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Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Goiânia, 1ª quinzena de abril de 2013 - Ano XXIII N. 536

Fragilização das famílias brasileiras é tema de seminário internacional na PUC Goiás As implicações das dimensões sócio-históricas, econômicas, culturais, jurídicas e subjetivas no processo de fragilização das famílias brasileiras e goianas em situação de conflitividade foram amplamente debatidas na PUC Goiás. Nos dias 21 e 22 de março, o Seminário Internacional Famílias em Situação de Fragilidade na América Latina, realizado com o apoio da Federação Internacional das Universidades Católicas (Fiuc), reuniu pesquisadores internacionais para discutir e apontar os caminhos a serem seguidos. Páginas 6 e 7 Pesquisadores internacionais apresentaram caminhos para os conflitos das famílias brasileiras e goianas

Descendente indígena se forma em Enfermagem na PUC

Jijuké colou grau no início ano

Homenagens e emoção marcaram a despedida ao ex-reitor da PUC Goiás, padre José Pereira de Maria, falecido no último dia 25 de março. A trajetória do religioso é relatada em caderno especial encartado nesta edição do Folha PUC. Página 3 e encarte

Jijuké Hukanaru de Farias Karajá, 26, é uma das mais recentes enfermeiras formadas pela PUC Goiás. Na trajetória da jovem, uma grande diferença chama atenção: ela é filha de um Karajá legítimo. A trajetória da jovem mostra uma nova realidade para a educação e para a cultura brasileira. Página 5

Tema da Campanha da Fraternidade é abordado em eventos A Campanha da Fraternidade deste ano aborda o tema Fraternidade e Juventude e o lema Eis-me aqui, envia-me. Na PUC Goiás, a temática será tratada em diversos eventos, entre eles, o VIII Colóquio de Direitos Humanos. Página 4

Alunos de escolas públicas recebem informações sobre ensino superior. Página 8

Padre Pereira recebe últimas homenagens

Unati realiza confraternização entre calouros. Página 9

Unidade do Proa é inaugurada na Área 4 Os alunos dos cursos das Áreas 4 e 5 da PUC Goiás foram beneficiados pela abertura da terceira unidade do Programa de Orientação Acadêmica ao Aluno (Proa). Página 2

PUC firma convênio com universidade portuguesa. Página 10

Dia do Circo é comemorado com espetáculo. Página 12


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Carta do Reitor Educação católica A PUC Goiás tem uma trajetória única no Estado, construída a partir do trabalho de homens e mulheres comprometidos com a educação. Mas, além deste compromisso, a universidade também está integrada a uma grande rede universal: a da educação católica. Somos uma das muitas instituições de ensino ligadas à Igreja Católica, onde a grande missão é educar, formar e promover o desenvolvimento local e regional. No ensino superior, temos que refletir sobre a promoção da educação cristã, evangélica e libertadora e buscar, em sala de aula e fora dela, a formação integral da pessoa humana como agente da construção de uma sociedade mais fraterna. Neste sentido, a união entre as instituições de ensino católicas têm um papel fundamental para a humanização da educação brasileira. Neste último mês, a PUC Goiás teve o privilégio de sediar o Seminário Internacional Famílias em Situação de Fragilidade na América Latina, promovido pela PUC Goiás com o apoio da Federação Internacional das Universidades Católicas (Fiuc). Foram apresentadas, em Goiânia, as implicações das dimensões sócio, históricas, econômicas, culturais, jurídicas e subjetivas no processo de fragilização das famílias brasileiras e goianas, em situação de conflitividade, com a participação de convidados internacionais. Desta forma, reafirmamos a nossa integração com o ensino católico e a pesquisa. Além deste evento, também seremos palco do Congresso da Associação Nacional da Educação Católica do Brasil, em julho deste ano. Assim reforçamos ainda mais os laços da nossa PUC com todas as outras instituições irmãs do Brasil e do exterior. Nesta edição, rendemos uma homenagem ao ex-reitor e chanceler da PUC Goiás, pe. José Pereira de Maria. No final do mês de março, ele partiu deixando um legado inesquecível para a educação superior e, especialmente, para a comunidade acadêmica da PUC. Os momentos de despedida foram marcados pela emoção e também pela reflexão sobre a importância da contribuição de cada um de nós na construção da PUC Goiás. O nosso horizonte está sendo traçado a partir do trabalho único de educadores e educadoras empenhados em contribuir com a democratização do ensino brasileiro.

Wolmir Therezio Amado Reitor da Pontíficia Universidade Católica de Goiás Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras Presidente do Conselho Superior da Associação Nacional da Educação Católica

Expediente

Instituição juridicamente mantida pela Sociedade Goiana de Cultura - SGC

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010 Diretora: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP) Redação: Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP), Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Diene Batista, Luisa Dias (GO n.01181 JP) e Roldão Barros. Diagramação: Adriano Abreu Fotografias: Ana Paula Abrão, Wagmar Alves e Weslley Cruz Impressão: Gráfica da PUC Goiás

Representatividade Área 4 da PUC Goiás conta com unidade do Proa

Unidade é a terceira do Proa a ser inaugurada

A PUC Goiás inaugurou, na manhã do dia 3 de abril, a terceira unidade do Programa de Orientação Acadêmica ao Aluno (Proa), que está localizada na Área 4, sob a coordenação do diretor do Departamento de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Gastronomia, prof. Renato Sandoval. O Proa é um espaço pedagógico - ambiente de aprendizagem de natureza interdisciplinar, de orientação e acompanhamento - que tem o objetivo de promover a melhoria da qualidade da aprendizagem dos estudantes da PUC Goiás. A solenidade de inauguração ocorreu na sede da unidade, presidida pelo reitor Wolmir Amado. A PUC já conta com unidades do Programa

nas Áreas 2 e 3. Também são atividades permanentes do Programa: aconselhamento técnico profissional, acompanhamento didático-pedagógico, orientação individualizada e em grupos, minicursos e oficinas, orientação e reunião das Ligas Acadêmicas, orientação a monitores, à iniciação científica e às atividades da extensão, plantão de dúvidas, projeção de filmes e discussão coletiva. “O Proa é um suporte a mais no processo de formação de nossos alunos, um espaço físico e pedagógico que visa contribuir na formação e qualificação dos estudantes”, ressaltou a pró-reitora de Graduação, profa. Sônia Margarida.

Síndrome de Down é tema de seminário O IV Seminário Multiprofissional sobre a Síndrome de Down foi realizado no último dia 21 de março, no Auditório da Área 2, ocasião em que foi comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. O evento foi organizado pelo Departamento de Fonoaudiologia, Projeto Alfadown e Associação Down de Goiás (Asdown), com o apoio da Secretaria Estadual de Educação. No seminário, a Coordenação de Arte e Cultura (CAC) ofereceu uma oficina de dança com a coreógrafa Elizabeth Barros. Oficinas de teatro, música para bebês, bichinhos de balão, maquiagem e adaptação curricular de ensino fundamental também foram destaque na programação.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS GRÃO-CHANCELER: Dom Washington Cruz, CP REITOR Prof. Wolmir Therezio Amado VICE-REITORA Profa. Olga Izilda Ronchi PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTIL Profa. Márcia de Alencar Santana

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Profa. Sandra de Faria PRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Daniel Rodrigues Barbosa PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Prof. Eduardo Rodrigues da Silva CHEFE DE GABINETE Prof. Lorenzo Lago


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Reconhecimento

Homenagens marcam adeus a padre Pereira Heranças de um pioneiro “Além do pilar da hoje PUC Goiás, padre Pereira ainda teve tempo para contribuir na formação de incontáveis intelectuais de Goiás, dando não só uma formação acadêmica, mas contribuindo para a formação de lideranças políticas, religiosas e sindicais. Foi um religioso respeitado e um intelectual privilegiado.” Dom Washington celebrou missa de corpo presente na despedida de padre Pereira, na Catedral Metropolitana de Goiânia

Prefeito Paulo Garcia, prof. Wolmir, profa. Sueli, prof. Pedro Wilson e profa. Olga

Por Diene Batista

Homenagens e emoção marcaram a despedida ao ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), padre José Pereira de Maria, falecido no dia 25 de março. A trajetória do religioso é relatada em caderno especial encartado nesta edição do Folha PUC. O suplemento é mais uma homenagem da instituição a uma figura pioneira na consolidação do ensino superior e fundamental para a disseminação do Evangelho em Goiás. A universidade esteve presen-

te no adeus ao religioso por meio de pró-reitores, docentes e funcionários que conviveram com ele, no período em que se dedicou a universidade. Velório, missa de corpo presente e de sétimo dia foram marcados por comoção, saudades e lembranças de seu legado no campo social, intelectual e religioso (leia depoimentos nesta página). Autoridades, como o governador Marconi Perillo e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, além de secretários estaduais e muni-

Dom Antônio celebrou a missa de sétimo dia do ex-reitor

cipais, prestigiaram as celebrações de despedida. O arcebispo emérito de Goiânia, dom Antônio Ribeiro de Oliveira, que presidiu a missa de sétimo dia, ressaltou o engajamento social do religioso e seu papel de “patriarca” da família sanguínea, posto que assumiu após a precoce morte do pai. Reitor da PUC Goiás entre 1979 e 1985, padre Pereira enfrentou o desafio de redemocratizar o ensino, em um momento de crise em todo o País. De volta à universidade em 1993, como chanceler e vice-presidente da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), criou uma série de mantidas que demonstravam seu apreço à ciência com compromisso social, como a Fundação Aroeira e o Instituto Dom Fernando (IDF).

“Ficou marcado no meu coração a sua pessoa, com seu estilo amigo e fraterno. Deixou-nos um legado imenso, não só na educação, como todos que o conheceram puderam testemunhar, mas no seu amor e lealdade à sua Igreja, nossa Igreja, aos amigos, parentes e seu povo, o povo de Deus.” Solano Monteiro, cunhado e amigo, funcionário da Divisão de Materiais (Dimat)

Altair Sales, professor e diretor do Instituto do Trópico Subúmido (ITS)

“Padre Pereira prestou um serviço realmente necessário ao assumir a coordenação da Universidade Católica de Goiás, hoje PUC Goiás. Sua experiência tornou possível a homologação do primeiro Estatuto da mantenedora, o que deu condições para que a instituição se expandisse e se tornasse pontifícia.” Pe. Alaor Rodrigues, amigo

“Quando nosso pai morreu, eu tinha apenas quatro anos e o Pereira assumiu o papel de patriarca da família. Ele conseguiu dar um bom prosseguimento à minha vida e a de meus irmãos. O seu desprendimento das coisas materiais foi um exemplo. Nesse momento de perda, fica o orgulho pelo grande trabalho desenvolvido por ele e a gratidão aos goianos que acolheram esse nordestino.” Marcos Pereira, irmão


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Juventude

Campanha da Fraternidade pauta eventos da PUC

Jovens se reúnem para discutir temática da campanha católica

PDH discute sobre Juventudes no Mundo Contemporâneo O Programa de Direitos Humanos da Coordenação de Estágio e Extensão, da Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás realiza no dia 23 de abril, no Teatro Católica, o VIII Colóquio de Direitos Humanos, que abordará o tema Juventudes no Mundo Contemporâneo. Serão realizados debates, conferências, mesas-redondas e apresentações culturais. Um dos destaques da programação são

A Campanha da Fraternidade deste ano aborda o tema Fraternidade e Juventude e tem como lema Eis-me aqui, envia-me. O objetivo central é acolher os jovens no contexto das mudanças da contemporaneidade, despertando este público para a sua vocação, estimulando uma postura ativa em seus círculos sociais, para que sejam agentes missionários do bem comum. A PUC Goiás realizará diversas atividades acadêmicas ao longo deste ano, com o in-

tuito de chamar a atenção para esta temática, tecendo diálogos e conversas sobre a juventude e sua relação e papel nas mais diversas esferas sociais, como educação, saúde, mercado de trabalho, lazer, universidade, família, cultura, entre outros. Entre os eventos acadêmicos que serão pautados dentro desse contexto está o VIII Colóquio de Direitos Humanos, uma realização do Programa de Direitos Humanos da PUC Goiás (PDH/ETG/Proex).

PUC Goiás sedia o 1º Seminário Estadual de Prevenção ao Bullying

os grupos de trabalho, que serão realizados no turno de vespertino (14h às 17 horas) e têm como público-alvo os universitários da PUC Goiás que queiram aprofundar conhecimentos sobre espaços sociais, racismo ambiental, mercado de trabalho, culturas juvenis, consumo, meio ambiente, entre outros. Todas as novidades sobre o Colóquio podem ser acompanhadas no Facebook (Evento Colóquio de Direitos Humanos).

Programação MANHÃ 8h - Abertura 9h às 9h40 - Conferência de Abertura: Juventudes no mundo contemporâneo: processos de construção e garantia de direitos 9h40 às 10h - Debate 10h10 - Mesa-Redonda: Juventudes e Espaços Sociais 10h10 às 10h30 - Juventudes e Racismo Ambiental - Ms. Janira Sodré Miranda 10h30 às 10h50 - Integridade Simbólica e Violência Midiática - Dr. Luiz Signates 10h50 às 11h30 - Debate TARDE 14h às 17h - Grupos de Trabalho - GTs (20 vagas cada GT) Juventudes Negras Juventudes e Redes Sociais Juventudes, Gêneros e Sexualidades Juventudes frente aos Conceitos e Preconceitos sobre drogas Juventudes para além da escola - agrupamentos e culturas juvenis. Espaços de sociabilidade e formação Juventudes, consumo e meio ambiente Juventudes e Mundo do Trabalho NOITE 19h - Apresentação Cultural 19h30 às 20h20 - Mesa-Redonda: Juventudes, espiritualidade e Direitos Humanos - Dr. Alberto da Silva Moreira (PUC Goiás) e Dr. Flávio Munhoz Sofiati (UFG) 20h20h às 20h40 - Debate 20h40 às 21h - Encerramento

Evento da educação estadual propõe saídas para a bullying

O 1º Seminário Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Bullying foi realizado na manhã do dia 3, no auditório da Área 4 da universidade. O seminário foi aberto pelo secretário estadual da Educação, Thiago Peixoto, que chamou a atenção para a problemática envolvendo o tema e necessidade de se estabelecer um diálogo franco com alunos e professores, atingindo o ensino fundamental e médio na rede pública e privada. Em seguida, a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação do Ministério Público de Goiás, Simone Disconsi, proferiu palestra trazendo uma abordagem conceitual do bullying, suas consequências e todo o efeito que o processo causa, tanto nas pessoas que praticam como nas que sofrem a

violência. “O bullying é da natureza do ser humano, não é um fenômeno típico do meio educacional. A criança ou adolescente já traz valores de outros meios. É considerada uma conduta ilícita e precisa ser combatida”, enfatizou a palestrante. A promotora também falou sobre o bullying praticado na internet e sua repercussão negativa nas redes sociais. “Uma vez publicada a mensagem, é impossível mensurar o número de pessoas que tiveram acesso à informação, fato que dificulta ainda mais uma avaliação sobre os efeitos e dimensões do fato”, complementou. A mesa foi conduzida pelo coordenador do Programa de Direitos Humanos da PUC Goiás (PDH/ETG/Proex), professor Eduardo Barbieri, que representou a instituição no evento.


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Conhecimento

Descendente indígena conclui curso de Enfermagem

Jijuké, acompanhada do filho, recebe o diploma das mãos de sua mãe

Por Luisa Dias

Entre os alunos formados em Enfermagem pela PUC Goiás em 2012 um nome se destacou: Jijuké Hukanaru de Farias Karajá. Aos 26 anos, a nova enfermeira é mestiça. Filha de um Karajá legítimo, ela traz no rosto e na cultura a herança dos povos indígenas brasileiros. A trajetória da jovem mostra uma nova realidade para a educação e para a cultura brasileira. Jijuké é filha de Ijeseberi Karajá, falecido há seis anos, e Maria José de Farias, funcionária da PUC Goiás. Os pais se conheceram em Brasília, onde Ijeseberi foi estudar. Lá se casaram e tiveram um casal de filhos gêmeos: Jijuké e Ohori Haritxana. A pequena família se mudou, no final da década de 80, para Goiânia, onde Ijeseberi concluiu o estudo técnico em Enfermagem. A mãe logo se empregou na PUC Goiás, antes Universidade Católica de Goiás (UCG), e o pai trabalhou em hospitais como a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e o Hospital Santa Genoveva. As férias familiares sempre foram na tribo de Ijeseberi, a Aldeia Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal, no Tocantins. “Era o momento mais esperado do

ano. Lá tínhamos liberdade e aprendíamos mais sobre nossas origens. Minha avó me ensinava a fazer cerâmica”, conta a jovem, que até hoje mantém o vínculo com a família do pai, que continua a morar na tribo. Ijeseberi voltou para a tribo quando Jijuké e o irmão tinham 9 anos. Lá se casou novamente e teve quatro filhos. Jijuké chegou a morar com o pai, por um período de 5 meses, quando tinha 15 anos. “Queria aprender mais o dialeto e sobre o meu povo. Foi muito bom ter tido esta experiência”, conta ela, que credita a este período um maior amadurecimento e proximidade com a cultura indígena. Nome Na infância, nem sempre as diferenças foram valorizadas pela sociedade. Na sua história escolar, a jovem aprendeu desde cedo a lidar com o preconceito e a curiosidade. O que mais chamava a atenção das crianças era o seu nome. “No começo, foi um pouco complicado. Recebia muitas críticas e queria mudar de nome. Eu sofria muito, porque a cultura indígena não tinha espaço na educação”, conta ela. Mas, aos poucos, a Jijuké tomou

posse de sua história e teve orgulho do próprio nome. Na tradição dos Karajás, o nome do primogênito é escolhido pela avó em homenagem a um ancestral ou alguém mais velho. O dela seguiu esta tradição e homenageia uma tia avó, que é Jijuké Hukanaru famosa por ter tido seu rosto impresso na nota de 100 cruzeiros. O orgulho de suas origens fez com que, no batismo do primeiro filho, hoje com 5 anos, Jijuké também usasse referência do seu povo. O pequeno se chama Davi Ijeseberi dos Santos Karajá. “Acho que para ele será mais fácil, porque hoje o mundo está mais globalizado”. No ensino superior, Jijuké acredita que a diferença foi tratada com mais naturalidade pelos colegas, que sempre a perguntaram sobre suas origens com interesse e respeito. “Dou palestras no dia dos índios e mostro o caminho percorrido”, explica ela, que ainda não está empregada. Ela colou grau em 28 de janeiro e se prepara para um novo momento da sua vida. A escolha profissional traz a admiração da jovem pelo pai. “Fui muito incentivada por eles a escolher a enfermagem”, conta ela. Mas, além disso, ela percebe o quão importante era o conhecimento de Ijeseberi para os seus familiares, na aldeia. “Eu pensava em voltar para lá. Mas como me casei, hoje vou me dedicar à assistência dos indígenas que estão na Grande Goiânia, de passagem ou como moradores”, conta.

Você sabia? Os carajás, também chamados karajá e iny mahãdu, são um grupo indígena que habita a região dos rios Araguaia e Javaés, nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará. A população atual é de 2.927 pessoas, distribuídas em 21 aldeias.

Semana dos Povos Indígenas discutirá cultura, diversidade e juventude indígena A edição 2013 da Semana dos Povos Indígenas da PUC Goiás, promovida pelo Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA), será realizada de 15 a 19 de abril com o tema Cultura, diversidade e juventude indígena: lutas e desafios. O evento contará com painéis expositivos, mesas redondas, oficinas e mostras. Além disso, será lançado o livro A transversalidade do conhecimento científico, sobre os 40 anos do IGPA.

Um dos destaques é a Mostra de Filmes Etnográficos da PUC Goiás, coordenada pelo Núcleo Audiovisual do instituto. Entre os dias 15 e 18, serão exibidos filmes como Os Tapuios do Carretão: cultura alimentar e Krahô: os filhos da terra, seguidos de debates com professores da instituição. Durante todo o evento também serão oferecidas oficinas psicopedagógicas, como a de Arte Rupestre, a de pintura corporal e das diferenças entre

a educação tradicional e a educação escolar indígena. O evento, que contará com a participação de especialistas e estudantes indígenas e não indígenas, tem como objetivo a sensibilização de alunos, professores e da comunidade em geral para o conhecimento das populações indígenas de Goiás, bem como para suas culturas e costumes. Confira a programação completa no site www.pucgoias.edu.br.


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Pesquisa

Famílias em situação de conflitividade são tema de seminário internacional Por Belisa Monteiro

A PUC Goiás realizou, nos dias 21 e 22 de março, o Seminário Internacional Famílias em Situação de Fragilidade na América Latina, com o apoio da Federação Internacional das Universidades Católicas (Fiuc). Nos dois dias foram debatidas as implicações das dimensões sócio-históricas, econômicas, culturais, jurídicas e subjetivas no processo de fragilização das famílias brasileiras e goianas em situação de conflitividade. No evento, foram apresentadas as sínteses da pesquisa desenvolvida no período de julho de 2009 a outubro de 2012, por docentes e discentes pesquisadores da PUC Goiás, representantes de diversos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento, Ciências da Religião, Psicologia e Serviço Social, com ênfase nas principais relações contidas nos eixos analíticos e nas linhas de pesquisa. Além dos pesquisadores da PUC Goiás, participaram também representantes de universidades católicas da Colômbia, Paraguai e Uruguai. Linhas da pesquisa O evento foi aberto no dia 21 de março, no auditório da Área 1, com a presença de convidados internacionais: os professores doutores Nattan Nisimblat, da Universidade Católica da Colômbia, e Cristina Boselli, da Universidade Católica Nossa Senhora da Assunção. Na ocasião, a pró-reitora de Pós-Graduação

Pesquisadores participaram de seminário internacional na PUC Goiás

e Pesquisa da universidade, profa. Sandra de Faria, pontuou que as reflexões apresentadas no Seminário decorrem necessariamente da integração de universidades católicas da América Latina, desde 2008, a uma ampla pesquisa científica de abrangência internacional, coordenada pela Fiuc, por meio do Centro Coordenador de Investigação (CCI), que privilegiou os estudos interdisciplinares e a participação de pesquisadores com formação majoritariamente na

área de Ciências Sociais e Humanidades, com experiência investigativa e estudos reconhecidos sobre família. A coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás, profa. Maria José de Faria Viana, apresentou, em linhas gerais, a pesquisa Famílias brasileiras em situação de conflitividade: dimensões sócio -históricas, jurídicas, culturais e subjetivas (1990-2012). O objetivo foi analisar as dimensões e os efeitos das graves situações de conflitividade, que afetam as

“A experiência dos pesquisadores nortearam as reflexões sobre os resultados dos estudos numa perspectiva de análise mais ampla, abrangente e inclusiva da própria família”. Profa. Sandra de Faria, Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa

“Quanto à família brasileira não há, até o momento, nenhuma instituição que tenha substituído a família no sentido de ser o porto seguro de seus membros”. Profa. Maria José de Faria Viana, coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás

famílias fragilizadas em escala mundial, principalmente as brasileiras, identificando, no contexto da família contemporânea, os fatores, as concepções e os desenhos da família do ponto de vista social, jurídico, antropológico, econômico e psicológico. A pesquisa teve caráter interdisciplinar e envolveu os cursos/departamentos de Serviço Social, Direito, Enfermagem, Psicologia, Filosofia, História, Geografia e Ciências Sociais da universidade.


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Pesquisa

Resultados indicam caminhos a serem seguidos Convidados internacionais enriquecem o debate

Pesquisadora da PUC apresenta resultado de estudo

Os resultados da pesquisa, apresentados durante o Seminário Internacional Famílias em Situação de Fragilidade na América Latina, sinalizam para ampliação de projetos de cooperação e socialização de resultados de maneira conjunta por meio de publicações e eventos científicos, inserção de disciplinas na formação curricular de profissionais que atuarão com famílias, além de mudanças na visão recorrente sobre o conceito e o formato de família na sociedade contemporânea. A pesquisa proposta pela Fiuc compreendeu seis fases de desenvolvimento metodológico, com duração de 36 meses. Ainda de acordo com a pró-reitora Sandra de Faria, o desenvolvimento do projeto global a partir dos projetos desenvolvidos em cada

instituição/País possibilitou o aprofundamento de questões relevantes sobre as expressões contemporâneas de organização, formação e arranjos familiares e dos desafios para uma construção conceitual multidimensional de família, assegurando a reflexão sobre os estudos bibliográficos e as tendências apreendidas no balanço da produção científica e no estado da arte. “Reconhecemos que a experiência dos pesquisadores, as inquietações formuladas pelos graduandos e pós-graduandos e o debate socializado com a equipe latino-americana, consultores e coordenadores da Fiuc/CCI nortearam as reflexões sobre os resultados dos estudos numa perspectiva de análise mais ampla, mais abrangente e inclusiva da própria família”, avaliou.

O evento da PUC drogas, investigando Goiás foi prestigiado a fundo o perfil e o pelos seguintes convicomportamento das dados internacionais: mesmas no país uruo professor doutor guaio. Na mesa, a Nattan Nisimblat, da professora Vannúzia Universidade Católica Andrade Peres, do da Colômbia; a proDepartamento de Psifessora doutora Cristicologia da PUC Goina Boselli, da Univerás, expôs que essas sidade Católica Nossa Cecília Cracco, do Uruguai situações de litígio Senhora da Assunção, produzem emoções do Paraguai, e a professora dou- diversas e contraditórias nos tora Cecília Cracco, da Universi- membros da família, uma vez dade Católica do Uruguai. que não é possível dizer se o pai A professora Cecília foi a de- ou a mãe estão corretos ou não. batedora da mesa-redonda Famí- “Vai depender da organização lia, Desenvolvimento Social, Lití- psicológica neste momento de gio e Violência, que ocorreu no suas vidas e o que interfere nos segundo dia do evento. Durante processos de desenvolvimento. o seminário, ela socializou a ên- O que orienta a constituição do fase da pesquisa desenvolvida litígio são as emoções produzino Uruguai, focada na migração, das na família, principalmente fragilização e conflito. com o ex-cônjuge, fato que gera Durante três anos foi realiza- uma situação de conflito para as do um estudo das famílias enfra- crianças, principalmente”, analiquecidas pelo uso indevido de sou a docente da PUC Goiás.

Engajamento da PUC Goiás Na PUC Goiás, a pesquisa envolve os professores: Carolina Teles Lemos (FIT), Denise Carmem Andrade Neves (SER), Eliane Romeiro Costa (JUR), Geisa Cunha Franco (HGS), Lícia Maria Pinto (ENF), Maria Salete (ENF), Maria José Faria Viana (SER) e Vánnuzia Leal Andrade Peres (PSI). O projeto ainda foi tema de monografias, teses e dissertações de acadêmicos da graduação e pós-graduação da PUC Goiás. Na América Latina, o projeto abrange os seguintes parceiros da Fiuc: Universidad Catolica de Colombia (Santa Fé de Bogotá), Universidad Catolica del Uruguay (Montevideo), Universidad Catolica Nuestra Senõra de la Asunción (Paraguay) e Universidad Catolica Cardeal Rául Silva Henríquerez (Santiago do Chile).

Curiosidades na Colômbia e Paraguai De acordo com o professor Nattan Nisimblat, a pesquisa desenvolvida na Colômbia se pautou por três eixos temáticos: o uso indevido de drogas pelos membros das famílias; migrações forçadas pelas guerrilhas e a definição do conceito de família na constituição do país colombiano. Foi utilizada a metodologia qualitativa, revisão bibliográfica e também construído um estado da arte a partir de documentos e tratados multilaterais que protegem a família, identificando o conceito e a visão de família do estado colombiano. Os resultados foram reveladores e um deles é que a Colômbia aceita a união de casais

homossexuais. O professor também explanou que as migrações forçadas das famílias de um local a outro ocasionam rupturas e desmembramentos, mas o estado colombiano oferece novas alternativas para que esta família se reorganize e se reunifique, por meio da assistência social, acesso a educação, segurança, entre outros serviços. Outro fator de desmembramento e desagregação da família observado pelo pesquisador foi o consumo e o uso indevido de drogas pelos membros de uma mesma família. Já a pesquisa desenvolvida no Paraguai teve como foco as famílias que trabalham nas ruas, no mercado informal. Segundo a

professora Cristina Boselli, 55% do trabalho na América Latina é informal. Foram estudadas 30 famílias, sendo que foi construída uma tipologia com quatro tipos de família. “Na nossa legislação a constituição de família é baseada no casamento, mas na realidade isso é diferente. Por exemplo, existem famílias com avó, mãe, filho e, às vezes, o pai não está presente. Em contrapartida, em outras famílias existe a figura do pai, da mãe e de afilhados e outras pessoas ‘estranhas’ que formam o grupo familiar”, constatou a pesquisadora. Na pesquisa foi observado que essas pessoas ganham dinheiro na rua por meio do traba-

lho informal e utilizam a renda na educação dos filhos. “A geração seguinte, geralmente, já não está na rua, pois os pais fazem questão de financiar a educação dos filhos”, observou. Outras conclusões visíveis foram que muitas das famílias pesquisadas não querem sair da rua, pois não consideram a mesma um ambiente hostil, elas encaram a labuta como um modo de ganhar a vida e sustentar a família. “Eles já têm seus clientes e um sistema de solidariedade para se proteger. É um grupo humano que apresenta características muito interessantes como família, pois eles têm muito apego e cuidam dos filhos”, concluiu.


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Inclusão

Visitas estimulam ingresso de alunos de escolas pública na universidade Por Luisa Dias

Estimular o ingresso de alunos de escolas públicas no ensino superior é o principal objetivo do programa de visitas da Comissão de Admissão Discente da PUC Goiás. Desde o dia 4 de março, a unidade já realizou mais de 20 visitas de orientação em escolas públicas que oferecem ensino médio na Grande Goiânia. Mais de 2.800 alunos receberam informações sobre processo seletivo, bolsas estudantis e orientação vocacional. Segundo a profa. Thelma Perini, que realiza as visitas, muitos estudantes não têm acesso a informações básicas e acabam se distanciando do ensino superior. “Mostramos para eles que o acesso é facilitado e a importância da graduação para eles”, explica ela. Além disso, a professora fala em suas palestras sobre o Vestibular Social, que neste semestre será realizado no dia 11 de maio, que concede bolsas de 50% para cursos de graduação, principalmente em licenciatura. “Expli-

Professora Thelma apresenta benefícios do ensino superior para alunos da rede pública

camos a necessidade das redes públicas por professores”. A maioria dos estudantes brasileiros cursa a pré-escola, ensino fundamental e ensino médio em escolas públicas. Se-

gundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, mais de 40,4 milhões de crianças e jovens estão na rede pública, o que corresponde a 85,7% do total, con-

tra 14,3% inseridos na rede particular. Já no ensino superior, a situação se inverte: a maioria (73,2%) está na rede particular de ensino, contra 26,8% em universidades públicas.

Conselho Estadual Proafro realiza seminário sobre racismo ambiental O Programa de Estudos e Extem nova presidente tensão Afro-brasileiro (Proafro)

A coordenadora do Programa de Estudos e Extensão Afro-brasileiro (Proafro/Coordenação de Extensão), Janira Sodré Miranda (foto), foi eleita presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial. Janira também representou a PUC Goiás na solenidade do 10º aniversário de criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República/SEPPIR, realizada no dia 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação. O mandato da professora será de três anos a frente da entidade.

da PUC Goiás realizou, no dia 21 de março, o Seminário Racismo Ambiental e Segregação no Espaço Urbano, com a mesa-redonda Racismo e marcadores de gênero e raça no Brasil. O evento, que lotou o Auditório da Área 2 da universidade, foi uma promoção conjunta do Proafro com a Fundação Cultural Palmares, a Secretaria Municipal de Igualdade Racial, a Articulação Nacional de Mulheres do Brasil, o Grupo de Mulheres Negras Malunga e o Grupo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado. Além de importantes debates relacionados à questão da discriminação racial, o primeiro dia do seminário marcou a comemoração do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial e o aniversário de 30 anos do Proafro. Para a coordenadora do programa, profa. Janira Sodré Miranda, as discussões levantadas ao longo desses anos contribuem na formação dos alunos da PUC Goiás e para o

Comunidade acadêmica discutiu temáticas ligadas ao gênero e à raça

entendimento da diversidade cultural do País. “Formando o cidadão crítico”, afirmou. O trabalho desenvolvido pelo Proafro até hoje tem alcance não só em Goiás, mas em todo o País, relembrou a representante do Grupo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado, Marta Cesária de Oliveira. “O programa é referência em Goiânia, em Goiás e no Brasil”, afirma. Além da proximidade com o programa desde a sua criação, Marta está ajudando a desenvolver um filme com o relato de

mais de 150 mulheres de comunidades Quilombolas do estado. “Estamos escrevendo a história das mulheres negras de Goiás”, destaca. Segundo a coordenadora do Proafro, Janira Sodré Miranda, é indispensável discutir o preconceito em um país “ainda injusto, onde a desigualdade tem relação direta com questões de gênero e étnico-raciais”. Em sua fala, a coordenadora ainda lembrou que “um país que rima com diversidade não rima com o racismo”.


Goiânia, 1ª quinzena de abril de 2013

Folha PUC 536 - 9

Inclusão

Calouros da Universidade Aberta à Terceira Idade confraternizam na PUC

“Nesse país estamos envelhecendo cada vez mais e com mais qualidade” afirmou a pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás, profa. Márcia de Alencar, na calourada da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), promovida no dia 4 de abril, na Área 2 da instituição. No evento, os alunos veteranos apresentaram aos calouros algumas das técnicas que aprenderam nas diversas oficinas oferecidas pelo programa. Já tradicional na PUC Goiás – a Unati completou 20 anos em 2012 – a iniciativa, vinculada ao Programa de Gerontologia Social (PGS) da universidade, proporciona aos idosos várias oficinas que trabalham questões sociais, culturais e habilidades artísticas. “A Unati oferece a possibilidade de um envelhecimento mais saudável. De fazer com que eles tenham uma vida ativa sempre”, afirma a coordenadora do PGS, profa. Marli Bueno. Além da recepção e das apresentações culturais, a calourada contou ainda com uma feira com produtos produzidos pelos

alunos da Unati. Em uma das barracas estava Maria da Consolação, de 71 anos. A simpática senhora participa das oficinas da Universidade Aberta desde a sua aposentadoria, em 2011. “A gente tenta preencher o tempo com coisa boa, né?”. Mas este Professora Márcia de Alencar fala sobre importância da qualidade de vida para terceira idade não foi o primeiro contato dela com a PUC Goiás. Maria se graceição Rodrigues, de 62 anos, faz lestras. “Elas enriquecem muito”, duou em Serviço Social na antiga parte deste grupo. Ela, que ficou afirma. Universidade Católica de Goiás sabendo da Unati por meio da (UCG), em 1991, depois trabalhou televisão, vê nos oficinas a oporUnati por 20 anos em uma grande emtunidade de continuar socialA Universidade Aberta à Terpresa goiana, onde ajudou a criar mente ativa. “Estou gostando das ceira Idade da PUC Goiás foi criaum grupo da terceira idade. “Eu oficinas, mas só conversar com da em 1992 e tem como objetivo me formei com 51 anos”. Maria, as pessoas, pra mim, já é uma possibilitar, às pessoas com mais juntamente com outros idosos de grande vantagem. O gostoso é de 50 anos, o acesso à universidaseu grupo, pretende se organizar estar conhecendo gente diferen- de, por meio de cursos e oficinas e formar uma cooperativa. te, de todas as idades e de todos gratuitas que visem a educação Cerca de 150 novos alunos enos lugares”, conta. Além disso, continuada. Este semestre, a Unatraram nas oficinas da Unati no Conceição ainda está gostando ti tem 150 novos alunos e mais de primeiro semestre de 2013. Conda oportunidade de assistir pa- 300 veteranos.

Estão abertas as inscrições para o CMUC Acadêmicos, professores e funcionários da PUC Goiás já podem se inscrever no Congresso Mundial de Universidades Católicas (CMUC), que será realizado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), de 18 a 21 de julho deste ano, em Belo Horizonte (MG). O evento integra a Semana Missionária que ocorre no contexto da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. As inscrições podem ser feitas diretamente no site: www.cmuc.pucminas.br, até o dia 30 de junho. Trata-se de um encontro de reitores, gestores, professores, funcionários e estudantes das universidades católicas e membros de pastorais universitárias mundiais. O tema do encontro ficou definido como sendo Novos

Tempos, Novos Sentidos. A partir deste tema, quatro eixos temáticos orientam os trabalhos e as atividades do Congresso: Fé e Crise de Sentido; Espiritualidade e Comunicação: lócus de construção do humano; Família, Afetividade e Sexualidade: desafio para um amor integral e Universidade, Cultura da Paz e Protagonismo Juvenil. “Reconhecendo a importância desta Universidade para nosso evento, gostaríamos de enfatizar a relevância da presença de membros desta comunidade acadêmica, fazendo-se representar por meio de congressistas e/ou apresentação de trabalhos e participação em oficinas, fóruns, painéis e/ou mostras artístico-culturais”, convidou o reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol.

Reitor da PUC Goiás participa de IV Fórum das IES Católicas O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, participou, entre os dias 20 e 22 de março, do IV Fórum das Instituições de Ensino Superior Católicas, nas dependências da PUC Minas, em Belo Horizonte. O evento foi promovido pela Associação Nacional de Educação Católica no Brasil (Anec). O reitor da PUC Goiás foi ao evento como presidente do Conselho Superior da Anec. Com o tema Fraternidade e Juventude Universitária, o fórum teve como objetivo principal promover o debate e a troca de experiências entre os gestores de ensino superior sobre os novos caminhos para a educação, especialmente com relação às atividades de apoio e promoção das políticas para a juventu-

de no ensino superior. O reitor da PUC Minas, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, que também é presidente da Comissão Pastoral Episcopal para Educação e Cultura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lembrou que “uma boa IES católica tem que ser, em primeiro lugar, uma instituição de qualidade. Não nos é permitido levar adiante uma instituição que não ofereça qualidade de seu serviço, este que é sagrado para formar profissionais, de educar pessoas para a vida, para fazerem um mundo melhor”. O Fórum também foi um encontro preparatório para o Congresso Mundial de Universidades Católicas, que será realizado na PUC Minas, entre os dias 18 e 21 de julho.


Vocêpelo mundo

Por Belisa Monteiro

PUC Goiás firma convênio com Universidade Católica Portuguesa A Pontifícia Universidade Católica de Goiás assinou acordo de cooperação com a Universidade Católica Portuguesa (foto). O convênio tem por objeto a cooperação acadêmica nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, a fim de promover o intercâmbio de docentes/pesquisadores, estudantes de graduação, pós-graduação e membros da equipe técnico-administrativa das respectivas instituições. Fundada em 1967, a afirmação da UCP na sociedade concretizou-se rapidamente a partir do prestígio do seu ensino, dos fecundos debates de ideias que proporciona, da qualificada investigação que desenvolve e da abertura à internacionalização. A estrutura da UCP é regional e composta de quatro grandes centros: Beiras, Braga, Lisboa, onde fica a sede da universidade, e Porto. A UCP possui aproximadamente 12 mil alunos em seus programas de graduação e pós-graduação.

Novo programa leva estudantes de licenciatura para França O novo Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI França) irá levar até 150 estudantes brasileiros para realizar graduação-sanduíche nas universidades Paris-Sorbonne e Universidade Pierre et Marie Curie, na França. As inscrições vão até o dia 8 de maio. A iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) irá selecionar até 30 projetos de parceria universitária entre cursos de licenciatura brasileiros e universidades francesas parceiras, visando a realização de graduação sanduíche, com dupla diplomação, de estudantes brasileiros. Entre os benefícios previstos para o projeto estão: bolsas de estudo, auxílio-instalação, seguro-saúde, auxílio-deslocamento, diárias internacionais, repassadas para docentes participantes da equipe, verba de custeio de até R$ 10 mil por ano de projeto e verba para participação em eventos científicos no país e no exterior. Mais informações: plifr@capes.gov.br.

Acadêmicos compartilham experiências

Nascimento Wanderley dos Reis ernacionais Júnior - Relações Int lanicas, 2013/1. Lagunas Altip . Atacama - Chile

Pereira Wallace Alves il 2013/1 Engenharia Civ Nações, s No Parque da . al Lisboa, Portug

Lorena Oliveira - Psicologia. Visita ao Museu do Atacama. Na foto, um protótipo de exploração da Nasa utilizado em simulações no deserto chileno.


Goiânia, 2ª quinzena de março de 2013

Folha PUC 535 - 11

Programe-se Prazo para aditamento do FIES foi prorrogado até junho

Novo mestrado em Atenção à Saúde recebe inscrições

O prazo para aditamento dos contratos do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), formalizados a partir de 14 de janeiro de 2010, foi prorrogado para o dia 30 de junho de 2013, conforme Resolução FNDE nº 1/2013, publicada no Diário Oficial da União de 28 de março. A medida abrange os aditamentos de renovação semestral, de transferência integral de IES e de curso e de dilatação do prazo de utilização do financiamento. Para mais informações procure a Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE) da PUC Goiás, na Área 4, ou pelos telefones: 3946-1062 e 1063.

O mestrado em Atenção à Saúde da PUC Goiás está com inscrições abertas para seleção discente até o dia 25 de abril. Os interessados podem realizar a inscrição no site www.pucgoias.edu.br/ppgas, onde encontram, também, o edital da seleção. São 22 vagas para o curso com ingresso no segundo semestre deste ano. A seleção será realizada em quatro etapas, entre os dias 6 e 29 de maio. O curso na área de conhecimento de Enfermagem será instalado na Área 4 da universidade, junto a graduação do campo. Possibilita, assim, fácil acesso a infraestrutura de ensino e pesquisa necessária. O mestrado acadêmico em Atenção à Saúde da PUC Goiás foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em dezembro do ano passado.

Escola de Formação da Juventude comemora 16 anos

A Escola de Formação da Juventude (EFJ), do Instituto Dom Fernando (IDF), ligados à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da PUC Goiás, completa 16 anos de história em 2013. A comemoração será na última sexta-feira deste mês, dia 26, às 14 horas, quando ocorre na Escola o Projeto de Vida, evento que reúne educadores, funcionários, alunos e pessoas da comunidade. Atualmente a escola atende 90 alunos em vários cursos profissionalizantes.

Prêmio José Reis 2013 recebe inscrições Em 2013, os interessados no prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica têm até o dia 17 maio para se candidatar. O prêmio agraciará o pesquisador ou escritor enquanto divulgador da ciência, tecnologia e inovação para o grande público. As inscrições podem ser feitas pelo site www.premiojosereis.cnpq.br. O vencedor, além de receber R$ 20 mil, vai proferir uma conferência sobre sua contribuição para o conhecimento público durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que este ano será realizada no Recife (PE).

Legislação sobre Goiás no Reino e Império (coleção) Com 2 volumes, a coleção Legislação sobre Goiás no Reino e Império, de Luiz Augusto Paranhos Sampaio (Editora PUC Goiás, 2011), traz a questão da legislação no tempo do Reino e do Império, apresentando a organização da sociedade em termos políticos, com regras definidas em princípios que orientam os dominadores, que utilizam ferramentas dos dominantes e, do outro lado, os dominados, que se adequam às diversas formas de dominação. Autor: Luiz Augusto Paranhos Sampaio Páginas: 238 (volume 1), 230 (volume 2)

Período de solicitação de carga horária de pesquisa é prorrogado até dia 15 A Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (Prope), por meio da Coordenação de Pesquisa da PUC Goiás, comunica que o prazo para solicitação de carga horária de pesquisa para o período 2013/2 foi prorrogado para o dia 15 de abril. Em comunicado, a Coordenação ressalta a importância da atualização do currículo Lattes do professor pesquisador. O programa referente à solicitação está na página de serviços do site www.pucgoias.edu.br/pesquisa.

Inscrições abertas para Iniciação Científica até dia 19 As inscrições para a seleção de candidatos aos Programas de Iniciação Científica oferecidos na PUC Goiás estão abertas até o dia 19 de abril. No endereço www.pucgoias.edu. br/pesquisa é possível encontrar os editais. Mais informações na Coordenação de Pesquisa pelo telefone 3946-1431.

Dicas de filmes Fale com ela Título original: Hable con ella Ano: 2002 Gênero: Drama Direção: Pedro Almodovar Idioma: Espanhol (legenda em Português) Duração: 112 min. Benigno e Marco são dois desconhecidos que acabam virando amigos em decorrência do destino. Enquanto esperam com toda a esperança possível as mulheres por quem são apaixonados, Alicia e Lydia, saírem do estado de coma do hospital, acabam tendo uma afinidade muito grande. Benigno possui uma espécie de amor platônico por Alicia, pois apaixonou-se sem ter tido tempo de ser correspondido, antes do acidente dela. Marco, em contrapartida, após o acidente, não consegue definir muito bem seus sentimentos com relação a Lydia, e tem dificuldades de lidar com ela na cama do hospital. Ambos só podem fazer uma coisa enquanto esperam: falar com elas. Este filme pode ser encontrado na Caravídeo, que oferece desconto de 20% nas locações para alunos, professores e funcionários da PUC Goiás. Rua 10, qd. 44, Setor Central - Informações: (62) 3223-6622


Goiânia, 1ª quinzena de abril de 2013

Folha PUC 536 - 12

Cultura

Espetáculo celebra Dia do Circo A Escola de Circo Dom Fernando, programa de extensão vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da PUC Goiás, comemorou o Dia do Circo com o espetáculo Rir é o melhor remédio, apresentado no dia 27 de março. A encenação foi produzida pelos educandos e arte-educandos a partir do tema Fraternidade e Saúde Pública, que norteou a Campanha da Fraternidade em 2012. No picadeiro, 49 crianças e adolescentes apresentaram um enredo que trata de uma questão delicada e próxima da realidade dos assistidos pelo programa: o envolvimento com drogas, sobretudo o crack. “A arte salva e previne crianças e adolescentes da drogadição”, ressalta a professora Marise Domiciano Almeida Braga, coordenadora da Escola de Circo. A apresentação contou com a presença de 1.015 convidados, entre eles a pró-reitora de Extensão da PUC Goiás, professora Márcia de Alencar Santana. A Escola de Circo atende, há 17 anos, crianças e adolescentes que vivem na região Leste de Goiânia, que engloba 34 bairros. “O compromisso da nossa equipe é educar por meio da arte e formar verdadeiros cidadãos”, pontua. Ao todo, 116 educandos são atendidos pela Escola de Circo. “Temos até lista de espera, o que atesta a credibilidade do nosso trabalho e o reconhecimento da sociedade”, ressalta Marise. O Dia Nacional do Circo, celebrado em 27 de março, é uma homenagem ao Palhaço Piolin, personagem de Abelardo Figueiredo, precursor do Circo Moderno Brasileiro.

No picadeiro, alunos apresentaram espetáculo Rir é o melhor remédio

Bom humor e criatividade marcam o trabalho da Escola de Circo

Arte e Fatos apresenta peças no Tocantins

A premiada peça Balada de um Palhaço será encenada em Palmas (TO)

Com texto do diretor do Grupo de Teatro Arte e Fatos da PUC Goiás, Danilo Alencar, direção de Edson de Oliveira e atuação de Bruno Peixoto, o monólogo Balanço foi apresentado no último dia 8, no Teatro do Centro de Atividades do Sesc, em Palmas, no Tocantins. No dia 9 foi encenada a premiada peça Balada de um Palhaço, dirigida por Danilo Alencar, com os atores Bruno

Peixoto e Edson de Oliveira. As duas peças já participaram de diversos festivais e mostras de teatro do País e ganharam vários prêmios de direção, ator e figurino. O monólogo Balanço é uma produção do Teatro GTI, Núcleo de Investigação Cênica e a peça Balada de um Palhaço é um dos trabalhos do Grupo Arte e Fatos, da Coordenação de Arte e Cultura (CAC/Proex) da PUC Goiás.

Hora do Planeta mobiliza alunos da PUC

Estudantes da PUC se mobilizam pela economia de energia

O Departamento de Biologia da PUC Goiás participou, no dia 22 de março, do evento Hora do Planeta na PUC Goiás, no Bloco L da Área 4 da instituição. A ação marca a participação da universidade, por mais um ano, no ato simbólico promovido em todo o mundo pela Rede WWF, na qual as entidades públicas e privadas e a população mostram sua preo-

cupação com o aquecimento global apagando suas luzes durante 60 minutos. Em todo o mundo, o ato foi realizado no dia 23. A universidade antecipou a ação para garantir o apoio à causa. Participaram da Hora do Planeta cerca de 200 alunos e professores do departamento. Apresentações culturais e palestras fizeram parte da ação.


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