REVISTA ENERGIA 88

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Jaú - Ano 11 | Edição 88 | Fevereiro 2020 Distribuição gratuita | Venda proibida

Li

Essências Fragrâncias e Óleos Essenciais

SOCIAL CLUB Empresas que Movimentam

CARNAVAL

Recordar e Reviver




Editorial

Da saudade à atualidade

Ano 11 – Edição 88 – Jaú, fevereiro de 2020 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286

Nesta edição da RE, o aroma está em perfeita harmonia, desde a capa até a última página!

Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br

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Edição e Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br

Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Bárbara Milani Camila Ramos Luiza Caleffi Pereira Luiz Guilherme Romagnoli Colunistas Alexandre Garcia Aline Emanuelle Perim Evelin Sanches João Baptista Andrade Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves Professor Marins Ricardo Izar Wagner Parronchi Comercial Marcelo Mendonça Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br

Foto: Arquivo pessoal

Fotografia: Moinho Propaganda (14) 3416 7290

ocê vai conhecer Li Essências, a indústria jauense de fragrâncias para fabricação de produtos e óleos essenciais. A Li Essências possui uma seleção de fragrâncias inspiradoras e inovadoras, que transformam o simples ato de perfumar em sensações de prazer e bem-estar. A indústria possui plantação própria de alguns óleos essenciais, laboratórios e equipamentos modernos para fabricação de fragrâncias, além da loja de fábrica e loja virtual, onde comercializa produtos acabados como sachês, difusores de ambiente, águas perfumadas, citrosauna residencial e muito mais. Ainda nesta edição, você confere a cobertura fotográfica completa do EQM 2019, que reuniu num glamouroso jantar show com o cantor Leonardo, empresas de Jaú e região que são referências em gestão, atendimento, experiência do cliente e inovação. Edição de fevereiro tem Carnaval, ou melhor, tem saudade! A tradição do Carnaval em Jaú ficou só na lembrança! Bailes, concursos de fantasias e desfiles de escolas de samba que movimentaram o turismo e a economia por muitos anos deixaram de ser realidade na nossa cidade. Alguns jauenses guardam recordações e lembranças daquele tempo áureo e que você poderá conferir nas páginas da RE. Essa viagem no tempo, nos inspirou a fazer a matéria “Se eu pudesse voltar aos 18”, entrevistando pessoas que contam o que fariam ou mudariam se pudessem voltar aos seus 18 anos! Você vai se surpreender em como, depois de adquirirmos maturidade, valorizamos muito mais vivências, momentos e experiências! As pessoas olham para traz e concluem que gostariam de ter vivido, em muitas situações, uma vida verdadeira para elas, e não aquela que as pessoas esperavam que elas vivessem. Também abordamos nesta edição os golpes mais comuns aplicados através da internet. Embora não sejam uma novidade, muitas pessoas ainda são enganadas por cibercriminosos todos os dias. E mais, atualmente, de 3 a 7% das crianças em idade escolar têm TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)! Saiba na RE como diagnosticar, causas e tratamentos, como pais e professores devem lidar com essa patologia. Nosso conteúdo dessa edição vai da saudade à atualidade e está fantástico! Ótima leitura e um 2020 maravilhoso a todos!

Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.

Maria Eugênia


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NESTA EDIÇÃO 08 Perfil

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Gente Fina

Carnaval

14 Radar 16 Pense Nisso 18 Gente Fina 28 Carnaval 33 Viagem e Turismo 36 Adote um Pet 38 Capa 43 Visão Empresarial 45 Opinião 48 Segurança 54 Consultoria 55 Inspire-se 57 Modernize 58 Social Club 86 Vida Saudável 88 Saúde

Nossa Capa: Li Essências Modelos: Eliane Gomes Rocha e Joel Gonçalves da Rocha Jaú - Ano 11 | Edição 88 | Fevereiro 2020 Distribuição gratuita | Venda proibida

96 Look Kids 99 Escolas de Jaú 100 Look de Artista 104 Sociedade 108 Boa Vida 110 Legislação

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Look de Artista


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A arte de captar um momento

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“A câmera não faz diferença nenhuma. Todas elas gravam o que você está vendo. Mas você precisa VER” (Ernst Haas) Abertura: foto premiada no Brasília Photo Show Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal Revista Energia 9


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frase que abre esta matéria retrata bem a arte do Perfil desta edição. Você pode ter os melhores equipamentos disponíveis, mas se não possuir o olhar sensível, não conseguirá transmitir emoção através das fotos. Olhar sensível é o que não falta ao nosso entrevistado, ..que recentemente teve uma foto sua premiada no Brasília Photo Show. Mas este é um dom que Eduardo Barbosa, 26, técnico em processos fotográficos, cultiva desde a infância, quando já amava as artes, da música à fotografia, e ele conta como desenvolveu este talento. PAIXÃO PELA ARTE Eduardo é jauense e cresceu no Distrito de Potunduva, onde teve uma infância bem feliz e aventureira, segundo ele. Casado com Daia Schiaavon e pai do Pedro, ele se declara muito família e procura estar sempre perto. Sobre sua escolha profissional, ele explica: “Depois que minha esposa engravidou, veio o desejo de empreender, de ter o meu próprio negócio e fazer algo que gosto. Como sempre amei arte, comecei a pesquisar sobre a profissão e depois de comprar a minha primeira câmera me apaixonei. Fiz matrícula no curso de processos fotográficos no Senac e fui me aprofundando durante os dois anos de curso. A internet também foi minha aliada, aprendi muito, mas é só na prática que realmente evoluímos”. ESTUDO, TRABALHO E FAMÍLIA Conciliar trabalho, família e estudos demanda grandes desafios, e não é raro encontrarmos pessoas que desistem de uma ou de outra coisa. Mas quem tem muita vontade, dedicação e disciplina sempre alcança suas metas, superando os obstáculos. Com Eduardo não foi diferente, e ele lembra: “A maior dificuldade que encontrei foi deixar minha esposa grávida em casa para estudar. E depois que meu filho nasceu, tinha que deixá-lo ainda bebezinho para trabalhar durante os finais de semana e estudar durante a semana. Foi muito difícil para mim, praticamente perdi o primeiro ano do meu filho. Mas isso me fez crescer e amadurecer muito”, reflete. BRASÍLIA PHOTO SHOW O Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show, considerado o Oscar da fotografia, recebeu em sua última edição 13.500 trabalhos nas mais diversas categorias. Entre eles, uma imagem clicada por nosso entrevistado no dia 2 de julho de 2019, quando houve um eclipse solar observado apenas em algumas regiões do país. “Eu saí para fotografar o pôr do sol, como de costume, e quando percebi estava nessa cena maravilhosa! Não perdi tempo e procurei o melhor ângulo para o melhor click. Eu acreditei demais na foto, foi um presente de Deus para mim”, comenta. A foto de Eduardo, que abre esta matéria, rendeu-lhe o primeiro lugar e a Estatueta de melhor foto na categoria Astrofotografia – que são imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu noturno. Questionado sobre a importância do prêmio para sua carreira, ele responde: “Reconhecimento!”

“Eu acreditei demais na foto, foi um presente de Deus para mim” 10 Revista Energia

A LEI DO RETORNO Dizem que a lei do retorno é infalível, e que pode até demorar, mas sempre receberemos na medida exata daquilo que oferecermos. Você, leitor, acredita nisso? Pois aconteceu com o Eduardo em uma ocasião em que ele foi fotografar um casamento civil. “Fui fazer as fotos do casamento e lá estava um casal sem fotógrafo. Eles pediram para eu fazer algumas fotos e eu fiz, nem cobrei nada porque eu já estava ali mesmo. O que eu não sabia é que o noivo era dono de uma das maiores plataformas de site para fotógrafos do Brasil. Ganhei um ano de acesso ao site e foi um super presente para mim!”. A MÚSICA TAMBÉM TEM A SUA VEZ O fotógrafo premiado conta que adora fotografar crianças, famílias e natureza, e já participou em outra ocasião do Brasília Photo Show com uma imagem da Avenida Paulista. A foto não foi premiada naquela edição, mas ele declara que procurou evoluir para participar de novo, e deu muito certo. No entanto, a música também ocupa um lugar especial na vida do artista. “Sou compositor, escrevo músicas de vários estilos e amo demais uma boa música”, declara. Quem sabe algum grande sucesso composto por ele não esteja tocando brevemente por todo o país? ACREDITE! Para Eduardo, a fotografia representa tudo e segundo ele, o dia que não faz algo relacionado à arte é um dia perdido. No momento, o que mais almeja é ter uma empresa de fotografia reconhecida em Jaú e região. O que não está longe de acontecer, depois de ter sua foto reconhecida como a melhor entre milhares... Para finalizar nossa entrevista, ele faz questão de mencionar: “Agradeço a minha família, que sempre acreditou em mim, e a Deus, que nunca me desamparou. E para quem está começando, um conselho: acredite!” 


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Fernando Silva Fernando Silva Associado Sicredi Associado Sicredi

Nosso Nosso estímulo estímulo

fazadiferença para para o Fernando.

Fernandoera eramotoboy motoboyeeagora agoraéédono donode deuma umalanchonete lanchoneteem emMarília, Marília,São SãoPaulo. Paulo. OO Fernando Com o nosso apoio, ele realizou o sonho de abrir o próprio negócio e foi capaz de Com o nosso apoio, ele realizou o sonho de abrir o próprio negócio e foi capaz de superar adversidades contando com as nossas soluções em seguros. Assim, fazemos superar adversidades contando com as nossas soluções em seguros. Assim, fazemos a diferença na vida dele e de nossos mais de quatro milhões de associados. E podemos a diferença na vida dele e de nossos mais de quatro milhões de associados. E podemos fazer na sua vida também. Tudo porque conhecemos suas necessidades e oferecemos fazer na sua vida também. Tudo porque conhecemos suas necessidades e oferecemos produtos e serviços com taxas justas e um relacionamento próximo de verdade. produtos e serviços com taxas justas e um relacionamento próximo de verdade.

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sicredi.com.br / SAC - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria - 0800 646 2519. sicredi.com.br / SAC - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria - 0800 646 2519.


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Completando 20 anos, Sicredi Centro Oeste Paulista tem muito a comemorar Mais de 26 mil associados e 10 milhões em resultado líquido acumulados em 2019, nas 10 cidades em que estão suas 13 agências. Aquela pequena cooperativa do interior do estado e que, há 20 anos, só atendia profissionais da área da saúde, sabia onde queria chegar. Hoje, atendendo a todos os públicos e segmentos, e sendo a cooperativa de todos, a Sicredi Centro Oeste Paulista comemora mais do que 20 anos de sucesso; comemora resultado, crescimento e desenvolvimento local, sabendo que os recordes são passageiros e querendo muito mais. “2020 é um ano de muito trabalho, assim como foram 2019 e todos os outros, desde 2000, quando fundamos a cooperativa. Temos certeza do nosso caminho, da nossa missão com a comunidade e de que podemos ir muito além. Estamos felizes por isso”, comenta o presidente, Dr. João Alberto Salvi, sócio fundador da cooperativa. Além dos serviços financeiros oferecidos, a Sicredi oferece programas

de responsabilidade social que vão desde palestras gratuitas sobre educação financeira que, em 2019, atingiram mais de 11 mil pessoas em toda a área de atuação da cooperativa, até o programa “A União Faz a Vida”, com o objetivo de promover a cooperação e a cidadania nas comunidades a partir de professores e alunos. Em uma parceria histórica com a Rede Sagrado de Ensino, Central Sicredi PR/SP/RJ e Fundação Sicredi, o Programa “A União Faz a Vida” desembarcou na capital do Haiti, Porto Príncipe, proporcionando conhecimento e descoberta a 270 alunos e 15 educadores, um marco histórico para a cooperativa em 2019. “Estamos orgulhosos de tudo o que construímos e 2020 chega recheado de boas oportunidades, com a chegada em novas cidades, reinauguração de agências e uma campanha de aniversário que vai premiar nossos associados. Será um ano incrível”, finaliza Ildo Wilde, diretor executivo da cooperativa.

Fone: (14) 3601.1919 | Rua Amaral Gurgel, 817 - Centro, Jaú Revista Energia 13


Radar Por Alexandre Garcia

ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista brasileiro. Atuou no Jornal do Brasil, no Fantástico e na extinta TV Manchete. Atualmente é comentarista político na Rede Globo de Televisão.

Noiva da cultura A Namoradinha do Brasil aceitou ser Secretária da Cultura com a condição de que começasse com um noivado, até que passasse o medo com o tamanho do desafio

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ão precisaria ter medo quem há 50 anos frequenta o serpentário onde crepitam as chamas da fogueira de vaidades que é o meio das artes, onde fervem egos. O setor cultural estatal talvez seja ainda mais perigoso, porque junta uma rima, a da vaidade com autoridade. Vai ocupar a cadeira de um exemplar dessa combinação, que ficou sem assento por causa do pronunciamento em que parecia estar no estádio de Nuremberg, com Goebbels e Wagner. Homem de teatro, incorporou a persona. Quando se soube do plágio de Goebbels, na sexta-feira pela manhã, pensei que fosse a frase aplicadíssima no Brasil por mentirosos contumazes: “A mentira repetida mil vezes, vira verdade”. Se fosse, não haveria novidade, pois são velhos conhecidos esses mitômanos que primeiro se convencem da própria mentira, para depois mentirem convincentemente. Mas não era essa frase. Foi um parágrafo inteiro de Goebbels, uma enrolação verborrágica que o Senhor Alvim exumava. O Presidente, para conseguir almoçar naquela sexta no Clube Naval, primeiro teve que demitir o secretário. Alvim flagrado, disse que não sabia da origem do parágrafo plagiado, o que levou a suposições de conspiração para atingir o presidente com a fala nazista. Mas depois, Alvim afirma que assume tudo, isentando assessores, e culpa uma influência satânica. Difícil entender uma mente assim. Tomara que jornalismo investigativo abra a caixa-preta desse episódio para apurar se guarda mera coincidência com o enredo de “Especialista em Crise”, com Sandra Bullock. O episódio Goebbels-Alvim serve para chamar a atenção do povo, povão brasileiro, que existe uma fonte de consumo de seus impostos chamada Secretaria – ou Ministério – da

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Cultura. Porque o setor não tem servido ao titular da cultura brasileira, que é o povo, mas a alguns selecionados, que adoram fácil dinheiro público, para não correr riscos com seus empreendimentos. Tenho visto gente financiada pelo imposto de todos, que cobra alto por ingressos de seus espetáculos, vistos só por quem tem dinheiro para alcançar a bilheteria. Tenho visto falta de critério financiando obras que nada dizem ao povo. Vejo grandes centros urbanos centralizando recursos culturais, a despeito de haver um interiorzão forte, rico de cultura, de tradições, distante do estímulo estatal e perdendo suas raízes, esmagado pela cultura industrial massificada, alheia a seus valores. Serve para a gente lembrar que a cultura é do povo, não tem dono, muito menos grupos de donos. E não está jungida ao estado, como sugeriram Goebbels e Alvim, mas é solta e livre, porque não aceita imposições. Um povo não pode perder seu passado, ou não terá identidade no futuro. As raízes de um país são como as raízes de uma família – países e famílias precisam honrar e preservar seus nomes. Há uma cultura da Humanidade que perpassa fronteiras; são os grandes nomes da música, da literatura, das artes cênicas e plásticas. E há uma cultura nacional, de nossos formadores étnicos, rica, diversificada, cheia de cores e nuances, que deve ser preservada com o zelo do estado – e diferente do show-business, do entretenimento industrial, que é uma atividade de risco, como tantas outras atividades comerciais.

“A cultura é do povo, não tem dono, muito menos grupos de donos”


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nisso

Pense

LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br

Por Professor Luiz Marins

2020: Um ano promissor 2020 tem tudo para ser um ano promissor para os negócios

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egundo a pesquisa “Agenda 2020: Expectativas do empresariado para o País e os seus negócios”, realizada em dezembro de 2019 pela Deloitte Touche Tohmatsu, uma das maiores e mais respeitadas empresas de consultoria do mundo, 71% dos empresários brasileiros veem o ano de 2020 como positivo para os negócios. “A retomada dos investimentos e o aumento dos empregos, de acordo com as respostas da pesquisa, confirmam a expectativa positiva de 7 em cada 10 empresas para 2020”, afirma o relatório da Deloitte, que continua mostrando que “um número considerável de empresas demonstra disposição para ações estratégicas de maior risco em 2020, como aquisições de outras organizações, marcas ou produtos”. Até o momento, essa é a pesquisa de maior representatividade das principais empresas atuantes no Brasil sobre as expectativas para os negócios em 2020. “Os percentuais de empresas que deverão expandir seus negócios em 2020 refletem confiança e expectativa positiva para investimentos que demandam mais tempo e recursos. Se, em 2020, a economia apresentar condições melhores que o ano anterior, o número de empresas realizando expansões dobrará”, afirma o relatório. Nas consultorias que prestamos e nos frequentes contatos com investidores nacionais e estrangeiros temos exatamente o mesmo diagnóstico: 2020 se apresenta como um ano muito promissor para os negócios. Assim, meu conselho é que você não fique parado. Mesmo que

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sua visão não seja tão positiva, cuide para não perder as oportunidades que surgirão. Saia de sua empresa. Vá ao mercado. Participe desta visão positiva e veja onde você, como empresa e como profissional, poderá se encaixar, crescer e vencer. Estamos na era dos ágeis, dos velozes, dos antenados no futuro e dos que acreditam nas vantagens comparativas do Brasil frente ao mundo. Esses vencerão! Pense nisso. Sucesso! 

PENSE NISSO: • Se sete em cada dez empresários acreditam que 2020 será um ano positivo e estão fazendo planos para crescer, cuidado para não ficar do lado errado; • A pesquisa da Deloitte mostra que 1/5 das empresas estão dispostas a contratar, independentemente do cenário. Isso indica uma recuperação dos empregos; • Porém, se o cenário for melhor do que em 2019, a parcela de empresas dispostas a aumentar o quadro de funcionários mais que triplica em 2020.


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Gente Fina

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Ariel Vanderlei Lopes (Pacífico)

“Nunca você terá tão pouco que não possa compartilhar; e nunca você terá tanto que não possa precisar” Texto Heloiza Helena C Zanzotti

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A

frase atribuída a Alvaro Granha Loregian é lema na vida de Ariel Vanderlei Lopes, nosso Gente Fina desta edição. Aos 41 anos, ele é formado em Gestão Pública e pós-graduando em Administração, Educação e Segurança no Trânsito, e também é motorista socorrista, instrutor de trânsito, árbitro de futebol e Papai Noel. Quer saber como ele conseguiu desenvolver tão bem cada uma destas funções? Então, vem comigo conhecer um pouco mais desta história de vida tão rica em trabalho, estudo, dedicação e esperança! Jaú é a sua cidade natal? Nasci aqui e nunca morei em outra cidade, amo Jaú e não me vejo morando em outro lugar. Com todas as dificuldades que possa ter, amo minha cidade e tenho esperança que um dia tudo seja perfeito para nossos habitantes. Quando nasci, morava na Alameda Dr. Esperança, numa casa que hoje já não existe mais. No local tem uma loja de informática da qual sou cliente, sempre que vou lá me vem à memória momentos fantásticos que vivi naquele chão, ao lado da minha bisavó Etelvina Nunes, que foi quem me criou. Dalí, já com sete anos de idade, me mudei para a Vila Netinho, também com minha bisavó, fui morar nos fundos da casa da minha tia, onde vivi até os vinte e um anos, quando me casei. Desde pequeno já era muito popular? Da 1ª à 8ª série estudei na Escola Laudelino de Abreu e o colegial cursei na Escola Caetano Lourenço de Camargo, o popular Instituto. Meus estudos foram momentos maravilhosos, pois embora não fosse um bom aluno de nota, sempre fui muito popular, fazia muita bagunça e vivia visitando a Diretoria. Naquele tempo, bagunça era bem diferente do que é hoje. Era conversar durante as aulas, jogar bolinhas

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de papel uns nos outros, mas o respeito para com o professores era imenso, jamais respondíamos para eles com falta de respeito. Tenho amizade com quase todos os professores daquela época e quando nos encontramos nos cumprimentamos com abraços e muita alegria. É casado? Tem filhos? Sou muito bem casado com a Lucia Aparecida da Silva há 14 anos. Tenho dois filhos, Felippe e Bruna, ambos do meu primeiro casamento. No segundo casamento optamos por não ter filhos, a não ser nossos pets, 18 ao todo: 12 felinos e 6 caninos que nós chamamos de filhos também, pois o amor por eles é grande. Começou a trabalhar muito cedo? Quando criança, vivia na rua brincando com os amigos de futebol, pega-pega, esconde-esconde, queimada, polícia e ladrão, mas a predileta era o futebol, com certeza. Embora tenha sido criado pela minha bisavó e o dinheiro que tínhamos era o da aposentadoria dela, nunca passamos grandes dificuldades, pois mesmo ela tendo mais de 70 anos sempre trabalhou fora lavando e passando roupas, e esse dinheiro era o complemento para nos mantermos. Tudo era bem controladinho, não tivemos grandes dificuldades não. Logo cedo também, aos nove anos, entrei para a Legião Mirim, fui trabalhar como empacotador no Supermercado Jaú Serve da Avenida do Café e tinha meu salário que não era muito, mas ajudava a comprar coisas para a casa. Do supermercado para o despachante. Como aconteceu? Certa vez, quando estava de férias do Supermercado, resolvi vender cartões da Zona Azul no centro da cidade. Em um dia chuvoso entrei numa porta para me esconder da chuva e não molhar os cartões, quando me dei conta estava dentro de um despachan-


te na Rua Quintino Bocaiuva. Iniciei uma conversa com um senhor, falamos sobre futebol, ele era palmeirense fanático e eu corintiano. Conversa vai, conversa vem, perguntei a ele se não precisava de funcionário e, para minha surpresa, disse que precisava para o período da tarde. Poxa vida, deu certinho para mim, de manhã eu estudava e à tarde era empacotador, mas sonhava em trabalhar em um escritório! Acertamos os detalhes, pedi demissão do Supermercado e fui trabalhar no famoso Despachante Dalpino, que infelizmente não existe mais, seu Armando hoje mora no céu. Dali foi para a Delegacia de Trânsito? Permaneci no despachante por exatamente um ano. De tanto ir até a Delegacia de Trânsito levar e buscar documentos, acabei pegando muita amizade com um rapaz, o Alexandre Antonelli. Um belo dia resolvi perguntar a ele se não estavam precisando de Mirim para trabalhar naquele local. Novamente para minha agradável surpresa ele disse sim, mas teria que ser no período da tarde. Nossa, como agradeci a Deus! (risos). Voltei radiante para o despachante, pedi demissão e em maio de 1993 comecei a trabalhar na 11ª Ciretran de Jaú, onde permaneci até dezembro de 2013. Com a mudança do sistema do DETRAN, saí da Ciretran e no dia 2 de Janeiro de 2014 comecei a trabalhar no Guincho do Sidney, onde fiquei até junho de 2018. Nesse período, trabalhava das 8h às 18h e em janeiro de 2016 também comecei a dar aulas teóricas na Auto Escola Gabriel, das 18h30 às 21h50. Atualmente, assumi meu cargo de motorista da Prefeitura Municipal, após ser aprovado em concurso público, tendo sido designado para o SAMU, onde estou atualmente. Quais os maiores desafios que encontrou na vida? Um grande desafio foi a escolha entre caminhar pelo certo ou errado. Quando adolescente, muitos dos meus amigos já estavam se encaminhando para o lado errado, principalmente das drogas, mas permaneci firme no caminho certo, mesmo vendo que o que eu demorava um mês para conseguir, eles conseguiam em dois dias. Ainda assim não me deixei levar pela ganância. Outro grande desafio foi estar sempre querendo aprender algo novo, sempre buscando conhecimento, às vezes até incomodando outras pessoas com perguntas e mais perguntas (risos), mas perguntava para aprender. Vestiu-se de Papai Noel esse ano. Já havia feito isso antes? Esse ano fui Papai Noel no projeto da Energia FM e foi muito bom, muito gratificante ver o sorriso estampado no rosto de cada criança e também dos adultos; é maravilhoso ver que na maioria das pessoas ainda existe a magia do Natal, ainda esperam o Papai Noel. A decisão de me vestir de Papai Noel veio mais ou menos na metade do ano passado, muito embora o desejo seja bem antigo. Em 2019 estive na Basílica de Aparecida, onde fiz um pedido muito importante à Nossa Senhora Aparecida, de quem sou devoto. Caso a graça fosse alcançada, eu me vestiria de Papai Noel no final do ano e, sem dúvida nenhuma, Nossa Senhora Aparecida me concedeu a graça. Coincidência ou não - eu acho que não - o Serginho da Rádio Energia estava na Auto Escola Gabriel apresentando o projeto para o Roberto e me convidou para participar. Senti que era hora de pagar a promessa feita a Nossa Senhora e foi muito bom. Embora eu tenha de fato decidido ser Papai Noel para pagar a promessa, sempre tive vontade, nunca havia me vestido antes, foi um sonho que se realizou. Que relação teve com a Liga Jauense de Futebol? Fui eleito presidente da Liga Jauense de Futebol em 2008, fui reeleito e permaneci até 2012. Foi um momento que começou com

muita dificuldade, a Liga estava com muitas dívidas, seus campeonatos desacreditados. Mas contamos com a ajuda de uma grande equipe, da qual destaco meu primeiro vice-presidente José Roberto Marinez de Andrade, o diretor de árbitro Sandro Rogério Teixeira e o secretário Rodrigo Luiz Paulino, na primeira gestão. Quando reeleito, Rodrigo Luiz Paulino passou a ser vice-presidente e Sandro permaneceu como diretor de árbitro. Essas pessoas, entre outras, deram bastante sustentação para recuperarmos a credibilidade da Liga Jauense de Futebol. Como chegou a instrutor do Curso Teórico de Trânsito? Exerci essa função na Auto Escola Gabriel sempre com muito zelo, carinho e amor, mas como cheguei ali é uma história muito interessante. Enquanto ainda trabalhava na Ciretran, minha esposa Lucia tinha recolhido um folheto de propaganda de uma empresa de Marília, que estava iniciando curso para instrutor, mas o curso ocorreria em Bauru. Ela fez minha inscrição e me comunicou que eu faria o curso. A princípio achei bobagem, mas a Lucia disse que seria bom e fui. Logo no começo fomos informados que seriam nove finais de semana, sábados e domingos, das 8h às 18h. Meu Deus! Liguei para a Lucia e disse que ia desistir, mas ela com todo seu jeito me convenceu que seria bom, estaria adquirindo mais conhecimento e também uma profissão. Resultado: fiz o curso, me apaixonei por ele e pelas pessoas que frequentaram comigo, tenho amizade com a maioria até hoje. Três anos depois fui de fato exercer a profissão de instrutor de trânsito. Como avalia a formação dos condutores de veículos atualmente? Uma resposta difícil, pois temos grandes profissionais neste ramo, mas também encontramos pessoas que exercem essa função com o único intuito de ganhar dinheiro e esse é o grande perigo. Quando falamos em conduzir veículo, precisamos lembrar que estamos falando de vidas, pessoas morrem no trânsito muitas vezes por terem sido mal formadas como condutores, por falta de conhecimento, por falta de consciência e esses fatos são obrigações dos Centros de Formação de Condutores. Não adianta você dizer para o candidato à habilitação o que Revista Energia 21


ele tem que fazer, você precisa deixar claro para ele o PORQUÊ fazer daquela forma; fazendo assim você alia o conhecimento à consciência em fazer o certo. Com relação ao trânsito, acredita que as pessoas estão mais imprudentes? A imprudência no trânsito se dá muito porque todo mundo está atrasado para alguma coisa, sempre correndo, dirigindo e falando ao celular para adiantar algum assunto, desatentos às sinalizações, tudo isso resulta em uma única coisa: ACIDENTE. O que de fato falta é punição severa por parte dos órgãos de trânsito. Falta mais campanha educacional, só se fala de trânsito quando é a Semana Nacional do Trânsito. E o resto do ano? Pode morrer gente? Pode haver milhões de acidentes? Falta aliar punição severa, campanhas educacionais frequentes e consciência dos usuários das vias de trânsito. Quais pessoas foram importantes na sua trajetória de vida? São tantas que seriam necessárias diversas edições da Revista, mas quero citar algumas que marcaram demais, deixando claro que existem tantas outras. Vamos começar pela D. Etelvina Nunes, minha bisavó, que me pegou para criar um dia após meu nascimento, e ela já tinha 71 anos! Cuidou de mim até seus 81 anos e então foi morar com Deus; me amou, me protegeu, me ensinou, me educou, me preparou, formou meu caráter... (que saudades dela). Devo muito ao Dr. João Eduardo Franco Perlatti, delegado que conheci na Ciretran de Jaú. Foram oito anos de muito aprendizado, incentivo, conselhos. Disse que se eu quisesse ele me faria ser um grande homem; não sei se me tornei aquele grande homem que ele queria, mas sigo até hoje os conselhos que me deu. Outra grande pessoa, Helio Ângelo Bravi, ser humano extraordinário, foi meu chefe na Ciretran e mais que chefe, tornou-se meu amigo, meu irmão. Devo muito também ao Arildo de Camargo, Antônio Carlos Pavini, Dr. Benedito Antônio Valencise, Armando Alvarez Cortegozo Júnior, Luverci da Costa Mello, pessoas que sempre busquei copiar na moral, na competência e na inteligência. Outro ser humano diferenciado, que até hoje é exemplo, que me apoia, corrige, incentiva e jamais poderia deixar de citar é minha esposa Lucia, amiga, parceira, sempre ao meu lado. Por todas essas pessoas e tantas outras é que eu posso dizer que tenho muita sorte, por onde passo vou fazendo amigos e acredito que esse seja o grande segredo da vida. O que mais marcou sua vida? O nascimento dos meus filhos, Felippe e Bruna. Quando temos filhos a vida muda, tem um novo sentido, nossas ações precisam ser pensadas, medidas, planejadas. Amo meus filhos demais, muito mais do que a mim mesmo, e tenho certeza que você que está lendo e tem filho sabe bem disso. E você que ainda não tem filho, vai entender um dia. Sobre Jaú, como avalia nossa cidade nos dias atuais? Jaú enfrenta problemas como qualquer outra cidade. Temos que pensar positivo, quem está desempregado precisa buscar preparação profissional, aperfeiçoamento, frequentar cursos gratuitos onde houver, porque uma hora a porta vai se abrir, mas só vai conseguir passar pela porta quem estiver preparado. Hoje, se você for ao Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) você encontra vagas de trabalho, mas poucas pessoas atendem aos requisitos. 22 Revista Energia

Você é apaixonado por Rádio, como nasceu essa paixão? Sou muito apaixonado, tanto que prefiro rádio a televisão. Essa paixão nasceu quando ainda era criança, minha bisavó comprou para mim um rádio pequeno e um fone de ouvido. À noite, quando ia para a cama, ficava procurando alguma estação que transmitisse futebol e quando achava era uma alegria. Às vezes dormia com o fone nos ouvidos, ouvia narrações do meu maior ídolo, Osmar Santos, e tantos outros, assim foi nascendo também minha paixão por narrar futebol. Acompanhei o nascimento da Energia FM, posso dizer que ouvi a primeira transmissão da Energia. Já contei em conversas informais e é verdade, eu gravava as músicas e depois ia dando pausa para poder escrever as letras no caderno e aprender cantar, mas o difícil era pegar o final das músicas, porque sempre tinha uma vinheta...(risos) Quais são seus planos para o futuro? Meu grande sonho é que os seres humanos aprendam que todo tipo de vida é importante, que possamos aprender a respeitar os animais, cuidar deles, não maltratar, não matar. Meus planos são continuar buscando e aperfeiçoando conhecimentos, formas de ajudar minha cidade e meus conterrâneos. Quero voltar a fazer o que amo muito que é narrar futebol, continuar apitando meus jogos de futebol e cuidar mais da saúde. Uma mensagem final. Quero agradecer à equipe da Rádio Energia pelo carinho de sempre para comigo, agradecer a oportunidade de contar um pouco da minha história e me dirigir diretamente à população Jauense e a todos aqueles que estiverem lendo esta revista. Nunca desista dos seus sonhos, pode parecer longe, difícil ou até impossível, mas acredite, nada é impossível, a não ser trazer alguém de volta à vida, se ela já morreu. O resto você consegue se perseverar, acreditar em você mesmo. Tenha fé em Deus, faça o bem, ajude se puder e se precisar, peça ajuda. Tem uma frase que tenho ouvido bastante que diz: “Nunca você terá tão pouco que não possa compartilhar e nunca você terá tanto, que não possa precisar”. Acredite sempre, no momento em que você merecer, Deus lhe dará, esteja pronto para receber. A vida é como uma faculdade, o diploma só vem depois de muito estudo, muito aprendizado, muitas provas. Deus é o grande mentor e é diplomado por Deus aquele que for bom para com os outros, aquele que aprender o segredo da vida. Abraços! 


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Carnaval

O samba tem história Da tradição do Carnaval de Jaú só restou a memória

Texto Luiz Guilherme Romagnoli Fotos Arquivo pessoal

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or várias décadas, durante o século passado, as ruas de Jaú viram os desfiles das escolas de samba na cidade. Essa tradição, uma das marcas da principal festa popular do Brasil e que atrai turistas do mundo inteiro, porém, caiu no esquecimento na cidade de terra roxa. Um esquecimento tão grande que faz com que as novas gerações não tenham noção da dimensão do que já foi o Carnaval jauense, que atraía artistas das grandes metrópoles do país e hoje é lembrado com grande carinho por quem fez parte dessa festa. PIONEIRISMO A Faixa Branca foi uma das primeiras escolas de samba da cidade, criada em meados da década de 60. Vista como uma escola formada por parte da chamada elite da sociedade da época, a escola rivalizava principalmente com a Faixa Preta. Rivalidade à parte, o clima sempre foi de festa e respeito entre as escolas. “Era uma coisa muito gostosa, uma união muito grande entre as partes”, lembra Catarina Aparecida Azzen Buchiani, 79, que por cinco anos desfilou como porta-bandeira da Faixa Branca e até hoje é lembrada por quem vivenciou aquela época como um dos destaques dos desfiles de Carnaval de Jaú. Catarina foi responsável por carregar o pavilhão da Faixa Branca entre 1970 e 1974. “Em 1970 eu tinha acabado de ficar viúva e fui em um dos ensaios com meus filhos. Daí, no meio do ensaio, o André Sanches, que tomava conta da escola, me convidou para ser porta-bandeira. No começo eu relutei, mas acabei aceitando”, conta. O aceite ao convite feito pela direção da escola acabou sendo um marco na vida de dona Catarina. “Por muitos anos ajudei no coral da Matriz e dei aula de piano, mas muita gente lembra de mim só por causa do Carnaval”, conta, aos risos.

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ALEGRIA E DOR Mas, nem só de sorrisos é feito um Carnaval. A falta de experiência em fazer as fantasias causou muitas dores em Catarina. “No primeiro ano a minha fantasia pesava 40 quilos. Logo no começo do desfile eu perdi o equilíbrio e quase fui ao chão”, relembra. O trajeto que as escolas faziam tampouco poupava esforços dos componentes. “A gente saía da frente da Matriz, descia a Edgard Ferraz até o Jardim de Baixo e subia a Major Prado. No final dos desfiles eu ficava com a cintura toda cortada, sangrando, por conta do movimento das ferragens que sustentavam a saia do vestido”, recorda, afirmando que embora os desfiles pudessem causar algum incômodo, faria tudo novamente. “Talvez a gente devesse ter ido para o Rio de Janeiro ver como faziam as fantasias e procurar materiais mais leves, mas não me arrependo de nada”, finaliza. A REVOLUÇÃO O ano do último desfile de Catarina Azzen marcou a chegada do casal formado por Milton Lopes Balestero, 80, e Iara Maria Anastácio Lopes Balestero, 78, a Jaú. Casal esse que revolucionou não só o Carnaval na cidade, mas a cultura como um todo. Milton já tinha uma história de vida dedicada ao teatro em São Paulo, mas veio para Jaú, cidade natal de Iara, com a intenção de se distanciar de tudo isso e abrir uma academia de caratê. Ela, que em São Paulo morava ao lado da quadra da Vai-Vai, logo de cara foi chamada para ajudar o então Bloco da 13 a organizar o Carnaval de 1975. “Quando cheguei, sentia nas escolas algumas dificuldades. Alguns pontos muitos corretos, mas outros não. Foi uma prima nossa, presidente do Bloco da 13, que nos convidou


a fazer parte do grupo”, conta Iara. O bloco, que antes desfilava apenas com homens, começou a ser composto também por mulheres e, a partir daí, cresceu a ponto de se transformar em escola de samba. “Quando a gente fundou a escola eu quis que o primeiro desfile fosse em homenagem aos negros, levando em conta também o nome da escola, que representa uma data significativa para a comunidade”, declarou Iara. MARAVILHAS DO ORIENTE Mas o sucesso do casal não foi imediato. Nesse primeiro desfile, em 1977, a 13 de Maio ficou com o vice-campeonato. O primeiro título veio no ano seguinte, com um enredo intitulado “As Maravilhas do Oriente”. Com a ajuda de Milton, o casal desenvolveu o desfile homenageando a cultura oriental. “Tivemos uma ala com os alunos da minha academia de caratê e um dos carros era uma réplica do vulcão Fujiyama que soltava fogos de artifício, uma inovação muito grande para a época”, conta Milton, orgulhoso. Se Catarina Azzen lamentava o fato de não ter ido para os grandes centros em busca de alternativas mais leves para as fantasias enquanto desfilava, isso não foi um problema para os componentes que desfilaram sob os olhos de Iara Balestero. “Quando a gente fez ‘As Maravilhas do Oriente’ eu fui para São Paulo comprar tecidos para as fantasias. Foi também a partir daí que começaram a ser usados os adereços de cabeça”, revela.

“Alguns participantes não sabiam se iam paro Rio ou se vinham para Jaú, tamanha a organização e fama do evento” MUDANÇAS DE ESCOLA Depois de fazer história com a 13 de Maio, o casal, por divergências com a diretoria, afastou-se da escola e, faltando pouco tempo para o Carnaval seguinte, foi convidado a fazer parte da ‘Acadêmicos’. “Eles tinham uma coisa dentro deles que era fora do normal, parecia que o samba tinha nascido com eles. Ganhamos aquele Carnaval, não tanto pelo nosso trabalho de carnavalescos, mas pelo samba”, diz Iara. A dedicação de ambos pelo Carnaval era tanta que em uma outra ocasião, enquanto Milton organizava o desfile da ‘Acadêmicos’, Iara comandava a ‘Estudiantes de La Praça’. “Nós fizemos essa loucura para que o Carnaval não parasse. E era tudo feito na nossa casa. Tivemos que desmontar um quarto para usar como estúdio”, lembram, aos risos. A preocupação deles com o futuro do Carnaval também era imensa a ponto de, em parceria com a Prefeitura, chegarem a organizar desfiles de escolas-mirins para que as crianças continuassem se interessando e participando do evento.

A ORGANIZAÇÃO Organizar um Carnaval nunca foi fácil. Naquela época, as escolas de samba se desdobravam para angariar fundos sem depender exclusivamente de ajuda da Prefeitura. Um dos meios encontrados era o “Livro de Ouro”, criado pela Acadêmicos do Samba, onde registravam os patrocínios conseguidos com empresários da cidade e prestavam conta do uso desse dinheiro. Outro meio foi a organização de bailes. “Teve um ano que a ‘Acadêmicos’ estava passando por sérias dificuldades e nós os ajudamos a montar uma discoteca na cidade para que realizassem festas e angariassem fundos”, conta Milton. Já entre o meio e o final da década de 80, trabalhando para a Prefeitura, o casal Balestero também idealizou e introduziu na cidade o “Concurso de Fantasias”, realizado por seis anos e que atraía artistas de todo o país. “Alguns participantes nos procuravam e falavam que não sabiam se iam paro Rio ou se vinham para Jaú, tamanha a organização e fama do evento”, relembra Iara. A PAPA-TÍTULOS Com o casal Balestero assumindo um novo papel na organização do Carnaval, a reta final dos desfiles de Jaú teve ampla dominância de uma escola: a Arco Íris, que de 10 desfiles sagrou-se campeã em 9 oportunidades, sendo um dos desfiles justamente em homenagem a Iara Balestero. Adilson José Carvalho, 67, era o responsável pela organização da Arco Íris. Ele relembra com saudade o tempo em que participou do Carnaval jauense e acha difícil que um dia a cidade volte a vivenciar uma experiência como aquela. “Nós fechávamos a empresa e ficávamos dois meses trabalhando só para a escola. Hoje não tem mais como fazer isso. Economicamente é inviável”, lamenta.

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DE JAÚ PARA O RIO A trajetória de Adilson no Carnaval carioca teve início com a ajuda de um vizinho. “Eu já gostava muito do Carnaval e um vizinho que tinha uma prima no Rio me convidou para ir para lá. Aí eu me apaixonei ainda mais e no ano seguinte já fui sozinho desfilar”, conta. Quando Adilson começou a desfilar na Sapucaí, hoje referência mundial do nosso Carnaval, havia sido recém-inaugurada, em 1984. De lá para cá o jauense mais nilopolitano do pedaço já viu muita história ser contada na passarela do samba, mas é difícil escolher um só momento marcante. “Campeonato é campeonato, então, todos representam uma emoção muito grande, mas o desfile de 2011 em homenagem ao Roberto Carlos foi notável”, declara.

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A APOTEOSE A Praça da Apoteose é o marco final do Carnaval carioca, onde é feita a dispersão dos desfiles no fim da Sapucaí. Conversando com todos os entrevistados dessa matéria e ainda com outros que fizeram parte da história do Carnaval jauense, mas que não quiseram conceder entrevista, o pensamento é unânime: dificilmente Jaú vai voltar a ter um Carnaval como antigamente, por falta de incentivo e por falta de interesse. Você concorda? 

Imagem: Internet

O MENINO CARNAVALESCO A paixão de Adilson Oliveira Beber, 47, pelo Carnaval começou quando ainda era criança. Paixão essa que deixou as ruas de Jaú e alçou voos para o Rio de Janeiro. “A Beija-Flor é uma paixão que eu carrego desde quando tinha 13 anos”, revela, contando que desfila pela escola de Nilópolis ininterruptamente há 34 anos. Adilson cresceu vendo os desfiles pelas ruas de Jaú. “Eu praticamente nasci vendo os desfiles da Faixa Branca, que era a escola do meu bairro. Meu pai ajudava a fazer as ferragens das saias das baianas, inclusive ajudando a confeccionar a saia da Catarina Azzen”, diz.

REFERÊNCIAS O Carnaval carioca é repleto de figuras históricas. Entre dezenas de carnavalescos que cruzaram a Marquês de Sapucaí desenvolvendo diferentes enredos, Adilson destaca a genialidade de Joãosinho Trinta, dono de nove títulos do Grupo Especial, sendo três pela Salgueiro (1971, 74 e 75), cinco pela Beija-Flor (1976, 77, 78, 80 e 83) e um pela Viradouro (1997). “Quem conheceu o trabalho dele, não só os títulos, viu a história do Carnaval. Eu vi desfiles do Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Fernando Pinto, Viriato Ferreira, Rosa Magalhães e muitos outros, mas o Joãosinho é incomparável. Em 1980 ele já trazia inovações que até hoje são replicadas, sendo que atualmente, com toda a tecnologia disponível, é muito mais fácil executar essas ideias”, pondera. Se os carnavalescos são responsáveis por desenhar a história, os intérpretes são os que as contam. Para Adilson, o talento de Jamelão também é incomparável. “O Jamelão é a essência do Carnaval carioca, ele era do morro e incansável. Os desfiles acabavam e 10h, 11h da manhã ele continuava nas rodas de samba. Era um sambista nato”, conta, relembrando o intérprete que emprestou sua voz para a Mangueira até 2006, dois anos antes de sua morte aos 95 anos. “Uma vez ele veio fazer um show em Jaú, meus pais foram e a gente ficou preocupado porque eles não chegavam em casa nunca. O Jamelão simplesmente não parava de cantar”, recorda Adilson.


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Perfumando a sua vida!

Você sabia que os aromas interferem diretamente no comportamento humano e em nossas emoções?

Texto Li Essências e Heloiza Helena C Zanzotti

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abe aquele lugar onde você entra e já sente um cheirinho gostoso? Ou o inconfundível aroma de um café passado na hora? Pois é, inúmeras pesquisas já comprovaram que nosso olfato está diretamente ligado ao sistema límbico – parte do cérebro onde se concentram as memórias e onde surgem as emoções, ou seja, perfumes e odores estão conectados com nossa memória. Se você ainda não percebeu, saiba que ao entrar em um ambiente o aroma do lugar é a primeira coisa que notamos, pois nosso corpo reage aos cheiros antes mesmo de tomarmos consciência deles. A AÇÃO DOS AROMAS Cada essência tem uma ação diferente em nosso cérebro. Uma fragrância pode nos trazer lembranças de ocasiões especiais, outra nos faz lembrar de alguma pessoa, há aromas que reduzem nosso nível de estresse e por aí vai, cada diferente cheiro trazendo à tona sensações muito específicas quando inalados. Nesta matéria, vamos entrar no mundo dos aromas através de uma empresa especializada em criar fragrâncias que levam aquele toque especial à sua casa ou empresa. LI ESSÊNCIAS A Li Essências Indústria de Fragrâncias, sob a direção de Joel Gonçalves da Rocha e Eliane Gomes Rocha, está localizada em Jaú e possui infraestrutura completa, da plantação à destilaria e laboratório, produzindo os melhores aromas para fabricação de produtos domissanitários (destinados à limpeza, desodorização, higienização, desinfecção de ambientes), cosmética e perfumaria, além de diversos óleos essenciais como Óleo de Eucalipto Citriodora, Eucalipto Globulus, Citronela, Pinho, Capim-limão, entre outros. CONTROLE DE QUALIDADE Visando à necessidade de atender um mercado em expansão e cada vez mais exigente e competitivo, Li Essências iniciou o processo de fabricação de fragrâncias e óleos essenciais destinados à fabricação de produtos de limpeza, indústria saboeira, fábricas de velas, fertilizantes, perfumaria e cosmética, atacadistas, redes de mercados, saunas, rede de pet shop, etc. A empresa possui um moderno laboratório onde técnicos especializados desenvolvem os mais variados tipos de fragrâncias, cujos produtos são rotineiramente analisados e testados por um competente controle de qualidade, gerando assim produtos mais bem elaborados, que satisfazem as exigências dos seus clientes.

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DO CAMPO AO CONSUMIDOR Li Essências possui plantação própria de diversos óleos essenciais, alguns deles muito usados e comercializados no mercado mundial, entre eles: Óleo de eucalipto citriodora: amplamente usado em desinfetantes, sabonetes, saunas aromatizantes. Possui um princípio ativo que, quando usado na sauna, libera citronelol, que ajuda a combater a gripe, algumas rinites e também auxilia no emagrecimento, sendo ainda excelente no combate ao estresse. Óleo de citronela (capim aromático da família da erva-cidreira): calmante e relaxante, muito utilizado na indústria de inseticida como repelente de insetos e ultimamente também usado na indústria de fertilizantes para combate a pragas em lavouras. Óleo de erva cidreira (capim-limão): um poderoso aromatizante de ambiente que, quando destilado e retificado, pode ser usado em xaropes, refrigerantes, dropes, etc. Possui ação calmante e ajuda no relaxamento e combate ao stress. PLANTAÇÃO, TRANSPORTE E EXTRAÇÃO A extração desses óleos é feita de modo artesanal na colheita do capim ou folha, e transportados através de caminhões até a destilaria, onde são colocados em dornas e destilados. Após este processo, são levados em tambores de polietileno até a fábrica, onde parte é destinada a indústrias para fabricação de seus produtos, e outra parte é industrializada na própria Li Essências, onde são fabricados produtos destinados aos consumidores como águas perfumadas, difusores de ambiente, sachês, limpadores perfumados, entre outros. EQUIPE DE VENDAS A equipe de vendas Li Essências é qualificada e constantemente capacitada através de treinamentos semanais, onde os interesses dos clientes estão sempre em pauta. São discutidos temas como qualidade, preços competitivos e atendimento ágil, ressaltando que o material que sai da indústria é acompanhado de laudos de análises com controles de qualidade e acompanhamento da logística, da saída até a entrega do material, proporcionando uma relação de confiança e amizade entre comprador e vendedor, fornecedor e clientes, lembrando sempre do velho ditado: “o cliente sempre tem razão”.


LABORATÓRIO E PRODUTOS ACABADOS No laboratório da empresa, o foco principal é sempre a qualidade. Todo material que sai dali possui uma amostra de retenção, armazenada por lote e número do cliente, e retida por doze meses. A Li Essências possui equipamentos modernos para fabricação das mais variadas fragrâncias com perfumes da natureza, e também fórmulas específicas escolhidas pelos clientes. Se uma loja deseja ter seu próprio aroma, a equipe Li Essências desenvolve uma fórmula exclusiva e fechada, única para aquele cliente. Atualmente são mais de quatro mil fórmulas de fragrâncias, a maioria com aromas de perfumes. Sempre inovando, a empresa está fugindo um pouco dos aromas comuns e está utilizando em sua linha de produtos acabados as fragrâncias de perfumaria, deixando os ambientes com aquele cheiro especial e mais agradável, seja uma sala, quarto, banheiro, etc. Esse é mais um diferencial Li Essências, que tem conquistado boa parte do mercado mudando velhos costumes e inovando nas essências. LOJA DA FÁBRICA Atendendo a inúmeros pedidos e encomendas pelo site e loja virtual, a Li Essências inaugurou a sua loja da fábrica aqui em Jaú. Localizada na Rua Marechal Bittencourt 135, no centro, a loja conta com uma belíssima infraestrutura, climatizada e com estacionamento próprio, além do excelente atendimento. Como as fragrâncias são todas de fabricação própria, possui um grande estoque em vidrarias para a confecção de difusores de ambiente, saboneteiras, home-spray e toda linha de refil dos difusores, onde o cliente monta seu próprio difusor ou escolhe a fragrância que deseja em seu sabonete, não ficando limitado a um só tipo. E se quiser fabricar seu próprio perfume, aromatizante ou amaciante, detergente ou sabonete líquido, a Li Essências fornece a matéria prima e as essências, e ainda ensina todo o processo, possuindo para isso os kits completos para a fabricação do produto que o cliente desejar.

DIFUSORES DE AMBIENTE A linha de difusores de ambiente foi desenvolvida à base de perfumaria, para deixar seu ambiente mais agradável. Em frascos de 120 ml com varetas em feltro, pode ser usado em escritórios, lojas, academias, hospitais e em todos os outros cômodos, de acordo com a exigência do cliente. São aromas padronizados como bambu-brisa, capim-limão, folhas finas, cravo e canela, lavanda, ou outra do seu agrado, que a Li Essências produzirá especialmente para você.

ÁGUAS PERFUMADAS E CITRONELA Na linha de águas perfumadas você encontra as personalizadas como Roma, Viena, New York, bambu, malibu, citronela, e também podem ser fabricadas outras essências, de acordo com o gosto do cliente. Os frascos com 230 ml com válvula spray podem ser usados para borrifar na cama, lençóis, carpetes e ambientes como escritório, barcos, carros e outros. A citronela, em específico, pode ser usada em churrasqueiras como repelente de insetos, e também no canil do seu animalzinho evitando bichos indesejáveis.

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SACHÊS PERFUMADOS Com cinco variedades e saindo um pouco daquela versão antiga de que cheirinho de carro tem que ser líquido, correndo o risco de, a cada freada do carro, o mesmo derramar, Li Essências utiliza a nova versão de sachês em cartões, com duração bem maior e sem o risco de sujar seu veículo. Todas as essências são de perfumaria e os sachês podem ser usados conforme a estação do ano, sendo produzida uma essência para cada estação e ainda uma de capim limão. Lembrando que todas podem ser usadas em cômodas, guarda-roupas ou gavetas, substituindo de vez aquele cheirinho desagradável da naftalina, muito utilizada por nossas avós.

LIMPADORES PERFUMADOS Com uma vasta variedade desse produto com 140 ml, Li Essências tem uma linha voltada para domissanitarios e uma para perfumaria, sendo as duas versões com excelentes fragrâncias para serem usadas no dia a dia, em sua casa ou onde desejar.

CITROSAUNA RESIDENCIAL Pensando em atender uma grande parte do mercado atual na linha de saunas, Li Essências desenvolveu as citrosaunas residenciais, com os dois melhores óleos essenciais para aromaterapia, combate a stress, relaxante, emagrecedor. Agora você não precisa mais comprar aquele aparelho grande que gera vapor e consome muita energia para ter uma sauna em sua casa. Basta utilizar a citrosauna residencial. Em frascos de 230 ml com jato spray, ligue seu chuveiro e deixe sair aquele vapor da água quente; em seguida borrife de 3 a 4 vezes no azulejo da parede e inale o óleo junto com o vapor da água. Pode não curar uma gripe forte, mas certamente vai prevenir a gripe. Esta sauna está disponível em duas versões: citrosauna eucalipto citriodora e citrosauna eucalipto globulus. Para quem tem o aparelho, Li Essências também disponibiliza a citrosauna em 4 versões. 42 Revista Energia

EXCELÊNCIA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE Atender seus clientes com a máxima excelência é a missão que a Li Essências assumiu, exercendo um papel justo e flexível de acordo com as necessidades de todos os envolvidos com a empresa, atrelando qualidade, compromisso de entrega e preço justo. Destacando-se como um dos principais fornecedores de fragrâncias e óleos essenciais, a empresa procura sempre exercer práticas que respeitem o meio ambiente e a sociedade, mantendo a ética como princípio fundamental. Li Essências está de portas abertas para receber você, certa de que o cliente é o seu maior patrimônio. Faça uma visita, conheça a qualidade e os preços competitivos. Mergulhe você também neste mundo de aromas maravilhosos e deixe as boas energias dominar os seus sentidos! 




Opinião Por: Wagner Parronchi, colunista wagnerparronchi@hotmail.com

Fofoca 2.0 – As redes sociais e a vida alheia A antiga fofoca evoluiu e ganhou força com as redes sociais. As histórias espalham-se mais rapidamente

A

s pessoas sentem-se protegidas por trás das telas de seus celulares, tablets e computadores, pouco se importando com aquele atingido pela mensagem compartilhada, muitas vezes com o objetivo de destruir alguém. Normalmente compartilhamos vídeos, mensagens e até opiniões contra certos acontecimentos ou contra outras pessoas nas redes sociais, mas até onde vai o nosso direito de falar dos outros na internet? Sempre disse aos meus filhos que antes de espalhar uma história por aí, pergunte a si mesmo: o que eu ganho com isso? Se a resposta for nada, então não compartilhe. As últimas eleições foram marcadas pelo uso intenso das redes sociais para divulgar as propostas de cada candidato, porém, em maior escala, foram usadas para denegrir a imagem do oponente, colocando as “Fake News” em evidência, transformando as redes sociais em veículos potentes de fofoca e destruição. Vidas e carreiras profissionais são simplesmente arrasadas pelo compartilhamento de imagens e mentiras. A liberdade de expressão é o direito constitucional e fundamental de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos, sendo que o Marco Civil da Internet também garante a qualquer pessoa o direito de se expressar livremente “on-line”, já que determina que seja seguida a mesma regra que vale para qualquer espaço público, não havendo qualquer controle pelo Governo, tratando-se de ambiente aberto, democrático e livre, todavia, isso tudo tem um limite: o limite da ofensa, respondendo por dano o autor da postagem e do compartilhamento da mensagem que ultrapassa esse limite, valendo lembrar da célebre frase de Paulo Messa: “Fofoca é uma história pobre contada por um autor tão imbecil e deselegante quanto sua criação”. 

“Até onde vai o nosso direito de falar dos outros na internet?”


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ocê já foi vítima ou conhece alguém que já caiu em algum das dezenas de golpes que são aplicados todos os dias no Brasil e no mundo? O que mais está em alta é a clonagem do aplicativo WhatsApp, mas você já deve ter ouvido falar do golpe da loteria, do golpe do sequestro relâmpago ou do bilhete premiado. Você vai aprender agora como se prevenir e não cair nas garras dos golpistas. ESTATÍSTICAS Segundo publicado no site do jornal Estado de Minas em agosto de 2019, pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude financeira, o que equivale ao universo de 12,1 milhões de pessoas. Pelas estatísticas norte-americanas, os idosos vítimas de fraudes perdem algo em torno de 36 bilhões de dólares (equivalente a R$ 134 bilhões) por ano. Em muitos casos, os golpes arruínam as finanças da vítima. O site Fraud!Org divulgou que uma em cada cinco reclamações feitas em 2018 foram de idosos acima dos 65 anos e a maioria das queixas estava relacionada a fraudes pela internet. Conheça alguns dos golpes mais comuns. OFERTA DE EMPREGO Tome cuidado com ofertas de emprego divulgadas via WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter e outras redes sociais, principalmente se tiverem tom de urgência, um número grande de vagas ou benefícios muito vantajosos. Frequentemente essas vagas são falsas e tentam fazer a pessoa clicar em um link que leva a vírus e outros malwares para coletar informações sigilosas por meio de formulários em sites duvidosos, por exemplo. LOTERIA Um dia você recebe um e-mail informando que ganhou um prêmio na loteria, geralmente em outro país e sempre com um valor altíssimo. Para que o dinheiro seja liberado, pedem que você pague uma pequena quantia. É solicitado também que você envie informações pessoais para fins de confirmação e, de repente, você se torna vítima de fraude de identidade e o dinheiro enviado some para sempre. FRAUDE EM ORGANIZAÇÕES FILANTRÓPICAS Um alerta no site Kaspersky, especialista no combate ao malware e ao crime cibernético, aponta que golpes são comuns depois de grandes desastres naturais ou tragédias de grande visibilidade. Você tem vontade de ajudar como pode e os golpistas também se aproveitam dessas situações criando sites e contas falsas para doação. Esses golpes dão certo porque apostam no lado solidário das pessoas, mas sempre pesquise antes de contribuir. As instituições beneficentes reais têm sites íntegros com uma declaração de sua missão e documentos de isenção fiscal. LIGAÇÃO DE REPAROS No inverso: o golpe passa do mundo real para o virtual. Você recebe uma ligação de um funcionário que diz trabalhar em alguma empresa prestadora de serviços para resolver problemas no 50 Revista Energia

seu computador, internet ou operadora de telefonia. Até parece útil, mas você vai precisar baixar um programa de acesso remoto que os golpistas usam para assumir o controle do seu computador ou celular. Nem todos os clientes conhecem bem a tecnologia e são manipulados facilmente pelos golpistas que terão acesso a seus arquivos, dados e informações pessoais. GOLPE DO FALSO SEQUESTRO Os criminosos ligam para a vítima dizendo que um familiar, geralmente filho ou filha, foi sequestrado e que, se não for depositada uma quantia imediatamente, o familiar será ferido ou morto. O golpista nem dá tempo para a pessoa pensar e muitas vezes a ligação inclui gritos no fundo e até detalhes da pessoa supostamente sequestrada, detalhes esses comuns à maioria das pessoas, para assustar e convencer a pagar rapidamente. No blog do 27º Batalhão da Polícia Militar você encontra informações também sobre o golpe do falso sequestro, e dicas do que fazer para não ser mais uma vítima. GOLPE DA PANE MECÂNICA Alguém se passa por um parente, diz que o carro quebrou e pede que façam um depósito para pagar o guincho ou conserto. GOLPE DO PROBLEMA ALIMENTAR De acordo com o Capitão da Polícia Militar Fernando Henrique Perpétuo Pauli, 40, Comandante da 1ª Companhia do 27° BPM/I “Ten Ruytemberg Rocha”, aqui em Jaú tivemos um caso que descobriu-se ser até bem comum. A pessoa liga em um estabelecimento do ramo de alimentação como restaurantes, bares, lanchonetes, mercados, e diz que ingeriu um alimento desse local e teve um problema de saúde por causa do alimento. Então pede dinheiro para pagar médico ou comprar medicação e o comerciante de boa fé e acreditando naquilo, transfere ou deposita o dinheiro, até para já reparar qualquer dano causado. Ressaltando que o golpista sempre se utiliza da urgência e de ameaças como um processo. GOLPE DO AMOR A busca pela alma gêmea também já fez muitas vítimas, em sua maioria, mulheres. Em tempos em que muitos relacionamentos começam nas redes sociais ou aplicativos de relacionamen-


tos, não faltam vítimas em potencial, especialmente levando-se em conta que grande parte dessas mulheres não procura a polícia por vergonha de se expor. Em sites de relacionamento fique esperto, nunca sabemos realmente quem está do outro lado da tela. Se alguém começa a pedir dinheiro ou fotos íntimas, cuidado, essa pessoa provavelmente é golpista. “Catfishers”, como costumam ser chamados, geralmente usam a identidade de uma pessoa real e enviam fotos e informações de contato falsas para não serem descobertos. Esse tipo de golpe costuma apresentar alguns componentes característicos como demonstração de afeto forte em muito pouco tempo, mudança rápida do site de relacionamento para canais privados e solicitações de dinheiro por conta de alguma dificuldade pessoal. De acordo com o site G1, em novembro último duas mulheres de Salvador, BA, perderam quase R$ 10 mil depois de se envolverem com estelionatários através de conversas online. Para evitar cair nesse golpe, a Polícia Federal dá algumas dicas como desconfiar de pessoas muito bem sucedidas, lindas e com pressa para se casar; não acreditar em histórias trágicas; não compartilhar informações pessoais; solicitar conversas por vídeo (esse tipo de criminoso utiliza imagens de outras pessoas para enganar suas vítimas) e nunca, nunca depositar ou transferir valores sob qualquer alegação. PHISHING. JÁ OUVIU FALAR? Sabe aquele produto maravilhoso que você está querendo faz tempo? De repente você está navegando pela internet e ele surge ali, em uma promoção relâmpago e imperdível! É claro que você não vai perder essa oportunidade, então acessa o site, preenche os dados, efetua o pagamento e espera seu objeto dos sonhos chegar. Mas ele não chega e você descobre que caiu em um golpe. Esse é o phishing, um dos principais golpes cibernéticos da atualidade e uma prática muito usada para obter dinheiro ou informações pessoais como senhas ou cartão de crédito, CPF e número de contas bancárias. Eles fazem isso enviando e-mails falsos ou direcionando você a websites falsos. Esses falsos sites são uma cópia muito bem feita do sites originais e a melhor maneira de se proteger é sempre verificar o certificado HTTPS de um site antes de enviar informações. Também não responda links adicionados a e-mails não solicitados ou através de redes sociais. E nunca abra anexos contidos em e-mail que não foram solicitados. A ROUPA QUE NUNCA CHEGOU A recepcionista Vanessa Fermino Cavalcante, 21, foi vítima de phishing. Em 2018, pela internet, ela comprou algumas peças de roupas no valor de R$ 360. “Comprei as roupas e fiz o pagamento. Passou mais de um mês e nada das roupas chegarem. Ao pesquisar sobre o site, havia vários comentários informando que era golpe”, relata. Vanessa procurou um advogado para tentar reaver o valor, mas não teve sucesso. “Ele disse que não conseguiria fazer nada nessa situação, apenas pedir para tirar o site do ar”. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Jaú. Tempos atrás, a recepcionista recebeu um telefonema informando que sua mãe havia sido sequestrada e os golpistas pediram resgate em dinheiro. Apesar do nervoso no momento, ela

resolveu ligar para a mãe. “Eu desliguei e liguei para ela para ver se estava tudo bem e descobri que era um golpe. Mas no caso do site, pelo preço estar muito bom, não me preocupei em verificar a veracidade das informações ou os comentários, apenas realizei a compra na empolgação, acreditando que tudo o que se vê na internet é confiável”, finaliza. WHATSAPP Ter o WhatsApp invadido tem se tornado cada vez mais comum. Um levantamento feito pela empresa de cibersegurança PSafe estima que, a cada dia, 23 pessoas são vítimas desse tipo de golpe. Um fator que contribui para o aumento nos casos é o desconhecimento dos usuários quanto a normas básicas de segurança do WhatsApp. Muitos repassam sem saber, para criminosos, o código de autenticação do mensageiro que dá acesso aos chats privados. Entenda. Os aplicativos funcionam a partir da leitura de um QR Code que será escaneado no smartphone da vítima, seguindo o mesmo procedimento de login no WhatsApp Web. Outra forma é a partir do código de verificação enviado pelo próprio mensageiro. Nessa modalidade de golpe, criminosos entram em contato com as vítimas pelo número de celular disponibilizado em sites de vendas como OLX e Zap Imóveis. TARDE DEMAIS Fagner Lima, 28, foi vítima do golpe do WhatsApp em outubro de 2019, depois que fez um anúncio através do site OLX. Assim que publicou o anúncio recebeu uma ligação de São Paulo em que a pessoa falava em nome da OLX dizendo que precisava validar o anúncio, pois a política da plataforma havia mudado e agora todas as vezes que você anunciava eles ligavam para validar. “Na correria do dia e como a pessoa foi muito educada, nem percebi nada errado. Fui informado que chegaria um código em mensagem de texto no meu celular e na hora até questionei, mas deixei passar. O código chegou, passei a informação por telefone e de repente caiu a Revista Energia 51


ficha. Desliguei o telefone na hora, mas já era tarde”, conta. Ao abrir seu WhatsApp viu que já não funcionava mais e em questão de minutos mensagens começaram a ser enviadas para sua lista de contatos. “A pessoa se passava por mim e dizia que estava no mecânico, o carro tinha dado problema e estava tentando passar o cartão, mas não funcionava, então pedia que fosse feito um depósito ou transferência bancária para o mecânico. Consegui colocar no Facebook um alerta, mas um amigo meu não viu essa mensagem na rede social e acabou passando um valor para essa pessoa”, esclarece. Ele entrou em contato com o WhatsApp via e mail e conseguiu bloquear o aplicativo. “A empresa afirmou que em sete dias voltaria ao normal e quando voltou fiz a configuração em duas etapas para não acontecer de novo”. Ele afirma que não fez boletim de ocorrência devido à burocracia. NÃO É CLONAGEM O Capitão Perpétuo confirma que muitos casos deixam de ser registrados quando alguém cai em um golpe como esse do WhatsApp, que é o mais recente. E esclarece: “As pessoas falam em clonagem de WhatsApp, mas na realidade não é, o indivíduo transfere o aplicativo do aparelho do real proprietário para o aparelho do estelionatário. Clonagem seria ficarem os dois ativos, como no caso do Ministro Sérgio Moro, quando os dois recebiam as mensagens. Nesse caso a pessoa consegue o código de segurança do WhatsApp e assim ele é transferido para o golpista; o real proprietário da linha perde o acesso ao aplicativo”. EVITE O GOLPE Como a maioria dos aplicativos para invadir o WhatsApp requer acesso físico ao celular, o primeiro passo para se proteger é não deixar o celular desbloqueado em qualquer lugar, sem supervisão. Instalar versões “turbinadas” do mensageiro, como o GB WhatsApp ou o Yo WhatsApp é outra atitude que deixa o usuário vulnerável. Para reforçar a segurança da conta e impedir a ação de invasores, recomenda-se ativar a confirmação em duas etapas. Vale ainda recorrer a aplicativos que colocam senha no WhatsApp. Dessa forma, quando alguém tentar acessar o mensageiro, vai precisar digitar também a senha do aplicativo, além do código exigido na tela de bloqueio do celular. POR QUE AS PESSOAS AINDA CAEM EM GOLPES? Para o Capitão Perpétuo, cair em um golpe independe da cultura ou inteligência das pessoas. Elas caem em golpes porque não desconfiam, esse é um dos maiores motivos. “A gente não pode culpar a vítima. O culpado é quem aplica o golpe. Ele, sim, tem que ser responsabilizado, mas os golpistas estão cada vez mais audaciosos. Eles inovam o golpe”, diz. 52 Revista Energia

De acordo com o Capitão Perpétuo, o golpista tem a capacidade de convencimento, é articulado e consegue fazer com que a vítima acredite. “Ele tem nas mãos a artimanha de oferecer uma oportunidade boa para que a pessoa caía no golpe. É o preço melhor na venda de um produto, uma vantagem de bilhete premiado. Se a pessoa desconfiar da informação que está recebendo, a chance de ser enganado é menor”, orienta. PREVENÇÃO Ainda segundo o Comandante da 1ª Companhia do 27° BPM/I, Capitão Perpétuo, a melhor forma de prevenir-se é desconfiar de toda informação que está vindo de uma pessoa que você não conhece. Não passe conta bancária, número de cartão de crédito, código de segurança do cartão, senha de banco, não digite senha de cartão no telefone se não conhecer a veracidade da ligação. Senhas são pessoais, servem para usar no caixa eletrônico. Antivírus no computador e em celular ajudam bastante, alguns são gratuitos. A dica maior é essa: sempre desconfiar. O QUE DIZ A LEI O Dr. Wagner Parronchi, advogado, alerta que os responsáveis pelas fraudes como as noticiadas nesta matéria podem responder pelo crime tipificado no art. 171 do Código Penal, ou seja, estelionato, cuja pena varia de um a cinco anos de reclusão e multa, podendo ser duplicada quando praticada contra idoso, além de responder pelas perdas e danos materiais e morais. Alerta, ainda, o advogado, que nas fraudes bancárias, como as de emissão de boletos falsos, a instituição financeira utilizada para o intento pode vir a ser responsabilizada se constatada falha na sua prestação de serviços, principalmente culpa na fiscalização. Nesses casos, é importante sempre checar pessoalmente no banco emissor do boleto se este realmente foi emitido para o pagamento desejado e para o verdadeiro credor. 


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Consultoria Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves

consultoria@revistaenergiafm.com.br

Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos

Desejo muita sorte para você em 2020 Todos nós, em algum momento da vida, temos oportunidades de gerar novas situações para nosso futuro

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lguns percebem isso muito cedo, outros mais tarde, e outros não percebem e não querem assumir que tiveram esse momento, é mais fácil enquadrar suas dificuldades a um pensamento comum: se Deus quiser, quem sabe um dia chego lá! Falar que as coisas são difíceis, que nunca teve a mesma chance que o vizinho ou um conhecido e que fulano teve “sorte” em nascer em uma família bem sucedida ou em estar no lugar certo e na hora certa, senão não teria o que tem hoje, isso com certeza não irá ajudar em nada. Observe as pessoas que mais crescem: são as que investem em si próprias e procuram sempre ocupações para que possam desenvolver-se, não esperam as coisas ocorrerem através dos outros. Elas colocam a mão na massa, buscam coisas para fazer e, acima de tudo, quando é inevitável fazer coisas que não lhes dão tanto prazer, procuram ver o lado positivo em tudo que fazem, são otimistas, contagiam as pessoas pela forma com que fazem as coisas. Vou citar o caso de um estudante que se dedica muito, estando sempre consultando e trocando figurinhas com seus professores; para achá-lo, basta passar pela biblioteca da escola, está sempre envolvido em projetos de pesquisas, se inscreve e participa de provas de seleção para intercâmbio em outros países, etc. Depois de um certo tempo, ao falar com seus pais, ficam sabendo que ele ganhou uma bolsa de estudos em outro país. Não dá para dizer que foi obra do acaso a bolsa de estudos que ele ganhou, não é mesmo? Outro dia, durante uma viagem a Minas Gerais, conheci um rapaz com menos de 30 anos que tinha como profissão chaveiro, e me contou sua história. Começou cedo, tinha sido pedreiro, metalúrgico, cabeleireiro, motorista de táxi, entre muitas outras profissões. Disse que comprou uma máquina para fazer chaves e aprendeu fazendo a

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chave de sua própria casa. Sua esposa disse: - “Você precisava ter visto como ele ficou feliz quando fez essa bendita chave pela primeira vez! Jurou que teria muito sucesso com isso, mas não tem hora para entrar e muito menos para sair”. Então pude ver que, de fato, está em alta velocidade a caminho do que jurou alcançar. Uma coisa que me chamou muito a atenção foi o seu jeito de ser: contagiante, feliz, curioso, dedicado, educado e preocupado em me atender da melhor maneira possível. Pessoas assim sempre procuram conhecer novas pessoas, participar de eventos, confraternizações, buscam redes de relacionamentos, trocam ideias com outros profissionais, são curiosas e, em troca de tudo isso, estarão na vitrine expostas para novas oportunidades. Você deve conhecer alguém assim, que faz bem só pelo simples fato de existir. Espelhe-se nela. Aí eu pergunto: Você ainda acha que existe sorte? Mexer o esqueleto, sair da mesmice de sempre, criar situações novas para você, seja lendo livros, estudando na internet, fazendo um curso de aperfeiçoamento ou comprando e vendendo doces na rua. A ordem é: chega de preguiça, faça diferente a partir de agora que muitas coisas novas estão por vir, basta você chegar até elas com seu próprio esforço e não esperar nada de ninguém. Você pode trabalhar com o que quiser, ter sucesso no que quiser, seja num trabalho voluntário ou remunerado, depende da sua escolha, mas dedique-se de verdade, seja empreendedor na sua profissão, mesmo que a empresa não seja sua. Sabe aquela frase “quanto mais eu trabalho mais sorte eu tenho”? Expressa muito o que estas pessoas fazem para que possam alcançar o sucesso em suas vidas. Vamos lá, agora é com você e com certeza desejo muita sorte em 2020!


# INSPIRE-SE Por Aline Emanuelle Perim Formada em Biomedicina Estética pela UNIARA, aprimoramento em análises clínicas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, especialista em Biologia Molecular pelo Instituto Naoum, especialista em Biomedicina Estética pelo Nepuga, Estrategista de Emagrecimento - Licenciada pelo Método de Emagrecimento Afine-se aline_perim@hotmail.com

O corpo ideal é aquele QUE TE FAZ FELIZ! Por amor próprio o Gilberto decidiu emagrecer. E você, o que o faria se sentir ainda mais feliz? Engordando, emagrecendo, deixando os cabelos curtos, lisos ou enrolados? Lembre-se: emagrecer, engordar ou qualquer outra coisa que envolva seu corpo só faz sentido se VOCÊ estiver, sobretudo, feliz. Seu corpo deve ser sua prioridade, não para que você se encaixe em padrões, mas para que você se lembre que ele é sua casa e por isso você precisa enxergar a beleza que existe nele. Fazer do seu corpo sua prioridade significa aceitá-lo, torná-lo fonte de confiança e não de preocupação. O corpo ideal é aquele que carrega por dentro uma pessoa feliz. Nada é mais valioso do que estar bem consigo mesmo.

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Casas modernas construídas com o que há de melhor As esquadrias de alumínio estão cada vez mais presentes nos projetos arquitetônicos. Diante de tantas inovações, engenheiros e arquitetos estão optando pelo alumínio, graças à sua versatilidade e durabilidade. Nós, do Box São Vicente, desde o início das nossas atividades estamos sempre atentos ao que nossos clientes realmente precisam e, desta forma, oferecemos sempre o material mais adequado para cada situação. Com capricho e qualidade, trabalhamos com as melhores matérias-primas para garantir o melhor produto final. Isso não é clichê, é respeito com você! Assim, trabalhando de maneira séria e justa, confira imagens de algumas obras entregues.

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Empresas que movimentam 2019

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terceira edição do PRÊMIO EQM - EMPRESAS QUE MOVIMENTAM 2019 superou as expectativas e trouxe para a noite jauense glamour e sofisticação em um delicioso jantar show com a presença de grandes empresas que marcaram o mercado regional durante o ano. A festa contou com os mais conceituados profissionais no segmento de eventos! Tivemos o prazer de trabalhar com Camila Bortolazzo, da B My Guest Assessoria, que esteve conosco planejando e organizando tudo! A iluminação ficou por conta do amigo e parceiro Kauan Superte, da empresa K Eventos, profissional extremamente comprometido, que traz tecnologia e inovação a cada ano. Já a trilha sonora, com a assinatura do DJ Xande Viaro, envolveu os convidados a cada instante! Na decoração, Kelly Contador, da Bella Decorações, esbanjou elegância e beleza, coroada por um Back drop magnífico, muito disputado para fotos! No buffet, Renato Grizzo surpreendeu com uma mesa de frios e ilha de comidas de boteco irresistíveis, servindo mais de 600 pessoas! Para registrar os momentos, Couple Filmes e Amendoeira Fotografia realizaram a cobertura do evento com profissionais de extrema competência. E a segurança realizada pela MMR Produções e Eventos, parceira em todos os eventos Energia, ofereceu tranquilidade e discrição aos convidados. Anna Paula Rossi e Marcelo Mendonça comandaram a cerimônia de premiação destacando os diferenciais dos 80 grandes empreendedores da nossa cidade! E o cantor Leonardo esbanjou bom humor, simpatia e energia para o público que aplaudiu de pé! Parabéns às empresas que movimentam, à equipe Energia e a todos os parceiros por mais um ano de sucesso absoluto! O ano está só começando e com ele muitas novidades virão! 2020 vai surpreender! Aguardem.

Anna Celebrante

Guto Machado e Leila

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B My Guest Assessoria

K Eventos

Couple Films

MMR Produções e Serviços

EMPRESAS QUE

movimentam

Amendoeira Fotografia

DJ Xande Viaro

Renato Grizzo Buffet


Social

EQM 2019 O prêmio EQM - Empresas que Movimentam, idealizado pelo Grupo Energia, homenageou empresas de Jaú e região que desfrutaram de um belíssimo jantar show com o cantor Leonardo.

EMPRESAS QUE

movimentam

AD Movelaria

Advocacia Parronchi

Alfa Transportes

Atacadão das Baterias

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Auto Escola Gabriel

Avatim

BBZ Materiais ElĂŠtricos

Belas Unhas Esmalteria

Box SĂŁo Vicente

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Carpe Diem Modas

Cebrac Jaú

Ceintel Segurança Eletrônica

Central Supermercados

Colégio Galileu Mackenzie

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Clínica Revivali

COC Jaú

Churrascaria Porteira do Sul

Equimetal Moenco

Conectcor

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Confiança Supermercados

CVC

Escola Tide

DigiCont

Eletrotécnica Marmontel

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Colégio Saint Exupéry e Unopar

Daniel Rosalin Turismo

Espaçolaser

Estribos Fumiya

Funerária Jauense e Drogaria Exclusiva

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Futuro Peças Diesel

GF Materiais para Construção

Gigliotti Seguros

Gregio Podologia

HP Auto Center

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Hotel Jardim

HVA - Hospital Veterinário Araújo

Jac Cosméticos

Jaú Serve Supermercados

Jaú Shopping

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JS Auto Center

Kromo SPA

Lanches Casagrande

LB Sol Energia Solar

Lian Sorvetes

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Loja Oi

Luiz Auto Center

Lumare Eventos

Marquinho's Bike Sport

Mecânica Pichinin

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Mercado Bernardi

Panfletos e Cia

Monkafé

Pedras Decorativas Carinhato

Óticas Precisão

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Meu Atacado

Pascano

Óticas Carol Jaú

Perfumaria Sumirê

Petland

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Primavera Decor

Rede de Postos Rag's

Redeorto

Restaurante Mirante do Pouso

Refrilyne Refrigeração

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Renato Automóveis e RR Automóveis

Renato Grizzo Buffet

Refrigeração Madrona

Restaurante Polaco

RTE Rodonaves

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Rotisserie Frango Assado Avenida

Shopping Car Centro Automotivo

Sócolchões & Cia

Sorriprime Clínicas Odontológicas

Tom da Pele Boutique

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VarejĂŁo de Carnes Popular

Villa JaĂş - Tribo do Gole

Villaggio Vet

Wagui Motos

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Prêmio EQM EMPRESAS QUE

movimentam

2019

Mais uma vez a equipe Energia deu um show de dedicação e talento na realização de uma festa deslumbrante, na comemoração de mais um ano de sucesso e de parceria com empresas que movimentam Jaú e região!

Keli e Silvio

Flávio e Najla

Mariana e Sérgio

Silvio e Valéria

Maria Eugenia e Silvio

Kleber e Milene

Aline e Claudio

Fabiana e Rogério

Naiara e Thiago

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Yassmim e Leonardo

Aline e Marcelo

Flávio e Beatriz

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Gabriela e Júlia

Inês e Camila

Fernanda e Michelle

Heraldo e Heloiza

Helena e Erica

Emanuelle e Bárbara



club

Fotos: Arquivo pessoal

Social

Um banho de carinho - HVA No verão, com altas temperaturas, nossos bichinhos de estimação sofrem tanto desconforto quanto nós. Nesse período, a tosa é uma excelente alternativa para aumentar a qualidade de vida dos pets. Além disso, os banhos são fundamentais para mantê-los saudáveis. O banho de ozônio, por exemplo, ajuda controlar bactérias, fungos, doenças de pele e também é anti-inflamatório. No HVA, todos os banhos são feitos com essa nova tecnologia. Cuide do seu pet! Agende um banho e tosa no pet shop do HVA.

Valdir Pires de Aguiar Iris Aparecida Meira - Tuti Jr / Bolinha Jr

Daniela Cristina da Costa Alice/ Lana/ Isadora

Milena Zanelato Monteiro / Lucca Monteiro Brandão do Amaral - Nick

Vera Aparecida Marchiori Paschetto - Bradok

Josiane Maria Fiamengui Massola - Simba

Lucia Helena dos Santos Salve - Apolo

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Rosângela de Chiachio Valenzola / Natália Valenzola - Mel

Júnior Guaraná - Scoob

Cláudio Malvezi Júnior - Thor

Márcia FelinaFolia - Xartrux


Fotos: Rogério Castelo

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Casamento Luciano e Malu A Capela Santo Antônio em Jaú foi cenário para a cerimônia de casamento de Luciano Bernardo e Malu Sinatura, realizado no dia 07 de dezembro de 2019. Após receber as bênçãos, familiares e convidados recepcionaram o casal no lindíssimo salão da ZOE Festas & Eventos, para uma linda festa que encantou a todos! Tudo registrado pelas lentes de Rogério Castelo Fotografia. 1- Luciano Bernardo e Malu Sinatura 2- Mãe da noiva Mauricia Pinheiro e Malu Sinatura 3- Valsa dos noivos 4- Madrinhas 5- Padrinhos 6- Família noivo: Luzia Custodio, Leonardo Bernardo, Luciano

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Bernardo e Malu Sinatura 7- Família noiva: Mauricia Pinheiro, Daniel Sinatura e Wilson

Sinatura e Luciano Bernardo e Malu Sinatura 8- Dança dos noivos 4

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Jaú Outdoor Os 30 anos da Jaú Outdoor foram comemorados com uma linda recepção no Salão de Festas Confiança, no dia 10 de dezembro, onde o casal José Carlos e Isabel, juntamente com sua filha Juliana, receberam amigos e convidados. O evento contou com um delicioso buffet, música ao vivo e uma emocionante homenagem à família!

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82 Revista Energia Fotos: Couple Films Cine Wedding


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Buffet Marlene Festas Carlos Henrique Vendramini e Anna Laura Leonelli Pires de Campos celebraram sua união no dia 07 de dezembro de 2019. A recepção ficou por conta do Buffet Marlene Festas (Espaço Verena), que mais uma vez deu um show de profissionalismo com sua maravilhosa equipe que preparou tudo com muito carinho! As fotos são de Kazuak Santos.

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Jaú Shopping O Jaú Shopping encerrou o ano com mais um evento de sucesso: a Promoção Natal Fantástico. O sorteio foi realizado no dia no dia 08 de janeiro e as felizes ganhadoras foram: 1º Cupom: Um CARRO ELÉTRICO INFANTIL EPORSCHE SPDY 12 V: Edna Aparecida de Almeida, de Jaú, que comprou nas Lojas Americanas. 2º Cupom: Um AUTOMÓVEL FIAT MOBI EASY 1.0 FLEX, 04 portas: Marta Bezerra de Araújo, de Dois Córregos, que comprou na loja Tim.

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Fotos: Arquivo pessoal

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Social


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Social

Mirante do Pouso

Que tal reunir a família ou os amigos e aproveitar as delícias que o Restaurante Mirante do Pouso tem em seu cardápio? Comida caseira de verdade, feita com o maior capricho e com aquele sabor sensacional! Confira nesta edição quem aproveitou o domingo para saborear esta delícia!

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Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios

Como as corridas de rua revolucionaram o mercado mundial Atualmente, na contramão da crise econômica, o mercado brasileiro de esportes participativos, fenômeno mundial relativamente

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recente, segue firme em sua expansão

traindo cada vez mais adeptos que pagam para participar de eventos e competições, o potencial da demanda é grande, liderado pelas corridas de rua, com as boas perspectivas baseadas no interesse do público e de grandes patrocinadores. Este conjunto de fatores foi determinante na consolidação de um fenômeno cada vez mais forte no Brasil: o “boom” das corridas de rua, e com isso o impacto deste segmento no mercado mundial. Isso porque a corrida de rua é um dos esportes mais democráticos que existem. A começar pelo fato de estar aberta para pessoas de quase todas as faixas etárias e havendo espaço não apenas para aqueles que competem profissionalmente, mas também para os que praticam sem compromisso com os recordes. Desta forma, você pode estar alinhado para correr a Maratona de Berlim, por exemplo, com um atleta amador, como pode alinhar-se com atletas de elite e ao final ter participado da mesma prova em que um desses atletas bateu o recorde mundial da distância. Isso é uma coisa que só a corrida pode proporcionar. A indústria das corridas de rua é enorme. Para se ter uma ideia do que movimenta esta atividade que é uma verdadeira paixão – e um vício! – para seus participantes, as corridas de rua atualmente vão muito além da prova e das medalhas. Depois da fase de crescimento pela competição, hoje os atletas estão interessados também nas experiências que elas propõem, o que estimula uma onda de patrocinadores interessados justamente nessas possibilidades, desde as grandes marcas de equipamentos, vestimentas, suplementos, até mesmo o comércio local, devido aos turistas que viajam para participar e buscam opções de lazer nas cidades. Para entender melhor o tamanho e as possibilidades desse negócio temos a São Silvestre, que é certamente a mais tradicional das corridas de rua brasileiras, um fenômeno de quase 100 anos que faz milhares de pessoas se aventurarem pelas ruas de São Paulo nos seus atuais 15 km. Contando nesta última edição com cerca de 35 mil inscritos, a competição teve uma receita de R$ 6,9 milhões apenas com as inscrições. Além disso, a competição conta com 4 patrocinadores master (principais) e outros 13 secundários, de todos os segmentos, não apenas o esportivo. 86 Revista Energia

Segundo cálculos da Yescom, empresa responsável pela organização do evento, o retorno aos patrocinadores é elevado, de cerca de R$ 3 milhões em exposição de TV e outros R$ 12 milhões em mídia impressa e internet. Ou seja, grandes empresas enxergam hoje o retorno potencial que o investimento em corridas de rua oferece e já atuam fortemente neste ramo, fazendo com que empresas de médio e pequeno porte, aos poucos, abram seus olhos para este fenômeno mundial.

“Grandes empresas já enxergam o retorno potencial que o investimento em corridas de rua oferece” Hoje existem milhares de formas de participar, incentivar, apoiar, patrocinar e até mesmo realizar um evento como este. Nós, da Alvo Run, contamos com cerca de 58 empresas amigas do esporte social, que participam ativamente em nossos eventos, desde o fornecimentos de corpo de trabalho (staffs), hidratação, pagamento de patrocínio, itens para agregar o kit dos atletas, vouchers de day-use, até mesmo a divulgação dos eventos. Nossas corridas são de cunho social e têm sua renda totalmente revertida a entidades atendidas por cada um de nossos eventos, visando agregar valores ao cidadão, a entidades sem fins lucrativos e instituições carentes que precisam de incentivo, suporte e oportunidades. Assim, unimos a solidariedade e a paixão pelo esporte em corridas distribuídas pelo estado de São Paulo. Confira nossa agenda de 2020 no instagram @projetoalvorun.

Carmyn Del Rosso Graduada em Administração Pública e Empresarial e pós-graduada em Recursos Humanos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. projetoalvorun@gmail.com carmyn_delrosso@hotmail.com


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Saúde

O mundo paralelo do portador de TDAH Nos últimos anos, o número de pessoas portadoras de TDAH vem crescendo e muitas não recebem o diagnóstico correto, comprometendo sua qualidade de vida

Texto Gabriela Magro Moreira da Silva Fotos Arquivo pessoal 88 Revista Energia


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egundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 4% da população adulta mundial apresenta o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente três milhões de adultos e está presente entre 3 e 7% da população infantil em fase escolar. Algumas pesquisas sugerem que o TDAH é mais prevalente nos homens, no entanto, o TDAH nas mulheres muitas vezes passa despercebido e nem é diagnosticado.

MAS, O QUE É TDAH? O TDAH representa o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, podendo também ser denominado como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção). O TDAH advém de um mau funcionamento neurobiológico que não possui cura, e pode ser diagnosticado em vários membros da mesma família devido à sua base genética ser altamente relevante. Suas características centrais são a dificuldade em regular a atenção, controle de impulsos, hiperatividade, memória, motivação, esforço, organização e habilidades sociais. A psicóloga Juliana Cardamona, 29, ressalta que é na idade escolar, geralmente a partir dos 7 anos, que se consegue reunir as condições necessárias para o diagnóstico. “Os sintomas devem ser inapropriados para a idade e resultar em prejuízos psicológicos, sociais e/ou educacionais. Tais sintomas costumam aparecer em crianças entre 3 e 7 anos de idade, mas alguns podem não ser identificados, especialmente quando a hiperatividade não se manifesta. Esses sintomas devem estar presentes por um período de pelo menos 6 meses e coexistir em locais diferentes como a casa, a escola, locais públicos, entre outros”, afirma Juliana. COMO É O DIAGNÓSTICO O TDAH possui diferentes subtipos como o desatento, o hiperativo-impulsivo e o combinado, e nem todos apresentam hiperatividade, mas a desatenção é característica presente em todos os subtipos, sendo fundamental para auxiliar no diagnós-

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nunca foi algo preocupante para os professores, já que demonstrava um hiperfoco em assuntos que a interessavam. O tratamento foi iniciado logo após o diagnóstico, Anna Paula notou rapidamente seu resultado e hoje em dia não faz mais o uso de medicamentos. “Foi incrível pois eu conseguia ler um livro ou uma revista inteira pela ordem, sem pular partes e sem parar de me interessar! A medicação me deixou mais comunicativa e percebi uma melhora na capacidade de tomar decisões e resolver as coisas simples do dia a dia. Isso me fez criar hábitos novos que permaneceram mesmo depois de parar com a medicação”, conclui.

tico. “As principais causas associadas são a hereditariedade, as substâncias ingeridas na gravidez, o sofrimento fetal e a exposição ao chumbo. É importante ressaltar que os problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não o causar”, explica a psicóloga. Não há nenhum exame específico para o diagnóstico dessa patologia, mas é realizada uma análise clínica, onde o profissional apresenta questões ao paciente enquanto observa minunciosamente seu comportamento. O diagnóstico pode ser feito por profissionais como psicólogos, pediatras, psiquiatras e neurologistas especializados na doença. “O TDAH é comumente tratado com medicação, educação ou treinamento, terapia ou uma combinação de tratamentos. Para muitos pacientes, os medicamentos reduzem a hiperatividade e a impulsividade, e melhoram sua capacidade de se concentrar, trabalhar e aprender. A primeira linha de tratamento para TDAH são estimulantes que aumentam a dopamina química do cérebro ou medicamentos que melhoram o foco, a atenção e a impulsividade. Já em adultos, muitas vezes os antidepressivos também são utilizados”, comenta Juliana.

A PACIÊNCIA É FUNDAMENTAL Luis Felipe Gonçalves tem sete anos e desde o início do ano passado apresentou sinais de que algo estava errado. Gabriela Mendes Gonçalves, 26, técnica em enfermagem, é mãe de Luis e começou a estranhar suas mudanças de comportamento não só em casa, mas também na escola. O diagnóstico levou sete meses para ser fechado, incluindo exames e acompanhamento com neuropsicóloga e neuropediatra. O garoto apresentava um grande sinal de hiperatividade, impulsividade e desatenção, mas assim que iniciou o tratamento obteve uma ótima melhora em seu comportamento. Luis passou a fazer acompanhamento com terapeuta ocupacional e com psicopedagoga, com auxílio também de medicações indicadas para os períodos diurno e noturno. Gabriela faz questão de mencionar sua imensa gratidão à neuropsicóloga Lucimara Barbosa Crepaldi, que foi quem a

UMA VIDA SEM CONCENTRAÇÃO Anna Paula Rossi, 39, celebrante de casamentos, descobriu que era portadora de TDAH aos 25 anos, quando foi ao psiquiatra buscar uma resposta para a falta de controle que tinha da sua própria vida. “Não conseguia tomar decisões, sentia que havia perdido as rédeas da minha vida. Isso me deixava deprimida por longos períodos, então procurei uma psiquiatra para tentar melhorar as minhas oscilações de humor e acabei recebendo esse diagnóstico”, conta Anna Paula. Em sua vida escolar, como qualquer criança, possuía mais afinidade com algumas matérias especificas e dificuldade em outras como exatas, por exemplo. Mas nunca reprovou e sempre tirava nota quando precisava. Sua distração Revista Energia 91


orientou sobre como deveria ser conduzida a educação do Luis. “Ela nos orientou a termos mais paciência, cuidado, a não brigarmos nem gritarmos com ele e, principalmente, a termos horários e rotina para todas as coisas”, declara a técnica em enfermagem, que também diz que sofreu no início pós-diagnóstico, mas hoje em dia é grata por presenciar a evolução de seu filho, e não apenas as barreiras que eram impostas na vida do garoto. Ela ainda dá uma dica para mães que passam pelo mesmo diagnóstico com seus filhos: “Sei que para nós, mães, é difícil quando recebemos qualquer notícia desse tipo sobre nossos filhos, seja ela a mais fácil de lidar ou a mais complexa, porém, nunca devemos desistir e muito menos desanimar, pois somos fortes e lutamos sempre para o melhor de nossos filhos”. TDAH NAS ESCOLAS É importante ressaltarmos que, muitas vezes, crianças portadoras de TDAH não são devidamente acompanhadas no ambiente escolar; muitos professores não possuem o conhecimento necessário e às vezes pode faltar até o interesse pelo assunto. Sobre essa questão tão delicada, a psicóloga Juliana deixa um alerta aos pais: “São necessárias intervenções e um acompanhamento psicopedagógico para atender alunos com TDAH, especialmente no que diz respeito à organização, planejamento do tempo e atividades. As famílias de crianças com TDAH devem previamente consultar as escolas, expor o caso e buscar um acordo mediante o interesse e condições de ambas as partes. Em sala de aula, é importante saber e conhecer o diagnóstico, e ter a informação se a criança está sendo medicada”. Em sala de aula o papel do professor é de extrema importância, e quando ele é bem informado e interessado, pode fazer uma diferença enorme para seus alunos.

Segundo a Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra, referência nacional no tratamento dos transtornos mentais e autora com mais de 2 milhões de livros vendidos, há alguns sinais que servem de alerta para o TDAH em crianças e adolescentes: • Com frequência deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares e outras; • Com frequência tem dificuldade em manter a atenção em tarefas e atividades lúdicas; • Com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra; • Com frequência não segue instruções e não termina tarefas; • Com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades; • Com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividade (brinquedos, lápis etc.); • É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa; • Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias; • Com frequência agita mãos e pés ou se remexe na cadeira; • Com frequência abandona sua carteira em sala de aula ou em outras situações em que se espera que permaneça sentada; • Frequentemente corre ou escala em demasia, mesmo quando é inapropriado ao local ou situação; • Está frequentemente “a mil” ou “a todo vapor”; • Com frequência fala em demasia; • Com frequência responde precipitadamente antes de uma pergunta ter sido completada; • Com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez; • Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos dos outros. Importante ressaltar que, para que o paciente receba o tratamento ideal para o seu caso, somente uma avaliação médica poderá fazer o diagnóstico correto.

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Por Heloiza Helena C Zanzotti

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enominado inicialmente 3º Grupo Escolar de Jaú, a institui-

Em outubro de 2017, a E. E. Dr Domingos de Magalhães foi notícia em

ção começou a funcionar em 1935, em um sobrado locali-

toda a região devido à produção do filme “O Diário de Ofélia”. A produção

zado na Vila Carvalho e possuía 6 classes primárias e uma

foi viabilizada por meio do programa “Mais Cultura na Escola”, do Minis-

de educação infantil.

tério da Cultura, e foi integralmente rodado na cidade, com participação

Com o desenvolvimento da cidade e a demanda crescente por vagas,

inclusive com a instalação da Companhia Jauense Industrial nas imediações, houve a necessidade de construir um novo prédio que começou a funcionar em agosto de 1948, já com o nome de Grupo Escolar Dr. Domingos de Magalhães. Atualmente sob a direção de Maria Cecília Capellini Perez, a escola atende alunos da 6ª série do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino

de alunos, ex-alunos, professores, coordenadores e da comunidade em geral. Neste ano de 2020, a E. E. Dr. Domingos de Magalhães oferecerá o curso “Técnicas de Vendas”, conforme divulgado na rede social da instituição. O curso faz parte do programa Novotec, que disponibiliza cursos profissionalizantes aos estudantes das escolas estaduais do ensino mé-

Médio, nos períodos da manhã, tarde e noite. Oferece também o EJA

dio paulista, oferecidos pelo Centro Paula Souza. Com conteúdo voltado

– Educação de Jovens e Adultos, além de aulas de reforço escolar em

para a qualificação profissional, é uma ótima opção para os jovens do

período inverso ao que o aluno cursa.

ensino médio regular se qualificarem para o mercado de trabalho.

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Look de artista

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Modelo: Julia Nicolini de Oliveira Leme Looks: Vestylle Megastore Produção: Jorgin Cabelo e Estética Local: Pólo Empresarial Jauense (antiga Fiação Industrial) Fotos: Moinho Propaganda

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Sociedade

Se vocĂŞ pudesse voltar aos 18 anos, como seria? 10, 20, 30, 40 anos... Quando nos damos conta, a vida passou em um piscar de olhos!

Texto Camila Ramos Fotos Arquivo pessoal

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Imagem: Internet Revista Energia 105


V

ocê já se perguntou: “Eu deixei de fazer algo na vida que poderia ter mudado toda a minha história?”. Se a resposta for positiva, infelizmente não há mais nada a fazer. Um segundo e pronto, não podemos mais voltar ao passado. Se tudo valeu a pena, restam as lembranças dos momentos que lapidaram a sua trajetória. Apesar de muitos momentos terem valido cada segundo, é comum sentirmos falta do mais simples. Subir no pé de jabuticaba, a macarronada da avó no domingo, as brincadeiras até tarde da noite com os amigos de infância ou até mesmo o primeiro dez na escola. São esses detalhes que montam o quebra-cabeça chamado “vida”, mas, é possível voltar no tempo? Repare que, ao ler esta frase, a leitura do começo da matéria já ficou para trás, no seu passado. Há pessoas que se arrependem de terem cometido algumas ações e outras que não mudariam exatamente nada do que viveram até o momento. E você? Mudaria algumas escolhas na sua vida? Teria coragem de enfrentar medos que talvez não tenha enfrentado? Teria coragem de dizer aquelas palavras que engoliu a seco em uma discussão? O agora é hoje, o passado já ficou para trás e o futuro só depende das nossas atitudes. O MAIOR PRESENTE Que quebra-cabeça é a vida! Para o empresário Roberto Carlos Capelli, 35, as experiências boas ou ruins da vida moldam o que somos hoje. “Todas as idades têm o seu lado bom e não me arrependo de nada que vivi, só tenho a agradecer por chegar a essa altura da vida e ver tudo que conquistei, com certeza tudo valeu a pena”, declara. Além disso, um grande detalhe que chegou há pouco tempo em sua vida o fez acreditar que em apenas um momento tudo pode mudar. “Gostaria de ter conhecido antes algo que só hoje, aos 35 anos, eu conheci, que é o amor por um filho. Esse, sim, foi o melhor presente que Deus poderia ter me dado”, afirma o empresário. Roberto também cita que deveria ter se dedicado mais aos estudos e que aproveitaria melhor o tempo com as pessoas que ama. “Espero estar vivo para refazer essa pergunta quando estiver com 70 anos, aí sim, vou ter a certeza que a vida valeu cada segundo vivido”, ressalta, com a esperança de poder relembrar o passado com gratidão daqui alguns anos.

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FUI E SOU MUITO FELIZ Uma peça aqui e outra peça ali. É assim o quebra-cabeça “vida”, que aos poucos vai elucidando os momentos que vivemos ao lado de pessoas que amamos e transformando-os em boas memórias. A professora aposentada Carmen Magrini Calciolari, 60, tem orgulho em dizer que teve uma boa infância e juventude. “Mesmo sendo de família humilde, nunca me faltou nada. Na verdade, acredito que minha geração foi muito privilegiada por uma série de motivos. Fui e sou muito feliz”. Carmem dedicou a sua vida à educação. A realização profissional dentro das salas de aula teria sido completa caso tivesse cursado, além de Letras, o curso de História, algo que ela gosta muito. Apesar disso, não há arrependimentos. “A época da faculdade, os amigos que fiz e os professores que tive fizeram a parte profissional valer a pena”, comenta. “Outra coisa que gostaria de ter feito é ter curtido mais os meus pais, na época não tive muito tempo, trabalhava e estudava, mas eu deveria ter aproveitado mais os dois, eram pessoas incríveis e adoráveis”. TRANSIÇÃO DA JUVENTUDE PARA A VIDA ADULTA Os caminhos para a vida adulta dependem minimamente de duas etapas: infantil para adolescência e adolescência para a fase adulta. A primeira etapa acontece de maneira mais intensa, quando não há uma necessidade de assumir grandes responsabilidades, mas é indispensável encarar realidades e muitas vezes lidar com frustrações. De acordo com a psicóloga Renata Ribeiro, 29, o período de indefinição entre criança e adulto gera alguns enfrentamentos psicológicos. “A perda da proteção dos pais, a necessidade de desenvolvimento da autonomia e a construção de uma identidade, inclusive a sexual,


acarretam novas emoções, percepções e reflexões. São muitas as vezes em que ocorrem distorções desses conceitos vivendo essa fase de forma não saudável”. Ela também frisa que neste período é normal que aconteçam alguns conflitos internos e externos, mas a sensação não pode ser considerada como regra, pois cada indivíduo tem uma experiência única de vida.

mos o quão perfeito seria se pudéssemos voltar àquela fase. A funcionária pública aposentada Sandra Mara Crepaldi Volpato, 63, diz que não mudaria nada referente ao seu passado. “Não tenho arrependimento de alguma coisa que não tenha feito durante a minha trajetória de meninice, juventude ou como universitária, o que sempre foi muito comum nestas fases”. O orgulho da sua vida moldou o que Sandra foi e é até hoje. “Adoro o que a vida que me proporcionou, o direito de amar meus pais, meus irmãos, meu esposo e nossas filhas; vida esta que me permitiu estudar, trabalhar, ser mãe, criar nossas filhas com muito cuidado e adquirir nosso lar”, frisa. E ela termina dizendo: “Esta é a vida onde implantei o que me foi ensinado: respeitar pessoas, regras, direitos e deveres, ter bom coração, ter educação para com todos e em qualquer lugar, ser merecedora de confiança, ter brio, ser patriota e amar e temer a Deus acima de tudo”.

PREPARADA PARA A VIDA A adolescente Mirella Canolla, 17, apesar da pouca idade, já tem maturidade para definir o que quer para o futuro. “Meu objetivo é conseguir entrar em uma boa universidade, ter uma ótima carreira, viajar, conhecer novos lugares e poder ter várias aventuras memoráveis”, frisa a estudante. Ela diz que não gosta de pensar no que já viveu, e sim focar nos projetos do futuro. “Espero que a vida não seja muito complicada, mas procuro sempre estar preparada para as dificuldades que a vida me oferecer”, comenta. Mirella inicia a terceira série do ensino médio neste ano, é escritora de um aplicativo de livros online e mantém sua rotina de estudos intensa, mesmo sendo uma adolescente. Ela sai, se diverte com os amigos e sabe conciliar os períodos de reflexão sobre seu futuro com os momentos de descontração.

CADA MOMENTO NOS TRANSFORMA NO QUE SOMOS Já dizia a cantora contemporânea Pitty em uma de suas músicas mais conhecidas: “Não deixe nada pra semana que vem, porque semana que vem pode nem chegar”. O contabilista Celso Aparecido Calciolari, 60, diz que não gosta de pensar no que já aconteceu. “Sempre ouvi que em algum momento de nossas vidas nos arrependeríamos do que não fizemos, e não do que fizemos. Portanto, se voltasse aos meus 18 anos, e por eu ser uma pessoa conservadora, não mudaria o que fiz, mas acrescentaria coisas que não fiz, como me aventurar mais e arriscar mais em todos os temas da vida”, comenta.

PASSADO, PRESENTE E FUTURO Conforme avançamos na estrada da vida, muitas vezes realizamos uma leitura nostálgica do nosso passado e imagina-

INTENSIDADE OU FRUSTRAÇÃO A partir do momento em que nascemos nos tornamos protagonistas de uma história. Cada um com a sua peculiaridade, defeitos, desejos, sonhos. Uma infância bem vivida ou não. Adolescência rebelde ou dentro dos limites. Uma vida adulta bem aproveitada. Analisando a satisfação que nossos entrevistados demonstraram com suas vidas e muitos outros aspectos atuais como o aumento de casos de depressão e outros transtornos de personalidade, a dúvida que surge é: as gerações anteriores viveram de forma mais intensa ou foram mais bem preparadas para enfrentarem os obstáculos ao longo da vida? Deixo você, leitor, com esta reflexão que certamente abordaremos em uma edição posterior.  “Daqui a vinte anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então, solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra. (H. Jackson Brown Jr)” Revista Energia 107


vida

Boa

Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil

Comida e Mindfulness Se o leitor anda desavisado, tome tento. Meditação é o conceito do momento

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m todos os lugares, horas do dia ou da noite e situações. E eu não estou falando de práticas tibetanas (que eu adoro), de monges carecas e seus trajes cor de laranja, de místicos, budistas ou dervixes. Estou falando de você. E de mim. Lá pelos anos 80 do século passado a Ciência (com “c” maiúsculo, por favor) provou que a prática regular de exercícios físicos faz bem à saúde. O Dr. Kenneth Cooper foi um dos mais famosos mentores e disseminadores da prática. Naquele tempo (eu já era pai), sair correndo pelas ruas ouvindo música no Walkman da Sony (uma das invenções mais inovadoras daquele século) causava espanto. As pessoas te olhavam de um modo esquisito... Talvez fosse por causa do Walkman, que nem todo mundo conseguia comprar porque a importação era proibida no Brasil (coisas daquele tempo). Mas o olhar talvez fosse mais inquiridor: “Correndo do quê?”. Sim, porque correr era coisa de fugitivos, de policiais e de atletas. Mas o tempo passou e hoje você nem repara na quantidade de gente que corre pelas ruas ao teu redor. O estado de atenção plena, ou seja, a capacidade de controlar o seu corpo e a sua mente por meio da meditação vai se disseminar entre nós da mesma forma que a corrida: primeiro, estranheza; depois, aceitação; por fim, rotina. Até as empresas (Google e SAP são exemplos) já possuem CEO’s de Mindfulness! Nesse mundo de smartphones e correria, de hiperconectividade, de estresse e ansiedade, parece uma loucura imaginar que alguém possa ter tempo para meditar. É preciso um local tranquilo, incenso, rituais diversos, etc., certo? Errado. O que a Neurociência já comprovou é que é possível meditar em pé, na fila do cinema, no ônibus, na mesa do escritório no meio do expediente e assim por diante. Agora vem a melhor parte: mesmo que você só consiga se concentrar por um ou dois minutos por dia, os benefícios ao seu cérebro (e ao seu bem-estar, estado geral de saúde, etc.) vão aparecer em aproximadamente trinta dias. É como beber vinho. Um copo nas refeições já é suficiente. O lama Surya Das (que é ocidental e foi criado no Judaísmo) escreveu sobre isso em 2001 (O Despertar do Buda Interior)!

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Quando eu cozinho, o meu cérebro entra em outro patamar. Eu não disse um patamar mais elevado, nem melhor, ou coisa que o valha. Apenas é um estado mental diferente. Tudo é pleno. A atenção é absoluta. Cheiros, texturas, os sons das panelas no fogo, o ruído da faca na chaira, aromas e sabores. Eu presto atenção em tudo e assim obtenho uma sensação de felicidade. Acontece que no meu caso eu faço isso em todas as fases da preparação, incluindo o mercado. Claro que ir ao mercado concentrado apenas nos produtos que busco deve me deixar com uma cara meio estranha, um ar amalucado... Além de causar algum sobressalto, de esquecer ou não notar alguém que me acenava ou cumprimentou. Mas como eu tenho fama de maluco mesmo, dá em nada. No tempo em que meus cães eram vivos era mais problemático porque eles demandavam toda a minha atenção, além das duas mãos, é claro. Mas agora que os peludos viraram estrelas no céu eu fiquei mais taciturno e sorumbático. E com as mãos livres. A Casinha anda num grau de silêncio que quase dá para ouvir o ruído da grama crescendo. Então faz isso por você. O curso do Google já é open source. Você consegue os materiais de graça e pode compartilhar como quiser. Cozinhe com prazer, bondade e ternura, fruindo cada momento como se fosse uma experiência única, porque é disso que os momentos são feitos. Prepare o seu prato como se fosse o último da sua vida, porque um dia desses ele o será. Cuide da apresentação com esmero. Mais importante que tudo, coma devagar. Deixe a sua boca feliz! E depois de comer, não saia correndo para escovar os dentes. Eu imagino que o seu dentista vai dizer o contrário, mas lembre-se que eu sou cozinheiro... Os seus dentes não vão apodrecer caso você espere uns minutos para continuar saboreando aquilo que já comeu. Lembre-se: a mágica da comida acontece na boca e no nariz. Engoliu já era. O seu estômago só quer saber de proteínas, carboidratos e gorduras. Tanto faz de onde vieram. Mas a sua boca é bem mais seletiva. E interessante. Até a próxima. 


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Legislação

Ano novo, novos desafios 2020. Segundo ano legislativo de um terceiro mandato como Deputado Federal

Texto: Deputado Federal Ricardo Izar

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o contrário do que é erroneamente propalado por algumas mensagens, a rotina de um parlamentar é intensa durante todos os dias do ano. Quando não está em Brasília discutindo e redigindo projetos legislativos que buscam melhorar a vida do cidadão brasileiro, ou ainda, quando não está envolvido em atividades de fiscalização do Executivo em suas ações, o parlamentar está percorrendo o estado que representa, buscando entender a fundo as necessidades singulares de cada município. No meu caso, que represento o estado de São Paulo - com 645 municípios - não é difícil imaginar quanto tempo se consome em estradas intermináveis e pernoites fora e longe de casa percorrendo tantas cidades e, nesses lugares, dialogando com a população local. Além disso, em tempos de internet e tecnologia digital disseminada, o trabalho vem até você durante a noite, fins de semana, feriados e qualquer outro momento imaginado. É um trabalho árduo, mas plenamente recompensador diante da possibilidade de trazer melhorias à vida de tantos. Como de costume, o país enfrenta problemas - novos e antigos. Desde mazelas estruturais históricas ainda não resolvidas por gestões anteriores e atuais (saneamento básico precário, necessidade de educação pública de amplo acesso, saúde de qualidade para todos, mais oportunidades laborais para jovens, adultos e pessoas com deficiências, segurança pública capacitada, bem equipada e inteligente, etc), até situações inéditas, por exemplo, decorrentes das intempéries ambientais associadas à imperícia e descaso do poder público e de entes privados. Legislar, portanto, para um país de dimensões continentais com 210 milhões de habitantes (44 milhões apenas no estado de São Paulo) é tarefa diária, constante e intensa. Mesmo assim, vale cada gota de suor produzida.

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DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

Posso dizer com grande alegria que tenho recebido forte apoio da parcela da população que me elegeu nesta caminhada. Recebo também o abraço de muitos novos eleitores que passam a conhecer agora meu trabalho legislativo já de uma década. Legislar em Brasília não é fácil. Minhas ideias e propostas precisam enfrentar a análise e acolhimento de 512 outros colegas meus - todos com ideias próprias sobre o que pode e deve ser feito para deixar este país melhor. Na discussão de propostas e na luta pela sua tramitação, são necessárias horas e dias de muito debate para obter o apoio de colegas parlamentares pela aprovação e modificação positiva das ideias que apresentamos. Imaginem quão difícil é fazer com que uma ideia sua e de seus eleitores caminhe e seja vitoriosa por cerca de quatro comissões parlamentares temáticas sendo, muitas vezes, necessária sua aprovação em plenário? Isso porque esse mesmo processo ocorre no Senado Federal, outra das casas legislativas de nosso sistema bicameral. Apenas por aí, o eleitor já pode imaginar a demora e a dificuldade que é produzir leis em Brasília. Mas, mesmo assim, tenho a alegria de colecionar vários projetos de lei em avançado estado de tramitação, sendo cinco deles já sancionados em leis federais pela Presidência da República. Trabalho diuturnamente para conseguir superar meus próprios números. Certa vez, um eleitor usou uma analogia muito curiosa para me explicar meu próprio trabalho e sua enorme dificuldade. Disse ele: “Deputado, se lá em casa, decidir entre quatro pessoas qual será o sabor de duas metades de pizza que pediremos num sábado à noite ou o filme que veremos primeiro pela televisão já é um problemão, imagina o senhor que tem que discutir tudo o que faz com centenas de pessoas?”. Faz sentido. Neste período legislativo muitos dos meus projetos encontram-se em avançado estado de discussão: A Lei Tatiane


(PL 2839/2019), projeto de lei que institui o Programa de Ensino e Conscientização sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos no currículo escolar e acadêmico brasileiro. Encontra-se pronto para pauta na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Uma petição eletrônica pedindo apoio a esta ideia já reúne 55 mil assinaturas. É muito, mas é pouco. Procure na internet e ajude-nos a levar essa ideia adiante com a sua assinatura.

“Legislar é uma manifestação clara do importante senso de coletividade que todos devemos nutrir” Temos também o movimento #AnimalNãoÉCoisa (PL 6054/2019) o qual acrescenta parágrafo único ao art. 82 do Código Civil para dispor sobre a natureza jurídica dos animais domésticos e silvestres – além de outras providências. Já foi aprovado no Senado, encontrando-se agora na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados. Seria lindo que este projeto fosse aprovado e sancionado ainda este ano. O PLC 134/2018, que busca aumentar as penas para quem comete maus tratos contra animais - além de tipificar o crime de zoofilia, recentemente recebeu o apoio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, cujo objetivo foi o de apurar irregularidades na venda de animais por canis, pet shops e demais estabelecimentos clandestinos e meios eletrônicos no Estado de São Paulo. Temos o PL 6881/2017, cuja matéria proíbe o uso de fogos de artifício com estampido, para alívio de enfermos, crianças autistas, acamados, idosos, animais não-humanos e todos aqueles que não se divertem nada com o barulho estrondoso e poluente sem qualquer função na vida do cidadão. Este projeto aguarda parecer do Relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS). Segue agora para a CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) projeto de lei de minha autoria (PL 9818/2018), aprovado recentemente na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público, que revoga prerrogativa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de definir a área de atuação privativa dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compartilhada. E há ainda muito mais. Felizmente. Graças ao apoio de cada eleitor e do esforço de todos que me acompanham nessa trajetória. Legislar é uma manifestação clara do importante senso de coletividade que todos devemos nutrir. Produzir leis e discuti-las é prestar atenção o tempo todo às necessidades de muitas parcelas da população, mesmo não votantes, que precisam de uma voz ativa em sua defesa no espaço público de tomada de decisão. Vivemos ainda em um mundo muito desigual e que não confere a todos os vulneráveis, independente de sua idade, sexo, etnia, credo ou espécie, a justa representação nos ambientes onde o destino de muitos é decidido. Tudo passa pela política. Do preço do arroz que consumimos ao custo dos insumos hospitalares que salvarão a nossa vida. Acompanhar e entender melhor o trabalho parlamentar é fundamental ao saudável exercício da cidadania. Digo com alegria que sempre foi e continua sendo um prazer receber todo e qualquer um em meu gabinete para explicar como funciona o país e suas engrenagens. Ajudar o outro é recompensador. Mas mesmo que não o fosse, já seria imensamente justo, dentro de nossas possibilidades, estender a mão àquele que precisa. A minha e a sua existência são definidas pela presença do outro. Querer o bem ao outro é querer o bem a si mesmo.

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Última página Por Luisa Caleffi Pereira Jornalista formada pela Universidade Federal de Uberlândia

Teorias Às 17h15 entrou no táxi. O caminho até a

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rodoviária costumava levar, no mínimo, 40 minutos

a passagem o bilhete indicava o horário de partida: 17h30. Não vai dar tempo. O sol forte atravessava a janela do carro, queimava o braço do motorista e abafava ainda mais a sua respiração já ofegante. Os raios pareciam acelerar os ponteiros do relógio – o visor do celular marcava 17h20. Na mão direita mochila, térmica e a chave de casa. Na esquerda uma mala, garrafa de água e blusa – os ônibus são congelantes, era preciso levar blusa e/ou manta toda vez. Não podia esquecer do par de meias: não há como dormir com frio nos pés. E ela tinha toda uma teoria formulada sobre isso. Agora, porém, com o calor que fazia dentro daquele táxi, bem que ela repensa sua teoria. Mas não há tempo para divagações, o trânsito também parece ser afetado pelo calor. Derrama, e não anda. 17h30. “A rodoviária tá logo ali, acho que dá tempo de pegar o seu ônibus, moça”. São três lances de escada abaixo até o portão 6. Desce com a mochila no ombro direito, joga a blusa por cima. Encaixa a mala e a térmica na mão esquerda, coloca a chave no bolso da frente da calça jeans. Às 17h34 enfrenta o primeiro lance de escada. Como os raios solares invadindo a janela do táxi, ela avança os degraus. Segundo lance de escada, 17h36, a blusa caiu do ombro e ficou no corrimão. 17h37, portão 6, respiração ofegante, vista embaçada. Cerra duas vezes os olhos e consegue avistar o ônibus dando partida. Mais correria. Ainda não sente falta da blusa, deixa a mala no bagageiro e sobe procurando a poltrona. Pode escolher, o ônibus está praticamente vazio. Duas senhoras ocupam os primeiros lugares enquanto ela analisa os bancos do meio. Um homem entra depois dela e senta-se logo atrás das senhoras. Tem também outra grande teoria para decidir o assento. Às 17h40, sentada na janela, tenta controlar a respiração e

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produzir saliva, sente a boca secar. Pensa na garrafa de água, lembra que esqueceu no táxi. O ônibus parte. O ar congelante não a incomoda, pelo contrário. Refresca e ajuda a acalmar. Serão 8 horas de estrada. 18h, respiração controlada, é hora de descansar. Deita a poltrona, pega o fone de ouvido na mochila, procura o par de meias e a blusa. Não. Não e não! Onde foi parar a blusa? Olha para cima, desliga o ar, e a teoria do ônibus congelante vem à tona. Serão 8 horas de viagem. Agora há tempo de sobra para divagações e devaneios. Janela de ônibus, horas de estrada. Ela e a mente. Mas, onde será que foi parar essa blusa? O ar desligado ainda é congelante. Sua teoria continua infalível. Lembra da outra teoria, não há muito o que fazer a não ser sentir frio e pensar. Não confia em sentar-se nas primeiras poltronas, nem nas últimas. O lugar do meio é o mais seguro. Zona de conforto. E é assim na vida também. Na zona de conforto fica fácil olhar para trás e julgar; olhar para frente e apontar o dedo. Uma música alta a desconcentra. Olha para trás e observa um adolescente com o celular no volume mais alto, batida irritante. A teoria continua infalível. E o ar continua congelante. “Mas, onde é que foi parar minha blusa?” O homem sentado atrás das senhoras levanta-se, caminha em sua direção. Carrega uma blusa vermelha. “Caiu das suas costas, ficou enroscada no corrimão. O ar daqui é forte, é congelante. Vi que você parou no portão e ia embarcar no mesmo ônibus. Esperei para você não achar que eu estava te seguindo. Pega aqui sua blusa”. Ele volta para o seu assento, na frente. O ar continua poderoso, mas agora não congela. Sente-se aquecida pela blusa, traída pela própria teoria. A poltrona começa a incomodar. Talvez seja a zona de conforto. Mas, e a teoria... infalível? Restam 7 horas de viagem. Ainda há tempo de sobra para divagações e devaneios. Janela de ônibus e a estrada. Ela e a mente. 


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