Ano 1 Ano • Nº102 • Nº • Dezembro 02 • Dezembro/Janeiro 15/Janeiro 16
TRANSFORMAÇÃO RIO 2016
Os redesenham Os jogos jogos de são2016 mais do que o a cidade, especialmente a Barra da evento esportivo mais importante Tijuca, que recebe grande partea das do planeta, eles redesenham obras. avenidas Salvador Allende cidade,Asespecialmente a Barra e Bueno ganharão uma daAbelardo Tijuca, que recebe grande estrutura moderna, com parte dasmais obras. tecnologia e mobilidade urbana.
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DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO VESTIBULAR NOVIDADES 2016 Educação Infantil chega à Unidade Américas e abre novos horários na Unidade Jacarepaguá.
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Editorial
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O FUTURO ESPREITA À PORTA
Faltando oito meses para o início dos Jogos, as avenidas Abelardo Bueno e Salvador Allende passam por várias obras para se transformarem nos corredores dos Jogos de 2016. O mundo vai desembarcar por aqui. Além das delegações dos quatro cantos do planeta, os nossos atletas, que hoje já treinam na região, também desfilarão para a nossa alegria e torcida. Independente das disputas, é aqui também que esse grupo imenso, cerca de 18 mil pessoas, irá morar por quase um mês. Outras línguas, outros hábitos, a diversidade circulará na vizinhança. Depois das Olimpíadas, os Jogos Paralímpicos trarão mais um time enorme: serão 4.450 pessoas de 179 países. E essa grande transformação está aqui, no segundo número da Revista Ilha Pura. A Transolímpica, os equipamentos esportivos, o legado para a cidade; enfim, um mapeamento desse trabalho que coloca o Rio na vitrine mundial. A Revista traz ainda dois santuários: o religioso, o primeiro santuário em homenagem ao Papa João Paulo II que será construído em Ilha Pura; e o ecológico, o maciço da Pedra Branca, bem perto do novo bairro que se ergue e que exibe tanta beleza e biodiversidade. Sustentabilidade, generosidade e comprometimento também são temas da publicação. Para fechar, a festa da virada: a Barra terá o maior Réveillon de sua história. E 2016 chegará assim, com explosão de cores, saudando o ano olímpico e tudo o que ficará para os moradores da região que mais cresce no município do Rio de Janeiro.
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SUMÁRIO
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06 Santuário São João Paulo II 12 Legado das Olimpíadas 15 Entrevista subprefeito Alex Costa 20 Solidariedade com Fernanda Gentil 22 A Vila que encanta 24 Visita dos moradores 30 Do mundo para Ilha Pura 32 Encontro de atletas 36 Maciço da Pedra Branca 40 Réveillon
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Revista Ilha Pura é uma publicação:
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Diretor-Executivo Paulo Roberto Mesquita
Direção de Arte e Diagramação Rachel Sartori
Diretora Administrativa Rebeca Maia
Design Marcília Almeida | Allan Pecora
Editora-Chefe Tereza Menezes Dalmacio
Estagiário de Design Renato Passos
Editor-Assistente Sandro Miranda
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Sugestão de pauta (21) 3061-3724 editora@grupocoruja.com.br
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Diretor Comercial Marcio Ayres
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Repórter Guilherme Cosenza
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Produção Ana Luisa Deveza
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Fotografia Lourrayne Lima
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Revisão Laila Silva
99437-2520
Presidente Antonio Pessoa de Souza Couto Diretor-Geral Mauricio Cruz Lopes Comissão Editorial Denise Mansur | Luciana Martins Marise Lemos
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Tel.: 21 3471-6799
www.ilhapura.com.br Rua Olof Palme no 305, Barra da Tijuca /ilhapura @ilhapura
As informações deste material são referentes ao empreendimento imobiliário denominado “Ilha Pura”, que foi projetado visando a ideia de um novo bairro, razão pela qual é referenciado como “Bairro Ilha Pura”. As imagens contidas na revista Ilha Pura são meramente ilustrativas. As informações e imagens contidas nesta revista não fazem parte de qualquer instrumento legal, podendo ser alteradas sem prévio aviso. O Parque Ilha Pura é área pública e sua implantação está sujeita à aprovação de órgãos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, podendo, seu projeto, sofrer modificações, sem aviso prévio, sendo o paisagismo representado neste folheto meramente sugestivo. Os materiais apresentados nas imagens e/ou ilustrações são referenciais e poderão sofrer variação de cor, textura, acabamento, tamanho e formato. Os projetos de estrutura e instalações, contidos neste material poderão sofrer alterações ao longo do desenvolvimento do projeto executivo, seja por necessidade e/ou exigências técnicas ou de determinações da Administração Pública ou de concessionária de serviço público. As Vias Expressas, a Linha 4 do Metrô, os BRTs, o Sistema de Despoluição Lagunar, assim como as demais vias e equipamentos urbanos, são projetos integrantes das políticas públicas do Município e Governo do Estado do Rio de Janeiro, sendo sua construção e efetiva instalação de total e exclusiva responsabilidade do Poder Público.
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Ilha Pura - Santuário João Paulo II
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UMA ILHA ABENÇOADA
Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo II, foi uma das figuras mais carismáticas e atuantes da Igreja Católica. Visitou o Brasil em três oportunidades: a primeira delas foi em 1980, dois anos após iniciar o seu pontificado; a segunda aconteceu em 1991, quando aproveitou para visitar Irmã Dulce, em Salvador; já a terceira e última passagem se deu em 1997, ano em que realizou uma missa campal para dois milhões de pessoas no Aterro do Flamengo. Na ocasião, disse a célebre frase: “Se Deus é brasileiro, o papa é carioca”. Hoje, passados dez anos de sua morte, recebe uma justa homenagem do povo que tanto amou. Um santuário, que ficará eternizado na Barra da Tijuca, mais precisamente em Ilha Pura. O dia 5 de novembro de 2015 marcou, simbolicamente, o início de uma nova etapa, em que a fé se renova e encontra um novo espaço. Representantes do clero, autoridades e
Ilha Pura - Santuário João Paulo II
membros da sociedade civil testemunharam a assinatura do termo que cede uma área de 12 mil metros quadrados ao futuro santuário São João Paulo II, em Ilha Pura. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, abençoou o terreno e os operários que participaram da obra. Ele destacou a importância do projeto, não somente para os moradores, como para os visitantes do mundo inteiro. “Com este santuário tão próximo, podemos dar continuidade à ideia do quanto este lugar foi transformado pela graça de Deus. Apenas aqui no Rio, são doze igrejas João Paulo II; e inaugurei outra em Belém recente-
mente. Mas nós tínhamos realmente a necessidade de algo um pouco mais significativo, para que todos aqueles que nos visitarem, vejam um povo alegre e acolhedor. O Rio de Janeiro, mesmo em meio a tantas mudanças, reconhece a importância da fé na construção da cidade. E assim vemos que ela olha para o futuro sem esquecer de sua alma, de seus valores”, discursou dom Orani, acompanhado pelo porta-voz, Elmair Rangel Neto. O prefeito Eduardo Paes, que durante o seu mandato realizou obras de suma importância para a Cidade Maravilhosa, prestigiou a cerimônia
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e se mostrou impressionado com a grandiosidade que o santuário São João Paulo II terá. “Este é um projeto ousado, não é trivial. Estamos homenageando aqui um papa que marcou a história da Igreja Católica e marcou o mundo de maneira definitiva, especialmente o Rio de Janeiro”, afirmou, acompanhado pelo vereador Carlo Caiado, o subprefeito da Barra e Jacarepaguá, Alex Costa, os deputados Tio Carlos e Ayrton Xerez, e o presidente da Câmara Comunitária da Barra, Delair Dumbrosck. O prefeito também valorizou o projeto do santuário, que será construído logo após os Jogos de 2016.
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Ilha Pura - Santuário João Paulo II “João Paulo II tinha uma relação muito íntima com o povo brasileiro. É magnífico poder homenagear uma figura assim, construindo algo dessa grandiosidade. Tenho certeza que essas obras seguirão um padrão olímpico. Não vamos fazer uma obra típica de igreja. Vamos juntar um time de pessoas da região, que entendam a importância da construção desse santuário, para que a gente viabilize a obra o mais rápido possível. Para mim, é uma alegria entregar algo de tanta qualidade para o povo carioca”, elogiou. Paes e dom Orani ressaltaram o trabalho árduo feito pela Carvalho Hosken, representada pelo presidente Carlos Fernando de Carvalho, que também participou do evento. Emocionado, Dr. Carlos tirou fotos com os operários e dimensionou a importância de mais uma grande realização, à altura do querido João de Deus. “Estar aqui hoje, participando dessa cerimônia, com o arcebispo da cidade, no local onde os maiores atletas do mundo estarão reunidos, é, para mim, um motivo de grande satisfação e júbilo. É mais uma razão para crer que realizaremos no Rio os melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos. Parafraseando o nosso homenageado, São João Paulo II, que disse ‘Se Deus é brasileiro, o papa é carioca’, não há razão alguma para duvidarmos do quanto essa afirmativa é verdadeira”, concluiu. Assim nasce Ilha Pura, abençoada por Deus e bonita por natureza.
“A cidade em que pretendemos viver também é um lugar que cabe a transcendência. Além da questão política e econômica, entendo que este empreendimento, junto com o progresso da cidade, possibilita o progresso do ser humano, tanto quanto a alguém que busca Deus.” Dom Orani Tempesta, arcebispo da cidade do Rio de Janeiro.
Ilha Pura - Santuário João Paulo II
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“Estar aqui hoje, participando dessa cerimônia, com o arcebispo da cidade, no local onde os maiores atletas do mundo estarão reunidos, é, para mim, um motivo de grande satisfação e júbilo. É mais uma razão para crer que realizaremos no Rio os melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos. Parafraseando o nosso homenageado, São João Paulo II, que disse ‘Se Deus é brasileiro, o papa é carioca’, não há razão alguma para duvidarmos do quanto essa afirmativa é verdadeira”. Dr. Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken.
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Legado das Olimpíadas
O FUTURO JÁ COMEÇOU O NOVO CORREDOR VAI ATENDER, DIARIAMENTE, CERCA DE 70 MIL PESSOAS ENTRE O RECREIO DOS BANDEIRANTES E DEODORO, NA ZONA OESTE. MAIS MOBILIDADE PARA TODA A CIDADE E, PRINCIPALMENTE, PARA A REGIÃO ONDE ESTÁ LOCALIZADA ILHA PURA.
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LEGADO DOS JOGOS
Serão pouco mais de um mês, mas transformarão a cidade e colocarão o Rio de Janeiro na vitrine do mundo. Os Jogos de 2016, além de ser o evento esportivo mais importante do planeta, redesenham a cidade e, especialmente, a Barra da Tijuca, que recebe grande parte das obras. Aqui, no entorno de Ilha Pura, casa dos atletas durante os jogos, tudo é novo, grandioso e belo. No momento, muitas obras, engarrafamentos e transtornos. Mas acredite, o que vem por aí vai surpreender você. Depois de tudo pronto, quem conhece a região, perceberá que os jogos serão um marco de transformação, principalmente para as duas mais importantes avenidas: Abelardo Bueno e Salvador Allende.
Legado das Olimpíadas
Ele ainda falou o que já está pronto, o que está por vir e o que será feito após os jogos. “O nosso trabalho está alicerçado em três pilares: economia, sem ‘elefantes brancos’ e o legado”, explica. O que ficará para a cidade, o tão falado legado dos jogos, foi o assunto que mais despertou o interesse dos presentes. Segundo o secretário, a cada seis reais investidos, um real é para equipamentos olímpicos e cinco são para os benefícios da cidade, como as obras da praça da Bandeira, o lote zero do BRT e a linha 4 do metrô.
Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio
E para explicar tudo isso, para que o leitor possa entender um pouco mais sobre essas mudanças, o subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, Alex Costa, o deputado estadual, Tiago Mohamed, e o secretário-executivo de coordenação de governo, Pedro Paulo, se reuniram com moradores da região e a imprensa local, no HSBC Arena, no final de novembro. Durante quase uma hora, o secretário Pedro Paulo falou sobre o tema: “estamos de frente para o maior evento do universo, e é o maior desafio logístico que já enfrentamos”.
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Com um conceito inédito de arquitetura nômade, a prefeitura da cidade inovou ao criar instalações que podem ser reaproveitadas, desta maneira, pontos como a Arena Handebol ganharão uma nova função após os jogos e se transformarão em quatro escolas municipais. Visto pelo poder público como o maior feito pós-jogos, a criação do Centro Olímpico de Treinamento (COT) terá três pavilhões esportivos (em construção) e abrigará o Velódromo, o Centro de Tênis e o Parque Aquático Maria Lenk. Depois dos jogos, o COT será voltado para atletas de alto rendimento, a formação de gerações futuras de atletas e sediar competições internacionais. O COT será também o centro de treinamento mais moderno da América Latina e o primeiro do Brasil. “É muito bom saber que, com o final dos jogos, teremos um reaproveitamento real do investimento feito. É a educação que ganha. É o futuro plantado agora, no presente”, comentou o subprefeito da Barra da Tijuca, Alex Costa. No final da reunião, Tiago, que também é morador da região, falou sobre a positividade do encontro entre moradores e autoridades: “a reunião foi esclarecedora. É muito bom ver o subprefeito e o secretário Pedro Paulo terem essa preocupação de mostrar o que está acontecendo para os moradores, não só no Parque Olímpico, que será um legado maravilhoso para a região, mas também no entorno dele, como a duplicação da Abelardo Bueno e da Salvador Allende. As pessoas querem saber quando a obra acabará, a população quer isso. Tenho certeza que tudo será muito positivo”.
Legado das Olimpíadas
Foto: Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio
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A prefeitura do Rio divulgou o novo balanço das obras olímpicas. O Parque Olímpico, coração dos jogos e sede das 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas, atingiu 92% de conclusão. Das 16 novas instalações que estão sendo construídas para os Jogos de 2016, duas já foram concluídas (os circuitos de mountain bike e BMX) e outras nove atingiram ou ultrapassaram 90% de execução: as três Arenas Cariocas, o Centro Principal de Imprensa (MPC), o Centro Internacional de Transmissão (IBC), a Arena do Futuro e o Estádio Aquático – todas no Parque Olímpico –; o circuito de canoagem slalom (em Deodoro) e a Vila dos Atletas.
Foto: Ricardo Cassiano/ Prefeitura do Rio
Entrevista Subprefeito
Alex Costa, subprefeito da Barra.
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GIRO PELA BARRA
As obras na Barra da Tijuca continuam em ritmo intenso, principalmente no que diz respeito aos BRTs, metrô e as vias Transoeste e Transolímpica. Para o subprefeito Alex Costa, que assumiu o cargo há quase dois anos, a minimização dos transtornos para os moradores é um dos grandes desafios de sua gestão. “Obra não significa bagunça, por isso cobramos tanto, principalmente em relação ao trânsito. Queremos que tudo transcorra bem”, afirma. Uma intervenção importante, destacada pelo subprefeito, foi a retirada dos sinais na Avenida Ayrton Senna, que contribuiu para dar fluidez e melhorar o trânsito, principalmente nos horários de maior movimento. Foi uma maneira de aliviar consideravelmente a vida de quem precisa passar por outros pontos de lentidão decorrentes das obras. É o que acontece no início da Barra, chegando na ponte nova, que vai trazer o metrô para a região, nas imediações da Armando Lombardi. “Temos o estaqueamento para essa ponte nova, o que traz algum transtorno, principalmente, para os moradores ali da Barra antiga, Barrinha e do Itanhangá”, explica. Já na ponte velha, há uma pequena redução da pista, de quem vem pelo Itanhangá em direção à Barra. Mas que, segundo Alex, possui importância vital para a continuidade da obra. “Os moradores dessas localidades entendem que estamos trabalhando pelo bem deles. Eu procuro sempre entrar em contato com a população, perguntando como vão as coisas e o que falta para melhorar ainda mais na região”, comenta.
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Entrevista Subprefeito
Foto: Arquivo Subprefeitura
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Terminal Olímpico: Av. Salvador Allende sentido Bandeirantes.
A obra na Avenida Salvador Allende começa na junção da Avenida Alfredo Balthazar da Silveira com a Avenida das Américas. Em 2014, foi feita uma elevação para resolver o problema dos entroncamentos naquele trecho. Agora, chegou a vez da duplicação da Salvador Allende. “Acho que é uma obra que está andando muito bem, nós estamos com olho clínico para que ela esteja sendo bem sinalizada”, diz. Faltando oito meses para os jogos, o subprefeito destaca a Transolímpica,
que será um marco para a cidade, desafogando o trânsito e melhorando a mobilidade urbana. Confira.
linha amarela. (inaugurada há 18 anos) e será mais uma alternativa para chegar à Avenida Brasil.
ILHA PURA: A Transolímpica ligará o Recreio a Deodoro. Esse novo corredor vai atender quantos bairros? O que isso representa para a melhoria de mobilidade na cidade?
Serão 18 estações e dois terminais, nos 25 km de extensão, o que permitirá fazer a viagem Recreio-Deodoro em aproximadamente 40 minutos, frente aos 90 minutos atuais, transportando 70 mil passageiros.
ALEX COSTA: A Transolímpica é uma nova via que está sendo construída na cidade, como foi a linha amarela. É a primeira via expressa depois da
Além disso, a Transolímpica interligará os bairros: Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Camorim, Curicica, Jacarepaguá, Colônia, Taqua-
Entrevista Subprefeito
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Vale citar ainda que, nos dois terminais não haverá sinais e a entrada e a saída de ônibus acontecerá sem cruzamentos com a pista de veículos, evitando transtornos no trânsito. A prefeitura também está fazendo obras no entorno do Terminal Alvorada, aumentando as pistas de rolagem para acabar com os constantes congestionamentos no Cebolão e aumentando a capacidade de ônibus dentro do terminal. São medidas que visam melhorar o itinerário dos ônibus e também o fluxo de veículos. E vale lembrar ainda que, todo o trecho da Avenida Salvador Allende contará com uma ciclovia, do lado direito da via, no sentido Avenida das Américas e Estrada dos Bandeirantes, o que permitirá ir de bicicleta até a praia, no Recreio, ou até o centro da cidade, uma vez que, com a construção da ciclovia do Joá, teremos uma pista de ciclovia em toda a orla do Rio, do Aterro do Flamengo até o Pontal e Grumari. ILHA PURA: A Transolímpica vai fazer integração com a Transoeste (no Recreio) e com a Transcarioca (na Salvador Allende). Serão quantos terminais ao longo do percurso?
ra, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Vila Militar e Deodoro. ILHA PURA: Quais os benefícios que esse corredor viário trará para a região de Ilha Pura? ALEX COSTA: Esse corredor expresso de ônibus será uma alternativa de transporte público rápido e racional. Serão dois pontos do BRT que atenderão aos moradores de Ilha Pura. Eles terão o conforto de pegar um ônibus com ar-condicionado e que percorre dezenas de quilômetros se interli-
gando com vários outros sistemas de transporte, como o metrô e o trem, e pagando apenas uma passagem, mesmo que faça baldeação em outras estações do BRT ou até mais dois ônibus alimentadores, uma vez que o sistema está integrado ao Bilhete Único. Do ponto de vista viário, também há a criação de novas vias, uma vez que a Avenida Salvador Allende, que tinha quatro pistas, passará a ter 10 pistas, com novos retornos, viadutos e pontes, melhorando o trânsito para quem anda de carro.
ALEX COSTA: Serão dois terminais para interligar os BRTs Transoeste e Transcarioca. Vale citar que, com o início do funcionamento da Transolímpica serão criados outros serviços de ônibus, como a viagem Alvorada-Aeroporto, hoje feita pela Transcarioca, mas que será implantada também no Terminal Recreio. Assim, os moradores do bairro, ou que vêm pela Transoeste (de Campo Grande e Santa Cruz), não precisarão ir até o Terminal Alvorada, e poderão fazer a linha Recreio-Aeroporto. Também será criada uma linha Recreio-Madureira, sem baldeação, já que os ônibus poderão sair de um corredor de alta capacidade e entrar em outro. E quando o lote zero do Transoeste (tre-
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Entrevista Subprefeito
cho entre o Terminal Alvorada e a linha 4 do metrô) chegar ao Jardim Oceânico, também serão criadas novas linhas ou serviços, como são chamadas as linhas dos BRTs. Entre os novos serviços estarão: Recreio-Jardim Oceânico; Tanque-Jardim Oceânico; Centro Olímpico-Jardim Oceânico; Alvorada-Sulacap; Recreio-Deodoro, Recreio-Madureira, Recreio-Jardim-Oceânico; Recreio-Sulacap, Centro Olímpico-Jardim Oceânico. Isso significa, na prática, que os moradores de Ilha Pura poderão pegar o BRT em frente à Avenida Olof Palme e ir até o metrô, do Jardim
Oceânico (na Barra da Tijuca) ao Aeroporto, da Ilha do Governador à Madureira, ou para o Recreio, Campo Grande e Santa Cruz.
2016. Podemos dizer que a Barra crescerá cinquenta anos em cinco?
Ao todo, o sistema BRT (Transoeste-Transcarioca e Transolímpico) trabalhará com 214 veículos articulados, de 180 lugares. O sistema irá operar 24 horas, com ônibus paradores e com linhas expressas, das 5h às 23h.
ALEX COSTA: A construção da infraestrutura viária (metrô, corredores expressos de ônibus, novas vias, pontes e acessos) permite sim que a região cresça com estrutura adequada para atender os novos moradores que virão se instalar aqui pela oferta de novos empreendimentos.
ILHA PURA: Esse projeto fez parte do pacote de obras proposto pela prefeitura para melhorar o transporte público da cidade para os Jogos de
O prefeito Eduardo Paes está fazendo obras que há muito tempo estavam previstas e engavetadas, por falta de recursos ou vontade política, e abriu
Foto: Arquivo Subprefeitura
Foto: Arquivo Subprefeitura
Av. Salvador Allende, estação próxima ao condomínio Barra Sunday.
Entrevista Subprefeito discussões públicas com diversos segmentos da cidade para pensar na cidade do futuro, planejando obras e ações para os próximos 50 anos. Ele administra a cidade de olho nos Jogos, que tem uma data e, portanto, um prazo de entrega determinado que precisa ser cumprido, mas está olhando para o futuro também. ILHA PURA: O BRT da Transolímpica terá mais dois terminais (um nas Avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno e outro na Avenida das Américas — Recreio). A prefeitura estima
que o tempo de viagem entre Deodoro e Recreio seja reduzido de 1h30 para 40 minutos. Quando os terminais serão entregues à população? O trânsito nessa região terá mais fluidez? ALEX COSTA: A previsão é que as obras de duplicação da Avenida Abelardo Bueno sejam entregues ainda este ano e as obras da Salvador Allende, no primeiro trimestre de 2016. O BRT Transolímpico começa a operar ainda no primeiro semestre, com as duas estações entregues. Acredito que o trânsito
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ficará melhor, porque muitas pessoas vão optar por deixar o carro em casa e vão passar a se deslocar de BRT, especialmente os moradores da Avenida Salvador Allende, porque terão o BRT na porta de casa e estarão interligados ao metrô e a outros tipos de transportes. Estamos trabalhando para que todos os cariocas tenham uma cidade melhor, com trânsito fluindo e transportes dignos.
Av. Embaixador Abelardo Bueno.
Mundo Caslu
A GENTILEZA QUE GERA GENTILEZA
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Um dos pilares de Ilha Pura é despertar a consciência para a sustentabilidade. Estamos falando de um conjunto de ações que têm por objetivo melhorar a qualidade de vida da população, reduzindo as diferenças e incentivando a solidariedade das pessoas. O novo bairro do Rio de Janeiro surge alinhado com os princípios de coletividade e engajamento, tanto que irá distribuir camisas muito especiais para clientes no fim de ano. Trata-se de uma parceria com o Mundo Caslu, projeto que beneficia milhares de crianças em todo o Brasil. Nascido em 2013, com o lema “Muita gente precisa da gente”, o Mundo Caslu promove campanhas e arrecada dinheiro com a venda de blusas pela internet (site oficial e redes socais), colaborando com inúmeras instituições. O investimento da verba é feito de maneira totalmente transparente – basta acessar o site para acompanhar – e cumprindo metas preestabelecidas. Uma das criadoras da ação é a jornalista e apresentadora Fernanda Gentil, moradora da Barra da Tijuca. Tal qual uma mãe zelosa e orgulhosa de sua cria, ela vê o sonho se tornar realidade e ganhar uma dimensão cada vez maior. A nossa Revista teve a oportunidade de bater um papo com ela, então aproveite e não perca esta entrevista exclusiva! REVISTA ILHA PURA: O Mundo Caslu é a prova de que nós (sociedade) podemos fazer muito sem depender apenas do poder público?
Fotos: Arquivo Caslu
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Patrick Lopes, Matheus Braga, Fernanda Gentil e Felipe Cantieri (fundadores do Mundo Caslu).
Mundo Caslu
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Ação do Mundo Caslu.
FERNANDA: É a prova de que, para fazer a nossa parte, só depende da gente. Em cada esquina tem uma pessoa que precisa de nós e não há regra para que possamos ajudar, basta oferecermos o que temos, e não estou falando só de dinheiro, mas sim de amor, carinho, um olhar, um abraço, uma conversa... REVISTA ILHA PURA: Do slogan solidário e engajado ao caráter de transparência, já dá pra dizer que em apenas dois anos o Caslu atingiu a sua proposta? Quais são os próximos passos? FERNANDA: Atingiu e superou! Eu sempre digo que a gente não vende somente camisas. O Mundo Caslu vende algo muito mais importante do que uma simples camiseta, a gente na verdade “compra” a confiança de uma pessoa e a vontade que ela tem de fazer o bem. Felizmente, temos conseguido juntar cada vez mais “vontades” de ajudar e com isso fazemos doações durante todo o ano para instituições que cuidam de crianças. O próximo passo é, além de doar todos os produtos que a instituição pede, como alimentos, material de limpeza e higiene, começar a
fazer pequenas reformas nos ambientes onde as crianças vivem, para melhorar a qualidade de vida delas nos orfanatos e abrigos. Para isso, temos que vender mais e mais camisas! REVISTA ILHA PURA: Em 2016, teremos os Jogos do Rio e todas as atenções estarão voltadas para a cidade. É um momento-chave também para os projetos sociais e a exposição dos problemas que enfrentamos? FERNANDA: Eu acho que, infelizmente, a gente se apega a esses momentos em que “os olhos do mundo estarão voltados para nós”. Eu ficaria muito feliz se cada um fizesse a sua parte mesmo quando ninguém estivesse olhando. Quando as pessoas entendem que a boa ação é para o próximo, mas também é pra nossa alma, tudo começa a mudar. REVISTA ILHA PURA: Você vive um momento muito especial como mãe, e pelo destaque profissional que atingiu. Apesar da correria, dá para conciliar tudo?
FERNANDA: O tempo funciona assim: quem quer, arruma. E eu quero muito continuar fazendo minhas tarefas com o Mundo Caslu, então eu me viro e arrumo alguns minutos por dia para receber os pedidos, separar camisas nos envelopes, mandar pros correios, atualizar estoque, mandar e-mail de confirmação para quem comprou etc. Quero aproveitar para dizer que estou muito feliz em apresentar o Mundo Caslu para o pessoal de Ilha Pura e pedir a todos que façam, de alguma forma, a diferença na vida de quem precisa. Pode ser na vida de uma pessoa só. Não precisa ser através do Mundo Caslu, mas de qualquer maneira mesmo. E digo isso com propriedade, porque o sentimento que bate pra quem dá é o mesmo que bate pra quem recebe, então acho que a gente não pode passar por essa vida sem sentir isso. E para quem quiser conhecer mais sobre o Mundo Caslu, o site é www.mundocaslu.com.br!
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Visita dos atletas
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A VILA QUE ENCANTA
Durante a fase final das obras, Ilha Pura recebeu esportistas que fizeram e fazem parte da história do esporte nacional. Todos interessados em ver de perto a Vila dos Atletas, suas acomodações, estrutura e diferenciais. Os 31 prédios que hospedarão os atletas olímpicos e paralímpicos estão nos últimos detalhes. O paisagismo dos parques também está avançado, e as obras no entorno seguem em ritmo acelerado. Alguns visitantes ilustres estiveram no local. Robson Caetano, dono de dois bronzes olímpicos no atletismo, as gêmeas Nicoli e Natali Cruz, dos saltos ornamentais, e o remador paralímpico Michel Pessanha foram acompanhados pela imprensa e mostraram enorme satisfação com o que viram. “Este lugar é espetacular. Vim ‘amarradão’ receber a minha chave, cara!”, brincou Robson, que esteve em quatro edições dos Jogos. “A gente fica feliz em ver que o padrão de qualidade está elevado. Na minha primeira Olimpíada, em Los Angeles (1984), a gente ficou na universidade de lá. Em relação à Vila em Barcelona (1992), estamos dez passos à frente em termos de qualidade. Em Pequim (2008), você tinha que colocar atletas fora da vila, porque não cabia todo mundo. Ver o Brasil produzir algo tão fantástico, é sensacional”, destacou. No total, são 3.604 apartamentos e 10.160 quartos com capacidade para hospedar 18 mil atletas e oficiais.
As gêmeas Nicoli e Natali Cruz, com Robson Caetano e Michel Pessanha.
Visita dos atletas
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Portador de paralisia infantil, Michel Pessanha não encontrou dificuldades para circular de muletas pela Vila dos Atletas. O atleta do Flamengo conquistou a vaga para o país na categoria double skiff TA, ao lado de Joseana Lima. “Tudo está melhor do que eu esperava. Para mim, o apartamento não precisa ser adaptado, está ótimo. Eu ainda estou maravilhado, porque faz apenas dois anos que eu comecei no remo e as coisas já estão acontecendo muito rápido. Agora que eu estive aqui, vou me dedicar ainda mais para conquistar o meu objetivo”, afirmou, sem esconder a ansiedade de representar o país. O grupo assistiu a uma apresentação sobre o novo bairro e foi acompanhado pelo diretor-geral de Ilha Pura, Maurício Cruz. “Como os atletas irão transmitir as primeiras impressões de Ilha Pura ao mundo, nós fizemos o máximo possível para mostrar às pessoas que no Brasil existe uma preocupação grande com a sustentabilidade. Além de servir de legado e exemplo para outras construtoras que realizam empreendimentos imobiliários residenciais do mesmo nível”, declarou. As manauaras Nicoli e Natali Cruz, que vieram ainda pequenas para o Rio, saíram da Vila dos Atletas com uma certeza: os Jogos de 2016 serão, literalmente, o grande salto de suas vidas. “A estrutura é bem aconchegante, ficamos imaginando isso aqui cheio de atletas, com aquela correria toda. É diferente do Pan ou dos Jogos Mundiais da Juventude. Não vejo a hora de entrar no meu quarto, pois aqui o negócio vai ser sério”, disse a sorridente Natali. Nicoli, a irmã gêmea, não ficou atrás no quesito empolgação. “A estrutura não deixará a desejar em nada. Queremos muito conquistar uma vaga para competir aqui”, disse, com os olhos brilhando.
Maurício Cruz, diretor-geral de Ilha Pura, e Robson Caetano.
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Visita
UM SONHO CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DA REALIDADE
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Na década de 70, o eterno “maluco beleza” Raul Seixas cantava os versos: “Sonho que se sonha só/É só um sonho que se sonha só/Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Tudo se resume a uma combinação entre parceria, confiança, dedicação e comprometimento. É isso que faz de Ilha Pura um sucesso antes mesmo de ser inaugurada. Uma metamorfose ambulante, desde a planta até o nascimento dos prédios, crescendo e aparecendo para quem quiser ver. No dia 13 de dezembro, essa história ganhou mais um capítulo ao receber a visita dos moradores de dois condomínios, Viure e Saint Michel, que puderam conferir de perto o andamento das obras e perceber como a realidade pode ser tão doce quanto o sonho.
Visita
José Manuel da Costa foi o primeiro morador a chegar. Antes das oito da manhã, ele já estava em Ilha Pura. Oficial da Marinha aposentado, ele fez MBA em Gestão Empresarial e destacou o potencial que o novo empreendimento possui: “aqui, teremos internet super-rápida, graças ao sistema de fibra óptica. Além de atrativos que vão além da paisagem e da sustentabilidade”.
Para um piloto de helicóptero, morar no 16° andar e ter uma vista privilegiada para a lagoa é motivo de satisfação. Saulo Junqueira Lopes e a esposa, Viviane, são os felizes proprietários de um apartamento no Saint Michel: “é muito bonito. Estamos impressionados”.
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Visita
Casados há 33 anos, Jorge Alberto Santana Alves e Rosa Maria conferiram de perto o seu sonho cada vez mais próximo de ser realizado. “É muito melhor visualizar como está ficando, pois a expectativa fica ainda maior”, disseram os moradores do Viure que estavam acompanhados da afilhada, Camila.
Em tempos de selfies, nada como caprichar na foto com a família no novo lar. Lincoln Chaves Ribeiro vai morar no Viure com a esposa, Joice. E aproveitou parar levar a sogra, Laura, e a cunhada, Aline, para que pudessem conhecer o local: “gostamos bastante do acabamento. Tudo é de muito bom gosto”.
“É legal a gente ver algo tão bonito e saber que não vai precisar mexer em nada”, afirma Flávia Duarte, moradora do Saint Michel. Casada há 22 anos com Cláudio Marzio, eles não veem a hora de se mudar com o filho, Felipe.
A criançada fez a festa na visita, aproveitando um espaço inteiramente dedicado a elas. Hercules de Oliveira e Marly Loureiro, casados há 40 anos, levaram os filhos, Renata e Rodrigo (com a esposa, Leile), e os netos, Miguel (9 anos), Eduardo (6 anos) e Olívia (4 anos), ao local. “Nossos pais irão morar no Viure e estão tentando nos convencer a vir também. Acho que vão acabar conseguindo”, disse Renata, sorridente.
Visita
Foi um domingo realmente mágico, no qual diversas famílias sentiram o gostinho de como tudo está ficando. Um delicioso café da manhã foi preparado para receber os visitantes, que puderam aproveitar a oportunidade para se conhecer melhor. O hall do estande de vendas se transformou em um ponto de encontro para os futuros vizinhos, enquanto não chegava o momento mais aguardado do dia: percorrer o parque e subir para ver os prédios. Divididos em grupos, de modo que todos pudessem apreciar o passeio da melhor maneira possível, os moradores foram acompanhados de perto por toda a equipe de Ilha Pura, desde o Marketing até o Relacionamento com o Cliente, Engenharia e Incorporação. Todos puderam tirar dúvidas e ouvir sugestões, tornando a experiência ainda mais prazerosa. Afinal, como diz a música: “é sonho que se sonha junto”.
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Ana Lúcia Jucá
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TALENTO, OUSADIA E MUITA INSPIRAÇÃO
O nosso encontro com Ana Lúcia Jucá aconteceu na véspera de uma viagem rumo a Paris. Ela, que é uma das arquitetas do projeto Ilha Pura, foi convidada a participar de um evento na Cidade Luz. Do seu escritório na Barra da Tijuca, ela nos contou sobre a relação com a França, principalmente na vida profissional. Dois dos seus grandes desafios na carreira têm a ver com o país: o primeiro deles, curiosamente, começou ainda no Rio de Janeiro. “Eu fiz o Teatro Maison de France (no centro da cidade), um projeto muito importante para mim, diferente de tudo o que eu já havia feito. Foi um sucesso, fiquei muito feliz. O diretor do teatro na época, Michel Oyharçabal, comprou a minha ideia, aceitou colocar todas as poltronas em laranja e os tapetes em blueberry. Coincidentemente, na mesma época, havia sido inaugurado na França um teatro com poltronas nas mesmas cores e eu não sabia. Foi muito bom, pois me deu muita divulgação”, conta Ana. O outro desafio em azul, vermelho e branco aconteceu já em terras francesas. A arquiteta teve a oportunidade de fazer um apartamento em Paris, para onde ia a cada 40 dias e passava uma semana inteira monitorando o andamento das obras. “Eu não falava uma palavra sequer em francês, mas isso me motivou a estudar o idioma e a aprender. Foi uma experiência bastante diferente, eu quis fazer um apartamento com uma cara parisiense. Tenho um orgulho enorme de ter vencido esse desafio”, afirma. Com vinte anos de carreira e um currículo que inclui realizações marcantes também no Brasil e nos Estados Unidos, Ana Jucá aceitou, de muito bom grado, o convite de Ilha Pura, emprestando o seu talento e sofisticação para o projeto. “Me chamaram para fazer o bloco mais nobre, que é o bloco 9. Eu fiquei muito satisfeita com isso”, diz a profissional, que teve cerca de um ano para preparar tudo. “Fui convidada para fazer um apartamento decorado e as partes comuns desse bloco. Primeiro, eles trabalharam todo um conceito, para saber exatamente o alvo que eles pretendiam atingir. Tivemos bastante tempo para desenvolver um projeto bacana, com muita análise, já que o condomínio será inaugurado somente depois das Olimpíadas”, comenta. Apesar de já ter participado de outras grandes realizações – como o Hotel Sheraton e o trabalho feito no Casa Show –, Ana admite que está ansiosa para ver o resultado final em Ilha Pura. “A gente sempre fica com uma boa dose de expectativa, já que desejamos
Ana Lúcia Jucá
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que fique o melhor possível. O retorno das pessoas é sempre o mais recompensador pra gente. O projeto, para o arquiteto, é como se fosse um filho, então a gente espera que ele seja muito bem-sucedido na vida”, brinca. Detalhista e movida a desafios, ela acredita que o novo empreendimento da Barra da Tijuca será algo ímpar em termos de arquitetura, qualidade de vida e infraestrutura. “É um projeto completamente diferente de todos os condomínios que nós estamos acostumados a ver na Barra. É mais do que um condomínio, é uma minicidade, um complexo autossuficiente baseado fortemente na sustentabilidade. É uma visão futurística que me agrada bastante”, elogia Ana, encerrando a entrevista (a última, antes de embarcar mais uma vez para França, rumo ao Museu do Louvre). No Brasil, os moradores de Ilha Pura certamente ficarão contentes e encantados com o trabalho da arquiteta. Merci, Ana!
“É mais do que um condomínio, é uma minicidade, um complexo autossuficiente baseado fortemente na sustentabilidade. É uma visão futurística que me agrada bastante.”
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Família Eiras
Família Eiras: Pedro Henrique, Andrea, Paulo e Juliana.
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DO MUNDO PARA ILHA PURA
Entre 1987 e 1997, a TV norte-americana exibiu um seriado muito popular, chamado “Married with Children” (traduzido no Brasil para “Um amor de família”). Era uma sátira bem-humorada em que marido, esposa e filhos viviam às turras, debaixo do mesmo teto, mas longe de ter uma união perfeita. O campo da ficção, aliás, apresenta diversos exemplos que fogem do formato mais tradicional. Vide os Addams, Flintstones, Simpsons e outros tantos, que superam todas as diferenças e adversidades com aquilo que há de mais importante em uma relação social: amor e respeito. A vida real também tem histórias muito bacanas e que merecem ser contadas, que fogem do padrão e, talvez por isso mesmo, sejam tão fascinantes. Uma delas tomará as próximas linhas, e os protagonistas são futuros moradores de Ilha Pura: os Eiras. Há cerca de seis anos, o engenheiro naval Paulo Eiras recebeu uma oportunidade para trabalhar em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Ele não apenas aceitou como também levou junto a esposa, Andrea, e os filhos, Pedro Henrique e Juliana. Da residência no Grajaú, a família ganhou o mundo, fazendo contato com uma cultura radicalmente diferente. A adaptação, que nem sempre é fácil, acabou se tornando questão de tempo. “As crianças se aproximaram bastante com a viagem. O Pedro tinha uns 12 anos, a Juliana devia ter uns 8. Eu até então era nutricionista, mas parei para
Família Eiras cuidar deles e estudar inglês, que é um idioma comum lá”, explica Andrea. Ela também ficou mais grudada nas crias, à medida que todos iam se acostumando com o novo lar. Passados cinco anos, Paulo recebeu uma nova proposta, dessa vez para trabalhar e morar em outro ponto da Ásia. O destino foi a Coreia do Sul. De malas prontas, a família Eiras embarcou para lá, ficando um ano no país. Tudo foi novidade para eles: o clima, as pessoas, o modo de vida etc. “Foi uma experiência de vida incrível. Nós acabamos criando uma outra compreensão do mundo. Mesmo que as crianças tenham perdido um ano letivo, elas ganharam muito conhecimento, assim como nós”, analisa Andrea. A bagagem cultural e o aprendizado foram enriquecedores, no entanto, era a hora de voltar ao Brasil e continuar a vida por aqui. A readaptação, após tanto tempo longe, foi demorada, mas o reencontro com familiares e velhos amigos se mostrou recompensador. Andrea, incentivada por Paulo, decidiu retomar a profissão de nutricionista e comprou duas salas comerciais, onde montou um estúdio de pilates. A agora empresária percebeu que era um bom momento de morar na Barra da Tijuca, com a irmã e a sogra por perto. O maridão tinha o sonho de comprar uma casa, mas curtiu a ideia de viver em um local que pudesse oferecer tudo que eles sempre quiseram. “Foi assim que acabei me encantando pela questão do ‘bairro fechado’. Me senti segura, me atraí pela distância entre os prédios, a parte do jardim, tudo me remetendo a um Rio de Janeiro que deveria ser todo assim. Vimos um condomínio antes, mas não tinha ‘aquela vista’ que a gente gostaria. Aí o Paulo começou a ouvir falar sobre a construção de Ilha Pura
e conversou comigo, filmou, tirou foto. Aqui, nós juntamos o conceito de bairro fechado a essa vista. É ‘A’ vista! Exatamente o que a gente queria. Essa liberdade, de olhar pela janela e ter esse visual”, elogia Andrea, se referindo à belíssima lagoa logo em frente ao apartamento. Convencer os filhos não foi uma missão das mais complicadas. Mesmo nessas horas, a mãe coruja, que não poupa elogios às crias, fala com orgulho sobre a personalidade deles. “Juliana é um camaleão, se adapta a qualquer canto. Já pensou em ser cirurgiã, designer gráfica, veterinária. Quer ir pro Canadá. Mas a gente não influencia, eles podem fazer o que quiserem. Pedro Henrique escolheu Medicina, vai prestar vestibular e tem o nosso apoio total. Quando dissemos que viríamos para Ilha Pura, os dois gostaram e se empolgaram bastante. Trouxemos minha irmã, meu cunhado; a família inteira (risos). Todo mundo aprovou!”, garante ela. A família adquiriu um apartamento no Saint Michel, além de comprar outro no Millenio para a mãe de Paulo, assim ficarão todos bem próximos. “Inicialmente, nós tínhamos visto o Viure para a minha sogra. Mas como ela já tinha gostado da varanda do Millenio, optamos por ele. Tem suíte, tem serviço e está pertinho da gente”, analisou. No entanto, você já deve ter percebido que o patriarca dos Eiras ainda não falou, certo? É porque, acredite se quiser, enquanto entrevistávamos Andrea, ele já estava viajando a trabalho de novo! Mais precisamente em Singapura, a muitas e muitas milhas da Cidade Maravilhosa. Desta vez, Paulo foi sozinho, e os contatos por Skype e WhatsApp são constantes. Mas não pensem que ficará assim por muito tempo. Andrea
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vai levar Juliana e Pedro Henrique para uma temporada de dois meses, matando a saudade e conhecendo mais um país. E por falar em saudade, é nessas horas que todos procuram enxergar o lado bom da vida. “O tempo é curto e o projeto de Ilha Pura está previsto para ser entregue em 2017. É o tempo do Paulo voltar e curtir com a gente. Além disso, com as viagens, a gente acaba se transformando em namorados, e isso é ótimo!”, vibra a esposa, lembrando os 21 anos de casamento. Nada como um final feliz para encerrarmos essa bela história. Assim como na trilha de abertura do seriado que mencionamos no começo – que tinha Frank Sinatra cantando “Try to separate them, it’s an illusion” (“experimente separá-los, é uma ilusão”) –, o exemplo da família Eiras mostra que não há distância que atrapalhe, quando sobra afeto e consideração entre eles. Do mundo para Ilha Pura, foi onde eles escolheram morar. Andrea Eiras.
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Time Nissan
SALTO DE QUALIDADE PARA OS ATLETAS
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A honra de representar o país nos Jogos Olímpicos é o sonho de qualquer atleta. Para competir em alto nível, é necessário aliar técnica, vigor, resistência física e, principalmente, inteligência emocional. Pensando nisso, foi realizado o VIII Workshop de Preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O evento, realizado em Ilha Pura e organizado pela Nissan, teve palestras sobre pressão psicológica e os perigos na preparação dos competidores. Dos 30 atletas patrocinados pela fabricante, 25 deles representaram o time Nissan. Ao longo de dois dias, bastante produtivos, eles puderam trocar ideias e esclarecer dúvidas, tendo como mentores a rainha do basquete, Hortência Marcari, e o grande paratleta Clodoaldo Silva. Houve ainda visitação ao Parque Olímpico e às instalações da Vila dos Atletas. A futura “casa” arrancou inúmeros elogios daqueles que terão o privilégio de morar por algumas semanas naquele que será o mais novo bairro do Rio de Janeiro.
Time Nissan
Hortência Mesmo para quem já rodou o mundo inteiro competindo pelo Brasil e conhecendo as mais diversas instalações, foi impossível conter a admiração diante do espaço que os atletas terão no Rio de Janeiro. “A estrutura é maravilhosa, de alto padrão. De todas as vilas que eu conheci, é a mais bacana”, admitiu Hortência. Prata nos Jogos de Atlanta (1996), ela recomendou que os atletas tenham foco total nas Olimpíadas, principalmente os mais jovens. “Eles precisam ficar atentos, principalmente com as redes sociais. Aqui é um espaço maravilhoso para que eles possam descansar e se concentrar. Não podem ficar se distraindo com celular, postagens e fotos”, aconselhou.
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Time Nissan
Alessandra Marchioro “Nossa, é bonito demais!”, exclamou a nadadora Alessandra Marchioro, ao observar a maquete de Ilha Pura. “É um projeto muito legal, que tem a ver com a gente também, pela questão de ser sustentável. Deve ser incrível morar aqui”, afirmou. Considerada a “Cielo de maiô”, a paranaense, de 22 anos, já faturou mais de 500 medalhas na carreira e é uma das grandes esperanças brasileiras para os Jogos de 2016. Em 2012, ela ficou fora por apenas 16 centésimos nos 50 m. “Desta vez será diferente, vamos colocar o Brasil no pódio”, garantiu.
Adriana Araújo Acostumada a enfrentar dificuldades, a pugilista Adriana Araújo, de 34 anos, sabe que esta pode ser a sua última participação olímpica. Por isso, espera fazer bonito no boxe e atrair a participação cada vez maior das mulheres no esporte. “Isso aqui é espetacular. As acomodações são ótimas. O Brasil pode esperar medalhas e grandes resultados. Eu fico feliz, porque cada vez mais a mulher vem fazendo parte do quadro de lutas”, disse a peso-ligeiro (até 60 kg).
Felipe Kitadai Outros atletas, como o judoca Felipe Kitadai, fizeram coro aos elogios e expectativas. “Achei ótimo, bem confortável. Vamos ficar muito bem instalados”, disse o medalhista de bronze em Londres, que vai em busca do ouro. “A gente está intensificando os treinamentos, competindo bastante e aumentando o ritmo. A seleção de judô inteira, as 14 categorias, tem condições de ganhar medalhas”, acredita.
Time Nissan
Entre os palestrantes, a jogadora de vôlei Fabi Alvim - que conquistou títulos importantes pela seleção brasileira feminina, como o ouro em Pequim (2008) e Londres (2012) – falou sobre a sua trajetória de superação, excelência em performance e convívio com a pressão no esporte: “se a gente conseguir fazer o nosso melhor, sentiremos muito orgulho. Nosso diferencial são as pessoas”. Já o psicólogo Raphael Zaremba – profissional que possui certificação internacional em coaching – deu dicas de como lidar com situações de alto impacto emocional durante a competição. O workshop abordou ainda a atenção necessária para não perder o foco nos dias que antecedem as competições, inclusive no período de estadia na Vila dos Atletas.
Clodoaldo Silva Um dos maiores paratletas brasileiros de todos os tempos, Clodoaldo Silva brincou ao ver a maquete de Ilha Pura. “Rapaz, só a maquete é maior do que a minha casa!”, disse, sempre bem-humorado. “Vim aqui um ano atrás, e está muito diferente, bem avançado. Vendo os apartamentos decorados, fiquei vislumbrando como serão nas Olimpíadas e Paralimpíadas. Vamos fazer um bom trabalho e cumprir a meta de ficar entre os cinco primeiros no quadro de medalhas”, afirmou.
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Parque Estadual da Pedra Branca
SANTUÁRIO ECOLÓGICO É AQUI DO LADO
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Localizado a apenas dez minutos de Ilha Pura, um verdadeiro paraíso natural encanta os visitantes com toda a sua beleza e biodiversidade. Estamos falando do Parque Estadual da Pedra Branca, um reduto que abriga flora e fauna exuberantes, construído por Deus e preservado pelo homem. É a maior floresta em área urbana do mundo, com 12,5 mil hectares, cercado por diversos bairros, como Barra da Tijuca, Guaratiba, Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Grumari, Campo Grande, Bangu e Realengo. Um dos acessos ao maciço da Pedra Branca, pela Estrada do Camorim, é fácil de chegar e pode ser feito de terça a domingo (incluindo feriados), das 8h às 17h. Nosso passeio foi acompanhado pelo biólogo e gestor ambiental do parque, Andrei Veiga, e monitorado pelos guarda-parques João Cortez e Rafael Sampaio, da subsede Camorim. A trilha tem quase 4 km e uma subida de desnível de 300 m, considerada leve para a média, que pode ser feita em, aproximadamente, uma hora e meia sem pressa. Mesmo os ma-
Parque Estadual da Pedra Branca
rinheiros de primeira viagem podem se aventurar tranquilamente. Logo na entrada, há um posto com profissionais capacitados para dar todo tipo de informação e auxílio. A primeira parada é logo no início, no Circuito das Águas, onde podemos acompanhar a estrutura de quase um século funcionando a todo vapor. Bem próximo dali, há uma área para piqueniques e recreação. Crianças são sempre bem-vindas, mas a partir desse ponto não é permitido levar as de colo ou muito pequenas. Recentemente, a trilha foi filmada pelo Google, então quem quiser, poderá, em breve, acompanhar no Street View para ter uma ideia.
A riqueza natural desse incrível pedaço de Mata Atlântica, somada ao ar puro, torna a visita bastante agradável. Há jequitibás com centenas de anos e embaúbas que fazem a alegria dos bichos-preguiça. Os bioindicadores naturais de qualidade do ar estão presentes na associação entre algas verdes e fungos, a floresta funciona como uma espécie de “esponja”, captando a água da chuva e permeando o solo. O trabalho de educação ambiental segue a passos largos, conscientizando a todos sobre a importância da preservação. São inúmeras espécies de plantas e animais que já estiveram ou ainda estão correndo risco de extinção, como a Palmeira Juçara e o Pau-Brasil.
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A importância dos guarda-parques O trabalho dos guarda-parques é fundamental. Eles tiveram uma capacitação muito parecida com a dos bombeiros. Zelam pelo local, orientam os visitantes e estão preparados para lidar com todo tipo de situação: dos resgates às queimadas. São funcionários públicos concursados temporariamente, que lutam para conseguir criar um cargo efetivo. Nos últimos anos, ganharam uma experiência que é imprescindível para a gestão de qualquer unidade de conservação do Estado do Rio de Janeiro. Podemos dizer que esse profissional se tornou a alma dos parques.
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Parque Estadual da Pedra Branca
Biodiversidade no açude A dinâmica da vida – em termos de cadeia alimentar, disputa por alimentos e locais de reprodução - leva em consideração essa área alagada do açude. Existem muitas espécies que se desenvolvem ali, como anfíbios, répteis, aves, peixes, mamíferos; além disso, há ocorrências de lontras e mãos-peladas que vão até a margem se alimentar. O açude foi benéfico, porque criou um ecossistema a mais. Antes, era uma área plana, provavelmente com um córrego ou um rio passando. A profundidade original é de 18 metros, contudo, devido ao assoreamento natural que ocorreu desde então, essa profundidade hoje é menor.
A Trilha do Camorim é uma trilha histórica, pois remonta a uma época em que o Rio de Janeiro passou por uma crise hídrica de abastecimento. Na década de 30, foram construídas diversas fontes de captação e estruturas para armazenamento e distribuição de água. Foi aí que nasceu o Açude do Camorim, considerado hoje uma das atrações do parque, pela sua beleza e grandiosidade. “O açude possui cerca de 4 mil metros quadrados – cabem pelo menos quatro campos de futebol nele – e foi construído aproveitando o relevo, que formava justamente uma bacia sedimentada. Então, cavaram essa região e represaram o lago”, explica Andrei Veiga. A princípio, a barragem tinha uma aparência artificial, mas aos poucos a vegetação auxiliar se encarregou de dar a ela um aspecto natural, passando a integrar o ecossistema local. O banho ali, apesar de irresistível nos dias mais quentes, é proibido. Afinal, estamos falando de água para abastecimento. No entanto, há uma bela cachoeira no caminho, com 6 metros de queda, excelente para se refrescar e descansar com a família e os amigos. O açude tem mais de oitenta anos e diversos animais procuram aquela região para se alimentar. A sua altitude é de aproximadamente 435 metros em relação ao nível do mar. Já a subsede do Camorim, onde a trilha começa, está em torno de 160 m. Antigamente, passavam até carroças e veículos com materiais para a construção do açude. Ainda é possível ver alguns resquícios daquela época, que se tornaram parte integrante do visual; um exemplo é a torre tombada, que servia de observação e hoje é uma ótima pedida para tirar fotos.
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Cuidados na trilha Mesmo sendo fácil de fazer, a Trilha do Camorim requer os cuidados básicos de todo passeio pela floresta. Um calçado apropriado é importante para não machucar os pés ou escorregar. Água para hidratar e repelente para manter os mosquitos afastados também merecem estar no checklist. Pode levar celular? Claro, apenas é recomendável não ficar mexendo nele enquanto estiver fazendo a caminhada. Se identifique com os guarda-parques antes de entrar. Há plaquinhas indicando o caminho, para ninguém se perder. As fotos estão liberadas, e são as únicas coisas que devemos tirar do local. Nada de levar consigo pedras, plantas ou bichinhos. Não esqueça também de ter à mão uma sacolinha para guardar o lixo, como a embalagem de um biscoito. A preservação desse patrimônio natural é um dever de todos nós.
“Como beleza paisagística, quantos cariocas conhecem essa trilha? Poucos. Os pontos turísticos em unidades de conservação estão associados a mirantes. Aqui você vê um fragmento de Mata Atlântica extremamente bem
preservado. A mata é secundária, do tipo média-avançada, de rara beleza e que se modifica a todo o tempo”, ensina Andrei. Seja sob sol ou chuva, o espetáculo visual salta aos olhos. A neblina dá um aspecto bem primitivo para o açude. Ao contrário dos miran-
tes, que precisam do típico dia claro e ensolarado para serem mais bem apreciados, o açude fica particularmente bonito quando chove. Ou seja, não há desculpa climática capaz de impedir uma visita ao parque.
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Réveillon na Barra
Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).
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2016, PODE CHEGAR
O Réveillon do Rio de Janeiro é sempre lembrado pela tradicional queima de fogos de Copacabana, mas outros pontos da cidade estão atraindo os olhares de cariocas e turistas de todo o mundo, e a Barra da Tijuca está entre eles. O bairro não para de crescer, a mobilidade está se tornando uma realidade, a rede hoteleira se expande, as opções de lazer estão surgindo, a população é crescente e os turistas estão cada dia mais encantados. Grandes hotéis como Hilton, Windsor e Grand Mercure serão alguns dos responsáveis por colorir o céu da zona oeste com muitos fogos, no dia 31 de dezembro, durante quinze minutos. A iniciativa, que é uma parceria do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), com o patrocínio da Carvalho Hosken, promete inovar a noite da virada 2015-2016. Em junho deste ano, um evento-teste mostrou que a Barra tem potencial para a realização da queima de fogos com muita qualidade e segurança. “Nós escolhemos, para essa ocasião, um hotel na praia e o outro na Abelardo Bueno para ver qual a visibilidade e como poderíamos dar grandiosidade a esse evento. Com a quanti-
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Foto: Arquivo junho de 2015 (Hotel Hilton)
Réveillon na Barra
dade de turistas que circulará pela região, o perfil da Barra vai mudar completamente. Por isso, decidimos
realizar esse teste com foco no espetáculo que pretendemos promover na noite do dia 31 de dezembro”,
destaca Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).
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Réveillon na Barra
Para o presidente, não faz sentido que todos os turistas hospedados por aqui tenham que cruzar a cidade para chegar à festa de Copacabana. “A Bar-
ra mostrou que pode sediar eventos de grande porte. Em setembro deste ano, o Rock in Rio lotou os hotéis da região. Nosso grande desafio é colocar
o bairro no calendário de eventos internacionais (esportivos, turísticos e de entretenimento)”, explica ele.
Réveillon na Barra Hotel Hilton.
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Mas esse não é um investimento com foco apenas nos turistas, mas também nos moradores, pois poderão comemorar a chegada de 2016 ao lado de casa. De acordo com Alfredo Lopes, a proposta da queima de fogos é promover um Ano-Novo que marque uma nova era para toda a região. “A ideia não é ter apenas hotéis participando dessa iniciativa, mas também shoppings e condomínios. Diferente de Copacabana, a queima na Barra não vai ser na areia nem em balsas, o Réveillon por aqui será invertido, em vez do olhar do público ser direcionado para o mar, ele vai se voltar para a direção dos hotéis. A meta é que atinjamos dez pontos de queima”, acrescenta Alfredo. Um fato que faz a diferença no espetáculo, e que protege o público de eventuais riscos, é o local onde será realizada a queima. Por isso, em diferentes hotéis da região ela foi pensada de maneiras diferentes. No Hilton, os fogos sairão do chão, em um terreno frontal, já no Windsor o espetáculo pirotécnico será realizado na cobertura. Agora é esperar para ver e apreciar o novo Réveillon na Barra que promete entrar para o calendário oficial de festas.
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