas estatísticas relacionadas a doenças e mortes provocadas pela falta de saneamento básico e promover o desenvolvimento sadio e sustentável da nação.

Referências:


ALMEIDA, Josimar R. de. Gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Thex, 2009. ARAUJO, Gustavo Henrique de Souza; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de; GUERRA, Antônio José Teixeira. Gestão ambiental de áreas degradadas. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. CUNHA, Marcos Correntino da. Recursos Hídricos no Cerrado. In: Universo do Cerrado. GOMES, Horieste (org). vol.II, Ed, da UCG, Goiânia – GO: 2008. JUNIOR, Arlindo Philippi; JUNIOR, Alceu de Castro Galvão. Gestão do Saneamento Básico – Abastecimento de Água e esgotamento Sanitário. Ed. Monole , Coleção Ambiental – USP, São Paulo: 2014. PINOTTI, Rafael. Educação Ambiental para o século XXI: no Brasil e no mundo. São Paulo – SP: Editora Blucher, 2010.

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 2 O debate sobre a segurança da informação e os limites de atuação de governos de determinados países tomou conta da imprensa recentemente, após a publicidade dada ao episódio denominado espionagem americana. O trecho a seguir relata parte do ocorrido. (...) documentos vazados pelo ex-técnico da Agência Central de Inteligência (CIA), Edward Snowden, indicam que e-mails e telefonemas de brasileiros foram monitorados e uma base de espionagem teria siso montada em Brasília pelos norteamericanos. Considerando que os textos e as imagens acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema: Segurança e invasão de privacidade na atualidade

Gabarito:

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Segurança da informação e invasão de privacidade da atualidade

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira


Comentário É de extrema importância entender e considerar o papel exercido pela tecnologia digital nos tempos atuais, destacando-se a facilitação de ações relacionadas à espionagem e a própria sofisticação dos crimes que atentam contra a privacidade. Há que se atentar também pelo respeito a garantia dos direitos dos cidadãos e do Estado e os impactos gerados pelas possíveis violações à esses direitos.

Referências: MAUSER, Y.D.E.D. Certificação Security +:da prática para o exame SY0-401. Editora Novaterra, 2015. ZALEWSKI, M. The Tangled Web: A Guide to Securing Modern Web Applications; No Starch Press, 2011.

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 3 O teor de energia em uma dieta para terminação de bovinos de corte em confinamento é importante para a qualidade da carne, pois promove a cobertura de gordura que tem como um dos objetivos diminuir a perda de líquidos da carcaça. Neste contexto, um zootecnista formula uma dieta para um lote de animais em confinamento composta por 50% de silagem de milho e 50% de concentrado, constituído de 40% de milho em grão e 60% de farelo de trigo. Análise da composição dos alimentos em termos de nutrientes digestíveis totais (NDT) apresentados no quadro abaixo: Teores de matéria seca (MS) e nutrientes digestíveis totais (NDT) dos alimentos. Alimentos NDT (% MS) MS (%) Silagem de milho 60 30 Milho Grão 90 90 Farelo de trigo 70 90 Valadares Filho, S. C. et al. Tabelas Brasileiras de composição de alimentos para bovinos. 3ed., Viçosa, MG: UFV, 2012. 502p. Considerando as informações apresentadas faça o que se pede nos itens a seguir: a) Especifique o teor, em percentagem de NDT, da dieta total calculada pelo zootecnista. (valor 2,0 pontos). b) Considerando que o peso corporal médio (PCM) dos animais é 400 kg e o consumo estimado é de 3% do PCM em matéria seca, responda: qual o consumo de silagem de milho e concentrado de matéria seca e de matéria natural por animal em um dia? (valor: 4,0 pontos).


c) Após verificar que a dieta formulada ficou abaixo das exigências nutricionais recomendadas pelo (NRC 1996) em termos de energia para animais em terminação, calcule uma nova formula do concentrado com 80% de NDT utilizando o método do quadrado de Pearson ou algébrico. (valor: 4,0 pontos).

Gabarito:

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Nutrição animal

Autor(a): João Darós Malaquias Júnior

Comentário a) % NDT do concentrado= Milho(40%) x 90%NDT + F. trigo(60%) x 70%NDT = 80%NDT

% NDT da dieta = Silagem (50%) x 60% NDT + Concentrado (50%) x 80% = 70% NDT b) CMS = 400 x 3% = 12 kg MS 12 kg MS x 50% de silagem = 6,0 kg de MS / 30% de MS = 20 kg de Matéria Natural de silagem. 12 kg MS x 50% de concent. = 6,0 kg de MS/90% de MS = 6,6 kg de Matéria Natural de conc.

c) Utilizando o Quadrado de Pearson temos: Milho= 90% NDT 10 ------------- x x=50% de milho 80% NDT F.trigo=70%NDT 10 ------------- y y=50% de f. trigo 20 ------------- 100%


Referências: COUTO, H.P. Fabricação de rações e suplementos para animais. Aprenda fácil editora. 263 p. SALMAN, A.K.D. ET AL. Manual prático para formulação de ração para vacas leiteiras. Porto Velho, RO. Embrapa Rondônia, 2011, 24 p. (Documentos/Embrapa Rondônia, ISSN 0103-9865, 145).

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 4 O Agronegócio representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os números também são positivos nas vendas de produtos para outros países. O principal parceiro comercial do Brasil é a China, que importa US$ 388,8 milhões em produtos agrícolas brasileiros ou 8% do total exportado pelo setor. Em seguida, aparecem os Estados Unidos, que importam pouco menos que os chineses. Os produtos exportados de maior destaque são: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja - grão, farelo e óleo (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões) e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar (US$ 372 milhões). Projeções mostram que, até 2022, a produção de grãos aumentará 22% no Brasil, sendo a soja o produto principal, com média de 2,3% de crescimento ao ano; a carne de frango poderá crescer 4,2%, e trigo, milho e carnes bovinas e suínas também aparecem nos resultados preliminares como produtos quetambém irão puxar esse crescimento. Setores da Economia – Agronegócio. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br >. Acesso em: 23 jul. 2013 (adaptado).

Com base no texto acima, elabore um texto dissertativo abordando os seguintes aspectos: a) a importância social e econômica do Agronegócio para o crescimento e desenvolvimento nacional. (valor: 6,0 pontos) b) os desafios que o Brasil deverá enfrentar para consolidar-se como um grande produtor e exportador de diversos produtos agropecuários, principalmente os de origem animal. (valor: 4,0 pontos)

Gabarito:

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Papel do agronegócio no Brasil

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira


Comentário a) Deve ser construído um texto dissertativo que aborde os seguintes aspectos: Geração de empregos (diretos e indiretos); Inclusão social; Cadeia produtiva; Produto Interno Bruto (PIB); Exportações; Melhoria da renda e poder de compra do produtor e do trabalhador rural; Melhoria da infraestrutura; Produtos agropecuários mais baratos e com melhor qualidade para o consumidor final.

b) Deve ser construído um texto dissertativo que aborde os seguintes aspectos:Infraestrutura e logística: rodoviária, ferroviária, hidroviária, portuária; Legislação: ambiental, trabalhista; Mão-de-obra; qualificação, disponibilidade e custo; Processo produtivo; eficiência de produção, custo e qualidade; Aspectos econômicos tais como câmbio, carga tributária, acesso ao crédito e blocos econômicos; Aspectos sanitários: profilaxia, patologias, barreiras sanitárias.

Referências: BATALHA M. O. Gestão agroindustrial. São Paulo: Atlas, 2008 ARAÚJO, M.J. Fundamentos de Agronegócios 2-'1 Edição revista, ampliada e atualizada SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. – 2007

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 5 Os resultados do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes para produtos de origem animal (PNCRC/Animal), divulgados pelo Ministério da Agricultura, demonstraram a inexistência da utilização de hormônios na criação de frangos do Brasil. Conforme o estudo, o resultado foi negativo para betagonistas e substâncias de ação anabolizante, de uso proibido no país, em todas as amostras. No entanto, a crença dos hormônios no frango ainda permanece entre os consumidores. Pesquisa encomendada pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) mostrou que 72% da população ainda acredita que hormônios sejam utilizados na criação de frangos. A entidade vai promover uma campanha para tentar reverter esse quadro, com base nas características do produto nacional. Disponível em <http://www.g1.globo.com>. Acesso em: 4 abr. 2013. Com base no texto acima e como zootecnista contratado pela Ubabef, atenda os comandos a seguir.


a) Elabore uma nota de esclarecimento à população sobre a ausência do uso de hormônios na alimentação de frango. (valor: 6,0 pontos) b) Cite os aditivos que são permitidos pela legislação brasileira para melhorar o desempenho zootécnico das aves de corte. (valor: 4,0 pontos)

Gabarito:

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Aditivos na alimentação de frangos de corte no Brasil

Autor(a): Rodrigo Zaiden Taveira

Comentário:

a) A nota a ser elaborada deve dizer sobre a proibição do uso de hormônios pela legislação brasileira, bem como a inviabilidade econômica que essa ação causaria no sistema de produção. A nota deve abordar os ganhos genéticos que houveram nas características de interesse, alcançados pelos trabalhos de melhoramento genético, evidenciando ainda os avanços na nutrição de frangos de corte, proporcionando redução na conversão alimentar e maior ganho em peso. Deve ser abordado ainda os avanços obtido nos aspectos sanitários das granjas.

b) 1. Digestivos: enzimas, ácidos orgânicos. 2. Equilibradores da microbiota: probióticos, prebióticos e simbióticos. 3. Melhoradores de desempenho: antibióticos para uso animal.

Referências: EURER. J. L. FISIOLOGIA aviária aplicada a frangos de corte. Jaboticabal: Funep, 2002.


ROSTAGNO, H. S. ; et al. FISIOLOGIA da digestão e absorsão das aves. Campinas: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, 1994


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