WADO ANO II - NÚMERO 2 - AGOSTO 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA VENDA PROIBIDA TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES
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ALABAMA SINGLE DO ÁLBUM IVETE (2016)
KUBATA NUOVO KAROL DE SOUZA GORÚ SLVDR MATHEUS BRANT VÍDEO MACUMBA FOR YOU, DO LENDÁRIO CHUCROBILLYMAN ESPECIAL A HISTÓRIA DO ROCK CURITIBANO, POR ABONICO SMITH, PARTE II.
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EDITORIAL////Lançar o número 2 do Qrtunes Música Para Todos deu o mesmo frio na barriga que lançar um segundo álbum depois de ter o primeiro lançamento bem sucedido; a responsabilidade de superar as expectativas dos fãs. O time escalado para essa tarefa conta com Wado, abrindo os trabalhos com Alabama, single do nono álbum do artista alagoano, Ivete. Em seguida, vem Kubata, Joana Bentes e a parceria com o projeto Nuovo, de Xuxa Levy, o flow de Karol de Souza e a bonança da Gorú. SLVDR traz sua música visceral e matemática e Matheus Brant vem de magrela. Abonico Smith nos traz mais um capítulo do seu História do Rock Curitibano, lembrando da poderosa banda Boi Mamão e dos saudosos anos 90 na terra das araucárias. Agora, é ler e ouvir muito! EXPEDIENTE Gladson Targa Editor/Idealizador Design Gráfico Gladson Targa Redação Abonico Smith Produção Executiva Ludmila Nascarella Produção Gráfica Gladson Targa
WADO////Apaixonado pelos derivados da música brasileira, Wado mergulha de vez nas sonoridades do axé e ijexá em Ivete, seu nono álbum. O discurso político, de cunho racial e social, permeia toda a obra de Wado em seus 15 anos de carreira. O álbum Ivete, lançado em julho desse ano, não foge à regra. Muito menos no que diz respeito à sua paixão pela música brasileira. Alabama, single do álbum, foi composta em parceria com Thiago Silva (do Sorriso Maroto), faz referência a Strange Fruit, canção gravada por Nina Simone e Ella Fitzgerald e fala de negros enforcados e suspensos em árvores nas plantações norte-americanas. Segundo Wado, “musicalmente, evoca os primeiros discos solo de Moraes Moreira, ainda nos anos setenta, principalmente a guitarra baiana de Armandinho nesses álbuns e na temática e ritmo, remete à primeira safra de axés do meio dos anos oitenta”. O nome vem da perspectiva bem humorada do artista de que sempre fez música “que nem a da Ivete”, no sentido de características populares em seu som, que já trabalhou sonoridades como as do samba e do funk ao longo de seus quinze anos de carreira. A proposta agora é ir além do que já foi feito em seu Atlântico Negro (2009) e “esmiuçar o ritmo e vasculhar os guetos” do axé, em suas palavras. “Ivete é a musa a não ser alcançada, ela é norte, mas não é ela quem canta o disco”, explica Wado, “ela é a musa intocada da empreitada”. Wado é mestre em se deslocar por universos diversos e mostra isso com muita propriedade, vivacidade e leveza nessa nova empreitada. O álbum Ivete tem 10 faixas e conta com grandes parceiros, como Zeca Baleiro e Marcelo Camelo, além de regravar Gilberto Gil e Moreno Veloso e está disponível para download gratuito no site do artista, junto a todos os outros oito álbuns. Confira no site a entrevista que o cantor deu ao QRtunes em que ele fala um pouco de processo criativo, mercado musical, modismos e mão na massa.
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KUBATA lançou, em junho, o álbum Zep Tepi, de onde vem o single Luna de Sangre, um afrobeat instrumental com algo de ancestral, ritualístico que remete à bandas obscuras do rock progressivo e psicodélico setentista, com uma sonoridade sofisticada, um arranjo primoroso com guitarras distorcidas, flautas andinas e naves extraterrestres cruzando o espaço na velocidade da luz. Uma entidade com linguagem diversa, coesa e universal. Uma viagem sem volta.
Instante é o resultado do encontro de JOANA BENTES com o projeto musical do produtor, maestro e compositor Xuxa Levy. NUOVO é um laboratório criativo montado exclusivamente para produzir canções inéditas para “os embriões da nova MPB”, com artistas desconhecidos do público, por vezes iniciantes, e outros já calejados e ávidos por novidades. A mudança é inevitável, o novo sempre vem. Mesmo que por um instante.
KAROL DE SOUZA foi provocada e rimou simplezinho em Fiz Uma de Amor, hit da MC curitibana que mostrou ao seu público uma outra Karol, romântica e boa de flow, com um beat suave e arranjos finos, produção de primeira, com propriedade e empoderamento, de uma das mais autênticas promessas da nova safra nacional de MCs.
Desaportar e seguir a maré e o vento é algo que deve se fazer com determinação, e o trio curitibano GORÚ mostra que isso tem de sobra. Soltaram as velas, seguraram firme o timão e lançaram o álbum Ao Convés em junho desse ano, pouco tempo depois de sua formação. De lá pra cá, já lançaram dois clipes com produção própria, um deles, da agradável e tranquila Condição, que soa como bonança aos ouvidos.
Macumba for You é o mais recente videoclipe de o LENDÁRIO CHUCROBILLYMAN do álbum Man-Monkey de 2014 o clipe conta com o personagem circense “Monga, a Mulher Gorila” personagem muito popular no Brasil e mistura visualmente cultura pop com animações e efeitos especiais de filmes B. A direção e produção ficou por conta da WTF! Filmes e Fon Fon Records.
SLVDR é assim mesmo: não tem vogal, nem vocal. É um trio carioca instrumental com um som bastante influenciado pelo math rock e o pós rock. “Dark Mansa” é complexa e dinâmica, insere o ouvinte num cenário urbano caótico e ligeiramente sombrio. A música pertence ao primeiro álbum dos caras, Presença, lançado em julho e à venda no Bandcamp.
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Pra dar uma passeada por Belô de bicicleta, sentindo o calor do asfalto e o vento na cara é só deixar Magrela te levar nos ritmos e na voz de MATHEUS BRANT, cantor e compositor mineiro que acaba de lançar Assume que Gosta, segundo álbum da carreira solo desse que, sem dúvida, está entre os melhores lançamentos do ano.
Tudo conspirava a favor daquela molecada curitibana sedenta por ouvir, consumir e fazer rock no começo dos anos 1990. Aos poucos estabelecia-se um circuito celebrado por músicos e fãs. Eram lojas de discos que traziam os lançamentos que ainda eram ignorados pelas estações de rádios comerciais. Bares com palcos minúsculos abriam espaço para uma crescente demanda de bandas de sonoridade autoral. A filial brasileira da MTV dava seus primeiros passos no país ensinando aos garotos a importância da imagem trabalhada pelo artista junto ao seu som. Aquilo que rolava diretamente nos fanzines xerocados aos poucos invadiam espaços mais alternativos do dial da FM. Até mesmo os principais jornais da cidade voltavam seus olhos, ouvidos e fontes tipográficas para repercutir toda aquela efervescência produzida nos subterrâneos. Só que ainda era caro produzir um disco. A tecnologia disponível nos estúdios ainda se fazia impeditiva para o bolso dos estudantes que, movidos pela avidez e pela paixão jurada ao rock, não se importavam com este fator para formarem em seus tempos livres as novas bandas que pipocavam pelos quatro cantos da capital paranaense e suas cidades periféricas da região metropolitana. Até a estabilidade econômica possibiltada pela implantação do Plano Real em 1994 e a mercadológica troca de formatos fonográficos (saíam de cena os grandiosos vinis para dar lugar aos econômicos disquinhos lidos por agulhas de laser), a solução deveria ser algo mais palpável para o padrão de vida desvinculado do poderio financeiro das grandes corporações multinacionais da música. Então o reinado da fita cassete imperou por alguns anos no circuito da música independente Curitiba – assim como também acontecia em outras grandes capitais brasileiras. As bandas produziam freneticamente seus próprios cassetes, chamado de demo tapes (expressão em ingles para o jargão “fita de demonstração”). Não precisava ter o “profissinalismo” de um disco. Com liberdade total na qualidade sonora, na apresentação gráfica e na proposta de conquista de novos ouvintes, as bandas underground se esbaldaram em um terreno onde tudo podia e valia. Ouça Happy Buggies, da Boi Mamão (foto), no qrcode. APOIO
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PROJETO REALIZADO COM O APOIO DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA - FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA.