eBook: Educação Física

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eBook: QUESTÕES DO ENADE 2011 COMENTADAS

Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA

Organizador(es): MADE JÚNIOR MIRANDA; NEUSA MARIA SILVA FRAUSINO; BÁRBARA PEREIRA DE SOUZA ROSA


SUMÁRIO

QUESTÕES

PROFESSORES RESPONSÁVEIS

Nº 11

Marcia Cristina / Luiza de Marilac

Nº 12

João Eduardo Braga / Andrea Cíntia

Nº 13

Coletivo de profs.

Nº 14

Marcia Cristina / Luiza de Marilac

Nº 15

Fabíola Santini

Nº 16

Fabíola Santini

Nº 17

Rafael Felipe / Paulo Adriano

Nº 18

Rafael Felipe / Paulo Adriano

Nº 19

Coletivo de profs.

Nº 20

Ademir Schmidt / Denis Souza

Nº 21

Ademir Schmidt / Denis Souza

Nº 22

Neusa Maria / Thiago Camargo

Nº 23

Maria Zita / Clistênia Diniz

Nº 24

Made Júnior / Bárbara Rosa

Nº 25

ANULADA

Nº 26

Made Júnior / Bárbara Rosa

Nº 27

Anderson Miguel / Emerson Miguel

Nº 28

André Seabra / Luzia Marques

Nº 29

Marcelo Spada / Marcelo de Sousa

Nº 30

Marcos Paulo / Eduardo Braga

Nº 31

Marcelo Spada / Marcelo de Sousa

Nº 32

André Seabra / Luzia Marques

Nº 33

Thiago Camargo

Nº 34

Thiago Camargo

Nº 35

Coletivo de profs.

Nº 36

Discursiva 1

Nº 37

Discursiva 2

Nº 38

Discursiva 3

Nº 39

Discursiva 4

Nº 40

Discursiva 5


QUESTÃO Nº 11

Figura. Brasil: Pirâmide Etária Absoluta (2010-2040) Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/piramide/pirami de.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2011. Com base na projeção da população brasileira para o período 2010-2040 apresentada nos gráficos, avalie as seguintes asserções. Constata-se a necessidade de construção, em larga escala, em nível nacional, de escolas especializadas na Educação de Jovens e Adultos, ao longo dos próximos 30 anos. PORQUE Haverá, nos próximos 30 anos, aumento populacional na faixa etária de 20 a 60 anos e decréscimo da população com idade entre 0 e 20 anos. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira. C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira. E - Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

Gabarito: D


Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: Envelhecimento Populacional Autor(a): Luiza de Marilac Ribeiro Cardoso e Márcia Cristina C. Ferreira Comentário: Avaliando as alternativas da questão, pode-se ter a resposta ao interpretar os gráficos apresentadosna “PIRÂMIDE ETÁRIA ABSOLUTA”. As pirâmides etáriasapresentam as Transformações pelas quais passará a estrutura por sexo e idade da população do Brasil, ao longo do período 2010 – 2040. De acordo com resultados da projeção da população confirma-se uma tendência de envelhecimento da estrutura etária no País, ou de envelhecimento populacional. Considera-se então a primeira asserção como uma proposição FALSA, uma vez que esta coloca a “... necessidade de construção de escolas especializadas para a Educação do público de Jovens e Adultos, nos próximos 30 anos”, o que não diz respeito aosdados apresentados nas “Pirâmides Etárias Absolutas”. Considera-se a segunda asserção como VERDADEIRA quando se afirma que “Haverá, nos próximos 30 anos, aumento populacional na faixa etária de 20 a 60 anos e decréscimo da população com idade entre 0 e 20 anos”, o que vem de encontro aos dados mostrados nas “Pirâmides Etárias Absolutas”. Em cima destas considerações afirma-se o seguinte: A alternativa “A” é falsa uma vez que diz serem as duas asserções proposições verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa correta da primeira. A alternativa “B” é falsa uma vez que diz serem as duas asserções proposições verdadeiras, mas a segunda não sendo uma justificativa da primeira. A alternativa “C” é falsa, uma vez que diz ser a primeira asserção uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. A alternativa “D” é verdadeira, uma vez que diz ser a primeira asserção uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira, conforme afirmado na consideração feita à questão. A alternativa “E” é falsa por afirmar que tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas. Já analisamos que a segunda asserção seria verdadeira conforme a estatística do IBGE. Referências: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE - Diretoria de Pesquisas – DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS – PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DO BRASIL POR SEXO E IDADE PARA O PERÍODO 1980-2050 – Revisão 2004.


QUESTÃO Nº 12 Na escola em que João é professor, existe um laboratório de informática, que é utilizado para os estudantes trabalharem conteúdos em diferentes disciplinas. Considere que João quer utilizar o laboratório para favorecer o processo ensinoaprendizagem, fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos. Nesse caso, seu planejamento deve A ter como eixo temático uma problemática significativa para os estudantes, considerando as possibilidades tecnológicas existentes no laboratório. B relacionar os conteúdos previamente instituídos no início do período letivo e os que estão no banco de dados disponível nos computadores do laboratório de informática. C definir os conteúdos a serem trabalhados, utilizando a relação dos temas instituídos no Projeto Pedagógico da escola e o banco de dados disponível nos computadores do laboratório. D listar os conteúdos que deverão ser ministrados durante o semestre, considerando a sequência apresentada no livro didático e os programas disponíveis nos computadores do laboratório. E propor o estudo dos projetos que foram desenvolvidos pelo governo quanto ao uso de laboratórios de informática, relacionando o que consta no livro didático com as tecnologias existentes no laboratório.

Gabarito: “A” Tipo de questão: Grau médio de dificuldade. “[...] fazendo uso da abordagem da Pedagogia de Projetos” parece não estar dentro do contexto da resposta considerada correta, o que pode confundir o respondente. escola?

Conteúdo avaliado: As possibilidades de utilização da tecnologia a favor do processo ensino-aprendizagem

Autor(a): Profª Ma. Andrea Cintia da Silva Comentário: “[...] banco de dados disponível nos computadores do laboratório de informática.” não diz nada! A não ser que nestes computadores haja conteúdos pertinentes a cada disciplina do PP disponibilizados previamente. -me abordar muito mais sobre a habilidade do respondente em leitura e interpretação que necessariamente algum conteúdo específico.

Referências: Não se aplica.


QUESTÃO Nº 13

Muitas vezes, os próprios educadores, por incrível que pareça, também vítimas de uma formação alienante, não sabem o porquê daquilo que dão, não sabem o significado daquilo que ensinam e quando interrogados dão respostas evasivas: “é pré-requisito para as séries seguintes”, “cai no vestibular”, “hoje você não entende, mas daqui a dez anos vai entender”. Muitos alunos acabam acreditando que aquilo que se aprende na escola não é para entender mesmo, que só entenderão quando forem adultos, ou seja, acabam se conformando com o ensino desprovido de sentido. VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. 13ª ed. São Paulo: Libertad, 2002, p. 27-8. Correlacionando a tirinha de Mafalda e o texto de Vasconcellos, avalie as afirmações a seguir. I. O processo de conhecimento deve ser refletido e encaminhado a partir da perspectiva de uma prática social. II. Saber qual conhecimento deve ser ensinado nas escolas continua sendo uma questão nuclear para o processo pedagógico. III. O processo de conhecimento deve possibilitar compreender, usufruir e transformar a realidade. IV. A escola deve ensinar os conteúdos previstos na matriz curricular, mesmo que sejam desprovidos de significado e sentido para professores e alunos. É correto apenas o que se afirma em A I e III. B I e IV. C II e IV. D I, II e III. E II, III e IV. Gabarito: D Tipo de questão: média Conteúdo avaliado: processo de ensino aprendizagem Autor(a): Coletivo DEFD Comentário: Freire (1979) refere que "O educador, que aliena a ignorância, se mantém sempre em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca". Para Libâneo (2012 ) O núcleo do problema didático é a relação com o conhecimento, no qual estão implicadas questões lógicas e psicológicas.


Não o conhecimento em si, mas o processo mental do conhecimento, o que implica processos de apropriação. A apropriação de conhecimentos tem a ver com a forma de constituição dos saberes (questão epistemológica) e com a relação do aluno com o objeto de conhecimento (questão psico-pedagógica). Conclusão: o problema didático envolve uma relação epistemológica e psicológica. Referências: VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. 13ª ed. São Paulo: Libertad, 2002, p. 27-8. LIBÂNEO, J. C. I Simpósio sobre Ensino de Didática, LEPED - Laboratório de Estudos e Pesquisas em Didática e Formação de Professores, 27.3.2012.

QUESTÃO Nº 14 Considerando as perspectivas para a Educação Física como componente curricular, situando seus conteúdos no âmbito da cultura de movimento, destaca-se a preocupação com o ensino do esporte de forma não hegemônica, visando situar as práticas esportivas além dos elementos técnicos e estimular uma compreensão mais plural sobre o próprio fenômeno esportivo. LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. NÓBREGA, T.P. Corporeidade e educação física: do corpo objeto ao corposujeito. 2. ed. Natal: EDUFRN, 2005. A partir dessas perspectivas, o professor de Educação Física Escolar, em suas intervenções pedagógicas, deve: I. considerar que o processo de ensino-aprendizagem necessita do trânsito entre os saberes. II. organizar o conhecimento pedagógico da Educação Física de forma a garantir efetiva aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos. III. observar que a lógica da progressividade no desenvolvimento do esporte, como conteúdo da Educação Física escolar, ocorre de forma única no processo ensinoaprendizagem. IV. utilizar o esporte como um dos conteúdos na Educação Física Escolar, por induzir a modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social. V. entender que as aprendizagens decorrentes das práticas pedagógicas do esporte como conteúdo da Educação Física Escolar devem ser um instrumento para a ampliação da compreensão dos alunos em relação às práticas corporais e à sua própria cultura de movimento. É correto apenas o que se afirma em: A - I e II.


B- I, III e V. C- II, III e IV. D- III, IV e V. E- I, II, IV e V.

Gabarito: E Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: Educação Física e Esporte Autor(a): Márcia Cristina C. Ferreira e Luiza de Marilac R. Cardoso Comentário: A resposta a esta questão pode ser encontrada interpretando-se individualmente cada um das afirmações apresentadas. I.”considerar que o processo de ensino-aprendizagem necessita do trânsito entre os saberes”. É CORRETO, pois como o próprio Libâneo (1994) afirma, a Educação Física situa seus conteúdos na dinâmica da cultura de movimento, além disso, os autores ainda afirmam que é preciso estimular uma compreensão mais plural sobre o próprio fenômeno esportivo. No sentido das palavras “dinâmica” e “plural”, não cabe à Educação Física estagnar em seus próprios saberes, mas transitar entre os saberes. II. “organizar o conhecimento pedagógico da Educação Física de forma a garantir efetiva aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos.” Está CORRETO, a grande preocupação da Educação Física contemporânea, é permitir que os alunos tenham acesso ao conhecimento de forma igualitária, e não privilegiando uns em detrimento de outros, como se costuma fazer com metodologias que utilizam o esporte de maneira hegemônica. III. “observar que a lógica da progressividade no desenvolvimento do esporte, como conteúdo da Educação Física escolar, ocorre de forma única no processo ensinoaprendizagem”. Está ERRADA. O processo ensino-aprendizagem não pode ocorrer de forma única, porque cada aluno tem um jeito de aprender diferente, cabendo ao professor observar a melhor maneira de provocar o ensino-aprendizagem, ou seja, deve ser dinâmico e plural, como disse o próprio autor. IV. “utilizar o esporte como um dos conteúdos na Educação Física Escolar, por induzir a modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social”. Está CORRETA. Primeiro dizer que o esporte é um dos conteúdos da Educação Física escolar, pois existem outros conteúdos a serem trabalhados como a dança e os jogos populares. Segundo que sim, o conteúdo esporte provoca mudanças externas e internas do sujeito que o aprende-pratica, são ricas aprendizagens motoras, melhorias de qualidades físicas, afetivas e sociais. E terceiro que as relações com o ambiente devem priorizar a integração do outro em detrimento da separação ou qualquer tipo de descriminação.


V. “entender que as aprendizagens decorrentes das práticas pedagógicas do esporte como conteúdo da Educação Física Escolar devem ser um instrumento para a ampliação da compreensão dos alunos em relação às práticas corporais e à sua própria cultura de movimento”. Está CORRETO. Um dos principais objetivos da Educação Física escolar é sem dúvida ampliar a compreensão dos alunos em relação às práticas corporais e á sua própria cultura de movimento, entendendo que sua cultura de movimento pode ser diferente do outro e por isso podem praticar juntos formando um conjunto enriquecedor de práticas corporais de culturas de movimento.

Referências: ASSIS DE OLIVEIRA, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados, chancela editorial CBCE, 2001. LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. NÓBREGA, T.P. Corporeidade e educação física: do corpo objeto ao corpo sujeito. 2. ed. Natal: EDUFRN, 2005. VAGO, T. M. O “esporte na escola” e o “esporte da escola”: da negação radical para uma relação de tensão permanente – Um diálogo com Valter Bracht. Movimento, Porto Alegre, ano 3, n. 5, p. 4-17, 2 de set. 1996.

QUESTÃO Nº 15 A ênfase na aprendizagem do gesto motor, da técnica e do rendimento, incorporada historicamente na Educação Física, reforça os valores de competição exacerbada, performance, autossuperação e vitória a qualquer custo, aspectos predominantes na sociedade capitalista. As Políticas Educacionais brasileiras têm sinalizado para um modelo de Escola responsável pela socialização e sistematização da cultura. Diante dessa realidade, a Educação Física pode contribuir com esse modelo de escola orientando suas intervenções pedagógicas A. na perspectiva desportiva, baseada na força, abrangência e evidência do fenômeno desportivo moderno. B. na perspectiva heterônoma, baseada nas repercussões do exercício físico na saúde funcional. C. na perspectiva psicomotora, baseada na necessidade de estabelecer padrões de movimentos e de aquisição de habilidades motoras básicas. D. na perspectiva da cultura corporal, baseada na relevância social do conteúdo que permite visualizar o seu sentido e significado. E. na perspectiva do comportamento motor, baseada na aprendizagem do movimento, o que beneficia os aspectos inerentes ao próprio movimento. Gabarito: D


Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: processo histórico e pedagógicos da Educação Física Autor(a): Professor PUCGOIAS Comentário: A questão aborda a Educação Física num aspecto crítico, que tem o papel de corroborar com o processo de formação humana do aluno, bem como os outros componente curriculares no âmbito escolar. Nesta visão, a perspectiva da Educação Física que se aproxima é da cultura corporal, pois ela busca uma intervenção pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal, constituídas por práticas sociais. Assim, faz uma reflexão tratando e buscando saber o significado dessas práticas na cultura do homem, tendo como orientador o princípio curricular para a seleção dos conteúdos: a relevância social, sua contemporaneidade e a adequação às possibilidades sócio-cognitivas do aluno.

Referências: SOARES, C.L. et al. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. CASTELLANI FILHO, L. Politica educacional e educação física. Campinas, SP: Autores Associados, 1998. (Coleção polémicas do nosso tempo; 60).

QUESTÃO Nº 16 Avalie as seguintes asserções. Na atualidade, recomenda-se ao professor de educação física problematizar a hegemonia do esporte na escola como único conteúdo da Educação Física, no intuito de reconfigurar essa tradição bastante cristalizada e valorizar outras manifestações corporais. Observa-se que as décadas de 1960 a 1980 foram decisivas nesse processo de esportivização, pois a situação política mundial (Guerra Fria) propiciou as condições para o engendramento de políticas governamentais vinculadas ao sistema esportivo, então já fortemente estruturado em escala mundial. A cultura da Educação Física passa a ser a cultura esportiva, sendo introduzido nas escolas o cultivo do esporte fortemente influenciado pelo modelo olímpico. PORQUE O esporte, no início do século XX, no Brasil, passou a ser considerado um indicador de


modernização e crescimento das cidades (e das nações) e uma prática cultural, tendo assim, presença marcante na vida nacional. Esses elementos fizeram com que fosse mais contemplado na Educação Física e, portanto, na escola. À medida que o esporte foi se afirmando como grande fenômeno social, principalmente relacionado aos aspectos políticos e econômicos, ele tornou-se manifestação hegemônica na própria escola e passou a ser entendido como o conteúdo mais emblemático da Educação Física, sendo mais valorizado em relação às outras manifestações da cultura corporal. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. A. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. B. As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é justificativa da primeira. C. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E. Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.

Gabarito: A Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: processo histórico da Educação Física Autor(a): Professor PUCGOIAS Comentário: A questão aborda o processo de construção do conhecimento da Educação Física, destacando o período de 1960 a 1980 que teve o incentivo dos esportes de alto rendimento tanto pela Política Desportiva, quanto pelo Plano Nacional e Educação Física e Desportos (PNED) que elevaram o esporte ao topo das preocupações nacionais e esportivou a Educação Física Escolar. Na Politica Desportiva defendia-se que o sistema piramidal (seletivo e excludente) centrado na aptidão física, e que esses ideais deveriam ser incentivados de imediato. Para a Educação Física esta foi uma fase competitivista, com o enfoque no valor educativo do esporte, tendo como referência a iniciação e a performance esportiva.

Referências:


CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1988. BETTI, M. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

QUESTÃO Nº 17 A Educação Física adptada para pessoas com necessidades especiais não se diferencia da Educação Física escolar em seus conteúdos, mas compreende técnicas métodos, e formas de organização que podem ser aplicados em atividades com indivíduos com necessidade especial. È um processo de atuação docente com planejamento, visando atender as necessidades dos alunos. PORQUE A Educação Física na escola constitui significativa oportunidade que favorece a participação de crianças e jovens em jogos e danças adequados às suas possibilidades e lhes proporciona valorização e integração em um mesmo mundo. As aulas de Educação Física, quando adaptadas a estudantes com necessidades especiais, possibilitam a vivência e a compreesnsão de habilidadese a inserção social de tais estudantes no grupo escolar. Acerca das asserçõees, assinale a opção correta. A – As dua asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. B – As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira. C – A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D – A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E – Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.

Gabarito: B Tipo de questão: médial Conteúdo avaliado: Educação Física e Diveridades Humana


Autor(a): Prof. Esp. Rafael Felipe de Moraes Comentário: As duas asserções de fato são verdadeiras. A primeira afirma não existir necessidade de adaptações quanto aos conteúdos a serem dirigidos para pessoas com deficiência, ou para pessoas típicas, no que tange a Educação Física escolar. A preparação do professor e a construção de um planejamento adequado, por si só, terá caráter inclusivo e integrativo sem deixar de contemplar de forma satisfatória os conteúdos pertinentes à Educação Física escolar. A segunda asserção contempla que por meio de elememntos pertencentes a cultura corporal, existem inúmeros benefícios advindos da sua experimentação. Com as adaptações necessárias a educação física se torna um veículo para melhor vivência e inclusão social na escola. Dessa forma, percebe-se que a primeira trata da preparação e atuação do docentente no processo de integração e inclusão de pessoas com deficiência. Já a segunda mostra os principais e prováveis benefícios advindos de uma Educação Física escolar adaptada, na direção das pessoas com deficiência. Então temos duas afirmações pertinentes a colaborações diferentes, em relação a Educação Física adaptada, senso assim, não se justificam. Obs: Desde o ano de 2006, foi convencionada uma nova terminologia para nos referirmos, as pessoas que tem algum tipo de deficiência. Apesar do exame do ENADE ser de 2011, ainda aparecece a terminologia “pessoas com necessidades especiais” em suas questões. O que é um equívoco visto que a terminologia convencionada é “PESSOAS COM DEFICIÊNCIA”.

Referências: RODRIGUES, D. Educação e diferença: valores e práticas para uma educação inclusiva. Porto: Porto Editora, 2001. p. 95-121. SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 5 ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.

QUESTÃO Nº 18 A frequência de comportamentos sedentários na população brasileira tem aumentado rapidamente nas últimas décadas, independentemente da faixa etária. Dada a relação entre o comportamento sedentário e aumento das doenças crônicas degenerativas, o incentivo à prática de atividade física passa a ser uma ação permanente, entre outras, para a prevenção de doneças de agravos a saúde. Nesse contexto, avalie as asserções a seguir.


As aulas de Educção Física podem seguir um modelo que garanta a participação de todos os alunos, em ações reflexivas, que possibilitem a experiência diversificada de práticas motoras, pois a escola é um local estratégico para intervenções em saúde, sendo possível atingir grande parcela de crianças, adolescentes e jovens. PORQUE Além do desenvolvimento de habilidades motoras, as aulas de Educação Física promovem a sociabilização e incentivam a adesão à pratica de atividade física prazerosa que possa ser mantida em todas as fases da vida. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. A- As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. B- As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. C- A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e asegunda é uma proposição falsa. D- A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E- As duas asserções são proposições falsas.

Gabarito: A Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: Saúde Coletiva Autor(a): Prof. Esp. Rafael Felipe de Moraes Comentário: Após a revolução industrial, o comportamento da sociedade vem se alterando por inúmeras variáveis. A tendência em questão é o aumento da condição hipocinética, resultando em crescimento do sedentarismo, e as morbidades associadas. A primeira asserção discorre sobre essa realidade do sedentarismo, e as contribuições de um estilo de vida ativo, na perspectiva das práticas motoras, em uma ótica similar a lógica higienista. A segunda asserção ratifica a primeira e ainda acrescenta uma visão romântica sobre as contribuições de caráter socializador, por meio dá prática prazerosa de atividades físicas durante o processo de desenvolvimento. Obs: Existem tendências científicas que desmistificam tais afirmações, como a coletânea: “A Saúde em debate na Educação Física” em seus volumes 01,02 e 03.

Referências: Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um


estilo de vida ativo. Londrina: Miografi; 2001 Palma A. Et Al. A saúde em debate na educação física. Nova Letra; Blumenau, 2005.

QUESTÃO Nº 19 A professora de educação física Kátia percebeu que, em uma de suas turmas, uma aluna de 16 anos passou a apresentar perda de quantidade significativa do peso corporal e, ao mesmo tempo, demonstrava necessidade compulsiva de realizar, de forma contínua e vigorosa, as atividades físicas propostas na aula. Ao término da última aula, essa aluna, interessada em realizar atividades físicas extras, procurou a professora. Aproveitando o momento de diálogo, a professora demonstrou preocupação com a grande perda de peso da aluna nas últimas semanas. A adolescente, então, confessou que, por estar “se achando muito gorda”, havia iniciado, por conta própria, uma dieta vigorosa, e tomava anfetamínicos sem o conhecimento da sua mãe, para emagrecer mais rápido. Ela disse que até passava alguns dias ingerindo apenas líquidos. A professora notou que a pele da aluna estava seca e suas unhas, quebradiças. Após orientá-la a buscar auxílio de profissionais da área de saúde, tais como nutricionistas e psicólogos, a professora se despediu da aluna. Refletindo sobre a situação e valendo-se de seus conhecimentos científicos, a professora levantou a hipótese de que a aluna poderia estar aproximando de um quadro de anorexia restritiva, em que a perda de peso é conseguida por meio de dietas, jejuns e exercícios físicos excessivos. A professora avaliou o fato como uma alteração comportamental e comunicou-o à coordenação da escola e aos familiares da aluna. Em uma reunião, ela se prontificou a colaborar e ficou acordado que, entre as medidas a serem adotadas, incluía-se a de a professora Kátia ministrar uma palestra sobre a assunto para toda a turma. Abordando a situação a partir de uma dimensão pedagógica e ética, sem expor a aluna, seria correto a professora Kátia problematizar para a turma que I. os transtornos alimentares podem causar complicações clínicas que provocam alterações nos sistemas gastrointestinal (por exemplo, constipação), cardiovascular (por exemplo, arritmias), hematológico (por exemplo, anemia), reprodutivo (por exemplo, amenorreia) e metabólico (por exemplo, desidratação). II. o modelo cultural predominante na nossa sociedade supervaloriza os corpos delgados, o que tem acarretado aumento da incidência de transtornos alimentares entre adolescentes, principalmente do sexo feminino. O “culto à magreza” associa esse padrão estético à ideia de liberdade, sucesso e aceitação social. III. os meios de comunicação têm reforçado o padrão corporal magro, com o principal objetivo de auxiliar as campanhas de saúde cujo foco é combater a incidência de sobrepeso na população, o qual, por sua vez, pode associar-se a vários outros fatores de risco. IV. a massa corporal abaixo da estabelecida como normal pode ser mantida por pessoas em fase de crescimento, principalmente adolescentes, de forma a se conter o aumento acelerado do número de obesos no Brasil; devese, porém, evitar estados de desnutrição. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B II e III. C III e IV. D I, II e IV.


E I, III e IV.

Gabarito: A Tipo de questão: Conteúdo avaliado: Autor(a): Comentário: A pressão cultural pela magreza e pelo corpo perfeito tem levado um número crescente de pessoas a desenvolver doenças como bulimia e anorexia. Durante o século XIX, a forma mais avantajada ganha destaque novamente na classe da burguesia, mulheres gordas e de semblantes corados remetiam a riqueza e ostentação. Com a revolução industrial esse modelo estético foi resgatado do período renascentista, o uso de espartilhos também estava presente com força nessa época, e as mulheres os utilizavam cada vez mais apertados. O século XX recupera o ideal de boa forma, marcado, entre outros, pela emancipação feminina. (KUHN, 2001) Após o fim da segunda guerra, o corpo feminino curvilíneo, valorizando quadris e seios ganha ênfase. A mulher dos anos 50 é mais sofisticada, adornada e a beleza é de grande importância e preocupação social, bem como o uso de joias, cosméticos, salto alto, tintura para cabelo, entre outros assessórios. Os anos 60 foram marcados pelos movimentos de contracultura e o movimento hippie foi o precursor dos novos perfis que surgiram na época, tais como o modelo estético, que valorizou um corpo de aspecto adolescente, sem muitas curvas. Com a consolidação do movimento hippie, nos anos 70, os cabelos eram longos, crespos e armados, maquiagem forte nos olhos e muito blush no rosto. Enquanto os anos 80 pregaram o exagero, um estilo de extravagâncias e excessos, os anos 90 trouxeram a naturalidade, a simplicidade. (KUHN, 2001) Durante a década de 90 e inicio dos anos 2000, a ditadura da magreza parece se tornar mais hegemônica, talvez como consequência da expansão da comunicação e da imagem como símbolo. Ser magra torna-se uma verdadeira obsessão, mulheres altas e magras consagram o novo modelo estético. Alcançar esse padrão torna-se um esforço com a utilização de dietas malucas e a busca cada vez mais árdua pelo corpo “ideal”, a bulimia e a anorexia passam a ser frequentes. Atualmente, o padrão de beleza feminino estampado nas imagens midiáticas é: corpo magro, malhado, seios grandes, bumbum perfeito, pernas torneadas e barriga chapada. (KUHN, 2001) Os educadores devem manter o foco na integridade física dos indivíduos. As influências midiáticas não devem se sobrepor aos fatores condicionantes de saúde como a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Referências:


KUHN, Rolf. Em: HUISMAN, Denis (dir.). Dicionário dos filósofos. 2 v. São Paulo: Martins Fontes, 2001 QUESTÃO Nº20 No fim do curso de licenciatura em Educação Física, Pedro prestou concurso público para Educação Física Escolar. Durante a formação universitária,seus professores debatiam as diversas abordagens da Educação Física Escolar e suas relações com Filosofia, História e Sociologia. Esses conhecimentos estavam previstos no concurso público, o que facilitou o ingresso de Pedro no magistério. O professor Pedro se deparou, então, com o seguinte problema: como planejar suas aulas? Para isso, ele deveria conhecer o contexto da escola onde atuaria e as características dos alunos, bem como deveria organizar e sistematizar os conteúdos de Educação Física de forma coerente com os objetivos éticos e filosóficos que permeariam sua prática docente. Enfim, era necessário superar a dicotomia entre teorias educacionais e organização didática de sua prática docente. Para elaborar o planejamento das atividades pedagógicas, o professor Pedro deveria considerar a relação entre teoria e prática A - valorizando o conhecimento teórico/científico, em detrimento da contextualização local, pois é esse saber que explica a realidade. Assim, a prática seria uma aplicação da teoria. B - compreendendo o papel do conhecimento teórico/científico da Educação Física Escolar, qual seja, o de contemplar a descrição das metodologias de ensino, as quais caberia ao professor aplicar. C - desconsiderando o conhecimento teórico/científico, pois a experiência prática é mais eficaz, já que está mais próxima da realidade, o que faz com que a teoria não sustente didaticamente a intervenção do professor. D - tendo como referência sua própria história de vida, ou seja, sua experiência prática, de tal forma que se apresentasse como exemplo para as crianças, fornecendo-lhes uma base ética da qual deveriam apropriar-se. E - reconstruindo sua prática com referência no conhecimento teórico/científico, o que faria com que refletisse sobre sua didática, tendo como base as teorias educacionais e as experiências no contexto local.

Gabarito: E Tipo de questão: Conteúdo avaliado: organização do trabalho pedagógico, teorias curriculares. Autor(a): DEFD Comentário: A questão apresenta um nível médio de dificuldade. Para responder, deve-se compreender que a teoria do currículo contemporânea procura evitar dicotomias entre os saberes teóricos e a experiência prática do professor. Da mesma forma, considera-se que a organização do currículo, a seleção de conteúdos e metodologias devem estar em constante processo de análise e reformulação, distanciando-se da visão tradicional de


currículo, que se restringia à seleção de conteúdos e metodologias independentemente das características do local, dos alunos atendidos, do material disponível, enfim, do contexto social amplo, que engloba aspectos políticos, culturais e econômicos. Referências: FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da Organização do Trabalho Pedagógico e da Didática. Campinas, SP: Papirus, 1995. MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990.

QUESTÃO Nº 21 No contexto escolar, a indisciplina nas aulas de Educação Física destaca-se como uma das limitações para a atuação do professor. A indisciplina pode ser identificada no desrespeito às regras e às diferenças individuais,bem como nos comentários preconceituosos, que criam um ambiente de práticas excludentes, que se tornam cotidianas. Nas aulas de Educação Física, os estudantes menos experientes em atividades motoras, por exemplo, são excluídos em muitas oportunidades. O fato de ser excluído da atividade pode gerar indisciplina, cujas motivações vão desde fatores históricos e culturais, história de vida dos estudantes e do professor até a resistência ao saber escolarizado. Nesse contexto, avalie as seguintes asserções. Na escola, a indisciplina pode ser combatida pelo debate sobre a ética, que se caracteriza por uma reflexão autônoma sobre os valores da sociedade. Assim, democraticamente, os professores devem contribuir para a participação dos estudantes na elaboração e no debate de normas condizentes com o ambiente educacional. PORQUE A indisciplina tem como causa a atuação do professor. Assim, se o professor, em cada aula, se inteirasse das aspirações, dos anseios e dos desejos dos estudantes, ele auxiliaria o grupo a resolver problemas e a promover um ambiente de inclusão, respeito e tranquilidade na aula de Educação Física. Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta A As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. B As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é justificativa da primeira. C A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.

Gabarito: C Tipo de questão:


Conteúdo avaliado: Funções da escola, da educação física escolar e do professor de educação física.

Autor(a): Comentário: A questão requer um nível médio de conhecimentos para que seja analisada. É preciso levar em conta o que se espera da instituição escolar, da disciplina de educação física e do próprio professor desta matéria para que se possa responder a questão corretamente. Na primeira asserção a escola é apresentada como um local de debate e construção de regras coletivas, necessárias para a realização do trabalho pedagógico e para a convivência em sociedade, sendo que o professor é o responsável pela mediação e aprofundamento deste debate. Na segunda asserção, considera-se erroneamente que o professor seja o culpado pela indisciplina do aluno, desconsiderando-se múltiplos fatores que influenciam o comportamento individual e coletivo. Referências: COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. ENGUITA, M.F. A face oculta da escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

QUESTÃO Nº 22 Os conteúdos da Educação Física envolvem jogos, esportes, ginástica, lutas, atividades rítmicas, expressivas e conhecimentos sobre o corpo. Esses blocos de conteúdos possuem dimensões procedimentais, conceituais e atitudinais. No caso específico da Educação Física, os conteúdos se relacionam com o saber fazer, o saber sobre o saber fazer, e o ser. Diante dessas premissas, o planejamento de ensino de Educação Física deve ter sua organização pautada em aulas que sejam A práticas, pois elas servem de base para a formação dos futuros atletas, o que torna a educação Física um meio eficaz para a democratização do esporte. B teóricas, no início, pois elas serão referência conceitual em aulas posteriores, caracterizadas pela prática a partir das diversas dimensões dos conteúdos. C práticas, teóricas, teórico-práticas, pois elas ressaltam as relações entre as diversas dimensões dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, o que diversifica as estratégias empregadas. D teóricas, pois elas valorizam a dimensão científica da área, o que aproxima a Educação Física das outras disciplinas e de modelos de escolarização e contribui para a superação do preconceito em relação ao saber corporal. E práticas, pois elas ressaltam a especificidade dos conteúdos de Educação Física em sua dimensão procedimental, o que garante uma aprendizagem motora adequada. Gabarito: C


Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Fundamentos da Educação Física, Didática e Teorias da Educação. Autor(a): Neusa Maria / Thiago Camargo Comentário: Entende-se que no ambiente escolar, os alunos terão os primeiros contatos com as modalidades esportivas de uma forma pedagógica e estruturadas, para que ocorra a aprendizagem. Assim estas modalidades devem possibilitar um maior contato do aluno com as manifestações das práticas corporais. Greco e Benda (1998 apud BARROSO; DARIDO, 2009) fazem uma proposta para o ensino de modalidades esportivas e coletivas, denominada “iniciação esportiva universal”, dividida de acordo com a idade (estrutura temporal), respeitando cada indivíduo, estando assim ligada a dimensão procedimental, a qual estabelece o fazer como forma de desenvolvimento ou seja, como arremessar uma bola, saltar, correr, andar, receber uma bola, como exemplo, procurando a melhoria do desenvolvimento motor. Quanto às dimensões conceituais e atitudinais, Freire (2003, apud BARROSO; DARIDO, 2009) retrata a necessidade de se dar um cunho pedagógico ao esporte, fundamentados em dois princípios pedagógicos: 1 – ensinar mais que o esporte a todos, não estabelecendo somente os fundamentos do esporte, mas uma formação enquanto cidadãos; 2 – ensinar a gostar do esporte, proporcionando uma vivencia prazerosa, possibilitando uma maior inserção do mesmo na prática esportiva. Assim, as dimensões atitudinais referem-se ao direcionamento tanto para a conduta dos comportamentos como para a incorporação da prática, isto é, destina-se ao conhecimento de si mesmo, transmitindo ao aluno as formas de autoconhecimento, de como este aluno se tornará socialmente através das práticas esportivas. Dimensão Conceitual é a forma com que o professor promoverá ao aluno o conhecimento de si mesmo, suas possibilidades de movimento e limitações, bem como as características das atividades físicas, as formas de realizar o exercício ou a atividade, as regras dos jogos ou modalidades esportivas. Podemos associar ao saber fazer. O exemplo de saber fazer determinado exercício, sua objetividade, a postura a ser adotada, o tempo de uso, etc deve-se ter atenção do saber fazer para atingir um resultado melhor esperado. Desta forma é possível entender a relação entre as aulas práticas, teóricas, teóricoprática, onde Darido (1995), aponta que a formação do professor não deve estar pautada somente na prática, deve-se considerar a integração de diferentes elementos, tal como: as experiências anteriores dos sujeitos, a expectativa da comunidade escolar, as restrições do contexto de trabalho. Baseado em estudo de Bracht (1992) o qual trata sobre o processo de transformação social, verifica-se a influencia da Metodologia Funcional Integrativa, no qual os alunos participam mais positivamente do que em um processo tradicional. Barros e Araújo (2008) afirmam que a educação física ainda esta alicerçada por uma prática conservadora, onde os próprios professores estão se opondo as novas


dinâmicas, dificultando um melhor ensino-aprendizagem, sendo que a escola esta preparando atletas ao invés de indivíduos capazes de pensar e agir de forma sensata sobre o desempenho nas aulas de Educação Física. Assim, o professor não deve se preocupar somente com físico, mas também o intelecto. Para a formação dos professores, segundo Barros e Araújo (2008), os conhecimentos teóricos e práticos são muito importantes, porém o que que se observa é que os conteúdos não são trabalhados de forma conjunta, quando se tenta relacionar a teoria e a prática, geralmente ocorre de forma superficial através de conceitos amplos ou através de pesquisas em diferentes contextos do que irá exercer a profissão. Contudo, ao pensar nas dimensões procedimentais, conceituais e atitudinais, é necessário pensar na organização das aulas pautadas na teoria, prática e teórico-prática. Ao relacionar a formação dos professores, esta organização deve ser coerente, proporcionando aos mesmos uma formação concisa, baseada não somente na prática, mas baseada e fundamentada em teorias que norteiam a Educação Física; e quando pensando no aluno da escola, dará de uma forma igualitária, pois a formação do aluno deverá ser de forma integral, tendo a abordagem de conteúdos teóricos e práticos. Também é importante frisar que estes conteúdos não devem estar “soltos”, deve haver uma correlação entre eles. Referências: BARROSO, Carmem Teresa Carvalho Veloso; ARAÚJO, David Marcos Emérito. Educação Física Escolar: teoria e prática nas escolas municipais de União do ensino fundamental. Anais do III Encontro de Educação Física e Áreas Afins. 2008. BARROSO, André Luís Ruggiero; DARIDO, Suraya Cristina. A pedagogia do esporte e as dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Revista da Educação Física. Universidade Estadual de Maringá, v. 20, n. 2, p. 281 – 289, 2. Trim. 2009. BRACHT, Valter. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992. QUESTÃO Nº 23 Uma experiência pedagógica de criação significativa para os alunos nas aulas em que é trabalhado o conteúdo dança na educação física escolar pode aliar texto e improvisação de movimentos. Os estudantes trazem contos, poemas, letras de música e os desenvolvem em oficinas. Por exemplo, pode-se pedir que eles redijamsobre alguém de sua família ou algo próximo a eles.Dessa forma, subjetividade e memórias podem aflorar, uma vez que esse tipo de trabalho estimula os educandos a fazer pontes entre essas histórias e textos pessoais com seu trabalho corporal. Durante o tempo em que estão sozinhos para improvisar, envolvidos cinestesicamente,os alunos criam frases, gestos, sequências de movimento ou sentimentos e sensações que os textos revelam, que as imagens proporcionam, estabelecendo diálogos. LARA, L. M.; VIEIRA, A. P. Em foco...O corpo que dança:experiências docentes e intersubjetividades desafiadas. In: LARA, L.M. (Org.). Abordagens Socioculturais em Educação Física. Maringá: EDUEM, 2010, p. 141-86.(adaptado).


No texto apresentado, o ensino está centrado em I. abordar uma dimensão pedagógica e técnicoinstrumental da dança como conteúdo da cultura corporal. II. apresentar propostas para o desenvolvimento da dança como expressão do movimento humano no processo ensino-aprendizagem da educação física. III. sugerir atividades que vão assegurar a inclusão de danças contemporâneas de forma sistemática e não apenas eventual nas festas e comemorações da escola. IV. propor um trabalho que envolve pesquisa e cultivo do diálogo entre a produção cultural da comunidade e da escola. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e III. C III e IV. D I, II e IV. E II, III e IV. Gabarito: D Tipo de questão:

prevalece.

Conteúdo avaliado: -educação. o

Autor(a): Profª Ma. Maria Zita Ferreira Comentário: Item I: Desmembrado em dois aspectos: a) dimensão pedagógica: seleção de conteúdos diversificados (contos, poemas, letras de músicas) para aflorar a memória criativa no desenvolvimento das oficinas; b) técnico-instrumental: processo de improvisação envolvendo o movimento cinestésico, a cognição dos alunos no ato de criar frases, gestos, seqüências de movimento ou sentimentos e sensações que promovem em síntese o diálogo corporal e a coreografia. Item II: estudos de texto, improvisação de movimentos, o uso da anamnese contextualizando histórias pessoais e familiares no trabalho corporal, durante o tempo em que estão sozinhos para improvisar. Item IV: Contextualizando na área da Educação Física Escolar o conteúdo da Dança propõe a pesquisa, a comunicação enquanto objetivo das artes em geral e em específico – a Dança, promovendo assim a educação por meio do diálogo corporal e a produção cultural de coreografias interligadas ao movimento da sociedade historicamente em processo de construção da cidadania. Portanto, escola e comunidade são indissociáveis


nas temáticas desenvolvidas na Dança. Item III (INCORRETO): Na medida em que o texto não discute a Dança Contemporânea em um estilo conceitual das artes cênicas, fica incorreta esta questão em correspondência ao texto.

Referências: REFERÊNCIAS DE COMENTÁRIO NANNI, Dionísia. Dança Educação – Princípios, métodos e técnicas. RJ: 5ª ed. SPRINT, 2008. LABAN, Rudolf – Dança educativa moderna FREIRE, Paulo – Educação e Mudança REFERÊNCIAS DA QUESTÃO LARA, L. M.; VIEIRA, A. P. Em foco...O corpo que dança:experiências docentes e intersubjetividades desafiadas. In: LARA, L.M. (Org.). Abordagens Socioculturais em Educação Física. Maringá: EDUEM, 2010, p. 141-86.(adaptado).

QUESTÃO Nº 24 A Lei n.° 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incorporou à Educação as novas Tecnologias da Informação, o que resultou em uma nova tarefa pedagógica do professor: contribuir para a formação do receptor crítico, inteligente e sensível frente ao grande poder de influência crescente que a mídia exerce sobre a cultura corporal. Partindo dessa premissa, um profissional recém-formado, tendo sido designado para atuar em uma escola, verificou que os alunos não gostavam da aula de Educação Física tradicional e decidiu alterar esse cenário utilizando da tecnologia da informação. Com base no texto acima, avalie as práticas pedagógicas que podem ser realizadas pelo professor que utilize a tecnologia de informação na Educação Física Escolar. I. Utilização de vídeos esportivos, excelentes instrumentos para envolver os alunos quando o professor está em reunião ou outra atividade na escola. II. Utilização das mídias sociais e redes eletrônicas, para envio de informações relacionadas ao conteúdo ministrado em sala de aula, o que pode ampliar as discussões na articulação do saber. III. Utilização de vídeos como técnica de motivação para a aprendizagem da disciplina. IV. Utilização de filmagem das aulas, para que o professor possa discutir com os alunos os erros e corrigi-los, sem contextualização com a proposta pedagógica. V. Utilização de vídeos esportivos, de forma a estimular e produzir ambientes educativos mais dinâmicos, interativos e desafiadores. Está correto apenas o que se afirma em A) I, II e IV. B) I, III e IV. C) I, III e V. D) II, III e V. E) II, IV e V Gabarito: D


Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: Práticas Pedagógicas; Educação Física Escolar Autor(a): Docentes do Departamento de Educação Física e Desporto Comentário: Tendo em vista a análise das alternativas, os itens corretos são II, III e V, com isso o gabarito da questão é a letra D. A utilização dos recursos eletrônicos, não podem ser usados sem um planejamento prévio. De acordo com Moran (1995), o famoso “vídeo-tapa buraco”, pode se tornar inútil, perdendo seu foco, fazendo com que os alunos assistam ao filme sem um objetivo específico. Os recursos devem ser utilizados sem fugir do tema da aula trabalhado pelo professor de Educação Física, com comentários explicativos dos métodos usados no fim de cada proposta, acompanhando as sinopses e informações técnicas. Não existe interpretação do filme sem o pensamento, sem o raciocínio. A facilidade de ver o filme não significa que há uma compreensão garantida. Às vezes é preciso vêlo duas ou três vezes para visualizar acontecimentos que na primeira vez não foi possível ver, nem sempre o que parece estar claro é tão óbvio assim. Para propor a utilização de filmes, como recursos facilitadores à proposta pedagógica é necessário incluir o filme de modo útil nas aulas de Educação Física Escolar, de forma a enriquecer as aulas. Desta forma pode-se incluir um novo método na proposta pedagógica, possibilitando a construção de uma metodologia de ensino simples diante de outras disciplinas, auxiliando no desenvolvimento dos nossos alunos – afetivo, social e motor (BETTI e ZULIANI, 2002, p. 77). Atualmente vivemos em um momento de novos meios de comunicação, e essa era de redes sociais e mídias eletrônicas permitem aos alunos um novo meio de comunicação. Desta forma, os profissionais devem aproveitar este meio para ampliar as discussões feitas em sala. As novas gerações nasceram neste novo meio tecnológico moderno, em particular a invasão da mídia e o emprego de aparelhos eletrónicos na vida cotidiana, modelo progressivamente outros comportamentos intelectuais e afetivos, novos modos de ver e compreender (BETTI, 2003). “É preciso preparar o leitor/espectador para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento” (BETTI, 2003). Também no campo da cultura corporal de movimento, a atuação da mídia é crescente e decisiva na construção de novos significados e modalidades de entretenimento e consumo, como nos jogos de vídeo game. Na capa destes jogos (esportivos), aparece a imagem dos atletas de maiores rendimentos e resultados, chamando a atenção para os jogos através de imagens, muito comum nos programas esportivos (BRASIL, PCN - Educação Física, 1998, p. 28). A Educação Física possui muitas ferramentas de trabalho, e é muito conhecida como uma matéria interdisciplinar (BETTI, 1997, p. 07), podendo trabalhar assuntos transversais sem fugir do que a LDB objetiva para as aulas de Educação Física Escolar. Buscando diversificar a metodologia de atuação para trabalhar assuntos transversais e específicos, previstos e propostos pelo PCN e na Educação Física Escolar.


Referências: BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998. BETTI, Mauro (org.) Educação Física e Mídia: novos olhares, outras práticas. SP: Hucitec, 2003. BETTI, Mauro; ZULLIANI, Luiz Roberto. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, vol 1, nº 1, p. 73-81, 2002. MORAN, J. M. O Vídeo Na Sala de Aula. São Paulo, ECA, Ed. Moderna, abr, 1995. QUESTÃO Nº 25 ANULADA

QUESTÃO Nº 26 Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Física, considera-se que as atividades físicas, recreativas e esportivas compõem o direito dos indivíduos conhecerem de terem acesso às manifestações e expressões culturais que constituem a tradição da Educação Física, tematizadas nas diferentes formas e modalidades de exercícios físicos, ginástica, jogo, esporte, luta/arte marcial e dança. Dessa maneira, o professor pode utilizar o esporte aliado a manifestações e expressões culturais do movimento humano, além de atender a outros objetivos decorrentes da prática de atividades físicas, recreativas e esportivas. Com base no texto acima, avalie as afirmativas a seguir. I. O professor deve, durante as práticas esportivas de competição na escola, orientar os alunos e torcedores a se manifestarem de forma respeitosa e solidária. II. Para o desenvolvimento de manifestações e expressões culturais em uma aula de voleibol na escola, o professor deve dividir o grupo em pequenas rodas, distribuir o material esportivo e deixar os alunos sozinhos, para que eles a mantenham a interação e desenvolvam a Aprendizagem da cultura corporal sem intervenção pedagógica. III. Nos dias chuvosos, quando não se pode utilizar as quadras, os jogos de tabuleiro tornam-se opções para atividades pedagógicas, durante as quais o professor pode utilizar brincadeiras para orientação e compreensão das regras da sociedade e para a promoção da atividade infantil, do pensamento e da liberdade. IV. Por meio do esporte na escola, o professor pode intervir pedagogicamente junto aos alunos, para que a competitividade nunca ultrapasse os direitos essenciais de cada ser humano, a liberdade individual e a integridade física. V. O professor deve promover atividades físicas, recreativas e esportivas, para estimular a importância da competitividade e da necessidade de ganhar nos jogos, pois esses interesses são fundamentais na ascensão profissional dos alunos. É correto apenas o que se afirma em A I e III. B I, III e IV. C II, III e V. D II, IV e V. E I, II, IV e V.


Gabarito: B Tipo de questão: consciência pedagógica (fácil) Conteúdo avaliado: Procedimentos didáticos pedagógicos nas aulas de educação física nas escolas. Autor(a): Made Júnior Miranda Comentário: As opções I, III e IV, aqui consideradas corretas, se posicionam a favor de uma consciência educacional que favorece o respeito mútuo, o comportamento solidário, a otimização e o aproveitamento do tempo destinado ao processo de ensinagem em prol do desenvolvimento de atitudes significativas na formação dos alunos, tais como a valorização da liberdade e da integridade física. Essa perspectiva educacional tem como origem os conteúdos Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Física.

Referências: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. (Coleção Magistério. 2º grau. Série Formação do Professor). DARIDO, S. C. & RANGEL, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo, Loyola, 1986.

QUESTÃO Nº 27 Carlos, professor de educação física em uma escola na periferia de uma grande cidade, observou aumento substancial de massa muscular entre os seus alunos e desconfiou que eles estivessem utilizando anabolizantes. Mesmo após algumas conversas individuais, percebeu que não estava obtendo resultados significativos, provavelmente porque muitos desses jovens sentiam-se reféns da opinião de uma sociedade de consumo em que é crescente a importância atribuída à aparência corporal. Diante desse cenário, o professor, em suas aulas, poderia adotar a seguinte estratégia: A - convidar os pais dos alunos para assistirem às aulas e serem informados de que os filhos estão utilizando anabolizantes. B - proibir, com o consentimento da direção da escola, a utilização dos anabolizantes e realizar, diariamente, revistas nas bolsas e mochilas dos alunos. C - evitar comentar o assunto nas aulas de educação física, para não despertar a atenção dos alunos para esse tema. D - afastar, temporariamente, os alunos suspeitos, até certificar-se de que eles deixaram


de utilizar anabolizantes. E - realizar atividades físicas com o objetivo de proporcionar vida mais saudável e abordar os efeitos danosos da utilização de anabolizantes.

Gabarito: E Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Educação Física e Saúde Autor(a): Profº Esp. Paulo Adriano Naves Prudente (DEFD). Comentário: O professor de educação física não é o profissional habilitado para fazer o diagnóstico do uso de anabolizantes pelos alunos na questão acima, sendo este o médico, desta forma as alternativas “A” “B” “D” onde, o professor propõe intervenções aos alunos justificada pela observação ou suspeição de aumento de massa muscular, afirmando este fato ser devido ao uso de anabolizantes, não seriam adequadas. A abordagem do professor de educação física deve apontar para a concientização em saúde, devendo o mesmo abordar temas relevantes nesse sentido, desta forma a alternativa “C” não seria correta, por negligenciar tal assunto diretamente relacionado a educação para a saúde e de extrema importância na formação do cidadão, sendo assim a alternativa “E” é a correta nesta questão. Referências: BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf. Acesso em: 27 jun 2014. BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Apresentação dos Temas Transversais/ Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf Acesso em: 27 jun 2014. BRASIL. Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm Acesso em: 27 jun 2014.

QUESTÃO Nº 28 Os aspectos metodológicos que envolvem a Educação Física não diferem substancialmente dos que envolvem as demais áreas do conhecimento. Historicamente, o ensino da Educação Física vem buscando organizar formas metodológicas que sejam colocadas em prática para o atendimento das exigências que permeiam o ensino, entre


as quais, podemos citar: a Desenvolvimentista, a Construtivista, o Ensino Aberto e a Crítico-Superadora. OLIVEIRA, A.A.B. Metodologias emergentes no ensino da Educação Física. Revista da Educação Física/UEM. v. 8, n.1, p. 21-27, 1997 (com adaptações). No texto, é mencionada a Metodologia de Ensino Aberto, a qual A) não considera história, cultura, medos e aflições dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio . B) favorece, estimula e reforça uma prática gímnico- desportiva centrada no treinamento e no rendimento . C) possibilita a inserção dos estudantes do Ensino Médio em algumas etapas do processo ensino-aprendizagem. D) busca articular o conteúdo das aulas com os movimentos cotidianos dos estudantes, levando-os a participar do processo decisório da aprendizagem. E) estimula a prática de exercícios e a execução de tarefas de repetição, buscando a automatização do movimento e o aperfeiçoamento da técnica aplicada nas atividades esportivas de caráter competitivo. Alternativa correta: D) busca articular o conteúdo das aulas com os movimentos cotidianos dos estudantes, levando-os a participar do processo decisório da aprendizagem. Tipo de questão: objetiva Conteúdo avaliado: abordagens metodológicas de ensino da educação física escolar Autores (as): André Seabra e Luzia Marques Comentário: A questão 28 foi formulada tendo como referencial o artigo “Metodologias emergentes no ensino da educação física” do professor Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira. A questão envolve um período recente da história da educação física escolar brasileira, quando esta área a partir do período de abertura política que o Brasil viveu pós ditadura militar nos anos 1980. A área da educação física escolar questiona a sua prática e papel no âmbito escolar, levantando interrogativas principalmente em relação ao ensino do esporte na escola com os moldes de ensino do esporte de rendimento (Educação física competitivista). Na tentativa de apontar novas perspectivas metodológicas surgem no cenário literário brasileiro novas abordagens para o ensino da educação física. Dentre as quais a “A concepção de aulas abertas” A proposta de Concepção de Aulas Abertas foi desenvolvida por Hildebrandt e Laging (1986), esta abordagem caracteriza-se pela participação dos alunos nas decisões referentes aos objetivos, seleção dos conteúdos, metodologia e avaliação. No Brasil, esta abordagem contou um grupo organizador do trabalho pedagógico da


UFPe e UFSM. Esta abordagem está situada dentre as teorias críticas e tem como objeto de estudo o mundo do movimento e as suas implicações sociais. Para tanto propõem como meta geral “trabalhar o mundo do movimento em sua amplitude e complexidade com a intenção de proporcionar, aos participantes, autonomia para as capacidades de ação”. Os conteúdos básicos são o mundo do movimento e suas relações com os outros e as coisas; os conteúdos são construídos através de temas geradores. Tendo como referencial teórico a teoria sociológica do Interacionismo Simbólico (Mead/Blumer) e a Teoria Libertadora (Paulo Freire) a metodologia da aula desenvolve-se através de ações problematizadoras; as ações metodológicas são organizadas de forma a conduzir a um aumento no nível de complexidade dos temas tratados e realiza-se em uma ação participativa, onde professor e alunos interagem na resolução de problemas e no estabelecimento de temas geradores; o ensino aberto exprime-se pela “subjetividade” dos participantes. Aqui entram as intenções do professor e os objetivos de ação dos alunos. A partir do exposto pode-se concluir que a alternativa (A) está incorreta. Pois a história, a cultura, os medos e as aflições dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio poderiam ser tomados como temas geradores, e os mesmos serem problematizados, assim esta abordagem leva em consideração os mesmos. As alternativas (B) e (E) também estão incorretas. Pois a abordagem da educação física que vincula o seu objetivo educacional há uma prática gímnico- desportiva centrada no treinamento e no rendimento, e também estimula a prática de exercícios e a execução de tarefas de repetição, buscando a automatização do movimento e o aperfeiçoamento da técnica aplicada nas atividades esportivas de caráter competitivo, é “a educação física competitivista”. A alternativa (C) a qual indica que Concepção de Aulas Abertas possibilitaria a inserção dos estudantes do Ensino Médio em algumas etapas do processo ensinoaprendizagem, também está incorreta. A participação dos alunos nesta abordagem é tida como ativa, neste sentido a mesma tem como meta a completa inserção dos alunos durante todo o processo educativo, e não apenas em algumas etapas da escolaridade. A alternativa (D) está correta. Tendo a “Tendência Pedagógica Libertária” como matriz teórica. Esta abordagem é organizada didaticamente a partir dos “temas geradores” e da discussão aberta com os discentes, propicia condições para que o professor possa articular o conteúdo das aulas com os movimentos cotidianos dos estudantes, levando-os a participar do processo decisório da aprendizagem. REFERÊNCIAS HILDEBRANDT, R.; LAGING, R. Concepções abertas ao ensino da educação física. Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1986. HILDEBRANDT-STRAMANN, R. Textos pedagógicos sobre o ensino da Educação Física. 3. ed. Ijuí: Unijuí, 2005. OLIVEIRA, A. A. B. Metodologias emergentes no ensino da Educação Física. Revista da Física / UEM, Maringá, Brasil, v. 1, n. 8, p. 21-27, 1997.


QUESTÃO Nº 29 O problema dos graus de liberdade proposto pelo fisiologista russo Nicolai Bernstein entre 1930 e 1950 corresponde à necessidade de um sistema complexo ser organizado pelo sistema nervoso, para o desempenho do movimento coordenado. O conhecimento dos graus de liberdade de determinadas práticas motoras executadas nas aulas de Educação Física indica o nível de dificuldade e o tempo requerido no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo. Considerando esse enunciado, analise as seguintes asserções. Em uma aula de Educação Física para alunos do 6.º ano do ensino fundamental, o professor, ao ensinar o movimento de fazer quicar a bola, percebe a variação dos estágios do padrão de movimentos fundamentais. Os movimentos dos alunos são avaliados por princípios da cinesiologia, sendo possível observar que aqueles classificados no estágio inicial tinham membros superiores mais rígidos do que aqueles classificados no estágio elementar e maduro, os quais conseguem realizar o movimento de membros superiores com maior amplitude. PORQUE Os alunos no estágio inicial utilizam o enrijecimento de membros e tronco como forma de diminuir os componentes independentes do sistema e facilitar a execução do movimento. Aqueles nos estágios elementar e maduro realizam o movimento de fazer quicar a bola com maior número de graus de liberdade, o que torna o controle do movimento mais complexo, porém mais preciso. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. A. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. B. As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é justificativa da primeira. C. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E. Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.

Gabarito: A Tipo de questão: média Conteúdo avaliado: Apredizagem motora; Cinesiologia; Basquete. Autor(a): DEFD


Comentário: As articulações do corpo humano são classificadas quanto aos graus de liberdade que possuem, ou seja, o número de planos (plano sagital, frontal e transverso) e eixos (latero lateral, antepo posterior e longitudinal) nos quais podem realizar o movimento. A articulação uniaxial (uni = um e axial = eixo) possue apenas um plano de movimento, a articulação biaxial possue dois planos de movimento e a articulação triaxial possui três planos de movimento. (NORKIN e LEVANGIE, 2001; LIPPERT, 2003). Dessa forma quanto maior os planos de atuação de uma articulação maior a sua capacidade de mobilidade. Pensando em um membro superior as possibilidades de posicionamento da mão são enormes, pois o somatorio dos graus de libertade das articulações possibilita um enorme número de movimentos e movimentos mais complexos. Mediante essa complexidade de movimentos e como coordenar os mesmos, o fisiologista russo Nicolay Bernstein esclarece que “A coordenação do movimento é um processo de dominar os graus redundantes de liberdade do organismo móvel” (BERNSTEIN, 1967, apud COOK, WOOLLACOTT, 2011, pg. 16). Bernstein (1967, apud BARREIROS, GODINHO e CHIVIACOWSKY, 1997) nos diz que para se dominar os graus de liberdade, esse indivíduo deve “congelar” aqueles graus que não são necessários para a realização do movimento no início da fase de aprendizagem. Sendo assim o indivíduo durante a aprendizagem de uma habilidade motora passa por três estágios. No primeiro estágio o indivíduo minimiza a dificuldade de realização do movimento congelando parte dos graus de liberdade, facilitando com isso a realização do movimento, porém a excecução do movimento se dá de forma rígida, depreciando o desempenho. No segundo estágio o indivíduo acrescenta outros graus de liberdade ao movimento, favorecendo assim no desempenho. No terceiro estágio o indivíduo continua acrescentando outros graus de liberdade ao movimento e reorganizando a dinâmica do movimento, melhorando assim o desempenho e propiciando uma econômia a todo o sistema. (PELLEGRINI, 2000). Mediante o exposto fica claro que as duas asserções estão certas e a segunda é uma justificativa da primeira. Pois na primeira asserção são apresentados os estágios da aprendizagem motora e suas características. Já na segunda asserção são apresentados os motivos que levam às características de cada estágio. Referências: BARREIROS, João, GODINHO, Mário e CHIVIACOWSKY, Suzete. Perspectivas contrastantes em aprendizagem motora. Boletim SPEF nº 15/16. 1997. Disponível em: www.researchgate.net/publication/236231553_PERSPECTIVAS_CONTRASTANTES _EM_APRENDIZAGEM_MOTORA/file/72e7e5172f82828c78.pdf. Acessado em: 14/06/2014. COOK, Anne Shumway, WOOLLACOTT, Marjorie H. Controle Motor – Teoria e aplicações Práticas. 3ª ed. Barueri: Manole, 2011. LIPPERT, Lynn S. Cinesiologia Clinica para Fisioterapeutas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. NORKIN, Cynthia C., LEVANGIE, Pamela K. Articulações, estrutura e função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.


PELLEGRINI, Ana Maria. A Aprendizagem de Habilidades Motoras I: O que muda com a prática? Revista Paulista de Educação Física. São Paulo: suplemento 3, p. 29-34, 2000. QUESTÃO Nº 30 Suponha que Clara e João sejam professores de educação física em uma escola de ensino fundamental que disponibiliza recursos tecnológicos da informação e da comunicação. Suponha, ainda, que, neste ano, eles tenham divulgado no sítio da escola a seguinte manchete: “Fabiana Murer conquista primeiro ouro brasileiro em mundiais de atletismo” e tenham aproveitado o fato histórico para avisar aos estudantes que, naquela semana, as atividades de educação física seriam desenvolvidas em uma sala com recursos multimídia. Com relação à importância e aos modos de utilização desses recursos nas aulas de educação física, avalie as considerações apresentadas a seguir. Gabarito: B Tipo de questão: média Conteúdo avaliado: Recursos de multimídia nas aulas de Educação Física Autor(a): Marcos Paulo e Eduardo Braga Comentário: I e III - As propostas são afirmativas pois traz em seu contexto a utilização de recursos de multimídia nas aulas de Educação Física. Segundo o gabarito, tais recursos servem como facilitadores na inter-relação e mediação do conhecimento multidisciplinar, que incitem ao julgamento dos valores éticos e morais, auxiliem na compreensão de regras dos jogos, na avaliação de valores de práticas esportivas nacionais e fora do país, bem como uma sequência didática de gestos esportivos mais difíceis, além do incentivo a discussões entre valores éticos e morais, e sobre pontos de vista biológicos que orientam o comportamento humano. A análise em torno dessa questão, nos leva a pensar numa dicotomia no planejamento das aulas a serem abordadas, pois na primeira alternativa a percepção sobre a ampliação relacionada aos esportes apresenta traços da esportivizada, enquanto na segunda, há semelhanças nas teorias críticas da Educação Física. Aborda a dimensão cultural ao propor o entendimento da valorização de práticas esportivas distintas em outros estados do país e em nações estrangeiras; e a dimensão social ao abordar a discussão entre valores éticos e morais; e a dimensão biológica referente as mudanças corporais norteadas pelo comportamento humano. Referências: COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. DARIDO, Suraya Cristina. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. HILDEBRANDT, Reiner; LAGING, Ralf. Concepções abertas de ensino da Educação Física. Ao Livro Técnico S/A. 1986.

QUESTÃO Nº 31


Uma escola solicitou a cinco professores de Educação Fisica que realizassem uma bateria de testes para avaliação física de caráter antrapométrico visando-se o estudo do crescimento fisico dos estudantes. Nessa avaliação, a periodicidade deve ser estabelecida pelos professores. Quanto ao exame propriamente dito, é necessário que os professores mensurem a massa corporal e a estatura dos estudantes, além de duas outras variáveis antropométricas. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta corretamente a periodicidade estabelecida para a referida avaliação e as duas variáveis que devem compor a bateria de testes, cada uma delas associada ao respectivo instrumento/procedimento de mensuração. A – Periodicidade: semestralmente; variáveis: força muscular, mensurada por meio de um dinâmometro, e relação cintura/quadril, mensurada por meio de um compasso para dobras cutâneas. B – Periodicidade: trimestralmente; variáveis: diâmetros ósseos, mensurada por meio de um paquímetro, e perímetros segmentar (membros superiores e/ou inferiores), mensurados por meio de fita métrica. C - Periodicidade: semestralmente; variáveis: flexibilidade dos segmentos,mensurada por meio de régua, e resistência, mensurada por meio de teste de esforço na bicicleta ergométrica. D – Periodicidade: trimestralmente; variáveis: equilibrio dinâmico, mensurado por meio de teste de locomoção sobre a trave, e coordenação motora geral, mensurada por meio de atividades de ambidestria. E – Periodicidade: trimestralmente; variáveis: flexibilidade de membros superiores ou inferiores, mensurada por meio de régua, e resistência, mensurada por meio de teste de esforço na pista.

Gabarito: B Tipo de questão: Objetiva média Conteúdo avaliado: Medidas e Avaliação em Educação Física Autor(a): Comentário: O periodo ideal para uma reavalição deverá ser de 90 dias( procure não ultrapassar este periodo, pois isso poderá mascarar algum resultado), para uma melhor identificação dos resultados, assim o professor analisara se será necessário a mudança ou a manutenção do programa de treinamento ou até mesmo o desenvolvimento natural do aluno. Desta forma o professor saberá se os objetivos estão sendo alcançados. Em relação as variáveis podemos identicar da seguinte maneira:  Força muscular: é a capacidade que o individuo tem de vencer uma determinada resistência, é medida através de um equipamento denominado de dinamômetro.


  

Flexibilidade: é o grau de amplitude do movimento de uma articulação ou conjunto de articulações. No teste é medido a capacidade que o musculo tem de se estender ao máximo, normalmente é utilizado para essa medida um equipamento chamado de banco de Wells. Diâmetro Ósseo: são medidas biométricas em projeção entre dois pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados geralmente em planos perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. São de suma importância para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento ósseo. O material utilizado é o paquímetro ou o antropômetro. Perimetria: são medidas antropométricas de circunferências. Pode ser definido como perimetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.O material utilizado é a fita metrica(de preferência a metalica) Relação Cintura/Quadril: é a distribuição da gordura na relação entre o abdome eo quadril (IRAQ) para avaliação do risco de desenvolvimento de doenças como hipertensão, doenças coronariana, diabetes e outras enfermidades. O melhor material é a fita métrica. Resistência: é a capacidade de suportar um esforço estressante e prolongado. Podendo ser mensurada por meio de banco, bicicleta ergométrica, esteira e teste de esforço na pista. Coordenação Motora Geral; é a capacidade de realização dos mais diversos movimentos de forma coordenada, podendo ser mensurada por meio de atividades psicomotoras (pintar,pular,correr,saltar recortar e outras). Equilíbrio Dinâmico: é a capacidade de manter a posição do corpo sobre sua base de apoio, seja ela estacionária ou móvel. Este teste é muito utilizado para uma população idosa. Podendo utilizar entre outros o teste de locomoção sobre a trave. OBS: Diante destas afirmativas,a alternativa B é contemplada de forma total, principalmente por tratar de um projeto para ser aplicado na escola com matérias de fácil acesso.

Referências: FERNANDES FILHO,José. A Prática da Avaliação Física: testes,medidas e avaliação física em escolares,atletas e academias de ginástica. Rio de Janeiro:Shape,1999.

QUESTÃO Nº 32 Avalie as duas asserções a seguir. As teorias/propostas pedagógicas para Educação Física começam a surgir no final da década de 80, depois da abertura política, e representam um divisor de águas no interior dessa área, uma vez que, para cada uma delas, foi elaborada uma teoria. Nesse sentido,


vários autores mostraram como os anos 80 do século passado marcaram um momento especial da Educação Física brasileira. Em grande parte da produção teórica daquela época, procurou-se estabelecer princípios que orientassem o professor em sua prática pedagógica. No entanto, há evidências de que os professores conhecem muito superficialmente as proposições pedagógicas elaboradas pelo então movimento renovador PORQUE Persiste, atualmente, apesar do surgimento de novas propostas metodológicas em Educação Física, o modelo esportivizado, cuja escolha por parte dos professores decorre, entre outros fatores, da formação tecnicista desses docentes. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é justificativa da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. E) Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas Alternativa correta: A) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira Tipo de questão: objetiva Conteúdo avaliado: abordagens metodológicas de ensino da educação física escolar Autores (as): André Seabra e Luzia Marques Comentário: Nunes e Rúbio (2008) relatam que nos anos da ditadura militar no Brasil, além da modernização do país, as preocupações voltavam-se para o controle social. Para isso, a educação deveria preocupar-se com os valores morais, o tempo livre, o lazer, e a educação integral dos jovens e crianças. Neste contexto, a Educação Física serviu de base para a formação de atletas, promovendo o ideal simbólico de uma nação composta por identidades lutadoras e vencedoras. Nesta perspectiva o esporte e as competições escolares ganham força e nascem nas instituições educativas novas identidades: o “professor-técnico” e o “aluno-atleta”. Como conseqüência, estabeleceu-se na área o “currículo técnico esportivo”. Com a (re) democratização do país, iniciada no governo Figueiredo, os anos 1980 marca o início da crise de identidade da área. Diversas críticas ao modelo vigente e durante esta década foram elaboradas e surgiram novas abordagens, ampliando o debate acerca das novas tendências da Educação Física que


buscava a construção de um referencial teórico próprio para a área. Segundo Darido (2003) atualmente coexistem na área da Educação Física várias concepções, todas elas tendo em comum a tentativa de romper com o modelo mecanicista, fruto desta etapa recente da Educação Física. Ao questionar-se seu papel e sua dimensão política, a Educação Física não teria mais a função de criar e selecionar talentos esportivos nem tampouco lhe caberia a missão de desenvolver a aptidão física com vistas à promoção da saúde. Seus objetivos e conteúdos tornar-se-iam mais amplos, visando articular as múltiplas dimensões do ser humano. Instaurava-se na área uma “crise de identidade”. Segundo Hall (1998) apud Nunes e Rúbio (2008), a crise de identidade ocorre quando as estruturas que fornecem referências sólidas aos indivíduos, sustentando-os no mundo social de forma estável, sofrem mudanças, criando uma sensação de deslocamento dos sujeitos “tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos”. A respeito dos novos campos de atuação da Educação Física, Bracht (2003) assevera que os vários significados e sentidos dessas práticas fundamentam-se em um universo simbólico com características diferenciadas das anteriores. Este fato dificulta reunir estas atividades sob a luz de um único conceito e na mesma instituição (Educação Física). Por conseqüência, a formação do profissional de Educação Física não consegue contemplar uma área de atuação, pois esta está cada vez mais ampla e polissêmica. O professor de Educação Física atua em vários campos, cada qual com sentidos diversos (escolas, academias, clubes, hotéis, terceira idade etc.) e currículos diferentes. Assim apesar do debate intenso na área e da existência de novas propostas, ainda é comum nas práticas da Educação Física a ênfase na aptidão física e manutenção do esporte como conteúdo hegemônico das aulas do componente. O seu caráter técnico e funcionalista, denunciado por Bracht (1986), permanece. A partir deste relato histórico e da apresentação do atual contexto da área da educação física analisando as duas assertivas contidas na questão 38 pode-se concluir que as duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira. Isto porque o professor educação física que atuava na escola nos de 1970 e 1980, tinha claro o seu papel social, conteúdo e modo de atuação no ambiente escolar. A partir da ruptura deste modelo de educação física, e não instauração de um modelo único aceito na área, a polissemia de possibilidades metodológicas para atuação no ambiente escolar e em outros ambientes profissionais acabam por contribuir com uma formação precária para atuação com as abordagens desenvolvidas, e o profissional de educação física acaba por reproduzir a identidade do professor/treinador por esta ainda ter grande significação para a área, na formação de sua identidade. REFERÊNCIAS BRACHT, V. A criança que pratica esportes respeita as regras do jogo...capitalista. Revista Brasileira de Ciências do Esporte,7(2): 62-68, 1986. BRACHT, V. Identidade e crise da Educação Física: um enfoque epistemológico. In: BRACHT, V. & CRISÓRIO, R. A educação física no Brasil e na Argentina: identidade, desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: PROSUL e Campinas: Autores associados, 2003. DARIDO, S. C. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara - Koogan, 2003. NUNES, Mário Luiz Ferri; RÚBIO, Kátia. Os currículos da educação física e a constituição das identidades do seus sujeitos. Currículo sem fronteiras, v.8, n.2, pp.55-77, jul/dez 2008.


QUESTÃO Nº 33 Para os alunos de uma turma do 6.º ano do ensino fundamental, as aulas de Educação Física contemplaram, inicialmente, a prática esportiva do basquetebol. No início das atividades propostas pelo professor, se considerada a aprendizagem dos fundamentos do basquetebol, os alunos cometeram muitas falhas e erros grosseiros. No decorrer do processo, os alunos conseguiram diminuir a ocorrência de erros relativos aos fundamentos técnicos da modalidade e chegaram a um estágio da aprendizagem em que os erros eram mínimos e, quando ocorriam, o próprio aluno conseguia detectá-los e corrigi-los. Tais evidências mostram que é a seguinte a ordenação dos estágios de aprendizagem motora: a) estágio associativo, autônomo e cognitivo. b) estágio associativo, cognitivo e autônomo. c) estágio cognitivo, associativo e autônomo. d) estágio cognitivo, autônomo e associativo. e) estágio autônomo, cognitivo e associativo.

Gabarito: C Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Fundamentos Pedagógicos do Basquete; Aprendizagem Motora; Práticas Corporais. Autor(a): Thiago Camargo Iwamoto Comentário: Segundo Pellegrini (2000), o indivíduo aprende fazendo, sendo que a prática é tão importante no processo de aprendizagem que é explicitamente citada em sua definição, sendo que para Magill (1989, apud Pellegrini, 2000), a “aprendizagem refere-se a uma mudança na capacidade do indivíduo executar uma tarefa”, havendo assim uma melhora no desempenho do mesmo. A ideia de estágio da um parecer de que a aprendizagem ocorre de modo sequencial, ocorrendo em diferentes velocidades de acordo com cada indivíduo. Ladewig (2000), aponta que o indivíduo passa por três estágios: cognitivo, associativo e autônomo. Na fase cognitiva, o indivíduo está tentando compreender os objetivos da tarefa, ocorrendo um grande número de erros e muita variabilidade na performance. Após certo período, passa para o estágio associativo, no qual consegue manter uma performance mais estável, detectando determinados erros, os quais diminuem. Neste momento, o indivíduo consegue realizar determinadas atividades com mais facilidade, dominando a mecânica básica do movimento. Depois de muita prática o indivíduo consegue realizar com muita facilidade, e a habilidade está bem desenvolvida, permitindo que o indivíduo realize a mesma “sem pensar”, este estágio é considerado autônomo. A complexidade da habilidade está consideravelmente relacionada com à quantidade de prática necessária para atingir a automaticidade. Segundo Ladewig (2000) “Dentre as várias razões, podemos destacar: uma quantidade


de prática insuficiente; informações / instruções inadequadas para a idade do grupo que estamos trabalhando; falta de capacidade para selecionar informações relevantes ao mesmo tempo em que descartam as informações irrelevantes à atividade” (p.65).

Referências: DARIDO, Suraya Cristina. A demonstração na aprendizagem motora. Kinesis, 5(2), p. 169-178, Jul-Dez, 1989. LADEWIG, Iverson. A importância da atenção na aprendizagem de habilidades motoras. Revista Paulista de Educação, São Paulo, supl. 3, p. 72-71, 2000. MAGILL, Richard A.; BLUCHER, Edgard. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. Tradução da 5ª edição. Editora: Edgard Blucher, 2002. MAGILL, Richard. Aprendizagem motora e controle – conceitos e aplicações. Editora Phorte, 2011. MEDINA-PAPST, Josiane; LADEWIG, Iverson; MARQUES, Inara. Dicas de aprendizagem na aquisição de habilidades motoras: uma revisão. Revista da Educação Física – Maringá, v. 20, n. 4, p. 625-635, 4, trim. 2009. PELLEGRINI, Ana Maria. A aprendizagem de habilidades motoras I: o que muda com a prática? Revista Paulista de Educação, São Paulo, supl. 3, p. 29-34, 2000.

QUESTÃO Nº 34 A prática da atividade física está relacionada à prevenção de doenças crônicas degenerativas, a exemplo da diabetes mellitus. Por envolverem uma área comportamental, as intervenções para mudança nos padrões de atividade física das pessoas são complexas. PORQUE As evidências, tanto clínicas quanto epidemiológicas, demonstram a relação entre indicadores de saúde e atividade física, sendo esta um comportamento humano determinado pela interação das dimensões pessoal, sociocultural e biológica. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. e) Tanto a primeira quanto a segunda asserção são proposições falsas.


Gabarito: A Tipo de questão: Média Conteúdo avaliado: Saúde; Qualidade de vida; Práticas Corporais. Autor: Thiago Camargo Iwamoto Comentário: Carvalho et al. (1996) discute que estudos epidemiológicos vem demonstrando expressiva associação com o estilo de vida, diminuindo a taxa de mortalidade e melhorando os aspectos relacionados com a qualidade de vida. Araújo e Araújo (2000) contribuem com este indicativo, apontando que a prática a prática continua de atividade física diminui e previne determinadas doenças. Pitanga (2002) ressalta a importância da atividade física para o tratamento de doenças e melhoria da saúde, afirmando que “a relação entre epidemiologia e atividade física aparentemente tem inicio na era epidemiológica das doenças crônico-degenerativas, com o paradigma da caixa preta, onde entre os elementos que estava ocultos, como fatores multicausais de risco...” (p. 51). Analisando assim os fatores multicausais de agravos, forma identificadas as seguintes três teorias: teoria do germe, teoria do estilo de vida e teoria ambiental. Pitanga (2002) ainda ressalta a influencia dos fatores genéticos, o qual interfere não somente na aptidão física, mas também nos níveis de atividades físicas habituais, sedimentando esta prática a fim de melhorar a saúde. Desta forma, a atividade física relacionada à saúde, aparece como um dos fatores que poderiam modificar o risco de doenças, melhorando o sistema imunológico, proporcionando modificações nos comportamentos dos indivíduos, além das modificações no meio ambiente, mediante a criação de espaços adequados para a prática de atividade física, favorecendo esta prática, e influenciando na motivação. Desta forma, a segunda proposição justifica a primeira, onde as interações pessoais, socioculturais e biológicas, são influencias para os comportamentos da prática de atividade física, auxiliando de forma significativa na prevenção de doenças crônicodegenerativas e melhora da qualidade de vida.

Referências: ARAÚJO, Denise Sardinha Mendes Soares; ARAÚJO, Claudio Gil Soares. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 6, n. 5, Set-Out, 2000. ASSUMPÇÃO, Luís Otávio Teles; MORAIS, Pedro Paulo; FONTOURA, Humberto. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida: Notas introdutórias. Revista Digital Efdeportes.com. Ano 8, n. 52, Set, 2002. CARVALHO, Tales, et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Revista Brasileira de Medicina dos Esportes, v. 2, n. 4, out-dez, 1996. MODENEZE, Denis Marcelo. Epidemiologia da atividade física e doenças crônicas:


diabetes. Disponível em: http://www.fef.unicamp.br/fef/qvaf/livros/livros_texto_ ql_saude_cole_af/saude_coletiva/saude_coletiva_cap8.pdf. Acessado em: 25 de junho de 2014. PITANGA, Francisco José Gondim. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira de Ciências e Movimento, v. 10, n. 3, p. 49-54, julho, 2002. SOUZA, José Carlos. Qualidade de vida e saúde. Editora Vetor, 2011. VILARTA, Roberto. Saúde coletiva e atividade física: conceitos e aplicações dirigidos a graduação em educação física. Campinas: IPES Editorial, 2007.

QUESTÃO Nº 35 Ao ensinar o voleibol na escola, Marcela, professora de Educação Física do 6.º e do 7.º ano de ensino fundamental, desenvolve algumas situações de jogo no processo ensinoaprendizagem. Considerando essa situação, avalie quais dos objetivos apresentados a seguir a professora deve priorizar no planejamento de suas aulas de voleibol. I. Aplicar os elementos técnico-táticos e as precondições fisiológicas para a prática, visando somente à vitória na competição. II. Respeitar o estágio de desenvolvimento do estudante para a organização e a inclusão de regras. III. Desenvolver noções táticas e técnicas que garantem a participação de todos para a fluência do jogo. IV. Desenvolver fundamentos gerais que possam ser utilizados em outros jogos. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e III. C III e IV. D I, II e IV. E II, III e IV.

Gabarito: E Tipo de questão: de concepção pedagógica Conteúdo avaliado: pedagogia do esporte Autor(a): DEFD Comentário: As opções II, III e IV são coerentes com uma educação inclusiva e que privilegia o ensino esportivo como um meio de inserção do indivíduo na sociedade. A opção I reforça a perspectiva do esporte de competição como um fim em si mesmo, desvinculando-se dos aspectos formativos e de preparação dos sujeitos para a vida em sociedade.


Referências: MONTANDON, Isabel (org.) Educação Física e esporte nas escolas de 1º e 2º graus. Belo Horizonte: Vila Rica, 1994. KUNZ, E. Transformação didático pedagógica do esporte. 3ª ed. – Ijuí: Editora Unijuí, 2000.

QUESTÃO DISCURSIVA 1 A Educação a Distância (EaD) é a modalidade de ensino que permite que a comunicação e a construção do conhecimento entre os usuários envolvidos possam acontecer em locais e tempos distintos. São necessárias tecnologias cada vez mais sofisticadas para essa modalidade de ensino não presencial, com vistas à crescente necessidade de uma pedagogia que se desenvolva por meio de novas relações de ensinoaprendizagem. O Censo da Educação Superior de 2009, realizado pelo MEC/INEP, aponta para o aumento expressivo do número de matrículas nessa modalidade. Entre 2004 e 2009, a participação da EaD na Educação Superior passou de 1,4% para 14,1%, totalizando 838 mil matrículas, das quais 50% em cursos de licenciatura. Levantamentos apontam ainda que 37% dos estudantes de EaD estão na pós-graduação e que 42% estão fora do seu estado de origem. Considerando as informações acima, enumere três vantagens de um curso a distância, justificando brevemente cada uma delas. (valor: 10,0 pontos) Padrão de resposta O estudante deve ser capaz de apontar algumas vantagens dentre as seguintes, quanto à modalidade EaD: (i) lexibilidade de horário e de local, pois o aluno estabelece o seu ritmo de estudo; (ii) valor do curso, em geral, é mais baixo que do ensino presencial; (iii)capilaridade ou possibilidade de acesso em locais não atendidos pelo ensino presenc ial; (iv)democratização de acesso à educação, pois atende a um público maior e mais vaiado que os cursos presenciais; além de contribuir para o desenvolvimento local e regional; (v) troca de experiência e conhecimento entre os participantes, sobretudo quando dificilmente de forma presencial isso seria possível (exemplo, de pontos geográficos longínquos); (vi)incentivo à educação permanente em virtude da significativa diversidade de cursos e de níveis de ensino; (vii) inclusão digital,permitindo a familiarização com as mais diversas tecnologias; (viii)aperfeiçoamento/formação pessoal e profissional de pessoas que, por distintos moti vos, não poderiam frequentar as escolas regulares; (ix) formação/qualificação/habilitação de professores, suprindo demandas em vastas áreas do país; (x) inclusão de pessoas com comprometimento motor reduzindo os deslocamentos diários.


QUESTÃO DISCURSIVA 2 A Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2010) utiliza-se da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para apresentar sucinta análise das condições de vida no Brasil. Quanto ao analfabetismo, a SIS 2010 mostra que os maiores índices se concentram na população idosa, em camadas de menores rendimentos e predominantemente na região Nordeste, conforme dados do texto a seguir. A taxa de analfabetismo referente a pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13,3% em 1999 para 9,7% em 2009. Em números absolutos, o contingente era de 14,1 milhões de pessoas analfabetas. Dessas, 42,6% tinham mais de 60 anos, 52,2% residiam no Nordeste e 16,4% viviam com ½ salário-mínimo de renda familiar per capita. Os maiores decréscimos no analfabetismo por grupos etários entre 1999 a 2009 ocorreram na faixa dos 15 a 24 anos. Nesse grupo, as mulheres eram mais alfabetizadas, mas a população masculina apresentou queda um pouco mais acentuada dos índices de analfabetismo, que passou de 13,5% para 6,3%, contra 6,9% para 3,0% para as mulheres. SIS 2010: Mulheres mais escolarizadas são mães mais tarde e têm menos filhos. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias>. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado). Com base nos dados apresentados, redija um texto dissertativo acerca da importância de políticas e programas educacionais para a erradicação do analfabetismo e para a empregabilidade, considerando as disparidades sociais e as dificuldades de obtenção de emprego provocadas pelo analfabetismo. Em seu texto, apresente uma proposta para a superação do analfabetismo e para o aumento da empregabilidade. (valor: 10,0 pontos)

Padrão de resposta O estudante deve abordar em seu texto: • identificação e análise das desigualdades sociais acentuadas pelo analfabetismo, demonstrando capacidade de examinar e interpretar criticamente o quadro atual da educação com ênfase no analfabetismo;


• abordagem do analfabetismo numa perspectiva crítica, participativa, apontando gentes sociais e alternativas que viabilizem a realização de esforços para sua superação, estabelecendo relação entre o analfabetismo e a dificuldade para a obtenção de emprego; • indicação de avanços e deficiências de políticas e de programas de erradicação do analfabetismo, assinalando iniciativas realizadas ao longo do período tratado e seus resu ltados, expressando que estas ações, embora importantes para a eliminação do analfabetismo, ainda se mostram insuficientes. QUESTÃO DISCURSIVA3 No Art. 26, § 3.º, da atual LDB, Lei 9.394/96, consta que: A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: V. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; VI. maior de trinta anos de idade; VII. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; VIII. amparado pelo Decreto-Lei n.º 1.044, de 21 de outubro de 1969; IX. [...] X. que tenha prole. BRASIL, Lei n.º 9.394. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 20/12/1996. Considerando o que foi estabelecido pela lei, em relação à Educação Física no currículo escolar, elabore um texto dissertativo abordando os seguintes aspectos: a) avanço decorrente da inclusão da Educação Física como conteúdo curricular obrigatório; (valor: 5,0 pontos) b) “retrocesso” decorrente da facultabilidade da adesão à prática da Educação Física. (valor: 5,0 pontos) Padrão de resposta Resposta esperada em relação a cada item: a) O estudante deverá mencionar que a obrigatoriedade foi um avanço, apresentando justificativas. b) Os estudantes devem apresentar argumentos que contestem os critérios de dispensa. QUESTÃO DISCURSIVA 4 Na iniciação de esportes coletivos, o professor de Educação Física escolar deve considerar o conjunto de objetivos, o planejamento de estratégias de ações educativas nas aulas, meios de intervenção pedagógica, sistema de avaliação do progresso dos alunos e integração de três dimensões de conteúdos pautados no saber conhecer, saber fazer, e saber ser. Há muitas dificuldades relacionadas a conflitos de objetivos entre os alunos, seus pais e professores, como, por exemplo, a pressão psicológica exercida externamente, a especialização prematura em habilidades motoras envolvidas em jogos, a qual resulta na busca excessiva da plenitude atlética e no envolvimento precoce em competições. A iniciação esportiva deve ser considerada uma etapa no processo de formação integral humana, não sendo o desempenho esportivo um fim em si mesmo. O esporte dever ser utilizado para desenvolver valores humanos. Considerando as ideias centrais desenvolvidas no texto acima, redija um texto dissertativo sobre a iniciação esportiva no contexto da Educação Física escolar. Em seu


texto, aborde as principais características dos conteúdos a ser aprendidos relacionados ao saber conhecer, saber fazer e saber ser. (valor: 10,0 pontos) Padrão de resposta O estudante deve mencionar que os conteúdos a serem desenvolvidos devem fazer parte do conhecimento dos alunos. Significa saber o que está sendo ensinado, compreendendo e interpretando esse conhecimento de forma cada vez mais ampliada e em níveis cada vez mais aprofundados (dimensão conceitual). O estudante deve aludir que o saber fazer está relacionado aos conteúdos procedimentai s voltados para aprender a executar e refletir sobre os movimentos do jogo para que haja uma compreensão de suas finalidades. Os conteúdos procedimentais devem ser vivenciados e refletidos considerando as diferenças individuais. Deve considerar a interdependência e ntre osaspectos físicos (habilidades motoras condicionais), técnicos (como fazer) e táticos (o que fazer, por que fazer e quando fazer). O estudante deve mencionar que esta terceira dimensão está relacionada com a formação humana e social dos alunos. Por meio desta dimensão, são internalizados os princípios, os valores, e a convivência entre os seres humanos. Valores como a cooperação, respeito, aceitação das diferenças, priorização do diálogo, solidariedade, lealdade dentre outras. As regras do esporte devem ser um retrato de normas e atitudes que visam à preservação da integridade, da igualdade de oportunidades, e da justiça (dimensão atitudinal). Deve considerar a interdependência entre as dimensões. QUESTÃO DISCURSIVA 5 A partir dos anos de 1980, surgiram abordagens que tematizaram e debateram a Educação Física Escolar. Elas construíram críticas ao modelo tradicional de aula, conhecido como tecnicista, competitivista, esportivizado. Embora essas abordagens tivessem em comum o anseio de uma intervenção na atuação do professor de Educação Física com fundamentos científicos e filosóficos, havia, também, muitas divergências entre elas, de natureza teórica e didática. Considerando essas abordagens, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Em relação à seleção dos conteúdos, quais são as diferenças entre as abordagens crítico-superadora e construtivista-interacionista? (valor: 5,0 pontos) b) No que concerne aos objetivos de ensino, quais são as diferenças entre a aula tradicional tecnicista e a abordagem crítico-emancipatória? (valor: 5,0 pontos) Padrão de resposta Parte (A) O estudante deverá mencionar que a abordagem crítico‐superadora propõe o desenvolvimento de conteúdos que envolvam a cultura corporal, como os jogos, esportes, lutas, ginásticas, e danças, contextualizando‐as historicamente. Devem ser considerados os seguintes princípios tais como: relevância social,


provisoriedade do conhecimento, espiralidade da incorporação das referencias do pensamento, contemporaneidade dentre outros a partir de uma lógica dialética marxista. A abordagem cnstrutivista‐interacionista valoriza a cultura dosjogos e das brincadeiras como estratégias problematizadoras no contexto lúdico promovendo o desenvolvimento da criança. Parte (B) O estudante explicará que o tecnicismo tinha como objetivo o desenvolvimento da qualidadedo gesto motor e da aptidão física, a formação de atletas tendo a Escola como base do Esportede Rendimento. Ao contrário, a abordagem crítico‐emancipatória objetiva a autonomia e crítica do educando perante a cultura corporal de movimento com estratégias de inclusã o e participação democrática, onde os educandos re‐significam, reconstroem criticamente os conteúdos da Educação Física.



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