Jaú - Ano 10 | Edição 86 | Outubro 2019 Distribuição gratuita | Venda proibida
Família Viesser
O sonho que se tornou realidade!
MEDICINA INTEGRATIVA
Passaporte para uma vida saudável
JAÚ
A cidade mais segura do Brasil
Editorial
A transformação é fundamental para atingir o equilíbrio!
Ano 10 – Edição 86 – Jaú, outubro de 2019 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286 Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Edição e Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br
A transformação pessoal é um processo que exige a convergência de fatores como tempo, foco e respeito aos “passos essenciais”
Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br Fotografia: Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290
Uma pequena mudança de pensamento, uma atitude diferente, uma nova escolha são coisas “pequenas”, mas podem culminar em grandes transformações, como uma grande quebra ou um novo recomeço.
Projeto gráfico: Revista Energia
Colunistas Alexandre Garcia Aline Emanuelle Perim Evelin Sanches João Baptista Andrade Paulo Afonso Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves Professor Marins Renata Oseliero Ricardo Yamaguti Lima Ricardo Izar Samira Zoghaib
Foto: Arquivo pessoal
Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Bárbara Milani Luiza Caleffi Pereira
A
nossa transformação não para, pois estamos sempre em evolução, indo e fazendo acontecer.
Não importa o tamanho da mudança: o mais interessante é perceber que a vida está em constante movimento e que transformar-se faz parte da nossa evolução. E foi neste contexto de evolução que até a medicina convencional e os mais ortodoxos profissionais passaram a considerar a associação de práticas milenares integradas com os avanços da medicina! Estou falando de medicina integrativa, medicina associada a terapias alternativas e hábitos saudáveis para que se restabeleça o equilíbrio do paciente e ele viva mais e melhor! Confira nesta edição da RE quais são as práticas da medicina integrativa e o que se pode esperar dessa transformação na saúde!
Comercial Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari
Na matéria de capa da RE, você vai conhecer a Petland, uma empresa envolvida não apenas com a saúde, beleza e o bem-estar dos pets, mas que assume a responsabilidade por movimentos nacionais de adoção e direitos dos animais!
Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634
No Perfil, nosso mesatenista medalha de ouro nos jogos Parapan-americanos de Lima, Paulo Salmin, fala de disciplina, persistência, preparação para as Paralimpíadas de Tóquio e de seu amor por Jaú.
Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br
E tem mais coisas boas nesta edição da RE! Você sabia que Jaú é considerada a cidade menos violenta do país? Mais um motivo para nos orgulharmos da nossa cidade e do trabalho das polícias civil e militar! Agora, chega de “spoilers” das matérias, vire a página e ótima leitura!
A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Maria Eugênia
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NESTA EDIÇÃO 08 Perfil
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Gente Fina
Sociedade
12 Radar 14 Pense Nisso 16 Gente Fina 22 Educação Financeira 24 Saúde 29 Viagem e Turismo 30 Vida Saudável 32 Dermatologia 34 Capa 40 EQM 52 Adote um Pet 54 Sociedade 59 Escolas de Jaú 60 Social Club 74 Modernize 76 Look de Artista 80 Consultoria
Nossa Capa: Família Viesser Modelo: Waldelene Sarti, Daiara, Sarah, Daiane e Antonio Carlos Viesser Jaú - Ano 10 | Edição 86 | Outubro 2019 Distribuição gratuita | Venda proibida
82 Emagrecimento Inteligente 88 Energia Solar 90 Legislação 93 Você + Bonita 95 Boa Vida
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O sonho que se tornou realidade!
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Passaporte para uma vida saudável
JAÚ
A cidade mais segura do Brasil
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Look de Artista
Menino de ouro “A verdade é que as medalhas de ouro não são feitas de ouro, mas de suor, determinação e uma liga difícil de encontrar que se chama coragem” (Dan Gable, lutador, medalha de ouro) Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal
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ocê, leitor, já deve conhecer a história de Paulo Salmin, 25, mesatenista, que recentemente conquistou o ouro nos Jogos Parapan-americanos de Lima. Inclusive a edição 17 da RE, veiculada em janeiro de 2012, já contou um pouco da vida do atleta que nasceu em Barra Bonita e veio para Jaú aos 6 meses de idade. Hoje, sete anos e muitas medalhas depois, tive a oportunidade de entrevistar o campeão e observar seu crescimento como atleta e como pessoa. OBRA DO DESTINO Paulo, que nasceu com uma má formação congênita no fêmur não detectada antes do parto, foi encaminhado à AACD e fez todas as cirurgias, fisioterapias e reabilitações até os doze anos de idade. Mas afirma que teve uma infância muito boa, e lembra que andava a cavalo e jogava bola de muleta. O tênis de mesa surgiu por acaso na sua vida. “Antes do tênis de mesa treinei natação, fazia algumas aulas extras esportivas na escola mesmo, no colégio da Fundação. Tinha mais três amigos que praticavam o tênis de mesa e haviam acabado de obter bons resultados em um torneio escolar, achei tão bonito o troféu e quis ter um também. Assim fui conhecer o tênis de mesa e nunca mais sai”. A MÃE, A DANI, O ZÉ... No começo da sua trajetória, algumas pessoas fizeram a diferença, e me emocionei com as lembranças do atleta. “Minha mãe sempre esteve ao meu lado, foi quem me levou e buscou no início, sempre tirou um dinheirinho daqui outro dali para pagar uma pas-
sagem, comprar um material, porque no começo não tem ninguém que ajuda, são esses ‘paitrocínios’ que desenvolvem os atletas. A minha primeira treinadora, Daniela Bassi, que esteve comigo de 2006 a 2011, os cinco primeiros anos da minha carreira, com quem tive muito da minha formação como atleta, minha maior disciplina foi através dela; além de muitas pessoas que, quando eu ainda não tinha um nome no esporte e estava sonhando com muita coisa, tirou dinheiro do bolso, tirou final de semana com a família. Também sou muito agradecido ao Zé da Peccioli, vizinho que me levava na escola, me buscava, um cara ao qual sou grato demais. E muitos outros nomes de gente que esteve do meu lado e também foi responsável por ter acontecido tudo isso”. NO COMEÇO NÃO HÁ APOIO Quando perguntei ao Paulo sobre seus maiores obstáculos além do problema físico, confesso que ele me deu uma aula. “Eu não encaro como um problema físico não, mas como uma deficiência através da qual tive que adaptar algumas coisas, mas hoje basicamente faço tudo com as duas próteses que eu tenho: uma para andar e uma para jogar; então, eu não encaro como um problema”. No entanto, ao responder minha pergunta ele apontou a falta de patrocínio aos iniciantes. “Acho que o maior problema que o atleta amador enfrenta é manter-se. Trabalhamos sempre com uma incerteza muito grande de secretaria de esportes, de prefeitura, então, no começo não tem apoio de nenhum lado. Depois que você consegue um certo nome, uma certa importância para representar o Brasil em grandes competições é que você consegue ter o apoio necessário e definitivamente viver do esporte, mas até então é muito dura essa decisão de ter que diminuir os estudos para se dedicar 100% a um esporte”. INÚMERAS GRANDES CONQUISTAS Aqui neste ponto, o desafio foi para mim: conseguir um espaço maior na diagramação da RE para descrever cada conquista desse grande campeão. Não deu, mas consigo resumir que de 2010 para cá foram 24 medalhas em abertos internacionais, dois quintos lugares em mundiais, duas participações em Paralimpíadas: Londres 2012 e Rio 2016, 5 ouros e uma prata em Jogos Parapan-americanos, além de diversos campeonatos nacionais. Questionado sobre a competição mais difícil, Paulo afirma que foi a Paralimpíada do Rio 2016, quando quatro dias antes da estreia sofreu um estiramento e havia a possibilidade de não poder jogar. “A recuperação demandava alguns dias de repouso absoluto e eu não tinha esses dias. Joguei à base de remédios. Enfrentei dois adversários, o campeão da Europa e o campeão da África, então foi mais duro. Eu estar na melhor fase da minha carreira na época, uma Paralimpíada no meu país, e não ter jogado na minha melhor condição”. A SELEÇÃO BRASILEIRA O mesatenista explica que teve uma carreira muito precoce: “Conheci o esporte paralímpico em 2008 e no meio de 2009 já participei de uma seletiva para a seleção brasileira. Eu treinava em Jaú nesta época, tinha me classificado para a seletiva, só que eu não ia porque era em Goiânia e eu não tinha grana. Um dos pais dos alunos que também jogavam, o Beto, era um incentivador junto com a esposa, me colocou no carro dele e me levou até Goiânia. Fiquei em segundo lugar e me classifiquei para meu primeiro campeonato internacional na Venezuela. Em 2010 fui convocado para compor a seleção permanente adulta. Ano que vem já serão dez anos de seleção brasileira”. TREINOS E CUIDADOS Paulo Salmin treina de segunda a sexta-feira, e às vezes também aos sábados. “Temos uma programação sempre visando à principal competição, que este ano foi em maio, na Eslovênia, um campeonato com todos os melhores do mundo. No segundo semestre foi o Parapan, fui campeão, já tinha vaga direto para Tóquio, então fizemos uma programação de treinos para chegar em Lima na melhor performance”.
O atleta lembra que o corpo é seu instrumento de trabalho, por isso precisa estar sempre em manutenção, abdicando de algumas coisas. “Toda segunda-feira de manhã temos que treinar e treinar bem, em alta performance, e isso exige muito do corpo, dos ligamentos, dos músculos, e todas as partes que compõem os movimentos”. Sobre a mente, ele diz que conforme o tempo passa vai ganhando mais experiência com relação a jogos e principais eventos. “Temos uma equipe multidisciplinar com preparador físico, técnicos, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogos que cuidam para que a gente esteja com mente e corpo em equilíbrio”. GRANDES INSPIRAÇÕES Certamente, Paulo Salmin inspira muitos jovens atletas, mas também tem seus ídolos. “Em primeiro lugar minha mãe, uma pessoa que eu tenho o que tenho e sou quem eu sou por causa dela. No esporte, no momento é o Calderano, que é um gênio e tem tudo para deixar seu nome no tênis de mesa brasileiro e mundial; e o Rafael Nadal, cujo livro eu já li e acompanho muito a rotina dele, um cara que sempre foi muito perfeccionista e que aos 34 anos está numa forma invejável”. OBJETIVOS E FUTURO O campeão defende que não devemos traçar um objetivo final. “Quero muito uma medalha paralímpica, que é a única que me falta no currículo, para condecorar uma carreira. O esporte para mim é tudo. Paga minhas contas, me permite ajudar em casa, abriu muitas portas. Conheço mais de 30 países devido a essa função de atleta, onde espero permanecer e deixar um legado dentro do tênis de mesa brasileiro”. 10 Revista Energia
Seu principal objetivo agora são as Paralimpíadas de Tóquio, para a qual já está se preparando. “Tem alguns eventos internacionais antes disso, mas todos voltados a esta paralimpíada, que é o auge para o atleta. Na minha categoria vão só os 16 melhores do mundo, vou representar o continente americano e pretendo me manter no topo onde já estou há 12 anos, três panamericanos seguidos”.
“Ano que vem já serão dez anos de seleção brasileira” VÍNCULO COM JAÚ Ao final da entrevista, o mesatenista medalha de ouro volta a citar Jaú. “Para uma revista que tem muita boa aceitação regionalmente, eu quero falar sobre aquela parte que citei de não ter mais nenhum elo com Jaú. Eu sinto falta de representar a cidade, de ser jauense, mesmo sem ter nenhum vínculo, parceria ou patrocínio. Hoje eu tenho zero em relação a isso. Sou procurado muitas vezes em época de campanha e eu sou 200% contra não fazerem nada durante, mas em época de campanha me procurarem, acho que a classe política até já sabe disso. Ter um vínculo, um elo mais forte com a cidade de Jaú e com grandes nomes da cidade que poderiam estar junto nestes bons resultados, nesta imagem que venho criando com o tênis de mesa. Por conta dos resultados, este mês estive no Jornal Nacional, no Tá na Área do Sportv, na globo.com; sou um dos maiores medalhistas da história do Brasil com 5 ouros em pan-americanos, então, sinto falta desse pessoal, de me ajudarem e eu os ajudar. Acho que teria muitas iniciativas boas para se fazer com esse público aqui da região.
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Radar Por Alexandre Garcia
ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista brasileiro. Atuou no Jornal do Brasil, no Fantástico e na extinta TV Manchete. Atualmente é comentarista político na Rede Globo de Televisão.
Conhecer a Amazônia Dias depois de terem estado na Embaixada da Noruega em Brasília, governadores da Amazônia foram a Nova Iorque participar da Conferência do Clima na ONU
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mesma ONU que em 1948 sugeria a internacionalização da Amazônia, criando o Instituto Internacional da Hilea Amazônica. A cobiça cresceu e em 1989 o então vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, dizia que a Amazônia não é dos brasileiros, “é de todos nós”. E o presidente da França, François Mitterrand, afirmava que o Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia. Macron atualizou, chamando a Amazônia de “nossa casa”. Agora na ONU, Macron provocou o Presidente do Brasil: “Estamos discutindo tudo isso sem o Brasil presente”. Eu acrescentaria que ausente também na ONU, o personagem decisivo no clima da Terra: o Sol. Estavam presentes, no entanto, os governadores do Acre, Mato Grosso, Amazonas e Amapá – Waldez Goes, do DEM, chegou a tirar foto com Macron e Randolphe Alexandre, espécie de governador da colônia vizinha, a Guiana Francesa. Ficou no ar um cheirinho de subserviência colonial – o mesmo que rescendeu na embaixada da Noruega – sobrando a imagem do pires na mão pelo dinheiro estrangeiro para o Fundo Amazônico. Na semana passada, na tribuna do Senado, o jornalista e Senador Plínio Valério, representante do Amazonas, fez graves denúncias para justificar seu pedido de CPI sobre a Amazônia. Mostrou em escrituras que a ONG “Opção Verde”, associada a holandeses, comprou um total de 105 mil
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hectares em Coari, que tem petróleo e gás. O Senador esteve na área do rio Juma e lembra que o governo federal passado pretendia implantar um assentamento de 250 famílias em área verde. No Alto Rio Negro - conta o senador, natural de lá - o Instituto Sócio-Ambiental domina uma região em que brasileiro não entra. O Senador Plínio Valério confirma informações que me passaram nesse domingo comandantes de voos comerciais; os aviões que vão para São Gabriel da Cachoeira, na Cabeça do Cachorro, têm a quase totalidade das poltronas ocupadas por canadenses. Alegam que vão fazer filantropia por lá, contou o Senador na tribuna. Lembra que o que lá existe é nióbio, ouro, diamante, tântalo. Na BR 174, perto de Manaus, ele recebeu amostras de cassiterita, ametista, cristal rosa. Da tribuna, ele foi enfático: “o brasileiro precisa entender o que é a Amazônia. Não é a da Gisele Bundchen, nem de Leonardo di Caprio, nem de Caetano Veloso ou Chico Buarque, dos artistas que falam em protegê-la; não é a Amazônia da Noruega, da Alemanha e da França”. Transcrevo as palavras dele porque as endosso e porque só defendemos realmente aquilo que conhecemos de verdade.
“O brasileiro precisa entender o que é a Amazônia”
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nisso
Pense
Por Professor Luiz Marins
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
O Brasil discutido Talvez este seja o tempo em que mais se tem discutido o Brasil, tanto interna quanto externamente
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orças contrárias e favoráveis ao atual governo federal nunca foram tão ativas na imprensa formal e nas redes sociais. Dados verdadeiros e falsos são publicados para defender e atacar, elogiar e denegrir. Até o presidente francês postou uma foto de anos atrás como se fora atual, de um fotógrafo que já havia morrido, para denunciar as queimadas na Amazônia, abaixo da média normal e mais prevalentes na Bolívia do que em nosso território. Foi chamado a atenção até por seus colegas da Alemanha e da Inglaterra pelo fiasco. Quem acompanha meus escritos, palestras e programas de televisão, sabe que há anos venho dizendo que o sucesso do Brasil, principalmente na produção de alimentos e nas contínuas descobertas de suas riquezas naturais, não seria facilmente tolerado pelas grandes potências que sempre nos viram como colonizados de um terceiro mundo. O Brasil é hoje uma grande ameaça aos produtores rurais europeus e americanos. Basta ver o grande movimento de produtores americanos que tem como lema “We plant, you forest” (nós plantamos e vocês preservam as florestas) e que vem patrocinando campanhas mundiais contra o agronegócio brasileiro que logo passará a ser o maior do mundo em produção e exportação. A ameaça é tão grande que de pouco adiantam os dados da própria NASA mostrando que dos 400 milhões de hectares de terras agriculturáveis que o Brasil possui (de acordo com a legislação brasileira de proteção ambiental) só utilizamos 63 milhões de hectares e que, portanto, podemos expandir nosso agronegócio sem nenhuma interferência em áreas protegidas, menos ainda a Amazônia. Além do agronegócio, nossa riqueza mineral assusta pela 14 Revista Energia
sua abundância. Temos as maiores reservas mundiais dos mais desejados minérios e uma das mais limpas e diversificadas matrizes energéticas. E nossas vantagens comparativas passam também pelo nosso estoque genético, riquíssimo, que estimula a adaptação e a tolerância, num mundo cheio de conflitos étnicos e religiosos. Temos a maior população de italianos fora da Itália; alemães fora da Alemanha; japoneses fora do Japão e temos mais libaneses no Brasil que no próprio Líbano. Além disso, não temos problemas de fronteiras e 8.512.000 km² falando um único idioma. Como viajo muito, ouço rasgados elogios à modernidade e segurança de nossos sistemas bancário e de seguros sem o que um país do tamanho continental como o Brasil não seria viável economicamente, já que, com toda a crise destes últimos anos, ainda somos a 8ª maior economia do mundo dentre os 193 país da ONU. E se não bastassem essas vantagens todas, não podemos nos esquecer que somos um país com ideais cristãos que protege a vida e que tem como valores a família, o trabalho, o estudo e a religião, como mostrou uma pesquisa do Datafolha de abril do ano 2.000, o que explica o fenômeno eleitoral que experimentamos nas últimas eleições. É bom demais que o Brasil venha sendo discutido, virado no avesso em suas vantagens e mazelas. As redes sociais incluíram o povo nessa discussão, tirando o monopólio da informação da grande imprensa que igualmente se vê desesperada pelo desprestígio e pelas contínuas quedas de credibilidade e audiência. Assim, comemoramos a Semana da Pátria buscando dados verdadeiros, de fontes isentas, conhecendo melhor e discutindo ainda mais o Brasil. Pense nisso. Sucesso!
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Gente Fina
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Alexandre Henrique de Lima O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sรกbios e a humildade faz grandes homens (Mahatma Gandhi)
Texto Heloiza Helena C Zanzotti
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ntre alguns textos que me caíram nas mãos recentemente, há um que diz que quando levamos a vida com simplicidade aprendemos a valorizar mais as pequenas coisas que fazem parte do nosso dia a dia, as pessoas que nos rodeiam, as oportunidades que temos, as belezas da natureza, entre outras coisas. Pois foi neste texto que pensei para apresentar nosso Gente Fina desta edição, que traz nas origens essa simplicidade para enfrentar desafios, vencer obstáculos e conquistar amizades pelo caminho. Alexandre Henrique de Lima, 41, empresário, formado em Administração, é natural de Itamogi, MG, uma pequena cidade de 12 mil habitantes localizada no sudoeste do estado, na microrregião de São Sebastião do Paraíso. Alexandre fala sobre a infância na pequena cidade... Tive uma infância sem luxos e tecnologias, com muitas brincadeiras de rua como andar de bicicleta, carrinho de rolimã, muito futebol, bolinha de gude. Andávamos a cidade toda atrás de frutos da época, não tinha parada, sempre estava aprontando com os meus amigos. Bem próximo da minha casa tinha um parquinho, destes com areia e brinquedos de armação de ferro, tinha chapéu mexicano, rodas, balanços e um espaço de meio quarteirão todo em areia para a gente brincar, cavar... Morávamos em um casarão velho, daqueles com janelas enormes... Este casarão era tão grande que dividíamos com a família do irmão do meu pai: fecharam uma porta e viraram duas casas. Morávamos eu, meu pai Valdomiro, minha mãe Maria José e meu irmão Alencar; e a família do meu tio com mais 5 pessoas, que tinha minhas três primas Lucimeire, Lucimar e Alessandra. Quando eu tinha nove anos, um tio resolveu derrubar o casarão e nos mudamos para uma casa vizinha, onde nasceu meu irmão caçula Adriano. Como resolveu cursar administração? Nos finais de semana sempre íamos para o sítio dos meus avós, andávamos a cavalo, de carroça, tomávamos banho nos rios e represas, pescávamos nos córregos... Eram muitos primos brincando no sítio dos avós! Neste sítio eles cultivavam café e tinham várias cabeças de gado, galinhas, porcos, cavalos, cachorros, e foi assim que me identifiquei com os animais, então, surgiu a vontade de cursar faculdade de medicina veterinária, porém, quando chegou a hora, meus pais não tinham condições financeiras, aí caiu a administração na minha vida. Como conheceu sua esposa? Conheci minha esposa ainda éramos crianças, através do grupo de jovens da cidade, o Juita. Começamos a conviver mais próximos, até que virou namoro. Namoramos durante sete anos e sou casado há 17 anos com a Leila Regina da Silva Lima, pessoa maravilhosa com a qual tenho 3 filhos: José Fernandes, 23, Alexandre, 12 e Lucas, 5. Hoje são estas as pessoas mais importantes da minha vida. Como veio parar em Jaú? Quando residia em São Sebastião do Paraíso, cidade para a qual me mudei em 2005, recebi a visita de um primo que morava em Jaú e me indicou a cidade para comercializar calcados. Ele disse: “Jaú, a capital do calçado feminino!”. Cheguei a pesquisar sobre a cidade, mas na época não foi possível. Trabalhava em uma farmácia chamada Ana Terra, onde fiquei por 12 anos e pude ter um aprendizado imenso com a Ana Cláudia e a Adriana, as proprietárias. No local conheci o meu amigo Paulo Ricardo, que hoje é meu braço direito nas lojas Jahum Real, Real Shopping e Lojão 2,00. Pessoa que trabalhou comigo na farmácia e resolveu me acompanhar neste desafio de deixar tudo para traz e conhecer e desbravar novos horizontes. Mas voltando, quando tive a oportunidade de me tornar um empresário, logo pensei em Jaú, me vieram à mente todas aquelas informações que o primo havia passado. 18 Revista Energia
Quais os maiores desafios que encontrou ao vir para cá? O maior foi a ausência dos familiares e amigos, pois em uma cidade pequena todos se conhecem, temos parentesco com quase toda a cidade, visitávamos muitas casas de amigos e parentes, quase todos os dias nos reuníamos na casa de uma pessoa para assistir filmes e papear. Quando cheguei em Jaú o primo não mais residia aqui, então, ficávamos eu, a Leila, as crianças, o Paulo e sua esposa, a Ana Paula, a passear e conhecer as maravilhas de Jaú, pela qual hoje tenho uma paixão enorme. Foi assim a primeira experiência em viver em uma cidade de grande porte. Como surgiu a ideia de montar a loja Jahum Real? Ao lado da farmácia onde trabalhava em São Sebastião do Paraíso, havia uma loja de um real e fiz amizade com o proprietário. Ele fazia parte de um grupo de lojas de um real, ingressei neste grupo de lojas em 2008 e vim para Jaú. Fiz um estudo de mercado, vimos que a cidade seria um polo para as cidades vizinhas, formando assim um mercado promissor. Naquele momento a cidade e região não dispunham de uma loja com as características da Jahum Real, que hoje é um sucesso graças aos amigos clientes! Quais pessoas foram fundamentais na sua trajetória? Meus pais, em especial minha mãe com sua grande fé; meus irmãos e minha esposa Leila, que sempre está comigo em todas as horas, me auxiliando nas tarefas da loja e em casa com as crianças. Sem falar de vários amigos que me apoiaram quando tomei a decisão de deixar o emprego e aventurar em novos horizontes, pois quando resolvi montar a Jahum Real, os recursos eram escassos, então resolvi vender duas casas que havia conquistado, uma em São Sebastiao do Paraíso e outra em Itamogi. Assim deixei o emprego e me tornei um empreendedor em Jaú. Existem várias pessoas que dobraram meus paraquedas todos os dias, é até difícil citar todas, mas fica meu eterno agradecimento pois tenho certeza que ainda cumprem esta tarefa. Quais empresas fazem parte do seu negócio e qual o diferencial entre elas? Começamos com a Jahum Real em junho de 2008, com seu diferencial de preço único de 1,00 por peça, depois expandimos com o Um Real Shopping, em outubro de 2009, que também seria preço único de 1,00, porém, com as dificuldades que o mercado começou
“Existem várias pessoas que dobraram meus paraquedas todos os dias, e tenho certeza que ainda cumprem esta tarefa” a oferecer, logo esta veio a se tornar Real Shopping, com preços variados e produtos que possam servir com a máxima qualidade os nossos clientes. Há dois anos, com a dificuldade de manter vários produtos específicos disponíveis para os clientes da Jahum Real, resolvemos inovar mais uma vez e investir no preço único, e com apoio dos nossos clientes inauguramos a Lojão 2,00. Quais desafios encontra no comércio atualmente? Estamos passando por um ciclo da economia onde perdemos muito nosso poder de adquirir vários produtos e bens de consumo, assim, temos que administrar os recursos cada vez mais escassos com muita determinação e agilidade, pois os preços estão oscilando muito devido ao dólar, cujas altas interferem no preço de vários alimentos que dependem das commodities, e também na matéria prima dos produtos que são à base de petróleo. Tem algum fato curioso na sua atividade para dividir conosco? Tive a experiência de conhecer o mercado da China, onde estive por três vezes, em 2013, 2015 e 2017. Esta foi uma grande oportunidade de crescimento pessoal e profissional no país que hoje é considerado a fábrica do mundo, onde se cria e recria a todo momento produtos cada vez mais inovadores; que possui uma culinária totalmente diferente da nossa, com sabores, cheiros e aromas diversos, com restaurantes muito diferente dos que conhecemos... Quando entramos, mais nos lembra um pet shop aqui no Brasil, com vários aquários e gaiolas, onde escolhemos o nosso prato (alimento) ainda vivo e depois nos é servido na bandeja para degustação. País este de um povo muito desconfiado, mas quando adquirimos sua confiança, tornam-se grandes parceiros. Algum fato marcou sua vida de maneira significativa? O falecimento do meu pai foi umas das minhas maiores lições na vida, a forma como ele vivia e se divertia era muito bom, porém hoje, com mais experiência e conhecimento, vejo que poderia ser mais aproveitável. Ele com esse seu jeito veio a ter vários problemas de saúde aos 44 anos, problemas que o tiraram da vida muito novo e cheio de energia, aos 58 anos, trazendo um grande vazio com sua ausência, não estando presente hoje em nossas vidas vivendo nesta cidade maravilhosa que é Jaú. O que mudou no seu ramo de atividade de quando começou até hoje? Mudanças acontecem a todo momento quando se fala de comércio e economia, as empresas têm que se reinventar com as mudanças de gostos e preferências de seus clientes, a inovação passou a ser um meio de driblar as dificuldades, pois o que hoje é vendido em abundância, amanhã é esquecido em um piscar de olhos. As alterações de preços dos produtos hoje fazem com que tenhamos que inovar com outras marcas e produtos similares, pois a Jahum Real e o Lojão 2,00 são lojas com preço único por peça, já temos o preço de venda formado, não mudamos o preço quando o mercado muda. Nossos clientes confiam, pois sabem nossa fidelidade em fornecer produtos a preço único, fidelidade essa que já completou onze anos.
O que você gosta de fazer no seu tempo livre? Gosto muito da natureza, de animais, de estar sempre em contato com a terra, plantar e cultivar árvores frutíferas, de ver que a nossa dedicação com a terra nos traz frutos apenas por cuidar de uma árvore; nos traz flores que enfeitam e perfumam apenas por regá-las; a natureza é divina e um presente de Deus. Gosto também de pesca esportiva, nos leva próximo da natureza sem agredi-la. Frequenta alguma religião? Venho de uma família católica apostólica romana, onde meus avós, tios e pais sempre me apresentaram os mandamentos da igreja católica, encaminhando nos momentos de orações e ações beneficentes, sempre servindo ao próximo, proporcionando o melhor ao outro, agradecendo muito os dons que Deus me proporcionou, sendo um cristão praticante e presente na igreja. Quais são seus sonhos e planos para o futuro? Sou uma pessoa muito família, meus maiores anseios e sonhos são poder presenciar a felicidade dos meus filhos, que estes estejam com uma formação profissional e que estejam realizando seus sonhos pessoais e profissionais, e eu estar presente na vida deles pelo maior tempo possível. Para isso pretendo me dedicar mais e mais ao meu trabalho e à minha saúde, executando tarefas que me tragam a máxima felicidade e realização. Uma mensagem final. Agradeço muito a Deus pelas amizades que tenho e pela família que constituí e que hoje me apoia em todos os momentos. Nunca desistir de meus sonhos é o que me motiva, e hoje sou uma pessoa realizada no pessoal e no profissional, então, tenho comigo que as pessoas que se dedicam e lutam com toda perseverança e determinação acreditem, a sua hora vai chegar.
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Educação Financeira Por: Paulo Afonso, economista, consultor, prof. Dr. Faculdades Integradas de Jaú, afonso@conectcor.com.br Instagram: prof.paulo_afonso
Equilíbrio e saúde financeira Não importa quanto você ganha, e sim, quanto é capaz de acumular a partir do que ganha
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m erro muito comum que existe é o de as pessoas se fixarem nos rendimentos e, a partir deles, estabelecer um padrão de vida que não leva em conta outros fatores importantíssimos que precisam ser levados em consideração. Veja o caso de duas pessoas que trabalham na mesma empresa e ganham o mesmo salário, R$ 5.000,00. Uma delas é solteira, não tem filhos e mora com os pais. Resolve, então, comprar um carro zero-quilômetro, comprometendo 30% do salário com a prestação. A outra pessoa, com o mesmo salário, fixa-se no número que vem no holerite e acredita que deveria ter o mesmo padrão de vida do colega, incluindo o mesmo tipo de carro. Afinal de contas, ambos ganham a mesma coisa, R$ 5.000,00. Só que essa segunda pessoa é casada, tem dois filhos e paga aluguel. Se ela usar a mesma estratégia para adquirir o automóvel, estará endividada em pouco tempo. Observe que em nenhum momento eu disse que essa pessoa não poderia ter um carro igual ao do colega. Você verá que ela pode, sim. Contudo, a estratégia precisa ser mudada. Com esse exemplo, quero deixar claro que não é apenas o quanto você ganha que irá definir o seu padrão de vida, mas quanto seu padrão de consumo afeta de maneira positiva ou negativa sua sustentabilidade financeira. Por isso é importante que você fique atento ao que compra, quando compra, como compra e porque compra. Estar em um padrão de vida um pouco inferior ao que sua renda permite é o segredo para poder reter parte de seus rendimentos, criando as reservas necessárias para um futuro próspero. Imagine-se vivendo com a segurança de que você está protegido caso algum imprevisto ocorra! 22 Revista Energia
Não se trata apenas de uma questão de dinheiro. O que você terá em uma situação financeira de equilíbrio é paz de espírito, possibilidade de focar suas energias em algo muito mais prazeroso que o dinheiro. Se a sua saúde financeira estiver equilibrada, suas ideias, seu rendimento profissional e intelectual, bem como sua capacidade de pensar em novos negócios serão renovados. Dinheiro gera dinheiro. Faça com que ele trabalhe para você. Você já parou para pensar por que as pessoas independentes financeiramente parecem que estão sempre envolvidas em situações que lhes trazem mais dinheiro? É porque elas estão com a saúde financeira plena, aproveitando oportunidades sem medo, com a segurança de estar amparadas. Por isso elas se arriscam, apostam e, muitas vezes, ganham. Lembre-se, não importa o quanto você ganha, mas quanto é capaz de acumular, gerar riqueza a partir do que ganha. Mas, para isso, você precisa conhecer no detalhe a sua situação financeira e observar de perto como são as suas ações e reações na hora de lidar com o dinheiro. Observando suas atitudes e motivações que provocaram o seu desequilíbrio, será possível reverter mais rapidamente o estado em que você se encontra. Ter dinheiro também é uma questão de autoconhecimento. Quem não sabe quem é, o que quer e onde quer chegar, dificilmente consegue atingir uma situação de sucesso financeiro. O importante é você ter consciência de que se esconder atrás de desculpas não trará a transformação necessária que busca na sua vida. Ao contrário, fará apenas com que você fique preso a uma situação que não está lhe fazendo bem. É uma questão de escolha. Reflita muito bem sobre isso, seu padrão de vida deve caber dentro dos seus rendimentos. Até a próxima!!!
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Saúde
Quer envelhecer com saúde? Envelhecer e manter a qualidade de vida, ou até melhorá-la, parece algo impossível?
Texto Heloiza Helena C Zanzotti 24 Revista Energia
Imagem: Internet Revista Energia 25
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ode mudar seu conceito quem ainda pensa que pessoas com mais de 60 anos de idade, aquelas chamadas idosas, estão acomodadas em suas casas fazendo tricô ou crochê, ou sentadas diante da telinha da TV. Para a nova terceira idade, a realidade é bem outra. Com o aumento da expectativa de vida e melhor acesso à informação e novas tecnologias, envelhecer é um processo inevitável, mas ficar velho não está nos planos dessa turma. Felizmente, a preocupação com a saúde cresce a cada dia entre os brasileiros, e não é por acaso que multiplicam-se as academias de todos os tipos, clínicas de tratamento estético e lojas de produtos naturais, além de outros segmentos especializados para quem procura mais qualidade de vida e uma alimentação melhor. Até mesmo os tradicionais supermercados já perceberam essa demanda e dedicam mais espaço a produtos menos industrializados. ATITUDE É FUNDAMENTAL Obviamente que ninguém chegará à velhice com saúde se esperar ficar velho para se cuidar. Mas a boa notícia é que nunca é tarde e o mínimo que se fizer agora, certamente refletirá em muitos benefícios para a mente e para o corpo. O primeiro passo, claro, é ter hábitos saudáveis. Boa alimentação, exercícios regulares, visitas preventivas ao médico e atitude positiva. Se você ainda não tomou uma atitude rumo a uma vida mais saudável, é hora de começar, e para ajudar você a chegar à idade madura com mais plenitude entramos no mundo da medicina integrativa, da nutrologia, procurando trazer informações verdadeiras sobre o mundo dos alimentos. Para isso, a RE conversou com o Dr Bruno Augusto Barizza, 32, médico, pós-graduado em nutrologia, atleta e apaixonado pela medicina integrativa. A MEDICINA INTEGRATIVA E SEUS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS Para explicar a medicina integrativa e a nutrologia, Dr Bruno afirma que ambas baseiam-se na atitude consciente do médico e do paciente na busca da manutenção da saúde. “O médico deve, além de orientar os pacientes sobre medidas preventivas, também dar o exemplo, convencendo primeiro a si mesmo do valor dos seus conselhos. A motivação é importante e para transmiti-la é preciso tê-la”, afirma. De acordo com o médico, prevenir doenças é mais importante do que remediar. “Muitos médicos apresentam deficiência em sua conduta diária contra doenças, vivendo uma vida sedentária, ou fumando ou bebendo, enquanto os pacientes tendem a adotar medidas profiláticas apenas depois de enfrentarem problemas que poderiam ter sidos evitados”, declara. Segundo ele, as doenças são fruto de desequilíbrios químicos crônicos, quase sempre progressivos e provenientes de agressões causadas aos mecanismos naturais do corpo humano, podendo ser sintomatológicos ou não. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE Levando-se em conta a importância de se praticar o que se aconselha, quem pratica a medicina integrativa afirma que há uma proximidade maior na relação entre médico e paciente, com o que o Dr Bruno concorda. “Médico e paciente acabam por ficarem muito próximos, pois o médico atuante nesta área precisa conhecer o paciente e quando eu digo ‘conhecer’, não falo em nome, idade e o que houve com você... Eu quero conhecer quem é você, qual o seu medo, porque se levanta todo dia de manhã, porque tem esta ou aquela atitude em tal horário do dia, porque noites de sono são piores para alguns e melhores para outros, entendeu? Nós precisamos saber quem é aquela alma sentada na nossa frente, precisando da nossa ajuda”.
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ENTENDENDO A NUTROLOGIA A nutrologia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e o médico nutrólogo é aquele que atua na prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao comportamento alimentar, contribuindo na promoção de uma longevidade saudável, com melhor qualidade de vida. “Na convivência social do mundo moderno podemos exemplificar diversos fatores que agridem diariamente nosso organismo e bem-estar. No entanto, fatores básicos como hábito alimentar inadequado e o estilo de vida impróprio acabam misturados com as restrições sociais e ninguém presta atenção nos detalhes; estes dois fatores juntos matam mais que uma guerra, mais do que a AIDS ou acidentes de trânsito”, afirma o nutrólogo. O assunto é tão sério, que ele faz um alerta: “Os diversos conceitos errados ensinados em nutrição, a má qualidade dos alimentos e os excessos na dieta são responsáveis pela maioria das doenças crônicas, sendo responsáveis por milhares de mortes diárias. O estilo de vida imposto pela sociedade e as restrições sociais são responsáveis pelo desequilíbrio emocional que afeta o sistema nervoso e somatiza no prejuízo da integridade metabólica do organismo”. ENVELHECER OU FICAR VELHO, QUESTÃO DE ESCOLHA Chegar à velhice bem dependerá muito das providências que se toma ao longo da vida. Como enfatiza o Dr Bruno, “uma coisa é envelhecer, todo mundo vai! Outra coisa é ficar velho”. O envelhecimento deve ser entendido como um processo natural da vida, que traz consigo as alterações sofridas pelo organismo ao longo dos anos e, claro, carrega uma carga genética relacionada à longevidade, além de predisposições a doenças herdadas. Mas nossos hábitos pesam bastante, como explica o profissional. “Nós sabemos que o DNA possui uma enzima chamada telomerase, responsável pelo envelhecimento celular e que determina o seu tempo de vida, mas suas escolhas podem acelerar ou diminuir a velocidade desta enzima, então, basta você ter melhores atitudes. Hoje você tem uma escolha, proporcionada pelos avanços na medicina e que estão chegando cada vez mais ao conhecimento de cada pessoa, então, o envelhecimento físico pode, sim, ser desacelerado”. O CUIDADO COMEÇA AO NASCER Se começamos a envelhecer a partir do momento em que nascemos, é neste instante também que devem começar os cuidados para uma vida mais saudável. E as pessoas estão realmente se preocupando com isso. “Eu fico muito feliz em ver que hoje a procura por uma vida saudável está cada vez maior, os consultórios estão movimentados com públicos de todas as idades, inclusive recém-nascidos de mães que já são preocupadas com esse assunto. Isto é uma tendência global e o Brasil não fica de fora”, esclarece Dr Bruno. Questionado sobre muitas pessoas que deixam de alimentar-se bem por falta de tempo, devido à correria do dia a dia, ele reflete: “Tempo você arruma para tudo que é importante na sua vida. Tempo é relativo. Digo que não tem tempo quem é mal organizado. Simples assim”. Para ajudar nossos leitores que desejam saber mais sobre o assunto, ou para tirar algumas dúvidas, a RE fez algumas perguntas ao médico.
QUAIS SÃO OS MAIORES VILÕES DA NOSSA ALIMENTAÇÃO? “Açúcar e adoçantes, em todas as suas nomenclaturas; farinhas com excesso de glúten; leite e alguns derivados; refrigerantes e o excesso de carboidrato. Carboidratos estão no mundo, são uma bênção entregue por Deus, só que completamente mal utilizados pela sociedade. Nós os usamos em excesso e este desequilíbrio afeta o bom funcionamento do nosso corpo”. ÁGUA COM LIMÃO TRAZ BENEFÍCIOS REAIS PARA SAÚDE? “A utilização do limão tem aumentado pela sociedade. Antigamente eu indicava aos pacientes, hoje eles chegam já ingerindo água com limão, que é ótimo para melhorar o sistema digestivo e ajuda a aumentar o sistema de defesa. Fornece ótimas quantidades de vitaminas e minerais, mostrando até 21 ácidos diferentes em sua composição, como ácido ascórbico e ácido cítrico. O limão possui mais de 2000 artigos científicos sobre seus benefícios, inclusive sobre prevenção de alguns tipos de câncer. E é simples, rápido e barato”. QUAIS NOSSOS MAIORES ALIADOS NA ALIMENTAÇÃO? “Os maiores aliados, no meu ponto de vista, são os ovos, a água, os peixes, as frutas, as oleaginosas e alimentos verdes como couve, brócolis, etc. São alimentos mais ricos em fibras, proteínas e gorduras, com menor índice de carboidrato”. O OVO É UM VILÃO OU UM ALIADO? O ovo é um mocinho e nunca deveria ter sido enquadrado como vilão, mas como na medicina possuímos verdades mutáveis conforme o avanço da ciência, basicamente sabemos hoje que ele possui diversas vitaminas, minerais, proteínas e gorduras essenciais para o desenvolvimento e manutenção da saúde. O problema do ovo está na fritura, nunca deveria ter sido frito com óleo vegetal de nenhum tipo. A CARNE VERMELHA SEMPRE FOI CONSIDERADA VILÃ, CAUSADORA DE DOENÇAS CARDÍACAS. SEU CONSUMO DEVE SER EVITADO? Este é um conceito generalizado; o maior vilão definitivamente é o consumo de margarinas, óleos vegetais, inclusive canola, açúcar, excesso de carboidratos, tabagismo e sedentarismo. Mas o consumo de carne vermelha sem um controle nutricional está, sim, relacionado com aumento da inflamação do sistema cardiovascular. Julgo que as proteínas do leite e glúten sejam ainda piores. O QUE TEM A DIZER COM RELAÇÃO AO GLÚTEN E AO LEITE E SEUS DERIVADOS? O consumo de leite e glúten e suas quantidades varia de pessoa para pessoa, conforme sua variabilidade genética e cabe ao médico e/ou nutricionista investigar e adequar a dieta do paciente. O consumo em excesso de glúten ou das proteínas do leite causam aumento na resposta imunológica contra essas proteínas, levando à impermeabilidade intestinal, disbiose intestinal e reações de inflamação que, quando são de maneira crônica, repetitiva e associada a predisposições genéticas, hábitos irregulares de vida e infecções, podem causar câncer, doenças degenerativas, predisposições a alergias e infecções, além da diminuição da capacidade intelectual. Infelizmente sensibilidade ao glúten e proteínas do leite são permanentes. FALE UM POUCO SOBRE O SAL... Sal é uma polêmica. Sabemos que o sal, quando utilizado na forma integral, ou seja, em pedra, possui um equilíbrio entre minerais que seria nutritivo ao nosso corpo. Mas quando esta pro-
porção entre os minerais é quebrada (o que acontece com o sal refinado de cozinha), ocorre uma desproporção entre os minerais e isto sim, faz mal à saúde. Então, o sal não é o vilão como foi pintado, mas a maneira como o utilizamos sim. ALGUNS COSMÉTICOS E PRODUTOS DE BELEZA PODEM SER PREJUDICIAIS? Alguns produtos de beleza possuem alta concentração de metais tóxicos e conservantes, e quando utilizados com frequência, funcionam como disruptores-endócrinos, eles alteram o bom funcionamento do sistema hormonal do corpo e podem levar a doenças, tanto na pele quando no sistema. Podem ainda diminuir a capacidade de detoxificaçao celular, contribuindo para o aparecimento de doenças neuro-degenerativas. A NUTROLOGIA PODE COMBATER O ESTRESSE E A DEPRESSÃO? A medicina pode combater o estresse e a depressão melhorando o equilíbrio químico do paciente, associado a uma equipe multidisciplinar com psicólogo e nutricionista. A ideia seria corrigir hábitos que desequilibram o organismo, corrigir os nutrientes para formação dos mais diversos hormônios e reações, melhorando a qualidade de sono, orientando sobre atividade física, motivando a beber muita água, corrigindo hábitos que aumentem intoxicações com metais pesados e conservantes. E fator que não podemos esquecer: ensinar o paciente como gerenciar melhor o seu tempo. SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS TÊM FEITO SUCESSO NOS ÚLTIMOS TEMPOS. DEVEMOS USÁ-LOS? Como o nome já diz, são suplementos, servem para completar deficiências que seu organismo possui ou estimular para um objetivo. Eles estão em alta e são ótimos quando bem indicados por um profissional que vive e estuda o assunto; suplementos deixam a vida mais prática e em tempo tão corrido como o nosso, muitas vezes são recomendados. Revista Energia 27
O QUE TEM A DIZER SOBRE DIETAS QUE PROMETEM RESULTADOS IMEDIATOS? Quando bem indicadas por um profissional, a fim de atingir uma meta do paciente, desde que não comprometa a saúde, sou a favor e gosto de trabalhar com diversas. As pessoas querem resultado com eficiência e saúde. É POSSÍVEL VIVER NESSE MUNDO TÃO INDUSTRIALIZADO E TER UMA VIDA SAUDÁVEL? A vida com saúde depende de nossas escolhas e nosso fator genético, mas a epigenética, ciência que estuda o DNA e a relação com o meio-ambiente, nos mostra que são as nossas escolhas que determinam o tipo de vida que vamos ter. Faça melhores escolhas, coma melhor, beba mais água, descasque mais do que desembrulha os alimentos, pratique atividade física, não fume ou use drogas, beba com moderação, leia mais, use cada vez menos produtos que não são naturais. Se as pessoas vão conseguir colocar mais dias em suas vidas eu não sei, mas com certeza colocaremos mais vida em seus dias com melhores escolhas. EU ME CUIDO! “Conheci a medicina integrativa através de um amigo de meu marido, há mais de 10 anos. A consulta foi marcada com a intenção de retirar algumas medicações das quais fazia uso na época. Tomava antidepressivo e indutores do sono, não tinha disposição, me sentia sempre cansada. Fizemos inúmeros exames de sangue e foi constatado que alguns estavam bem acima do normal, como o caso do cortisol, e outros bem abaixo, como a vitamina D. Para o tratamento foram indicados suplementos manipulados, muita água e mudanças alimentares. Faço o tratamento há 3 anos e os benefícios são inúmeros. Três meses após o início do tratamento já me senti muito melhor e então foram retiradas todas as medicação antes usadas. Minha disposição também melhorou muito e subsequente a isso, obtive melhora na minha pele, cabelo, unha, perda de gordura corporal e ganho de massa muscular. Acredito que quando a pessoa está disposta a mudar os hábitos, ser mais regrada e fazer escolhas saudáveis a nutrologia funciona muito. Hoje posso dizer que a nutrologia me trouxe saúde, refletindo em tudo na minha vida, em bem-estar físico e emocional. Flavia Toffano Sanzovo, 39, advogada. 28 Revista Energia
“Também conheci a medicina integrativa através de um amigo e procurei com a intenção de buscar uma melhor qualidade de vida. Tinha alterações hormonais após menopausa e ajustes no todo para ser mais saudável... Após 1 ano e 5 meses tive muitos benefícios. Hoje não me vejo sem esse tratamento. O profissionalismo do Dr. Bruno e a medicina integrativa são muito importantes para termos um envelhecer com qualidade de vida”. Rita Inês Piragini Cassaro, 59, empresária. “Fiquei conhecendo a medicina integrativa pela mídia e marquei uma consulta após conhecer a linha de conduta médica e o conhecimento sobre o assunto. Faço tratamento há 3 anos e sinto mais bem-estar, além de mais saudável”. César Augusto H de Aquino, 59, engenheiro agrônomo. “Fiquei conhecendo através de um amigo e marquei a consulta em primeiro lugar para conhecer melhor a medicina integrativa e o que poderia fazer de bem para minha saúde. O diagnóstico foi que em meu organismo e corpo faltavam muitas vitaminas, faltava testosterona, hormônio e algumas vitaminas. Faço o tratamento há mais de 4 anos. Meus rins melhoraram, meu organismo está um relógio, hormônio melhorou muito, meu humor melhorou, minha pele está melhor e meus cabelos mais firmes. Acabei conhecendo meu corpo como nunca, o Dr Bruno é uma pessoa excepcional, atencioso, conhecedor demais da medicina integrativa”. Rafael Tonon, 39, administrador.
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Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios
Linha de chegada! “Eu não chorei ao saber que ficaria careca, mas desabei quando soube que não poderia mais correr...” – Lívia de Tilio, uma corredora invencível!
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aquele 18 de setembro de 2018, ao acordar da cirurgia, o que antes era uma suspeita infelizmente se tornava uma realidade: eu tinha câncer de mama! Receber um diagnóstico destes nunca é fácil. No entanto, não permitiria ser assim tão difícil. Nós temos o poder de escolher como reagir diante dos obstáculos. Eu escolhi viver um dia de cada vez. Não queria virar uma caricatura vitimizada de mim mesma. Eu seria a mesma Lívia, porém, em tratamento oncológico! Com o mesmo sorriso no rosto e alegria de sempre. Com muita fé, determinação e coragem para encarar de frente. Meu oncologista brinca que até hoje eu fui a única paciente que não chorou ao saber dos efeitos da quimio aos cabelos, mas que desabou quando soube que talvez não conseguisse correr, devido à agressividade do tratamento. Lembro de ter pensado: tudo bem ficar careca, mas como assim não vou mais conseguir correr? A corrida vinha sendo minha parceira há mais de 5 anos, desde que havia parado de fumar. Minha grande paixão! Força que me motivava, me levava além do que eu acreditava ser capaz. Me tornava mais disciplinada e resiliente. Transformava meu humor em sorrisos. Em meu coração ficou determinado: a corrida nunca desistiu de mim e eu não desistiria dela. Muito menos agora. É claro que muitas adaptações foram necessárias. Foram longos 6 meses de quimio, com 8 sessões a cada 21 dias, além de 30 sessões de rádio. Além disto, continuo fazendo imunoterapia a cada 21 dias, acrescido ao uso continuo de medicamento oral que ainda me acompanhará por 10 anos! Toda semana pós quimio era terrível e dolorosa fisicamente. Havia dias em que não conseguia sair da cama. E olha que eu sou teimosa (risos). Aprendi que quando algo te derruba e debilita fisicamente, a melhor parte vem depois: o levantar e andar de novo é maravilhoso! E com essa energia renovada eu voltava a caminhar, e depois correr, e a caminhar e a correr de novo. Alternava as atividades respeitando as limitações do meu corpo em cada etapa do tratamento. Com responsabilidade e sempre sob supervisão e orientação médica. E a doideira que foi a SPCity? A liberação médica foi muito suada e negociada, já que minhas condições físicas ainda não eram ideais. Fazia apenas 3 meses que eu havia terminado minhas quimios e ainda estava fazendo a rádio. Mas eu persisti demais, e uma semana antes da prova, eu consegui. Durante o primeiro km só conseguia sentir gratidão por aquele momento. Estava radiante. Como as lembranças dos últimos meses me deixaram mais forte! Tive que segurar a emoção durante toda prova, mas nos últimos metros não teve jeito. Ao cruzar a linha de chegada, de mãos dadas com meu marido, o choro foi de superação, luta e vitória! E para fechar com chave de ouro, batendo meu recorde pessoal nos 21 km: 2h8min26s. Foi incrível compartilhar esse momento com amigos incríveis e parceiros de vida! Hoje eu só tenho a agradecer a todos que me incentivaram, em especial 30 Revista Energia
aos meus personais Alana Sansini e Leo Moscardo, sem vocês nada seria possível; ao grupo de corrida Jahu Clube; às parceiras de asfalto Sabrina e Paola pelos kms e risadas; à melhor irmã do mundo, Laís, com direito a surpresa na linha de chegada; e finalmente (ufa!) ao meu sempre companheiro Weber, que mesmo reclamando dos treinos topa todas as minhas loucuras e me acompanha em todos os desafios. Eu amo muito vocês...Por isso hoje continuo firme meu tratamento e meu tênis e meu sorriso não há quem tire de mim... Meu nome é Lívia de Tilio, eu venci os meus maiores medos e para vocês deixo meu conselho: Sonhe alto. Corra com paixão. Curta cada km. Acredite ser capaz. Respire. Lute até o fim. Entenda: o seu querer tem muita força. E agora é só cruzar a sua linha de chegada!!!
Grupo de Corrida Jahu Clube: Aulas: 19h – Terça-feira (prof. Léo) Sexta-feira (prof. Alana) Jahu Clube - Avenida João Ferraz Neto Leonardo Manechine Moscardo / Alana Sansini Léo Moscardo Assessoria Esportiva: Aulas: 19h - Terça e quinta-feira 7h às 10h - sábado Local: Kartódromo Municipal Leonardo Manechine Moscardo
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Dermatologia Por Dra Renata Oseliero Médica com formação em dermatologia pela Faculdade de Medicina de Valença/RJ Pós-graduação em medicina estética; pós-graduação em tricologia Estágio em dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo
Tricologia
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O que pode causar queda de cabelos?
ocê também toma aquele susto quando vai lavar os cabelos e percebe que vários fios estão caindo? Bem, é normal que até cerca de 100 fios caiam por dia, mas quando a queda começa a ser muito intensa, é melhor procurar um tricologista. Quando o assunto é queda de cabelo, é comum pensarmos logo em calvície, mas são duas coisas diferentes. A confusão ocorre por conta da sensação que muita gente tem de que, quando o cabelo cai, ele não volta mais, como ocorre na calvície, mas existem outras causas comuns para a queda de cabelo. Entre elas, estão: processo de envelhecimento, genética, mudança de peso, desequilíbrios hormonais, cirurgia, situações de estresse e doenças autoimunes. Efeitos colaterais do uso de alguns medicamentos também podem ser a causa do problema, como os usados em quimioterapias, no caso de tratamento de câncer, e remédios para artrite, depressão, problemas cardíacos e pressão alta. Além disso, pessoas que utilizam frequentemente produtos químicos nos cabelos, aplicam muitas vezes chapinha ou fazem penteados, também podem apresentar queda mais acentuada. Em geral, esses procedimentos provocam a quebra do cabelo. Mas a tração continuada de alguns processos, como os alisamentos, pode provocar a perda definitiva dos fios. A oleosidade é outro fator que também pode aumentar a queda de cabelo. Isso porque ela facilita a proliferação de fungos, causa coceira, descamação do couro cabeludo, o que prejudica os cabelos e os faz cair. Deficiência de vitaminas, proteínas e minerais: mesmo que a gente não se lembre disso o tempo todo, o cabelo é parte do nosso corpo e, como o
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restante dele, depende de nutrientes adequados para se manter saudável. Entre eles, a deficiência de ferro vem como um dos principais motivos. Problemas no couro cabeludo como dermatites, psoríase, micose e outras do couro cabeludo enfraquecem os fios e também podem resultar em queda. Muitos tratamentos são usados para combater esse problema, mas os resultados são variáveis. Em geral, conseguimos a diminuição, a estabilização ou mesmo a reversão do processo com tratamentos por uso de medicamentos tópicos e/ou orais para estimular o crescimento e diminuir a queda, ou uso de laser para estimular o nascimento e/ou crescimento dos fios. Não adianta usar qualquer produto que venda na farmácia achando que resolverá o problema. Antes do tratamento, é preciso descobrir o motivo. E como é possível que você tenha notado, nem sempre é fácil identificá-lo visto que, muitas vezes, vários fatores contribuem para o problema, que muitas vezes pode ser multifatorial. Por isso é tão importante observar nosso corpo. Se acha que seus cabelos estão caindo mais do que o normal, não deixe de marcar uma consulta para descobrir o motivo e a solução para esse problema. Cuide-se!
“Não adianta usar qualquer produto que venda na farmácia achando que resolverá o problema”
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Gente que entende o seu pet
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Certamente nós, que possuímos um pet em casa, entendemos a profunda relação de afeto e o vínculo entre os animais de estimação e as pessoas
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Texto Heloiza Helena C Zanzotti
egundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2018 o Brasil já era considerado o segundo maior país do mundo em população de cães, gatos e aves, e o quarto maior em população total de animais de estimação. De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - atualmente no Brasil existem mais animais de estimação nos lares do que crianças, o que justifica a crescente demanda pelos serviços especializados na área animal. Além disso, alguns animais estão vivendo mais devido a fatores como a evolução da medicina veterinária, das medicações e produtos alimentícios. Outro fator que soma-se aos já mencionados é o cuidado dos tutores, uma vez que os animais deixaram de ser tratados como meros bichos e passaram a fazer parte das famílias. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS A relação entre os seres humanos e os animais está cada vez mais próxima e não é raro encontrarmos famílias onde os pets são tratados como filhos, assim, é fato que essas pessoas buscam mais qualidade de vida e bem-estar aos melhores amigos. No vasto universo do mercado pet, multiplicam-se as clínicas e pet shops, de modo que é importante avaliar bem onde levar seu animal de estimação. Procure sempre por uma empresa na qual possa confiar e recorrer, tanto para atendimentos rotineiros como para aqueles de emergência, quando seu pet fica doente e você não sabe o que fazer. PETLAND: SAÚDE E BEM-ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR Presente em 19 países, a marca surgiu em 1967, nos Estados Unidos, com o objetivo de incentivar a interatividade entre seres humanos e animais de estimação. Chegou ao Brasil em 2014 onde se faz presente em 16 estados, com mais de 100 unidades. Com 51 anos de experiência, a Petland baseia-se nas quatro necessidades básicas do seu animal: comportamento, ambiente, manutenção e nutrição. Desse modo, atua sempre para que a relação entre tutor
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e pet seja explorada ao máximo e da melhor maneira possível, devido ao processo de humanização dos animais de estimação. Importante ressaltar que, além de oferecer os melhores produtos e serviços, a marca é parceira de mais de 16 ONGs no Brasil, incluindo a AILA - Aliança Internacional do Animal - uma das maiores do país, ligada à adoção e defesa dos direitos dos animais. UMA HISTÓRIA DE AMOR Em Jaú, a Petland nasceu de um sonho que Antonio Viesser cultivava há mais de 14 anos. No entanto, como uma das filhas, Daiane, havia acabado de entrar para faculdade de direito e a mais nova, Daiara, sequer tinha começado a cursar a universidade, esse sonho ficou adormecido, e os cuidados limitavam-se aos quatro cães que a família tinha na época. Em 2007 Daiane finalizou a faculdade de direito, enquanto Daiara, sem saber da vontade do pai em abrir um pet shop, começou a cursar medicina veterinária na Universidade Estadual do Norte do Paraná. Após passar no exame da OAB, Daiane foi trabalhar na Usina Tonon, onde o pai já trabalhava, e a irmã começou sua carreira como veterinária no Hospital VetCare, em Barueri, SP, tendo se tornado o braço direito da proprietária. Com sua saída da usina, depois de 29 anos de trabalho e ocupando o cargo de Diretor Industrial, Antônio tinha algum dinheiro para investir e contou à família sobre o seu antigo sonho. A esposa Waldelene e as filhas abraçaram a ideia, e em 2017 decidiram realmente investir no negócio. UMA FRANQUIA 100% Com o pensamento de que uma franquia poderia fornecer uma estrutura e uma direção mais assertiva para investir o dinheiro de uma vida do pai, contataram a empresa 100% Pet, que logo foi incorporada pela Petland, assim, após muita pesquisa e ao conhecer a história da Petland, a família identificou-se com a marca e decidiu fechar o negócio. “Nosso maior entusiasmo veio no treinamento para funcionários, onde pudemos ter um contato maior com as diretrizes da franquia, métodos de trabalho, em especial com venda de animais, que infelizmente
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não temos em nossa loja, mas ficamos encantados quando conhecemos todo o rigor da empresa com a comercialização e o carinho com a adoção”, explica Daiane. Ela também diz que outro ponto a favor foi a forma como a loja é formatada. “Adesivos, cores, enfim, tudo muito bonito aos olhos de todos. Abraçamos mesmo a causa e vestimos a camisa da franquia. Fomos os pioneiros aqui nessa região do estado como Petland, e quando chegamos foi uma sensação, fomos muito bem recebidos”, explica a advogada. UMA DECISÃO DIFÍCIL Daiane trabalhou para a usina até a abertura da loja, em outubro de 2018, e meio sem querer tornou-se a gestora do negócio. “Após 15 dias da inauguração me vi obrigada a pedir demissão e acabei mudando efetivamente de ramo, me tornando gerente de uma loja de pet shop. Esse foi o momento de maior transição para mim, que desde os 12 anos sabia que queria cursar direito, contudo, percebi que poderia usar muito dos 11 anos que trabalhei como advogada para ajudar na empresa da minha família. Foi uma decisão difícil pelo lado profissional, porém, estou com minha família e uma empresa forte!”, afirma. PROFISSIONAL ESPECIALIZADA Além de realizar o sonho do pai, obter retorno financeiro e colocar em prática a paixão que sempre dedicaram aos animais, o fato de ter uma veterinária na família sem dúvida contribuiu muito para que o negócio prosperasse. Médica veterinária graduada pela Universidade Estadual Do Norte do Paraná (UENP) e pós-graduada pela Equalis em Medicina Felina, Daiara Sarti Viesser conta que nunca pensou em fazer outra coisa que não fosse ser veterinária. “A medicina veterinária me move. Desde criança me sentava no chão de casa com nossos cães, brincava e cuidava deles, e mais tarde também me apaixonei pelos gatos. Deus não poderia ter me dado um dom melhor: a oportunidade de cuidar de todos os meus pacientes”, pontua a especialista. A RELAÇÃO ERA DIFERENTE Daiara conta que a origem dos felinos e caninos deu-se há aproximadamente 100 mil anos. “Os gatos vieram do Oriente Médio e os cães da Ásia. A domesticação dos cães começou há 33 mil anos e dos gatos há 10 mil anos”, explica.
A veterinária lembra que atualmente essas espécies são totalmente domesticadas e possuem excelente relação com o ser humano, mas nem sempre foi assim. “Eles não possuíam estreita relação com o homem como é hoje. Há pelo menos duas décadas, os cães serviam de guarda em uma casa, ficavam no quintal, comiam restos de comida e a relação de carinho e amor eram bem menores. Os gatos, nem é preciso comentar, viviam mais fora de casa do que dentro, serviam apenas para controle de pragas como os ratos, e quase sempre se alimentavam de suas próprias caças ou carne crua”, esclarece Daiara. DA SELVA PARA A CAMA! Hoje esses animais são vistos como parte da família, como exemplifica a médica: “Em muitos casos são humanizados a ponto de um casal hoje preferir ter cães e/ou gatos a filhos. Hoje eles comem do bom e do melhor, e muitos tutores procuram especialistas na área de nutrição animal para oferecer ao pet a mais adequada alimentação; não ficam mais no quintal, com raras exceções, dormem na cama com seu ‘pai’ e sua ‘mãe’. E o mercado pet cresce a cada ano, trazendo inúmeras e variadas opções de roupas, sapatos, produtos de higiene, limpeza, estética, alimentos, petiscos, brinquedos, camas. Inclusive muitas pessoas deixam de comprar algo para si, mas não deixam de comprar para o filho de quatro patas”. Na verdade, ela nos chama a atenção até para os nomes dos bichinhos, que hoje rotineiramente encontramos com nomes “humanos” como Beatriz, Rafael, Maria Eduarda, entre outros. Eles viajam juntos, seja de carro, ônibus ou avião, e hospedam-se juntos em hotéis. MAIS AMOR, MAIS CUIDADO Daiara revela que embora ainda bem longe da conduta ideal, que é a de prevenção, os cães e gatos vão bem mais ao veterinário do que décadas atrás. “Já existem muitos tutores que levam seus pets ao médico veterinário para fazer exames de rotina, o que há anos não era nem uma possibilidade. Nos tempos modernos, é essa a relação entre homem e animal de estimação. E a tendência é que aumentem cada vez mais os laços de afetividade”, conclui. A PETLAND UNIU AINDA MAIS A FAMÍLIA O antigo sonho de Antônio e o amor da família pelos animais resultou em uma empresa de sucesso e em pleno crescimento. Até Waldelene, que não trabalhava fora, ajuda diariamente na loja, é muito dedicada, apaixonada pelos pets e ama auxiliar a veterinária no atendimento aos pequenos pacientes. Essa união da família Viesser alicerçada no amor pelo que fazem repercute nas relações no ambiente de trabalho e, principalmente, nas relações com os clientes, que se sentem em um ambiente de confiança, responsabilidade e muita dedicação.
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E POR FALAR EM CLIENTES... “Como é bom ter vocês por perto, pessoal da Petland! Atendimento perfeito, equipe de banho e tosa super carinhosos com nossos pets, sempre nos surpreendendo com ofertas e descontos! Sinto- me privilegiada e agradecida pela dedicação em nos atender tão bem!” Maria Aparecida Sacco Miras “O Tobias conhece Petland desde seu terceiro mês de vida, onde foi acolhido com muito carinho. Ele já fraturou a patinha e foi operado pela nossa veterinária, que cuidou dele com amor e profissionalismo. Além disso, toda semana vai para seu banho, e é melhor ainda. Só temos a agradecer pela dedicação, amor e respeito que todos os profissionais da Petland têm para com a gente” Mateus Aleixo e Solange Magon “Adoramos o trabalho da Petland, pois os animais são tratados com muito respeito e carinho, além de saírem lindos, limpinhos e muito cheirosos! - Patrícia Dornelas “Através da rádio Energia fiquei sabendo da inauguração da Petland. Resolvi passar para conhecer a loja e confesso que fiquei impressionada com tanta variedade, produtos de muita qualidade, uma loja belíssima e com um excelente atendimento. Fui muito bem acolhida por todos e me senti em casa. Logo após, minha gatinha Nina adoeceu e o atendimento da veterinária Daiara me encantou com tanta dedicação, profissionalismo e muito amor ao animal. É uma profissional que sei que posso contar em qualquer horário, pois está sempre disponível a nos atender com muita simpatia e carinho. A Daiara e sua equipe se tornaram para mim uma grande família” - Dilza Ortigoza “A Petland é uma loja onde me sinto à vontade, com um pessoal muito divertido, educado e muito competente no atendimento. Os produtos de ótima qualidade e uma ótima veterinária, a doutora Daiara. Com uma excelente equipe na parte de banho e tosa, possui vários
tipos de banhos e hidratações. Resumindo: a Petland é uma loja espetacular!” - Neiva Tamanini “Aqui na Petland o atendimento é excelente, nos sentimos bem em casa, todos têm um carinho enorme por nós... A Clara ama a tia Geni, super recomendo!” Evelise Oliveira “O atendimento é espetacular, grande gentileza, cuidado ao preencher ficha de entrada do ‘amiguinho’, onde detalhes são especificados para que não haja problemas durante o procedimento. Os profissionais que trabalham diretamente com ela são especialistas e sabem lidar com todo comportamento animal. Muito bem organizado, limpo, educação e gentilezas sem fim. Eu e a Emmy somos muito gratas com tanto carinho e preocupação da Dra. Daiara e todos da equipe. Jaú precisava desse diferencial! Sem falar na rapidez com que o serviço é executado. O animalzinho fica a semana toda limpo, até o próximo banho ainda cheiroso e com os pelos macios. Com certeza me ganharam como cliente e indico para quem tiver dúvidas. Minha filha de pelo agradece o carinho!” – Samira Zoghaib “Meu nome é Maris e sou a tutora da Laika, uma beagle de 10 anos que adora tomar banho na Petland porque o banho sempre tem acompanhamento da veterinária Daiara, além de ser muito bem cuidada. A equipe toda é bem atenciosa e amorosa com minha pet e de lá ela sai muito cheirosa! Além do mais, na Petland sempre tem promoções, preços bons e um ótimo atendimento!” - Maris Cristiane Moura “Em minha opinião, a Petland, tem diferentes benefícios, dentre eles, o atendimento que por sinal é espetacular; o banho e tosa completamente perfeito; o ambiente é totalmente agradável e a Dra. Daiara é uma excelente veterinária, pelo fato de atender o pet com todo prazer e carinho!” Priscilla Alcaide
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PETLAND: TUDO O QUE SEU PET PRECISA Veterinária - Dra. Daiara Viesser, especializada na medicina felina. Consultas, cirurgias, exames, internações e orientações de como melhor cuidar do seu animal. Produtos de loja - Voltados para atender as necessidades do seu animalzinho, incluindo produtos naturais, veganos, vegetarianos e alguns diferenciados como vinho, cerveja, chocolate, bolos, tudo com nutrição balanceada. Produtos de marca própria, Pet Choice - Todos da linha Super Premium. Caminhas, roupas, areia higiênica, tapete higiênico e snacks de vários sabores. Banho e tosa - ambiente totalmente higienizado e profissionais devidamente treinados e experientes para oferecer conforto e a segurança. Espaço monitorado através de câmeras de alta resolução, com ampla
visibilidade de tudo que acontece no momento do banho e tosa do seu pet. Pacotes de banho e tosa com hidratações de argan, chocolate, dentre outas. Tosas, cortes de unha, escovação dentária, remoção de subpelo, banhos tropicais, desembolo, tosa higiênica, tosas específicas e tintura para aquele pet mais fashion. Adoção permanente - adoção permanente de gatos, possibilitando a qualquer cidadão adquirir um companheiro, desde que seguidas as orientações da veterinária. Processo conta com primeira consulta gratuita com a especialista em medicina felina. Conta também com enxoval para ofertar ao tutor do gato, a fim de facilitar a adaptação entre tutor, gato e novo lar.
Fone: (14) 3626-2797 - Facebook: PetlandGeneralisidoroJau Rua General Isidoro, 491 - Chacara Bráz Miraglia - Jaú
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A cidade mais segura para se viver
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Foto: Murilo Bergamo
“Não cabe mais tanta violência no mundo” Julio Aukay. Texto Bárbara Milani
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iversas pessoas sonham em morar em uma cidade tranquila, que tem ligação com a natureza e os animais. Localizada no Centro-Oeste Paulista, Jaú tende a ser procurada justamente por demonstrar essa tranquilidade do interior do estado de São Paulo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente somos pouco mais de 150 mil habitantes em uma cidade que é considerada a menos violenta de todo o Brasil pelo Atlas da Violência 2019 Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros, divulgado no início de agosto. Os dados, no entanto, são com base no ano de 2017, quando Jaú tinha cerca de 146 mil habitantes e a taxa de homicídio foi contabilizada por cada 100 mil habitantes. Na nossa microrregião, ainda em 2017, a cidade que não registrou nenhum caso de homicídio foi Itaju. Em seguida temos Bariri (4,9), Itapuí (7,3), Barra Bonita e Dois Córregos (7,4), Igaraçu do Tietê (8,1), Pederneiras (9,6), Bocaina (11,5), Macatuba (11,7), Mineiros do Tietê (15,6) e Boraceia (21,2). SEGURANÇA Com 2,7 homicídios por cada 100 mil habitantes, Jaú é considerada a cidade menos violenta do país. De acordo com o delegado seccional de Jaú, Euclides Francisco Salviato Júnior, 55, a Polícia Civil vê com satisfação os dados apontados pelo Atlas da Violência. “Estamos cumprindo bem a segurança e mantendo os índices criminais, em especial os delitos de maior potencial ofensivo, ou seja, aqueles que mais preocupam a população, em níveis ao menos aceitáveis. Nos últimos anos sempre estivemos classificados entre os primeiros do Brasil nesse quesito”, explica. Os dados são de 2017, quando a Polícia Civil esclareceu e prendeu os autores de quatro casos. Em 2018 houve um aumento em relação aos delitos de letalidade violenta. “Foram 13 casos em Jaú, dentre eles somente um de feminicídio e um de latrocínio, sendo esclarecidos nove dos casos. Em 2019, até agosto, foram apenas dois casos, sendo um de latrocínio, que também foram esclarecidos”. O Comandante da Primeira Companhia do Vigésimo Sétimo Batalhão da Polícia Militar, Capitão Fernando Henrique Perpétuo Pauli, 40, considera que a taxa de 2,7 homicídios por cada 100 mil habitantes é a menor do Brasil e menor do que muitas cidades da Europa e Estados Unidos. “Ser a cidade menos violenta não significa que a cidade não tem problemas afetos à segurança. Ao receber uma informação dessa importância, percebemos que Jaú está muito bem na questão de indicadores criminais quando comparada a outras cidades do Brasil”. BRECHAS NAS LEIS Infelizmente, apesar do trabalho dos policiais civis e militares, as leis brasileiras apontam falhas que acabam beneficiando autores de crimes. Segundo o delegado seccional, o tema é complexo e deve-se considerar vários aspectos. A audiência de custódia, vista com maus olhos por parte da população porque beneficia os detentos, tem como objetivo garantir o 56 Revista Energia
contato da pessoa presa com um juiz em até 24 horas após sua prisão em flagrante. Atualmente, a lei brasileira apenas prevê o encaminhamento do auto de prisão em flagrante para que o juiz competente analise a legalidade e a necessidade da manutenção da prisão cautelar. “Nosso Código Penal é de 1940, sendo realmente necessária sua reforma, e também a do Código de Processo Penal. Alguns crimes vêm sendo atualizados através da edição de leis conforme determinadas situações específicas. Entendemos que a lei é severa, com penas compatíveis, mas há previsão de muitos benefícios que acabam oportunizando o cumprimento da pena em tempo bem menor do que a condenação, ou em regime mais brando”, afirma. MEDIDAS De acordo com o doutor Euclides, algumas medidas para combater os índices de violência no estado de São Paulo devem surgir do próprio governo. “Nos últimos anos temos sofrido uma defasagem em nosso quadro funcional inversamente ao crescimento populacional, que consequentemente interferem no aumento da criminalidade”. Apesar de entender que as Polícias Civil e Militar devem ser reconhecidas pelo Governo do Estado, o delegado afirma que outros setores também devem ter investimentos para que a convivência seja melhor. “O investimento nas áreas de saúde, educação, geração de emprego é fundamental para a diminuição da violência porque uma sociedade com boas condições, em geral, é sempre menos suscetível à prática de delitos”. Segundo o delegado, Jaú também pode ser considerada uma cidade menos violenta com relação a outros crimes. “Considerando os delitos previstos no ‘Programa São Paulo Contra o Crime’, podemos concluir que Jaú vem se destacando no combate e prevenção de crimes de letalidade violenta como homicídios e latrocínios, crimes de furto e roubo de veículos, e crimes de roubos em geral. Nossa média anual é baixa e vem sendo atingida”, pontua. O Capitão Perpétuo, da Polícia Militar, também acredita que Jaú pode continuar sendo considerada a cidade menos violenta em relação à taxa de homicídios e outros crimes. “Os crimes de roubo e furto também são considerados baixos se comparados com outras cidades e estão diminuindo”. O Instituto Sou da Paz desenvolveu uma pesquisa e estabeleceu indicador com base nos demais crimes, criando um comparativo denominado ‘Ranking de Exposição a Crimes Violentos’. “O índice elenca crimes letais, sexuais e contra o patrimônio, e Jaú ficou diversas vezes entre as primeiras do estado de São Paulo. A parceria com outros órgãos e com a sociedade é primordial para a redução dos crimes e da manutenção do nosso título de cidade menos violenta do Brasil”, afirma Perpétuo. POLÍCIAS CIVIL E MILITAR A Polícia Civil tem a missão constitucional de apurar as infrações penais e a investigação dos delitos, enquanto a Polícia Militar realiza patrulhamentos ostensivos e preserva a ordem pública. Em regra, por estar todos os dias do ano nas ruas durante as 24 horas do dia, a Polícia Militar é a primeira a ter conhecimento dos delitos. De acordo com o Capitão Perpétuo, na solução de crimes a Polícia Militar desenvolve um papel de extrema importância e crucial. “Nós assessoramos a Polícia Civil trazendo importantes subsídios para a elucidação dos delitos, seja na prisão em flagrante, na transmissão de informações coletadas e apuradas por meio do telefone 190, ou de ações de presença nas ruas”, afirma. O Capitão Perpétuo também explica que a parceria entre as Polícias Civil e Militar proporcionou uma taxa de 95% de elucidação de mortes violentas nos últimos três anos (2017, 2018 e 2019), quando somente um caso não foi esclarecido. Entre 2018 e 2019, os crimes que ocorreram com maior frequên-
cia em Jaú foram roubos e furtos. “Se somarmos os sete primeiros meses deste ano e compararmos com os sete primeiros meses de 2018, segundo a estatística oficial da Secretaria de Segurança Pública, notamos uma redução de 5% nos crimes de roubo e uma redução de 19% nos crimes de furto”. POPULAÇÃO SEGURA A denúncia ou informação prestada pelo cidadão, de forma anônima ou não, é sempre tratada com seriedade porque através dela inicia-se uma investigação para apurar sua veracidade. A pessoa tem sua integridade preservada, independente do grau do crime que foi denunciado. “O propósito é investigar o fato que foi trazido para a polícia sem comprometer o informante ou denunciante. Com isso, procura-se fazer com que as pessoas possam confiar em prestar informações e, assim, cumprir seu dever como cidadão ao impedir que o crime aconteça”, explica o doutor Euclides. Para o Capitão Perpétuo, a população pode adotar ações para prevenir e evitar ser vítima de crime. “O hábito de adotar posturas preventivas colabora de maneira significativa com a redução dos delitos e a minimização de exposição das pessoas aos crimes. A população também pode ajudar a polícia com informações e denúncias pelo telefone 190”, orienta. CONSEG JAÚ No quesito segurança, a comunidade também pode contar com o Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG), um grupo de pessoas que se reúne para discutir, planejar, analisar e acompanhar as soluções de problemas que impactam na segurança pública. Segundo o gerente de produção e presidente do CONSEG Jaú, Carlos Eduardo Gabarron, 30, o Conselho Comunitário de Segurança é um meio para estreitar a relação entre comunidade, polícia e poder público. “Realizamos reuniões ordinárias mensais, normalmente no período noturno, em imóveis de uso comunitário, seguindo uma agenda definida para um período anual”. Mas, por que é importante participar das reuniões do CONSEG Jaú? Como explica o presidente, nas reuniões é possível que a comunidade apresente as demandas, além de focar em prioridades para resolver os problemas. “Desde problemas simples como falta de iluminação em área pública, até os mais graves como tráfico de drogas, abuso de menores, etc. Nas reuniões a comunidade tem liberdade para falar abertamente dos problemas do bairro ou deixar sua demanda em sigilo, no caso de denúncias. O anonimato é garantido”. O CONSEG Jaú é representado pelo Comandante da Primeira Companhia do Vigésimo Sétimo Batalhão, Capitão Fernando Henrique Perpétuo Pauli, e pelo Delegado de Polícia, doutor Aldo Eduardo Lorenzin. Também são representantes do CONSEG Jaú o presidente Carlos Eduardo Gabarron, vice-presidente Rinaldo Elias Ferreira, primeiro secretário Gustavo Fernando da Silva Oliveira, segundo secretário Sandra Regina Chiosi Gomes e o diretor social Marcelo Adriano da Silva.
PROGRAMAS Diversos programas priorizam a segurança em Jaú: atividade delegada, vizinhança solidária, BO social, PROERD e o Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG). A atividade delegada, um convênio entre a Secretaria de Segurança Pública e Prefeitura, tem a finalidade de fiscalizar posturas, oferecendo ao jauense mais policiais militares nas ruas para prevenir e reduzir os crimes. A população também pode ficar mais tranquila com o Vizinhança Solidária. “O programa tem como objetivo fazer parceria com a comunidade de um bairro para estimular práticas onde a população fique mais atenta e preocupada com a segurança”, esclarece o Capitão Perpétuo. Já o BO Social é realizado por meio da plataforma Órion, onde os policiais militares durante o atendimento de ocorrências como desentendimentos, brigas entre vizinhos ou familiares, envolvendo crianças ou não, elaboram o BO Social. “Por meio dessa plataforma eletrônica o caso é levado ao conhecimento das entidades ligadas à rede de proteção (CRAS, CREAS, Casa Rosa, Conselho Tutelar, CAPS e Ministério Público) fazendo com que o problema seja minimizado e resolvido no início, evitando que fatos mais graves ocorram”, destaca. O PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas também é um programa que aborda a segurança para crianças que estão no 5º ano, através do qual elas são orientadas a dizer não às drogas e se afastarem da violência. DIFICULDADES De acordo com o Capitão Perpétuo, o maior desafio é trazer à população a percepção de segurança, porque nada adianta Jaú ser comprovadamente a cidade menos violenta do Brasil se o cidadão não conhece esse dado. “Algumas situações não configuram crime, mas impactam na percepção de segurança da população, como sentir-se forçado a dar dinheiro aos moradores de rua e usuários de drogas na região central e imediações do Terminal Rodoviário, ou presenciar focos de desordem na Avenida Santa Catarina, no Distrito de Potunduva, aos domingos”, explica. Atualmente, segurança é um dos temas que mais preocupam os brasileiros, no entanto, oferecer qualidade de vida a uma comunidade envolve muito mais que isso. Passa também por questões como saúde, oportunidades de emprego, investimentos em políticas sociais, educação pública de qualidade, entre outras. Mas, não há como negar, a gente se sente privilegiado em morar na cidade mais segura do país! É ou não é?
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Por Heloiza Helena C Zanzotti
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mais antiga escola em funcionamento de Jaú teve sua construção iniciada em 10 de novembro de 1901, e sua pedra fundamental lançada em dezembro do mesmo ano. Em estilo clássico, o projeto do prédio foi elaborado pelo engenheiro, jornalista e escritor Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões”, que na época trabalhava como inspetor de obras em Jaú. A escola foi inaugurada em 17 de junho de 1903, sendo seu patrono Antônio de Pádua Salles, mas a aula inaugural aconteceu quase um mês mais tarde, em 15 de agosto, e começou a funcionar com oito classes. A tradicional instituição de ensino possui sua própria bandeira e até um hino de autoria de Túlio Espíndola de Castro. O edifício pertencia ao Estado e ocupava uma área de 1.702 metros quadrados. A partir de 02 de janeiro de 1998, através
de decreto do então prefeito municipal Paulo Sérgio Almeida Leite, a escola passou a integrar a rede municipal de ensino. Atualmente sob a direção de Aparecida Spirandelli, a EMEF Doutor Pádua Salles atende cerca de 400 crianças das zonas urbana e rural, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, nos períodos da manhã e tarde. Muitos dos alunos ali matriculados, em período inverso ao das aulas, frequentam projetos sociais como a Casa da Criança, Pastoral do Menor, Colmeia, Pró-Meninas. Em visita à instituição, nós da RE observamos que o belíssimo prédio, que é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), precisa ser lembrado com carinho quanto à conservação e restauração, pois é uma das edificações centenárias que certamente preservam a memória e história cultural da cidade.
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Club 88 Barbershop Um novo conceito em barbearia chegou em Jaú. No dia 29 de julho o Club 88 Barbershop inaugurou seu espaço com um coquetel onde recebeu amigos e convidados para conhecerem o que existe de melhor em cuidado para os homens de todas as idades, além de áreas exclusivas como bar, café, sala de jogos, área kids e sala de noivos.
Natassia Sávio arquiteta, Emer Faleiro e Keteni Lais
Silvio Seresuela, Emer Faleiro e Lucas Ramos
Equipe Club 88 Barbershop
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Jaú Shopping A promoção mais gostosa da cidade, “Pague 1 Leve 2” do Jaú Shopping fez mais uma vez a alegria dos clientes que aproveitaram para curtir em dobro a Praça de Alimentação, cinema e diversão! Fique ligado nas promoções do Jaú Shopping, vem muito mais por aí!
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HVA
Aconteceu no dia 13 de setembro o Primeiro Jantar do Médico Veterinário, em comemoração ao Dia do Veterinário. Com o intuito de promover a união dos veterinários em grande estilo, o evento organizado pela Associação dos Médicos Veterinários de Jaú e região (AMVEJA) foi realizado no Espaço Grevillea e teve o apoio de diversas empresas parceiras. Com cardápio variadíssimo, a animação ficou por conta do grupo Drum Live e da Banda Fly By Night. Os profissionais do HVA estiveram presentes em mais este evento único na cidade.
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1- Patricia Prado, Dr. Giovani Fernando Araujo (Hospital Veterinário
Araujo) 2- Renata Borghette, Dr. Rogério Moretti (Clinica Veterinária Planeta
Animal), Dra. Marina Frari, Dr. Leonardo Gonçalves (Hospital Veterinário Araujo), Dr. Marco Cesar, Dra. Beatriz Coelho (Hospital Veterinário Araujo), Dr. Ricardo Maricate, Erica Lessi (Proprietário Compet) 3- Camila Lamesa, Dra. Marina Frari, Daniela Araujo, Patricia Prado, Juliane Dadalto e Dra. Beatriz Coelho 4- Dr. Leonardo Gonçalves, Aurélia Benaglia, Dra. Marina Frari e Paulo Benaglia 5- Dr. Leonardo Gonçalves, Dr. Eduardo Lombardi (Centro Veterinário 24h CEVET), Dr. Giovani Fernando Araujo (Hospital Veterinário Araujo) 6- Dra. Kalinca Gromboni e George Razuk 7- Dr. Giovani Fernando Araujo e Dr. Adélio Amaral
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AMVEJA
A Associação dos Médicos Veterinários de Jaú (AMVEJA) realizou no dia 13 de setembro, o 1° jantar dos médicos veterinários de Jaú, que contou com a presença de empresários, patrocinadores e amigos. Ilustres artistas e personalidades abrilhantaram o evento com homenagens aos médicos veterinários presentes, o grupo Drum Live e a banda Fly By Night agitaram a festa, sem falar nos pratos deliciosos que o buffet Grevillea proporcionou a todos. 1- AMVEJA 2- Grupo Drum Live, Médicos Veterinários, Amigos e Patrocinadores 3- Associados Jaú e região
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4- Dra. Kalinca Gromboni ( Vice Presidente), Dra. Vanessa Baviloni
(Vice Tesoureira), Dra. Marina Frari (Diretora Social), Dr. Rodrigo Santorsula (Presidente) e Dra. Alessandra Giglioti (Associada) 5- Dr. Marcelo Eduardo Guerra (Secretário), Adriana Toratti Guerra, Vinicius Toratti Guerra e Tamires de Abreu 6- Dra. Kalinca Gromboni e Dr. Rodrigo Santorsula 7- Eliandro Baviloni e Dra. Vanessa Baviloni 3
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Espaço Verena e Buffet Marlene Uma belíssima recepção marcou o casamento de Mateus Ricardo de Lima e Maria Eduarda Garcia da Silva, realizado no último dia 10 de agosto. A festa aconteceu no Espaço Verena, agora sob a direção do Buffet Marlene Festas. Em espaço com localização privilegiada, amplo e aconchegante, O Buffet Marlene Festas surpreendeu o casal, familiares e convidados com um evento refinado, mostrando porque é um dos melhores buffets de Jaú e região.
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Fotos: Guilherme Gonçalves
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Mirante do Pouso Um lugar com clima descontraĂdo e a melhor comida brasileira, que agrada a todos os paladares, alĂŠm da cerveja geladissĂma. Venha conferir a hospitalidade da equipe do Restaurante Mirante do Pouso.
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Tom da Pele Mais um evento de sucesso marcou o lançamento da coleção primavera verão na Tom da Pele. No sábado, 31 de agosto, Erica Cristina Miranda e equipe recepcionaram seus clientes com um delicioso coquetel e apresentaram as tendências para a estação mais esperada do ano. Vale a pena conferir as novidades que estão de arrasar!
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Fotos: Arquivo pessoal
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Clínica Revivali Em evento realizado no dia 22 de agosto, Aline Perim recebeu clientes, amigos e convidados no novo endereço da Clínica Revivali, na Rua Paissandu 1523. Oferecendo mais conforto em espaço totalmente planejado, a Revivali também ampliou seus serviços, com áreas avançadas voltadas à estética e emagrecimento inteligente. Visite o novo espaço e viva uma experiência incrível! 1- Aline Perim 2- Ana Vitória Paz, Maiara Corteze, Bruna Ota, Aline Perim, Raissa Galante, Mariana Pigolo, Marina Luciani 3- Luiz Carlos Perim, Maria Manoela Perim, Caio Galante, Aline Perim, Carlos Eduardo Perim, Ana Vitória Paz 4- Aline Perim, Jeferson Conti 5- Marco Garcia, Santa Garcia 6- Ana Keila Domeneghetti, Gabriela Domeneghetti 7- Natalie Ometto, Caroline Rodrigues, Silvana Ometto, Matheus Ometto, Eliane Garcia Rodrigues, Amanda Ometto, Luciane Garcia, Elisa Galante
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Varejão de Carnes Popular Valeu a pena esperar! Após grande reforma com ampliação e modernização de todo o espaço, o Varejão de Carnes Popular reinaugurou sua loja no dia 24 de agosto, em um evento que reuniu amigos, clientes e fornecedores. Na ocasião, os convidados degustaram deliciosos espetinhos e lanches, cuidadosamente preparados por uma equipe especializada. Agora, os clientes contam com muito mais conforto, grandes novidades em produtos e serviços e a qualidade que o Varejão de Carnes Popular sempre fez questão de priorizar. A família Cabrioli e equipe esperam sua visita. Confira nas fotos alguns dos convidados quem prestigiaram o evento de reinauguração da casa.
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Fotos: Fernando Martins
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Renato Grizzo Renato Grizzo arrasou em mais uma festa incrível realizada no Realce Hotel e Eventos, para recepcionar familiares e convidados do casamento de Sylvio e Erika. Além da decoração magnífica, Renato Grizzo também foi muito elogiado na apresentação dos pratos com um menu delicioso e refinado, e o serviço de bartender, que superou as expectativas de todos os presentes.
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Modelo: Gabriele Gimenez de Almeida Looks: Vestylle Megastore Produção: Jorgin Cabelo e Estética Local: Sunset Marina & Clube Náutico Mayra Ferroni 76 RevistaFotos: Energia
Tel: 14 3622 8364 Revista Av. Frederico Ozanan, 770 - Energia JaĂş/SP 77
A Coleção Colors Verão 2020 traz na sutileza das cores, cortes e estampas a vivacidade das mudanças da atualidade. As transformações no comportamento, nos hábitos, nos costumes e nos sentires, propiciaram novas formas de pensar, trouxeram novas certezas. As cores fluem, evoluem, se transformam. Faça como as cores: Movimente-se, transforme-se. 14 2104-3500 VESTYLLE MEGASTORE JAÚ
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Informe Publicitรกrio
Consultoria Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves
consultoria@revistaenergiafm.com.br
Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos
São tantas emoções, bicho! Realizei um sonho dias atrás: estive num show do Roberto Carlos “O REI”!
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ara, preciso dizer que fiquei impressionado com a organização do evento, a qualidade da orquestra e das músicas, além da disposição que ele tem, com sua voz que só melhora com o tempo, a relação que faz questão em manter com o público. Para ser sincero, foi emocionante do princípio ao fim e a sensação que ficou é a de quero mais…. Com quase 80 anos de idade, continua tendo a graça, a leveza, a preocupação em levar o melhor dele para as pessoas ali presentes, um gentleman, encantador de gente, posso dizer sem medo: Ele é “O CARA”. E quando voltei para o planeta terra após um show maravilhoso, me coloquei a refletir sobre um artista como ele, que iniciou sua carreira no final dos anos 50 e após 60 anos de carreira continua impecável, imagino o quanto batalhou, o que já deve ter passado desde o começo, as pessoas que conheceu, os lugares onde cantou, as amizades que fez, as dificuldades encontradas, as noites de sonos perdidas, as glórias, conquistas e como é lindo ver isso refletido após tanto tempo numa verdadeira magia em cima do palco. Mas manteve ao seu lado pessoas que costumo chamar de aviões caça, impecáveis tanto quanto ele, desde quem prepara a roupa que ele irá usar, até a orquestra que o acompanha, tudo bem sincronizado. Como artista (trabalhador), ele sente prazer naquilo que está oferecendo ao público, visivelmente todos que estão ali sentem isso, estão comprometidos com o melhor e sabem que devem fazer o melhor, não estão ali apenas para ocupar um lugar, mas para levar uma experiência única ao público. Trazendo isso para uma organização, essa trajetória deveria ocorrer e funcionar com qualquer um, todos temos um começo e vários recomeços em nossa carreira, podendo inclusive escolher o que fazer durante nossa vida profissional. Talvez alguns digam “eu
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não pude escolher”, então, recomece. Lembra das sensações que sentiu no começo da sua carreira? Foram boas ou ruins? Isso depende muito de como administrou tudo isso, mas a história é sempre meio parecida para todos. Aquele frio na barriga, queimação no rosto, mãos suadas uma vez que a responsabilidade havia chegado, novo aprendizado, foi conhecendo novas pessoas, muitas pedras no caminho, muitas noites sem sono, enfrentando leões, dedicando-se dia após dia para se desenvolver profissionalmente e chegar até onde chegou, e hoje talvez possa orgulhar-se pelos seus esforços e pelo resultado conquistado até aqui. Mas o que mais me impressiona no “REI” é que jamais me lembro de tê-lo visto com cara amarrada, demonstrando infelicidade pelo que faz, ao contrário, deixa muito claro que o que faz é o que ama, é o que sempre quis fazer, uma prova disso é tudo que conquistou e não falo apenas da questão financeira, falo do respeito como artista e da espiritualidade como ser humano. O que você tem feito para ser “O CARA”? Não é muito justo com você e com os outros passar anos e anos ocupando uma posição que não gosta na organização, com pessoas ao seu lado que não te fazem bem, fazendo o que não gostaria de fazer para o resto da vida, apenas esperando o final do mês para receber seus rendimentos mensais. Quando a gente se ama de verdade, pegando um gancho na música do “REI”, que diz: “Além do horizonte, existe um lugar, bonito e tranquilo, pra gente se amar...”, fazendo o que amamos, com pessoas que nos fazem bem, tendo todo dia a mesma vontade em levantar da cama e estar lá, sendo produtivo, se desenvolvendo como profissional e ser humano e, ainda por cima, recebendo por isso. E, de verdade, no final do caminho poder dizer: “São tantas emoções, bicho!”
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Emagrecimento Inteligente Por Aline Emanuelle Perim Formada em Biomedicina Estética pela UNIARA, aprimoramento em análises clínicas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, especialista em Biologia Molecular pelo Instituto Naoum, especialista em Biomedicina Estética pelo Nepuga, Estrategista de Emagrecimento - Licenciada pelo Método de Emagrecimento Afine-se aline_perim@hotmail.com
Afinal, o que está te impedindo de emagrecer?
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Muito além da questão alimentar, o emagrecimento é um processo que exige mudança de comportamento
ieta da lua, ervilha e todas as outras possíveis que possam existir: você já tentou de tudo (ou quase tudo) e nada deu certo? Eu queria te dizer que, muito além das famosas dietas, o processo de emagrecimento exige compromisso, dedicação e escolhas conscientes, focando sempre no seu bem-estar e saúde. Descubra de uma vez por todas o que está te impedindo de conquistar o que você tanta sonha. Em primeiro lugar, se você está aqui esperando que eu te dê alguma fórmula mágica de emagrecimento, sinto dizer, mas suas expectativas não serão atingidas. As pessoas têm o péssimo hábito de acreditar que podem atingir grandes objetivos com pouco esforço. Então, se você pensa desta forma, apresento aqui o seu primeiro erro: o comportamento inadequado. Ao manter sua mente focada em “pegar atalhos”, você, automaticamente, está se sabotando. Agir com soluções mais rápidas e fáceis é o mesmo que não se comprometer com seu real objetivo. Por isso é necessário que você coloque seu sonho como uma meta e considere que isso lhe exigirá sacrifícios e muita dedicação. Você está disposto a abrir mão daquela maratona de série para ir à academia ou fazer uma caminhada? Disposto a assumir a autorresponsabilidade quando não atingir um resultado esperado? Avalie e, se estiver pronto, dê o próximo passo. Após conseguir estabelecer um compromisso consigo mesmo, é necessário que você se mantenha consistente em seus novos hábitos. Ter o apoio das pessoas mais próximas faz toda a diferença, mas lembre-se que tudo depende de você. Ainda que falhar no meio do caminho seja algo comum, seja seu próprio crítico e pense o que pode fazer para não voltar a cometer o mesmo erro outras vezes. Ao falhar, se corrija, e ao vencer, comemore! Cada conquista deve ser valorizada, pois é comemorando cada vitória que você se sentirá muito mais motivado a chegar onde tanto deseja. Com a proposta de transformar a vida das pessoas que já tentaram de tudo e ainda não conseguiram emagrecer de forma saudável, foi criado o método Afine-se de emagrecimento. A Clínica Revivali tem a missão de, através deste procedimento, devolver a saúde, a autoestima, a autoconfiança e o amor próprio a todos os pacientes que passam pelos seus cuidados. Muitas pessoas que passaram pela Revivali chegaram dizendo não saber onde
estavam errando no processo de emagrecimento, mas através do programa Afine-se, com muito compromisso e dedicação, hoje eles conseguiram atingir suas metas. “Entrei na Revivali bem desanimada comigo e achava que não tinha mais saída diante da depressão que eu estava. Me sentia muito mal com meu peso, afinal eu já havia tentado várias dietas e não obtinha resultado, o que me deixava ainda mais desanimada. Na Revivali fui recebida com tanto amor por todas as meninas, que me senti em casa e finalmente me encontrei! Consegui entender que a disciplina faria toda a diferença na minha vida. Agradeço imensamente a todas as profissionais da Revivali e a todos que sabem a importância dessa conquista para minha vida. Gratidão eterna, Revivali, amo vocês!” - Karol Padula
Emagrecer de modo eficaz e saudável não é uma tarefa fácil, mas se você está comprometido com esta meta, a questão aqui não é mais SE vai conseguir, mas sim QUANDO vai conseguir. Está pronto para começar?
transformando
vidas para sempre! (14)98119-3389 82 Revista Energia
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Energia Solar Por Ricardo Yamaguti Lima Proprietário da LB Sol Energia Solar
Micro inversores: energia solar ao alcance de todos Se você acompanha nossa coluna aqui na RE, já deve ter ouvido falar dos micro inversores
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boa notícia é que os micro inversores fazem parte de uma nova geração de equipamentos para energia solar e além de enormes benefícios ao seu sistema, garantem também melhor retorno financeiro ao seu investimento. Atualmente, a maioria dos sistemas instalados em . residências, comércios ou indústrias utilizam essa nova tecnologia que, em outras palavras, está um passo adiante em relação ao inversor fotovoltaico tradicional, pois permite o máximo aproveitamento da irradiação solar, impactando significativamente no custo/benefício. Nesta edição, destacamos alguns pontos importantes que demonstram a vantagem dos micro inversores sobre os inversores tradicionais. O segmento é conhecido como MLPE (Module Level Power Electronics) que abrange os micro inversores e otimizadores de potência, sendo um sistema mais econômico que o modelo tradicional, com garantia maior, baixa demanda de substituição, seguro, durável, eficiente e com menor custo no valor total, proporcionando um retorno mais rápido. Além disso é a tecnologia mais avançada do mercado mundial. O principal diferencial do micro inversor é o fato de não existir ligação em série nos painéis solares, como no caso dos inversores tradicionais, e cada micro inversor pode monitorar até quatro painéis solares de uma só vez, simplificando o projeto de instalação e reduzindo os custos.
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Outro ponto a destacar é a possibilidade de monitoramento individualizado de cada painel solar, trazendo controle e agilidade para investigar qualquer situação sem a necessidade da presença de uma equipe técnica no local. A APSystems, líder mundial no segmento, também é capaz de redefinir e atualizar o firmware remotamente, o que garante um suporte avançado ao cliente. E como os sistemas que utilizam micro inversores não trabalham com alta tensão em CC, a segurança para o imóvel também é outro fator de destaque. Como o mercado fotovoltaico é um dos segmentos que mais cresce no Brasil, a LB Sol está sempre atenta às novidades, por isso faz questão de trabalhar com a Ecori Energia Solar, líder em soluções tecnológicas, distribuidora exclusiva para o Brasil da APSystems, que fabrica os micro inversores mais modernos do mundo, e a Solar Edge, que fabrica e comercializa os otimizadores de potência. Agora que você já conhece as vantagens dos micro inversores, vale ressaltar que eles são bastante interessantes para residências e grande parte dos imóveis comerciais e industriais, e já representam mais da metade das instalações na Europa e Estados Unidos. Já em um sistema com muitos módulos, os otimizadores de potência passam a ser interessantes, pois oferecem os mesmos diferenciais de um micro inversor, com alguma vantagem econômica neste caso. Gostaria de saber mais sobre micro inversores? Fale com a LB Sol, pioneira em Jaú e região ao trazer esta tecnologia de ponta para seus clientes!
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Legislação
O homem é um animal político Muitas pessoas não entendem com clareza qual é o real objetivo do exercício da política
Texto: Deputado Federal Ricardo Izar
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política caracteriza-se por um conjunto de atividades que envolve tomadas de decisões que afetam a vida do coletivo. De um modo geral, o político - cidadão colocado mediante o voto do coletivo numa cadeira pertencente às casas legislativas e executivas - tem como função estudar os assuntos importantes para a comunidade (orçamento, sua destinação, as obrigações, as emergências, etc) e junto a seus pares, decidir quais possam ser as melhores decisões sobre os temas de interesse, sempre visando ao maior bem-estar da população. Essas atividades de governança estão normalmente associadas a um sistema institucional como o governo federal, estadual ou municipal. Contudo, é importante lembrar que o político aprovado pelo voto é um profissional que também integra a sociedade que busca representar – logo, é afetado também por essas decisões. Sendo um cidadão como todos nós, partilha com parte dessa sociedade, e não com sua totalidade, todo um conjunto de valores e opiniões sobre os temas do dia a dia. Em um sistema democrático representativo, diversas parcelas da sociedade estarão representadas no plano institucional. E isso é saudável para o bom debate de ideias e para a expansão dos diferentes pontos de vista existentes entre diferentes segmentos da sociedade. Já imaginou se o mundo fosse feito de pessoas todas iguais, com os mesmos gostos e as mesmas formas de pensar? Já imaginou como é diferente a vida de um brasileiro que vive na parte norte e sul do país? Como é diferente a vida do brasileiro que vive em 90 Revista Energia
DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
uma área urbana, uma área rural ou uma área próxima às matas e distante de tudo e todos? Diferentes vidas, diferentes rotinas, diferentes problemas e necessidades. O exercício da política, contudo, não é exclusivo do cidadão investido de mandato – isto é, aquele que ocupa um cargo institucional por um termo pré-determinado que pode (ou não) ser renovado pelo voto. Fazer política é uma atividade que fazemos todo dia, o tempo todo, com todas as pessoas à nossa volta. Desde o momento em que decidimos em grupo qual o sabor da pizza que pediremos na noite do fim de semana, ou o filme que assistiremos na sala de casa na companhia de amigos, estamos o tempo todo argumentando e discutindo pacificamente por um assunto, visando chegar a uma decisão consensual que agrade todos os presentes. Eventualmente, alguém não ficará muito satisfeito com a decisão coletiva. Mas isto é fazer política. Política, como se diz popularmente, é a arte do possível, a arte de buscar o consenso entre muitas cabeças diferentes – algo sempre muito trabalhoso, dispendioso de tempo e demandante sempre de que os articuladores das ideias se municiem de dados e pontos robustos para a defesa de seus pontos de vista. Pois bem. Vivemos hoje um período em que as decisões políticas, de cada um de nós – no micro e no macrocosmos -, estão em forte evidência e têm mais importância do que nunca. Mas o que isso significa exatamente? Explico. O planeta hoje possui 7,7 bilhões de pessoas. Em diferentes países, sob diferentes funções, todas essas pessoas estão consumindo recursos, geran-
do produtos de descarte, influenciando tudo e todos à sua volta. Quando compramos algo para comer, movimentamos uma imensa cadeia de produtores, distribuidores e intermediários, o que é o mesmo que dizer que afetamos diretamente o modo como aquilo que comemos é produzido, onde é produzido, como é produzido, como é transportado, como é vendido, como é distribuído, como é consumido – para citar apenas alguns aspectos. Os impactos dessa simples escolha – o que comer – afeta diretamente o meio ambiente, os combustíveis, o câmbio financeiro, a tributação, as relações trabalhistas, a infraestrutura de uma cidade e suas rodovias, o sistema bancário, o modo de interação das pessoas, a renda de famílias, a segurança pública, o sistema de transporte, o campo publicitário, entre vários outros pontos. Percebe? Isso apenas com uma simples decisão tal como “Vamos comprar o feijão X ou Y?”. Fica claro, portanto, como nossas decisões, mesmo que pareçam ser de pequena escala, são decisões políticas que afetam a vida do coletivo como um todo. Se o feijão X deixa de ser comprado por causa do feijão Y, todo um sistema de relações complexas é afetado, no Brasil e no mundo. Assim como o que decidimos comer é um gesto político e afeta todos à nossa volta, o mesmo podemos dizer com aquilo que jogamos no lixo, com aquilo que decidimos consumir nos canais de comunicação, com aquilo que usamos como medicamento ou vestimenta, com o que produzimos de descarte com nossos carros e produtos eletrônicos. Tudo está conectado. Tudo afeta tudo e todos. Nenhuma decisão que tomamos hoje, deixa de afetar qual-
quer pessoa no planeta, mesmo que ela esteja distante a milhares de quilômetros e fale outro idioma. Por exemplo, a fumaça poluente provocada pela cidade grande de outro continente é distribuída por todo o globo em questão de horas. Recentemente tivemos um claro exemplo de como o município de São Paulo ficou com o céu absolutamente escuro às três horas da tarde como decorrência de queimadas produzidas na região norte no país. Queimadas produzidas sobre um ecossistema importante para todo o mundo, para inúmeras espécies. O consumo consciente, com uma reflexão das consequências de sua aquisição e descarte, é uma decisão política. O modo como dialogamos com as pessoas à nossa volta, mesmo sendo estranhas, mesmo através das redes sociais, é uma decisão política. O lixo que separamos e destinamos a um tratamento adequado, é uma decisão política. A forma como nos relacionamos com o meio ambiente, preferindo as práticas que sejam ambientalmente corretas e que não machuquem outras pessoas e outros sistemas ecológicos, é uma decisão política. A prática política é uma atividade constante e diária em nossas vidas – por mais que alguns de nós desejemos dizer que não gostamos de nos envolver com a política institucional. Na medida em que a política é um conjunto de atividades e decisões que afeta o coletivo, é importante que cada cidadão exercite sua participação no micro e macro universo de decisões sobre o coletivo. Fazer política é exercitar o olhar sobre o outro. O olhar sobre o outro, só pode ser sabiamente desenvolvido mediante a empatia, o respeito e o sentido de justiça social.
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Você + Bonita Por Samira Zoghaib
Alongamento de unhas Manter as unhas sempre bonitas é um desafio, principalmente com a correria do dia a dia. Mas com as diversas técnicas de alongamento ficou mais fácil fazer isso!
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á existem há mais de 60 anos, no Brasil chegou há pouco mais 20 anos, mas só de uns 5 anos para cá as unhas artificiais se tornaram mais populares, principalmente por conta da divulgação na mídia, através de algumas famosas que aderiram à essa prática. Hoje em dia existe uma atenção maior voltada para as unhas tanto das mãos, quanto dos pés. Porém, os alongamentos de unhas têm se dado devido à praticidade e durabilidade de mantê-los. Além de não precisar ter toda aquela paciência e cuidado para esperar as unhas naturais crescerem. Os alongamentos tornaram-se símbolos de feminilidade, embora no passado unhas longas fossem símbolo de riqueza e poder, pois só quem tinha unhas compridas eram mulheres que não precisam trabalhar e tinham empregados para fazer qualquer tipo de serviço. As unha acrílica foi a pioneira entre todos os outros alongamentos existentes hoje no mercado. Foi a primeira invenção a ser desenvolvida. Criada em 1954 nos EUA por Fred Slack, um dentista que descobriu que podia moldar uma unha com o mesmo material que usava para procedimentos dentários. Após várias experiências com diferentes tipos de materiais para aperfeiçoar a tão brilhante ideia, o Dr. Fred e seu irmão patentearam uma versão de sucesso. De lá para cá surgiram outros tipos de formulação para melhorar ainda mais a fixação e aparência dessas unhas artificiais. Foi na Alemanha que uma empresa especializada em resinas dentárias começou a melhorar ainda mais a formulação das unhas acrílicas. A partir de então surgiu também a unha em gel, que foi desenvolvida através dos produtos acrílicos. Hoje em dia no mercado existem muitos outros tipos de alongamentos e técnicas que ficam a critério da escolha de cada um.
UNHAS ACRÍLICAS São unhas esculpidas no molde garantindo um aspecto natural, bonito e seguro. Possuem uma resistência superior aos demais alongamentos, pois não quebram facilmente. A unhas de porcelana podem ser usadas com ou sem tips. UNHAS DE GEL São perfeitas para quem quer uma aparência mais natural nas mãos. Para quem tem unhas fracas é uma solução bem interessante. UNHAS ACRIGEL Como o próprio nome já diz, é uma mistura do pó acrílico com uma camada de gel, o que ajuda a dar mais resistência à unha. UNHAS DE FIBRA DE VIDRO São unhas feitas com fibra de vidro que, ao ser colocada sobre as unhas com um gel específico, essa fibra se torna fixa e toma forma com um visual bem natural com ou sem esmalte, um dos alongamentos que tem mais procura por sua resistência, efeito bem natural e moderno. UNHAS POLYGEL São bem parecidas com a acrílica, tanto na estética quanto na durabilidade. Com uma super vantagem de não ser necessário o uso do monômer, evitando aquele cheiro desagradável no processo de construção da unha.
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vida
Boa
Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil
Comida e intolerância Não. Eu não pretendo falar sobre intolerâncias
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alimentares como ao glúten ou à lactose
ampouco pretendo discutir preferências (e as suas contrapartidas como repulsa, asco, etc.) alimentares, como é o caso do coentro (que alguns dizem ser devida a causas genéticas) ou das uvas passas no arroz das festas natalinas (essa discussão está chegando outra vez...). O assunto hoje é sobre a intolerância das pessoas. E eu sou o primeiro da fila a confessar: não tolero gente burra. Só para esclarecer, nesse mundo de informação digital, a ignorância (não saber algo) virou regra. Li em algum lugar que mais de 99% dos cientistas da História da Humanidade estão vivos e trabalhando... Já a burrice é a negação dos fatos mesmo quando você possui a informação que desmente (ou comprova) a sua tese pessoal. Dia desses eu caminhava pela rua rumo a um restaurante na Vila Olímpia em São Paulo, quando fui abordado por uma jovem portando um tablet. Ela parecia um anjinho barroco, com cabelos encaracolados e olhos brilhantes. Apresentou-se como membro de uma entidade qualquer solicitando-me uma doação para combater o uso de pesticidas no Brasil. Mostrou-me gráficos e tabelas diversas, falando sobre os infindáveis malefícios que a indústria química nos impõe goela abaixo. Os números que ela me apresentava pareciam gigantescos; soavam como se falássemos em termos de anos-luz e isso me encafifou. Pedi um momento, puxei meu celular do bolso e acionei o novo Oráculo dos Deuses: Google. Em segundos, minha pequenina tela ficou inundada com informações. Vejamos. Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), organismo internacional da ONU para o combate à fome que existe desde 1945, o Brasil é o maior consumidor mundial de pesticidas, com gastos na ordem de 10 bilhões de dólares americanos por ano. Assustado, já estava quase pegando a carteira, quando pensei em aprofundar a pesquisa em termos comparativos. Quando esse dispêndio todo é dividido pela área cultivada, a cifra nacional é de US$ 137 por hectare (só para comparação, na Alemanha se gastam US$ 250/ha – quase o dobro do consumo num país que caberia, com uma pequena folga, dentro do Estado do Mato Grosso do Sul). Dois cliques mais tarde e, pimba! O consumo de pesticidas no Brasil é de US$ 9 por tonelada produzida, ao passo que no Japão o valor chega a US$ 98. Quase onze vezes mais! Mostrei a tela para o anjinho à minha frente, evidenciando o
erro que ela estava cometendo. Sabe qual foi a resposta? Que eu estava mentindo. Eu ainda tentei argumentar que os números são da FAO. Mais uma vez, sabe qual foi a resposta? “Eu não acredito na ONU”. Mais irritadiça que uma cobra caninana incomodada, a moçoila girou nos calcanhares e partiu. Entenderam a burrice? Nessa guerra de narrativas (e nós adoramos narrativas, pois é justamente a capacidade de criar narrativas que nos separa de todas as demais espécies animais do planeta), a primeira vítima é a verdade. As pessoas preferem uma mentira conveniente a uma verdade desconfortável. Eu sei que a frase anterior não é minha, mas não consigo recordar-me do autor (queixas para a Editora, por favor). Isso significa que eu sou um apoiador da causa pró pesticidas? Não necessariamente. Aqui nesse prodigioso (e muito amado pelo bom Deus) local aonde vivo, os matos de Joaquim Egídio, quase todo mundo tem a sua hortinha. Sem pesticidas. Mas uma coisa é você plantar meia dúzia de pés de tomate, uns quiabos e alfaces, um pouco de rúcula e rabanetes. Os efeitos das pragas da lavoura numa horta doméstica bem cuidada são mínimos, praticamente desprezíveis. Outra coisa, muito, muito, muito mais complexa, é ser o terceiro país maior produtor agrícola do mundo (EUA e União Europeia, respectivamente, estão à nossa frente). Sem pesticidas não tem como produzir tanto. Umberto Eco (eterno professor e mais que brilhante com o uso das palavras) disse que a Internet deu voz aos idiotas. Água corrente, um pouco de hipoclorito de sódio (água sanitária) diluído, uma escovinha e papel toalha é tudo o que você precisa para higienizar produtos hortifruti de maneira apropriada. Cada tipo de verdura, fruta ou legume carece de determinadas técnicas, mas no geral o princípio básico é o mesmo. Talvez seja um sinal de senilidade da minha parte, pois sessenta anos de comilanças e vinhos certamente cobram seu preço... Mais provável que seja tacanhez mesmo. Mas eu não tenho mais paciência para falar com gente burra. Lave bem suas compras e desfrute suas saladas, seus legumes refogados ou frutas frescas sem culpa ou temor, aliás, com prazer. A não ser que você esteja no Japão, porque aí a coisa muda. Mas acho melhor perguntar para alguém que viva por lá, para saber como eles fazem. Senão é burrice... Até a próxima. Revista Energia 95
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Última página Por Luisa Caleffi Pereira Jornalista formada pela Universidade Federal de Uberlândia
Sacrifício: sacro – ofício A importância do significado das palavras
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espira, agora é a hora de relaxar”. Depois de 50 minutos de posturas e alongamentos durante a prática de ioga, a professora faz uma pausa no final da aula e conta alguma história, um ditado que seja para nos levar à reflexão. Momentos corriqueiros da vida, alegrias, tristezas, dificuldades. Tudo aquilo que enfrentamos mais cedo ou mais tarde. Dia desses, em um daqueles momentos onde parece que estamos sob efeito de sedativos e tranquilizantes, a reflexão foi incitada por algumas simples perguntas: “quanto sacrifício você faz no seu dia; quanto você tem sacrificado em busca daquilo que almeja?”. Sacrifício. Até então nunca havia pensado em quantas vezes eu a dizia sem parar para entendê-la. Sacrifício: sacro – ofício. Pois bem, de acordo com o dicionário, sacro é relativo ao que é divino, à religião, aos rituais e ao culto. Digno de respeito, veneração. Ofício: trabalho; ocupação; compromisso; responsabilidade. Quando juntas, sacrifício: tarefa de difícil realização; aborrecimento; custo; sofrimento; martírio; punição. Eu li e reli os significados das duas palavras sozinhas e da combinação delas duas, três, quatro vezes. Sozinhas elas faziam sentido. E de certo modo se completavam, passavam a sensação de algo primoroso, digno de ser admirado. Reli o significado de sacrifício e senti o peso de cada letra em minhas costas. Nos familiarizamos com as palavras sem lembrar o real significado delas. Sem considerar sua intenção, e toda palavra carrega intenção. As palavras curam, machucam, derramam seu manifesto. A gente é que ainda insiste em dizer que foi só ‘da boca para fora’. Proponho um exercício de reflexão em um primeiro momento. A mudança de atitude é consequência – e o real propósito. Se “sacrifício” quase sempre é associado à um suplício, uma chateação, por que quando separamos a palavra o significado se transforma completamente? Se isso acontece na teoria, por que não na prática? Só depende da gente, e é ainda mais simples do que parece. Cada vez que nos deparamos com alguma obrigação, que temos que enfrentar um compromisso, por que não trocar o significado da tarefa em questão, e, assim, transmutar - de fato - a forma com a qual lidamos com os nossos “martírios”? Ocupação divina; compromisso sagrado; função respeitável. Sacro, ofício. Assumir trabalho não deve ser uma lástima. Apropriar-se da labuta não deve ser aborrecimento. É sinal de vida. Grande esforço, trabalheira, encargo. E dá canseira. E é para dar. A vida também dá canseira, traz incômodo. Incômodo – pode ser desagradável, difícil. Pode ser, também, a ausência do comodismo. Negação daquilo que é conveniente. E quando a vida nos chacoalha só não entra na sequência ritmada de passos e movimentos quem acha que a dança é uma grande confusão. A roda-vida segue, embaralha as letras, forma novas palavras, mistura e entrelaça os sentidos. Entrelaçar - entrançar um no outro, entrecruzar. Entrecruzar – cruzar reciprocamente – entrecortar. Cortar algo em diversos lugares. Separar as palavras e aparar as sobras. As palavras sobram, transbordam, derramam sua intenção. Cabe a nós ressignificarmos aquilo que já está conceituado, dar um novo significado às palavras – dotá-las com diferentes sentidos e, assim, fazer daquilo que já existe um universo de possibilidades. Revista Energia 97
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