RUBENS EWALD FILHO
tem mais de 40 anos de profissão como um dos principais críticos de cinema do país
para um teste e um infeliz de um produtor lhe disse: “Miss Dench, você tem todas as coisas erradas com seu rosto”. Isso a deixou magoada. Depois de participações em produções britânicas nos anos 1960, ela só voltou ao cinema para valer pelas mãos do amigo Kenneth Branagh em Henrique V (1989). Ela confessa Pouco antes disso já tinha feito alguns papéis ser tímida característicos em Uma e tem até Janela para o Amor, Sombras do Passado – ambos de dificuldade 1985 –, Nunca Te Vi Sempre para agradecer Te Amei (1987) e Um os aplausos. Punhado de Pó (1988). Mas a grande chance Isso poderia no cinema só aconteceu explicar o seu pelas mãos de seu mentor, o cineasta John Madden, ar de rabugice quando ela foi convencida a participar do filme Sua Majestade, Mrs. Brown (1997), vivendo a Rainha Vitória – atuação que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar. A estatueta da Academia veio em 1998, quando ela venceu na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, no longa Shakespeare Apaixonado. Detalhe: ela Grande dama do cinema britânico, Judi Dench só conseguiu fica apenas nove minutos em cena, vivendo a Rainha Elizabeth I. grandes papéis nas telas quando já era uma veterana Philomena (2013) é um triunfo dela, PHILOMENA I grandes atrizes do cinema britânico fica JÁ CONFESSEI MEU mas também do diretor Stephen Frears DISPONÍVEL completo com a que mais custou para se fraco pelas veteranas e do produtor Harvey Weinstein. Eles NO NOW tornar estrela internacional de cinema: atrizes inglesas que, conseguiram transformar o que podia Judi Dench, que completa 80 anos em quanto mais idade têm, melhores ficam. ser um melodrama ou uma história dezembro. Ela confessa ser tímida e Elas se tornam figuras indomáveis, adocicada, num drama humano e real, tem até dificuldade para agradecer os aquelas das frases tortas, das réplicas que se torna cada vez mais contunaplausos. Isso poderia explicar o seu ar malditas, dos olhares enviesados, das dente quanto mais se aprofunda e não de rabugice. Nem por tudo isso ela é sobrancelhas altivas e dos sorrisos ganha heróis. menos adorável. sarcásticos. Porque cada uma delas Tudo porque a protagonista é o Na condição de fã, não resisti e comtem seu tipo especial. Maggie Smith, foco e não abdica de sua condição de prei um livro sobre ela há pouco, And por exemplo, é a mestra Minerva católica. Na conclusão é isso que torna Furthermore Judi Dench, de John Miller. McGonagall, que ao completar 80 anos o filme uma dura denúncia contra fatos Minha curiosidade era entender por que ganhou a perenidade como Violeta que o cinema não tem muita coragem Judi Dench custou tanto a fazer cinema. da série Downton Abbey. Já Vanessa de abordar. Pena ela ter tido a concorA primeira possibilidade em que Redgrave, aos 77 anos, mergulha rência de Cate Blanchett, por seu papel pensei foi a falta de beleza. Eu estava como ninguém nos infernos de todas em Blue Jasmine, no Oscar deste ano. errado. Ela era bonitinha quando as dores. Não se pode esquecer de Assim como todos os seus fãs, fiquei jovem, tipo de ingênua e o único Angela Lansbury, nascida em 1925, chateado em saber que a atriz confirdefeito parecia ser o tornozelo. Um que emigrou para os EUA ainda jovem, mou ter um problema sério de visão e trauma com a Sétima Arte era a minha virou estrelinha da MGM, vilã, e estrela que, por isso, teremos cada vez menos segunda hipótese – isso é real. No livro máxima de musicais na Broadway. Judi Dench nas telas. Isso sim é uma é revelado que uma vez a chamaram Há outras, mas o grande quarteto de grande pena e perda.
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Talento maduro
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TECHNO
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OS GADGETS MAIS QUENTES
A insustentável leveza do drone Brinquedo para marmanjos controlado por smartphone ou tablet acompanha duas câmeras, mas requer bastante treino para voos mais longos e manobras arrojadas
por Henrique Januario e Raquel Temistocles
AR.DRONE 2.0 - POWER EDITION Preço: R$ 2.200 http://www.parrot-ardrone.com.br/
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“V
oar, voar, subir, subir!”Nosso teste poderia ser como a canção de Biafra, mas por inabilidade e questões técnicas, o teste do mês reescreveu o clássico dos anos 1980 para“Tentou voar, caiu, caiu”. A nossa boa intenção era provar que, mesmo no Dia das Crianças, os adultos também podem se divertir, e decidimos escolher um drone para nossa avaliação. Brinquedo da moda e ferramenta moderna de trabalho de fotógrafos e cinegrafistas, os drones são aeronaves não tripuladas que servem aos mais diferentes fins, do militar ao recreativo. Nós avaliamos o AR.Drone 2.0 Power Edition, da Parrot, um quadricóptero que voa até 100 metros de altura e é controlado por meio de celulares ou tablets com o seu aplicativo instalado. O começo da brincadeira é muito fácil: ao colocar a bateria, o AR.Drone já fica em stand by, aguardando o acionamento do usuário. Para isso, basta buscar na loja para iOS ou Android e baixar gratuitamente o app AR.FreeFlight. Com o quadricóptero ligado, fizemos o pareamento com nosso tablet via wi-fi (é só achar a“rede” do drone e conectar, sem senha nem nada). Extremamente fácil quanto buscar o sinal de uma lanchonete. Há dois modos para utilizar a aeronave: em lugares fechados, sua carenagem tem protetores nas hélices; já em ambientes abertos, a proteção não é necessária e o
aparelho ganha um visual mais agressivo. Para a segurança, além da regulagem da altura, é possível também ajustar a velocidade de subida e rotação do drone. São Pedro não foi nada generoso conosco no dia do teste. Uma ventania como a de O Mágico de Oz deixou tudo mais difícil. A decolagem do drone é suave e ele sobe sozinho até a altura aproximada de um metro. Aí, quando a pilotagem estava em nossas mãos, o caldo entornou. Conseguimos subir o quadricóptero até três metros de altura, mas na hora de direcioná-lo para os lados, tivemos dificuldade. O que mostra que treino é necessário para sair barbarizando com um brinquedo de R$ 2.200. Até mesmo se o clima decidir cooperar. O AR.Drone vem equipado com duas câmeras: uma frontal, que filma em HD (720p) e outra inferior. Com a dianteira pegamos, com riqueza de detalhes, o atropelamento que aconteceu durante o teste (estamos bem, obrigado). A gravação das imagens é feita diretamente no tablet ou smartphone e a qualidade do vídeo é muito boa. Infelizmente não conseguimos ir “ao infinito e além” como Buzz Lightyear, por conta da curta duração da bateria disponível, mas o fabricante promete 32 minutos de diversão até a pilha acabar. Pouco tempo para o que consideramos a pipa da nova geração.
PRÓS n Preço em relação aos concorrentes; n Facilidade na hora de instalar o aplicativo e fazer a conexão ou pareamento do dispositivo com o drone; n Resistência a quedas; n Design; n Ótima estabilidade em condições climáticas ideais.
CONTRAS n Baterias duram pouco tempo, principalmente para novatos; n É preciso treinar bastante para conseguir fazer manobras e se habituar aos controles; n Instabilidade sob intempéries, como ventanias.
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TEM QUE TER
COISAS QUE VOCÊ QUERIA E NEM SABIA, SELECIONADAS PELA REDAÇÃO
P
OW! KLUNK! BAM! As onomatopeias mais famosas da história da TV ganham tratamento à altura nesse box que contém todos os episódios da cultuada série Batman da década de 1960. Este verdadeiro tributo à dupla dinâmica tem a estética pop, que era um dos maiores atrativos do programa, e traz não só 3 horas de extras em seus 6 especiais, mas também uma réplica Hot Wheels do batmóvel, um scrapbook do Batman Adam West, 44 cartas em estilo vintage e um guia de episódio de 32 páginas. É a chance de rever um seriado que usava e abusava de saídas geniais e criativas no intuito de baratear a produção, mas que acabou criando um verdadeiro patrimônio da televisão, que continua vivo quase meio século depois de seu lançamento. BATMAN THE COMPLETE TV SERIES – LIMITED EDITION BA Preço: US$ 180 (pré-venda)
A FAVO FAVORITA FA RITA – Pr Preço: R$ 179
1989 Preços: R$19,90 (versão standard) e R$27,90(versão deluxe)
Uma dupla sertaneja feminina chega ao fim e dá início a uma das maiores rivalidades já vistas na teledramaturgia brasileira. Se você acha que vai precisar de muito tempo para ra consumir os seriados completos de Batman e Breaking Bad desta página, então reservee mais 44 horas da sua vida para assistir à novela estrelada por Patrícia Pillar e Claudia Raia. Exibida em 2008, a atração fez grande sucesso e inovou por não apresentar logo o no início quem seria a vilã e quem seria a mocinha da história, e também por colocarr duas mulheres como protagonistas, e não um casal, como é de costume. A atração ainda traz no elenco nomes como Murilo Benício, Ary Fontoura, Mariana Ximenes e Tarcísio ísio Meira.
AS DELICIOSAS RECEITAS DO TEMPERO DE FAMÍLIA – Preço: R$ 49,90
CIDADE DOS OSSOS & CIDADE DAS CINZAS – Preço: R$ 85
Toda receita fica mais gostosa quando traz junto consigo uma história que mistura sabores e sentimentos. Rodrigo Hilbert reuniu 49 receitas de seu programa Tempero de Família, acompanhadas de fotos de bastidores da atração e de casos de família que temperam ainda mais os pratos.
GEORGE HARRISON: THE APPLE YEARS 1968-75
– Preço: £ 69,99 (pré-venda) www.georgeharrison.com Esta caixa marca o relançamento dos álbuns de George Harrison produzidos na gravadora Apple entre 1968 e 1975 – Wonderwall Music (o primeiro disco solo de um Beatle), Extra Texture (Read All About It), Electronic Sound, All Things Must Pass, Living In The Material World e Dark Horse – todos eles remasterizados por Dhani Harrison (filho de George) e Paul Hicks. Os álbuns têm seus encartes originais enriquecidos com fotos inéditas e vêm acompanhados ainda por um livro e um DVD.
Com design especial e capa dura, esta edição de colecionador traz os dois primeiros volumes da série de livros Instrumentos Mortais, da autora Cassandra Clare. A adaptação do primeiro livro chegou aos cinemas em 2013 e a continuação já está confirmada e em produção.
Resultado do trabalho de dois de seus 24 anos, 1989 é o primeiro álbum pop de Taylor Swift, cantora que surgiu na música country. O álbum, cujo nome é uma referência ao ano em que a cantora nasceu e à década que a inspirou para as novas músicas, abusa de batidas animadas e refrões pra lá de pegajosos, como os de “Shake it Off”, primeiro single do disco, que também traz uma promoção: permite aos fãs concorrerem a prêmios que incluem ingressos e meet & greets.
BREAKING BAD: THE COMPLETE SERIES BARREL – Preços: US$ 269,99 (blu-ray) e US$ 139,95 (DVD)
Enquanto Better Call Saul não estreia na TV, dá tempo de matar as saudades do advogado vivido por Bob Odenkirk, que ganhou sua própria série, e, é claro, da dupla de protagonistas Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) com essa coleção mais que especial de Breaking Bad. O kit, em sua versão atualizada, reúne as cinco temporadas completas da série em um barril como aqueles em que Walter guardava dinheiro (e dissolvia corpos), um avental da lanchonete Los Pollos Hermanos, uma moeda comemorativa desenhada por Vince Gilligan, criador da série, e uma caixa de fósforos/pen drive de 4Gb do escritório de advocacia de Saul.
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FIQUE DE OLHO
ANTECIPAMOS AS NOVIDADES E CURIOSIDADES DE UM DOS DESTAQUES DO MÊS
Se ela manda, elas dançam
Em Dance Moms, o sucesso vai além da coreografia. É preciso obedecer a uma professora linha-dura
por Isabela Moreira e Raquel Temistocles (edição)
A COREÓGRAFA ABBY LEE MILLER não sabia no que estava se metendo quando concordou que gravassem um reality show em seu estúdio de dança, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. O plano era que as estrelas fossem algumas de suas alunas e suas respectivas mães. “Pensei que iríamos fazer seis episódios e que DANCE ninguém iria assistir”, MOMS contou Abby em entrevista I SEGUNDA A exclusiva à MONET. SEXTA, 20H30, Ela pensou errado: não LIFETIME, 141 só a série – que ganhou o nome de Dance Moms – fez o maior sucesso, como a professora tornou-se a protagonista. Tudo por pura coincidência. Logo na primeira gravação, a mãe de uma das alunas do estúdio de dança ficou furiosa por sua filha ter sido deixada para fora de uma das aulas. A confusão foi tanta que Abby precisou chamar a polícia. Quando esse material chegou às mãos dos produtores do programa, não houve
nenhuma dúvida: a coreógrafa tinha que estar em frente às câmeras. No programa, toda semana Abby reúne um grupo seleto de alunas, que têm idades entre 8 e 15 anos, e suas mães para discutir questões como o desempenho e as próximas coreografias. No estúdio, há um quadro no qual as fotos dessas garotas ficam organizadas no formato de uma pirâmide, com a melhor aluna no topo e as piores na base. A coreógrafa é tão rígida que ganhou fama de durona. “Meu maior desafio como professora de dança é lidar com as mães. As coisas são bem piores na vida real, porque quando elas estão longe das câmeras podem brigar, discutir, gritar e nos xingar – a mim e aos produtores do programa. Essas mães não trabalham, viajam pelo mundo enquanto pagam para outras pessoas cuidarem dos filhos delas, e mesmo assim são ingratas”, conta. No Brasil, Dance Moms está em sua terceira temporada e Abby afirma que, desde o início do programa,
muita coisa mudou – principalmente o comportamento das mães. “No começo, elas não queriam ser vistas como loucas. Não queriam que as pessoas vissem suas vidas, emoções e problemas como realmente são. Mas com o tempo elas perceberam que quanto mais loucas fossem, mais tempo ficariam na tela”, diz a professora. Mesmo assim, tenta aproveitar as outras novidades que o sucesso da atração trouxe para sua vida. No início de 2014, chegou, inclusive, a participar da cerimônia do Oscar, e teve celebridades como Jennifer Lawrence e Neil Patrick Harris pedindo para tirar fotos com ela. Qual é o segredo do sucesso de Abby? “Força suficiente para lidar com as críticas. Existem milhares de professores de dança muito talentosos neste país, mas não sei se conseguiriam lidar com as críticas como eu. E quem não tem essa capacidade não deveria estar na indústria do entretenimento”, conclui. Quem disse que remexer os quadris seria fácil?
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“No pain, no gain” – Ao lado, Maddie Ziegler aluna prodígio de Abby Lee Miller, a professora de dança (acima) que provou que para alcançar o sucesso não basta ter as oportunidades, é necessário aproveitar os acasos
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