Jornal Mural "Sahafi"

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SAHAFI Florianópolis, 21 de junho de 2013

SAHAFI

Curso de Jornalismo da Ufsc Atividade da disciplina Edição Professor: Ricardo Barreto Edição, textos, planejamento e editoração eletrônica:Rafael Venuto Serviços Editoriais: Folha de São Paulo, Gazeta, Exame, Le Monde e Estadão Colaboração: Mariela Jung, Penélope Silva e Rosângela Menezes Impressão: Postmix Junho, 2013

Jornalista descreve sua experiência na Síria

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ias de inferno na Síria (Saraiva/ Benvirá, 289p.) é a mais recente obra do jornalista e escritor Klester Cavalcanti. Repórter da Isto é, o autor saiu de São Paulo, em maio de 2012, para registrar os conflitos na Síria, que à época já haviam vitimado mais de 60 mil pessoas. Seu plano de driblar a censura do exército sírio acabou não dando certo. Preso e torturado pelo regime de Bashar al-Assad, ficou detido por seis dias na Penitenciária Central de Homs, uma das cidades onde os

conflitos são mais intensos. O livro narra suas experiências em território sírio, os dias que passou na prisão, os amigos que fez por lá e como, finalmente, reconquistou a liberdade. Recheada de descrições dramáticas sobre sua própria condição, o autor de Dias de inferno na Síria tenta, sem sucesso, criar uma atmosfera onde o medo, a loucura, a dor e a solidão se avizinham a cada instante. Sua linguagem é simples, fluida e acessível a qualquer leitor, com muitos diálogos, mas peca pela repetição. Em diversos momentos Cavalcanti faz uso de expressões tais como “jaula”, “animais”, “lavagem” e “ração” para referirse à prisão, seus companheiros de cela e à forma como a alimentação era servida: dentro de uma bacia compartilhada com pelo menos outros cinco presos. Em uma tentativa clara de realçar o modo como se sentia e revelar as péssimas condições do cárcere, termina por cansar o leitor mais afeito a obras de maior fôlego e com recursos textuais mais elaborados.

O quarto livro de Klester Cavalcanti O registro da tortura que sofreu em Homs, uma queimadura com ponta de cigarro, aparece na obra ao lado de várias outras fotografias, a maioria de baixíssimo impacto jornalístico. Uma pessoa que desconhecesse o contexto daquela cicatriz poderia, inocentemente, imaginar se tratar de uma espinha inflamada, mas o autor a exibe como um troféu. Vencedor de dois prêmios

Relatório controverso motiva envio de armas a rebeldes

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Repórteres franceses gravam vídeo que confirmaria uso de armas químicas na Síria dutos: dificuldades respiratórias, dores de cabeça, pupilas contraídas e náuseas. Apesar do relatório e das evidências apresentadas pelos repórteres franceses, especialistas em armas químicas questionam a legitimidade das acusações, uma vez que até o momento não existem vídeos ou fotos mostrando os corpos dos mortos, nem das faces avermelhadas e das extremidades ensanguentadas, que são as características mais comuns nas vítimas do gás sarin. Em resposta às acusações, o Ministério das Relações Exteriores da Síria divulgou comunicado em que critica a postura da Casa Branca. “Os EUA estão usando táticas baratas para justificar a decisão do presidente Barack Obama de

geopolíticos mais importantes dos últimos tempos. A guerra na Síria já matou mais de 93 mil pessoas e chama a atenção pela animosidade dos combates e pelo fato de, recentemente, terem surgido evidências claras do uso de armas químicas por parte do exército. Longe de ser uma obra prima, o livro consegue, apesar de tudo que já foi exposto, mostrar a crueldade e a intolerância por parte do regime e as histórias de pessoas comuns obrigadas a conviver com a humilhação, o medo e a violência. Único jornalista brasileiro a entrar em Homs desde o início da guerra, Cavalcanti pesquisou bastante antes de sair de São Paulo. Na obra é possível observar um mapa atualizado, dados referentes à religião, população e um breve histórico sobre os conflitos que começaram há mais de dois anos. Desde 1971 o país vive um golpe de Estado organizado por, Hafez al-Assad. Ele faleceu em 2000 e, em 2011, opositores saíram às ruas exigindo a renúncia do seu herdeiro, dando início aos conflitos que duram até hoje.

Brasil é o terceiro país mais perigoso para repórteres Reprodução - Le Monde

A Casa Branca divulgou, no dia 13 de junho, um relatório acerca do uso de armas químicas por parte do governo da Síria. Foi a primeira vez que os EUA afirmaram que este tipo de armamento vem sendo utilizado no conflito - fato que levaria, segundo afirmara o presidente Barack Obama há alguns meses, ao cruzamento da chamada “linha vermelha” para uma intervenção. O relatório foi apresentado como o resultado de uma ampla investigação feita a partir da consulta de inúmeras fontes de informação. Nele, afirma-se que o governo de Bashar al-Assad usou armas químicas em pequenas quantidades contra a oposição. Ainda de acordo com o relatório, não ficou comprovado o uso deste tipo de armamento pelos rebeldes. A estimativa é que até 150 pessoas tenham morrido em decorrência do uso de substâncias químicas, entre elas o gás sarin (agente neurológico). Em maio, dois correspondentes do jornal Le Monde afirmaram que o exército sírio recorreu a armas químicas contra os rebeldes que controlam os arredores de Damasco, capital da Síria. Os enviados especiais do Le Monde, o repórter Jean-Philippe Rémy e o fotógrafo Laurent van der Stockt, dizem ter sido testemunhas da utilização de explosivos químicos e dos seus efeitos nos combatentes e neles próprios. Em vídeo filmado por Laurent Van der Stock, combatentes e médicos falam dos sintomas provocados por estes pro-

Jabuti, primeiro por Viúvas da terra (2005), depois por O nome da morte (2007), os leitores do novo livro de Cavalcanti vão precisar de uma boa dose de imaginação para reproduzir, mesmo que mentalmente, algumas de suas proezas. Em determinado momento, pouco antes de ser preso, o jornalista descreve uma cena onde está com uma de suas mãos algemadas a uma cama de ferro. A dois metros dali, um oficial do governo sírio dorme. Ao lado, sobre uma escrivaninha, está a mochila com todos os equipamentos do nosso sahafi (jornalista, em árabe). Tentativas frustradas por parte do leitor, mas criativamente solucionadas por um narrador incansável em detalhar como conseguiu pegála com as pernas, abri-la, cortar um pedaço da bainha de sua calça para esconder o cartão de memória de sua máquina fotográfica e, depois, voltar a colocar a mochila na mesma posição, tudo isso sem acordar o guarda. Com prefácio de Caco Barcellos, a obra tem como mérito o fato de abordar um dos conflitos

armar a oposição síria.” Nos próximos meses os rebeldes deverão receber dos EUA um conjunto limitado de armas, restrito a instrumentos aiti-tanque, granadas-foguete e espingardas automáticas, todas com relativa facilidade de manuseio. O governo russo, por sua vez, principal aliado do regime sírio ao lado do Iran, disse que o apoio militar dos EUA aos opositores de Assad vai prejudicar os esforços para organizar uma saída política para os conflitos. A guerra civil na Síria já vitimou mais de 93 mil pessoas desde 2011, e foi o principal tema do último encontro do G8, grupo que reúne as oito maiores potencias do mundo.

no fato de que a Em maio deste redução do núano foi divulgamero de mortes da uma pesquina Síria não tem sa onde o Brasil relação com um aparece como o possível cenário terceiro país que menos hostil para mais mata jornaos profissionais, listas no mundo, mas sim porque com quatro assasmenos jornalistas sinatos apenas no tem se arriscado primeiro trimestre, perdendo apenas Tim Lopes, morto por traficantes a ir pessoalmente noticiar a barbárie. para a Somália, A maioria das mortes em outras com três vítimas, e Paquistão, com partes do planeta foi provocada por sete mortes confirmadas. O estudo foi feito pela Campanha guerras civis. Aqui, os matadores Emblema para a Imprensa (Pec, na são, na sua maioria, políticos corrupsigla em inglês), entidade autônoma tos, fazendeiros e chefes do tráfico. Um dos casos mais comentados sediada em Genebra e que defende a criação de regras internacionais até hoje é o do jornalista Tim Lopes para proteger jornalistas em zonas de que morreu em 2002. O jornalista da TV Globo foi assassinado enquanguerra. Ainda segundo a Pec, em 2012 o to realizava uma reportagem sobre Brasil registrou a morte de onze pro- abuso de menores e tráfico de drogas fissionais de imprensa de um total de em um baile funk na favela da Vila 139 mortes em 29 países. O número Cruzeiro, no bairro da Penha, no Rio mundial representa um recorde só de Janeiro. O repórter foi sequestrado e torcomparável ao período da Segunda turado, e por fim executado pelos traGuerra Mundial. A quantidade de jornalistas assas- ficantes liderados por Elias Pereira sinados caiu na comparação com o da Silva, o Elias Maluco. De acordo com a Unesco, a cada mesmo período de 2012. A Pec sugere que isso se deve à diminuição semana um profissional de imprensa de mortes de profissionais atuando é morto no mundo enquanto exerce na Síria, país que divide a terceira as atividades inerentes à função. Apenas um entre cada dez crimes colocação com o Brasil. A ironia contida nesse dado está contra jornalistas é punido. Foto: Divulgação

Preso e torturado pelo regime de Bashar al-Assad, Klester Cavalcanti publica livro repetitivo e com imagens fracas

“Pela primeira vez na vida, tive certeza de que iria morrer”

Klester Cavalcanti


SAHAFI Foto: Dan Lamothe - Staff

Florianópolis, 21 de junho de 2013

SAHAFI

Curso de Jornalismo da Ufsc Atividade da disciplina Edição Professor: Ricardo Barreto Edição, textos, planejamento e editoração eletrônica:Rafael Venuto Serviços Editoriais: Folha de São Paulo, Gazeta, Exame, Le Monde e Estadão Colaboração: Mariela Jung, Penélope Silva e Rosângela Menezes Impressão: Postmix Junho, 2013

Escritor sente na pele a brutalidade da repressão Vítima das garras do governo sírio, Cavalcanti relata o que sentiu

Jornalistas enfrentam situações de alto risco para informar o grande público

Exército cria regras para a cobertura de conflitos

chegando até a censura. Essas práticas remontam à Primeira Guerra Mundial, época em que foram criadas as primeiras normas para repórteres e fotógrafos que cobrem conflitos. Nessa época, os repórteres que quisessem noticiar a guerra deveriam estar dispostos a estabelecer uma relação de interdependência com os militares. Eles eram obrigados a vestirem-se como soldados e só comiam e se locomoviam às expensas das tropas oficiais. Mas foi apenas em 2002 que houve a formalização dessa forma de convívio governo/militares/imprensa. A mídia passou a ser encarada como uma empresa que, como todas as outras, tem o lucro por objetivo. A guerra virou um produto capaz de render dividendos aos órgãos de comunicação, por conta da audiência que geram. Quem quisesse ter imagens e dados recentes em seus jornais, rádios e revistas deveria aceitar determinados termos de compromisso, inclusive a censura e a propaganda. Em seu mais recente livro, Dias de inferno na Síria, o jornalista e escritor Klester Cavalcanti narra sua tentativa frustrada de vencer a censura do exército sírio. A orientação que recebera era a de seguir até Damasco e, de lá, ser acompanhado por um oficial do regime de Bashar al-Assad. O argumento do governo sírio era o de que sua integridade física correria menos riscos na companhia de um soldado. Ciente das reais intenções daquele gesto (limitar seus registros dos estragos da guerra), Cavalcanti decidiu seguir sozinho, mas foi barrado em um posto da polícia na entrada da cidade de Homs, ficou preso por seis dias e teve uma das faces queimadas com a ponta de um cigarro. Ilustração: Silvano Mello

O trabalho de cobertura de guerra nos moldes que conhecemos hoje é algo relativamente novo. Com a velocidade cada vez maior da transmissão da informação, conflitos em qualquer parte do mundo podem ser acompanhados praticamente em tempo real. Apesar de todos os avanços tecnológicos, o olhar de quem testemunha ao vivo o desenrolar dos fatos continua sendo indispensável para a compreensão exata dos acontecimentos. As primeiras coberturas de conflitos remontam à segunda metade do século XIX, com o envio de correspondentes europeus e estadunidenses para acompanhar combates na Guerra da Criméia, entre outras. Os modos de cobertura mudaram com o passar do tempo e, em dezembro de 2002, a Casa Branca e o Pentágono anunciaram que, diferentemente do que aconteceu na Guerra do Golfo, de 1991, ocasião em que as unidades de combate foram mantidas longe da imprensa, a Guerra do Iraque seria acompanhada de perto pelos jornalistas. Na ocasião, um novo termo começou a circular no meio jornalístico: embedded journalist, ou “jornalista embutido”. A expressão define os repórteres que acompanham, passo a passo, as manobras do exército. Eles são alocados nas diversas unidades de combate, como baterias, tanques, navios, porta-aviões, hospitais de campanha e hangares. A medida tomada pelo então presidente dos EUA, George W. Bush, tinha por objetivo o estreitamento dos laços entre membros da imprensa e militares. Tais laços se transformariam em amarras com as quais seria feito o controle da mídia pelos oficiais. A maneira como os militares forneceriam e manipulariam o fluxo de informação passaria pelo controle das concessões de credenciais

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lester Cavalcanti foi o único jornalista brasileiro a entrar em Homs desde o início dos conflitos. A cidade síria está dominada pelos opositores do regime de Bashar al-Assad. Ele saiu de São Paulo em maio de 2012 para registrar os conlitos que começaram em 2011. Preso e torturado, conseguiu sobreviver para compartilhar sua experiência. Além da matéria produzida para a Isto é, narrou os momentos de tensão que viveu naquele país no livro Dias de inferno na Síria. Em entrevista ao SAHAFI, o pernambucano, ganhador de dois prêmios Jabuti (2005 e 2007, respectivamente), fala sobre morte, tortura, jornalismo e rebate as acusações feitas pelo também jornalista Lúcio Flávio Pinto em artigo publicado no Observatório da Imprensa. Segundo Pinto, Cavalcanti teria forjado um sequestro na Amazônia. O autor revela ainda que já tem um novo livro em curso, com previsão de lançamento para 2015. SAHAFI - O fato de você ter chegado a Homs com visto de imprensa ajudou ou dificultou o seu trabalho? Klester Cavalcanti - Muitos jornalistas entram clandestinamente. Eu teria problemas muito maiores caso fosse capturado na ilegalidade. O governo sírio é muito severo com quem deseja mostrar a crueladade do seu regime. S. - O cenário da guerra está cada dia mais hostil, inclusive com fortes evidências do uso de armas químicas. Você ainda cogita voltar? K.C. - Para fazer o mesmo, eu não voltaria. Existe um projeto, mas precisa ainda ser amadurecido. Vai depender do que acontecer nos próximos meses. S. - Várias vezes você se referiu à prisão em que estava fazendo uso da expressão “jaula”. Até que ponto você se sentiu um animal, mesmo sabendo da condição diferenciada que desfrutava em relação a seus colegas sírios? K.C. - Ninguém tem noção. É muito humilhante... E eu fui preso sem ter cometido nenhum crime. Nada na vida prepara você para isso. Me sentia um animal. S. - A ideia de escrever Dias de inferno na Síria surgiu em que momento? K.C. - Eu fui fazer uma reportagem para a Isto é. Eu só fiz o livro porque a minha história foi única. Nâo fosse a prisão, não fosse o fato de eu ter ficado numa cela com mais de vinte presos e, por acaso, um deles falar inglês, talvez o livro nunca tivesse existido. O mais bacana do livro são as histórias das pessoas.

S. - Você chegou a desenvolver alguma patologia (física ou psicológica) depois da experiência na Síria? K.C. - Não fiquei com nenhum trauma. Fui solto da prisão na sexta, fui levado para Damasco e um dia depois eu já estava fazendo turismo. S. - Qual foi a pior tortura? K.C. - A psicológica, sem dúvida. A queimadura de cigarro foi insignificante comparada às várias vezes que apontavam armas para a minha cabeça, gritando em árabe. A dúvida se você vai ser morto naquele instante é pior do que qualquer coisa. S. - Em várias partes do livro você fala sobre o desejo de morrer. O que é a vida para um jornalista em guerra? K.C. - Nessa situação você é ser humano, e só. A sua profissão é o que menos importa. Eu tinha consciência que estava lá por uma decisão minha. Eu pensava que se eu tivesse de morrer lá, morreria onde eu queria estar, fazendo o que eu queria estar fazendo. E isso me confortava.

“O que eu faço é jornalismo. Eu só trabalho com a verdade” S. - E por que a Síria? K.C. - Cobrir a guerra no Oriente Médio é outra coisa. É diferente de cobrir um conflito em um pequeno país da África ou na América do Sul. A vizinhança é muito complexa. Eu não podia, como jornalista, deixar passar essa guerra. As pessoas conscientes sabem que ali pode nascer a Terceira Guerra Mundial. S. - Você teve contato com outros jornalistas enquanto estava na Síria? K.C. - Não. Eu nunca falo com outros jornalistas quando faço um trabalho assim. Eu gosto de trabalhar sozinho. Não acredito que esse tipo de contato possa contribuir com a minha produção. S. - Qual conselho você daria a um jornalista que decidisse, hoje, cobrir os conflitos da Síria? K.C. - Se prepare muito bem, busque fontes de todas as áreas, entre o governo, entre os rebeldes, entre ativistas... Arquitete muito bem seus passos e pesquise muito antes de partir. S. - Você mantém contato com os amigos que fez na prisão? K.C. - O Ammar já foi solto e eu falo com ele eventualmente, por telefone,

“As piores possibilidades passaram pela minha mente”

O brazili sahafi (jornalista brasileiro) mas nem ele nem eu temos notícias de Adnan e Wally. S. - Até que ponto você literaliza as histórias que vive? K.C. - O que eu faço é jornalismo. Eu só trabalho com a verdade. Não existe nenhum elemento de ficção ou fantasia nos meus livros. A história, os lugares e as pessoas são reais. Sou totalmente contra o uso de nomes falsos. S. - Existe uma acusação do editor do Jornal Pessoal, de Belém, Lúcio Flávio Pinto, publicada no Observatório da Imprensa, na qual você aparece como vítima de um sequestro que, segundo ele, jamais aconteceu. À época você era repórter da Veja e a história acabou lhe rendendo um livro, Direto da Selva. O que você tem a dizer sobre as dúvidas que ele levantou? K.C. - Esse sujeito coleciona processos. Ele tem um jornalzinho em formato A4 onde publica o que bem entende. Não processei ele porque o coitado não tem onde cair morto. Não quis perder meu tempo. A minha resposta está publicada no mesmo Observatório da Imprensa que ele usou para me atacar. O motivo foi porque eu fui o primeiro jornalista fora da Amazônia a cobrir aquela região. Ele era muito mais velho que eu e se sentiu enciumado com os prêmios internacionais que eu estava ganhando. Ele nunca escreveu nada muito relevante, perdeu espaço e quis se vingar. Para você ter uma ideia, ele já foi assessor do Jarder Barbalho... S. - Já existe outro livro em curso? K.C. - Sim, o novo contrato já está assinado com a Saraiva e o lançamento está previsto para 2015. S. - E qual será o tema? K.C. - Ainda não posso entrar em detalhes. mas será sobre trabalho escravo no Brasil.

Klester Cavalcanti

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