Oficina possibilidades de resistência:uma investigação em interveção urbana

Page 1

OFICINA

DE

POSSIBILIDADES RESISTÊNCIA : UMA INVESTIGAÇÃO EM INTERVENÇÃO URBANA

com paulo victor aires


PAULO VICTOR AIRES Graduando do curso de Teatro-Licenciatura pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Membro dos grupos de pesquisa Quintal: dança, pensamento, outras dramaturgias e regimes de dizibilidade coordenado pela Prof. Drª Thereza Rocha e LPCA - Laboratório de Poéticas Cênicas e Audiovisuais coordenado pelo Prof. Dr Héctor Briones. Integrante do Coletivo Margens Urbanas. Tem experiência na área de Teatro, atuando principalmente como ator, Iluminador e produtor. Fez parte da 1ª turma do Curso Teatro: Conexões Contemporâneas da Escola Pública de Teatro do Vila das Artes. Já desenvolveu projetos junto a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza - SME (2012/2013) na área de Artes/Teatro atuando em escolas municipais, assim como, integrou o quadro de monitores do projeto Mais Educação (2012). Atualmente faz parte do projeto Cidadania Ativa (TSI - Trabalho Social com Idosos) do SESC-CE desenvolvendo trabalho a partir do Teatro Documental em cinco bairros periféricos em Fortaleza. 1

1

Maiores informações http://lattes.cnpq.br/1787929322214447


DESCRIÇÃO A proposta se inicia a partir de uma estreita afinidade minha com a rua e as possibilidades de diálogo que ela pode vir a trazer, possibilidades essas de criar outros modos de existência. A partir da atividade de Estágio IV do curso de Teatro-Licenciatura da Universidade Federal do Ceará, que propõe a intervenção de alguma atividade teatral ou que possua relação com ela dentro do ambiente escolar. Proponho assim essa oficina como possibilidade investigativa nesse e desse ambiente, escolho, entretanto, o contexto de ocupação da greve dos professores (as) e estudantes da rede estadual de ensino (2016), especificamente no Colégio João Matos. A oficina se propõe a criar procedimentos metodológicos para pensar a rua como uma possibilidade político artística. A proposta nasce dentro de um arcabolso conceitual da ocupação artística da rua para na verdade propor a criação de pensamento dentro da sala de aula sobre o que é ou pode vir a ser ocupar até a elaboração de uma proposta de intervenção urbana. Utilizando metodologicamente a apreciação e análise de obras de intervenção se expandindo para exercícios ligados a percepção corporal e espacial.

IMAGENS DA OFICINA NO COLÉGIO JOÃO MATOS


OBJETIVOS GERAIS Problematizar como se dá a construção de um processo de criação em intervenção urbana, investigando os mecanismos e dispositivos que possibilitam a sua constituição e, consequentemente, fazendo com que os estudantes experenciem uma outra perspectiva de corpo com o espaço urbano, através de proposições performativas que possibilitem a criação de novas relações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS       

Discutir o conceito de obra de arte na contemporaneidade; Estimular a apropriação de dispositivos que fomentem a criação artística; Possibilitar maneiras de se perceber o corpo em relação ao espaço urbano; Estimular os estudantes a ressignificar e deslocar as representações existentes na espacialidade urbana; Estimular a participação e o protagonismo em sala de aula; Promover um debate que possibilite a criticidade e reflexão dos estudantes; Estimular a percepção e criação de uma outra maneira de se relacionar consigo e com os outros;


JUSTIFICATIVA Pensar o trabalho do performer a partir das possibilidades espaciais da rua pode ampliar as suas potencialidades tanto corpóreas como políticas. Neste intuito a oficina quer proporcionar, aos seus participantes, vivências cênicas que sejam forjadas a partir das possibilidades que oferece a intervenção ao pensá-la como uma possibilidade de resistência político artística. Trata-se de uma tentativa de ampliar a concepção corpórea desse performer na rua e propor a ele um diálogo com as diversas possibilidades cênicas da intervenção urbana. Com isto, a oficina visa que o performer possa entender a intervenção no espaço urbano como um local de construção poética e política.

METODOLOGIA As aulas acontecerão com o caráter de oficina/laboratório, em que partiremos de uma abordagem de apreciação de obras de intervenção urbana em um primeiro momento da aula, prática que atravessará todo o laboratório. Experimentação física através de exercícios de percepção corporal e espacial. Também fará parte da metodologia das aulas um diário de bordo em que os estudantes a cada aula tragam elementos para dialogar com a aula anterior, a ideia é ir utilizando desse material para compor a apresentação ao final da oficina.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO       

Abordagem do conceito de arte contemporânea; Sugestão de Leitura de livros, textos, revistas, etc; Exibição de fotos, vídeos sobre intervenções realizadas; Exercícios que foquem a relação corpo e espaço; Elaboração conceitual da intervenção pelo grupo/coletivo; Vivências em grupo a partir da intervenção elaborada; Realização da intervenção;

CRONOGRAMA /RECURSOS DIDÁTICOS 1. A oficina será ofertada em uma semana ou duas em sessões de quatro horas cada. 2. Será necessária uma sala prática (p/20 participantes), um cabo de áudio p2p10, fita crepe (02 rolos de 50m, de 15 ou 25mm), xerox (aprox. 3 folhas por participante), um data-show. (o ideal seria uma sala como possibilidades de iluminação.


BIBLIOGRAFIA ARTAUD, Antonin. O Teatro e Seu Duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1993. COHEN, Renato. Performance como Linguagem. São Paulo: Perspectiva. 1997. CARREIRA, André. Ambiente, Fluxo e Dramaturgias da cidade - materiais do teatro de invasão. O Percevejo (UNIRIO), v. 1, p. 2, 2009. _______________ .O teatro de rua como ocupação da cidade: criando comunidades transitórias. Urdimento (UDESC), v. 13, p. 11-23, 2009. _______________. Risco físico: a abordagem teatral da silhueta urbana e preparação do ator. In: Christine Greiner; Armindo Bião. (Org.). Etnocenologia: Textos selecionados. São Paulo: Annablume, 1998, p. 187-193. COCCHIARALE, Fernando. Quem tem medo da arte contemporânea? Fundação Joaquim Nabuco. Editora Massangana, 2006 COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo, Perspectiva, 2011. DA COSTA, José . Irrupções do real no teatro contemporâneo. Revista Subtexto - 6ªedição. Minas Gerais : CPMT, 2009, p. 13-25 FABIÃO, Eleonora. Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea. São Paulo, Revista sala preta-USP, 2009. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 36ª ed. Petrópolis: Vozes, 200 FEIX, Tânia. Performances de Arte Relacional: uma ®evolução dos afetos. Performatus, v. 9, p. online, 2014.


HORMIGÓN, Juan Antonio (ed.); VVAA. Investigaciones sobre el espacio escénico. Ed. Alberto Corazón, Comunicación 4, Madrid – Espanha, 1970. LEHMANN, Hans-Thies. Teatro Pós-dramático. São Paulo: Ed Cosac Naify, 2007. PAVIS, Patrice. Encenação contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 2010.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.