CCBT - 25 anos

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CONSELHO EDITORIAL CCBT Delair Dumbrosck Roberto Salvador Denise Dobbin Bauerfeldt Cleo Pagliosa

Câmara Comunitária da Barra da Tijuca Av. Marechal Henrique Lott, 135 www.ccbt.org.br

Editora:

Tereza Dalmacio

Texto e Edição:

Delair Dumbrosck e Tereza Dalmacio

Pesquisa:

Sandro Miranda

Produção:

Debora Monken e Eveline Rinaldi

Fotografia:

Lourrayne Lima

Arquivo fotográfico:

CCBT

Revisão:

Laila Silva

Projeto gráfico e editoração: Rachel Sartori

www.grupocoruja.com Impressão:



PATROCINADORES:

PATROCINADOR MÁSTER:


SUMÁRIO Nasce uma Sociedade Organizada.............................................10 Emissário Submarino: A Primeira Grande Luta........................16 Somando Forças........................................................................24 Dragagem das Lagoas................................................................32 CCBT e sua Responsabilidade Social.........................................40 Barra Metrô 2000......................................................................58 Duplicação da Av. das Américas.................................................64 BRT: Ligação Alvorada-Jardim Oceânico..................................70 Ordenamento Urbano...............................................................74 Reflexos da Falta de Política Habitacional.................................78 Elevado do Joá...........................................................................82 Segurança...........................................................................84 Hospital Lourenço Jorge...........................................................86 Programa Melhor Idade............................................................88 Eventos Esportivos..................................................................100 Encontro de Síndicos...............................................................104 Esta Casa Abriga Sonhos........................................................106 Curiosidades........................................................................110 Diretoria da CCBT.................................................................114 Construindo Pontes.................................................................118


Foto comemorativa do primeiro aniversário da CCBT.

Primeira diretoria da CCBT (1992): Presidente:

Diretores:

Conselho Fiscal:

Delair Dumbrosck - Santa Marina

Pedro Paulo Da Poian - Pedra de Itaúna Luiz Henrique Schulze - Mandala Almir Simões - Alfa Taurus/Sirius Milton Pustilnik - Amalinda/Marinas Beton Mauricio C. Soares - Barra Sul

Maria Cristina Raupp - Barramares Humberto C. Lima - Riviera Dei Fiori Edgard Lieber - BarraShopping

Vice-presidente: Hermano Freire - Nova Ipanema


Escrevendo nossa história...

F

alar dos 25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca é também narrar o crescimento do bairro, que, de uma localidade distante, tornou-se a região de maior crescimento no Rio de Janeiro. A população quase dobrou de 1992 pra cá. Atualmente, são mais de 200 mil moradores.

Se voltarmos um pouco no tempo, entre 1970 e 1980, a população do Rio cresceu 21%. Na Barra, o crescimento foi de 65%. E assim, a Barra avança e se estrutura para abrigar uma população maior que a de muitas cidades brasileiras. Aqui tudo é superlativo, grandioso, e o movimento de famílias inteiras chegando supera qualquer previsão inicial. E no meio dessa explosão demográfica, a CCBT comemora o seu Jubileu de Prata nesse bairro pujante, elétrico, jovem e com belas histórias para contar. A força da comunidade local está impressa em cada conquista, da construção do emissário da Barra à chegada da Linha 4 do metrô. Mapeando ano a ano, nossas vitórias expressam a união e a força de gente desprendida e movida pelo desejo supremo de construir, transformar e fazer da Barra da Tijuca um belo lugar para viver e trabalhar. Olhando para trás, é possível mensurar tal evolução... Ao longo deste livro, você terá a oportunidade de vibrar, se emocionar e conhecer um pouco mais da história da Barra da Tijuca. Perceberá que a Câmara Comunitária é como pano de fundo para cada movimento social, econômico e político. Nestes 25 anos, a CCBT ganhou expressão nacional, respeito e parceria do poder público e da imprensa. Tornou-se a voz forte da população, que se faz ecoar onde for preciso. À frente da organização, um time de voluntários comprometido com a ética, a transparência e focado nas necessidades do bairro. Assim, seguindo o lema da instituição – “Não basta ter sido bom quando deixar o mundo. É preciso deixar um mundo melhor” (Bertolt Brecht) –, sou apenas mais uma peça nesse tabuleiro, e o jogo só começa quando estamos todos juntos e afinados.

Delair Dumbrosck


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nasce uma sociedade organizada

O

mundo fervilhava nas décadas de setenta e oitenta, o Brasil saía da ditadura, a população dava voz às necessidades da comunidade, e surgiam organizações legítimas que representavam a sociedade civil. Aqui, no Rio de Janeiro, foram criadas diversas associações de moradores, capitaneadas pela Famerj – Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro. Jó Rezende foi presidente da Famerj, de 1980 a 1984, e a relevância do trabalho à frente da federação foi determinante para ele se tornar vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro em 1985. Essa pincelada na nossa história situa o caminhar da Barra da Tijuca quanto à representação junto ao poder público. E assim nasceu também a Amabarra – Associação de Moradores da Barra da Tijuca –, considerada por muitos uma instituição radical e muito política, que se colocou contra a construção do emissário da Barra, a duplicação

da Avenida Sernambetiba (hoje, Lúcio Costa) e apoiava a ocupação desordenada de áreas públicas e privadas. Já a Acibarra – Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca –, que agregava os segmentos comerciais e empresariais da região, seguia outro caminho, divergia da


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Reunião de diretoria CCBT.

mais pela Barra da Tijuca. Mas, sigamos com a história para que você possa tirar as suas próprias conclusões.

Amabarra e buscava o diálogo com o poder público. Esse posicionamento equilibrado e democrático abriu frentes importantes e começou a colocar o bairro em evidência. Podemos afirmar ainda que essa postura foi o grande combustível que impulsionou e motivou tantos a fazer

Quase duas décadas depois, em 1992, Delair Dumbrosck, então vice-presidente da Acibarra, em reunião com Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken Engenharia, discutiu a necessidade de a Barra ter uma outra instituição, com a participação dos grandes condomínios e seus moradores. O direcionamento era claro: uma instituição com mais representatividade, coerente nas suas reivindicações e sem radicalismo.


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Assim, na noite de 12 de junho de 1992 foi realizada a pri- condomínios: Roberto Silva/Barra Sul, Silvio Correa/Novo meira reunião, com a participação de treze representantes de Leblon, Delair Dumbrosck/Sta. Marina, Hermano Freire/ Nova Ipanema, Helena Baldener/Sta. Mônica, David Zee/ Primeira sede da CCBT. Riviera Dei Fiori, Pedro Paulo Da Poian/Pedra de Itaúna, Luiz Henrique Schulze/Mandala, Ney Suassuna/Portinho do Massaru, Cristina Raupp/Barramares, Humberto Cordeiro/Gardênia, Milton Pustilnik/Amalinda - Marinas Beton e Almir Simões/Alfa Barra. Nascia assim a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca – CCBT. Naquela noite, ficou decidido então que, pelo pouco relacionamento do grupo, o nome para liderar e presidir o movimento seria conhecido no prazo de noventa dias, período em que o Estatuto Social estaria sendo formatado para aprovação, e contatos passariam a ser realizados com os Governos Municipal e Estadual. A partir desse ponto, reuniões aconteciam semanalmente e as atas eram distribuídas a todos os condomínios da Barra, em busca de novas adesões. Noventa dias depois foi consagrada oficialmente a CCBT em uma assembleia de instalação, com a presença de representantes de diversos condomínios e associações de moradores.

O Estatuto Social foi aprovado nessa assembleia, e aqui começa a nossa história.


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No mesmo ano, a Eco-92, também conhecida como Cúpula da Terra, discutia os problemas ambientais mundiais para garantir a existência das futuras gerações. Realizada no Rio de Janeiro, a Barra foi palco do encontro de representantes de 180 países. Um marco para a humanidade.


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“A sociedade civil organizada é o principal agente promotor do crescimento ordenado e sustentável da Barra da Tijuca. Sem essas entidades, dificilmente essa parte da cidade teria alcançado o sucesso que hoje percebemos. Entre essas entidades, destaco a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca e seu papel fundamental na coordenação e liderança dos condomínios, que são as marcas registradas desse sucesso. O papel de liderança da Câmara, coordenando e organizando as reivindicações de todos, merece um destaque neste momento em que comemoramos os 25 anos de sua fundação. Estão todos de parabéns por essa gigantesca obra já realizada. O sucesso alcançado deve ser comemorado e também servir de exemplo para a necessidade de nos mantermos alertas e aumentar a nossa combatividade. Somente dessa forma prosseguiremos nos desenvolvendo, consagrando o nosso papel como a mais importante e melhor região de toda a cidade.”

Carlos Fernando de Carvalho

Presidente da Carvalho Hosken



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emissário submarino: a 1ª grande luta

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ma das primeiras – e mais duradouras – batalhas travadas pela CCBT foi a retomada das obras do emissário submarino do sistema de esgotamento sanitário de toda a região da Barra, Recreio e Jacarepaguá.

Na época, os condomínios eram apontados como os grandes vilões, os responsáveis pela mortandade de peixes, o que acontecia no Complexo Lagunar frequentemente. A situação era tão crítica que síndicos chegaram a receber ordens de prisão por conta do mau cheiro que exalava das lagoas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente não dava trégua aos condomínios. Tudo isso era um grande equívoco. O fato é que, desde a ocupação da Barra da Tijuca, no início da década de 70, os empreendedores que ergueram os empreendimentos eram obrigados a implantar as próprias estações de tratamento de esgoto (ETEs), sob pena de não poderem vender os seus imóveis. Além do alto custo para operacionalizar as estações, os edifícios ainda pagavam uma tarifa para a Cedae por um serviço de coleta que não existia. A solução que deveria ser provisória acabou permanecendo por muitos anos.


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Mobilização pró-emissário.

A Câmara Comunitária entrou em campo para essa grande batalha. Ela foi a primeira instituição a arregimentar os condomínios para entrar com ações contra essa cobrança indevida.

dos, teve um resultado pra lá de positivo, causando transtornos à Companhia Estadual de Distribuição de Água e Esgotos. O condomínio Atlântico Sul foi o primeiro a ganhar a ação, seguido por muitos outros residenciais.

A petição, redigida de forma brilhante pelo advogado Onurb Couto Bruno, que foi encaminhada a todos os filia-

Pressionado pelas ações, o Governo Estadual reiniciou as obras do emissário, que em vários momentos foram


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Píer da obra do emissário submarino.


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interrompidas. Mas no primeiro governo de Sérgio Cabral, quando a Cedae estava sob o comando de Wagner Victer, os trabalhos retornaram e foram finalizados. Podemos afirmar que o posicionamento estratégico da Câmara foi corresponsável por essa importante vitória para toda a região. A força desse grupo ficou evidente para a sociedade e o poder público. Batalha vencida! Câmara fortalecida e pronta pra muitas outras lutas.


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Hoje com as ETEs e o emissário em pleno funcionamento, a Barra tem 85% do seu esgoto interligado ao sistema de coleta.

Estação de Tratamento de Esgoto da Barra.


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“Quando assumi a presidência da Cedae, em janeiro de 2007, tinha como uma das prioridades buscar parceiros estratégicos para o desenvolvimento de projetos de saneamento nas diversas regiões de atuação da companhia. Buscando o crescimento sustentável da bacia que engloba os bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, encontramos na Câmara Comunitária da Barra uma parceria estratégica. Lembro que havia acompanhado de perto, antes de presidir a Cedae, o engajamento da entidade, no processo que resultou na construção e entrada em operação do emissário submarino da Barra, que, posteriormente, foi uma das primeiras obras que inaugurei como presidente da Cedae. Assim, logo no início de minha gestão, colocamos em operação o emissário submarino e a Estação de Tratamento de Esgotos da Barra da Tijuca, e inauguramos 22 estações elevatórias de esgoto na região. Com isso, conseguimos realizar a interligação dessas elevatórias com quase todos os imóveis da orla da Barra da Tijuca, de grande parte do Recreio dos Bandeirantes e da Baixada de Jacarepaguá. Atualmente, cerca de 85% do esgoto produzido em toda a Barra já está sendo tratado, e seus resíduos, lançados em alto-mar, por meio do emissário. Recordo-me de muitas palestras e debates de que eu e minhas equipes participamos com membros da Câmara Comunitária, que nos auxiliaram muito na priorização da sequência dos empreendimentos e até na busca de parcerias privadas, – como foi o esgotamento do sistema Península, em uma parceria com a Carvalho Hosken e a RJZ Cyrela –, e na melhoria dos sistemas de reservação e de controle de abastecimento de água da Barra, com a Ademi. Um tempo de muitas realizações, em que o papel da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca foi fundamental em todo o processo.” Cordiais saudações,

Wagner Victer

Ex-presidente da Cedae


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SOMANDO FORÇAS

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situação, na década de 1990, era cruel, problemática e onerosa para os condomínios. O ir e vir de caminhões-pipas fazia parte da paisagem local, uma rotina estressante para todos. A área do km 1, início da Av. das Américas, era a que mais sofria. Na região do Bosque Marapendi, os prédios chegavam a ter despesas mensais de R$ 13 mil apenas com abastecimento de água. Uma obra de ampliação era mais que urgente, e o problema da comunidade recebeu todo o empenho e a atenção da Câmara Comunitária desde o início. Assim, depois de uma reunião para discutir a questão com a Cedae, ficou constatado que a empresa não possuía os recursos necessários para qualquer investimento em melhorias. A solução encontrada foi o aproveitamento de uma adutora de 500 mm que estava interrompida na Av. Dulcídio Cardoso, próximo à Av. Jornalista Ricardo Marinho (no Parque das Rosas). A CCBT propôs então que a Cedae ampliasse em 1,5 km a adutora até ao final da Av. Dulcídio Cardoso, no Bosque Marapendi. Com esse entendimento, a Câmara Comunitária ficou


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Obra de assentamento da tubulação na Av. Dulcídio Cardoso.


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com a incumbência da compra do material, e a Cedae, com a responsabilidade da obra civil de assentamento da tubulação em aço. Assim, o acordo foi firmado, cabendo para cada um dos condomínios uma cota/participação de R$ 9 mil. Com isso, ficou resolvido naquele momento um problema que se arrastava havia anos.


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Assentamento da tubulação de 1200 mm da adutora.


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CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ADUTORA POR UMA PPP A Câmara Comunitária da Barra intermediou o que seria a primeira PPP – parceria público-privada – da Cedae. Em 1998, além de uma anunciada deficiência de abastecimento de água para a região nos anos seguintes, vários empreendimentos em final de construção precisavam ter sua ligação de água efetivada. A solução do problema naquele momento era a execução de uma obra orçada em R$ 26 milhões. Diante desse quadro, a CCBT desenvolveu uma engenharia financeira para a realização de 1/3 da referida obra e propôs à Cedae a construção


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do assentamento de uma adutora de 1.200 mm interligando a tubulação da Av. Edgard Werneck até a Av. Ayrton Senna, em frente à Vila do Pan. Vale destacar que as empresas participantes dessa parceria foram: Agenco, Gafisa,

Carvalho Hosken e São Marcos Empreendimentos Imobiliários (Rede Globo). O valor total do contrato (R$ 3.900.000,00) foi arrecadado e administrado pela Câmara Comunitária. A obra teve


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todos os projetos fornecidos e fiscalizados pela Cedae, e a supervisão da execução foi realizada pelos engenheiros Hermano Freire e Afonso Chaves, vice-presidente e diretor da CCBT. Assim, com a origem dos ganhos da apli-

cação desse valor no Banco do Brasil, somada à anuência de todas as empresas participantes, a CCBT então aplicou os recursos gerados na construção de sua nova sede, na Avenida Marechal Henrique Lott.


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Dragagem das lagoas

Q

uatro lagoas existem na Barra da Tijuca: Tijuca, Camorim, Jacarepaguá e Marapendi, e estão interligadas por um canal artificial construído para salinizar a água doce e evitar a proliferação do mosquito transmissor da febre amarela. Todas essas lagoas, nas décadas de 60 e 70, no início da ocupação da Barra da Tijuca, eram límpidas e transparentes. Com o surgimento dos condomínios mais a expansão de Jacarepaguá com diversas ocupações irregulares, os 15 rios e canais que chegam ao Complexo Lagunar, passaram a comprometer a qualidade de suas águas, com o lançamento do esgoto in natura e muita quantidade de lixo, o que resultou no assoreamento de praticamente todas as lagoas. Assim, desde que o Rio foi escolhido para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007, ouve-se falar da despoluição do Complexo Lagunar da Barra com mais ênfase. Jogos vêm, jogos vão, e nada. Em seguida, a dragagem das lagoas


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1970


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torna-se compromisso do Brasil com o Comitê dos Jogos uma tragédia anunciada. Hoje podemos afirmar que o Olímpicos de 2016 e ganha força novamente na mídia na- Complexo Lagunar está totalmente assoreado e entupido cional e internacional. Os Jogos terminaram, e o proble- por lodo, sofás, pneus e outros tipos de lixo. ma está longe de ser resolvido. Para entender um pouco mais sobre essa batalha, a manutenção dos ecossistemas das lagoas da Barra da Tijuca é um tema muito recorrente. O assoreamento pode provocar inclusive o desaparecimento desse ecossistema. Mesmo depois dos Jogos Rio 2016, a dragagem do material orgânico está longe de ser satisfatória. Com isso, o que vemos hoje é um passivo ambiental preocupante, que cresce ano a ano e foi originado por um fator: a intransigência e radicalização de uma posição contrária, nos anos 70, à execução da obra do emissário submarino.

Na época do governo Brizola, havia capital necessário disponível para que a obra do emissário fosse feita. Porém a Amabarra (Associação de Moradores da Barra), juntamente com outras instituições ambientais, e apoiada pela Famerj (Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro), encabeçou uma forte campanha intitulada “Cocô na praia, não!”, discordando veementemente da instalação de um emissário no mar. Diante de uma ação proposta por essas instituições por meio do Ministério Público Estadual, a execução da obra estagnou. Pior, o dinheiro que estava reservado para a dragagem foi levado para outras obras na Baixada Fluminense. Estava plantada ali a semente para a crônica de


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Desde os primórdios de seus trabalhos, a CCBT também encarou essa grave situação como um enorme desafio. Tanto que iniciou, sob a coordenação do renomado professor David Zee, vice-presidente da CCBT, diversas campanhas e protestos reivindicatórios para a dragagem do sistema, tendo sempre a participação ativa do biólogo Mario Moscatelli na luta incessante para dar visibilidade ao problema. Durante a gestão do prefeito Cesar Maia, uma delegação da Câmara Comunitária esteve em Brasília, reunida no Ministério do Meio Ambiente e no Tesouro Nacional, discutindo o apoio para que a Prefeitura conseguisse avais para

empréstimos junto aos bancos japoneses em um projeto de financiamento para dragagem e despoluição. Passado o tempo e após diversas manifestações feitas pela CCBT nas

ruas, somadas às inúmeras audiências públicas, finalmente, no ano de 2014, o Governo Estadual (na gestão de Sérgio Cabral), na figura do secretário do Meio Ambiente Carlos Minc, lançou um edital para o processo de dragagem das lagoas da Barra e Jacarepaguá: Camorim, Tijuca, Marapendi e Canal da Joatinga. A recuperação lagunar ficou orçada em R$ 673 milhões, sendo R$ 402 milhões oriundos de empréstimo do Banco do Brasil e R$ 271 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Uma quantia certamente bastante superior àquela de quando toda a discussão co-

meçou, nas décadas de 70 e 80. Por conta das divergências entre MPE e MPF/RJ, a obra já licitada e contratada não foi iniciada. Novamente, a CCBT precisou entrar em

Manifestação na Lagoa Marapendi.


ação e se viu na obrigação de ir a Brasília para uma audiência com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na busca de conciliação entre o MPF/RJ e o MPE, para que a importante obra de recuperação das lagoas finalmente tivesse início. O conturbado período de divergências foi superado, e as exigências, tanto do MPF quanto do MPE, foram atendidas; tudo parecia bem encaminhado. O novo entrave surgido foi que, por estar o Governo Estadual em sérias dificuldades financeiras e com salários de funcionalismo em atraso, a Justiça do Rio de Janeiro determinou arresto de valores nas contas públicas, e os recursos mais uma vez se foram. A limpeza do complexo seria um “legado olímpico ambiental” de suma importância, o que infelizmente não ocorreu. Mas a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca não se deu por vencida e continua reivindicando junto ao Governo Federal novos recursos para a execução desta obra de fundamental importância e para que não se perca um patrimônio ambiental de grande vocação turística e orgulho dos cariocas.

Novos capítulos serão escritos, e a CCBT segue na luta por uma lagoa não apenas limpa, mas também navegável, ligando os condomínios ao terminal do metrô, melhorando ainda mais o trânsito local e proporcionando mais qualidade de vida aos moradores.

Foto: Mario Moscatelli

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“Saudar 25 anos da nossa Câmara Comunitária da Barra é também parabenizar e reconhecer o empenho de todos os companheiros de diretoria em um trabalho de voluntariado pouco exercido pela nossa sociedade. Essa convivência, quase que diária, muito me ensinou a exercer o direito de cidadania, que todos nós temos e que não podemos desprezar. Uma sociedade organizada sempre será ouvida nas suas reivindicações pelos poderes constituídos. A filosofia de participação social possibilitou à CCBT inúmeras vitórias para nossa comunidade. Os pilares de credibilidade e de liderança conquistados foram erguidos sobre 25 anos de muita luta de seus abnegados membros, visando sempre o melhor para a coletividade do bairro. Em um país que ultimamente está carente de bons exemplos de ética e transparência, a CCBT é um exemplo vivo do que é capaz uma sociedade organizada e comprometida com ela mesma. Parabéns pela esperança de um Brasil melhor e o meu orgulho de estar exercendo a vice-presidência desta entidade, que é hoje uma referência de organização.” David Zee

Vice-presidente


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CCBT E SUA responsabilidade social Entre os objetivos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, ficou decidido pela sua diretoria que a instituição deveria assumir o seu papel de responsável social diante da comunidade e, assim, definiu pela obrigação da realização de campanhas e palestras que trouxessem ao debate temas como: Uso Indevido de Drogas; Violência; Convivência Comunitária; Prevenção com a Saúde; e outros.

I. CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS (1993) A diretoria da Câmara Comunitária encarou um desafio: a realização de uma Campanha de Prevenção ao Uso de Drogas. Para isso, contatos foram feitos com a Sra. Anne Mayer, presidente da campanha Red Ribbon (campanha da Fita Vermelha, que se realiza anualmente nos EUA), que remeteu todo o projeto. A versão na Barra da Tijuca recebeu a denominação de “DROGAS – O PIOR VENENO”. Foi patrocinada pela Amil e pela Carvalho Hosken Engenharia, contando ainda com o apoio do Confen – Conselho Federal de Entorpecentes –, do governo americano – por meio do seu consulado no Rio – e do jornal “O Globo”. A presidência de honra coube ao então atleta Zico. A abertura do evento aconteceu com uma grande parada de alunos dos


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colégios da região, e durante 30 dias foram realizadas palestras nas escolas, condomínios, clubes e igrejas; maratona; passeio ciclístico; torneios esportivos; teatro; apresentação

Abertura da campanha no Colégio Veiga de Almeida.

de dança etc. A imprensa (rádio, TVs e jornais) proporcionou uma grande cobertura e divulgação, dando ao evento projeção nacional e internacional.


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II. REEDIÇÃO DA CAMPANHA EM 1999 Dessa vez, a campanha aconteceu durante 15 dias e teve o patrocínio da Telemar. O presidente de honra foi o então atleta Oscar Schmidt. Uma grande tenda foi instalada em um estacionamento para abrigar toda a secretaria executiva do evento, que teve a participação de dezenas de voluntários. Como convidada dessa campanha, veio ao Brasil a Sra. Anne Mayer, presidente da Red Ribbon nos EUA, que participou de todos os eventos e palestras realizadas. Para essa edição, criou-se uma pequena camiseta com a estampa “NASCI LIVRE DAS DROGAS”, que foi distribuída entre todas as mães grávidas e também nas maternidades, o que foi um grande sucesso. Toda a campanha foi desenvolvida nos mesmos moldes da primeira, havendo a oportunidade de estendê-la a alguns colégios de Jacarepaguá. O encerramento aconteceu no Maracanã, momento antes de um jogo entre Flamengo e Santos.


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III. PROGRAMA DE ATENDIMENTO A DEPENDENTES QUÍMICOS E FAMILIARES A partir da realização da primeira campanha DROGAS - O PIOR VENENO, sob a coordenação do diretor e psiquiatra Dr. Jorge Jaber, a CCBT iniciou, em suas dependências, um programa de atendimento às pessoas atin-

gidas pelo drama da dependência química, e também a realização de palestras nos colégios e condomínios, o que acontece há mais de vinte anos.


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Esse programa mereceu incontáveis reportagens da imprensa nacional e, sempre sob a liderança do diretor Jorge Jaber, foi levado a diversos congressos internacionais com foco em saúde mental em países como Portugal, Chile, EUA e Inglaterra. Nos últimos anos, a média de atendimentos, todos gratuitos, foi de 2 mil consultas/ano para os dependentes e seus familiares, tornando-se referência e recebendo encaminhamentos da Justiça, delegacias e de outras instituições.


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IV. CCBT NO ROCK IN RIO Em 2001, com a realização do Rock in Rio III, reunindo milhares de jovens na Cidade do Rock, surgiu a oportunidade perfeita para uma nova ação de prevenção às drogas. Em uma tenda colocada estrategicamente na entrada do evento, dezenas de voluntários distribuíram milhares de adesivos e panfletos de conscientização.


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V. MENSAGEM NO CARNAVAL Há mais de 15 anos, a instituição empresta o seu apoio ao bloco carnavalesco Alegria Sem Ressaca, uma criação do diretor Dr. Jorge Jaber, que coordena o programa de Saúde Mental da Câmara Comunitária. O bloco foi criado a partir de uma ação no Carnaval de 2002, no pedágio da Linha Amarela, para a distribuição de panfletos alusivos ao uso de bebidas no Reinado de Momo. Assim, a partir do ano seguinte, 2003, o bloco Alegria Sem Ressaca marcou presença desfilando pela Av. Atlântica, sempre uma semana antes do Carnaval, já com a tradição de levar uma mensagem de prevenção ao consumo de bebidas alcoólicas no Carnaval.


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VI. FÓRUM PERMANENTE A CCBT mantém, desde a sua fundação, um Fórum Permanente para realização de debates, audiências públicas e diversas palestras de interesse da sociedade. No contexto político, sempre em períodos de eleições, todos os candidatos a cargos majoritários são convidados a fazer a apresentação dos seus programas de governo. Também, vereadores e deputados, prefeitos e governadores, depois de eleitos, são constantemente convidados a discutir assuntos de interesse da região e a fazer prestação de contas dos seus mandatos. No contexto das audiências públicas, diversas delas foram realizadas na Câmara Comunitária para debater sobre obras do metrô, emissário submarino, BRT, duplicação do Elevado do Joá, expansão do Aeroporto de Jacarepaguá e outros tópicos. Nos assuntos de interesse da sociedade, foram realizados encontros e palestras sobre prevenções de doenças, convivência comunitária, gravidez precoce, economia, relacionamento pessoal e muitos outros.


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VII. CURSOS E TREINAMENTOS A Câmara Comunitária da Barra, desde a sua fundação, realiza cursos e treinamentos para todos os funcionários dos condomínios filiados à instituição. Essas atividades são mensais e gratuitas, versando sobre: Primeiros Socorros; Combate a Princípios de Incêndios; Jardinagem e Paisagismo; Administração Geral; Legislação Trabalhista; Relações Públicas etc. Mais de 5 mil funcionários já receberam certificados por participação nesses cursos, que são coordenados pelos diretores Roberto Silva e Antonio Carlos Guimarães.

Curso de conservação predial.

Curso de combate a incêndios.


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À

Câmara Comunitária da Barra da Tijuca “Em 20 de maio de 2011, como síndico do Rosa Shopping, testemunhei a eficiência dos treinamentos oferecidos pela CCBT. Como filiados, nossos funcionários sempre participam dos cursos. Nessa data, por volta das 10 horas, houve um princípio de incêndio em uma loja do condomínio, e, de maneira eficiente, os funcionários, que tinham feito o curso de prevenção de incêndios, controlaram a situação de forma competente. Quando os bombeiros chegaram, o serviço já estava feito. O fogo já estava extinto.” 14 de março de 2017.

Pedro Januario da Silva Ex-síndico do Rosa Shopping


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barra Metrô 2000

E

m 1994, a preocupação em resolver o problema do trânsito na Barra da Tijuca já era uma das bandeiras da Câmara Comunitária. A partir de uma reunião da diretoria, a mobilidade urbana passou a ser mais uma reivindicação, surgindo assim a campanha Barra Metrô 2000. O diretor Alvaro Santos (Park Palace), que já tinha sido presidente do metrô, ficou com a tarefa de formatar e orientar todo o pleito da CCBT. Aconteceram diversos movimentos de rua com entrega de folhetos, colagem de adesivos em automóveis e entrevistas em diversos veículos de comunicação. Em 1998, com Alvaro Santos novamente na posição de presidente do metrô no Governo Estadual de Marcello Alencar, conseguimos que acontecesse, no dia 28 de dezembro, um leilão da concessão para a Linha 4, inicialmente com o trajeto de Botafogo (Morro de São João) ao Jardim Oceânico. Saiu vencedor o Consórcio Rio Barra, e a CCBT assinou todos os termos como testemunha do ato, sendo que, logo em seguida, foi procurada para ajudar na definição da localização do canteiro para as obras.


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Ayrton Senna da Silva, piloto de Fórmula 1, três vezes

campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991, morreu em 1994, em uma colisão

no Grande Prêmio de San

Marino, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola,

na Itália. Não apenas o país,

mas o mundo chorou a grande perda. Naquele mesmo ano, a Avenida Alvorada recebeu o

nome do tricampeão: Avenida Ayrton Senna. Uma pequena homenagem do carioca ao grande ídolo brasileiro.


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Meses depois, o então governador Garotinho contestou a mudança do trajeto (prevista no edital) apresentada pelos vencedores da concessão que modificava o trecho para Carioca-Jardim Oceânico. Assim, ele tentou a impugnação de todo o processo e, novamente, a CCBT teve que movimentar-se, inclusive em audiências no TCE – Tribunal de Contas do Estado –, para que o processo não fosse interrompido. O contrato definia que a execução de 55% das obras civis seria de responsabilidade do consórcio. Os outros 45%, equipamentos rodantes e sistemas de controle de responsabilidade, seriam do Estado. O prazo da concessão ficou definido em 20 anos, podendo ser renovado por mais 25 anos. Devido à tentativa de anulação do processo de concessão, falta de recursos do Governo Estadual e licenças ambientais, as obras só iniciaram no governo de Sérgio Cabral. Entre 1994 e 2016 (22 anos), incontáveis manifestações foram realizadas pela CCBT, para que o sonho do metrô para a Barra virasse realidade.

Manifestação pró-metrô, 1994.

Obras iniciais da Linha 4.


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Obras.

Finalmente, em 6 de agosto de 2016, tivemos a inauguração da Linha 4, que começou a operar no dia 8, data do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.


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duplicação da avenida das américas

N

os anos 1980/1990, com o grande desenvolvimento da Barra da Tijuca, a Av. das Américas ganhou o apelido de “Avenida das Mortes” e só perdia para a Av. Brasil em número de atropelamentos com vítimas fatais. Diante do triste cenário, a CCBT iniciou uma forte campanha para que a Prefeitura executasse o projeto original com as pistas centrais rebaixadas e com as travessias em níveis. Diversas reuniões foram realizadas com o então secretário de Obras Márcio Fortes, porém, o Município não tinha condições financeiras para a realização da obra, o que levou o prefeito Cesar Maia a propor a semaforização da via, o que veio a acontecer e trouxe uma significativa redução nos acidentes. E foi assim que a Av. das Américas passou a ter um lindo canteiro central, com três pistas de rolamento em cada sentido e ainda mais duas pistas nas vias secundárias laterais. Tudo com um sistema de sinais garantindo mais segurança para todos. A Câmara Comunitária atualmente continua a discutir com a Prefeitura a necessidade da construção de dois mergulhões ou elevados sobre a pista central nas proximidades do km 1 e do BarraShopping, promessas de governos até o momento não cumpridas.


Foto: Hilton Ribeiro

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Avenida das Américas (2017).


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Avenida das Américas.


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“A Câmara Comunitária da Barra exerce papel fundamental na região e, consequentemente, serve de exemplo para outras entidades em todo o Rio de Janeiro. É uma bem-sucedida experiência de como a sociedade civil pode colaborar de forma responsável e relevante na busca de soluções para a cidade. A Câmara, cuja liderança em relação aos condomínios do bairro merece destaque, sabe a importância do trabalho conjunto, está sempre disposta a somar, a colaborar, sem, no entanto, perder seu senso crítico e poder de combatividade. Por algumas vezes, a RJZ Cyrela teve a oportunidade de realizar um trabalho conjunto com a Câmara Comunitária da Barra. Podemos citar a construção da Estação de Tratamento de Esgoto na Península, uma parceria público-privada que contou também com a participação da Carvalho Hosken. O que não faltam, portanto, são motivos para parabenizar a aniversariante, desejar-lhe novos desafios, conquistas e, acima de tudo, vida longa. Que venham novos projetos e realizações! Contem conosco!” Atenciosamente, Rogerio Jonas Zylbersztajn Vice-presidente da RJZ Cyrela


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O MELHOR DE ESTAR NA BARRA É TER INSPIRAÇÃO DE SOBRA PARA CONSTRUIR PROJETOS ÚNICOS. Uma região inspiradora que a RJZ Cyrela tem grande orgulho de fazer parte e contribuir para o seu crescimento e qualidade de vida dos seus moradores. Que a Barra da Tijuca continue crescendo e evoluindo todos os dias. E tenha na RJZ Cyrela uma parceira apaixonada para se tornar, cada vez mais, um lugar incrível para se viver.

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BRT: LIGAÇÃO ALVORADAJARDIM OCEÂNICO

E

m 2013, a Prefeitura apresentou um projeto para a construção do BRT ligando a Estação Alvorada ao terminal de metrô do Jardim Oceânico, que foi rejeitado pelos moradores, dando origem a uma ação impetrada pelo MPE – Ministério Público Estadual –, que contestava a construção de um terminal naquele local. Defendendo os interesses da sociedade, a CCBT promoveu uma reunião em sua sede com o prefeito Eduardo Paes, apresentando um projeto que definia a construção de uma nova pista junto aos canteiros laterais da Av. das Américas, para em seguida executar a concretagem da pista para o BRT junto ao canteiro central. Esse novo estudo também eliminava a construção do reclamado terminal para os ônibus articulados e o projetava sobre a estação do metrô. A aceitação do prefeito foi imediata, o impacto das obras foi reduzido, o canteiro central foi preservado, o Município ficou livre da ação do MPE, e houve uma economia de R$ 80 milhões.


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ordenamento urbano Nas primeiras reuniões da Câmara Comunitária, ainda em 1992, uma das pautas mais discutidas eram as ocupações irregulares acontecidas em anos anteriores na região, que se transformaram em diversas favelas de difícil solução dada a gravidade social. Ficou então definida a necessidade de um diálogo com o governo para discutir e buscar soluções para que o problema não se agravasse e criasse um reflexo principalmente no meio ambiente.

I. ocupação irregular NA VIA PARK No início dos anos 80, a Barra da Tijuca viu surgir, da noite para o dia, uma grande invasão na orla da lagoa atrás do BarraShopping, e, com ela, a destruição de todo o seu manguezal. Surgia assim, a favela Via Park, que aos poucos ia tendo seus barracos transformados em edificações de alvenaria com dois ou mais andares. A luta pela desocupação e recuperação da área foi árdua e demorada. Durante o governo do prefeito Marcello Alencar, a Procuradoria do Município entrou com uma ação pela desocupação da área, oferecendo a todos os invasores a possibilidade de transferência para um núcleo residencial de 142 casas no bairro de Curicica, construídas pela parceria do Município e da Acibarra – Associação Comercial da Barra –,


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Conjunto habitacional em Curicica com 142 casas.

por meio do patrocínio da Carvalho Hosken Engenharia, BarraShopping e ESTA – Empresa Saneadora Territorial Agrícola. As casas tinham 2 quartos, sala, cozinha, quintal e estrutura para receber o 2º pavimento, estando pró-

ximas a um CIEP e ponto de ônibus. O que se viu, porém, foi a intromissão da então vereadora Regina Gordilho e outros políticos, que lideraram um movimento para a permanência daquela comunidade naquela área de preserva-


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ção ambiental, conseguindo inclusive uma liminar para permanência dos invasores. Depois de diversos recursos impetrados pela Prefeitura, o caso foi parar no STJ – Superior Tribunal de Justiça –, em Brasília. A partir da concessão da liminar, a Câmara Comunitária, representando os moradores da Barra da Tijuca, foi fundamental para a solução do problema. Um grande dossiê fotográfico, com o histórico mostrando a evolução da invasão na Via Park, foi preparado e levado ao STJ pelas mãos do presidente da CCBT, Delair Dumbrosck, acompanhado pelo subprefeito da época, Eduardo Paes, que fazia naquele momento sua primeira viagem à capital do país. Foi realizada uma peregrinação a todos os gabinetes dos ministros, apresentando um relatório com as razões para que fossem mantidas as remoções autorizadas pela Justiça do Rio de Janeiro. Com a derrubada da liminar em Brasília, imediatamente, o prefeito Cesar Maia determinou a realização da remoção de Invasões nas margens da Lagoa da Tijuca - Via Park.


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todas as famílias para o núcleo residencial de Curicica. Foi um intenso trabalho com a participação das Secretarias de Habitação, Social e da Comlurb, todos apoiados pela Polícia Militar. A referida área, depois de desocupada, passou por uma grande intervenção, e a Carvalho Hosken Engenharia patrocinou um projeto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para a recuperação e construção do que é hoje o belo Parque Mello Barreto.


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REFLEXOS DA FALTA DE POLÍTICA HABITACIONAL

C

om os avanços conquistados ao longo dos últimos 40 anos, a Barra da Tijuca teve uma significativa evolução na sua infraestrutura, grande parte dela executada pela iniciativa privada. Seus grandes condomínios, com orçamentos maiores do que muitos municípios brasileiros, trouxeram para a população uma diferenciada qualidade de vida, alcançando o status de ótimo lugar para se viver.

Novo Leblon.

Península.

Cidade Jardim.


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Nova Ipanema.

Riviera Dei Fiori.

Parque das Rosas.


Porém, todo esse avanço, acabou atraindo uma grande massa de operários da construção civil, que se instalou provisoriamente em vários pontos da região, criando assim núcleos residenciais de favelas que ficaram como legados de difícil solução, pois nem o Estado e tampouco o Município desenvolveram projetos habitacionais que solucionassem o problema. Dados do IBGE apontam que de 1991 a 2000, a população de 29 favelas aumentou 123,5%, enquanto isso as ocupações regulares cresceram 69,8% no mesmo período. A Câmara Comunitária e demais instituições organizadas estão sempre atentas, cobrando dos poderes públicos providências para que o problema não se agrave e traga sérios prejuízos ambientais, principalmente com ocupações das faixas marginais de proteção de rios, canais e lagoas. Para que a vigilância da CCBT seja permanente, os diretores Luiz Edmundo de Andrade, José Manuel da Cruz Costa e o vice-presidente David Zee são membros integrantes do Consemac – Conselho Municipal de Meio Ambiente – e também de diversas câmaras técnicas municipais na área ambiental.

Comunidade Rio das Pedras.

Foto: Mario Moscatelli

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ELEVADO DO JOÁ

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os últimos anos, os moradores da Barra da Tijuca, vinham enfrentando um trânsito caótico tanto para entrar como para sair do bairro. Tal situação era o argumento de muitas pessoas para mudar de endereço para outros lugares, principalmente na Zona Sul. Com a constatação do risco de desabamento diante da corrosão nos pilares do Elevado das Bandeiras e com a proibição do acesso para ônibus e caminhões, que perdurou por vários meses durante a obra de recuperação estrutural, o problema piorou. Diante dos fatos, a Câmara Comunitária iniciou uma discussão com o prefeito Eduardo Paes, reivindicando a construção de um novo acesso, que seria a duplicação do elevado existente, mostrando que o problema da estrutura poderia ser resolvido, mas as dificuldades do trânsito permaneceriam. Outras reuniões aconteceram, e, com o advento das Olimpíadas de 2016, o prefeito incluiu no caderno de obras um novo acesso entre São Conrado e Barra, construindo novos túneis, outro elevado e uma ciclovia. Em maio de 2016, finalmente foi entregue ao tráfego aquele que podemos apontar como um dos grandes legados dos Jogos Olímpicos. Daí em diante, e principalmente com a inauguração da Linha 4 do Metrô no mês de agosto, os moradores e visitantes da Barra puderam atestar a grande melhoria no acesso ao bairro.


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Implosão do novo túnel do Joá.


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SEGURANÇA

U

ma grande luta reivindicatória foi a instalação de um Batalhão da Polícia Militar para a área da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Vargens, pois todo o atendimento era feito pelo 18º Batalhão de Jacarepaguá. Todos os movimentos reivindicatórios foram organizados pela sociedade civil Barralerta, sob a liderança de

“O Globo - Barra” - 19/11/2009.

Kleber Machado e contando sempre com a participação ativa da Câmara Comunitária. Como a falta de segurança atinge a todos, as associações comunitárias e o segmento empresarial se uniram e, em várias oportunidades, doaram viaturas, motocicletas, bicicletas e outros equipamentos para que a Polícia Militar tivesse meios para um trabalho mais eficaz. Em


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Reunião da CCBT.

outubro de 2002, finalmente os movimentos reivindicatórios foram coroados com a inauguração do 31º BPM, exclusivo para atendimento das demandas da região. Em 2003, liderando mais de 60 condomínios, a CCBT implantou o Projeto Vigia, que supria a deficiência do atendimento pelo 190. A Câmara gerenciou esse projeto por vários anos. O projeto consistia no funcionamento de uma flit fechada por meio de radiotransmissores, que fa-

cilitava a comunicação dos condomínios com o batalhão,

unidades móveis, delegacias de polícia, bombeiros e o Hospital Lourenço Jorge. O Projeto Vigia teve tamanha repercussão que foi implantado por bairros de outras cidades, como Belo Horizonte, uma das primeiras a aderir. Outra reivindicação vitoriosa da sociedade organizada foi a instalação da 42ª DP, no Recreio dos Bandeirantes.


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Hospital LOURENÇO JORGE

U

ma das lutas desde o início da fundação da Câmara Comunitária da Barra foi a reivindicação de um novo hospital público para a Barra da Tijuca, pois os atendimentos de quaisquer acidentes e afogamentos eram feitos precariamente no Posto de Saúde Lourenço Jorge, na antiga Av. Sernambetiba, e as remoções eram feitas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Depois de várias manifestações de rua e reuniões na prefeitura, a CCBT conseguiu que o prefeito Marcello Alencar desse início às obras do novo Hospital Lourenço Jorge. Na gestão seguinte, em março de 1995, do então prefeito Cesar Maia, a CCBT entregou um abaixo-assinado, com mais de 1.000 assinaturas, exigindo a conclusão da obra e a inauguração do novo hospital. O que só veio acontecer em fevereiro de 1996, e é até hoje referência em traumato-ortopedia. Projetado para atender 12 mil pacientes/mês, o HLJ ultrapassou esse número de atendimentos, e a sociedade já solicita a duplicação de suas instalações.


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Obra do Hospital Lourenço Jorge.


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Programa melhor idade Depois das realizações de algumas palestras focadas principalmente para o público feminino dos condomínios filiados, três empolgadas voluntárias representantes de seus condomínios nas reuniões da Câmara Comunitária – Denise Bauerfeldt/ La Playa, Neydir Rodrigues/Jardim Europa e Angélica Romeiro/Pedra de Itaúna – criaram, em 1996, o PROGRAMA DA MELHOR IDADE, desenvolvendo assim diversas atividades.


Representatividade é tudo.

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Uma sociedade forte só passa a existir quando compreende o que seus membros têm em comum e o que podem fazer quando estão juntos. E disso a gente entende. O Secovi Rio se orgulha de representar, há 75 anos, administradoras, imobiliárias e condomínios do Rio de Janeiro.

www.secovirio.com.br


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I. VOTO CONSCIENTE Em 1996, ao participar de um seminário no Rio de Janeiro, a convite da ONU, o presidente da CCBT tomou conhecimento do Projeto Voto Consciente. Semanas depois, a convite da CCBT, veio ao Rio de Janeiro a Sra. Margareth Anderson, presidente do movimento na cidade de SP. Em uma tarde no Marina Barra Clube, ela apresentou o referido projeto. Assim, com um grupo de 18 senhoras voluntárias com muita disposição, todas moradoras da Barra, surgiu o Projeto Voto Consciente no Rio de Janeiro. A partir de então, o trabalho dos 42 vereadores ao longo dos seus mandatos passou a ser acompanhado de forma rigorosa. O projeto consistia também na leitura dos Diários Oficiais, acompanhamento de todos os projetos na Câmara Municipal, cobranças nas comissões, acompanhamento da presença de vereadores no plenário e a divulgação das atividades para a sociedade. A liderança do movimento coube às diretoras da Câmara Comunitária, Neydir Rodrigues e Denise Bauerfeldt, que, além da coordenação dos trabalhos, tinham a responsabilidade de pautar e convidar os vereadores para comparecer na Barra, a fim de prestar contas


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de seus mandatos. O movimento foi muito bem-sucedido por mais de 10 anos, sendo referência para diversas matérias em rádios, jornais e TVs. Temporariamente, o Projeto Voto Consciente está interrompido. Agora, sob as novas lideranças dos diretores Maria Lucia Mascarenhas (Itanhangá) e Luiz Edmundo de Andrade (Nova Ipanema), o projeto foi inscrito para obtenção de recursos em um programa da ONU, e reuniões estão acontecendo com a participação de novos voluntários para a retomada das atividades.


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II. Verdinhas da Barra Ainda no ano de 1996, com a inauguração do novo Hospital Lourenço Jorge, um grupo de senhoras voluntárias, começou a se reunir, sob a liderança da diretora Neidir Rodrigues, e formaram o Programa Verdinhas da Barra, baseado no modelo de um outro movimento que atuava há muitos anos no Hospital Miguel Couto, denominado como as Amarelinhas do Miguel Couto. O nome é referente à cor dos jalecos que elas usam. Inspiradas nesse bonito exemplo de solidariedade, o grupo de 26 voluntárias passou a realizar atividades específicas, como visitas aos pacientes nas enfermarias, leitura de histórias para crianças internadas, colaborando na celeridade das filas e auxiliando as assistentes sociais no atendimento aos parentes dos internados, entre outras práticas. O programa até hoje tem um desempenho importante junto ao Hospital Lourenço Jorge, já recebeu Moção da Câmara Municipal, Certificado Orgulho Carioca da Prefeitura e Diploma da Vida – Obra Social do Estado.


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III. GINÁSTICA NA CCBT Com o objetivo de integrar e promover o bem-estar na comunidade, a CCBT desenvolve, desde 2006, o Programa de Ginástica para a Melhor Idade, o que traz um sadio convívio e a integração dos moradores de diversos condomínios.

Alunas da ginástica.


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IV. CORAL DA CCBT


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No mesmo ano (2006), foi fundado o Coral da Câmara Comunitária, com a participação de diversos moradores dos condomínios da Barra. Atualmente, esse coral com 60 vozes é considerado um dos melhores do RJ, tendo realizado apresentações em diversos locais: Cristo Redentor, Cidade das Artes, Clube de Regatas do Flamengo, São Lourenço/MG, Conservatória/RJ e outros.


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V. VIAGENS Desde 2011, a CCBT promove para os seus filiados um programa de lazer com viagens a diversas cidades turísticas brasileiras. Todo o programa é planejado e executado pela CCBT, que, não visando lucros, oferece excelentes condições aos participantes.

Paraty/RJ.

Pirenópolis/GO. Campos do Jordão/SP.


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Ilhabela/SP.

Tiradentes/MG. Vitória/ES.


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Eventos esportivos

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om objetivo de integrar os moradores dos condomínios, a CCBT periodicamente realiza campeonatos e torneios de diversas modalidades esportivas entre os condomínios da Barra da Tijuca. Futebol, vôlei, basquete e tênis estão entre os mais concorridos. Esses eventos são sempre realizados nas dependências de cada condomínio participante, com as equipes visitando e sendo visitadas pelos seus adversários, tudo sempre dentro da maior harmonia e respeito por suas torcidas, bem diferente do que constantemente presenciamos no cenário brasileiro. Um desses campeonatos chegou a um grau de organização que sua final foi disputada no Maracanã, em uma preliminar de um jogo do Botafogo contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro.


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Final do torneio no Maracanã - Marina Barra Clube X Novo Leblon.


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“A Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi) parabeniza, se orgulha e agradece a parceria com a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBT) ao longo destes 25 anos. Essa união reflete, em especial, a marca registrada das duas instituições, que buscam a integração em prol de objetivos em comum. A Câmara Comunitária da Barra e a Abadi caminham de mãos dadas, se apoiam integralmente e buscam valorizar o mercado imobiliário e dar qualidade de vida à sociedade como um todo. Ambas as entidades são portadoras do título de utilidade pública, que conquistaram por suas práticas e posturas construtivas diante de seus representados, contribuindo para o desenvolvimento do setor. Ao longo destes 25 anos, a CCBT oferece cursos, palestras, seminários e treinamentos capacitando e desenvolvendo profissionais do setor e exerce com maestria sua representatividade junto às autoridades públicas e se posiciona como uma instituição motivadora de crescimento e melhoria do Rio de Janeiro. A Abadi, na posição de entidade que cultiva o intercâmbio de experiências e informações referentes ao mercado imobiliário, tem como um de seus principais pilares a colaboração entre canais comuns que tenham a capacidade de atender seu público no mais alto padrão de excelência, e essa é mais uma conquista com a CCBT. A Câmara Comunitária tornou-se referência para as demais câmaras no cenário nacional por sua dedicação e trabalho intenso junto aos condomínios da Barra da Tijuca e parceiros. Essa conquista é fruto de muita determinação e talentos especiais, por isso parabenizamos todos os dirigentes e colaboradores da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca. Nosso muito obrigada pelo apoio e parceria de sempre.”

Deborah Mendonca Presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi)


A ABADI PARABENIZA OS 25 ANOS DE HISTÓRIA DA

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CÂMARA COMUNITÁRIA DA BARRA DA TIJUCA E SE ORGULHA DA PARCERIA AO LONGO DESTA

25

TRAJETÓRIA DE SUCESSO.

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Encontro de síndicos

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esde a sua fundação, a CCBT já realizou e apoiou diversos eventos. Um deles é o Encontro de Síndicos, cuja primeira edição, em 1993, foi totalmente produzida e realizada pela entidade, nas dependências do Hotel Sheraton Rio. Durante todo o dia foram debatidos temas sobre segurança nos condomínios, aspectos de administração condominial, prevenção de incêndios, aspectos jurídicos e outros. Esses encontros são de grande valia, pois além de atualizarem o síndico, trazem para ele uma gama de esclarecimentos sobre a gestão para a administração de grandes condomínios, hoje maiores do que muitos municípios brasileiros. Outros eventos aconteceram na própria sede da CCBT, no CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil –, no Riocentro, no Museu de Arte Moderna e em outros locais.


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esta casa abriga sonhos E os concretiza. Desde a sua fundação, a CCBT teve outros endereços, até chegar à sua sede própria. Construída com planejamento e estrutura para receber a comunidade e promover as atividades permanentes da Câmara, segue no seu planejamento inicial de servir e lutar pelo bairro. A história de conquistas, de frentes de trabalho e busca permanente por melhoria e crescimento estão impressas aqui. Mas a instituição teve outros endereços até chegar a esta casa charmosa de tijolinhos aparentes. Conheça um pouco dessa história.

A

CCBT, independentemente da sua morada, sempre teve no seu alicerce os princípios que inspiraram a sua fundação. Inicialmente, funcionou na sede de empresas do BarraShopping, transferindo-se posteriormente para o Edifício Blue Chip (Avenida das Américas, 3.333 Sala 907). Hoje, devidamente instalada na Avenida Marechal Henrique Lott, 135, no Parque das Rosas, ela completa 25 anos de serviços prestados à comunidade, por meio de diversas atividades de representação junto aos órgãos públicos, encontros e reuniões culturais, cursos diversos, palestras envolvendo todo tipo de assunto e inúmeros debates, sobre a economia, a infraestrutura, os transportes, as vias públicas, a urbanização, a segurança, a saúde, a educação, o esgotamento sanitário e o meio ambiente da Barra da Tijuca. No dia 27 de maio de 2000, foi realizado um grandioso churrasco para celebrar o lançamento da pedra fundamental daquela que viria a ser a nova e definitiva sede da Câmara. O prefeito Luiz Paulo Conde foi homenageado pela cessão em comodato do terreno. Alguns anos de obras foram necessários para que tudo fosse concluído. Em 2006, a Câmara já somava cerca de 450 filiados, representando mais de 45 mil unidades familiares e, aproximadamente, 200 mil moradores atendidos. A inauguração da nova sede, na Avenida Marechal Henrique Lott,


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no Parque das Rosas, aconteceu em 26 de agosto daquele ano. Após 14 anos de luta em prol da melhoria de qualidade de vida no bairro, as novas instalações ocuparam o prédio de dois andares, em um terreno de 1.500 m². A obra da nova sede foi feita com doações de empresários da região: Carvalho Hosken, RJZ Cyrela, Agenco,

Gafisa, entre outros. A inauguração oficial aconteceu em um ensolarado sábado e teve a participação da Banda do Corpo de Bombeiros da cidade, reunindo cerca de 200 pessoas. Entre elas, estavam os deputados Márcio Fortes e Solange Amaral; os vereadores Luiz Guaraná, Aspásia Camargo e Rodrigo Bethlem; Dr. Carlos Fernando de


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Carvalho; comandante Mouzinho; a atriz Cássia Kis e o subprefeito André Duarte. Na parte da noite, uma festa contou com mais de 500 convidados, entre síndicos, moradores e líderes comunitários, e coquetel com show de Eduardo Dussek. Otávio Leite, Carlo Caiado e o ator e cantor Maurício Mattar, entre outros nomes, prestigiaram a celebração.


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“Eu era secretário de Urbanismo, e a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca começou a despontar. A política da CCBT sobre saneamento, educação, saúde e muito mais é extremamente importante. A Câmara discute, reivindica, mas reconhece o esforço que é feito. Então é um parceiro ideal para o governo.” Luiz Paulo Conde, 1998

(Trecho de uma entrevista do prefeito comentando sobre o trabalho da CCBT)


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Algumas curiosidades sobre a Barra da Tijuca O NOME | A palavra “Barra” tem o significado de foz de um rio

PLANO URBANÍSTICO | Um ponto marcante do desenvolvi-

ou riacho, entrada de um porto ou baía, e isto tem a ver com a pró-

mento e planejamento da Barra da Tijuca aconteceu durante a ges-

significa “caminho em direção ao mar, vereda”. Como nessa grande

Estado da Guanabara. Naquela época, havia sido encomendado ao

pria geografia do lugar. Já a palavra “Tijuca” é de origem indígena, baixada havia grandes lagoas interligadas, que por sua vez recebiam

rios, e se conectavam com o mar, certamente esta é a razão de chamar o local de Barra da Tijuca, que significa também “Foz da Tijuca”.

tão do governador Negrão de Lima, quando ele governava o antigo arquiteto e urbanista Lúcio Costa um plano para a área – Lúcio Costa, para quem ainda não sabe, é o mesmo autor do Plano Piloto de

Brasília. Assim, foi no ano de 1969 que Lúcio Costa concebeu um

BARRA DA TIJUCA | É formada por oito bairros: Barra da Tijuca,

outro plano piloto para a Barra da Tijuca.

rim, Grumari, Joá e Itanhangá, além de dezenas de sub-bairros, abran-

Barra à Zona Sul do Rio, e também à Zona Norte, foram planeja-

Recreio dos Bandeirantes, Vargem Pequena, Vargem Grande, Camo-

Paralelamente ao plano urbanístico, novos caminhos ligando a

gendo uma população de aproximadamente 357 mil pessoas. Sua área

dos, e assim novas estradas e túneis foram construídos, ligando a

total é de 165,59 quilômetros quadrados (sendo que 27,3 quilômetros são de praias oceânicas), equivalente ao tamanho da região urbana de Tel Aviv, em Israel, ou da cidade de Miami, na Flórida.

O IPP (Instituto Pereira Passos) prevê que a Barra da Tijuca será a região com maior crescimento populacional, com previsão de chegar a 2020 com 394.037 habitantes, o que a deixaria como o 3º bairro mais populoso do Rio de Janeiro, atrás apenas de Campo Grande e Jacarepaguá.

Barra, permitindo o desenvolvimento urbano após 1970.

Os trabalhos de urbanização completa da orla, na Av. Sernambetiba

(atual Av. Lúcio Costa) somente aconteceram durante a administra-

ção do prefeito Marcello Alencar, em sua segunda administração, entre 1988-1993. Foi naquela época que o prefeito implementou um

plano de modernização e reurbanização dos calçadões da orla, construindo inclusive pistas de ciclovias.


25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca | 111

PROJETO DE EMANCIPAÇÃO | Durante os anos 80, a Barra

Em agosto de 2016, entrou em operação a via expressa Transolím-

terrenos ao longo das suas avenidas ocupados por grandes condomínios

ligando a Barra à Vila Militar (Deodoro). Além disso, também foi

da Tijuca viveu uma explosão demográfica, com praticamente todos os residenciais, parques, supermercados, shopping centers, escolas e hos-

pitais. As avenidas foram duplicadas e receberam sinalização. Naquela

época, houve um movimento de emancipação da região da Barra da Tijuca, tendo a maioria dos eleitores votado pela separação da Barra, mas o resultado do plebiscito não foi suficiente para implementá-la devido ao quórum de votantes ter ficado aquém do mínimo exigido.

Em 1971, foi inaugurada a Autoestrada Lagoa-Barra (incluindo o

Túnel Acústico), que possibilitou um maior desenvolvimento, diminuindo o tempo de transporte para a Zona Sul da cidade do Rio.

Nessa mesma época, consolidaram-se grandes condomínios fecha-

dos, inspirados em um então novo modelo de vida, com destaque para o Nova Ipanema.

Em novembro de 1997, outro grande marco urbanístico que possibilitou melhor ligação com a Zona Norte foi a Linha Amarela,

pica, ligando a Barra à Av. Brasil, com pista seletiva para o BRT, inaugurada a nova ligação São Conrado-Barra, com a entrega da duplicação do Elevado das Bandeiras.

CENTROS COMERCIAIS | A região possui inúmeros centros

comerciais de grande, médio e pequeno porte. Grandes empresas na-

cionais e estrangeiras possuem sedes na região, como Shell, Esso, Vale S.A., Vivo, Michelin, Nokia, TIM, Unimed, Globosat, Amil, Carvalho Hosken, RJZ Cyrela e Multiplan.

ENTIDADES ESPORTIVAS | Aqui encontram-se as sedes

da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e o Parque Olímpico.

SHOPPINGS | O BarraShopping é um dos maiores centros de

compras da América do Sul e foi inaugurado em 1981.

via expressa que liga a Barra à Ilha do Fundão. Em junho de 2012,

A região da Barra conta ainda com vários outros shoppings de gran-

Barra da Tijuca a Campo Grande, projetado para transportar 450

Recreio Shopping, VillageMall, Rio Desing, Casa Shopping, Città

entrou em operação o BRT Transoeste, com 62 estações, ligando a mil passageiros/dia.

Em outubro de 2014, entrou em operação o BRT Transcarioca, li-

gando a Barra ao Aeroporto Tom Jobim (Galeão), projetado para transportar 320 mil passageiros/dia.

Em 30 de julho de 2016, foi inaugurada a Linha 4 do metrô, ope-

rando exclusivamente para os Jogos Olímpicos, e em 19 de setembro passou a atender o público em geral. A obra foi realizada em 6 anos.

de e médio porte: Via Parque, Metropolitano, Américas Shopping,

America, Downtown, Barra World, Barra Square, Barra Garden, Barra Point, InfoBarra (informática), Barra Medical Center, e também outros shoppings menores, alguns dos quais criados junto a prédios e condomínios fechados.

PARQUES E RESERVAS AMBIENTAIS | Nenhuma outra

área da cidade proporciona tamanho contato com o verde quanto esta região, que conta com 6 parques de destaque: o Bosque da Barra, o


112 | 25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca

Parque Chico Mendes, a Reserva de Marapendi, o Parque Ecológico

• Em 1994 foi inaugurada a casa de shows Metropolitan, com 14.000

Ambiental Mello Barreto.

• Em 2003 foi inaugurado o Hotel Sheraton Barra, o primeiro 5 es-

da Prainha, o Parque Municipal Fazenda da Restinga e o Parque

INSTITUIÇÕES DE ENSINO | As instituições de Ensino Su-

m², e é a maior da América do Sul. trelas do bairro.

perior instaladas na Barra são: Estácio de Sá, FGV, IBMEC, PUC,

• Em janeiro de 2010, o Cirque de Soleil fez sua primeira apresenta-

diversos estabelecimentos de ensino pré-escolar, fundamental e médio.

• A Jeunesse Arena (originalmente batizada de Arena Olímpica do

Veiga de Almeida, IBMR e Unigranrio. A região conta ainda com

REDE HOTELEIRA | O número de quartos na Barra da Tijuca

saltou de 3.000 em 2009 para 12.000 em 2016. OUTRAS CURIOSIDADES:

• Em 1974 era instalado o primeiro grande condomínio da Barra: o Nova Ipanema.

• Também em 1974 era inaugurado o La Mole da Barra da Tijuca. • O Riocentro, inaugurado em 1977, é um centro de convenções

composto por cinco pavilhões interligados, que somam 100.000 metros quadrados em um parque de 571.000 metros quadrados, com estacionamento para cerca de 7.000 automóveis e 60 ônibus.

• Em setembro de 1981 foi inaugurado o Terminal Alvorada. • Em 1985 acontecia o 1º Rock in Rio, na Barra da Tijuca. • Em 1992, grande parte da Conferência Mundial da ONU foi sediada no Riocentro.

• Em outubro 1993 foi inaugurado o Via Parque Shopping. • Em 1993, Cesar Maia foi o primeiro prefeito do Rio morador da Barra. Ele residia no Novo Leblon, onde foi síndico geral.

ção no RJ, que ocorreu na Barra da Tijuca.

Rio, também conhecida como Arena Multiúso ou Arena da Barra), tem capacidade máxima para 18 mil pessoas. Inaugurada para os Jo-

gos Pan-Americanos de 2007, abriga eventos e apresentações musicais e foi uma das sedes dos Jogos Olímpicos de 2016.

• O Autódromo de Jacarepaguá, que já sediou corridas de Fórmula 1, deu lugar para as instalações dos Jogos Olímpicos de 2016.

• O Terminal Alvorada recebe cerca de 600 mil pessoas diariamente. • Em 2013 foi inaugurada a Cidade das Artes, complexo que abriga a maior sala de concertos da América Latina.

• A Barra conta com 62 salas de cinema, sendo que o New York City

Center (BarraShopping) tem 18 salas, o maior complexo de salas da América do Sul.

• A Barra é a região que possui a maior rede de supermercados do Rio de Janeiro.

• Com seus centros empresarias, comerciais e grandes condomínios, a Barra é hoje o maior polo empregador do Rio de Janeiro.

• Os grandes condomínios da Barra têm aproximadamente 150 ôni-

bus rodoviários fretados, com 700 horários que atendem diariamente 20.000 passageiros.


O Creci-RJ parabeniza a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca pelos seus 25 anos na busca por um bairro virtuoso, nobre e valorizado, destacando

25

anos

25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca | 113

Câmara Comunitária da Barra da Tijuca

sempre a luta e empenho daqueles que dedicaram suas vidas à essa elevada missão!

QUE O FUTURO RESERVE AINDA MUITOS OUTROS VOOS E CONQUISTAS!


114 | 25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca

DIRETORIA DA CCBT

Afonso Chaves, David Zee e Hermano Freire. HERMANO FREIRE e AFONSO CHAVES

ANTONIO CARLOS CAMELO

ARLINDO DA ROCHA ALMEIDA

Representando os condomínios Nova Ipanema e Costa Blanca, ambos foram vice-presidentes da Câmara Comunitária que antecederam o atual, David Zee. Eles tiveram uma marcante participação na consolidação da instituição, o saudoso Hermano Freire foi eternizado com seu nome dado a uma Avenida na Barra da Tijuca, e Afonso Chaves continua participando ativamente dos eventos da CCBT.

Diretor há vários mandatos, representando a Associação de Moradores Jardim Barra Linda. Sob sua responsabilidade recai a área de informática e o acompanhamento do cadastramento de filiados da CCBT.

Chegou à CCBT representando o condomínio Novo Leblon, um dos empreendimentos pioneiros na Barra da Tijuca. Integrante da diretoria por diversos mandatos, ele é atuante na organização dos movimentos reivindicatórios.

CARLOS ALBERTO BOUERI

CLEO PAGLIOSA

DÉA PINTO TARGINO

DENISE DOBBIN BAUERFELDT

Representa o Atlântico Sul, também um dos condomínios pioneiros da Barra da Tijuca. Boueri substituiu Mariza Guimarães, ex-síndica geral, que por diversos mandatos esteve na diretoria da CCBT com participação ativa.

Presidente da AMARosas – Associação de Moradores do Parque das Rosas –, complexo de 16 edifícios com 3.695 apartamentos e aproximadamente 15.000 moradores. Diretor atuante, a quem cabe a representação da CCBT junto ao 31º BPM, 16ª e 42ª DPs e ainda aos órgãos de segurança do Estado e Guarda Municipal.

Representa a Associação dos Moradores da Barra Antiga – AMABA –, sua participação na organização de reuniões e eventos sociais é sempre importante para o sucesso da CCBT. Sua dedicação à Câmara Comunitária da Barra da Tijuca traz à lembrança seu saudoso marido e também diretor Geraldo Targino, um dos primeiros integrantes da Câmara Comunitária.

Chegou à Câmara Comunitária há 20 anos representando o seu condomínio, La Playa, integrante do complexo Santa Mônica. Tem sob sua direção a parte social da Câmara Comunitária, exercendo com mestria a organização de todos os eventos, procurando sempre o primeiro objetivo, que é a integração de todos os filiados. Ela também esteve durante alguns anos na direção do grupo Voto Consciente.


25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca | 115

GEORGE KHEDE

GILBERTO DAMIANI

IBERÊ CEZAR DA SILVA

Representa na CCBT a ABM – Associação de Moradores do Bosque Marapendi –, presidida atualmente por Ricardo Magalhães, presidente do 31º Conselho Comunitário de Segurança. Na diretoria, George Khede tem uma atuação constante, colaborando nas comissões que são constituídas.

Um dos primeiros diretores eleitos. Integrou-se à CCBT como presidente do Marina Barra Clube e atualmente integra o Conselho Fiscal da Câmara Comunitária, representando o condomínio Itanhangá Hills.

Atuante em todas as reuniões de diretoria, estando sempre presente em todos os movimentos reivindicatórios da CCBT, é o representante do condomínio da Vila do Pan, que abrigou os atletas dos Jogos Pan-Americanos de 2007.

ILDAMAR NUNES

JOSEAN IATAURO

JORGE JABER

Moradora do Parque das Rosas – Rosas da Barra –, foi convidada a participar da diretoria da CCBT, sendo atualmente responsável pela organização das viagens turísticas que são realizadas, promovendo uma grande integração entre os moradores de diversos condomínios.

Presidente executivo do colegiado do Nova Ipanema, que com sua experiência administrativa traz grandes contribuições nas reuniões da diretoria. O condomínio Nova Ipanema teve também outros dois representantes, Jose Carlos Mafei e Mario Szheer, que muito contribuíram na consolidação da instituição. Nova Ipanema está na história por ter sido o primeiro grande condomínio fechado da Barra da Tijuca.

Jorge é psiquiatra, e sua participação na Câmara Comunitária iniciou-se com a realização da primeira campanha de prevenção “DROGAS – O PIOR VENENO”, em 1993, em que foi responsável por toda a organização das palestras do evento. Jaber implantou na CCBT o atendimento gratuito a dependentes químicos e seus familiares, realizando 2.000 consultas no ano de 2016. Esse programa vem sendo realizado ininterruptamente desde 1993. Também foi coordenador médico da campanha realizada em 1999.


116 | 25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca

LUIZ EDMUNDO DE ANDRADE e JOSÉ MANOEL COSTA

LUIZ IOOTTY e SERGIO CAMILO

A competência de representação da CCBT nos conselhos e câmaras técnicas ambientais nas Secretarias Estadual e Municipal do Meio Ambiente é exercida de maneira proativa por esses dois diretores que representam os condomínios Nova Ipanema e Grumari, integrantes do empreendimento Barra Sul.

Luiz e Sergio são respectivamente o ex e o atual síndicos gerais do condomínio Barramares, um dos primeiros empreendimentos com uma nova proposta de qualidade vida a surgir na Barra da Tijuca. Iootty sempre foi e continuará sendo um diretor ativo nas reuniões da CCBT, e Sergio, que iniciou em 2017 a sindicatura geral do condomínio, também chega à diretoria trazendo sua experiência e vontade de colaborar com os trabalhos comunitários.

MARCELO TRAITEL

MARCIA ALICE HARTUNG

MARIA LUCIA MASCARENHAS

NEIDIR RODRIGUES

Representante da ASSAPE – Associação Amigos da Península –, sua atuação é sempre marcante nas reuniões da Câmara Comunitária. Ele atualmente dá prosseguimento à reivindicação do sistema de transporte hidroviário nas lagoas da Barra, iniciada pela representante anterior na CCBT, Marília Cavalcanti.

Advogada, representante há 20 anos do condomínio Miosótis no empreendimento Riviera Dei Fiori, ela é a diretora responsável pelas ações judiciais e representações junto ao MPE e ao MPF, em todos os questionamentos de decretos ou leis contrários aos interesses dos moradores.

Psicanalista, diretora representante do Itanhangá Leste na CCBT, é uma grande propagadora da CCBT, representando a entidade em diversos acontecimentos na Barra ou fora dela. A luta pelas ocupações de solos irregulares sempre foi sua bandeira.

Representante da Associação de Moradores do Vivendas Marapendi, tem sob sua responsabilidade o grupo de voluntárias Verdinhas da Barra, que atua no Hospital Lourenço Jorge há 21 anos. Elas confortam as pessoas internadas e também auxiliam nas filas de triagem. Já foram motivos de diversas matérias jornalísticas e até mesmo condecoradas pelo Município e pela Câmara de Vereadores.


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ODILON ANDRADE

PAULO RODRIGUES

PEDRO MANUEL RIO TINTO

Iniciou sua participação na CCBT representando a AMARosas – Associação de Moradores do Parque das Rosas –, e logo se integrou ao corpo de diretores. Há mais de 20 anos participa das atividades da instituição, e sob sua responsabilidade estão os eventos de convocação de legisladores e executivos de governos, na organização de reuniões para cobranças e discussões de reivindicações da Câmara Comunitária. Ele declara que, ao longo destes anos, aprendeu verdadeiramente o que é o direito de exercer a cidadania sem radicalismo e de maneira proativa.

Chegou à Câmara Comunitária há mais de 20 anos como síndico e representante do condomínio Jardim Europa. Durante vários anos foi o responsável pelos canais de comunicação com as polícias Civil e Militar, atualmente participa na organização dos eventos reivindicativos da CCBT.

Representante da Associação de Moradores do Malibu, traz para a diretoria da CCBT sua experiência de empresário de construção civil na empresa Calçada Empreendimentos Imobiliários, que assina a construção de diversos condomínios na Barra da Tijuca.

ROBERTO SALVADOR

ROBERTO SILVA e ANTONIO CARLOS

RUTH ELIZABETH LUCCIANO

É um diretor assíduo nas reuniões há mais de 15 anos, quando chegou representando a Associação de Moradores do Jardim Marapendi. Atualmente representa a Avemater, cabendo a ele o acompanhamento das produções de áudio, vídeo, roteiro de eventos e exercício de comando nos cerimoniais da CCBT.

Chegaram à Câmara Comunitária como representantes dos condomínios Barra Sul e Riviera Dei Fiori. Sob a direção destes diretores estão a organização e o acompanhamento de um calendário anual de cursos gratuitos, visando a preparação e reciclagem dos funcionários de filiados da CCBT, condomínios e associações de moradores. Mais de 4.000 alunos já passaram por esses cursos, que têm por objetivo prover noções básicas de segurança, primeiros socorros, combate a incêndios, jardinagem, administração geral, relações públicas, prevenção ao uso de drogas e outros.

Diretora presente em todos os movimentos reivindicatórios. Chegou à Câmara Comunitária exercendo a presidência da Associação de Moradores do Wimbledon Park, participando ativamente da organização do Coral da CCBT.


118 | 25 anos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca

construindo pontes

V

ocê teve a oportunidade de passear por vinte e cinco anos de história forjados na determinação de profissionais das mais diversas áreas, que dedicaram o seu tempo, voluntariamente, ao bem comum. Infraestrutura, meio ambiente, responsabilidade social, urbanização, segurança, saúde, enfim, um pouco de quase tudo que se faz necessário a uma sociedade organizada. No entanto, ao longo destas 120 páginas, você viu muito mais do que trabalho: força, determinação, ação, credibilidade; tudo construído com a união dos associados e a parceria com o poder público. Essa grande obra foi alicerçada dia após dia, com muita sobriedade, total planejamento e o discernimento de um grupo que, em 1992, trouxe para si a responsabilidade de contribuir para o crescimento ordenado da Barra da Tijuca. Neste grande projeto chamado Câmara Comunitária, pontes são construídas, não muros. E nessas pontes erguidas trafegam o crescimento social, a qualidade de vida e a busca permanente por melhorias. Hoje, este bairro com jeito de cidade está mais bonito, confortável, fluido e continua a receber total atenção desta instituição.


Foto: Hilton Ribeiro

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Diretoria da CCBT (2017).

Mais será feito, mais será construído, e estes são apenas os primeiros 25 anos de muitos outros. A CCBT continua atenta ao presente e escrevendo o futuro desta comunidade ativa e pulsante. Obrigado a cada um, que de uma forma ou de outra, participou dessa construção. Grande abraço, Delair Dumbrosck


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