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Pense Nisso

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Por Alexandre Garcia

ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista. Atuou no Jornal do Brasil, na TV Manchete e na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 30 anos. Em março de 2020 foi contratado pelo Canal Rural como comentarista nos programas “Rural Notícias” e “Mercado & Companhia”, e em julho de 2020 passou a integrar o time de comentaristas da CNN Brasil. Atualmente também escreve para o jornal a Gazeta do Povo.

Florestas e índios

O Presidente do Brasil falou na ONU respondendo a uma campanha antibrasileira, que tem focado em desmatamento e genocídio indígena

Foi curto, conciso, denso, objetivo e claro. Deu uma boa invertida nas falsidades, em geral difundidas na Europa e Estados Unidos, por agentes dos inconformados que fi caram sem as oportunidades de parasitar no dinheiro público.

Da tribuna da ONU, o Presidente explicou que mantemos dois terços da vegetação dos tempos de Cabral e 84% da fl oresta amazônica. Poderia comparar Brasil e Europa antes de Cabral e agora. Mil anos atrás, o território hoje brasileiro detinha uns 10% das fl orestas do mundo e a Europa Ocidental cerca de 7%. Pois hoje, segundo dados da Embrapa Territorial, a Europa tem meros 0,1% das fl orestas do planeta e o Brasil quase 30%. Não que não tivéssemos desmatado, mas o restante do mundo desmatou bem mais que nós. A Europa tem a aprender com o Brasil e sua história não lhe permite nos dar lições. Quanto aos índios, o Presidente afi rmou que temos reservas de 110 milhões de hectares, quase 14% do território nacional e bem mais que os 8% do solo ocupado com agricultura. Calcula-se em 1 milhão de brasileiros de etnias nativas. Já os americanos, para 3,5 milhões de indígenas, reservaram apenas 3%

de seu território - boa parte em deserto. E seria maldade se o

Presidente comparasse o General Custer com o Marechal Rondon. Por aqui, a história é de integração e miscigenação étnica. É bom lembrar que a Polícia Federal derrubou uma a uma as falsas denúncias de assassinatos de índios, que políticos e ar-

tistas alardearam.

Para mostrar a realidade, o vice-presidente Mourão já fez duas viagens à Amazônia levando 20 embaixadores, a maioria de países europeus. As narrativas de ONGs cheias de dinheiro, de certas lideranças religiosas, que encontram eco na militância

midiática querem, no fundo, enfraquecer a soberania nacional

sobre a Amazônia, onde estão 94 milhões de hectares de ter-

ras indígenas e uma riqueza mineral e biológica gigantesca. O

discurso na ONU, como anunciado nas primeiras linhas, foi diferente do que tem sido divulgado na mídia e reafi rmou nossos compromissos com o meio ambiente no agro, na indústria, na

produção de energia, no turismo e no saneamento - e a vontade

de defender e preservar o que é de nossa responsabilidade. 

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