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BRASILEIRÃO > OS CRAQUES MAIS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DO CAMPEONATO

PRÊMIO MONET

Os indicados da quinta edição com os melhores da TV por assinatura

ABRIL 2014 I Nº 133 I R$ 13,00 CARGA TRIBUTÁRIA APROXIMADA 3,65%

ABRIL 2014 | EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO: 11 ANOS E 11 SÉRIES DE SUCESSO | rev i st a m o n e t . g lo b o.co m

O M E L H O R DA T V

11 ANOS

DOWNTON ABBEY ENTRAMOS NO CASTELO PARA CONTAR OS SEGREDOS DA PREMIADA SÉRIE SOBRE A ARISTOCRACIA INGLESA DO INÍCIO DO SÉCULO 20 E QUE CHEGA À QUARTA TEMPORADA E MAIS

TWO AND A HALF MEN THE BIG BANG THEORY LOST HOUSE DEXTER MAD MEN THE OFFICE

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REPORTAGENS ESPECIAIS COM AS PRODUÇÕES QUE MOSTRAM POR QUE VIVEMOS A ERA DE OURO DA TELEVISÃO

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GAME OF THRONES

BREAKING BAD

GREY’S ANATOMY

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11 [ ESPECIAL ]

ANOS

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SELECIONAMOS OS PROGRAMAS QUE MAIS SE DESTACARAM NA CHAMADA ERA DE OURO DA TELEVISÃO NORTE-AMERICANA E TAMBÉM FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DA MONET DESDE A NOSSA PRIMEIRA EDIÇÃO EM 2003

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

Downton Abbey

DEPOIS DE UM FINAL DE TEMPORADA TRÁGICO, A SÉRIE RETORNA PARA O SEU QUARTO ANO COM A CERTEZA DE QUE A ARISTOCRACIA BRITÂNICA ULTRAPASSOU FRONTEIRAS E CONQUISTOU MAIS DO QUE OS CONDADOS – ELA ENCANTOU O MUNDO TODO por Raquel Temistocles, de Londres* > Criador: Julian Fellowes > Elenco: Hugh Bonneville, Michelle Dockery, Elizabeth McGovern, Maggie Smith. Duração: 2010-atual > Prêmios: 10 Emmy Awards, 2 Globos de Ouro e 2 SAG Awards

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I A PARTIR DO DIA 10, QUINTAS, 22H30, GNT, 41 E 541 (HD) ]

TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

MAIS DE DUZENTOS PAÍSES ENTRARAM EM LUTO NO ÚLTIMO ANO.

Não, não foi por causa de nenhum líder político ou celebridade internacional, mas sim pela perda de um personagem crucial da série que se tornou a queridinha da televisão. Downton Abbey já provou que a terra da Rainha sabe produzir séries dignas de Hollywood e agora chega à sua quarta temporada com o desafio de continuar sem o galã da trama: Dan Stevens, famoso pelo papel do correto Matthew Crawley. “Nós achamos que a perda de Dan Stevens nos deu uma oportunidade fantástica para mudar. Essa mudança nos levou a uma direção totalmente nova que nunca iríamos imaginar há dois anos – deu à série um propósito novo”, disse o produtor-executivo Gareth Neame, em entrevista para a imprensa internacional. Além de Stevens, outra atriz já havia abandonado o figurino do início do século 20 para seguir outro caminho na indústria do entretenimento. Jessica Brown Findlay, que interpretava Lady Sybil, a caçula rebelde da família, também passou por uma morte trágica na metade da terceira temporada. Ou seja, luto duplo dentro da propriedade dos Crawleys e um começo difícil para a série que havia se consolidado em cima das histórias desses dois personagens, principalmente Stevens.

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Volta por cima – Nesta temporada, o papel da mulher como força de trabalho fica em evidência com Lady Edith cada vez mais engajada em seu emprego no jornal (claro que a paixão pelo editor casado também tem papel nisso) e Lady Mary se recuperando e passando a administrar a parte da herança do seu filho George nos negócios da família

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

É nesse cenário de reinvenção que elenco e equipe de produção se viram diante de um público em dúvida sobre o destino da série e como ela poderia manter e elevar o sucesso depois de tamanha mudança. Desculpe desapontar os céticos, mas a quarta temporada de Downton Abbey chega com tudo e, exibida no final de 2013 no Reino Unido, alcançou uma média de audiência de 10 milhões de telespectadores. O segredo? Dar destaque a outros personagens menores, explorar a saída de Stevens e Findlay para deixar o público mais próximo dos viúvos em questão, e substituir sutilmente os personagens por outros tão cativantes quanto – neste ano, Lily James se torna parte do elenco fixo como Rose e surgem dois novos pretendentes para a viúva Lady Mary. “Foi dada a Julian [Fellowes, criador da série] a oportunidade de escrever com uma energia completamente diferente, uma energia que está focada na dor e em como Mary vai continuar agora que o amor de sua vida morreu. Era esse o tipo de sentimento na década de 20, do pós-guerra, da noção de que a vida é curta. Isso reflete na forma como Edith se comporta, apaixonando-se por um homem casado”, analisou a atriz Laura Carmichael, que interpreta Lady Edith Crawley, a irmã solteirona que se torna, nesta temporada, símbolo da mulher moderna. PERÍODO ENTRE GUERRAS – Não é só a saída de dois personagens que muda a dinâmica do casarão. Tentando manter a mesma noção de realidade das primeiras temporadas ao retratar o início do século 20, Julian Fellowes inclui neste ano alguns fatores que, apesar de interessantes para os telespectadores, acabam colocando a hegemonia da aristocracia britânica em xeque (como a maior liberdade de escolha das mulheres, a busca e o interesse dos empregados por uma melhor colocação profissional, o fim do modelo de negócio dos grandes feudos). Para a atriz Michelle Dockery, que faz a mocinha Lady Mary, “há um ritmo que mantém o público intrigado. E tudo o mais que vem com ele. É uma série bem dirigida, é esteticamente linda e o período é algo que faz todos se sentirem nostálgicos, os tempos eram outros, mais simples...”. A disputa entre americanos e britânicos também ganha espaço na temporada e, junto com ela, participações especiais que deixam qualquer diretor de cinema com inveja. “Ter Shirley MacLaine de volta e ter um ator como Paul Giamatti... fomos abençoados com pessoas desse calibre. É uma prova da qualidade do roteiro, do respeito ao trabalho realizado pela produção. É fan-

DOWNTON EMNÚMEROS Sucesso em mais de 200 países, a série coleciona prêmios e números impressionantes de audiência

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tástico. Estou louco para ver quem virá depois. Talvez seja Dalai Lama no próximo ano”, brinca o ator Hugh Bonneville, que faz o patriarca Robert Grantham. Ele está brincando, mas nem tanto. Esse clima de “tenho o melhor trabalho do mundo” se manteve durante as entrevistas com o elenco em Londres. Não é por menos: a atração continua firme e forte e o público se apegou aos costumes dos ricos e refinados ingleses, mesmo que eles venham acompanhados de uma clara distinção entre patrão e empregado. “Existe uma hierarquia na casa, mas não há nenhuma hie-

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milhões foi o número de telespectadores ligados na telinha para assistir ao primeiro episódio da quarta temporada da série, que estreou no Reino Unido no final de 2013 – e marcou o retorno da família seis meses após a morte de Matthew. A atração reuniu também cerca de 10,2 milhões de americanos na estreia em janeiro de 2014 nos Estados Unidos pelo canal PBS. Prova de que, apesar da eventual rixa entre os dois povos, ninguém resiste ao charmoso sotaque britânico.

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A GUERRA DENTRO DA TV Downton Abbey não é a única série que retoma o início do século 20. Confira abaixo algumas produções que também viajaram no tempo e voltaram à Primeira Guerra Mundial

TITANIC (2012) >> A minissérie criada por Nigel Stafford-Clark teve roteiro do criador de Downton Abbey, Julian Fellowes. Para lembrar os cem anos da tragédia, a produção contou com mais de 80 atores em quatro episódios sobre personagens de todos os níveis sociais e como eles lutaram para sobreviver ao naufrágio.

MR. SELFRIDGE (2013 – ATUAL) >> Sem previsão de estreia no Brasil, a série estrelada por Jeremy Piven (de Entourage) acompanha Harry Gordon Selfridge, fundador da primeira loja de departamento da Inglaterra. A história começa em 1909 e, na 2a temporada, mostra os momentos antes da Primeira Guerra e os problemas enfrentados pelos negócios.

Tempos modernos – À esquerda, um dos casais mais queridos pelo público passa por momentos difíceis quando Anna (Joanne Froggatt) sofre uma agressão. Na foto maior, Lady Mary (Michelle Dockery) entre seus dois pretendentes, Lord Anthony Gillingham (Tom Cullen) e Charles Blake (Julian Ovenden). Ao lado, Lady Edith (Laura Carmichael) sofre com o amor de um homem casado, e Lily James, como a espevitada Lady Rose. Acima, o cantor de jazz Jack Ross (Gary Carr), que vai mexer com o coração de Rose e chocar a família

rarquia na história. Todos, desde os senhores até os empregados da cozinha, têm a mesma quantidade de cenas. Acho que é uma das características mais atraentes da série”, contou o ator Allen Leech, que faz Tom Branson. Como diz Elizabeth McGovern, intérprete de Cora, Condessa de Grantham, “os programas de maior sucesso são, na verdade, diferentes versões de dramas familiares, e Downton Abbey não é exceção”. Se até a família real britânica se reúne para matar as saudades dos tempos áureos da monarquia, como admitiram os atores, então não há mal em também assistirmos para prestigiar uma época bonita, mas cruel, que – ainda bem – não volta mais. *A jornalista viajou a convite do canal GNT

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indicações ao Emmy fizeram da série a produção britânica de televisão mais indicada da história do prêmio até 2012. Até hoje, entre categorias técnicas e principais, Downton Abbey conquistou 10 prêmios, sendo dois deles para Maggie Smith como Melhor Atriz Coadjuvante em uma série dramática.

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THE VILLAGE (2013 – ATUAL) >> Também sem data de lançamento no Brasil, a série acompanha as vidas de habitantes de um vilarejo no início do século 20 e como tudo se transforma com a chegada da guerra. Escrita por Peter Moffat, estreou no ano passado pelo canal britânico BBC e tem no elenco John Simm, Maxine Peake e Charlie Murphy.

CHIQUINHA GONZAGA (1999) >> Exibida em 1999 pela TV Globo e reprisada em 2010 pelo canal VIVA, a minissérie brasileira trazia Gabriela Duarte e Regina Duarte na pele da musicista Chiquinha Gonzaga em duas fases de sua vida. A artista, que sofreu represálias pelos ideais revolucionários e abolicionistas, teve sua trajetória contada em 38 capítulos.

anos já se passaram na trama desde a estreia da série até o último episódio da quarta temporada. O programa começa em 1912, com o naufrágio do Titanic, e a busca de um novo herdeiro para Downton; passa pela Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, e chega até o momento atual dos personagens, em 1923, com as mudanças causadas pela guerra.

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

Lost

A MAIS AMBICIOSA SÉRIE DA TV É MUITO MAIS DO QUE UMA HISTÓRIA DE PESSOAS PERDIDAS por Luís Alberto Nogueira TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

> Criadores: J.J. Abrams, Jeffrey Lieber e Damon Lindelof > Elenco: Matthew Fox, Evangeline Lilly, Terry O’Quinn e Michael Emerson > Duração: 2004-2010 > Prêmios: 10 Emmy Awards, 1 Globo de Ouro e 1 SAG Awards

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I TODOS OS DIAS, 12H, 20H E 0H, SONY SPIN, 141 ]

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A SUPERFÍCIE, A SÉRIE SOBRE PASSAGEIROS que acabam ficando isolados em uma ilha após o acidente do seu voo, que ia de Sydney a Los Angeles, seguia a vasta tradição de histórias que remontam de Robinson Crusoé a Náufrago. Porém, debaixo das suas camadas, Lost é sobre tudo, menos isso. Trata-se de uma odisseia sobre esperança, livre-arbítrio, solidariedade, redenção, conexões entre as pessoas, vida e morte. A viagem é assim mesmo, ampla, apresentando a cada episódio mais perguntas do que respostas. A montagem do quebra-cabeça fica ao gosto do freguês, como nas melhores obras de ficção, mas acabou causando muita polêmica, principalmente no episódio final. “Eu queria que Lost fosse aberta a interpretações e que houvesse espaço para que as pessoas tivessem suas próprias experiências”, resumiu recentemente um de seus produtores, Carlton Cuse. Portanto, fique tranquilo: não existe certo ou errado, o que importa é o que você, no seu íntimo, apreendeu.

O BR BRASIL NA ILHA >> À época iniciando o sonho americano, Rodrigo Santoro foi nossa presença brasileira em Lost, interpretando interpret Paulo, um sujeito de caráter dúbio e envolvido envolv em um roubo de diamantes que aparece apenas na terceira temporada da série. Foram no total 14 episódios, até que seu personagem encontra seu destino. Ou seja, bate as botas.

Grey’s A HÁ DEZ TEMPORADAS ELES SÃO MESTRES EM EMOCIONAR QUALQUER UM QUE PASSE PELAS PORTAS DO FAMOSO HOSPITAL EM SEATTLE

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ERIA A NOVA PLANTÃO MÉDICO? Essa era a dúvida do público quando Grey’s Anatomy fez sua estreia em 2005. A criadora, Shonda Rhimes, era uma roteirista pouco conhecida no mundo da televisão, mas bastaram alguns episódios para que se tornasse a grande diva das séries dramáticas (agora ostenta Private Practice e Scandal no currículo). Desde a 1a temporada, que conquistou média de audiência de 18 milhões de telespectadores, a atração se consolidou e muita coisa mudou. Alguns atores resolveram seguir seus caminhos longe do melodrama que ronda o hospital (saiba mais no box ao lado). Neste ano, será Sandra Oh, a Dra. Cristina Yang, a abandonar o elenco. Novos estagiários entram a cada dois ou três anos e todo final de temporada reserva uma tragédia para fazer o público ficar com o coração na mão. Para Sara Ramirez, intérprete da Dra. Callie Torres: “Mudança é tudo. Para crescermos e evoluirmos, ela precisa ocorrer. Então os roteiristas vivem arrumando maneiras de mudar o hospital, às vezes de um modo

Twoanda Half Men

MESMO PERDENDO AUDIÊNCIA COM A ENTRADA DE ASHTON KUTCHER, PROGRAMA SUSTENTA LEGADO DA SITCOM NA TV por Vana Medeiros > Criador: Chuck Lorre > Elenco: Charlie Sheen, Ashton Kutcher, Jon Cryer, Angus T. Jones e Conchata Ferrel > Duração: 2003-atual > Prêmios: 9 Emmy Awards, 4 People’s Choice e 1 Teen Choice

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I SEGUNDAS, 20H30, WARNER, 132 E 632 (HD) ]

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A maldição Grey

s Anatomy

>> Isaiah Washington saiu em 2007, após o polêmico comentário homofóbico feito a T.R. Knight. O ator, que volta a Grey’s neste ano, participou de séries e filmes menores, mas não conseguiu repetir o sucesso do Dr. Preston Burke.

por Raquel Temistocles

> Criadora: Shonda Rhimes > Elenco: Ellen Pompeo, Sandra Oh, Justin Chambers e Patrick Dempsey > Duração: 2005-atual > Prêmios: 4 Emmy Awards, 2 Globos de Ouro e 3 SAG Awards

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>> Katherine Heigl viveu a Dra. Izzie até 2010. Ela reclamou sobre a jornada de trabalho e decidiu se dedicar ao cinema. O investimento nas comédias românticas não deu certo e, hoje, ela pede ajuda na internet para o financiamento do seu próximo filme.

I QUARTAS, 21H, SONY, 133 E 633 (HD) ]

TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

A turma do bisturi – Na foto, o elenco original na promoção da terceira temporada, que rendeu um Emmy para Katherine Heigl e um Globo de Ouro de Melhor Série Dramática em 2007

>> T.R.Knight interpretou oDr. George O’Malley. Ele terminou sua jornada na série no fim da quinta temporada após boatos de que estaria insatisfeito com os rumos do seu personagem. Depois, fez somente uma participação em The Good Wife e no filme 42 (2013).

sutil, às vezes não tão sutil”, conta em entrevista à MONET. Inquietações à parte, os romances continuam tórridos, e o casal protagonista, Meredith Grey (Ellen Pompeo) e Derek Shepherd (Patrick Dempsey), já renovou contrato para mais dois anos. “Pessoalmente estou descobrindo que há coisas bem legais na longevidade. Como atriz, é um milagre se seu seriado vai além do piloto, então é um precedente que se abre, é uma realização”, afirma Chandra Wilson, a durona Miranda Bailey. Com o fim de Grey’s longe de chegar, nos resta esperar qual será a tragédia da vez na atual temporada que marca nove anos da série. Long live Grey’s!

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M DOS GÊNEROS MAIS AMAdos da TV norte-americana, a sitcom, está morrendo. Os índices de audiência estagnados ainda mantêm séries com as “risadas de claque”, mas os públicos mais jovens rejeitam quase todas as séries como esta. Quase. No meio da guerra entre comédias de uma câmera (como Modern Family) e multicâmeras (as sitcoms como Friends), existe um Chuck Lorre. O atual rei do formato iniciou sua hegemonia em 2003 com aquela que seria sua maior série – Two and a Half Men. Primeiro com Charlie Sheen, que passou nove anos como astro da atração, colocou no ar um humor escrachado, politicamente incorreto e a alternativa ideal para quem não aguentava mais os bons moços da TV. Para a alegria do telespectador, a atração revelou ainda o veterano – mas pouco reconhecido até então – Jon Cryer, que vive Alan, o irmão problemático e pobre de Charlie.

Charlie X Ashton

>> Charlie Harper Vivido por Charlie Sheen, o primeiro protagonista deixou a atração por conta de brigas com o elenco e com Lorre. Músico e boêmio, ele nunca passava mais de uma noite com a mesma mulher, o oposto de seu irmão perdedor

>> Walden Schmidt Com a saída do primeiro astro, no nono ano, os produtores optaram por substituí-lo como alternativa ao cancelamento. Entra então Walden, papel de Ashton Kutcher, um bilionário que compra a mansão de Harper após sua morte

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

Breaking Bad O PROCESSO DE VILANIZAÇÃO DE UM HERÓI É O TRUNFO DA SÉRIE ESTRELADA POR BRYAN CRANSTON por Vana Medeiros > Criador: Vince Gilligan > Elenco: Bryan Cranston, Aaron Paul, Anna Gunn, Dean Norris e Bob Odenkirk > Duração: 2008-2013 > Prêmios: 10 Emmy Awards, 2 Globos de Ouro e 3 SAG Awards

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I TODOS OS DIAS, 4H30, AXN, 135 E 635 (HD) ]

M PROFESSOR DE QUÍMICA DE Albuquerque, Novo México, descobre um câncer de pulmão e recebe uma sentença de morte. Pensando em deixar sua família segura, passa então a produzir metanfetamina e se torna o mais procurado traficante do país. Esta é a instigante premissa de Breaking Bad, série que durou cinco temporadas e conquistou milhões de fãs, especialmente em seus momentos finais. A atração, que começou quase despercebida pela massa norte-americana, tinha uma missão: contar a história de Walter White em cinco temporadas, já planejadas de antemão por seu criador, Vince Gilligan. E foi este plano cuidadosamente cumprido que permitiu ao autor ter um admirável controle do processo, muito raro nas produções do tipo. Gilligan conseguiu, portanto, construir a saga de um anti-herói. O que faz um homem comum se tornar um vilão, abrir mão de seus conceitos de moral e de uma

TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

vida inteira construída dentro da lei para se tornar um criminoso? No manual de Breaking Bad existem duas respostas para esta pergunta: o ego e a proximidade da morte. O personagem de Bryan Cranston começa sua jornada alegando ao mundo – e a si mesmo – que está nesta por dinheiro. Mas nunca foi sobre isso. O que o modesto professor de química encontrou do outro lado de sua sentença de morte foi uma fuga de sua mediocridade. Junto com a proximidade do fim, ele se defrontou com a proximidade do esquecimento. Walter, como todos nós, é apenas um, só pode ser apenas um, e nunca vai escapar da inevitabilidade de ser Walter. E a vida há de ser mais do que isso. Seu alter ego Heisenberg se desvela como o perfeito plano de fuga: quando incorpora o competente traficante ele é o melhor, é indispensável, é alguém, o protagonista de uma história maior do que ele. E não é isso que todos queremos? Parafraseando Gilligan, esta é uma história do homem comum ao mais antiético dos vilões, e que termina por alcançar cada um de nós.

VERSÃO LATINA >> O sucesso estrondoso de Breaking Bad, especialmente em sua reta final, rendeu frutos não só para sua equipe. A Sony Pictures Television, detentora do formato da série, concedeu os direitos para a produção de uma versão em espanhol, destinada ao mercado latino-americano. O programa deve se chamar Metástasis, uma referência à doença de Walter White (agora Walter Blanco) e à droga que ele produz. A atração deve estrear no segundo semestre e, pelos clipes já divulgados, seguirá a série original praticamente quadro a quadro, com adaptações para a cultura latina.

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Say My Name – A série tirou o ator Bryan Cranston do papel de eterno coadjuvante e lhe deu prêmios. Seu personagem mais conhecido até então havia sido o pai Hal na sitcom familiar Malcolm in the Middle

SÉRIES QUE DEMORARAM PRA PEGAR Nem todos os sucessos da TV agradaram ao público na primeira tentativa. Algumas chegaram a ser canceladas antes da fama

>> SEINFELD Um dos seriados mais idolatrados do mundo, esta comédia escrita por Jerry Seinfeld amargou duas temporadas no completo ostracismo antes de poder respirar aliviada longe das garras do cancelamento no canal NBC

>> FAMILY GUY A animação foi cancelada duas vezes – em 2000 e em 2002. Da primeira vez, foram os fãs que ressuscitaram o programa. Na segunda, o canal Adult Swim exibiu um terceiro ano de sucesso e fez a Fox se arrepender da decisão

>> SIX FEET UNDER Este hoje aclamado drama estreou na HBO na época de maior sucesso de Família Soprano, e foi chamado pelos críticos de “imitação barata” e “pretensiosa”. Foram necessárias duas temporadas para que Alan Ball provasse sua consistência

>> PARKS & RECREATION A primeira temporada da comédia de Leslie Knope foi um retumbante fracasso. A NBC teve de ser convencida a dar a Amy Poehler uma segunda chance, e o risco compensou. Hoje é uma das mais elogiadas atrações do canal

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

House

O PROGRAMA QUE MOSTROU QUE NÃO SÓ DE MÉDICO – E DE CHATO – TODO MUNDO TEM UM POUCO por Luís Alberto Nogueira, Raquel Temistocles e Sarah Mund > Criador: David Shore > Elenco: Hugh Laurie, Robert Sean Leonard, Lisa Edelstein, Jennifer Morrison, Olivia Wilde, Omar Epps e Jesse Spencer > Duração: 2004-2012 > Prêmios: 5 Emmy Awards, 2 Globos de Ouro e 2 SAG Awards

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I SEGUNDA A SEXTA, 17H, UNIVERSAL CHANNEL, 130 E 630 (HD) ]

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ESDE O PRIMEIRO EPISÓDIO ESTAVAM claras as intenções de David Shore ao compor o médico tão brilhante quanto rabugento, vítima de dores excruciantes na perna, obcecado por enigmas e viciado em vicodin (poderoso narcótico derivado de opiáceos). A ideia era misturar dois dos gêneros mais bem-sucedidos da TV norte-americana: as séries médicas e as de investigação, em especial o chamado procedure, no melhor estilo CSI. E ainda com uma referência clássica muito especial. “Sempre quis fazer um paralelo entre as histórias de House e Sherlock Holmes. Não é uma analogia perfeita, mas foi algo consciente desde o começo da série. É gratificante, e a inspiração de Conan Doyle foi valiosíssima: veio de lá a obsessão do personagem pela racionalidade;

para Holmes e House, nada realmente importa se não fizer sentido”, afirmou Shore, em entrevista à MONET, ainda durante a terceira temporada da série – outras cinco viriam, sempre com o mesmo sucesso nos EUA e no mundo todo. “Estas histórias poderiam se passar em qualquer lugar. Não são histórias americanas ou brasileiras. São a respeito de seres humanos.” Outra chave está na performance do britânico Hugh Laurie, que encontrou em Gregory House o papel da vida. De acordo com o autor de O Guia Oficial de House, Ian Jackman, é o balanço entre os scripts e o seu protagonista que fizeram o seriado ter tanta repercussão. “Os roteiros excelentes deram material para Hugh Laurie brilhar; e Laurie é quem faz que os textos ganhem vida de forma tão forte. Com um outro House e diferentes escritores, seria um programa bem menos efetivo.” Elementar, caro telespectador.

CAPAS DA MONET

>> #68 – novembro/2008 Hugh Laurie falou das coisas que tinha em comum com seu personagem. “Sou um pé-no-saco”, resumiu na entrevista

>> #79 – outubro/2009 Elaboramos um guia completo da série, com os melhores episódios (até aquele ponto), convidados e ficha dos personagens

>> #104 – novembro/2011 Nossa reportagem fez um diagnóstico da longevidade da série e já adiantava que sua trajetória estava no final

>> # 110 – maio/2012 Em capa exclusiva para bancas, homenagem para o último episódio do seriado. E Laurie disse que jamais faria TV novamente

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Dexter

The Office COMÉDIA POPULARIZOU MOCKUMENTARY NOS EUA E FEZ DE STEVE CARELL UM ASTRO por Vana Medeiros

MICHAEL C. HALL SE TORNOU A ENCARNAÇÃO DO MAL – PARA QUEM DEVE ALGUMA COISA por Luís Alberto Nogueira e Sarah Mund > Criador: James Manos Jr. (baseado em obra de Jeff Lindsay) > Elenco: Michael C. Hall, Jennifer Carpenter, Lauren Vélez, C.S. Lee e James Remar > Duração: 2006-2013 > Prêmios: 4 Emmy Awards, 2 Globos de Ouro e 1 SAG Awards

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> Criadores: Ricky Gervais e Stephen Merchant > Elenco: Steve Carell, Rainn Wilson, John Krasinski e Jenna Fischer > Duração: 2005-2013 > Prêmios: 5 Emmy Awards, 1 Globo de Ouro e 2 SAG Awards

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I DOMINGOS, 8H, FX, 134 ]

I SEGUNDAS, 6H10, FX, 134 ]

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ÃO FOI A PRIMEIRA SÉRIE SOBRE AMBIENTES de trabalho, nem a primeira comédia sobre o assunto, e – por pouco – também não foi o primeiro no formato mockumentary (comédias com tom documental). Mas The Office, criada por Ricky Gervais na Inglaterra em 2001 e levada para os Estados Unidos, foi a primeira a popularizar o formato e, mais importante do que isso, a entendê-lo. O gênero precisa da honestidade em seus personagens, e não dos depoimentos para a câmera ou do modo como a cena é filmada. Assim, como em toda ficção, forma é conteúdo. E o modo como os personagens se inscrevem na tela altera o que eles comunicam, e nossa maneira de vê-los. Logo, suas histórias. As câmeras no escritório estão ali, portanto, para nos mostrar o quanto as pessoas podem ser mesquinhas e autocentradas quando filmadas – ou seja, humanas. Justamente no momento em que tentam não deixar registradas suas imperfeições, os funcionários da Dunder Mifflin nos fazem amá-los ainda mais. Aos poucos, no entanto, eles vão esquecendo que estão sendo filmados e expondo com isso seu lado mais dolorosamente honesto. A TV está repleta de programas sobre ambições, mas muito poucos sobre frustrações. São personagens que atingiram frustrantes índices de sucesso, e que todos sabemos que nunca vão passar disso. Nem sempre têm, porém, consciência de sua mediocridade, mas só resta a eles continuarem suas jornadas diárias, amenizando-as com as distrações do dia a dia, como conversas com os colegas de trabalho ou inúmeras festas de empresa que ocuparam a sala de reuniões da filial de Scranton. Em uma era em que as séries se preocupam muito mais com mirabolantes tramas do que com a consistência dos personagens que vão embrenhá-las, The Office ousou desviar esta rota. A comédia fez de seu principal terreno a pequenez do cotidiano, as silenciosas tragédias que preenchem a maior parte de nosso tempo, e fez com que o íntimo se tornasse grande, o pequeno assumisse sua devida importância.

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CULTURA POP NÃO RESISTE A UM VIGIlante. Está aí o Batman, que não deixa mentir. Mas o legista Dexter Morgan atualiza e leva a proposta à enésima potência, em sintonia com os tempos pós-modernos. Ele não só detém os criminosos, esquarteja-os e joga seus pedaços na baía de Miami. É antes de tudo um psicopata que elimina criminosos, uma espécie de anjo exterminador. “Não acho que Dexter glorifica os serial killers. Você não olha para o protagonista e diz: ‘Uau, que vida legal esse cara tem’. Mas tenho de admitir que as pessoas admiram suas habilidades. É um homem proativo”, resumiu Michael C. Hall, em entrevista exclusiva à MONET, com o humor negro e afiado como uma navalha que permeou suas oito temporadas sangrentas.

“Acho que a coisa mais complicada de Dexter é que ele tem de estar sempre dissimulando seu comportamento. Em certa medida, como atores, é o que fazemos também”

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EORGE R.R. MARTIN é a prova viva de que o clichê “não sabia que era impossível, foi lá e fez” é verdadeiro. Quando ele largou a carreira de roteirista de séries para escrever a história que ele sonhava contar, não acreditava que ela seria um dos maiores sucessos da história da televisão. A produção começou com 2,2 milhões de telespectadores na sua estreia nos EUA, em 2011, e chegou à marca de 5,3 milhões no final da 3ª temporada, em 2013. No quarto ano, a expectativa é de manter esses números. O que não deve ser um desafio. A base de fãs de Game of Thrones cresceu tanto que, em vez dos livros que

Game of Thrones A SÉRIE QUE VEIO PARA PROVAR COMO PRODUÇÕES ÉPICAS E FANTÁSTICAS TÊM ESPAÇO NA TELEVISÃO por por Raquel Temistocles e Sarah Mund > Criador: David Benioff, D.B. Weiss > Elenco: Peter Dinklage, Lena Headey, Emilia Clarke, Kit Harington, Sophie Turner, Alfie Allen, Jack Gleeson, Nikolaj Coster-Waldau, Liam Cunningham e Iain Glen > Duração: 2011 -atual > Prêmios: 10 Emmy Awards, 1 Globo de Ouro e 3 SAG Awards

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I A PARTIR DO DIA 6, DOMINGOS, 22H, HBO, 171 E 671 (HD) ]

TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

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GUERRA DOS TRONOS DA VIDA REAL

E se tentássemos analisar as relações da vida real como se estivessem no universo de Game of Thrones? Veja como ficou a brincadeira!

POLÍTICA >> Bill Clinton, como Robert Baratheon (Mark Addy), é antigo líder com uma queda por mulheres e casado com uma loira durona. Al Gore era sua mão direita, como Ned Stark (Sean Bean), que vivia falando do clima e nunca ocupou o trono.

HOLLYWOOD >> Justin Bieber é o típico garoto mimado que acha que pode fazer o que bem entender, como o rei adolescente Joffrey (Jack Gleeson), enquanto a certinha Selena Gomez, ou Sansa Stark (Sophie Turner), entra e sai do seu centro de atenção.

deram origem à atração a impulsionarem, a cada nova temporada as vendas das obras é que aumentam – até o final de 2013 foram mais de 24 milhões de cópias vendidas no mundo. Prova da sua popularidade é que até o presidente dos EUA admitiu ser fã. Barack Obama tem acesso privilegiado aos episódios inéditos da série, como revelaram os criadores David Benioff e D.B. Weiss em entrevista à Vanity Fair. Será que o homem mais influente do mundo também registrou em vídeo suas reações às cenas como muitos fãs fazem? Se você não acompanha Game of Thrones, saiba que quem assiste à atração vê gente (ser) morta. O tempo todo. “O George é muito brutal e, antes que você perceba, mais um personagem se vai. Isso força a audiência a mudar sua perspectiva. Eu gosto de histórias ousadas, contanto que ninguém mate meu personagem [risos]”, aponta Iain Glen, intérprete de Sir Jorah Mormont, em entrevista à MONET. Com a quantidade de personagens exterminados até agora, é natural que o novo ano comece com novos nomes no reino –todos tão dúbios quanto os já conhecidos. Entre os personagens novatos que irão apresentar duas facetas está o príncipe Oberyn Martell, vivido pelo ator chileno Pedro Pascal. A ambiguidade é uma característica marcante da trama, o que dá a oportunidade de desenvolver os personagens por mais tempo. “Assim eles se tornam mais interessantes, ao contrário de um filme com o mocinho e o vilão. Assim é mais inteligente, pois temos tempo para contar uma história realista”, analisa Liam Cunningham, que vive Sir Davos Seaworth. E já que a série deve continuar por muitos anos, não se espante se seu personagem favorito não chegar ao final. Como nota o ator Kit Harington, que vive o bastardo Jon Snow: “Minha primeira reação quando li [o roteiro] foi de que aquilo não deveria ser permitido, vai contra tudo o que aprendi sobre narrativa. Quebra barreiras e deixa a sensação de que ninguém está a salvo”. Nada mais apropriado que o slogan da 4ª temporada: “Valar Morghulis”, ou “todo homem deve morrer”, em português.

ESPORTES >> Não dá para negar as semelhanças: a jogadora de basquete Lauren Jackson é tão alta e destemida como Brienne (Gwendoline Christie), e David Beckham não deixa nada a dever ao charme de Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau).

Incertezas no reino – Mesmo os poderosos enfrentam problemas no 4º ano: Joffrey (Jack Gleeson) procura comprar estabilidade no reino através de um casamento; Daenerys (Emilia Clarke) continua tentando conquistar mais povos; Sansa (Sophie Turner) quer tirar o melhor proveito do indesejado casamento com Tyrion (Peter Dinklage)

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[ESPECIAL | 11 ANOS]

Mad Men PROVA DA INFLUÊNCIA DA SÉRIE FOI COMO ELA CONTRIBUIU PARA A VOLTA DO ESTILO SESSENTISTA NA MODA E NA DECORAÇÃO por Sarah Mund

TAMBÉM DISPONÍVEL NO NOW

> Criador: Matthew Weiner > Elenco: Jon Hamm, Elisabeth Moss, January Jones, John Slattery, Christina Hendricks e Vincent Kartheiser > Duração: 2007-2014 > Prêmios: 15 Emmy Awards, 4 Globos de Ouro e 2 SAG Awards

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I A PARTIR DO DIA 14, SEGUNDAS, 21H, HBO, 171 E 671 (HD) ]

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ASO MAD MEN TENHA PASSADO despercebida para você em um primeiro momento, não se culpe. Antes de ter uma audiência satisfatória, a série que acompanha os bastidores de publicitários de Nova York nos anos 60 conquistou apenas os críticos. Muita gente só foi saber quem era Don Draper – e seu intérprete, Jon Hamm – depois de ver a série arrebatando prêmios ano após ano. E não foi à toa. De forma elegantérrima, a produção mostra como eram feitas as propagandas no período e as chocantes diferenças morais, sociais e de costumes entre aquela época e a nossa. “Acho que uma das coisas que Mad Men aborda é o que acontece com uma pessoa criativa que passa muito tempo fazendo a mesma coisa. Don fez a vida estando à frente dos outros, mas está ficando

velho e uma nova geração está nos seus calcanhares. Não é como Os Simpsons, em que ninguém envelhece por anos. Nós mantemos as coisas verdadeiras”, apontou Hamm para a MONET, durante uma festa para comemorar o encerramento da quarta temporada. E para quem ficou curioso para saber de onde surgiu o nome da atração que chega ao seu sétimo e último ano em 2014, todas as grandes agências de publicidade tinham como endereço a Madison Avenue, na Nova York dos anos 60, daí o apelido “homens da Mad’, dado aos que trabalhavam nelas (nem precisa explicar o trocadilho que a palavra traz, certo?). Mas mais do que revelar o inescrupuloso trabalho publicitário da época, a série teve como trunfo abordar vários aspectos da sociedade, entre eles a posição da mulher. “Eu sou uma garota de sorte por nascer em uma época em que não preciso me preocupar tanto com os direitos trabalhistas das mulheres, mas há algumas similaridades entre os anos 60 e hoje. As mulheres continuam querendo se sentir bonitas e atraentes ao mesmo tempo que querem ser levadas a sério”, analisou Elisabeth Moss, que vive a pioneira independente Peggy Olson. Por mais que não tenhamos saudades daqueles tempos, não dá para negar que foi uma década charmosa.

“Mad Men não é abrangente, não se encaixa facilmente. Temos muita sorte de sair primeiro, porque quando você vem depois parece que está tentando fazer uma cópia” – Jon Hamm

Antes do politicamente correto – Para a audiência de hoje é chocante ver como eram as coisas nos anos 60. Alguns exemplos são o comportamento no ambiente de trabalho, a falta de preocupação com o meio ambiente, a forma de criar os filhos e o hábito de fumar em qualquer lugar

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The Big Bang Theory A SÉRIE DE COMÉDIA TIROU OS NERDS DO OSTRACISMO E OS TRANSFORMOU NOS ASTROS DA VEZ por Sarah Mund > Criadores: Chuck Lorre e Bill Prady > Elenco: Johnny Galecki, Kaley Cuoco, Jim Parsons, Mayim Bialik, Simon Helberg, Melissa Rauch e Kunal Nayyar > Duração: 2007-atual > Prêmios: 5 Emmy Awards e 1 Globo de Ouro

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I TERÇAS, 20H, WARNER, 132 E 632 (HD) ]

E ANTES OS NERDS ERAM RETRATADOS no cinema e na televisão como pessoas sem muito jeito para o convívio pessoal, a partir de 2007 essa imagem começou a mudar. Sheldon e Leonard os transformaram em verdadeiros heróis e The Big Bang Theory trouxe a nerdice para um lugar de destaque. “Eu não tinha a menor ideia de que atrairia um público tão grande. Eu gostava do que estava fazendo, mas não imaginava isso”, admitiu Jim Parsons, intérprete do excêntrico Sheldon, em entrevista exclusiva para a MONET para o lançamento da 5ª temporada. Já Johnny Galecki, que passou pelo Brasil em 2011 acompanhado de Simon Helberg e Kunal Nayyar, acredita

que a popularidade ultrapassa o universo da série: “É engraçado ver as pessoas achando que eles são pessoas descoladas, porque nós não mudamos as roupas estranhas e cortes de cabelo antiquados que os nerds sempre tiveram. Alguma moda transformou isso em uma coisa boa”. Seja lá o que fez com que as pessoas achassem legal ser geek, os fãs da comédia agradecem a chance de conhecer Sheldon, Leonard, Amy, Penny, Raj, Howard e Bernadette.

Nerds de honra

FOTOS: GETTY IMAGES E DIVULGAÇÃO

Figuras idolatradas pelos geeks de plantão deram o ar de suas graças em episódios

>> Pedra, Papel, Tesoura, Lagarto, Spock! Leonard Nimoy não apareceu, mas deu a honra dublando um boneco de Sheldon.

>> Um dos nerds mais bemsucedidos de todos, o físico Stephen Hawking fez Sheldon desmaiar de vergonha.

>> Astrofísico reconhecido e nerd de respeito, Neil deGrasse Tyson foi um companheiro de Raj em sua participação.

>> É claro que o Rei dos Nerds não fez qualquer aparição. O quadrinista Stan Lee deixou uma ordem judicial para Sheldon.

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