QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS
Curso: BIOMEDICINA
Organizador (es): FLÁVIA MARTINS NASCENTE, KARLLA GREICK BATISTA DIAS PENNA, SERGIO HENRIQUE NASCENTE COSTA, WILSON DE MELO CRUVINEL
SUMÁRIO QUESTÃO Nº 11 Autor(a): Prof. Leonardo Luiz Borges QUESTÃO Nº 12 Autor(a): Profª. Lândia Fernandes de Paiva Soares QUESTÃO Nº 13 Autor(a): Profª. Kátia Karina Verolli de Oliveira QUESTÃO Nº 14 Autor(a): Profª. Lândia Fernandes de Paiva Soares QUESTÃO Nº 15 Autor(a): Profª.Karla Cardoso da Silva QUESTÃO Nº 16 Autor(a): Profª. Kátia Karina Verolli de Oliveira QUESTÃO Nº 17 Autor(a): Prof. José Roberto Carneiro QUESTÃO Nº 18 Autor(a): Profª. Irmtraut Araci Hoffmann Pfrimer QUESTÃO Nº 19 Autor(a): Profª. Maísa Maria da Silva QUESTÃO Nº 20 Autor(a): Profª. Ivanise Correa da Silva Mota QUESTÃO Nº 21 Autor(a): Prof. Bertín Zárate Sanchez QUESTÃO Nº 22 Autor(a): Prof. Amarildo Lemos Dias de Moura QUESTÃO Nº 23 Autor(a): Prof. Sérgio Henrique Nascente Costa QUESTÃO Nº 24 Autor(a): Profª. Débora Lemos Maldi Maia QUESTÃO Nº 25 Autor(a): Prof.Gutemberg da Silva Fraga QUESTÃO Nº 26 Autor(a): Profª.Maísa Maria da Silva QUESTÃO Nº 27 Autor(a): Prof. Onofre Ferreira de Carvalho QUESTÃO Nº 28 Autor(a): Prof. Jairo Figueiredo Júnior e Sérgio Antonio Machado QUESTÃO Nº 29 Autor(a): Prof. Luiz Murilo Martins de Araújo QUESTÃO Nº 30 Autor(a): Prof.Sérgio Henrique Nascente Costa
QUESTÃO Nº 31 Autor(a): Profª.Daniela Carneiro Vaz QUESTÃO Nº 32 Autor(a): Profª.Renata Carneiro Ferreira QUESTÃO Nº 33 Autor(a): Profª.Renata Carneiro Ferreira QUESTÃO Nº 34 Autor(a): Prof.Jairo Batista da Silva QUESTÃO Nº 35 Autor(a): Profª.Cristiane Martinez Yano QUESTÃO Nº 36 Autor(a): Profª.Cristiane Martinez Yano QUESTÃO Nº 37 Autor(a): Prof.Péricles Lopes Dourado QUESTÃO Nº 38 Autor(a): Profª.Kátia Karina Verolli de Oliveira QUESTÃO Nº 39 Autor(a): Prof.Luiz Murilo Martins de Araújo QUESTÃO Nº 40 Autor(a): Profª.Cristiane Martinez Yano
QUESTÃO Nº 11
Gabarito: B
Tipo de questão: Interpretação
Conteúdo avaliado: Bioestatística
Autor(a): Leonardo Luiz Borges
Comentário: Item A: Um gráfico de setores é construído a partir de uma circunferência, onde devem ser representadas as categorias da variável estudada, o que não corresponde ao gráfico da questão. Item B: Um histograma consiste em uma sucessão de retângulos contíguos, onde a base representa o intervalo de classe e a altura a frequência relativa em cada classe, o que está em acordo com o gráfico da questão. Item C: O objetivo do gráfico em questão não é representar a medida central e sim a distribuição de frequências, representando a variação de títulos de anticorpos versus a população estudada. Item D: O gráfico ou diagrama de dispersão representa a relação entre duas variáveis, representando o nível de associação entre elas. Consiste em um conjunto de pontos correspondentes às coordenadas x e y do plano cartesiano, o que não equivale ao gráfico acima apresentado. Item E: O gráfico de linhas consiste em um conjunto de pontos conectados por meio de uma linha, distribuídos em um plano cartesiano. Pode existir mais de uma linha em um mesmo plano, o que pode representar a variação de dados diferentes. Essas características não estão de acordo com o gráfico desta questão.
Referências: CALLEGARI-JACQUES, S. M. Bioestatística: Princípios e Aplicações. Editora Artmed S. A., São Paulo, 2003. CENTENO, A. J. Curso de Estatística aplicado a Biologia. Editora UFG, Goiânia, 2.ed, 2002. VIEIRA, S. Introdução a Bioestatística. Editora Campus, Rio de Janeiro, 3.ed, 1980.
QUESTÃO Nº 12
Gabarito: D
Tipo de questão: Complementação simples
Conteúdo avaliado: Bioquímica básica
Autor(a): Lândia Fernandes de Paiva Soares
Comentário: Item A: O volume que deve ser retirado da solução a 10 mol/l para preparar 0,3 L a 3 mol/L é 0,09 L, pois o volume de uma solução em molaridade é dado em litros. Em microlítros o resultado seria 90000. Item B: A resposta correta é 0,09 L e não 0,9 L, pois usando a fórmula de diluição: Molaridade inicial x Volume inicial = Molaridade final x Volume final, temos: 3 x 0,3 = 10 x V final V final = 0,09L Item C: A resposta em mL seria 90 mL e não 0,09ml, pois, aplicando a regra de 3 simples temos: 1L equivale a 1000ml portanto 0,09L equivale a 90ml. Item D: Resposta correta é 0,09 L, pois usando a fórmula de diluição: Molaridade inicial x Volume inicial = Molaridade final x Volume final, temos: 3 x 0,3 = 10 x V final V final = 0,09L Item E: A resposta em microlitros seria 90000 microlitros e não 0,09 microlitros pois, aplicando a regra de 3 simples temos: 1L equivale a 1000ml e 1ml equivale a 1000
microlitros, portanto 0,09 L equivale a 90000 microlitros.
Referências: HARPER. Bioquímica Ilustrada. São Paulo: Atheneu, 2006. LEHNINGER, AL; NELSON, DL; COX, MM. Princípios de Bioquímica. 2.ed. São Paulo: Sarvier, 1995. HENRY, John B. Diagnóstico Clínico e Tratamento por Métodos Laboratoriais. São Paulo: Ed. Manole, 20ª edição. BURTIS, CARL A E ASHWOOD EDWARDO R. TIETZ. Fundamentos de química clínica. RIO DE JANEIRO: EDITORA ELSERVIER, 2008. MOURA, RA. Técnicas de laboratório. 3.ed.Editora Atheneu, 2002.
QUESTÃO Nº 13
Gabarito: A
Tipo de questão: Asserção razão
Conteúdo avaliado: Bioética
Autor(a): Kátia Karina Verolli de Oliveira
Comentário: A Resolução CNS196 incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os referenciais da bioética autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado. Justificando a primeira asserção, a segunda justificativa coloca sob o ponto de vista da autonomia, onde a investigação possa trazer benefícios diretos aos vulneráveis. Nestes casos, o
direito dos indivíduos ou grupos que queiram participar da pesquisa devem ser assegurados, desde que seja garantida a proteção à sua vulnerabilidade e incapacidade civil ou legal. A autodeterminação é um direito que a todos assiste, de decidir por si mesmo.
Referências: Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_out_versa o_final_196_ENCEP2012.pdf Acessada em : 04/06/2013
QUESTÃO Nº 14
Gabarito: D
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Meio ambiente
Autor(a): Lândia Fernandes de Paiva Soares
Comentário: Item A: Incorreto. As câmaras de fluxo laminar são unidades projetadas para criar áreas de trabalho estéreis para a manipulação, com segurança, de materiais biológicos ou estéreis que não possam sofrer contaminação do meio ambiente. Câmara de fluxo laminar foi feita, para proteger apenas o produto manipulado, sendo que o usuário fica a mercê dos vapores e gases liberados, durante a manipulação, enquanto a câmara de exaustão de gases engloba tanto a proteção do produto quanto a do usuário, não trazendo risco para o meio ambiente, portanto, não podemos manipular ácidos voláteis dentro de uma câmara de fluxo laminar. Item B: Correto, pois na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), devem ser considerados princípios que conduzam à reciclagem, bem como as soluções integradas ou consorciadas, para diminuir os resíduos gerados através do planejamento na aquisição dos mesmos. Item C: Correto. Incineração é o principal meio de tratamento de Resíduos Químicos. Consiste em destruir os resíduos (biológicos e químicos) mediante um processo de combustão até a redução destes as cinzas, porém é um meio muito caro ou enviado ao Aterro Industrial que é um local de destinação final de resíduos químicos, onde a instalação de um aterro sanitário deste tipo é regida por legislação própria que tem objetivo de diminuir os impactos ambientais. Para tanto, sistemas de impermeabilização, drenagem, tratamento de gases e efluentes são imperativos. Item D: Correto, pois o PGRS determina normas para o uso de produtos químicos desde o seu acondicionamento, rotulagem, uso até sua eliminação. Item E: Errada, pois esta não é a forma de desativar o ácido. Não devemos adicionar pouca água em ácido forte, o ideal é neutralizar o ácido inicialmente.
Referências: RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC nº 220, de 11 de setembro de 2004. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA). Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre Licenciamento Ambiental. CONAMA. Brasília. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução nº 283 de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1º out. 2001. 4p.
QUESTÃO Nº 15
Gabarito: E
Tipo de questão: Complementação simples
Conteúdo avaliado: Biofísica
Autor(a): Karla Cardoso da Silva
Comentário: Item A: Um material radioativo estabiliza-se emitindo radiação. Um núcleo instável emite uma ou mais partículas radioativas transformando-se em outro núcleo atômico. A emissão de partículas beta (β) consistem em elétrons de alta energia ou pósitrons emitidos de núcleos atômicos num processo conhecido como decaimento beta. Existem duas formas de decaimento beta, β− e β+. No decaimento β−, um nêutron é convertido em um próton, com emissão de um elétron e de antineutrino de elétron (a antipartícula do neutrino). No decaimento β+, um próton é convertido num nêutron, com a emissão de um posítron, e de um neutrino de elétron. Sendo assim, o “elétron” (partícula β-) emitido pelo núcleo atômico, não tem a ver com os elétrons orbitais que se chocam e liberam energia, sob a forma de raios-x.
Item B: Ao contrário das radiações Alfa e Beta, que são constituídas por partículas, a radiação gama é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis logo em seguida à emissão de uma partícula Alfa ou Beta. Das diversas ondas
eletromagnéticas (radiação gama, raios-X, micro-ondas, luz visível, etc), apenas os raios gama são emitidos pelos núcleos atômicos. Item C: Um material radioativo estabiliza-se emitindo radiação. Um núcleo instável, emite uma partícula alfa transformando-se em outro núcleo atômico com número atômico duas unidades menor e número de massa 4 unidades menor (tem carga positiva +2). Sendo assim, as partículas alfa são produzidas em reações nucleares ou decaimentos radioativos, já os raios-x não são emitidos por partículas oriundas do núcleo do átomo como é o caso das partículas Alfa, e sim por elétrons orbitais que se chocam e liberam energia. Item D: Um núcleo radioativo estabiliza-se emitindo radiações, que podem ser do tipo: Alfa, Beta ou Gama. Os raios-X procedem das colisões de elétrons que estão na órbita do átomo e não do núcleo. Item E: Os raios-X não vêm do núcleo dos átomos. Para obter raios-X, uma máquina acelera elétrons orbitais e os faz colidir contra uma placa de chumbo, ou outro material. Na colisão, os elétrons perdem a energia cinética, ocorrendo transformação em calor (quase a totalidade), liberando os raios-X.
Referências: XAVIER, A.M. e Moro, J.T. e Heilbron, P.F.. Princípios Básicos de Segurança e Proteção Radiológica. 3.ed.,UFRS, 2006. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/radiacao.html MORAES, A.F. e Jardim, Vladimir. Manual de Física Radiológica. São Paulo, 2010. CALÇADA, C.S. e Sampaio, J. L. Física. 3.ed. São Paulo, 2008. DAMAS, K. S. Tratado Prático de Radiologia. 3.ed. São Paulo, 2010.
QUESTÃO Nº 16
Gabarito: D
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Biologia Molecular
Autor(a): Kátia Karina Verolli de Oliveira
Comentário: Item A: RFLP (Restriction Fragment Length Polymorfism) é uma técnica em que os organismos podem ser diferenciados pela análise de padrões derivados da clivagem do seu DNA. Se dois organismos diferirem na distância entre os sítios de clivagem de uma endonuclease de restrição, o comprimento dos fragmentos produzidos vai diferir quando o DNA for digerido com uma enzima de restrição, mas caso ele não diferir, não será clivado. Item B: a principal limitação dos marcadores RAPD é o baixo conteúdo de informação genética por loco. Apenas um alelo é detectado no segmento que é amplificado, enquanto que as demais variações alélicas são classificadas conjuntamente como um alelo nulo. Item C: PCR é a base técnica para amplificação de sequencias alvos de DNA ou
cDNA. Tal metodologia sem o auxilio de técnicas complementares e incapaz de obter toda a informação necessária para analise inequívoca de espécies diferentes. Item D: O sequenciamento é a única técnica entre as descritas que pode obter toda a sequencia de bases que compõe o DNA dos micro-organismos de maneira completa e com isto pode-se analisar as suas diferenças sem perdas de informações. As outras técnicas citadas tem limitação e necessitariam de uma técnica complementar para a completa elucidação da sequencia do genoma. Item E: Citometria de fluxo é uma técnica utilizada para contar, examinar e classificar partículas microscópicas suspensas em meio líquido em fluxo. Permite a análise de vários parâmetros simultaneamente. Através de um aparelho de detecção ópticoeletrônico são possíveis análises de características físicas e/ou químicas de uma simples célula, mas são inespecíficas para uma análise inequívoca de populações.
Referências: SAMBROOK,J.,RUSSELL,D.W. Molecular cloning. A laboratory manual. NewYork: Cold Spring Harbor, 2001 (volumes 1, 2 e 3).
QUESTÃO Nº 17
Gabarito: A
Tipo de questão: Complementação simples
Conteúdo avaliado: Parasitologia
Autor(a): José Roberto Carneiro
Comentário: A estrongiloidíase é uma doença parasitária causada por um geo-helminto denominado Strongyloides stercoralis. A interação entre o Strongyloides stercoralis e o hospedeiro humano é complexa devido á sua capacidade intrínseca de reprodução em indivíduos infectados. A erradicação da infecção, a cronicidade decorrente da autoinfecção, e a possibilidade de hiper infecção ou disseminação, são fatores que estão na dependência do sistema imune do hospedeiro e da capacidade de evasão do parasito. Item A: IgE. Nessa classe de Ig estão presentes os anticorpos a parasitas intestinais como os helmintos. As células do tipo Th2 estão associadas com a resistência às infecções dos helmintos intestinais a exemplo do S.stercoralis. A imunidade protetora contra esse parasito é predominantemente celular – Th1. A pesquisa de larvas nas secreções brônquicas é feita através do exame do escarro e lavado bronco pulmonar utilizando a técnica de Baerman ou Rugai. A afirmativa A está correta. Item B: IgA. A principal função dessa classe de Ig é exercida nas secreções dos tratos respiratório e gastrointestinal, sob a forma de IgA secretora (IgAS). As funções da IgA incluem neutralização de vírus, inibição de adesão de bactéria ao epitélio entre outras. Item C: A resposta TH1 promove uma resistência a Micro-organismos intracelulares e está relacionada com a defesa contra protozoários, bactérias e vírus. IgM é a classe de anticorpo que predomina na resposta imune primária. A IgM tem potente ação ativadora do Complemento; contudo por causa do seu tamanho (pentâmero), possui pouca importância na proteção nos fluidos teciduais ou nas secreções corpóreas, mesmo em locais de inflamação aguda e fica restrita ao compartimento intravascular. Item D: A resposta TH1 promove uma resistência a micro-organismos intracelulares e está relacionada com a defesa contra protozoários, bactérias e vírus; A IgG possui atividade antibacteriana, antiviral e antiprotozoários em condições de normalidade. Item E: Não há relato de pesquisa de ovos no tecido hepático, na infecção disseminada do Strongyloides, que ocorre em indivíduos infectados e imunocomprometidos, e sim pesquisa de larvas no espaço porta. Portanto, afirmativa incorreta.
Referências: NEVES.DP. Parasitologia Humana. 12.ed. São Paulo. Ed. Atheneu, 2011. REY,L. Parasitologia Humana. 4.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008.
QUESTÃO Nº 18
Gabarito: E
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Imunologia Básica
Autor(a): Irmtraut Araci Hoffmann Pfrimer
Comentário: Trata-se de uma questão que envolve o conhecimento sobre células produtoras e ações dos interferons e, as possibilidades de uso clínico dessas citocinas. Os interferons alfa e beta são produzidos por macrófagos e o interferon gama é produzido principalmente por linfócitos Th1 (células NK e linfócitos T citolíticos também podem produzir interferon gama). Os interferons alfa e beta induzem aumento da expressão de moléculas de classe I do MHC e o interferon gama, aumento da expressão de moléculas de classe I e II. Os interferons alfa, beta e gama aumentam a atividade de células NK e o interferon gama é um potente indutor da ativação de macrófagos. A clonagem dos genes que codificam todos os três tipos de interferon, tem tornado possível a produção de grandes quantidades de interferons pelas indústrias de biotecnologia permitindo o uso clínico destas citocinas. O
interferon alfa tem sido utilizado para o tratamento de hepatites B e C. O interferon beta emergiu como a primeira droga capaz de produzir melhora clínica na esclerose múltipla. O interferon gama tem sido usado para o tratamento de uma variedade de cânceres como o linfoma não-Hodgkin e o mieloma múltiplo. A aplicação clínica de maior sucesso do interferon gama é o tratamento da doença granulomatosa crônica. Portanto, a alternativa correta é a letra E.
O item I está incorreto, pois os interferons alfa e beta são produzidos por macrófagos e o interferon gama é produzido principalmente por linfócitos Th1 (células NK e linfócitos T citolíticos também podem produzir interferon gama). O item II está incorreto, pois os interferons alfa e beta induzem aumento da expressão de moléculas de classe I do MHC e o interferon gama, aumento da expressão de moléculas de classe I e II. Os interferons alfa, beta e gama aumentam a atividade de células NK e o interferon gama é um potente indutor da ativação de macrófagos.
Referências: MURPHY, K; Travers, P; Walport, M. Janeways Immunobiology. 8.ed. Nova Iorque:Garland Science, 2012. KINDT, TJ; Goldsby, RA; Osborne, BA. Imunologia de Kuby. 6.ed. Porto Alegre:Artmed, 2008.
QUESTÃO Nº 19
Gabarito: D
Tipo de questão: Interpretação
Conteúdo avaliado: Bioquímica
Autor(a): Maísa Maria da Silva
Comentário: Item A: O indivíduo 3 pode estar apresentando icterícia devido a um quadro de colestase (causa intra-hepática ou extra-hepática), onde a Bilirrubina Direta é impedida de ser excretada, voltando para a circulação sanguínea e chegando até a urina. Como não há excreção da Bilirrubina Direta para o intestino, não há formação de urobilinogênio no intestino – diminuindo, assim, sua circulação entero-hepática e sua excreção via urinária. Item B. O indivíduo 1 apresenta icterícia as custas da Bilirrubina indireta que encontra-se aumentada provavelmente devido a condições pré-hepáticas (hemólise?). O fígado esta conjugando (bilirrubina Direta normal) e excretando normalmente (ausência de Bilirrubina Direta na urina e presença de urobilinogênio urinário). Item C. O indivíduo 2 pode estar apresentando icterícia as custas da Bilirrubina Direta e também as custas da Indireta (Normal ou aumentada). As causas pós-hepáticas normalmente referem-se mais as elevações da Bilirrubina Direta com ausência de urobilinogênio urinário. Item D. O indivíduo 3 provavelmente apresenta um quadro de colestase que pode ser de causa obstrutiva (pós-hepática) que impede a Bilirrubina Direta de ser excretada para o intestino. Item E. O indivíduo 2 pode até apresentar icterícia por causa pré-hepática, mas o urobilinogênio presente na urina não é sintetizado no fígado, mas sim no intestino por ação de bactérias intestinais.
Referências: HENRY, John B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 19.ed. Ed. Manole, RJ, 2002. MOTTA,Valter T.. Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações. 5.ed. Ed. Medbook, Caxias do Sul. RS, 2009. RAVEL, R. Laboratório Clínico: aplicações clínicas dos dados laboratoriais. 6.ed. Ed. Guanabara Koogan, RJ,1997.
QUESTÃO Nº20
Gabarito: B
Tipo de questão: Interpretação
Conteúdo avaliado: Genética
Autor(a): Ivanise Correa da Silva Mota
Comentário: A anomalia cromossômica mais conhecida e mais comum em humanos é a Síndrome de Down, uma condição associada a um cromossomo 21 extra. A trissomia do 21 pode ser causada por uma não-disjunção cromossômica em uma das meioses. O evento de não-disjunção pode ocorrer em qualquer um dos genitores, mas parece ser mais provável nas mulheres. Além disso, a frequência de não-disjunção aumenta com a idade materna, assim entre as mães com menos de 25 anos de idade, o risco de ter um filho com Síndrome de Down é de cerca de 1 em 1600, enquanto nas mulheres com 40 anos é de 1 em 100. Este aumento de risco se deve a fatores que afetam adversamente o comportamento cromossômico meiótico à medida que a mulher envelhece. Nas mulheres, a meiose começa no feto, mas não se completa até que o ovócito seja fertilizado. Durante o longo tempo antes da fertilização, as células meióticas estão paradas na prófase da primeira divisão. Neste estado suspenso, os cromossomos podem não se parear. Quanto mais tempo na prófase, maior a chance de que ocorra o não-pareamento e a subsequente não-disjunção. As mulheres com mais idade são, portanto, mais propensas a produzir ovócitos aneuplóides do que as jovens. Por este motivo, em um aconselhamento genético em gestantes, a análise fetal de cromossomos é solicitada, sendo realizados exames específicos em células obtidas por amnioncentese, cordocentese ou punções de vilosidades coriônicas com o intuito de obter diagnóstico precoce e orientação direcionada para as situações contempladas. Portanto, a alternativa CORRETA é a letra B.
Referências: GRIFFITHS, A.J.F.; GELBART, W.M.; MILLER, J.H.; LEWONTIN, R.C. Genética Moderna. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2004. SIMMONS, M.J.; SNUSTAD, D.P. Fundamentos de Genética. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2007.
QUESTÃO Nº 21
Gabarito: E
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Anatomia
Autor(a): Bertín Zárate Sanchez
Comentário: A bile e o suco pancreático são fluidos alcalinos que contêm enzimas e sais necessários para a emulsificação dos lipídios e digestão de carboidratos e proteínas. A bile e o suco pancreático são liberados no duodeno a partir de estímulos endócrinos. A liberação de colecistoquinina (CCK) pelo duodeno e jejuno, a partir da estimulação decorrente da presença do quimo estomacal no duodeno, promove a liberação da bile e do suco pancreático com a finalidade inicial de neutralizar a acidez do quimo e de dar prosseguimento aos processos digestórios. A bile flui pelo ducto colédoco (das vias biliares distais), e o suco pancreático flui pelos ductos pancreáticos principal e acessório. O ducto colédoco e o ducto pancreático principal convergem para um ducto comum, o ducto hepatopancreático, cuja extremidade se abre na parede do duodeno (papila maior do duodeno). Fibras musculares lisas circundam parcialmente o extremo distal do ducto colédoco e a extremidade cefálica do ducto pancreático, assim como todo o ducto hepatopancreático, constituindo uma pequena dilatação denominada ampola hepatopancreática (Ampola de Váter), este grupo de fibras musculares constitui um esfíncter, o esfíncter hepatopancreático (de Oddi). Ruggero Ferdinando Antonio Giuseppe Vincenzo Oddi foi um médico anatomista e fisiologista italiano que a final do século XIX descreveu as propriedades fisiológicas das fibras musculares do esfíncter que passou a levar o seu nome (epônimo). Item A: A alternativa “A” não é correta, pois a estrutura denominada ampola de Váter é uma região anatômica dilatada da parede do duodeno adjacente à papila duodenal maior. Item B: A alternativa “B” não é correta, pois não há de fato um “esfíncter duodenal”; este conceito funciona como distrator, já que um esfíncter regula a passagem entre duas estruturas distintas, como por exemplo, o “íleo-cecal” ou o “gastro-duodenal”. Item C: A alternativa “C” não é correta, o conceito “bulbo biliar” é um distrator criado a partir de conceitos reais. Item D: A alternativa “D” não é correta por duas razões: por um lado, o conceito “gástrico” refere-se ao estômago e por outro não existe um “esfíncter gástrico” pelas razões apontadas na justificativa da alternativa “B”. Item E: A resposta correta é a alternativa “E” pois o conceito “esfíncter” decorre da função da estrutura anatômica, razão pela qual, embora Oddi não tenha descoberto a estrutura, ele estudou a sua dinâmica funcional.
Referências: LOUKAS, Marios; SPENTZOURIS, Georgios; TUBBS, R. Shane; KAPOS, Theodoros; CURRY, Brain. Ruggero Ferdinando Antonio Guiseppe Vincenzo Oddi. World Journal of Surgery. November 2007, Volume 31, Issue 11, pp 2260-2265.
<http://link.springer.com/article/10.1007/s00268-007-9019-1#page-1> TORTORA, G.J. Princípios de Anatomia Humana. 10.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. SCHUNKE, M. Prometheus, Atlas de Anatomia. 3 vol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. GUYTON, A.C., HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12.ed., Elsevier. Rio de Janeiro, 2011.
QUESTÃO Nº 22
Gabarito: C
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Biologia Celular
Autor(a): Amarildo Lemos Dias de Moura
Comentário: Os lisossomos são organelas citoplasmáticas membranosas presentes em praticamente todas as células eucariontes. Em seu interior existem enzimas que realizam principalmente a digestão intracelular de elementos provenientes de fagocitose ou por autofagia. Quanto às características da vesícula lisossômica, esta possui um potencial hidrogeniônico ácido em virtude do seu conteúdo, visto que as enzimas são chamadas de hidrolases ácidas com potencial de degradação de diversos polímeros biológicos, tais como carboidratos, proteínas, ácidos nucléicos e lipídios. Afirmativa I - Incorreta: O processo de autofagia se torna um evento essencial à homeostasia celular uma vez que resulta na renovação dos componentes intracitoplasmáticos (turnover). O processo de clasmocitose se refere à eliminação dos resíduos gerados da digestão intracelular, ou seja, dependentes da atividade lisossomal, e não como um evento isolado como aparece na afirmativa. Afirmativa III - Incorreta: Os proteossomos são complexos de diferentes proteases que digerem proteínas marcadas para destruição através da união com a ubiquitina. A degradação de proteínas se faz necessária para que haja a remoção de um excesso, quando elas não exercem mais nenhuma função na célula ou destruição de moléculas proteicas defeituosas. A afirmativa relaciona esta organela com a degradação de outras biomoléculas além das proteínas, tais como carboidratos e lipídios. Em relação aos peroxissomas, esta organela contêm pelo menos 50 diferentes enzimas que estão envolvidas numa variedade de vias bioquímicas em diferentes tipos de células, principalmente em reações de oxidação e metabolismo energético. Uma variedade de substratos é degradada por tais reações, incluindo o ácido úrico, os aminoácidos e os ácidos graxos. Conforme a discussão das afirmativas acima, podemos concluir seguindo as alternativas abaixo que a resposta correta é a LETRA C, pois: Item A: I e II - Apenas a afirmativa II está correta Item B: I e III - As duas afirmativas estão incorretas Item C: II e IV - As duas afirmativas estão corretas Item D: I, III e IV - Apenas a afirmativa IV está correta Item E: II, III e IV - A afirmativa III está incorreta
Referências: ALBERTS, B. Biologia Molecular da Célula. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. COOPER, G.M; HAUSMAN, R.E. The Cell: A Molecular Approach. 6.ed. Editora: Sinauer Associates Inc, 2013.
QUESTÃO Nº 23
Gabarito: D
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Controle de qualidade
Autor(a): Sérgio Henrique Nascente Costa
Comentário: Item A: A questão está incorreta, pois a regra 13s presente no primeiro par de regras é indicativa de erro aleatório e a regra 10x presente no segundo par de regras é indicativa de erro sistemático. Item B: A questão está incorreta, pois as regra 13s e R4s presentes no primeiro par de regras são indicativas de erros aleatórios, enquanto as regras 41s e 10x presentes
no segundo par de regras são indicativas de erros sistemáticos. Item C: A questão está incorreta, pois a regra 13s presente no primeiro par de regras é indicativa de erro aleatório e a regra 41s presente no segundo par de regras é indicativa de erro sistemático. Item D: Alternativa correta Item E: A questão está incorreta, pois a regra R4s presente no primeiro par de regras é indicativa de erro aleatório e a regra 10x presente no segundo par de regras é indicativa de erro sistemático.
Referências: HENRY, John B. Diagnóstico Clínico e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20.ed. São Paulo: Ed. Manole, 2008. MOTTA, Valter T. Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretação. 5.ed. Rio de Janeiro: Ed. MedBook, 2009. BURTIS, Carl A e ASHWOOD Edwardo R. Tietz. Fundamentos de Química Clínica. Rio de Janeiro: Editora Elservier, 2008. Regras Múltiplas e “Regras de Westgard”: O que são? Multirule and “Westgard Rules”: What are They? James O. Westgard / Copyright Westgard QC, Inc 2002 http://www.westgard.com Traduzido por ControlLab ® 2003.
QUESTÃO Nº 24
Gabarito: A
Tipo de questão: Complementação simples
Conteúdo avaliado: Micologia
Autor(a): Débora Lemos Maldi Maia
Comentário: Item A: esta alternativa esta CORRETA, pois a Mallasezia furfur e um fungo lipofílico, necessitando deste componente para crescimento in vivo e in vitro. Item B: INCORRETA, pois o crescimento do fungo não depende do elemento Nitrogênio. Item C: INCORRETA porque o agar sangue e um meio enriquecido utilizado para cultivar bactérias exigentes como Staphylococcus e Streptococcus. Item D: INCORRETA, pois o fungo não requer fonte proteica para crescimento in vitro. Item E: INCORRETA, os fatores X e V são requisitados por bactérias do gênero Haemophilus O gênero Malassezia possui várias espécies, sendo a maioria lipodependentes. Apenas a espécie M. pachydermatis não é lipodependente e está relacionada a enfermidade em animais. O diagnóstico da pitiríase versicolor geralmente é feito pela observação das lesões com lâmpada de WOOD e observação clínica com evidenciação do sinal de Besnier e de Zileri. O diagnóstico laboratorial pode ser feito por ED, com observação de leveduras contendo brotamento, associadas ou não a hifas curtas e tortuosas. A cultura pode ser feita, mas não é solicitada de rotina. Como a maioria das espécies é dependente de lipídios, o meio de cultura deve conter esta fonte! Os meios indicados são Meio de Dixon e Ágar Sabouraud acrescido de azeite de oliva. Após a inoculação, aguarda-se de 3 a 6 dias para obtenção das colônias de cor amarelo-creme. Portanto a alternativa CORRETA é a letra A, conforme descrição do agente contida no Livro: “Micologia médica à luz de autores contemporâneos”.
Referências: SIDRIM, J.J.C. & Rocha, M.F.G. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Ed. Guanabara Koogan, 2004.
QUESTÃO Nº 25
Gabarito: C
Tipo de questão: Interpretação
Conteúdo avaliado: Farmacologia
Autor(a): Gutemberg da Silva Fraga
Comentário: Item A: INCORRETA. Existem diversos antagonistas não competitivos diferentes, mas a maioria das drogas nesta classe é agente alquilante irreversível. Obtêm-se o efeito máximo com o aumento da concentração do agonista, quando o antagonismo é do tipo competitivo reversível. Item B: INCORRETA. No antagonismo não competitivo irreversível, não se obtém o efeito máximo com o aumento da concentração do agonista. Se com o aumento da concentração do agonista obtém-se o efeito máximo então, o antagonismo é do tipo competitivo reversível.
Item C: Está CORRETA, pois no antagonismo competitivo reversível, com o aumento da concentração do agonista, obtêm-se o efeito máximo. Item D: INCORRETA. O bloqueio por antagonistas competitivos é superável aumentando-se a concentração do agonista. Item E: INCORRETA. O antagonismo em que mesmo com o aumento da concentração do agonista não se obtém o efeito máximo é do tipo não competitivo irreversível.
Referências: BRODY. Farmacologia Humana. Editora Elsevier Ltda. 4.ed. 2006. KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Básica e Clínica. Editora Guanabara Koogan. 10.ed. 2010.
QUESTテグ Nツコ 26
Gabarito: D
Tipo de questテ」o: Resposta mテコltipla
Conteúdo avaliado: Bioquímica
Autor(a): Maísa Maria da Silva
Comentário: Item I. Os quilomícrons são sintetizados pela mucosa intestinal e seus remanescentes são captados pelo fígado, que por sua vez é responsável pela síntese e liberação das VLDL no período de jejum. Item II. Cada lipoproteína plasmática é composta de proporções e tipos diferentes de lipídios e apoproteínas, que vão caracterizar cada lipoproteína em relação aos seus aspectos morfológicos e fisiológicos. Item III. As funções das apoproteínas (A, B, C, D e E) são diversas e ainda não se conhece totalmente todas elas. Item IV. A LDL é conhecida popularmente como “mau colesterol” devido as suas altas concentrações de colesterol e a sua estreita relação com os fenômenos ateroscleróticos. Item V. Ao captar o colesterol LDL, as células diminuem a síntese de colesterol (diminui atividade da HMG-CoA redutase), diminui seus receptores celulares para uma menor captação desse colesterol e armazenam o colesterol na forma esterificada.
Referências: HENRY, John B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 19.ed. Ed. Manole, RJ, 2002. MOTTA, Valter T. Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações. 5.ed. Ed. Medbook, Caxias do Sul. RS, 2009. RAVEL, R. Laboratório Clínico: aplicações clínicas dos dados laboratoriais. 6.ed. Ed. Guanabara Koogan, RJ,1997.
QUESTÃO Nº 27
Gabarito: E
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Controle de qualidade
Autor(a): Onofre Ferreira de Carvalho
Comentário: Os testes Point Of Care, conhecidos no Brasil como Testes Laboratoriais Remotos (TLR), vem ganhando novos espaços no mundo laboratorial, permitindo que as respostas sejam dadas minutos após a realização de exames. A regulamentação do uso destas tecnologias no Brasil ainda encontra-se em uma fase inicial. As informações citadas na questão encontram-se na RDC – 302 da ANVISA nos itens 6.2.13 a 6.2.15 de seu anexo. Comentário Item I - A legislação pontua claramente que o laboratório clínico deve manter registros dos controles da qualidade, bem como procedimentos para a realização dos mesmos e promover e manter registros de seu processo de educação permanente para os usuários dos equipamentos de TLR. Afirmativa errada. Comentário Item II – O regulamento estabelece que o responsável Técnico pelo laboratório clínico é responsável por todos os TLR realizados dentro da instituição, ou em qualquer local, incluindo, entre outros, atendimentos em hospital-dia, domicílios e coleta laboratorial em unidade móvel. Em momento algum faz referencia em delegar responsabilidade técnica a outros profissionais. Afirmativa errada. Comentário Item III - A execução dos TLR e de testes rápidos, deve estar vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar. A afirmativa coincidente com o texto da lei. Afirmativa Correta. Comentário Item IV - o laboratório clínico deve manter registros dos controles da qualidade, bem como procedimentos para a realização dos mesmos e promover e manter registros de seu processo de educação. Afirmativa Correta. Portanto os itens I e II estão errados, enquanto que os itens III e IV estão corretos, estabelecendo o gabarito letra “E”.
Referências: ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005, que dispõe sobre o regulamento técnico para o funcionamento de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, 14 de outubro de 2005. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N% C2%BA%20302-2005.pdf
QUESTÃO Nº 28
Gabarito: B
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Parasitologia
Autor(a): Jairo Figueiredo Júnior ou Sérgio Antonio Machado
Comentário: Item A: Os métodos de flutuação utilizam líquidos com peso específico mais elevado que o dos ovos leves ou cistos, de maneira que os parasitas flutuam na superfície e podem, então, ser colhidos da película superficial do tubo. Não sendo recomendados
para pesquisa de ovos pesados de helmintos como os da questão em tela. Item B: Muito eficiente. É considerado o método de eleição para ovos de S.mansoni , A. lumbricóides, Taenia. Muito empregado em saúde pública, não só pela eficiência, como pelo seu baixo custo. Item C: Valioso na pesquisa das formas vegetativas de protozoários (principalmente no diagnóstico de protozooses em que se verifica o encistamento). A estrutura e, particularmente, a motilidade dos trofozoítas possibilitam o diagnóstico específico. Não sendo recomendados para pesquisa de ovos pesados de helmintos como os da questão em tela. Item D: Realiza-se a pesquisa de larvas de helmintos, especialmente de ancilostomídeos e Strongyloides stercoralis, em amostras fecais frescas com a técnica descrita por Barmann, posteriormente simplificada por Rugai. A estratégia consiste em atrair as larvas contidas na amostra fecal para o fundo de um recipiente com água aquecida, valendo-se de seu hidrotropismo e termotropismo. Não sendo recomendados para pesquisa de ovos pesados de helmintos como os da questão em tela. Item E: Em casos dúbios para determinar as formas vegetativas (trofozoítas) de protozoários, lança-se mão da fixação e coloração pela hematoxilina férrica. Não sendo recomendados para pesquisa de ovos pesados de helmintos como os da questão em tela.
Referências: MORAES, Ruy Gomes. Parasitologia e Micologia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara KOOGAN, 2008. FERREIRA, Marcelo Urbano. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2012.
QUESTÃO Nº 29
Gabarito: A
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Hematologia
Autor(a): Luiz Murilo Martins de Araújo
Comentário: A anemia ferropriva, dentre todas as causas de anemia, é a forma mais prevalente, sendo a deficiência do ferro a causa mais comum de anemia carencial e realmente no esfregaço do hemograma apresenta-se com hemácias microcíticas, hipocrômicas e com anisocitose. Por isto a alternativa correta é a A. Como a questão faz referência a um relatório da OMS, citamos abaixo o texto, grifando em português a citação que serve de base para a resposta: “Anaemia is the result of a wide variety of causes that can be isolated, but more often coexist. Globally, the most significant contributor to the onset of anaemia is iron
deficiency so that IDA and anaemia are often used synonymously, and the prevalence of anaemia has often been used as a proxy for IDA. It is generally assumed that 50% of the cases of anaemia are due to iron deficiency (2), but the proportion may vary among population groups and in different areas according to the local conditions. The main risk factors for IDA include a low intake of iron, poor absorption of iron from diets high in phytate or phenolic compounds, and period of life when iron requirements are especially high (i.e.growth and pregnancy). In: WHO- Worldwide prevalence of anaemia 1993–2005.2008” A anemia é o resultado de uma grande variedade de causas que podem ser isoladas, mas mais frequentemente coexistem. Globalmente, a contribuição mais significativa para o aparecimento da anemia é a deficiência de ferro, para que a anemia ferropriva e anemia são muitas vezes usados como sinônimos, e a prevalência de anemia tem sido frequentemente utilizado como próximo a anemia ferropriva. Geralmente assume-se que 50% dos casos de anemia são devidos à deficiência de ferro, mas a proporção pode variar entre grupos populacionais e em diferentes zonas de acordo com as condições locais. Os principais fatores de risco para a anemia ferropriva incluem uma baixa ingestão de ferro, má absorção de ferro a partir de dietas ricas em folato ou compostos fenólicos, e no período da vida em que as necessidades de ferro são especialmente elevados (ie, crescimento e gravidez). In: OMS. Prevalência mundial de anemias 1993-2005.2008
Referências: OMS. Prevalência mundial de anemias 1993-2005. 2008.
QUESTÃO Nº 30
Gabarito: C
Tipo de questão: Asserção-Razão
Conteúdo avaliado: Bioquímica
Autor(a): Sérgio Henrique Nascente Costa
Comentário: A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda asserção é uma proposição falsa, pois no indivíduo normal a fração HbA1c representa, aproximadamente, 80% da hemoglobina A1 total, sendo que a ligação da glicose com a cadeia beta da hemoglobina ocorre por meio de uma reação irreversível e não enzimática. As outras frações da hemoglobina A1 originam-se da ligação de outras moléculas ao aminoácido valina presente na porção N-terminal da cadeia beta da Hemoglobina A: A1a1 (frutose-1,6-difosfato), A1a2 (glicose-6-fosfato) e A1b (ácido pirúvico). Assim, a segunda proposição está incorreta, quando afirma que a associação da glicose com a hemoglobina se dá com a cadeia alfa, por meio de uma reação mediada por um sistema enzimático.
Referências: MOTTA, Valter T. Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretação. 5.ed. Rio de Janeiro: Ed. MedBook, 2009. BURTIS, Carl A e ASHWOOD Edwardo R. Tietz. Fundamentos de Química Clínica. Rio de Janeiro: Editora Elservier, 2008. Atualização sobre Hemoglobina Glicada (A1C) para Avaliação do Controle Glicêmico e para o Diagnóstico do Diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais - Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada – A1C Posicionamento Oficial 2009 – 15DEZ08.
QUESTÃO Nº 31
Gabarito: B
Tipo de questão: Complementação simples
Conteúdo avaliado: Líquidos Corporais
Autor(a): Daniela Carneiro Vaz
Comentário: O item B, esta correto, conforme sequência de Slides apresentada, os demais itens apresentam sequência incorreta. Fig 1. Hemácias Isomórficas - GVs normais. Referência: STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluídos Médica Paulista Editora, 2009. Figura 6-8, página 102. Fig 2. Grumos de Cristais de Ácido Úrico. Referência: STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluídos Médica Paulista Editora, 2009. Figura 6-74, página 125. Fig 3. Aglomerado de Células Epiteliais Escamosas. Referência: STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluídos Médica Paulista Editora, 2009. Figura 6-24, página 106. Fig 4. Leucócitos - GBs. Referência: STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluídos Médica Paulista Editora, 2009. Figura 6-15, página 104.
Corporais. 5.ed. SP. Livraria
Corporais. 5.ed. SP. Livraria
Corporais. 5.ed. SP. Livraria
Corporais. 5.ed. SP. Livraria
Referências: GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. Panamericana. STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluídos Corporais. 5.ed. SP. Livraria Médica Paulista Editora, 2009. PIVA, S. Espermograma – Análises e Técnicas. 7.ed. 1988. Livraria Santos Editora, LTDA. RAVEL, R. Laboratório clínico: aplicações clínicas dos achados laboratoriais. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. PAOLUCCI, A. A. Nefrologia. RJ. Guanabara Koogan.
QUESTÃO Nº 32
Gabarito: A
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Microbiologia
Autor(a): Renata Carneiro Ferreira
Comentário: Item A: Estes microrganismos foram classificados juntos na família Vibrionaceae e foram separados das Enterobacteriaceae baseado na reação positiva para oxidase e na presença de flagelo polar. Item B: O Vibrio cholerae fermenta sacarose. Item C: Os sais biliares inibem crescimento dos microrganismos gram-positivos e de algumas espécies de gram-negativas mais exigentes (p. ex., Salmonella). Item D: As enterobactérias são capazes de fermentar glicose com produção de gás, exceto a maioria das espécies de Shigella. Item E: As enterobactérias dos gêneros: Salmonella, Citrobacter, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Providencia também utilizam citrato como única fonte de carbono.
Referências: KONEMAN. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido/Washington C. Winn Jr. [et al.] ; revisão técnica Eiler Fritsch Toros ; tradução Eilser Fritsch Toros [et al.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MURRAY, Patrick R.; Rosenthal, Ken S. Microbiologia médica. 6.ed. Editora: Elsevier, 2010.
QUESTÃO Nº 33
Gabarito: C
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Microbiologia
Autor(a): Renata Carneiro Ferreira
Comentário: O item II está incorreto por que: O grupo dos coliformes fecais compreende o gênero Escherichia e, em menor extensão, espécies de Klebsiella, Citrobacter e Enterobacter. Assim, o tempo de vida dessas bactérias na água seria o mesmo das demais bactérias patogênicas intestinais.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 212 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) ISBN 85-334-1240-1.
QUESTÃO Nº 34
Gabarito: C
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Citopatologia
Autor(a): Jairo Batista da Silva
Comentário: Item I. Incorreto. Os estrógenos induzem à maturação do epitélio escamoso vaginal sim e, no esfregaço citológico, será observado predomínio de células superficiais. Item IV. Incorreto. Em esfregaço citológico de amostra cérvico-vaginal colhida durante a gestação e na fase progestacional do ciclo menstrual normalmente se observa predomínio de células intermediárias.
Referências: GOMPEL, C; KOSS, LEOPOLD G; BERGERON, C; WULKAN, I. Citologia ginecológica e suas bases anatomoclínicas. São Paulo: Manole, 1997. TAKAHASHI, M. Atlas color citologia del câncer. 2.ed. Buenos Aires: Editorial Médica Americana, 1985.
QUESTÃO Nº 35
Gabarito: B
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Imunologia
Autor(a): Cristiane Martinez Yano
Comentário: Item I: correto Item II: incorreto- O CMV é capaz de infectar o feto mesmo quando a mãe apresenta anticorpos antes da concepção, diferente de outras infecções. Isso seria devido a reativação do vírus durante a gestação, que se encontrava latente no organismo materno. Item III: correto Item IV: incorreto - A sorologia para CMV não é obrigatória se for transfundido sangue desleucocitado, uma vez que o uso de componentes leucoreduzidos é indicado em neonatos prematuros e de baixo peso com mães CMV (-) ou com sorologia
desconhecida.
Referências: Item II: HUANG,E.S.et al.- Molecular epidemiology of cytomegalovirus infections in womennand their infants. N.Engl.J.Med. 303:958,1980 Item IV: RDC n. 153 de 14/06/2004 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
QUESTÃO Nº 36
Gabarito: E
Tipo de questão: Resposta múltipla
Conteúdo avaliado: Imunologia
Autor(a): Cristiane Martinez Yano
Comentário: Item I: Incorreto - A interpretação de imunidade pode ser feita quando o resultado
apresenta títulos significativos para anticorpos totais ou IgG e ausência de IgM. Item II: correto Item III: correto Item IV: incorreto- A presença de anticorpos de baixa avidez ocorre no início da infecção e auxiliam na determinação de infecção recente ou antiga. Item V: correto
Referências: FERREIRA, Walter A. Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Auto-Imunes. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan LTDA, 79.
QUESTÃO Nº 37
Gabarito: C
Tipo de questão: Resposta única
Conteúdo avaliado: Epidemiologia
Autor(a): Péricles Lopes Dourado
Comentário:
Item A: Alternativa incorreta porque a epidemia explosiva é caracterizada pelo aumento expressivo do número de casos em um curto período. A aglomeração de casos é indicativa de exposição simultânea, por uma única fonte, sugerindo também um único tipo de agente, atuando em um curto intervalo de tempo. Exemplo de epidemia explosiva: surto de intoxicação alimentar, em que, em uma dada refeição, muitas pessoas são contaminadas ao mesmo tempo. Item B: Alternativa incorreta porque assim como são registrados casos simultâneos, a cura das pessoas também segue o mesmo padrão. Na representação gráfica da epidemia explosiva, há uma elevação rápida do número de casos, seguida por um plateau, a que se segue diminuição também rápida do número de casos, formando um pico de base relativamente estreita. Item C: Alternativa correta porque a propagação da epidemia progressiva se dá em cadeia, gerando verdadeira corrente de transmissão, de suscetível a suscetível, até o esgotamento destes ou a diminuição abaixo do nível crítico, fazendo com que a cura das pessoas não seja simultânea. Quanto aos infectados assintomáticos, devido tal condição, desconhecem que são portadores da patologia e não buscam os serviços de saúde que deveriam alimentar os sistemas de informações pertinentes. Item D: O comentário da alternativa “C” justifica porque esta alternativa está incorreta. Item E: O comentário da alternativa “B” justifica porque esta alternativa está incorreta.
Referências: PEREIRA, Maurício G. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan LTDA, 2012. ROUQUAYROL, Maria Z e FILHO, Naomar A. Epidemiologia & Saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: Ed. Medsi, 2003.
QUESTÃO Nº 38 Nos dias de hoje, observa-se crescente preocupação com a identificação e a rotulagem de determinados materiais, tais como alimentos e subprodutos que contenham organismos geneticamente modificados (OGMs), mais pela ótica do direito do consumidor final à informação do que por uma preocupação mais específica quanto à segurança. Há que se considerar os requisitos técnicos que devem ser cumpridos pelos centros responsáveis pelo armazenamento, manutenção e distribuição de material biológico, bem como a necessidade de que os métodos e processos de medição associados às atividades de manipulação e produção sejam estabelecidos com rigor técnico. BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico. Brasília, SENAI/DN, 2002, p. 11 (com adaptações). Tendo como referência o texto acima, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Em relação a possíveis impactos ambientais e efeitos sobre seres vivos, quais motivos justificam a preocupação da população com a segurança na produção e distribuição de OGMs? (valor: 5,0 pontos)
b) Quais os possíveis benefícios que a utilização de OGMs pode trazer à população humana? (valor: 5,0 pontos)
Gabarito: Padrão de Resposta (A) Em relação a possíveis impactos ambientais e efeitos sobre seres vivos, quais motivos justificam a preocupação da população com a segurança na produção e distribuição de OGMs? (valor: 5,0 pontos) Espera-se que o aluno seja capaz de perceber e citar riscos como os impactos ambientais promovidos pela inclusão, no ecossistema, de organismos “criados” pelo homem como, por exemplo, o desequilíbrio das relações entre fauna e flora, superpopulações de organismo, competição por espaço e nutrientes, entre outros; o desconhecimento dos efeitos, a longo prazo, destes organismos no organismo humano; a falta de controle sobre a produção e distribuição destes organismos; a produção com fins benéficos que possam, oportunamente, ser utilizada como armas biológicas. Podem também ser consideradas as questões éticas relativas à produção e distribuição indiscriminadas de OGMs e a informação sobre estes organismos inseridos nos alimentos a serem consumidos. (B) Quais os possíveis benefícios que a utilização de OGMs pode trazer à população humana? (valor: 5,0 pontos) Espera-se que o aluno seja capaz de perceber e citar possíveis benefícios como aumento da produtividade de lavouras e da qualidade nutricional de alimentos (em caso de alimentos modificados geneticamente); disponibilidade de organismos com características específicas necessárias a determinada finalidade (como, por exemplo, animais knock-out para alguns subtipos de receptores, permitindo estudo de efeitos de substâncias particulares); desenvolvimento de organismos capazes de funcionarem como biofábricas (úteis na produção de bioderivados); desenvolvimento de modelos e de ensaios com diagnósticos utilizando organismos modificados, não se limitando a estes benefícios. REFERÊNCIA: http://www.ctnbio.gov.br/upd_blob/0000/10.pdf
Tipo de questão: Discursiva
Conteúdo avaliado: Biologia molecular
Autor(a): Kátia Karina Verolli de Oliveira
Comentário: Questão A: Sobre este item transcrevo parte da bibliografia citada: “Os microrganismos apresentam uma imensa diversidade genética e desempenham funções únicas e cruciais na manutenção de ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.” Apesar de sua grande importância no meio ambiente e em processos biotecnológicos, estima-se que menos
de 5% dos microrganismos existentes na biosfera tenham sido caracterizados e descritos. É importante ressaltar que grande parte dos avanços da biotecnologia moderna e da agricultura é derivada das descobertas recentes nas áreas de genética, fisiologia e metabolismo de microrganismos, entretanto, pode-se afirmar que essa exploração da diversidade microbiana ainda é muito incipiente. Os estudos de genomas e genômica funcional que ora se desenvolvem produzem quantidades extraordinárias de informação e trazem novos desafios para a análise e uso dos dados produzidos. Biólogos e biotecnólogos passarão as próximas décadas tentando decifrar e explorar a informação gerada nos esforços de sequenciamento de genomas em andamento. Esses dados de sequências e seus subprodutos, incluindo as bibliotecas genômicas, os chips de proteínas e os microarrays de expressão, têm de ser preservados e devem ter os seus acessos facilitados, garantindo-se os aspectos relativos aos direitos de propriedade intelectual. O processo de obtenção de informações sobre cada um dos milhares de genes, produtos gênicos e outras características de cada organismo evidencia a enorme tarefa dos Centros de Recursos Biológicos (CRB) no armazenamento, manutenção, disseminação e referenciamento cruzado dessas informações. De forma similar, muitos produtos de modificações genéticas, desde bactérias geneticamente engenheiradas até plantas e animais transgênicos, devem ser preservados para investigação científica, para aplicações comerciais no campo da biotecnologia e para fins regulatórios e de biossegurança.” Questão B: Cito parte do texto da bibliografia citada na pergunta: “Os benefícios esperados de um maior conhecimento sobre a diversidade microbiana incluem a melhor compreensão das funções exercidas pelas comunidades microbianas nos ambientes terrestres e o conhecimento das suas interações com outros componentes da biodiversidade, como as plantas e animais. Os benefícios econômicos e estratégicos estão relacionados com a descoberta de microrganismos potencialmente exploráveis nos processos biotecnológicos para novos antibióticos e agentes terapêuticos, probióticos, produtos químicos, enzimas e polímeros para aplicações industriais e tecnológicas. Entre as novas possibilidades destacam-se a biorremediação de poluentes e a biolixiviação e recuperação de minérios. Outros benefícios incluem o prognóstico e prevenção de doenças emergentes em seres humanos, animais e plantas e a otimização da capacidade microbiana para a fertilização dos solos e despoluição das águas. Além da importância agrícola, alguns dos componentes da biodiversidade do solo têm aplicações na recuperação de sítios contaminados pela presença de poluentes tóxicos. Tecnologias apropriadas para a biorremediação de solos impactados pela disposição de hidrocarbonetos, por exemplo, revelam que os solos podem constituirse como biorreatores em “estado sólido”, eficientes na remoção controlada da matéria carbonácea por meio da atuação de microrganismos. Os processos denominados landfarming, ou métodos de disposição de resíduos no solo, notadamente óleos residuais da indústria petrolífera e derivados, são empregados há alguns anos como solução adequada ao meio ambiente. Os microrganismos degradadores de hidrocarbonetos possuem uma dimensão ímpar na recuperação de áreas poluídas. “Assim, o material biológico tem uma ampla gama de aplicações nas áreas de saúde, agropecuária, indústria e meio ambiente, em atividades de ensino, pesquisa, controle e garantia da qualidade, produção industrial, comércio e serviços especializados”.
Referências: CNTBio Disponível em: http://www.ctnbio.gov.br/upd_blob/0000/10.pdf Acessado em 04/-6/2013
QUESTÃO Nº 39 A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia e, em geral, o diagnóstico laboratorial é feito sem grandes dificuldades. A interpretação dos resultados, no entanto, deve ser feita cuidadosamente, tendo-se em mente as limitações e interferentes de cada reação. Confirmado o diagnóstico, inicia-se o tratamento e a investigação das causas da anemia. A figura a seguir indica a correlação das principais alterações laboratoriais no decorrer das fases evolutivas da deprivação de ferro.
GROTTO, Helena Z. W. Fisiologia e metabolismo do ferro. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, 2010. A partir das informações apresentadas, redija um texto dissertativo que contemple as respostas às questões a seguir. a) Quais as alterações laboratoriais verificadas nas fases de depleção de estoque e eritropoese deficiente de ferro? Justifique sua resposta. (valor: 6,0 pontos) b) Como o quadro de anemia ferropriva pode ser revertido? (valor: 4,0 pontos)
Gabarito: Padrão de Resposta a) Quais as alterações laboratoriais verificadas nas fases de depleção de estoque e eritropoese deficiente de ferro? Justifique sua resposta. (valor: 6,0 pontos) O aluno deverá indicar:
Fase de depleção de estoque: diminuição da ferritina sérica devido à necessidade de aumentar a concentração de ferro sérico disponível. Fase de eritropoese deficiente de ferro: diminuição de ferro sérico devido à necessidade de sua utilização na eritropoese. Início de alteração nos parâmetros do hemograma (queda do VCM e hemoglobina - sinais de falha na hemoglobinização das células) e início do aumento do RDW. Podem ser citados os aumentos de sTfR e TIBC como compensatórios à queda do ferro sérico. (6,0 pontos) b) Como o quadro de anemia ferropriva pode ser revertido? O aluno deverá comentar que o tratamento da anemia ferropriva pode ser realizado através de orientação nutricional (alimentos ricos em ferro, não somente – desejável comentar diferença de absorção entre formas distintas – heme, não heme), administração por via oral ou parenteral de medicamentos contendo ferro (sais ferrosos, sais férricos, ferro aminoquelado, complexo de ferro polimaltosado e ferro carbonila, não somente) e, eventualmente, transfusão de hemácias. (4,0 pontos) REFERÊNCIAS: GROTTO, Helena Z. W.. Fisiologia e metabolismo do ferro. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, 2010 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
Tipo de questão: Discursiva
Conteúdo avaliado: Hematologia
Autor(a): Luiz Murilo Martins de Araújo
Comentário: Sobre o item a, transcrevo o próprio trabalho da Profa.Dra Helena Grotto (Grotto HZW Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):22-28) onde ela comenta: “No entanto, vale a pena lembrar que a instalação da deficiência de ferro é progressiva e as alterações laboratoriais têm uma dinâmica, como pode ser observado na Figura 2 (abaixo). Assim, na fase de depleção de estoque, a principal alteração observada é a diminuição gradativa dos níveis de ferritina sérica. Na fase de deficiência na eritropoese, os níveis de Hb estão ainda na faixa de normalidade, mas são detectados sinais de falha na hemoglobinização das células, com queda do conteúdo de Hb dos reticulócitos (não mostrado na figura) e elevação dos níveis de sTfR e TIBC. E, por último, as alterações relacionadas com o quadro de anemia. A anisocitose é a alteração morfológica dos eritrócitos mais precocemente evidenciada e tipicamente é acompanhada de ovalocitose. Nessa fase inicial, o HCM pode estar normal, a Hb > 11g/dL e o VCM ligeiramente reduzido (< 80 fl). Com a progressão da deficiência de ferro há um declínio concomitante da concentração de Hb, do número de hemácias, do HCM e VCM” (Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):22-28 Grotto HZW).
Também transcrevemos parte do artigo de Suzana de Souza Queiroz, Marco A. de A. Torres, Anemia ferropriva na infância.J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s298-s304 onde anota: “Foram identificados três estágios na instalação da deficiência de ferro.” O primeiro estágio - a depleção de ferro - ocorre quando o aporte de ferro é incapaz de suprir as necessidades. Produz, inicialmente, uma redução dos depósitos, que se caracteriza por ferritina sérica abaixo de 12 µg/l, sem alterações funcionais. Se o balanço negativo continua, instala-se a segunda fase - a eritropoiese ferro deficiente caracterizada por diminuição do ferro sérico, saturação da transferrina abaixo de 16% e elevação da protoporfirina eritrocitária livre. Nessa fase, pode ocorrer a diminuição da capacidade de trabalho. No terceiro estágio - a anemia por deficiência de ferro - a hemoglobina situa-se abaixo dos padrões para a idade e o sexo. Caracteriza-se pelo aparecimento de microcitose e de hipocromia. A ocorrência da depleção de ferro nos estágios iniciais é substancialmente maior que a da anemia propriamente dita. Sobre o item B, a reversão do quadro de Anemia Ferropriva deve ser feita cessando, corrigindo a causa da deficiência de ferro e repondo a deficiência de ferro (com alimentação e suplementação de Ferro, geralmente oral, podendo ser em alguns casos intramuscular, até repor o estoque e em poucos casos, excepcionalmente, com uso de transfusão de hemácias). Para fundamentação científica, transcrevo o artigo de Suzana de Souza Queiroz, Marco A. de A. Torres, Anemia ferropriva na infância.J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s298-s304: “Sinais clínicos e provas laboratoriais na detecção da deficiência de ferro e anemia- Foram identificados três estágios na instalação da deficiência de ferro. O primeiro estágio - a depleção de ferro - ocorre quando o aporte de ferro é incapaz de suprir as necessidades. Produz, inicialmente, uma redução dos depósitos, que se caracteriza por ferritina sérica abaixo de 12 µg/l, sem alterações funcionais. Se o balanço negativo continua, instala-se a segunda fase - a eritropoiese ferro deficiente caracterizada por diminuição do ferro sérico, saturação da transferrina abaixo de 16% e elevação da protoporfirina eritrocitária livre. Nessa fase, pode ocorrer a diminuição da capacidade de trabalho. No terceiro estágio - a anemia por deficiência de ferro - a hemoglobina situa-se abaixo dos padrões para a idade e o sexo. Caracteriza-se pelo aparecimento de microcitose e de hipocromia. A ocorrência da depleção de ferro nos estágios iniciais é substancialmente maior que a da anemia propriamente dita. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) / Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, para cada pessoa com anemia, exista, ao menos, mais uma com deficiência de ferro. Assim, em uma população com 50% de crianças com anemia como é o caso do Brasil - 100%, de fato, são deficientes em ferro. A definição operacional de anemia, em termos dos níveis de hemoglobina, foi estabelecida pela OMS, adotando o nível de 11,0 g/dL para crianças menores de seis anos e gestantes. Para crianças de 6 a 14 anos e mulheres adultas não grávidas, 12 g/dL e homens adultos, 13 g/dL. Etiologia da anemia ferropriva- De modo geral, a anemia instala-se em conseqüência de perdas sangüíneas e/ou por deficiência prolongada da ingestão de ferro alimentar, principalmente em períodos de maior demanda, como crianças e adolescentes que apresentam acentuada velocidade de crescimento. Além disso, a gestação e lactação também são períodos de maior demanda de ferro.
Prevenção - A prevenção da anemia ferropriva deve ser estabelecida com base em quatro tipos de abordagens: educação nutricional e melhoria da qualidade da dieta oferecida, incluindo o incentivo do aleitamento materno, suplementação medicamentosa, fortificação dos alimentos e controle de infecções. Nas recomendações dietéticas infantis, alguns cuidados podem ser tomados, visando a um melhor aporte de ferro ao organismo, tais como manutenção do aleitamento materno exclusivo até o 4o – 6o mês de vida e introdução de alimentos complementares ricos em ferro e dotados de agentes facilitadores de sua absorção (carnes em geral, frutas cítricas). Por outro lado, devem ser evitados, durante as refeições, os agentes inibidores como chás preto e mate, café e refrigerantes. O ideal é que as carnes sejam cozidas e não fritas, aproveitando o caldo da cocção. Dessa forma, a escolha correta dos alimentos complementares é de fundamental importância, pois há necessidade de a alimentação da criança ser diversificada, balanceada e rica em ferro de alta biodisponibilidade. Tratamento - O objetivo do tratamento da anemia ferropriva deve ser o de corrigir o valor da hemoglobina circulante e repor os depósitos de ferro nos tecidos onde ele é armazenado. Recomenda-se a utilização de sais ferrosos, preferencialmente por via oral. Os sais ferrosos (sulfato, fumarato, gluconato, succinato, citrato, etc.) são mais baratos e absorvidos mais rapidamente, porém produzem mais efeitos colaterais - náuseas, vômitos, dor epigástrica, diarréia ou obstipação intestinal, fezes escuras e, em longo prazo, o aparecimento de manchas escuras nos dentes. Sua absorção é maior quando administrado uma hora antes das refeições. O conteúdo de ferro varia nos diferentes sais. A posologia sugerida é de 3 a 5 mg de ferro elementar por quilo de peso por dia, dividida em 2 a 3 doses. O medicamento deve ser ingerido, se possível, acompanhado de suco de fruta rica em vitamina C, importante elemento facilitador da absorção do ferro. Outra recomendação é que o medicamento não seja administrado juntamente com suplementos polivitamínicos e minerais. Existem interações do ferro com cálcio, fosfato, zinco e outros elementos, diminuindo sua biodisponibilidade. Outros fatores inibidores da absorção do ferro como chá mate ou preto, café e antiácidos devem ser evitados durante ou logo após a ingestão do medicamento (in: de Suzana de Souza Queiroz, Marco A. de A. Torres, Anemia ferropriva na infância.J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s298-s304).
Referências: GROTTO HZW Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):22-28. QUEIROZ, Suzana de Souza & Torres, Marco A. de A. Anemia ferropriva na infância. J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s298-s304.
QUESTÃO Nº 40 O diagnóstico preciso de doenças infecciosas e parasitárias necessário para a solução de diversos casos clínicos e prevenção de doenças transmitidas por transfusão sanguínea teve um grande impulso por volta dos anos 70 e a partir
de 1985, quando foi desenvolvido o teste de ELISA (enzyme linked immunosorbent assay/ensaio imunoenzimático) e esse passou a ser difundido comercialmente. Trata-se de um imunoensaio frequentemente utilizado em laboratórios diagnósticos, de pesquisa e bancos de sangue. Para a maioria das doenças passíveis de serem diagnosticadas por ELISA, o teste apresenta sensibilidade e especificidade elevadas. De acordo com o objetivo pretendido, o teste de ELISA pode ser padronizado, privilegiando-se a sensibilidade ou a especificidade. A eficiência do teste, portanto, dependerá da padronização adequada de cada uma das etapas e dos reagentes do teste para o propósito do ensaio. VAZ, A. J.; TAKEI, K.; BUENO, E.C.; Imunoensaios, Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. A partir dessas informações, responda às questões apresentadas nos itens a seguir. a) Considerando a padronização do ELISA para a detecção de doenças infecciosas que devem ser controladas na triagem de doadores em banco de sangue, deverá ser privilegiada a sensibilidade ou a especificidade do teste? (valor: 5,0 pontos). b) Em algumas situações, como, por exemplo, na pesquisa de anticorpos contra o vírus HIV em doadores de sangue, os resultados positivos dos testes de ELISA devem ser reavaliados por outros métodos que permitam confirmar se são verdadeiro-positivos ou falso-positivos. Nesse caso, qual método imunológico é usualmente empregado para a confirmação de verdadeiro-positivos ou falsopositivos e qual é a característica desse método que possibilita a obtenção do resultado confirmatório? (valor: 5,0 pontos).
Gabarito: Padrão de Resposta a) Deve ser privilegiada a sensibilidade do teste, ou seja, o teste de ELISA deve ser padronizado para detectar pequenas quantidades de antígenos ou anticorpos no sangue dos doadores, mesmo que os resultados apontem falsos–positivos, pois, esses resultados podem ser posteriormente, confirmados por outros métodos e essa conduta aumenta a segurança nos procedimentos de transfusão sanguínea. b) É usualmente empregado o teste de Western Blot, que permite confirmar se um resultado oriundo do teste de ELISA é um verdadeiro-positivo ou um falso-positivo, pois, tem como característica a separação eletroforética das proteínas virais resultando em bandas com pesos moleculares específicos das proteínas virais, as quais reagem com anticorpos do soro do paciente e podem ser reveladas pela adição de anticorpos contra imunoglobulinas humanas marcados radioativamemnte ou com enzimas.
Tipo de questão: Discursiva
Conteúdo avaliado: Imunologia
Autor(a): Cristiane Martinez Yano
Comentário: a) A resolução n. 343/2002 do Ministério da Saúde, determina a obrigatoriedade da realização de exames laboratoriais de alta sensibilidade em todas as doações para a identificação das doenças transmissíveis pelo sangue. b) Segundo portaria da ANVISA, n.151 de 14/10/2009, após resultado (+) em métodos de triagem (ELISA, por exemplo), é realizada a etapa II, que pode ser pelo método de Western Blot, cujo resultado preconizado é: amostra (+): reatividade (bandas) em pelo menos 2 das seguintes proteínas: p24, gp41, gp120/gp160.
Referências: a)Portaria Ministério da Saúde n. 343/2002 - Carrazzone,Cristina FV; Brito,Ana Maria; Gomes,Yara M.Importância da avaliação pré-transfusional em receptores de sangue. Rev.Bras.Hematol.Hemoter.vol.26 n.2 São José do rio Preto 2004. b) ANVISA portaria 151 de 14/10/2009.