REVISTA ENERGIA 87

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Jaú - Ano 10 | Edição 87 | Dezembro 2019 Distribuição gratuita | Venda proibida

Instituto Borelli Barros A evolução da odontologia!

NATAL

Jaú e suas tradições

MOVIMENTE-SE

Danças inspiradoras




Editorial

Acabou 2019!

Ano 10 – Edição 87 – Jaú, dezembro de 2019 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM

O fato é que o ano passou rápido à beça. Mas foi um ano muito especial, que nos deixa com um sentimento gostoso de “dever cumprido”

Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286 Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br

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Edição e Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br

Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Camila Ramos Luiza Caleffi Pereira Luiz Guilherme Romagnoli Colunistas Alexandre Garcia Aline Emanuelle Perim Evelin Sanches João Baptista Andrade Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves Professor Marins Renata Oseliero Ricardo Izar Samira Zoghaib Comercial Marcelo Mendonça Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br

Foto: Arquivo pessoal

Fotografia: Moinho Propaganda (14) 3416 7290

eja só: realizamos uma grande festa de aniversário da Rádio Energia contando com os artistas que mais se destacaram na nossa programação; investimos em treinamentos diferenciados e novas experiências para nossa equipe; realizamos uma pesquisa de audiência que reforçou a certeza de que estamos no caminho certo, nos apresentando mais uma vez um resultado de liderança absoluta, com 59% da audiência em Jaú e região (*pesquisa realizada pela Empresa Paulista – Unesp Araraquara); desenvolvemos grandes projetos e ações sociais. Fecharemos o ano com o Papai Noel Energia, um Natal Solidário no qual distribuímos presentes e atendemos pedidos das crianças que enviam cartinhas à Energia. Isso tudo sem falar no EQM - “Prêmio Empresas que Movimentam” - o mais importante evento empresarial da cidade, que reúne os empresários que mais se destacam, premiando, homenageando e comemorando um ano de grandes conquistas, criatividade, inovação e superação. O EQM é prêmio, é jantar, é mega show com o cantor Leonardo, é comemoração, é muita Energia positiva! Essa edição da RE está pura energia! Confira a matéria exclusiva sobre Pole Dance e Dança do Ventre, atividades que são muito mais que esporte e dança, mas formas de empoderar mulheres! Práticas que trabalham a autoestima, segurança, sensualidade e força. A superação que ambas propõem é muito palpável, mostra a evolução no despertar do seu corpo e com certeza vão te inspirar! Ainda nesta edição você vai ter mil motivos para sorrir! O ato de sorrir faz bem e pode contagiar todo o ambiente com energia positiva e bom humor, aumentando inclusive seu desempenho no trabalho. E foi pensando nisso que o Instituto Borelli Barros, destaque na matéria de capa desta edição da RE, idealizou um espaço que, além de cuidar do seu sorriso e da sua saúde com a mais moderna tecnologia, conta com todo conforto, pessoas especializadas em acolhimento, tratamentos odontológicos e técnicas da melhor qualidade. Agora é hora de curtir o final de ano. Uma pausa para balanço e para festejar com a família! Não se deixe contaminar pelo papo de gente cansada, que só reclama quando chega essa época. Seja qual for o significado que você dá à celebração, os ingredientes essenciais para fazer o melhor Natal são alegria e família reunida em paz e harmonia. Espero que o seu Natal seja assim, e que os presentes cheguem na forma de muito amor, saúde e felicidade. Feliz Natal!

A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.

Maria Eugênia


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NESTA EDIÇÃO 08 Perfil

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Gente Fina

Tradição

12 Radar 15 Pense Nisso 16 Gente Fina 24 Tradição 32 Adote um Pet 35 Viagem e Turismo 36 Capa 44 Consultoria 48 Dermatologia 52 Emagrecimento Inteligente 53 Modernize 54 Vida Saudável 61 Escolas de Jaú 64 Condicionamento 69 Social Club

Nossa Capa: Família Borelli Barros Modelo: Maria Cecília, Luiz Antônio e Luiz Antônio Filho Jaú - Ano 10 | Edição 87 | Dezembro 2019 Distribuição gratuita | Venda proibida

80 Look Kids 82 Sociedade 88 Look de Artista 93 Você + Bonita 106 Boa Vida

Instituto Borelli Barros A evolução da odontologia!

110 Legislação NATAL

Jaú e suas tradições

MOVIMENTE-SE

Danças inspiradoras

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Look de Artista



Da fazenda para os palcos

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Ele passou por todos os estilos musicais, formou uma dupla, ficou conhecido Brasil afora e atualmente segue firme em carreira solo Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal e Rogério Castelo

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esta edição da RE, esta coluna destaca o jauense Edson Aparecido da Silva, que certamente nossos leitores conhecem pelo nome artístico: Tyson. Nascido em uma época em que o café ainda era forte na economia local, seus pais se conheceram justamente em um cafezal, trabalhando juntos na colheita. Tyson conta que os dois fugiram e se casaram mais tarde, já com ele a caminho. “Minha infância foi muito boa, na fazenda Boa Vista e depois na fazenda Estação Experimental de Jaú. Gostava muito de subir em árvores e brincar com carrinhos que meu pai comprava no mercadão municipal”. Seu talento para a música surgiu por volta dos 7 anos, ao acompanhar o tio Abraão, que cantava e tocava violão, e também o avô Sebastião Moisés, que tocava acordeon na igreja. “Eles iam para os cultos e me levavam, então, acabei por me identificar musicalmente”. DUPLA MIRIM E GRUPO DOMINÓ O início da carreira foi com o primo Alexandre, quando formaram uma dupla mirim e cantavam nas festividades das igrejas pela região. Mais tarde, já na adolescência, seu primo parou de cantar e Tyson seguiu com a irmã Adina, também nas igrejas, e posteriormente com o tio Abraão. “Mas acabei deixando de cantar gospel e formei um grupo que era cover do Dominó”, conta, aos risos. “A gente ensaiava muito, até ficar próximo da coreografia deles, e acabamos fazendo certo sucesso na região”. No entanto, Tyson lembra que se deparava com parentes e amigos que não aprovavam aquele trabalho. “Uns pela dança, outros pela minha cor, e eu nem sabia desse negócio de cor. Crescemos sem enxergar cor nas pessoas e sem fazer força eu passava por cima de tudo, tanto é que depois fui parar num grupo de pagode, época em que o samba passou a ser aceito no Brasil”. O COMEÇO DO SUCESSO Através de alguns amigos, o artista aprendeu a tocar cavaquinho e passou a fazer parte do grupo “Amigos Por Acaso”, onde ficou por cinco anos. Para o cantor, uma de suas apresentações mais difíceis foi com o grupo de pagode, quando fizeram a abertura do show do “Sampa Crew” no Ginásio Dr. Neves. “Fiquei nervoso, mas a galera nos abraçou e aí foi só alegria com aquela rapaziada. Mas acabei voltando para a música sertaneja, cantei com o Fernando, depois com o Thiago, e foi uma escola e tanto tudo isso”, relata. A DUPLA COM PEDRINHO Segundo Tyson, a parceria com Pedrinho foi o maior trabalho realizado entre os mencionados, pois encontraram apoio e muitas portas se abriram. “Nossa música tocou muito aqui na região e pelo país afora, nos deixando em boas colocações nas grandes emissoras de rádio”. Para ele, o hit “Fica Comigo”, que grande parte de nossos leitores deve conhecer, foi um sonho real para ambos e os colocou entre grandes artistas já consagrados. “Fomos contratados para grandes festas, fizemos bons shows com nossa banda em Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, rodamos bem o estado de São Paulo, enfim, foi lindo!”, lembra.

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Infelizmente, a dupla chegou ao fim. “A dificuldade bateu em nossa porta e o meu amigo Pedrinho optou por deixar a estrada. Até tivemos uma breve volta em 2013, mas não fomos felizes depois daquela separação”. JOÃO PAULO E DANIEL Tayson revela que sua maior fonte de inspiração é o cantor Daniel, desde quando fazia dupla com João Paulo. “Exemplo de pessoa e de condução da carreira, não tem como pensar diferente. Daniel, para mim, é o top mais que 10”. Sobre o ídolo, ele se recorda de um dia, quando estava voltando com um amigo de uma festa em Itapuí, onde havia cantado. “Estávamos passando pela Rua Tenente Lopes ouvindo e comentando sobre o cantor Daniel. Falando sobre uma música que ele gravou com o Almir Sater quando, de repente, o próprio Daniel cruzou a nossa frente numa Pajero e nos acenou. Cara, eu achei aquilo muito doido! Queria segui-lo, mas achei que ficaria chato e seguimos nosso destino”. CARREIRA SOLO Atualmente, o cantor segue em carreira solo e apresenta-se em locais variados: “Tanto em grandes palcos como em barzinhos, restaurantes e qualquer festa que me quiserem lá”. Mas ele afirma que ama cantar em dueto. “Tenho um companheiro e fazemos algumas apresentações juntos, é o meu amigo/irmão Herivelto, que é top também. A gente leva sem ilusão, mas me preparando para embarcar se o trem passar novamente pela minha estação. Assim, sigo a carreira solo, mas tenho uma parceria que pode acontecer pelo Brasil a qualquer momento”. Questionado se dá para viver da música ele responde que sim, mas pontua que tem que estar sempre antenado e ter cuidado para não perder a essência. “Acho que tenho feito isso bem”, afirma. REPERTÓRIO Tyson tem um repertório bem eclético, variando de acordo com o tipo de festa e ambiente. “O povo me conhece pelo modão arrojado, mas também pelo samba. Acabado fazendo uma mistura boa e eles me chamam por isso, eu acho. Tem muita gente que gosta do meu trabalho e da minha pessoa, então me ajudam muito me contratando e me dando sempre injeção de ânimo e fé”. AMOR PELA MÚSICA A paixão pelo que faz vem de longa data. “Lembro de ser mandado embora de alguns empregos por ir ao banheiro escrever trechos que vinham em minha cabeça. Fone de ouvido, som muito alto, enfim... Desde muito criança a música em casa é todo dia e na maioria das vezes o som muito alto”, menciona. Sobre o futuro, ele tem muitos planos. “Conseguir estudar e ter uma escola de música para a criançada, tipo Projeto Guri, sabe? Mas eu teria que estudar bastante para isso e depois continuar vivendo da música e formando a criançada nessa área maravilhosa que é cantar e tocar violão”.

“A música é tudo para mim” (Tyson) MENSAGEM FINAL “Gostaria de agradecer a vocês, da Revista Energia, e dizer o quanto de carinho tenho pela emissora Energia FM e todas as outras emissoras de Jaú e região. Sou o cantor dessa região que mais toca nas programações local e regional. Deixo aqui minha gratidão a todos os amigos e colaboradores que acreditam no meu talento e agradeço a Deus e à minha família por estarem ao meu lado e acreditarem que a vida é sempre seguindo em frente!”  10 Revista Energia


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Radar Por Alexandre Garcia

ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista brasileiro. Atuou no Jornal do Brasil, no Fantástico e na extinta TV Manchete. Atualmente é comentarista político na Rede Globo de Televisão.

Fazendo a louvação Nesses dias me volta à memória um sucesso de Gilberto Gil, cantado por Ellis Regina e Jair Rodrigues, Louvação: “Vou fazer a louvação/ do que deve ser louvado.../ louvando o que bem merece/ deixo o que é ruim de lado”.

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sábio deixar o ruim de lado, porque de tanto ele ser falado, parece estar sendo chamado. Tem gente aí que só fala no que é ruim, exercitando o nosso masoquismo, o desejo de sofrer, talvez para pagar os pecados e se penitenciar para merecer o céu, ou é porque tem mesmo na cultura esse luto, essa tristeza, essa melancolia, que os gritos de carnaval e futebol não conseguem disfarçar. Antídoto para isso é olhar o lado bom dos fatos. Vejam isso, por exemplo: o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se já estivesse condenado, inclusive em tribunal de recurso, segunda instância, já estaria solto. Paradoxalmente ele fica preso porque ainda não foi condenado. O Tribunal Regional Federal em Recife cancelou sua prisão preventiva por 2 a 1, aceitando o argumento da defesa de que ele já não tinha poder para alterar provas e estava há muito preso, no caso da Arena de Dunas, construída, como outros estádios, para a corrupção – perdão – para a Copa do Mundo. Ele permanece preso, no entanto, porque há mais duas prisões preventivas para evitar que possa alterar provas e constranger testemunhas em casos que envolvem Petrobras, Caixa Econômica, Odebrecht e OAS – como de costume. O caso confirma que a Constituição não impede prisão de criminoso – esteja ou não condenado – apenas diz o óbvio, que enquanto não transitar em julgado, o condenado não pode ser inscrito no livro dos culpados. Foi isso que o Supremo ratificou em 2016, por duas vezes. Naquela época, o Ministro Gilmar Mendes chegou a afirmar que exigir o trânsi-

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to em julgado formal para prender transformaria o Judiciário num sistema de impunidade. Três anos depois mudou o voto. Em 2016 não estavam presos, por exemplo, o tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas, nem o ex-presidente Lula. Será que foi essa circunstância que mudou o voto do Supremo? É triste constatar que cidadãos comuns e suas empresas não têm outras instâncias para pagar suas contas, seus impostos, seus deveres trabalhistas; não se lhes dá outra instância quando são assaltados ou seus impostos são levados pelos corruptos. Os corruptos e outros assaltantes, esses sim, merecem a presunção da inocência, até que chegue o juízo final. Fala-se tanto em justiça social; seria isso justiça social? Como “todo poder emana do povo”, os representantes eleitos em outubro são responsáveis pelas respostas. Leis lenientes, que não desestimulam o crime, estarão vigentes até que os legisladores as mudem. Não parece, entretanto, que estejam dispostos a isso. Basta observar o quanto tentam desvirtuar o pacote anticrime enviado ao Congresso pelo Ministro Sérgio Moro. 

“É triste constatar que cidadãos comuns e suas empresas não têm outras instâncias para pagar suas contas, seus impostos, seus deveres trabalhistas”


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nisso

Pense

Por Professor Luiz Marins LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br

Cuidado para não perder as melhores pessoas de sua empresa Muitos líderes cometem um grande erro: sobrecarregam as pessoas boas, competentes e comprometidas da empresa com muitas tarefas e atividades

T

odos nós temos liderados comprometidos e competentes, e outros nem sempre competentes e comprometidos. Sabemos que as pessoas boas e comprometidas farão com qualidade as tarefas a elas atribuídas com esmero e atenção aos detalhes. Sabemos também que há pessoas com as quais não podemos contar totalmente. Elas não são comprometidas, são desengajadas e as tarefas dadas a elas são sempre feitas com descaso e muitos erros. O erro que cometemos é entulhar, sobrecarregar, encher as pessoas boas de muitas tarefas e atividades, o que as fará entrarem em um processo de desmotivação e, muitas vezes, estafa e depressão. Pessoas comprometidas e competentes geralmente são perfeccionistas no bom sentido, isto é, gostam de fazer as coisas com perfeição e atenção aos detalhes. Essas pessoas não gostam de dizer “não” a seus líderes e aceitam cada vez mais tarefas, até porque sentem orgulho da confiança demonstrada por seus líderes. Elas são muito exigentes com elas próprias e se sentem mal quando cometem algum erro. Quando sobrecarregamos as pessoas boas com excesso de tarefas e atividades, elas, entulhadas de coisas para fazer, não conseguem a qualidade que estão acostumadas a entregar. Elas começam a cometer erros. Seus chefes começam a estranhar que aquela pessoa que sempre fez tudo com extrema perfeição está perdendo qualidade. A própria pessoa percebe sua incapacidade de cumprir com tantas tarefas e começa a ter um sentimento de baixa autoestima. Esse sentimento de baixa autoestima faz com que ela possa entrar em um processo de extrema desmotivação e até depressivo, e de um possível Burnout. Muitos líderes me dizem que essas pessoas excelentes não só aceitam todas as tarefas dadas a elas como também solicitam fazer mais. Isso é verdade, mas cabe ao líder saber dosar e entender que há um enorme perigo no entulhamento e na sobrecarga de tarefas a uma pessoa excelente. Como essas pessoas são muito exigentes consigo mesmas, conheço muitos casos em que elas acabaram pedindo demissão da empresa alegando motivos pessoais. Assim, a empresa acaba perdendo seus melhores talentos. Veja se as melhores pessoas de sua empresa não estão com excesso de carga, de tarefas, de atividades. Analise se, além da injustiça de exigir demais de uns e pouco de outros, você não está correndo o risco de perder os bons e ficar com os ruins. Pense nisso. Sucesso!  Revista Energia 15


Gente Fina

Marcos José Soares “O êxito na vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho” (Abraham Lincoln) Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal 16 Revista Energia


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ocê, leitor, já deve ter ouvido por aí a palavra “resiliência”. Em geral, o termo refere-se à capacidade que uma pessoa tem de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico (Wikipédia). Ao conhecer a história do nosso Gente Fina desta edição, certamente você vai entender porque escolhi esta palavra para iniciar a apresentação. Aos 41 anos de idade, Marcos José Soares é taxista, natural de Itaúna do Sul, no Paraná, uma pequena cidade com pouco mais de 3.500 habitantes (IBGE, censo de 2010). Sua trajetória passa por cenários contrastantes, como as ruas e a Europa. Sem nunca desistir dos seus sonhos, enfrentou com bom humor cada desafio, cada dificuldade, e fortaleceu a sua confiança e capacidade de vencer os obstáculos. Quando saiu de Itaúna do Sul, veio para Jaú? Sim, vim para Jaú recém-nascido, junto com mais três irmãos. De origem simples e muito pobres, moramos em diversos bairros como a Vila Cipó, Vila Ivan e São Benedito, o bairro que começou a marcar a minha vida. Vivíamos em um cortiço mais conhecido como a casa da Paraguaya, onde também moravam outras cinco ou seis famílias que dividiam dois banheiros comunitários. Frequentava a Escola Caetano Perlatti, porém, minha vontade de trabalhar era tanta que com apenas 7 anos de idade ganhei a minha primeira caixa de engraxar sapatos e assim começaram as minhas aventuras pelas ruas de Jaú. Chegou a viver nas ruas? Mesmo tão jovem, com 8, 9 anos já andava sozinho por toda a cidade, sempre com minha caixa de engraxar sapatos e um sorriso no rosto, pois aquilo era o meu orgulho, afinal, como engraxate eu ganhava dinheiro para ajudar minha mãe com as despesas da casa. A rua sempre foi um lugar sombrio e perigoso, onde as pessoas sempre estão testando você no dia a dia. Entre muitas pessoas que conheci na rua, o Ferrugem, também um engraxate de sapatos, era meu companheiro e por várias vezes não voltamos para casa, dormimos pelas ruas da cidade e achávamos o máximo. Porém, eu já sentia certo preconceito na Escola, não tinha amigos e muito menos participava de festas de aniversários dos outros alunos. Eu era o garotinho todo mal arrumado, definitivamente, eu era sim um menino de rua! E como mudou essa realidade? Aos 13 anos, somente engraxar sapatos não era mais suficiente para mim, eu precisava sair das ruas. Meus amigos já praticavam delitos, usavam cola, eu não queria aquilo para a minha vida, então surgiu a oportunidade de vender pipocas no Estádio do XV de Jaú. Era uma grande torcida, o time fazia parte da elite do futebol paulista e vi ali uma boa oportunidade de sair da rua e ter fonte de renda para ajudar minha família. Todo domingo eu e o saudoso Sr Luiz nos encontrávamos na Matriz e saíamos empurrando o carrinho de pipocas até o estádio do XV de Jaú. Sempre que havia grandes eventos lá estava eu, vendendo pipocas. Mais tarde entrou para o setor calçadista? Aos 14 anos comecei no primeiro emprego com registro, em uma indústria de calçados. Foram 16 anos trabalhando no setor calçadista, passando por várias indústrias e fazendo grandes amigos. Sempre muito disposto a trabalhar, queria algo mais na minha vida, 18 Revista Energia


“Estava lançada minha sorte e de segunda a segunda trabalhei sem parar”

então, nesse período calçadista também trabalhei durante 10 anos como mototaxista nas horas vagas. Assim, lá estava eu novamente nas ruas da cidade, trabalhando dia e noite por muitos anos, incansavelmente. Mas com a crise no setor calçadista cada vez maior, no final de 2010 surgiu a ideia de virar taxista, um novo desafio, uma nova oportunidade que eu abracei! Foi difícil começar uma nova profissão? Quando comecei no ramo de táxi encontrava muitas dificuldades, pois não tinha um carro novo igual aos concorrentes, assim, precisava fazer algo inovador. Foram meses passando a noite na rodoviária tentando fazer clientes, porém, as dificuldades eram muitas. Em um determinado momento, beirando o fracasso como taxista, surgiu a ideia de distribuir os meus cartões na escola da Fundação. A coisa funcionou e em uma das chamadas um grupo de meninas que estudavam na Fundação estava na Choperia Jardim, localizada no Jardim de Baixo. Elas me ligaram e senti que aquele era o momento exato de ganhar a confiança dos jovens. Cheguei com bom astral, músicas que eles gostavam no volume que queriam e pronto, ali se iniciava a minha carreira de sucesso no táxi. Levei sete adolescentes no Celta preto, com valor fixo de R$ 5 cada adolescente, e sempre do último eu não cobrava, apenas pedia para me indicar aos seus amigos. Em pouco tempo vi minha clientela aumentar mais e mais, sempre com aquela condição de

que o último não pagaria a sua viagem. Pronto! Estava lançada minha sorte e de segunda a segunda trabalhei sem parar. A que se deve a confiança que os pais depositam em você? Até mesmo nas festas de final de ano eu estava ali trabalhando, firme e forte, e foi como conquistei meu espaço no ramo taxista. A minha amizade com os adolescentes foi aumentando dia após dia, sempre com muito respeito e pontualidade, e fui ganhando essa confiança dos pais, foi quando eu percebi que minha popularidade na cidade já era grande. Assim surgiu o Marquinho Taxista. Como foi parar na Europa? Tinha um sonho desde criança que era conhecer o Velho Continente. Devido ao grande sucesso alcançado financeiramente no táxi, segui viagem com destino à Espanha, Itália, Holanda e França. Passei por vários locais históricos, várias cidades, fiquei deslumbrado com a Europa e após 15 dias de férias retornei ao Brasil. Foram férias merecidas, com muito suor e trabalho, porém, fiquei tão fascinado com a Europa que decidir voltar o mais rápido possível. Desta vez o destino seria Madrid, na Espanha, e após nove meses lá estava eu novamente no Velho Continente. Em Madrid, entre muitos passeios pela cidade acabei conhecendo uma jovem mulher de 35 anos, Maribel Hernandez, dentro do Santiago Bernabéu, o Estádio do Real Madrid. CoRevista Energia 19


O que é o projeto Varal Solidário? O varal solidário vem crescendo a cada semana que passa, mas para esse sucesso dependemos da doação de roupas e calçados da população jauense. Após recebermos essas doações, montamos o varal solidário em um local estratégico, defronte a Rodoviária, onde pessoas mais simples possam pegar aquela peça de roupa que lhe sirva. Inclusive alguns moradores de rua também vão até o varal, é essa satisfação em ajudar o próximo que nos fortalece, sempre contando com ajuda da população que nos apoia e veste essa ideia. Doe com carinho e receba com amor.

meçamos um romance, as coisas foram ficando sérias e acabamos namorando por aproximadamente um ano, entre idas e vindas. Meu roteiro de viagem se tornou Brasil/Espanha. Foram muitas histórias que levarei para o resto da minha vida, mas a vontade de retornar ao Brasil falou mais alto e mesmo com um pedido de casamento e a oportunidade de me tornar cidadão espanhol, resolvi voltar para Jaú. Foi uma decisão difícil, porém, aqui é o meu lugar. Tem alguma experiência inusitada para contar? Em uma das minhas aventuras quando engraxava sapatos, estava andando pela Rua Major Prado quando parei na frente de uma loja eletrônica. Fiquei por um tempo ali parado, ouvindo uma emissora de rádio e sua programação quando, de repente, ouvi o radialista Marcos Adriano anunciar que o primeiro corintiano que chegasse à emissora vestido com a camisa do Corinthians iria concorrer a um ingresso para a final do campeonato paulista, Corinthians x São Paulo. Naquele momento eu estava vestindo uma camisa do Corinthians, era minha oportunidade de conhecer São Paulo e ainda assistir ao jogo da final. Corri em direção à emissora com minha caixa de engraxate e, claro, fui o primeiro corintiano a chegar, afinal, estava a apenas duas quadras. Ganhou o prêmio? Para desespero do radialista, ganhei o ingresso ao vivo, na escolha de um número no painel que tinha dentro do estúdio, mas havia um problema: eu não tinha dinheiro e tinha apenas 13 anos! Mesmo assim, no dia 15 de dezembro de 1991 partimos em direção ao Estádio do Morumbi. Detalhe: eu estava com a camisa do Corinthians no ônibus de são paulinos e como eu teria que ficar sozinho no estádio, gerou uma preocupação em todos, não havia celular, aí me deram uma camiseta branca que eu coloquei por cima e entrei junto com eles na torcida do São Paulo. Mas logo fui descoberto, eu tinha cara de corintiano, enfim, foi um alvoroço no anel superior do estádio. Um corintiano na torcida do São Paulo? Pois é. Fui retirado à força pela Polícia Militar e levei a maior bronca dos policiais, que me deram a opção de ficar na torcida do Corinthians sozinho. Claro que eu queria assistir a decisão, era um desafio para mim! Fim de jogo, São Paulo campeão paulista, mas eu estava feliz, pois um sonho havia se tornado realidade. No meio da torcida do Corinthians, mesmo com a derrota me senti um campeão. Com muito custo achei o ônibus de volta para Jaú e como prêmio por achar o ônibus, o Marcos Adriano pagou um lanche de pão com mortadela e refrigerante.

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E o Acelera Jaú, como funciona? O #acelerajau foi criado com o intuito de ajudar a comunidade local cobrando do Poder Legislativo ações que resolvam o problema de determinado bairro. As ações do #acelerajau têm ganhado destaque, pois a resposta tem sido bem positiva. Foram mais de 20 requerimentos apresentados, cerca de 18 atendidos, isso fortalece o grupo a continuar o trabalho nos bairros mais carentes, cobrando do Executivo ou Legislativo com responsabilidade. O que mais marcou você de maneira significativa? Momentos marcantes foram vários, seria impossível descrever apenas um. Minha trajetória de vida por inteiro foi marcante. Foram momentos de superação, sofrimento, onde sonhos se tornaram realidade. O aplicativo Uber chegou a prejudicar seu trabalho? Quando comecei no táxi, existia um público grande na cidade que utilizava o serviço e com a excelência no atendimento, consegui cativar e fazer uma cartela de clientes muito acima do normal. Mas, com a chegada do App Uber, nossos ganhos tiveram uma redução considerável de mais 60%, nos deixando em uma situação difícil de trabalho, pois o preço oferecido pelo Uber é três vezes menor que o valor praticado pelo táxi. O Uber afetou diretamente a vida dos taxistas em Jaú, muitos estão deixando a categoria e partindo para novos desafios, lembrando que também os motoristas de Uber sofrem com a alta taxa cobrada pelo App. Os valores cobrados do motorista pelas corridas de Uber ficam em torno de 25% cada corrida, chegando até a 30%, ou seja, motorista Uber também sofre com baixos preços praticados e a cobrança elevada da taxa do App. Frequenta alguma religião? Minha religião é católica, mas aprendi a respeitar e admirar os evangélicos que fazem um trabalho excepcional nas aéreas social e espiritual. Fica minha admiração por eles. Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que o odeiam, abençoe aqueles que o amaldiçoam, reze por aqueles que o maltratam. Falta realizar algum sonho? Meu sonho é um dia poder representar a população no legislativo, dizer para os meus filhos que eu fiz o melhor da minha vida pela cidade. O futuro a Deus pertence, ele sabe das minhas lutas e dos desafios que enfrento no dia a dia. Sua mensagem final Viva a vida e aprenda uma nova lição a cada dia; faça as coisas certas hoje, para não se arrepender amanhã! 


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Tradição

Jaú: histórias e tradições de Natal Fim de ano, época de festas e Jaú, com suas tradições natalinas que vão desde histórias de família até eventos religiosos

Texto Luiz Guilherme Romagnoli

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Imagem: Internet Revista Energia 25


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maioria das pessoas cultiva uma tradição de Natal. Aposto que a sua família também tem uma. Seja viajar e curtir ou reunir o pessoal na casa de algum parente, o final do ano sempre é palco de tradições que, com o passar do tempo, passam a fazer parte das grandes recordações. Nessa edição da Revista Energia vamos aproveitar essa época para contar a história de um senhor que tem tudo a ver com o Natal, e para desvendar algumas das tradições que envolvem a cidade de Jaú, pois, como diria um tradicional jingle de uma grande rede de lojas de departamentos: “Dezembro, vem o Natal!”. IMIGRANTE LIBANÊS Emílio Arradi tinha apenas 6 anos quando sua família fugiu da guerra do Líbano e veio para o Brasil em busca de paz. O destino, a princípio, foi Barra Bonita, cidade onde um tio morava, mas não tardou para que seu Emílio fincasse suas raízes em Jaú. Hoje, aos 99 anos, ele lembra com lucidez grande parte de sua quase centenária vida. “Algumas coisas eu já não lembro mais”, conta, rindo, durante a entrevista. Vindo de uma cultura completamente diferente, seu Emílio chegou ao Brasil por volta de 1925, ainda com seu nome original, Emile (na época o Líbano era território francês), e com seu pai, sua mãe, dois irmãos mais velhos e uma irmã mais jovem. Tendo que se adaptar à cultura local, logo foi matriculado em uma escola onde, além das atividades letivas, desenvolveu um dom que o acompanha até hoje.

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NASCE O CARPINTEIRO Aos 9 anos Emílio começou também a realizar atividades de carpintaria. “Esse dom de carpintaria nasceu quando entrei na escola e o professor mandava fazer trabalhos com a serrinha. Desde então, nunca parei”, revela, contando ainda que tinha o sonho de abrir uma oficina de carpintaria, o que mais tarde acabou se realizando. Pouco depois de chegarem do Líbano, em 1926, o pai e um tio compraram um armazém em Barra Bonita e deram início ao negócio que acabou por eternizar o sobrenome da família no imaginário da população em toda a região. Os mais jovens talvez não se lembrem, mas os mais velhos com certeza se recordam da Casa Arradi e, certamente, compraram algo no local. “Infelizmente papai viveu pouco, vítima de apendicite. Então eu, com 10 anos, e meus irmãos com 16 e 18, continuamos com a loja e fomos trabalhando”, recorda Emílio.


analógicas, mas esse será o segundo ano com lâmpadas de LED”, destaca o padre, lamentando que uma tempestade após o Natal do ano passado queimou todas as luzes da Igreja. O EXÓTICO PRESÉPIO Presépios são tradicionais. Sejam pequenos ou grandes, boa parte dos lares brasileiros enfeita suas salas com essas miniaturas que representam o nascimento de Jesus. E quando pensamos em presépio de Igreja, logo pensamos naquela fiel representação do nascimento de Cristo, mas na Matriz não é bem assim. “Fui eu quem começou a tradição do presépio. Comecei a montar com água, com aves, etc. As pessoas até falam ‘mas padre, como é que tem um urso do Polo Norte no presépio?’, mas não é uma questão geográfica, é mais para dizer que Jesus veio para todos. O presépio representa a humanidade e a bicharada toda”, afirma o padre.

A TRADIÇÃO DA LOJA E OS BRINQUEDOS Até 1946 a loja permaneceu em Barra Bonita, mas por um motivo bem peculiar a família decidiu se transferir para Jaú. “Minha irmã se casou e você sabe como é: filha única, minha mãe queria ficar perto dela, então fizemos negócio e compramos um barracão aqui. Tínhamos a melhor loja de Barra Bonita, tem até relatos de pessoas que choraram quando souberam que íamos para outra cidade. Foi uma comoção parecida como a que houve quando fechamos definitivamente aqui”, revela Emílio. Já com a loja consolidada em Jaú, ele teve a ideia, na década de 1960, de distribuir brinquedos e lembranças para a população mais carente da cidade. No primeiro ano foram cerca de 1500 itens distribuídos, mas no segundo a produção saltou para 7200. “As fábricas de móveis emprestavam funcionários e nós trabalhávamos dia e noite na minha oficina para fazer os brinquedos”, conta. Em fotos da época é possível ver os caminhões cheios de itens de carpintaria e filas enormes de pessoas esperando a distribuição. Seu Emílio nasceu bem longe da terra do Papai Noel, a Lapônia, mas foi um dos precursores da tradição de entregar brinquedos em Jaú.

AMIGO SECRETO Tradição familiar ou entre colegas de trabalho, o amigo secreto sempre está presente nas festas de fim de ano. Na Igreja Matriz, porém, o amigo secreto revela o cunho social da Igreja. Existente há pouco mais de uma década, a tradicional brincadeira corresponde à arrecadação de doações em dinheiro que são revertidas para obras sociais. “As coletas das missas de Natal e Ano Novo são enviadas para lugares que passam por dificuldades. Já mandamos para a África e para o Haiti, após o terremoto que devastou o país, e esse dinheiro foi utilizado para ajudar na construção de escolas. Nesse ano o valor será revertido para a Pastoral do Menor, que é da própria Matriz”, conta Padre Celso. PAPAI NOEL VOADOR Há 17 anos o bombeiro da reserva Antonio Donisete Milani, 57, encarna o Papai Noel e desce a Matriz de tirolesa para a fascinação do público. Milani só não foi o Bom Velhinho na primeira edição da mais chamativa tradição de Natal da cidade. “A cada ano é uma emoção diferente, é mágico. No momento da descida não tem idade

A IGREJA MATRIZ E AS LUZES DE NATAL Principal referência católica em nossa cidade, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio também é palco de diversas tradições. Seu Emílio, personagem da história contada nessa matéria, também ajudou muito nas celebrações natalinas da paróquia, tendo confeccionado andores e palcos para as apresentações de coral e presépios. Nos dias de hoje, com ajuda da tecnologia, a Matriz segue inovando a cada Natal, muito por conta das ideias do padre Celso Luiz Buscariolo, 60, que está à frente da comunidade há 19 anos. A iluminação de Natal da Matriz é uma das tradições mais lembradas pela população, com décadas de existência e sempre encantando gerações, mas por pouco essa tradição não caiu no esquecimento. “Quando eu cheguei tínhamos a tradição da iluminação externa parada. Ela era feita, mas há alguns anos já não faziam mais, então eu a recuperei. Por muito tempo fizemos com lâmpadas Revista Energia 27


para aceitar essa emoção”, revela Milani. O bombeiro conta que muita coisa passa pela cabeça, mas que o momento da descida acaba se tornando um momento de paz interior. “É uma emoção que não existem palavras para descrever”. Idealizador da descida, Milani afirma que a ideia nasceu quando trabalhou em um evento de rapel na cidade de São Paulo, e que com a ajuda do seu comandante e de comerciantes conseguiu viabilizar a descida por meio da tirolesa, o que virou tradição. “Hoje temos um sistema operacional definido. Montamos tudo de manhã, fazemos descidas teste e realizamos o evento à noite”, explica. PAPAI NOEL DE PARAQUEDAS Se na Matriz o Papai Noel chega de tirolesa, no Shopping ele desce de paraquedas. E é claro que o público torce e reza para que São Pedro colabore com o tempo, para que nada estrague a festa. Mas por lá não só a chegada do bom velhinho é uma tradição inovada a cada ano, sua permanência no estabelecimento também. Ao longo de todo o período de festas, o velhinho barbudo fica por lá encantando, tirando muitas fotos e ouvindo os pedidos da garotada. VELHAS TRADIÇÕES Para quem prefere à moda antiga, ainda se pode mandar uma cartinha para o Papai Noel com seu pedido de Natal. Os Correios funcionam como intermediários, levando a cartinha até o bom velhinho e o ajudando a realizar a entrega dos presentes há 30 anos. Ao longo dessas três décadas, já foram mais de 6 milhões de cartinhas adotadas. Em Jaú, no ano passado, das 633 cartinhas disponibilizadas, 542 foram atendidas. A campanha dos Correios nasceu por iniciativa de funcionários que recebiam muitas cartinhas endereçadas ao Papai Noel, sem endereço de destinatário. Sensibilizados, os funcionários adotavam as cartas e 28 Revista Energia

a campanha foi crescendo ao longo dos anos, atendendo todo o país. Os Correios fazem uma pré-seleção das correspondências recebidas e cadastram aquelas que são aptas para adoção. A partir daí, as cartinhas ficam disponíveis nas agências para serem adotadas. TRADIÇÕES VOLUNTÁRIAS Nenhuma tradição se constrói sozinha. Dentre todas as citadas aqui e muitas outras existentes, o sucesso e reconhecimento só se tornam possíveis com muito empenho de todas as pessoas envolvidas no processo. Armando Rodolfo Valencise, 30, é pároco da Paróquia Santo Antônio há quatro anos, Paróquia essa que “nasceu” com a sua chegada, uma vez que até então a comunidade possuía apenas uma capela. Em pouco tempo à frente da igreja, Padre Armandinho, como é conhecido, fez com que as festas de sua comunidade ficassem regionalmente reconhecidas, mas isso não seria possível sem o apoio dos voluntários. “Durante o período de festas temos voluntários que chegam por volta das 9h e ficam até à meia-noite. Temos médicos, donas de casa, jovens, idosos, católicos e não católicos que trabalham unidos por uma mesma causa. O trabalho voluntário não é remunerado, não porque não tem valor, mas porque é impagável”, pontua. O Padre reforça ainda o sentimento de que, por meio da união, é possível alcançar qualquer coisa. “Dom Orlando Brandes diz que uma das melhores maneiras de unir a comunidade é através da festa. Ali compartilhamos nosso tempo, nos conhecemos melhor, desenvolvemos nossos dons e damos o melhor de si. Festa traz a paz de volta ao coração. Amo o Natal, porém, creio que poderíamos fazer o clima do Natal muito vivo durante todo o ano”, conclui. Esse seu pensamento é compartilhado pelo padre Celso. Questionado sobre se as festas ajudam a manter o verdadeiro espírito do Natal vivo, ele disse que “as pessoas se sensibilizam com as festividades de Natal, então, parece que elas esquecem um pouco as preocupações e buscam mais o sagrado”.


“Poderíamos fazer o clima do Natal muito vivo durante todo o ano” MENSAGEM DE NATAL Aproveitamos esta oportunidade para pedir que o padre Armandinho deixasse uma mensagem de Natal para vocês, leitores, da Revista Energia: “Recentemente, uma senhora entrou em minha sala antes da Santa Missa e me disse: ‘Padre, eu consegui guardar e vender algumas latinhas nesta semana e fiquei muito feliz em saber que a casa do senhor (da paróquia) está pronta, por isso eu trouxe aqui uma doação de R$ 30,00 para que senhor possa comprar um presente que goste para a casa’. Este presente me desmontou. Nos olhos daquela mulher enxerguei uma entrega total. Em seus braços machucados enxerguei e senti a plenitude do amor. Guardei este dinheiro para comprar um menino Jesus que ocupará o lugar central na casa paroquial, recordando este tão bonito gesto. Simples assim: esta mulher deu o seu tudo, assim como o Pai nos deu o seu tudo, o seu filho unigênito. Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém, enquanto não nascer em nossos corações, aqui em Jaú, não será Natal para nós. Não desejo aos leitores, amigos e fiéis apenas um Feliz Natal, mas desejo que possamos colocar a mão na massa para fazermos um Natal Feliz para nós e para os outros. Que este espírito do Natal permaneça vivo em todos os dias de 2020!” 

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Sem limites para...

sorrir!

Cuidar da saúde bucal evita doenças sérias que podem comprometer todo o organismo Texto Heloiza Helena C Zanzotti

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ão inúmeros os problemas de saúde que começam pela boca, no entanto, grande parte da população ainda ignora esse fato. Cuidar dos dentes não é apenas uma questão estética, mas de saúde. Uma boca saudável, por exemplo, garante uma boa mastigação dos alimentos e, consequentemente, uma digestão eficiente; no processo da fala, os dentes cumprem importante papel na articulação das palavras. O assunto é tão sério que, de acordo com o Instituto do Coração, aproximadamente 45% das doenças cardíacas no estado de São Paulo têm origem em problemas bucais. Uma delas, a periodontite, que é uma doença crônica gengival, pode triplicar o risco do paciente sofrer um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, é fator de risco em gestantes ocasionando partos prematuros e também um agravante para quem sofre de diabetes. E a realidade é preocupante pois as pessoas, na sua maioria, só procuram um especialista quando sentem dor. Mesmo que esteja tudo bem com a boca, não dá para descuidar. Somente um profissional pode dizer com certeza se há algum problema, por isso, visitas periódicas ao dentista deveriam fazer parte da rotina das pessoas, permitindo que qualquer problema seja diagnosticado antes mesmo que apareçam os sintomas. TUDO TEM UM COMEÇO Em Jaú, a excelência em serviços de odontologia pode ser encontrada no Instituto Borelli Barros, que nasceu em 1981 através da Dra Maria Antônia Sinatura, cirurgiã dentista. Quem nos conta um pouco dessa história é o Dr Luiz Antônio Borelli Barros, proprietário da clínica. “Fomos colegas de turma e após a formatura ela voltou para Jaú, pois tinha familiares na cidade, alugou uma casa e montou a clínica. Era uma profissional talentosa, bastante carismática, competente, e o serviço começou a ter um movimento muito grande. Como já namorávamos desde a faculdade e ela não fazia a especialidade de prótese, era endodontista, comecei a atender nos finais de semana e me transferi em definitivo em 1983. Com o aumento do trabalho, deixei o consultório de Limeira e seguimos juntos”. O especialista lembra que sempre cultivou a vontade de ter um local de trabalho onde pudesse receber e atender os pacientes de maneira abrangente, não deixando de lado nenhuma especialidade. “Tínhamos o desejo de ter um serviço diferenciado e como Jaú na época não possuía uma clínica multidisciplinar, fizemos a primeira transformação”. Em 1985 o imóvel sofreu uma grande reforma com ampliação do número de salas, uma fachada com design de clínica odontológica, criação de sala de expurgo e esterilização. “Foi provavelmente uma das primeiras clínicas neste formato aqui na cidade. Maria Antônia também tinha um perfil bastante empreendedor, e tra-

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balhamos juntos nesta clínica por trinta anos. Infelizmente ela faleceu no ano de 2012. Falo até hoje que ela não tinha clientes, tinha fãs, seus pacientes a adoravam! Foi uma pessoa que sempre me deu forças para que pudéssemos evoluir”, reflete. A ERA DOS IMPLANTES Na época, a clínica já trabalhava com reabilitação oral e como periodontista, especialidade que trata o tecido gengival, Dr Luiz Antônio fazia toda a parte de cirurgias e também a parte de prótese. Na década de 90, com a nova geração de implantes do Dr Branemark, os implantes osseointegrados começavam a chegar no Brasil e em 1993 foi rea-

De lá para cá, a implantodontia teve um crescimento muito grande no mundo inteiro e o Instituto Borelli Barros completa 26 anos de implantes osseointegrados, sempre evoluindo e acompanhando o desenvolvimento de novas técnicas e produtos para oferecer o que há de mais inovador aos seus pacientes. FILHO DE PEIXE... Luiz Antônio e Maria Antônia tiveram dois filhos, Maria Cecília e Luiz Antônio Filho, que foram criados praticamente dentro do consultório, como lembra o pai: “Nós tínhamos uma área ali e a Maria Antônia sempre levava as crianças e as babás para o consultório. E os dois posteriormente fizeram odontologia. Sempre falo que as pessoas, quando lizada na clínica a primeira cirurgia de implantes. “Não havia cursos de especialização ainda, apenas um credenciamento feito por uma empresa sueca, Nobelpharma, e eu fiz esse credenciamento e acredito que realizamos, talvez, a primeira cirurgia de implante osseointegrado na cidade”. Como consequência da visão empreendedora do casal, o consultório passou por novas modificações e foi criado um centro cirúrgico. “Quando esses implantes chegaram eram feitos em ambiente hospitalar. O Professor Branemark tinha muito cuidado e critérios rígidos para evitar contaminação, o titânio tinha que ser da melhor qualidade, a técnica muito precisa, assim, fizemos mais esta adequação para obter os melhores resultados”. A EVOLUÇÃO NÃO PARA Com aptidão e gosto pela docência, o Prof. Luiz Antônio fez mestrado em periodontia na Unesp em Araraquara, posteriormente fez doutorado e foi contratado como professor. “Até hoje estou na Faculdade de Odontologia de Araraquara. Na década de 90 começou o primeiro serviço de implante na Faculdade e como já realizava a técnica, fui convidado a integrar a equipe do Professor Dr. Elcio Marcantonio, e participei do corpo docente do primeiro curso de especialização em implantodontia daquela faculdade”.

trabalham em harmonia, passam isso aos filhos. Os dois seguiram a mesma área nossa e começaram a trabalhar”. Nem é preciso dizer que o consultório começou a ficar pequeno, não é? Pois aí entra novamente o lado empreendedor do casal. “Onde estávamos não dava para expandir, mas tinha uma casa em frente e nós alugamos este imóvel para que a Cecília pudesse montar o seu consultório. Adquirimos a casa posteriormente, onde hoje é a nova clínica”. UM ESPAÇO TOTALMENTE PLANEJADO Em visita ao Instituto Borelli Barros, uma das coisas que mais surpreendeu nossa equipe foi a atenção aos detalhes, e o Dr Borelli explicou que a concepção do espaço baseou-se em alguns princípios técnicos. “Primeiro aumentando o número de consultórios e salas, proporcionando uma recepção que acomodasse melhor os pacientes, mas um fator determinante foi a acessibilidade. Com a população do Brasil e do mundo envelhecendo, começamos a observar a dificuldade de muitos pacientes em se locomover, subir um degrau, ou mesmo os cadeirantes que tinham muito problema para adentrar na clínica”, explica. Atualmente, o local oferece todo o fundamento de acessibilidade com plataforma de elevador, tamanho de corredores, de salas, tudo apropriado para que o paciente de idade ou portador de deficiência tenha as melhores condições de atendimento .

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BIOSSEGURANÇA E LOGÍSTICA O Instituto Borelli Barros preocupa-se muito com a biossegurança a fim de proteger seus profissionais, pacientes e o ambiente. Neste contexto, mantém um sistema rígido de controle de infecção, esterilização, processamento de instrumentais, de modo que todos tenham total segurança de higiene e limpeza, sem a preocupação com contaminação. “Investimos bastante nas salas de expurgo e esterilização, com equipamentos de ultrassom, lavagem, processamento, autoclaves, embalagem, para conseguir uma qualidade excepcional nesse item”, relata o Dr Luiz Antônio. Para ele, outro princípio muito importante é a ergonomia, ou seja, a otimização das condições de trabalho. “Isso eu herdei de dois grandes professores da área, o Dr. Fábio de Angelis Porto e o Dr Jaime Renato Furquim de Castro, que formularam princípios de trabalho a quatro mãos com auxiliar, normativa de tamanho de sala adequado, disposição dos equipamentos, tudo para que não precisássemos nos deslocar e não perdêssemos tempo nos procedimentos. O fato de termos mais salas nos propicia a oportunidade de, terminado um procedimento, atendermos o próximo paciente em outra sala, enquanto a que foi utilizada passa pelo processo de higienização e limpeza. CONFORTO E ACOLHIMENTO Absolutamente tudo no Instituto Borelli Barros foi pensado visando ao conforto do paciente. Seu piso superior comporta sala de recuperação e sala para que o acompanhante possa aguardar o procedimento e reestabelecimento do acompanhado. “A parte humana, de acolhimento, estética e conforto também são princípios que procuramos trabalhar no projeto dessa nova clínica. Todo o mobiliário, escolha das cores, obras de arte foram pensados para que o paciente não se sinta em um ambiente hospitalar, mas sinta-se acolhido. Tratamento odonto-

lógico é algo do qual muitas pessoas têm receio e temos que quebrar isso com muita qualidade no atendimento, que é um dos nossos diferenciais”, pontua o profissional. Agora a clínica está sendo preparada para ser totalmente digital. “Vamos começar o projeto de 2020, é a tendência do mundo moderno e estamos nos adaptando e fazendo esta transição. Temos procurado o melhor em tecnologia, materiais e técnicas que nos propiciem a melhor qualidade no atendimento”. ACOMPANHANDO A VIDA DO PACIENTE Como descreve o doutor, “o importante na reabilitação é a prevenção, assim, gostamos de iniciar com os adolescentes e vamos conduzindo esses pacientes ao longo da vida e atendendo à medida da sua necessidade. A faixa etária dos nossos pacientes vai do jovem ao mais idoso, e como trabalhamos com reabilitação oral, temos grande parcela de pacientes na terceira idade”. A reabilitação envolve basicamente próteses, implantes e procedimentos restauradores, por isso a clínica procura sempre praticar a odontologia integrada, onde há participação de todas as áreas: ortodontia, periodontia,

endodontia (tratamento de canais), prevenção, próteses de todos os tipos e as modernas reabilitações cerâmicas que estão muito em evidência, entre outras. “Uma coisa muito importante é oferecer a realidade, o que é possível, não aumentar a expectativa, o que pode ocasionar decepções. Procuramos conversar muito com o paciente, deixá-lo bem à vontade para que possamos desenvolver a melhor reabilitação oral possível para ele. Sendo a odontologia muito versátil, normalmente podemos oferecer várias opções de tratamento, de acordo com a condição financeira do paciente, sua condição de tempo, condição psicológica, física, por isso os planejamentos aqui são individualizados, justamente para poder atender a necessidade de cada um”, esclarece. Os profissionais do Instituto Borelli Barros são muito experientes e quando realizam a ação multidisciplinar, todos os casos são discutidos entre eles para que o tratamento seja preciso e com acompanhamento até o final. “Procuramos oferecer tudo o que há de melhor no presente, mas com o olhar no futuro, para que o resultado do trabalho possa ser mantido ao longo do tempo”. TODAS AS ESPECIALIDADES Dentro da reabilitação, a implantodontia é abrangida em todos os aspectos, do preparo à colocação do implante. “Às vezes o paciente não tem condições ósseas de imediato para a colocação do implante e enxertos ósseos são realizados, depois vem a reabilitação protética”. Hoje os três são especialistas em implantodontia: o Dr Luiz Borelli, Dr Luiz Borelli Filho e a Dra Maria Cecília. “Também somos especialistas em periodontia, nós três, pois é fundamental colocar o implante e fazer o acompanhamento dos tecidos peri-implantares. Eu e o Borelli Filho também somos especialistas em prótese, para finalizar as reabilitações orais. Além disso, o Luiz e a Cecília são focados em cirurgia oral, lesões de boca e a Cecília atua na área de harmonização oro facial (botox,

preenchimento e reconstrução com ácido hialurônico, hidroxiapatita, aplicação de bioestimuladores de colágeno). Temos profissionais que nos dão suporte em ortodontia e endodontia. Todas as especialidades são realizadas aqui dentro do Instituto, em uma verdadeira integração clínica”, informa o doutor. APERFEIÇOAMENTO PARA PROFISSIONAIS O amor pelo ensino também não foi esquecido no Instituto Borelli Barros. Com o Dr Luiz Antônio atuando como professor na Unesp de Araraquara e Luiz Antônio Filho professor na Uniara, também naquela cidade, e como já ministram cursos de especialização e aperfeiçoamento para profissionais há algum tempo, a ideia é, a partir do ano que vem, utilizar o Instituto para ensino e educação continuada. “Criamos ambientes específicos para a formação de profissionais, assim, além do serviço odontológico, o Instituto vai propiciar cursos de capacitação em algumas áreas específicas como implantodontia, cirurgia periodontal e peri-implantar, cirurgia oral menor, prótese sobre implantes”, esclarece.  Revista Energia 39


MARIA CECÍLIA SINATURA BARROS GIACOMINO - CROSP 88048 Graduada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da USP – Bauru Especialista em Implantodontia pela UNESP Araraquara Especialista em Periodontia pela APCD regional de Araraquara Ex estagiária do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da UNESP Araraquara Mestra em Estomatologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru- USP Pós-graduanda em Harmonização Orofacial pela APCD Araraquara

LUIZ ANTÔNIO BORELLI BARROS FILHO - CROSP 101694 Graduação em Odontologia pela Universidade Sagrado Coração (USC- Bauru) Especialista em Implantodontia e Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP Especialista em Prótese Dentária (FAEPO - Araraquara) Mestre em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP Doutorando em Implantodontia (Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP) Pós-graduando em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial Professor da Universidade de Araraquara (Uniara) Coordenador do curso Capacitação em Cirurgia Oral APCD regional de Araraquara Professor do curso de Capacitação em Implantodontia com ênfase em Cone Morse - APCD regional de Araraquara Prof da Especialização em Implantodontia do Núcleo de Estudos Odontológicos de Passos - MG 40 Revista Energia

LUIZ ANTÔNIO BORELLI BARROS - CROSP 22635 Graduação em Odontologia (Universidade São Francisco Bragança Paulista/SP) Prof. Assistente Doutor das Disciplinas de Clínica Integrada e Implantodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP Especialista em Periodontia, Prótese Dental e Implantodontia com inscrições no CROSP - SP Mestre e Doutor em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP Prof. dos Cursos de Especialização em Implantodontia da UNESP e APCD regional de Araraquara Prof. do Curso de Especialização em Prótese da FAEPO Araraquara. Prof. dos Cursos de Capacitação em Reabilitação Oral e PSI e Capacitação em Implantodontia com ênfase em Cone Morse da APCD regional de Araraquara.

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Fotos: Thiago Souto

A Beleza está no que você sente e em como a transmite. Não só na aparência física, mas também nas roupas que você usa.


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Consultoria Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves

consultoria@revistaenergiafm.com.br

Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos

Tenho uma notícia boa e uma ruim. Qual você quer primeiro? Final de ano e muita gente fica preocupada com o ano que virá, em como recomeçar tudo sem repetir ou até reduzindo

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os erros ocorridos neste que está se acabando

rometendo ao mundo que tudo será diferente, enchendose de energia para que possa de verdade mudar tudo num simples piscar de olhos, inclusive procurar um emprego e até mesmo mudar do seu. Ora, cá entre nós, vou falar num tom bem baixinho em OFF só para você, encosta o ouvido aqui…. NÃO EXISTE MILAGRE. Cara, na real, as mudanças dependem só de uma coisa para começarem a acontecer: da “boa vontade” e isso já é meio caminho andado. E o melhor da festa é que isso depende exclusivamente de você. Já parou para pensar nisso? No Brasil, segundo o IBGE, 12,8 milhões de brasileiros seguem desempregados, 11,5% dos trabalhadores não têm carteira assinada e se você é um destes, gostaria muito que estivesse atento a algumas situações que estão por vir. Atualmente, temos um Presidente que fala muitas coisas que não deveria, isso ninguém pode negar. Mas, por outro lado, não é tão bobo como a mídia pinta. Tem uma excelente equipe e só forma uma equipe dessas quem tem, no mínimo, competência para isso. O resto é bla bla bla. O Brasil vem tomando um novo rumo após anos e anos de economia estagnada e inclusive negativada, resultado disso são os gigantes desempregos que temos acompanhado nos últimos 4 e 5 anos, inclusive em nossa cidade, basta olhar para o grande número de indústrias que fechou por aqui.

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Mas, tenho notícias boas e ruins para você, qual quer saber primeiro? Hummmm... gostei disso rsrsrs. Ops, vamos retomar. A boa notícia é que estão sendo tomadas decisões e sendo criadas leis e Medidas Provisórias aos montes para uma mudança radical nas coisas e na geração de empregos, e dois exemplos simples são: A lei da Liberdade Econômica e o Registro Verde e Amarelo. Na liberdade econômica, eu que convivo há dezenas de anos com abertura de empresas, posso dizer que é uma das melhores coisas que foi instaurada nos últimos tempos após a Reforma Trabalhista. Antes, para abrir uma empresa levavam meses e a burocracia sufocava tanto os empregadores para atender órgãos fiscalizadores, quanto os empregados que pagavam com o desemprego e sem o dinheiro no bolso para sustentar suas famílias. Hoje, em até 5 dias já está aberta, gerando novos empregos e novas riquezas ao país. Com o Registro Verde e Amarelo muitas vagas de empregos serão geradas, sendo que o princípio desta MP 905 é a redução da carga tributária, gerando também novas vagas no mercado de trabalho. A notícia ruim é: -Você precisa estar preparado para as mudanças que estão chegando e espero que não esteja pensando em começar a mudar somente no próximo ano. Chega de preguiça, acesse a internet e procure cursos e palestras gratuitas na sua área para seu desenvolvimento, para depois não colocar a culpa no mundo! Feliz Natal e próspero Ano Novo para você!


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Dermatologia Por Dra Renata Oseliero Médica com formação em dermatologia pela Faculdade de Medicina de Valença/RJ Pós-graduação em medicina estética; pós-graduação em tricologia Estágio em dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo

Grandes inimigos de uma pele saudável À medida que a medicina e o acesso a uma saúde de qualidade avançam, a qualidade e a expectativa de vida também aumentam e é natural que as pessoas queiram envelhecer bem, com uma boa aparência

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ão é à toa que hoje existe um verdadeiro arsenal de produtos e recursos tecnológicos específicos para atenuar as marcas do tempo na pele. Mas você pode se proteger evitando os inimigos para uma pele saudável e, assim, envelhecer lentamente.

SOL - A exposição aos raios solares é o principal fator que contribui para o envelhecimento da pele. A exposição a radiações solares causa dano ao DNA celular, importante elemento no processo do envelhecimento. Os raios solares ainda danificam as fibras de colágeno e causam manchas na pele. As modificações da pele surgem a longo prazo. Assim, para uma pele saudável não podemos de deixar o protetor solar de lado, não é mesmo? Use e abuse dele. LUZ ARTIFICIAL - A luz emitida por celulares, tablets e computadores também prejudica a pele. Essa luz, por ser mais concentrada e com foco no rosto, chega a ser mais potente que a iluminação do ambiente e também é responsável pelo envelhecimento precoce. A maioria dos protetores solares não protege bem desse tipo de luz. Para quem passa muito tempo em frente aos computadores, o ideal é um protetor solar com bloqueio à luz artificial. O protetor solar com cor é a pedida certa para barrá-la. ESTRESSE - Os radicais livres são a causa básica do envelhecimento da pele. Há muitos fatores externos que podem contribuir para a formação em excesso de radicais livres que podem causar danos irreparáveis à pele. Um desses fatores externos é o estresse. Essa indução na produção dos temidos radicais livres afeta o bom fornecimento de colágeno. Mais uma razão para colocar cremes antioxidantes na prateleira. EXCESSO DE AÇÚCAR - O colágeno é um importante elemento para a manutenção da firmeza da pele e da juventude. É uma estrutura que

dá suporte à pele. A elastina está interligada com o colágeno, e confere à pele resiliência e elasticidade. Então, já era de se esperar que eles mantêm a pele firme e jovem, conferindo elasticidade e sustentação aos tecidos. Alimentos que elevam a glicemia induzem a um processo que interfere na renovação celular e na produção de colágeno. Conforme ocorre a quebra do colágeno e da elastina, a pele vai ficando cada vez mais flácida, com rugas e sulcos. Evite o açúcar! CIGARRO - A nicotina atrapalha a produção natural de colágeno, danifica o DNA das células e também aumenta os radicais livres. Isso tudo acelera o envelhecimento precoce da pele. Além disso, ele é o principal responsável pelas linhas indesejáveis ao redor da boca, o famoso “código de barras”. Melhor parar, não é mesmo? DORMIR POUCO E/OU MAL - É durante o sono que temos a maior ação do organismo em desintoxicar e recuperar a pele do desgaste diário. É nesse período que a pele busca a revitalização. Quando não dormimos bem tudo em nosso corpo se altera. Há, principalmente, um desequilíbrio em nossos hormônios e alguns deles são fundamentais para auxiliar na recuperação da pele após danos ocasionados por fatores externos, como a poluição. FALTA DE CUIDADOS DIÁRIOS - Uma higiene caprichada faz muito mais do que remover resíduos perigosos na pele. Associada à tonificação, ela prepara o rosto para receber os ativos de tratamento, com ácidos e compostos antioxidantes ou até mesmo os cremes usados habitualmente. Mantenha sua pele sempre limpa e hidratada. Então, não tem segredo. Evitar exposição solar, usar filtro solar diariamente, não fumar, ter uma dieta equilibrada, ter uma rotina de cuidados, usar o tipo certo de creme para sua pele e realizar procedimentos (laser, botox, preenchimento, etc.) próprios para a pele é a fórmula para retardar o envelhecimento da pele, prevenindo e reduzindo as rugas.

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Emagrecimento Inteligente Por Aline Emanuelle Perim Formada em Biomedicina Estética pela UNIARA, aprimoramento em análises clínicas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, especialista em Biologia Molecular pelo Instituto Naoum, especialista em Biomedicina Estética pelo Nepuga, Estrategista de Emagrecimento - Licenciada pelo Método de Emagrecimento Afine-se aline_perim@hotmail.com

5 dicas de como manter o foco e emagrecer

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A maioria das pessoas que tenta emagrecer sempre acaba perdendo o foco no meio do caminho

boa notícia é que dá para mudar essa situação! Foco e disciplina são critérios que levam as pessoas a desistirem do processo de emagrecimento, porque manter o compromisso com sua meta não é uma tarefa nada fácil, mas não se trata de uma missão impossível. Pensando nisso, trouxe para vocês uma lista com 5 dicas simples de como manter o foco e finalmente chegar no resultado que você sempre sonhou. Confira: 1 - Organize e planeje sua semana. É muito importante que você organize sua rotina com relação à alimentação e exercícios para que não caia nos imprevistos do dia a dia como, por exemplo, quando precisar ficar até mais tarde no trabalho. Se chegar em casa com fome, provavelmente cairá na tentação de comer alimentos que não estão no seu plano alimentar. A dica é sempre deixar uma verdura lavada, um legume cozido e alguma carne fatiada e já temperada na geladeira. 2 - Cuide das suas emoções. É fundamental não transferi-las para sua alimentação. É natural que ansiedade ou estresse faça com que você busque alimentos a fim de aliviar essas sensações, entretanto, é um prazer momentâneo que seu corpo está buscando. Se conseguir se observar melhor antes dessas escolhas, com certeza será mais fácil manter o foco em emagrecer. 3 - Estabeleça uma meta. Qual peso você quer atingir? Em que data vai estar com esse peso? Respondendo a essas questões você conseguirá traçar o passo a passo do seu plano de emagrecimento e terá muito mais chance de conseguir atingir esse objetivo. 4 - Compartilhe seu objetivo com alguém de confiança. Essa é uma excelente tática para manter o foco, pois você se sentirá comprometido com alguém além de você mesmo. Mais do que isso, ainda pode convidar alguém para participar dessa transformação. 5 - Persista no seu sonho. De nada adianta tanto esforço se não persistir nesse objetivo. Esqueça as falhas que já cometeu no passado e persista até o fim! Muitas pessoas que passaram pela Revivali também achavam que emagrecer era uma missão impossível. Com a proposta de transformar a vida dessas pessoas que já tentaram de tudo e não conseguiram emagrecer de forma saudável foi criado o método Afine-se de emagrecimento. A Clínica Revivali tem a missão de devolver saúde, autoestima, autoconfiança e amor próprio a todos os pacientes que passam pelos seus cuidados. Com muito

compromisso e dedicação, muitas pessoas conseguiram atingir suas metas aqui na Revivali. “Meu nome é Fábio, tenho 31 anos e há pouco tempo decidi mudar de vida. Não estava sendo feliz e minha autoestima estava muito baixa. Vivia descontando na comida e quando vi a necessidade de dar o primeiro passo, procurei a Clínica Revivali e conheci o programa Afine-se. Sempre achei que uma reeducação alimentar seria chato, muito pelo contrário, é um estilo de vida melhor. Hoje, com 20 kg eliminados, posso dizer que não foi tão difícil. Quando a gente quer alguma coisa, consegue, sim. Agradeço a todos da Clínica Revivali e principalmente à nutricionista Raissa por me ensinar que para ter uma vida saudável não precisamos deixar de comer, mas saber o que comer. Obrigado!”

Manter o foco para emagrecer de modo eficaz e saudável não é uma tarefa fácil, mas se você está comprometido com esta meta, saiba que já é meio caminho andado. Referência no Programa Afine-se e agora também com o Modele-se, a Revivali está pronta para receber você. E você, está pronto para começar?

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Referência em esquadrias de alumínio, Box São Vicente está no mercado há mais de 22 anos e possui uma equipe de profissionais treinados e capacitados, aptos a projetar e executar sua obra das mais simples às mais sofisticadas. A equipe do Box São Vicente busca sempre superar suas expectativas, aliando bom gosto e qualidade a projetos diferenciados. Desde o orçamento até a instalação final, Box São Vicente cuida de todos os detalhes para que você tenha segurança, pontualidade e a melhor relação custo/benefício. Estamos localizados em prédio próprio, com mais de 600 m², e possuímos veículos próprios para transportar nossos produtos até a sua obra. Trabalhamos com produtos da mais alta qualidade, que garantem a valorização e durabilidade que você espera. Nossos produtos são itens fundamentais para o acabamento da sua obra. Box São Vicente atende Jaú e toda a região. Faça uma visita e comprove! Aos amigos, clientes e fornecedores, Box São Vicente deseja um Natal de luz, e um Ano Novo próspero e feliz!

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Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios

Você sabe o que são assessorias esportivas? As assessorias esportivas vêm crescendo em nosso país nos últimos anos e os resultados comprovam sua eficiência. Mas, afinal, o que são e o que oferecem?

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uitos atletas iniciantes pensam que garimpar treinos e planilhas na internet ou pesquisar com o amigo “corredor do fim de semana” é suficiente para fazer um percurso com um bom tempo de aproveitamento. Outros procuram saber com instrutores de academias como deve ser o preparo, a corrida e o pós-treino. Os mais sortudos contam com o personal trainer para acompanhar seus passos durante os exercícios. Mas, sem a atenção devida, muitos atletas acabam se lesionando, perdem a animação e não conseguem chegar nem perto de seus objetivos. Nas assessorias esportivas o cliente recebe acompanhamento de uma equipe que, em alguns casos, conta até com parcerias e indicações de nutricionistas, cardiologistas, fisioterapeutas e massoterapeutas para garantirem que o atleta – iniciante ou não – alcance seu objetivo. Planilhas de treinamento, musculação, carros de apoio, suporte alimentar no treino, inscrições em provas, atividades complementares e outros benefícios são os diferenciais entre um treino comum sem acompanhamento e um treino realizado com uma assessoria esportiva. Neste acompanhamento, os treinadores solicitam uma bateria de exames, aplicam testes e, a partir de seu desempenho, indicam um treino com a carga, repetição, rodagem e intensidade que você realmente precisa. Um dos maiores benefícios de contratar uma assessoria esportiva é seguir passo a passo a prática de exercícios e condicionamento, para que o atleta não saia de um treino ou de uma corrida lesionado. Aliás, a diminuição de lesão é o que motiva cada vez mais atletas a recorrerem às assessorias, e isso acontece porque o ciclo de treinos é desenvolvido levando em conta as necessidades específicas do aluno. E por conhecer melhor o seu corpo, os treinadores não excedem seu limite

e partem para um treino consciente, com ganho gradativo no seu desempenho. Com esse acompanhamento mais próximo entre instrutor e aluno, fica mais fácil para o corredor saber como se comportar durante os treinos e provas. As assessorias esportivas também apostam no modelo de corridas em grupo, para que os alunos jamais se sintam sozinhos; os treinos presenciais aumentam o convívio entre os atletas e essa troca de experiências faz com que a evolução aconteça de forma mais rápida. Léo Moscardo Assessoria Esportiva traz para Jaú e região, além do que já foi citado, um ambiente fantástico entre os alunos, percebido facilmente nos treinos ou nas manhãs de sábado, na Tenda da Assessoria montada no Kartódromo Municipal. Corredores de vários níveis conversam com o tom carinhoso e bem humorado de amigos próximos; enquanto alguns descansam, outros se preparam para o treino, sempre com o suporte de um delicioso café da manhã para interação do pessoal, e o grupo acolhe com muito carinho cada novo aluno que entra para o time. A assessoria também trabalha com o sistema de planilha, voltada para quem busca uma melhora da performance e/ou aqueles que não podem frequentar as aulas presencias. Os treinos são todos individualizados, planejados de acordo com as necessidades e objetivos do aluno, e o professor Léo Moscardo fica à disposição via whatsapp para adequar ou alterar as planilhas, e orientar no que mais for necessário (dicas de tênis, vestuário, relógios, provas...). Horário de aulas: Terça-feira: das 19h às 20h30 – Jahu Clube Quinta-feira: das 19h às 20h30 – Kartódromo Municipal Sábado: das 6h às 9h30 – Kartódromo Municipal Contato: Professor Léo Moscardo – (14) 98129-1390 @leomoscardo @leomoscardoassessoriaesportiva

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Informe Publicitรกrio

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undada em 14 de julho de 1945, a instituição recebeu o nome do educador Caetano Lourenço de Camargo através de Lei Estadual de iniciativa do falecido Deputado Estadual Dr. José Miraglia. Na época, o curso ginasial funcionava na antiga Companhia Força e Luz de Jaú. A atual diretora da escola, Maria Inês da Silva Frozel, contou à RE que o curso Normal teve início em janeiro de 1947 e no ano seguinte, em fevereiro, começou a funcionar o curso Clássico, que compunham o Ensino Médio. “Em 1949, a fim de possibilitar a instalação e funcionamento dos cursos criados e dada a impossibilidade dos mesmos coexistirem em um prédio somente, o Departamento de Educação autorizou a transferência do Instituto para um prédio recém construído, onde hoje funciona a Escola Estadual Dr. Domingos de Magalhães”, explica a diretora. Em outubro de 1953, o Colégio Estadual e a Escola Normal de Jaú foram transformados em Instituto de Educação, e teve início a construção de seu prédio em terreno doado pela Prefeitura Municipal através do então prefeito Luiz Liarte. Terminada a construção, em 1955 aconteceu a mudança para o novo prédio, onde funciona até hoje. Segundo Maria Inês, a escola oferecia um programa de ensino que incluía aulas de Francês, Latim, Inglês e Música, ministradas por professores altamente qualificados, que recebiam salários equivalentes ao de um magistrado. “Além das aulas curriculares, o Instituto realizava muitas atividades como

Por Heloiza Helena C Zanzotti a participação em Olimpíadas Estudantis, e até a organização da Banda Marcial, que projetou nacionalmente o nome de Jaú”. Atualmente, a Escola é conhecida como Escola Estadual Caetano Lourenço de Camargo e a partir de 2019 passou a integrar o Programa Ensino Integral na modalidade híbrida, ou seja, Ensino Fundamental e Médio. São 248 alunos matriculados no Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano) e 80 matriculados no Ensino Médio (1ª a 3ª série). A diretora destaca alguns projetos que a instituição realiza. “As escolas que pertencem ao Programa Ensino Integral praticam uma série de atividades e isso veio ao encontro da pedagogia da Caetano Lourenço de Camargo. Destacam-se as Disciplinas Eletivas, onde os conteúdos são trabalhados de maneira bem criativa; aulas de Projeto de Vida, para os alunos serem orientados a persistirem na busca de seus sonhos; Protagonismo Juvenil, onde desenvolvem competências e habilidades para atuarem em um contexto cidadão; além de aulas em Laboratório Seco (Física e Matemática) e Laboratório Molhado (Ciências e Biologia). Um dos projetos que também merece destaque são as Tutorias, onde cada aluno escolhe um tutor (entre professores e equipe gestora) que acompanhará sua vida pedagógica, cobrando responsabilidade, autonomia, protagonismo e incentivando-o a alcançar o seu sonho. Em relação aos educadores, um dos princípios da escola é a replicabilidade, própria para a socialização de boas práticas, disseminando ações que deem certo entre todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem”. 

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Condicionamento

Movimente-se! Danรงa do ventre e pole dance: atividades que estรฃo fazendo a cabeรงa de muita gente

Texto Camila Ramos Fotos Arquivo pessoal

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Imagem: Internet

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m algum momento da vida você já deve ter ouvido falar do pole dance e da dança do ventre. São dois extremos: o primeiro, atualmente considerado um esporte, também é uma dança. O segundo é uma dança árabe, conhecida mundialmente por proporcionar a imersão em uma cultura totalmente diferente da ocidental; mas esses dois assuntos se encontram em algum momento. Tenho certeza que você já deve ter presenciado algum comentário preconceituoso em relação ao pole dance ou à dança do ventre, que são vistos por muitas pessoas como práticas eróticas e armas de sedução. Por isso, é importante delinear os fatos que levam ao que a dança do ventre e a “dança do poste” representam hoje. Seguindo a origem das atividades, pode-se dizer que elas são sensuais. Ser sensual não é errado, e essas modalidades ganham espaço a cada dia em todo o mundo. VAMOS À HISTÓRIA! Diferente do que muitos imaginam, o pole dance nasceu na Índia no século XII e é praticado mais por homens do que por mulheres em seu país de origem. A atividade física vem da prática do mallakhamb, que significa “homem de força” ou “ginástica do poste”. Para ficar mais claro, é uma ioga praticada em um poste de madeira ou com cordas. No mundo ocidental, o pole dance deu seu primeiro passo com as performances de mulheres em boates de strip-tease e talvez seja por esse motivo que ainda exista um preconceito em relação à atividade. Essa foi uma prática muito comum e bastante retratada em filmes hollywoodianos, fator que influenciou na construção da opinião negativa ao longo dos anos. Atualmente, o pole dance saiu das casas noturnas e ganhou as academias crescendo como modalidade esportiva. A vulgarização do esporte está sendo desmistificada por praticantes da dança, que criam uma imagem de elevação da autoestima e a busca pela beleza física. DO POLE DANCE AO POLE FITNESS Após a transformação histórica da dança, começaram a surgir os primeiros indícios do pole dance como esporte. O “pole fitness” surgiu em casas noturnas nos Estados Unidos e Canadá, que acabaram por incorporar os movimentos circenses e artísticos à barra de ferro vertical. O primeiro campeonato esportivo mundial de pole fitness ocorreu em 2005. No Brasil, a modalidade ganhou força em 2007, após aparecer na novela “Duas Caras”, da Rede Globo. Desde então, a dança passou a ser encarada também como uma atividade física ou um esporte com possibilidade para a carreira dos praticantes. Em 2009 foi criada a Federação Brasileira de Pole Dance (FBPOLE) com o objetivo de disseminar a prática como modalidade esportiva. Atualmente, existe uma popularização dos estúdios de arte que trabalham com o segmento esportivo e trazem traços fortes do pole dance como dança e movimento corporal. POLE DANCE EM JAÚ Poucas pessoas sabem, mas em Jaú há muitos praticantes da atividade e esse número vem crescendo a cada dia. O principal objetivo é provar para as pessoas que o pole dance veio para fixar o seu lugar ao sol, seja nas artes ou no esporte. Atualmente encontramos a barra vertical em diversos locais, inclusive em algumas casas. Isso reforça a tese de que o pole dance está cada vez mais presente na sociedade e que o preconceito latente até pouco tempo atrás está dando espaço à aceitação. A socióloga Grasiela Lima, 49, que atua em grupos de ativismo social das FIJ – Faculdades Integradas de Jaú e UNESP/FCLar, tem vasta experiência em estudos voltados aos direitos das mulheres. Segundo ela, o princípio para a inexistência do preconceito é pautar a educação para a igualdade de gênero. “Sem a construção de relações humaRevista Energia 65


labirintite. “Há uma dificuldade maior para essas pessoas por conta dos giros e inversões do pole”, comenta. Bruna também pratica a lira e a fita, objetos da arte circense que ganharam as academias nos últimos tempos. Ela comenta que o mesmo problema para praticantes do pole se aplica a quem se interessa pela lira e a fita. “Assim como no pole dance, a labirintite restringe a prática dessas outras modalidades. Na verdade, elas próprias sentem que não conseguem prosseguir com a atividade”. A lira necessita de uma flexibilidade de coluna, ombros e articulação no quadril. Já o tecido, na opinião dela, é mais confortável e pode se moldar ao corpo do praticante que conquista uma força muscular e flexibilidade ao longo da prática.

nas pautadas pela ética, pelos princípios democráticos, pelo respeito mútuo, pela valorização das diferenças e diversidades, não conseguiremos superar o machismo e todas as formas de violência contra as mulheres dele decorrentes”. QUEM PODE PRATICAR? Dentro do pole existem diversas vertentes que podem ser trabalhadas pelo praticante. Nós já comentamos sobre o pole dance como expressão artística, o pole fitness como uma atividade voltada para competições e o pole dance sensual. A técnica em radioterapia Bruna Rodrigues Lopes, 30, conheceu o pole dance através de uma amiga que sempre enviava fotos via aplicativo de mensagem. Chegou um momento em que a curiosidade passou a ser realidade. “Iniciei no pole dance quando comecei a trabalhar na minha atual profissão, até então eu só estudava. A partir desse momento, iniciei o curso de educação física para poder trabalhar como um esporte também”. De acordo com ela, não existem restrições para quem quer praticar as atividades, mas é importante consultar um médico antes de começar, principalmente pessoas que apresentam problemas como a

ATIVIDADE DE EMPODERAMENTO! Assim como acontece com outros exercícios físicos, podemos destacar inúmeros benefícios decorrentes da prática do pole dance. E, sejam sinceros, quem nunca procurou um esporte que proporcionasse uma queima maior de calorias em um prazo menor de tempo? Além disso, a qualidade de vida fica em primeiro lugar para os praticantes desse esporte. O pole dance é considerado um dos exercícios mais completos devido à sua capacidade de estimular diversas partes do corpo ao mesmo tempo. Estima-se que seja possível queimar até 700 calorias em apenas uma aula! Segundo a nutricionista Íris Renata de Oliveira, 27, a alimentação é um fator indispensável para a prática de exercícios físicos. “Um estilo de vida saudável, seguido por uma alimentação balanceada e pelo movimento corporal proporcionado por uma atividade física e gerenciado pelo bom estado psicológico permite que tenhamos mais longevidade”, explica. A praticante do pole dance, Bruna, afirma que não é necessário que a pessoa esteja praticando algum outro esporte para iniciar nesta atividade. “O pole dance condiciona fisicamente, ou seja, você utiliza o peso do seu próprio corpo para realizar os movimentos, atividade conhecida como calistenia”. Há diversos outros benefícios do pole dance como fortalecimento de músculo, queima de gordura e aumento da autoestima. Mas, para alguns praticantes, a superação de limites e a conquista de completar um movimento com o corpo é maior que os itens mencionados. “É incrível quando conseguimos fazer um movimento que há algumas semanas estávamos tentando e, de repente, ele flui com facilidade. Com isso, a gente se sente mais confiante. É uma atividade de empoderamento, com certeza”, finaliza Bruna.


PARA HOMEM OU PARA MULHER? Para toda gente! É isso mesmo! A atividade no “poste vertical”, seja ela como esporte, arte ou sensualidade, pode ser praticada tanto por mulheres quanto por homens. No Brasil, a prática é erroneamente associada somente às mulheres, reforçando o preconceito que já existe. Os homens ainda são uma parcela bem pequena de praticantes da dança. Em 2018, o Campeonato Brasileiro Arnold Pole Championship, organizado pela Federação Brasileira de Pole Dance, registrou apenas cinco homens para cada 50 inscritos na competição. Atualmente alguns homens estão tentando mudar este cenário. Como é o caso do técnico em enfermagem Bruno Leandro Ferreira, 28, jauense que pratica o pole dance há dois anos. De acordo com ele, o esporte entrou em sua vida a partir do convite de uma amiga. “Sempre gostei e me identifiquei com o pole dance. Apesar do que muitos pensam, nunca sofri preconceitos por praticar. Ainda tenho dificuldades com a minha flexibilidade, estou adquirindo com o tempo, mas os benefícios foram maiores. Melhorei meu padrão físico e, como consequência, controlei o diabetes e as taxas de glicemia”, comemora. Bruno iniciou no pole dance a princípio por hobbie, mas tem interesse em participar de campeonatos no futuro. A DANÇA DAS DEUSAS Outra atividade que vem ganhando espaço, quebrando preconceitos e paradigmas da sociedade é a dança do ventre. Assim como o pole dance, a dança do ventre sofreu uma discriminação histórica e aos poucos essa ideia de vulgarização e hiperssexualização do corpo feminino estão se desfazendo, dando espaço para o respeito. Você sabia que a dança do ventre surgiu no Egito? E quando pensamos no Egito, três imagens nos vêm à cabeça: as pirâmides, o deserto e o Rio Nilo. Bom, além destas três figuras muito conhecidas por todos nós, o Egito foi precursor de várias artes. Por causa de sua eficiência na agricultura, os antigos egípcios puderam disponibilizar o seu tempo para atividades culturais, tecnológicas e artísticas. Foi aí que a dança do ventre deu seus primeiros passos. Mas vamos falar sobre as artes! Esse é o momento para elucidar o assunto que, por muitos anos, permaneceu no senso comum como uma dança vulgar e que, ao contrário disso, é considerada uma das danças mais antigas de toda a civilização humana. DANÇA MILENAR É quase impossível determinar com exatidão o surgimento desta cultura milenar. Por ser uma arte visual, os dados que se tem são depoimentos com uma visão subjetiva do expectador. Algumas investigações apontam que a dança do ventre surgiu entre 7000 e 5000 a.C. e originalmente levava o nome de “Racks el Sharqi” ou “dança do Leste”, referindo-se à posição em que o sol nasce e de onde a mulher recebe energia e poder. Na América do Norte, a dança do ventre chegou à terra do “Tio

Sam” por volta de 1890, na Feira Mundial de Chicago. O termo utilizado no solo americano é “Bellydance” e foi creditado a Sol Bloom, o então diretor de entretenimento da Feira. Um século antes, a dança chegou à França e logo foi reprimida pela sociedade, sendo considerada imprópria e dando início à repressão de uma arte milenar, passada de geração a geração como uma forma de religião com o corpo. Para a cultura ocidental, era apenas mais um jeito de corromper a sociedade. QUAL O OBJETIVO DA DANÇA DO VENTRE? É inquestionável que a dança do ventre foi criada especialmente para o corpo feminino. A princípio, o movimento do corpo marcava uma sociedade matriarcal que cultuava vários deuses. Seus movimentos aliados à música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados como forma de venerar divindades como a Deusa Mãe, Nut, Isis, Hátor ou Gaia, que eram símbolos da fertilidade. Alguns relatos apontam que as ondulações pélvicas e abdominais teriam como objetivo ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. A dança era exclusivamente matriarcal, ou seja, passava de geração em geração e somente entre mulheres. DANÇA NO VENTRE NO BRASIL Aqui, a cultura da dança do ventre foi influenciada pelos costumes ocidentais. Podemos dizer que teve início no Brasil por volta dos anos 50 do século XX, com a vinda de uma grande população muçulmana de diferentes regiões do Oriente Médio. Este foi o caso da bailarina da cultura árabe mais conhecida do país, a palestina Shahrazad Shahid Sharkey, que chegou aqui por volta de 1957. O reconhecimento da dança do ventre teve seu pontapé inicial nos anos 70, quando alguns restaurantes árabes da cidade de São Paulo abriram espaço para as bailarinas se apresentarem ao público frequentador. Mas a cultura árabe e a dança do ventre passaram a ser disseminadas no país quando a Rede Globo, em horário nobre, retratou a vida e o cotidiano deste povo na novela “O Clone”. Foi a primeira vez que a temática árabe foi exposta para o público brasileiro. LEVEZA E LIBERDADE NOS MOVIMENTOS Em Jaú já existem espaços que trabalham excepcionalmente com a dança da cultura árabe. O movimento, que por muito tempo foi vítima de preconceito e machismo, atualmente serve de inspiração e sustento para muitas mulheres apaixonadas pela dança. Jéssica Fernanda dos Santos Pereira, 23, teve o primeiro contato

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com a dança do ventre aos 6 anos. “Comecei a fazer aulas de ballet aos 4 anos e na escola de dança que eu frequentava tinha dança do ventre para as crianças também”, comenta a dançarina e professora de dança do ventre, que também pratica o ballet clássico, sapateado e jazz. UMA VIDA DEDICADA À DANÇA Jéssica pratica a dança do ventre há 17 anos. “Quando eu danço é como se esquecesse de tudo que existe lá fora. Posso estar no meu pior dia, mas quando começo a dançar é como se nada mais importasse. Sinto-me leve e com a liberdade de poder colocar tudo o que sinto através dos meus movimentos. É como se eu me reencontrasse. Dançar me faz muito bem, em todos os sentidos”, explica a dançarina, que vem aprimorando os estudos voltados a essa dança. VÉU, CANDELABRO E ESPADA A dança do ventre é uma arte. Muito mais do que um movimento, ela proporciona à dançarina a interpretação da música apresentada, onde cada detalhe faz parte de uma cultura e cada vibração tem um pouco de história. Brilhos, sorrisos, acessórios e elementos que compõem uma figura de beleza e arte fazem a diferença no conjunto da obra. Jéssica utiliza alguns elementos para compor a sua dança. “Gosto muito de todos os acessórios, mas os véus e as wings são o que mais curto usar na hora da coreografia, pois são como asas e dão um efeito maravilhoso na hora da dança”. Outro acessório muito utilizado é a espada. Por ser um objeto de grande periculosidade, as dançarinas apostam nele para chamar a atenção do público. Segundo a praticante, também existe o candelabro. “É uma paixão, mas nunca tive a oportunidade de dançar com um. É como se fosse um lustre, as velas ficam fixadas no topo do candelabro e a gente prende o acessório na cabeça. Fica lindo para dançar!”, comenta. DANÇA PARA MULHER? Originalmente a dança do ventre é ritualística e hereditária, passando de mãe para a filha. Mas, e quando é passada de nora para sogra, dá certo? É claro que sim! A dançarina, psicóloga e proprietária de uma escola de música, Ana Keila Salviatto Rett, 50, deu os primeiros movimentos com o incentivo de sua nora Jéssica. Ana Keila sempre esteve presente no mundo da dança. Quando adolescente dançava jazz, ballet e lambada. “Sempre tive muita admiração pela dança do ventre. É uma dança na qual existe beleza, sensualidade e o figurino sempre chama muito a atenção”, explica. “Não é uma dança difícil. Os movimentos são muito elaborados, sensuais e você precisa senti-los, ou seja, você aprende, incorpora e executa”, comenta a psicóloga que também divide sua atenção com o voleibol nas horas livres. A nora Jéssica vê a dança do ventre como uma forma de expressar o que está sentindo pelos movimentos do corpo. O aperfeiçoamento é constante para a dançarina. “Ensinar não é fácil! Cada pessoa é de um jeito, cada pessoa tem seu tempo de aprender, algumas aprendem olhando a execução do movimento, outras vão ter mais dificuldades na parte de coordenação motora”, comenta. SOCIEDADE CONSCIENTE Para uma sociedade justa e cada vez mais longe de preconceitos, são necessárias políticas públicas voltadas para a equidade entre homens e mulheres. A socióloga Grasiela Lima explica como trabalhar este assunto. “As políticas precisam ser efetivas e realizadas de forma intersetorial como o movimento feminista tem apontado há muitos anos. Não adianta, do meu ponto de vista, criar órgãos voltados para a promoção de direitos das mulheres sem infraestrutura, sem recursos suficientes e sem um pessoal qualificado”. Agora que você já conhece mais sobre pole dance e dança do ventre, que tal experimentar uma dessas modalidades? Lembrando que, além de queimar calorias, a dança também ajuda a aliviar o estresse, nervosismo e ansiedade!  68 Revista Energia


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Fotos: Arquivo pessoal

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Caiçara Clube Jaú Com cenário tropical, muitas frutas e animação da Banda Faixa Nobre, o Baile do Havaí 2019 foi um dos eventos mais concorridos do ano no Caiçara. Considerado também um dos mais tradicionais, o baile inova a cada edição na decoração e traz novidades musicais. Mais de 600 associados prestigiaram o evento este ano.

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Foto: Thais Othero e Gerson Correa

Foto: Caio Mazza

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B My Guest Assessoria Na igreja, no campo, na praia ou em sua residência? Tradicional, rústico, romântico ou elegante? Conte-nos seus sonhos e ajudaremos a torná-lo realidade. Organizaremos juntos uma linda festa, cheia de detalhes e com uma identidade única: a sua! Entregue seu evento em nossas mãos e sua única preocupação e dever será CURTIR O GRANDE DIA! Confira alguns sonhos que realizamos no ano de 2019.

Foto: Ana Célia Berto

Foto: Fernando Martins

Foto: Gerson Correa e Thais Othero

Foto: Giliardi Lopes

Foto: Charles Naseh

Foto: Charles Naseh

No dia 21 de maio o auditório do Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, foi palco do Jantar de Lançamento Nacional das Luvas AMG, distribuição exclusiva MEDIX BRASIL. O ponto alto foi a palestra ministrada pelo inventor tecnológico, Dr. PAUL WIGHT (Reino Unido), pelo Ceo da Chemical Intelligence- ROBERT GROS, CEO da Universidade de Nottingham - TIM e DR. ROBERT MARKUS, técnico sênior de imagem microscopia. O evento contou ainda com a presença de referências nacionais como Dr. Bacteria e Dr. Biosseguranca. Os convidados também desfrutaram de um delicioso jantar.

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Jaú Shopping A chegada do Papai Noel aconteceu no dia 7 de novembro com muitas atrações como o coral em libras e apresentação de personagens. Até o dia 24 de dezembro o bom velhinho vai permanecer no Jaú Shopping recebendo as crianças e tirando muitas fotos!

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Jorgin Estética & SPA A família Jorgin recebeu amigos e clientes em um coquetel realizado no dia 15 de outubro para a inauguração do Jorgin Estética & SPA, focado em procedimentos estéticos e relaxamento. Localizado na Avenida Frederico Ozanan 794, ao lado do salão Jorgin Cabelo e Estética, o novo espaço conta com uma equipe completa para a realização de procedimentos como harmonização facial, micropigmentação, design de sobrancelhas, depilação egípcia, massagem relaxante, drenagem linfática, lash lifting, limpeza de pele, peeling, desintoxicação iônica e muito mais. Faça uma visita e conheça os diferenciais!

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Fotos: Rogério Castelo

club Buffet Marlene Social

No dia 28 de setembro, o Realce Eventos foi palco do casamento de Anderson e Maria Eliza, que receberam seus convidados com uma linda festa onde os presentes viveram momentos de magia e emoção. Mais uma vez, as delícias ficaram por conta do Buffet Marlene Festas, que arrasou no cardápio!

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Mirante do Pouso Casa cheia e muitos amigos marcaram a inauguração, no dia 04 de novembro, da segunda unidade do Restaurante Mirante do Pouso em Jaú, na Av. Dudu Ferraz 551. Para quem não abre mão daquela comida caseira com muito sabor, agora em dois endereços, com a mesma tradição e qualidade!

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A Vestylle está de cara nova! No último dia 10 de outubro aconteceu a reinauguração da nova Vestylle MegaStore em Jaú, agora com ambiente especial para os homens, espaço café repaginado, marcas exclusivas, estacionamento, crediário próprio e uma estrutura completa para oferecer a você uma experiência totalmente diferenciada. Cada detalhe foi pensado para que suas compras se transformem em seus melhores momentos. Tudo inspirado em você!

Fotos: Fernando Roque

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O Modele-se chegou em Jaú! No último dia 13, a Clínica Revivali realizou o coquetel de lançamento do método estético mais desejado do Brasil, o Modele-se. Exclusivo em Jaú na Clínica Revivali, o Modele-se é um tratamento personalizado e de ultra performance que consegue modelar o corpo rapidamente. Com a presença de parceiros, clientes e amigos, a noite foi de muita festa, novidades e condições exclusivas lançadas para começar 2020 modelando.

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1- Aline e Caio 2- Raissa, Bruna, Marina, Aline, Ana, Maiara, Juliana e Mariana 3- Maria, Cristina, Cris Bailão 4- Elisangela, Patrícia Silvana e Suellen Muller 5- Maiara, Marcia, Tamires, Dalva e Ana 6- Aline Perim 7- Gilberto e João 3

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Fotos: Arquivo pessoal

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HVA - Hospital Veterinário Araujo O HVA recebeu a ilustre visita do Prof. Dr. Rodrigo Rabelo, que conheceu as instalações, os métodos aplicados e toda a equipe. O especialista está ligado ao novo projeto do Hospital Veterinário Araujo, que como sempre vem buscando novos conhecimentos e tecnologias. Neste projeto fez-se um mapeamento de Biossegurança e controle de infecção hospitalar, prática já adotada nos maiores centros hospitalares no Brasil, como o hospital Albert Einstein. Trata-se do que há de mais moderno em controle de infecção hospitalar e antissépsia pré-operatória. O Dr. Rodrigo Rabelo é médico veterinário com mestrado pela UFMG; Doutor Cum Laude pela Universidad Complutense de Madri, Espanha; Gerente de pacientes graves do Intensivet Veterinary Consulting; Consultor em medicina veterinária intensiva; primeiro especialista diplomado pela Academia Brasileira de Urgências e Cuidados Intensivos (BVECCS) e CFMV no Brasil. Também obteve a certificação de Green Belt em projetos Lean 6Sigma e de Lean Health Care (Hospital Israelita Albert Einstein). 1- Dr. Adelio Gurgel do Amaral Junior, Dr. Rodrigo Rabelo 2- Dra. Marina Frari, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Kalinca Gromboni 3- Dr. Adelio, Dr. Rafael Capobianco, Dra Marina, Dr. Leonardo

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Sociedade

Animal não é coisa Projeto que tramita pelo Congresso Nacional fortalece os direitos dos animais e dá ainda mais visibilidade à causa

Texto Luiz Guilherme Romagnoli

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Imagem: Internet Revista Energia 83


U

m velho ditado popular diz que “uma coisa é uma

Ainda de acordo com o deputado, o projeto, quando aprovado,

coisa e outra coisa é outra coisa”. Mas se depen-

“dará aos operadores do direito e à sociedade mais ferramentas em

der do projeto que está sendo avaliado pelo Con-

defesa dos animais, uma vez que haverá embasamento legal”

gresso Nacional, os animais não serão mais ‘coisas’, reconhecendo assim os direitos dos animais e sua respectiva proteção.

FORTALECIMENTO DA CAUSA Podemos perceber que a causa animal vem se fortalecendo

O projeto foi apresentado na Câmara pelo deputado federal Ri-

com o passar dos anos, mas parte da população ainda reluta em

cardo Izar (PP-SP) ainda em 2013, mas teve sua aprovação pelo

reconhecer os animais como detentores de direitos. Izar destaca

Senado Federal apenas no início do mês de agosto deste ano e, por

que no Brasil a mudança de percepção da população geral para

ter sofrido algumas alterações no texto, precisa ser novamente vota-

com os animais é recente. “A percepção de que os animais são,

da na Câmara dos Deputados antes de ir para sanção presidencial.

sim, detentores de direitos fundamentais, ganhou mais visibilida-

Propondo uma alteração no Código Civil para que se garantisse

de após o resgate de mais de uma centena de cães da raça Bea-

o reconhecimento dos direitos dos animais, o projeto equipara a

gle de um instituto de pesquisa científica no interior de São Paulo

legislação brasileira à de outros países como Alemanha, Áustria,

em 2013”, pontua.

França, Suíça e Nova Zelândia, que já reconheceram os animais como detentores de direitos despersonificados.

O deputado destaca que a resistência que parte da população apresenta para com a causa animal como um todo tem diminu-

Nas palavras do autor da propositura, deputado Ricardo Izar, “o

ído e deve continuar a enfraquecer nos próximos anos. “Existe

projeto visa trazer coerência à qualificação dos animais não humanos

resistência, mas está mudando. Torna-se inevitável que o cidadão

junto ao Código Civil como entes dotados de atributos óbvios que,

comum, exposto a evidências, conclua por si próprio, mas com a

infelizmente, lhes tem sido negado há tempos”. Entre esses atributos,

ajuda de defensores dos animais, algo que os ativistas lutam há

o deputado cita a sensibilidade e a senciência, que se refere às capa-

décadas: animais não humanos merecem respeito e tratamento

cidades de sentir dor, medo, fome e frio por exemplo, capacidades

digno”, completa.

natas de entes que possuem complexidade cognitiva e psíquica.

Para finalizar, o deputado afirma que as pessoas têm que colocar em prática aquilo que pregam para que não exista um discurso vazio. “Toda pessoa que queira sustentar publicamente um discurso alinhado com o respeito, compaixão, justiça, precisa colocá-lo em prática. Do contrário é incoerência ingênua ou má-fé. O mundo será um lugar melhor à medida em que estendermos a mão a quem precisar”, conclui, citando que esses que precisam de ajuda podem ser crianças, idosos, acamados, portadores de deficiências, pessoas em situação de vulnerabilidade social ou animais. DIREITO ANIMAL Se tramita esse projeto visando reconhecer os animais como detentores de direitos, é importante que especifiquemos quais direitos são cabíveis aos animais. No inciso VII do artigo 225 da Constituição Federal se proíbe submeter qualquer tipo de animal à crueldade. Já no artigo 32 da Lei Federal 9605/98 fica proibido ferir, abusar ou causar maus-tratos a qualquer animal, com uma pena considerada branda, que pode ainda ser revertida em pagamento de multa. Outro exemplo de jurisprudência ligada à causa animal no Brasil é o do julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a vaquejada uma prática cruel, proibindo também as chamadas “farra do boi” e “rinhas de galos”. De acordo com a advogada Rogéria Coimbra Vicente, as decisões do STF citadas acima representam um marco histórico de autonomia do direito animal em separação com o direito ambiental. Para ela, porém, ainda é necessário “descoisificar” o animal. “O Código Civil ainda classifica o animal como ‘coisa’, em total discre-

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diz Rogéria, porém, ressalta que a emenda apresentada no Senado que visa excluir animais utilizados pela agropecuária e em pesquisas científicas do escopo do projeto é polêmica. “Por conta de lobby e de interesses de um setor que explora economicamente esse tipo de animal, buscam retirar deles o acesso à justiça”, pontua. Para deixar mais claro, de uma forma geral, é como se o projeto garantisse direitos a todos os animais, domésticos ou não, exceto vacas e outros animais explorados para o consumo humano. ANIMAL COMO BEM É comum em casos de separação os casais dividirem seus bens. Mas, se o animal não é mais coisa, ele não deve entrar nessa partilha. Ao menos é o que considera a advogada Rogéria Coimbra. “O animal deixa de ser objeto de partilha para ser objeto de tutela como a criança, estabelecendo-se assim o direito de guarda, inclusive compartilhada”, afirma. Importante ressaltar que mesmo antes da ‘descoisificação’ legal do animal, o Superior Tribunal de Justiça já havia decido que o assunto devia ser encarado com especial atenção, já que havia sido comprovado a senciência do animal, o que deve ser sopesado nas decisões judiciais em caso de divórcios. Rogéria estabelece dois paralelos para contextualizar a situação. pância, inclusive, com o significado da palavra ‘coisa’ no dicionário, posto que a ‘coisa’ é considerada um ser inanimado, o que não se confunde nem de longe com o animal”, afirma. TODOS OS ANIMAIS Sobre o projeto de autoria do deputado Ricardo Izar, a advogada destaca o que se dispõe no artigo 3º, que proíbe que todos os animais não humanos sejam tratados como ‘coisa’. “Isso é perfeito pois, uma vez aprovado, a proteção jurídica abrangerá todos os animais”,

No primeiro afirma que, com base em o animal não ser coisa, devemos repensar nossa relação com os mesmos. Ela lembra que no passado seres humanos vítimas da escravidão também eram tratados como coisas, mas tiveram seus direitos reconhecidos com o passar do tempo. Respeitadas as devidas proporções, espera-se que saibamos respeitar os direitos dos animais dentro em breve. No segundo paralelo, Rogéria pontua que nos dias de hoje muitos já consideram os animais como parte da família, sendo assim, não é mais cabível encarar o animal como um bem, mas como um

Revista Energia 85


esse interesse é natural e parte de uma evolução da sociedade. “Com os seres humanos dando mais atenção aos animais e trazendo os mesmos para dentro de casa, os de menor porte começaram a se sobressair. Você consegue trazer esse animal de pequeno porte para dentro do seu quarto e a afinidade incide num desejo de dar uma melhor qualidade de vida para o animal”, diz. Giovani percebe uma participação cada vez maior da sociedade em busca do bem-estar animal, mas diz que falta, para muitos, a conscientização. “Falta conhecimento. As pessoas não sabem o que é o certo a fazer. Aqui em Jaú tem muita gente que se sacrifica pela causa, mas tem muitos que não sabem o que fazer. Minha sugestão é a seguinte: temos que educar as pessoas”, afirma. POLÍTICAS PÚBLICAS Quando falamos em causa animal, muitos pensam que as políticas voltadas para esse fim referem-se apenas aos animais domésticos, mas isso não é verdade. “Animais domésticos e de produção são criados com objetivos diferentes, mas todos requerem um nível de cuidado. Claro que você não precisa colocar um boi dentro de casa e fazer carinho nele como se fosse um cachorro, mas ele tem que ter uma qualidade de vida tão boa como teria se estivesse vivendo na natureza”, diz Giovani, que salienta ser importante lutar para que as condições em que os animais utilizados pelo agronegóente. Muitos são os casos envolvendo famosos que optaram pela guarda compartilhada de seus animais de estimação. William Bonner abriu mão da guarda do cachorro quando da separação com Fátima Bernardes, mas não foi o que aconteceu com Zezé Di Camargo, que brigou e conseguiu a guarda da cachorrinha, restando a Zilu o direito de visita. Já com os atores Thaila Ayala e Paulo Vilhena foi diferente, pois compartilham a guarda do buldogue Zacarias, que após a separação ganhou dois lares. ANIMAL PARA HUMANIZAR A doutora Rogéria aproveita para revelar um pouco de sua experiência pessoal e profissional com os animais. Ela é tutora de dois cachorros, Pimpão e Ted, os chamados ‘advodogues’, que a acompanham no escritório. Ela destaca que muitos de seus clientes chegam ao local psicologicamente abalados pelo término de uma relação conjugal, por exemplo, e que a presença dos animais acaba por humanizar o ambiente, fazendo com que as pessoas fiquem mais relaxadas e animadas. “Os cachorros percebem quando o cliente está triste e acabam aliviando esse sentimento. É muito bom, principalmente quando envolve criança. Já houve caso de criança que estava acompanhando a mãe e nem se deu conta do que estava acontecendo por estar distraída com os animais”, conta. SOCIEDADE ANIMAL Com os animais cada vez mais dentro do círculo familiar, cresce também o interesse dos tutores em melhorar o bem-estar dos mesmos. De acordo com o veterinário Giovani Fernando Araújo, 39, 86 Revista Energia

cio são criados sejam melhoradas. “A gente diz que se as pessoas soubessem como os animais são criados ninguém mais comeria carne de porco ou compraria ovos. Os animais de produção sofrem para serem criados e isso não é aceitável”, completa.


Em se tratando de políticas públicas voltadas aos animais, o médico veterinário avalia que ainda falta muito a ser feito. “Não tem cabimento você chegar num pet shop e ter um animal sendo vendido numa gaiola. Temos

O que será?

que transformar o animal em um ser digno e parar de tratá-lo como um objeto”, analisa. Giovani ainda dá exemplos de outros países, como os Países Baixos,

ou

onde se conseguiu erradicar a população de animais de rua apenas utilizando-se de políticas públicas como a castração. “São políticas que em cidades de pequeno porte aqui do Brasil podem ser adotadas. Você castrando os animais de rua impede essa população de reproduzir. Isso, aliado ao chipamento dos animais, também inibe o abandono, uma vez que o animal que for achar quem é o responsável”, considera.

“Temos que educar as pessoas” (Giovani Fernando Araújo) ANIMAL SENTE Falamos aqui sobre a capacidade que os animais possuem de sentir sensações e sobre o quão difícil pode ser para um humano enfrentar um processo de separação. Mas para os animais essa situação também pode ser estressante. “O animal pode até gostar mais de um dono por essa pessoa brincar mais com ele, mas, na verdade, quem cuida pode ser o outro. Essas são características a serem consideradas. A adaptação do animal com um ou outro tutor não é difícil, mas, de um modo geral, podemos dizer que o processo pode ser tão maléfico para a saúde do animal como é para uma criança de dois ou três anos. O sofrimento é óbvio”, conclui o veterinário.

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ara alcançar esse objetivo, vale tentar diferentes tipos de bases nutritivas, mudar a alimentação e testar vários formatos de unhas, mas existe uma solução ideal para quem está disposta a investir um pouco mais no processo: a blindagem de unhas. Quer descobrir como funciona? Dá uma olhada aqui embaixo! A base da blindagem de unhas se parece com a dos alongamentos de gel. O processo utilizado na hora de fazer a blindagem de unhas — também conhecida como banho de gel — é bem parecido com o que as nail designers seguem quando aumentam o tamanho das unhas com apliques e gel. A diferença, nesse caso, é que na blindagem o gel é aplicado apenas na sua unha natural e ela não vai colocar uma tip para aumentar o tamanho. Durante o período de uso, o gel protege suas unhas das interferências externas e hábitos que podem enfraquecer e facilitar a quebra. Justamente por isso a blindagem é tão indicada para quem tem o hábito de roer as unhas ou deseja fortalecer e deixá-las naturais e maiores. Como o passo a passo é dividido em várias etapas, precisa da cabine de LED/UV. Com a blindagem de unhas, a durabilidade do esmalte aumenta Uma das partes mais importantes da blindagem de unha fica por conta da finalização com o selante. Além de deixar a unha brilhosa e bonita mesmo sem cor, ele também garante a fixação mais longa do esmalte, que dura por mais de duas semanas sem começar a descascar. De qualquer

maneira, você pode usar removedor e algodão normalmente se desejar trocar as cores do esmalte nesse período. É sempre bom manter uma rotina de cuidados entre as sessões de banho de gel Não importa se você é adepta da esmaltação tradicional ou se vai embarcar na blindagem: é importante dedicar alguns dias de todos os meses para focar no cuidado com a saúde das unhas. Nesse período, a dica é apostar nas bases de nutrição para recuperar as pontinhas dos dedos — vale aplicar todos os dias pela manhã. Mas aí vai um alerta: após 15 dias do procedimento, as unhas começarão a crescer e o produto utilizado no alongamento começará a se afastar das cutículas, criando um desnível entre a unha e o produto. Neste momento é necessário fazer a manutenção, não só para manter as unhas bonitas, mas para evitar infiltrações que podem gerar fungos ou micoses, prejudicando a saúde das unhas. No processo de manutenção, o excesso é lixado e são aplicadas novamente as camadas de gel ou do produto escolhido, que pode ser também acrílico, porcelana ou fibra de vidro. A manutenção costuma ser mais rápida do que o processo de aplicação, só é preciso fazer no tempo certo. O ideal é fazer tanto a aplicação como a manutenção do gel com uma profissional especializada, pois não são todas as nail designers que estão aptas a efetuar esse procedimento com segurança.

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Comida, Natal e vingança Nada de Jingle Bells, Papai Noel, Pai Natal (saudades de Portugal) ou congêneres. Enfarei. Chega!

V

amos dar um basta nessa hipocrisia dezembrina. Ficou todo mundo quebrando o pau o ano todo, fazendo publicações no Facebook só para atiçar as tretas, e agora quer dar uma de bonzinho? Para cima de moi? Ah... Poupe-me. Eu quero vingança! Motivos? Centenas! Para onde se olha só tem canalha! A começar por aquele juiz boca de caçapa que só fala (piiiiii). Prisão agora é só para quem é pobre (e, portanto, não pode pagar advogados); corruptor é pop star; ativista ecológica é fabricada (ou não, vai saber?), funk, gente chata... A lista é enorme. E eu não quero aporrinhar a paciência dos meus poucos, porém muito queridos, leitores. Vamos deixar os motivos de lado e nos concentrar no projeto de vingança. Eu quero ver o ano de 2019 pelas costas! Ele que acabe rápido e vá embora o quanto antes. Já deu! Chega! É toda hora um susto.... Mas eu vou me vingar. E, contrariando o dito popular, vingança é bem mais que um prato que se come frio. Minha vingança pessoal vai começar com uma bela garrafa de Cardhu, aquela joia disfarçada de uísque, que eu vou degustar pensando nos meus melhores amigos com os quais já não posso mais beber. Também vai ter lombo de bacalhau grelhado com batatas ao murro, cebolas glaçadas, uns tomates mal assados e uma montanha de alho. Pensei também numa perna de cordeiro marinada em vinho branco, com ramos frescos de alecrim e tomilho, acompanhada de umas batatinhas pequenas (daquelas que a gente come com a casca e tudo) que serão cozidas no caldo em que a perna vai ser assada. Pensa num vinho bom.... Então, junta umas duas ou três garrafas de Bordeaux, abre todas de uma vez, uma meia hora antes de servir, que é para o vinho respirar bastante e maximizar os seus sabores. Claro que a lentilhada é de fé. Nenhum velejador que se preze sobrevive sem lentilhas. Champagne. Uma garrafa Magnum de Veuve Clicquot para mim. Mais uma para a Tina. Um charuto 106 Revista Energia

dos bons. Pensei num Churchill, bem encorpado, que vai demorar mais de uma hora e meia para ser degustado. Coelho Printemps! Cortado em pedaços e marinado em vinha d’alhos com cenoura e salsão; acrescento uns grãos de mostarda, salsa e cebolinha picadas grosseiramente e deixo tudo dormindo na geladeira por umas 24 horas. Depois selo os cortes de coelho numa panela enorme que eu tenho, acrescento a vinha d’alhos e os legumes cozinhando tudo junto, bem devagarinho, no fogão a lenha. O que mais me encanta nesta receita é que a sopa de coelho que eu faço com as sobras é de ajoelhar. Os doces eu vou deixar a cargo da Tina. Além de entender do assunto mais do que eu (que praticamente só uso açúcar na caipirinha), vai poder se divertir no projeto de vingança. Eu, fico feliz só com as rabanadas.... Se bem que um Tiramisù, daqueles molhadinhos, com bastante creme de mascarpone, não é uma ideia para se jogar fora.... Como digestivo, um copo de Gran Duque de Alba (se não conhece, vai atrás...) e uma longa série de cafés espressos. Como faria a saudosíssima Elis Regina, eu vou cantarolar (claro que sem a menor competência para tal): “Estou fechado para balanço/Meu saldo deve ser bom”. Comida demais para apenas um casal? Certamente. Mas faz parte da vingança. Quem aparecer lá em casa, nos nunca suficientemente cantados matos de Joaquim Egídio, ganha um prato de boa comida e ainda melhores vinhos. Depois eu vou olhar com carinho o pouco dinheiro que ganhei no ano (não está fácil para ninguém) e doar algo entre um terço e metade do meu lucro para quem precisa mais do que eu. Um ano malfadado como este merece uma vingança digna. Saudades da Menina, minha cachorra. Saudades do Preto, que não suportou a ausência dela e decidiu nos deixar também. E, claro, saudades da Elis Regina Até a próxima.


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Legislação

A Res Publica Comemorou-se em 15 de Novembro de 2019, 130 anos da proclamação da República brasileira – evento marcado pelo fim da Monarquia no país e seu poder moderador

Texto: Deputado Federal Ricardo Izar

P

DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

ara alguns, a instituição da República foi um

seja pensado previamente com maior atenção, haja vista todas

golpe militar liderado pelo Marechal Manuel

nossas decisões afetarem em maior ou menor grau aqueles que

Deodoro da Fonseca à revelia da vontade po-

nos cercam – sejam eles conhecidos ou estranhos. Pensar no

pular. Para outros, nada disso. Floriano Peixoto,

coletivo é pensar no público. E nesse sentido o termo República

político e militar brasileiro, não quis comandar

adquire um significado ainda mais importante.

uma resistência imperial indicando, portanto,

O termo República advém da expressão latina res publica,

não haver o tal clamor popular anunciado pelos que defendem a

cujo significado é “coisa pública”. Cabe, portanto, a reflexão: o

outra versão. A bem da verdade, nessa época, grande parte da

que é o público? Diz o dicionário que público é aquilo relativo

população brasileira era analfabeta, nutria certo desencanto com

ou pertencente a um povo, a uma coletividade, a um país, a um

a realeza e não tinha real noção do que ocorria quando da dança

estado, a uma cidade. Depreende-se daí que tudo que é públi-

das cadeiras. Certo é que muitas coisas mudaram da proclama-

co é também nosso, logo, deve estar sob nosso cuidado, inte-

ção da República para cá, a exemplo da população brasileira

resse e atenção. Uma praça pública, por exemplo, é de todos

que aumentou em quinze vezes seu numerário. Hoje somos 210

nós. Quem a maltrata, nos maltrata. O mesmo vale para uma

milhões de habitantes. O mundo mudou muito desde então e

via pública, iluminação pública, segurança pública, orçamento

com ele o país, sua gente e as influências sobre todos eles.

público, transparência pública. Quando fui investido em 2011 ao

A data acima me fez pensar sobre diversos aspectos da vida

meu primeiro mandato como Deputado Federal, seguindo os

de nosso país e da nossa população que, pouco mais de um sé-

passos do meu pai, parlamentar constituinte com longa e im-

culo depois, vive uma realidade onde a tecnologia tem papel fun-

portante trajetória política, percebi que estava assumindo uma

damental no aumento de nossa expectativa de vida, no impacto

enorme responsabilidade: representar uma coletividade e seus

de nossos hábitos sobre o meio ambiente, na nossa capacidade

mais variados interesses junto a uma das casas do Congresso

de distribuir ao toque de um dedo informação e conhecimento

Nacional. Não é fácil atender ou agradar sempre tantas pessoas

– de boa e má qualidade. A coletividade, a vida em sociedade,

diferentes, com tantos interesses singulares. Alguém certa vez

a rotina compartilhada impõe que aquilo que decidirmos fazer

disse não saber qual era o segredo do sucesso, mas a receita do

110 Revista Energia


fracasso seria a tentativa de agradar todos ao mesmo tempo. O bem público sempre foi o norte de todas minhas decisões. O exercício da política lida com tomadas de decisões difíceis e tecnicamente complexas, que muitas vezes parte da população ainda começa a entender em tempos de politização crescente – algo que aprovo e apoio com todas as minhas forças. Politizar-se é o caminho para poder escolher melhor e entender o valor do mandato público de um seu representante nas esferas de poder. Ganhar consciência, portanto, do valor daquilo que é compartilhado, do que é público, é o caminho principal para a boa e respeitosa vida em coletividade. Se todos nós, cidadãos ou políticos investidos de mandato provisório, entendermos que estamos todos inseridos em um sistema de mútua influência e efeito, muitas de nossas decisões seriam de outra forma. Um exemplo trivial: o lixo. Quando descartado de forma equivocada, certamente trará prejuízos a terceiros, próximos ou distantes, e como decorrência, parte do orçamento público da coletividade (isto é, seu) será usado para resolver um problema que antes talvez não tivesse acontecido se o cuidado com a coisa pública fosse priorizado como devido. Assim é a rotina de um bom político: o contínuo cuidado com a coisa pública; o constante respeito àquilo que afeta a coletividade em seus processos de tomada de decisão. Lisura, transparência, diplomacia, honestidade, parcimônia, acessibilidade são apenas alguns dos atributos obrigatórios de qualquer cidadão (ou político) no trato daquilo que pertence a todos nós. O mesmo raciocínio aplicado ao cuidado da coisa pública – seja ela a instituição pública, o mandato parlamentar ou o orçamento do Estado – pode ser aplicado ao cuidado que todos nós podemos e devemos ter com o meio ambiente. Utilizemos a seguinte analogia: a vida em um condomínio habitacional. Rodeados de vizinhos, algumas regras de boa convivência devem ser respeitadas para uma vida harmônica e pacífica. O planeta Terra, rocha esférica suspensa no espaço, é no fundo um condomínio onde nós, seres humanos, somos apenas alguns desses condôminos (a espécie humana é uma dentre 8,7 milhões de espécies, segundo estimativas conservadoras). O que temos observado nos últimos tempos? Que muitos de nossos semelhantes não têm respeitado a coisa pública, neste caso, o meio ambiente em que estamos inseridos. Em nossas decisões cotidianas sobre o que consumimos, o que descartamos, e como fazemos tudo isso, temos nos comportado como o condômino desrespeitoso que não respeita os demais habitantes do planeta/condomínio. Já sabemos aonde tudo isso pode parar: podemos tornar o condomínio inviável e prejudicar a vida dos demais moradores desse mesmo espaço. Com um agravante: não temos outro condomínio para habitar se destruirmos este em que vivemos. O cuidado com a coisa pública é a base elementar da vida em sociedade. Enxergar e respeitar o outro, indiferente da etnia, classe, gênero, credo, espécie, é o pilar da boa vida. Como cidadão e como político, me orgulho de nunca me esquecer desse mandamento tão fundamental.

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Última página Por Luisa Caleffi Pereira Jornalista formada pela Universidade Federal de Uberlândia

Ano novo, vida nova

E

Este texto contém clichês

ra para ser só um café com uma amiga, mas a bendita reflexão parece estar em cada borrão, cada gosto deliciosamente amargo. De café – e de vida. E em mais uma frase clichê, dessas que a gente usa e abusa – assim como essas expressões – quando não sabe o que dizer, ou quando simplesmente o lugar-comum é exatamente o que encaixa no tempo instante. “Clichê tá aí pra ser usado”. É. De fato. O que seria das nossas rotinas sem o clichê? “Com (o) o tempo passa!”. É. De fato. A filha da sua amiga já não é mais criança. E a dor de seu primeiro amor não correspondido logo será substituída. E passa. “Não era pra ser” - o famoso bordão do consolo, que pode vir acompanhado de um abraço, um leve toque nas costas do desamparado e uma jogada de cabeça para o lado em demonstração de empatia e compaixão. “Ano novo, vida nova!”. O café já estava esfriando, mas o pensamento às vezes vem como avalanche, invade a conversa, atropela a ordem das palavras e, como num impulso repentino, a xícara pousa no ar; você a segura perto da boca, interrompe o último gole: “ Mas aí é que tá”. As resoluções de ano novo são guia e modelo de clichê. E isso não é crítica no sinônimo de julgamento, mas sim de uma análise, florescer de pensamentos regados a mais uma xícara, afinal, café é sempre uma boa ideia. As promessas para o ano que vai chegar podem até mudar de papel, ir para um planner e até mesmo para as notas do seu smartphone. Mas, antes disso acontecer, é preciso parar de terceirar a responsabilidade em cumpri-las. E não, elas não precisam ser metas mirabolantes, planos infalíveis de como alavancar carreira em apenas 5 passos. Elas precisam ser possíveis, reais, adequadas à sua realidade; à sua vida. É mais um clichê. E é, de fato, verdade.

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Comprometer-se consigo mesmo é o pacto mais difícil de cumprir. E por isso mesmo é indispensável que sejamos verdadeiros na lista do dia 31. Mudanças singelas começam com transformações internas e reconhecê-las é o primeiro passo da caminhada. Mas não se engane e nem se sabote: o chavão indispensável deste texto é “o que falta é vontade”. Sair do marasmo e colocar em prática qualquer vontade que dependa de você. Antibióticos e anti-inflamatórios medicam o corpo físico; a quebra do comodismo e a separação entre autopiedade e amor próprio agem na causa, cuidam do espírito, tratam a vida que está aí, parada e ferida. Toda cura é, primeiro, autocura. E ela só acontece quando se está comprometido com a verdade – daquilo que você pode e quer realizar. Gentileza ao olhar para si próprio e humildade para admitir que a mudança é um processo – evolutivo e gradual. Um café a mais. Já é o terceiro, mas não se deve recusar a última xícara. O último gole, o quase-frio, que deixa um suave borrão de pó, tem gosto de esperança. Expectativa deliciosamente amarga – de viver. Quando será o próximo café; a próxima conversa; o próximo convite à reflexão? Me despeço da amiga e do amargo na boca. O próximo café ficou para o ano que vem, mas pensamentos continuam invadindo as conversas e atropelando a ordem das palavras. Embaralham frases e não respeitam o limite de velocidade. Exercitar o raciocínio é o começo da transformação interior, daquela que abre o caminho à mudança e que não precisa esperar chegar o ano que vem.


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