Ficha Cinematográfica - O Sétimo Selo

Centro Universitário de Belo Horizonte UNI-BH Comunicação Social - Jornalismo Fundamentos de Cinema Professor: Nísio Teixeira Aluno: Rafael Luiz Mariâni Nogueira

Avaliação Final

Belo Horizonte, Novembro 2006

Ficha Cinematográfica 1 - Títulos O Sétimo Selo (Det Sjunde inseglet) Suécia, 1956 O filme escolhido para fazer a avaliação final foi o clássico dos anos 50, mais precisamente em 1956 foi lançado, e um filme que rendeu várias premiações incluindo “Special Jury Prize Cannes 1957”, “Etoile de Cristal France”, “Silver Ribbon Italy 1960”. Elogiado pela crítica e citado em jornais com no New York Times “Incomum e fascinante” e no Saturday Review “Lindo”. O filme é O Sétimo Selo, do diretor sueco Igmar Bergman.

O filme conta a história de um cavaleiro (Max Von Sydow) que retorna das Cruzadas depois de dez anos e encontra em seu o país um medo de peste chamada peste negra que ameaça devastar o país. O cavalheiro conta com sua fé em Deus que é sensivelmente abalada, e quando reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, dizendo que chegou a sua hora. Querendo ganhar tempo, convida-a para uma partida de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não.

Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio.

Sobre o título do filme, só podemos fazer uma análise sobre o nome do título após assisti-lo. O Sétimo Selo significa a união dos setes cavalheiros escolhidos para o dia esperado, assim eles formam o sétimo selo. O título é apresentado com letras grandes e amareladas, como de um selo antigo, e todas as palavras começando com letras maiúsculas, e apesar de representar uma numeração o título não contem nenhum numeral, apenas letras. A tradução é literal e representa uma parte importante no filme, melhorando a idéia do filme e mostrando no filme o significado do título. Ele não aponta nenhuma referência a alguma obra, é um título bem original e inteligente.

O título refere-se a uma parte importante do filme, onde toda a trama é esclarecida e justificada. O Sétimo Selo é uma referência ao capítulo 8 do Livro das Revelações. Isso o torna ser um título evocativo por causa da indefinição do telespectador em saber do que se trata a história e assistir, e enigmático por não traduzir de forma clara para as pessoas que ainda não assistiram ao filme e produzir um pouco de curiosidade.

Ficha Cinematogråfica 2 – Material promocional

O Sétimo Selo O filme O Sétimo Selo destaca uma equipe técnica muito boa e profissional. Mesmo sendo um filme antigo, o figurino da época retratada no filme e a história fazem transparecer um momento histórico e de época. Sobre os materiais promocionais, mais precisamente nas capas dos filmes sobressai com os personagens do filme Antonius Block (Max Von Sydow) e a Morte (Bengt Ekerot), jogando uma partida de xadrez, onde também é retratada em outras cenas no filme. A capa também destaca o nome do filme em sueco, com cores amareladas como de um antigo selo, as palavras com as primeiras letras em maiúsculo com a tradução em português abaixo, seguida da data e local do filme, também apresenta o nome do diretor Ingmar Bergman e os principais prêmios que o filme recebeu como “Special Jury Prize Cannes 1957”, “Etoile de Cristal France”, “Silver Ribbon Italy 1960”. A imagem da capa destaca-se pela atmosfera do filme.

O idioma do filme é todo em sueco e tem as legendas em português. O Sétimo Selo teve uma renda para produção barato, Bergman dava aula na Escola de Teatro de Malmö, procurava uma peça para encenar alguns jovens, ele disse em uma entrevista “Foi baratissimo e muito simples”. Bergman fez o filme com um orçamento apertado, até minúsculo pelos padrões vigentes no Reino Unido. Foram gastos cerca de 150 mil dólares e o diretor manteve-se dentro do cronograma e do orçamento. O filme foi produzido em 1956 e estreou na Suécia em fevereiro de 1957. Teve apenas três locações nas filmagens, e muitas improvisações, a maior parte filmado nos estúdios em Rasunda (Suécia). Um dos matérias promocionais do filme que foi pesquisado e utilizado foi almofadas com estampa do filme.

Ficha Cinematográfica 3 – Categorias e Gêneros: Documentário, Animação e Ficção Perfil Biográfico de Ingmar Bergman Ernest Ingman Bergman nasceu no dia 14 de julho de 1918, na cidade Uppsala na Suécia. Filho de um pastor luterano teve uma infância rígida, marcado por castigos psicológicos e corporais, temas freqüentes em seus trabalhos. Começou a fazer e dirigir teatro ainda adolescente. Já criança apaixonou-se pelo cinema, economizando para comprar um projetor, começou também na infância, através de produções caseiras de teatro de marionetes. Estudou na Escola Superior de Estocolmo, onde formou-se em 1940. Logo depois conseguiu um lugar como diretor-assistente no Teatro Dramaten e lá ficou até 1942. Neste período começou a escrever roteiros para os mais importantes cineastas da época. Depois da guerra foi diretor do Teatro Municipal de Goteborg e mais tarde do Teatro de Malmoe. Desde então não deixou mais de dirigir para o teatro.

Tornou-se famoso como roteirista na Suécia, escrevia para os maiores cineastas da época, e, com “Sorrisos de Uma Noite de Amor” fez seu nome como diretor de cinema, mas foi com “O Sétimo Selo” que ganhou fama internacional.

Seus primeiros filmes são influenciados por Marcel Carné e pelo realismo poético francês. O próprio Bergman se considerava na época um diretor sem estilo e que copiava os que admiravam. Foi o principal responsável pela recuperação, para o cinema sueco, do prestígio que este perdera na década de 20, com a partida de importantes cineastas para Hollywood. Fez um total de 54 filmes, 39 peças para o rádio e 126 produções teatrais, onde seus temas principais eram Deus, a Morte, a vida, o amor, a solidão, o universo feminino e a incomunicabilidade entre casais, tema onde foi pioneiro no cinema. Tornou-se autor completo de seus filmes e renovou a linguagem cinematográfica. Seus primeiros filmes trazem com freqüência influências do naturalismo e do romantismo do cinema francês dos anos 30. Alguns chegaram a ser repelidos por causa do erotismo e expressionismo.

Sua obra adquiriu consistência e fama no final da década de 1950. Uma carreira impecável, com um pequeno deslize em 1971 ao participar de uma produção americana, ''A Hora do Amor'' (Vartimmen). Sempre tem trabalhado com o fotógrafo Sven Nykvist

(que também seguiu carreira internacional). Trabalhou também para a TV sueca em filmes apresentados em episódios que depois foram remontados para exibição nos cinemas (''Cenas de um Casamento''/Scener ur ett Aktenskap e ''Face a Face''/Ansiktet mot Ansiktet). Em abril de 1976 exilou-se voluntariamente por causa de uma perseguição do fisco sueco. Estabeleceu-se em Munique e trabalhou no Residenzteather.

Ao mesmo tempo, realizou uma de suas obras mais fracas, ''O Ovo da Serpente''/Das Schlangenei (produção de Dino de Laurentiis), uma mistura de ''Cabaret'' e ''Os Deuses Malditos''. Com atores alemães escolhidos de suas produções teatrais em Munique, rodou ''Da Vida das Marionetes'' (Aus dem Leben der Marionetten). De volta ao seu país, fez a mais ambiciosa produção de sua carreira, uma espécie de ''enciclopédia'' bergmaniana: “Fanny e Alexander”, de 1992 que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Neste momento declarou terminada sua obra para o cinema, decidindo-se a trabalhar só no teatro. Mas, se não realizou nada para o cinema desde então, dirigiu dois filmes para TV. Bergman é muito conhecido por seu domínio do metier, por seu conhecimento técnico de câmera, luzes, processos de montagem, criação de personagens e qualidade de celulóide e som. Sempre trabalhava com a mesma equipe técnica e de atores. Ganhou Oscar com os filmes “A fonte da Donzela e Fanny e Alexandre”. Depois do último deixou a direção de cinema, mas nunca abandonou o Teatro, o rádio e sua carreira como roteirista.

Bergman foi casado com Else Fischer, coreógrafa (1943); Ellen Bergman, também coreógrafa (1947); Gun Grut, tradutora (1950); Kabi Laretei, pianista (1959); e a condessa Ingrid vou Hosen (1971). Na década de 90, dirige produções para a TV, ganha o D.W. Griffith Award do Director's Guild of America e em 1995 anuncia sua aposentadoria dos palcos. Convidado especial no Festival de Cannes de 1997 para receber um prêmio pela carreira, negou-se a abandonar sua reclusão e enviou sua filha como representante. ''In the Presence of a Clown'' (Larmar Och Gör Sig Till, também produzido para TV) foi exibido no Festival de Cannes em 1998. Hoje Bergman está com 83 anos, tem oito filhos e vive na ilha de Farö, anunciou que ira voltar ao cinema como diretor neste ano e seu próximo filme será Anna, uma história sobre a vida, a Morte e o Amor.

Filmografia: Scener ur ett äktenskap II (2003) Anna (2002, feito para TV) Bildmakarna (2000, feito para TV) Larmar och gör sig till(1997, feito para TV) Sista skriket (1995, feito para TV) Markisinnan de Sade (1992, feito para TV) Diário De Uma Filmagem (Dokument Fanny och Alexander,1986) Karins ansikte (1986) De Två saliga (1986, feito para TV) Depois do Ensaio (Efter repetitionen 1984, feito para TV) Hustruskolan (1983, feito para TV) Fanny & Alexandre (Fanny och Alexander,1982) Da Vida Das Marionetes (Aus dem Leben der Marionetten,1980) MM.Doc.(Fårö-dokument ,1979, feito para TV) Sonata De Outono (Höstsonaten,1978) O Ovo Da Serpente (The Serpent's Egg,1977) Ansikte mot ansikte (1976) Trollflöjten(1975) Misantropen (1974, feito para TV) Cenas De Um Casamento (Scener ur ett äktenskap,1973) Gritos E Sussurros (Viskningar och rop,1972) A Hora do Amor (The Touch , 1971) MM.Doc.(Fårödokument 1969, feito para TV) A paixão de Ana (En Passion,1969) O Rito (Riten,1969, feito para TV) Vergonha (Skammen,1968) A Hora Do Lobo (Vargtimmen,1968) Stimulantia (1967) Persona (Persona,1966) Para não falar de todas as mulheres (För att inte tala om alla dessa kvinnor, 1964) O Silêncio(Tystnaden,1963) Luz de Invernos (Nattvardsgästerna,1963) Ett Drömspel (1963, feito para TV) Através de Um Espelho (Såsom i en spegel,1961) O Olho Do Diabo (Djävulens öga,1960) A fonte da Donzela (Jungfrukällan,1960) Oväder (1960, feito para TV) O Rosto (Ansiktet,1958) Rabies (1958, feito para TV) Venetianskan (1958 , feito para TV) No Limiar da Vida (Nära livet,1958) Morangos Silvestres (Smultronstället,1957) Herr Sleeman kommer (1957, feito para TV) O Sétimo Selo (Det Sjunde inseglet (1957) Sorrisos De Uma Noite De Verão (Sommarnattens leende,1955) Sonhos de mulheres (Kvinnodröm,1955) Uma lição de amor (En Lektion i kärlek,1954) Noites de Circo (Gycklarnas afton,1953) Monika E O Desejo (Sommaren med Monika,1953) Quando as mulheres esperam (Kvinnors väntan,1952) Juventude, divino tesouro (Sommarlek,1951) Isso não aconteceria aqui (Sånt händer inte här,1950)

Rumo a Alegria (Till glädje,1950) Sede de Paixões (Törst,1949) Prisão (Fängelse,1949) Porto (Hamnstad,1948) Música na Noite (Musik i mörker,1948) Um Barco Para a ìndia (Skepp till India land,1947) Chove em nosso amor (Det regnar på vår kärlek,1946) Crise (Kris,1945)

Características dos filmes de Ingmar Berman Para entender os filmes de Berman é importante conhecer um pouco sobre o local onde ele vive, o contexto histórico, o perfil da Suécia. Com isso conseguiremos fazer uma relação com o universo tratado por Ingmar Bergman em seus filmes. A Suécia mantevese de certa forma isolada do resto da Europa, portanto apresenta um isolamento histórico e cultural. Um país que se desenvolveu muito rapidamente, formando uma sociedade onde cada um tem as mesmas chances e direitos e possibilidades. Por outro lado, o clima sueco é muito predominante na mentalidade do país, o inverno é rigoroso, frio e sombrio. O suicídio é um fato recorrente do país, causado pela chamada "angústia da floresta", um sentimento que assola as pessoas, onde há solidão mergulhada na natureza hostil. Essas características são associadas a um racionalismo exacerbado, isso faz com que os suecos necessitem de calor humano. E por causa desta situação, Bergman procura alguma coisa superior, mais profunda, talvez Deus. E essa coisa superior é presente nos filmes de Bergman.

Bergman começou no teatro e estreou aos vinte anos como diretores. Através do teatro ele sempre levou influências para o cinema. Em seu primeiro filme, CRISE, de 1945, narra à história de uma jovem disputada pela mãe adotiva e pela mãe verdadeira, e segundo Jacques Siclier, "um filme pessimista e revoltado, com influências teatrais". O produtor de cinema, crítico, membro do júri no Festival da Película de Veneza em 1965, Rune Waldekranz, ilustra sobre os filmes de Bergman da seguinte forma.

“Os filmes de Ingmar Bergman refletem muito bem as diferentes épocas do desenvolvimento do cinema sueco. O primeiro período da cinematografia bergmaniana caracteriza-se precisamente por uma marcada influência do teatro e só muito ligeiramente podem adivinhar-se nos seus primeiros filmes essa afirmação de cinema”. (Rune Waldekranz)

Bergman propunha em seus filmes o compromisso com a verdade interior dos seres, no lugar do divertimento, a arte. Por isso seus filmes não eram sucessos de bilheteria, não entusiasmavam os distribuidores e tampouco os exibidores ávidos para vender amenidades, ele era um artista que se negava a mentir, a fazer concessões, por isso entre ele e o grande público sempre houve um abismo. Bergman foi o cineasta que mais trabalhou com o íntimo do Homem, com questões existenciais e questões de fé. O

cineasta do universo feminino; seus personagens mais fortes e contundentes eram mulheres.

Em seus filmes, o conflito é gerado pela busca da razão para a vida, para o amor e para a morte. Cinema metafísico. O cineasta que mais explorou a angústia existencial e as emoções humanas. Sobre “A Vida das Marionetes”, filme de 1980, ele declara: "Instintivamente as pessoas têm sempre medo das emoções. Na minha geração, no meu meio, educar não era formar um ser humano, mas criar uma pequena marionete, destinada a existir e a andar numa sociedade autoritária. Para que um menino não se comporte como uma menina é preciso ser duro com ele e assim, muito cedo, aprendemos a interpretar nossos papéis. Por isso, seriamente, creio que seria maravilhoso ensinar o ABC das emoções. Com esse ABC eu tento trabalhar e atingir o D do abecedário, mas nós somos todos analfabetos nesse campo." (Ingmar Berman)

A galeria de filmes de Ingmar Bergman é extensa, citar sobre os estilo de todos os filmes dele fica muito extenso. Portanto, os aspectos mais gerais de suas obras, a fim de apresentá-lo a quem vier a ler estas palavras, evidenciando "um mundo Bergman" , cujas características são encontradas ao longo de cada um de seus filmes. Um cineasta mundialmente conhecido por seus filmes intimistas e autorais. “O Sétimo Selo”, por exemplo, é considerado um obra-prima do cinema mundial, foi internacionalmente aclamado e ganhador do prêmio especial do júri no Festival de Cannes, do Gran Prémio Lábaro de Ouro na V Semana Internacional de Cinema Religioso e de Valores Humanos de Valladolid.

Finalizando com as próprias palavras de Bergman.

"Na Suécia, vivemos na ilusão que temos tudo. Mas no meio dessa vida plena, nós temos um grande vazio, a ilusão perdida de Deus, chame isso como quiser, uma necessidade de segurança intelectual que venha compensar todas as de segurança material, social. É esse vazio e tudo o que os homens inventam para preenchê-lo que eu descrevo em meus filmes, e creio que é um modo de fazer filmes engajados nos problemas contemporâneos e mesmo no único problema fundamental: o de dar sentido espiritual ou humano a uma civilização de felicidade material. Em todo caso, é meu problema pessoal. Não me peça para falar de outra coisa, eu não saberia." (Ingmar Berman)

Análise do filme “O Sétimo Selo” O filme O Sétimo Selo, é divido por dois gêneros principais. É um filme de Drama, mas que envolve algumas cenas de Suspense. Respeita as convenções e estereótipos apresentados em sala e na apostila, onde coloca-se com diz Diderot, entre a tragédia e a comédia. Designa uma ação mais ou menos violenta ou patética, na qual se enfrentam personagens históricos e socialmente críticas em um espaço crível. Mesmo se elementos cômicos se integram à ação, o tom dominante é o de algo grave. No drama existem várias declinações, no filme “O Sétimo Selo”, caracteriza por ser drama histórico e melodramático. O suspense, que também é encontrado no filme, as cenas fazem o telespectador ficar ansioso e com vontade de entrar no filme para resolver a situação.

Como na cena que Antonius Block (Max Von Sydow) joga xadrez com a Morte (Bengt Ekerot) e Jof (Nils Poppe) e Mia (Bibi Anderson) observam eles jogarem e não vão ao encontro dos dois para evitar o confronto.

A história do filme se passa na Suécia da Idade Média, na época das Cruzadas. O país sofre pela Inquisição e pela Peste Negra. Os figurinos, as culturas, as locações, os costumes e as pessoas, enquadram literalmente no filme e retrata perfeitamente com os recursos da época que foi gravado o dia-dia daquela população. Uma cena que mostra as proximidades da cultura e vida da população da Idade Media, é a cena onde acontece um teatro de rua, onde os atores estão encenando uma peça de teatro apenas com falas e músicas para alegrar o povo, e a câmera mostra o rosto das pessoas que estavam assistindo, uma com alguns sorrisos e outras com a cara fechada, retratando a situação triste vivida na época. E depois mostra vários homens que tentam matar um dos atores, refletindo as dificuldades e preconceitos sofridas por atores na Idade Media. Outra cena interresante que eu até já citei um pouco, é a cena em que Antonius Block (Max Von Sydow) e a Morte (Bengt Ekerot), jogam xadrez na floresta, e Jof (Nils Poppe) e Mia (Bibi Anderson) que formam um casal de atores, vêem os dois jogando xadrez e tentam fugir no meio da floresta.

Ficha Cinematográfica 7 – Culpa e Pecado + O Sétimo Selo O conceito analisado dentro do filme O Sétimo Selo, foi o conceito de Culpa e Pecado.

A culpa refere-se à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outra pessoa. O processo de identificação e atribuição de culpa pode se dar no plano subjetivo, intersubjetivo e objetivo. No sentido subjetivo, a culpa é um sentimento que se apresenta à consciência quando o sujeito avalia seus atos de forma negativa, sentindo-se responsável por falhas, erros e imperfeições. O processo pelo qual se dá essa avaliação é estudada pela Ética e pela Psicologia. No sentido objetivo, ou intersubjetivo, a culpa é um atributo que um grupo aplica à um individuo, ao avaliar os seus atos, quando esses atos resultaram em prejuízos a outros ou a todos. O processo pelo qual se atribui a culpa a um individuo é discutido pela Ética, pela Sociologia e pelo Direito.

O sentido religioso de culpa, pelo qual um ato da pessoa recebe uma avaliação negativa da divindade, por consistir na transgressão de um tabu ou de uma norma religiosa. A sanção religiosa é um ato social, e pode corresponder a repreensão e pena objetivas. De outra parte, a culpa religiosa compreende também um estado psicológico, existencial e subjetivo, que propõe a busca de expiação de faltas ante o sagrado como parte da própria experiência religiosa. O termo pecado está geralmente ligado à culpa, no sentido religioso. Em Psicologia discute-se a culpa como o sentimento de culpa ou remorso.

O Pecado sempre foi um termo principalmente usado dentro de um contexto religioso, e hoje descreve qualquer desobediência à vontade de Deus, em especial, qualquer desconsideração deliberada das Leis reveladas.

A doutrina católica por exemplo, distingue entre o pecado venial, que justifica somente uma punição temporária no Purgatório, e pecado mortal, que justifica uma punição eterna no Inferno, se não confessado e não demonstrar genuíno arrependimento.

Segundo a Igreja Católica, o pecado original só é purgado no indivíduo pelo batismo. O segmento protestante, ou evangélico, não crê em purgatório, nem classifica os pecados como venial, mortal ou capital. Seguindo os preceitos bíblicos, não existe pecado pequeno ou grande, pois "todos que pecarem e confessarem estarão na glória de Deus.

Para os protestantes, o pecado é um ato, que atentado às pessoas e quando atraí, são feridos pelo seu próprio desejo. Depois, havendo concebido o desejo, dá à luz o pecado, e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Para que tenha salvação e desfrute da vida eterna, deve-se somente crer em Jesus, é que ele é o único e suficiente salvador, e confessar os pecados para ser perdoados. A igreja também acredita que é necessário arrependimento, e não somente remorso, que leva a cometer novamente os mesmos erros e não ter mais lembrança da "culpa" que abateu o pecador.

No filme O Sétimo Selo, esses conceitos de Culpa e Pecado, são bastante evidentes. O personagem Antonius Block (Max Von Sydow) vive a todo momento uma incerteza sobre Deus, e em todos estes momentos de duvida sobre a existência de Deus, a Morte (Bengt Ekerot) aparece em sua frente. A Morte sempre aparece ameaçando Antonius levá-lo para o inferno. Com isso Antonius sugere uma aposta, uma partida de xadrez. Se Antonius ganhar, escapada da Morte, e se a Morte ganhar é o fim para Antonius. Como toda partida de xadrez costuma ser lenta, Antonius vai ganhando tempo de vida, e quanto mais demora a partida terminar, mais ele sofre ameaças da Morte, principalmente sobre seus amigos. A consciência de Antonius o condena, e o futuro das pessoas a sua volta depende dele. Como a vida do ator que saiu escondido com Lisa, e sobreviveu da confusão, e da ira do esposo de Lisa, que procurou pelo ator para liquidada-lo, mas em seguida é exterminado pela Morte. O conceito de Culpa fica mais presente sobre o personagem Antonius Block, e o conceito de Pecado aparece presente também na vida de outros personagens.

Referências Bibliográficas:

Ficha Cinematográfica 1 O SÉTIMO SELO, Filmes.

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Ficha Cinematográfica 2 QUINELO, Cibele. O Sétimo Selo Ingmar Berman O Diretor.

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Ficha Cinematográfica 3 QUINELO, Cibele. O Sétimo Selo Ingmar Berman, O Diretor.

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Ficha Cinematográfica 4

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