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O fim do Império Babilônico
from PERÍODO PERSA
by Raiany Kelly
Após a derrota assíria, em 612 a. C., quando uma coalizão de povos medos e caldeus saqueou Nínive, a Babilônia voltou a ser a cidade mais importante da Mesopotâmia. O Império foi reconstruído e viveu um novo apogeu com Nabucodonosor no século VI a. C.
O novo imperador empreendia várias campanhas militares que lhe rendiam muitas riquezas. A sublevação do reino de Judá, entretanto, obrigou-o a manter uma guerra que durou de 598 a 587 a. C., quando ele conseguiu destruir Jerusalém e deportou milhares de judeus – acontecimento chamado de Cativeiro da Babilônia.
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Os assírios, antigos dominantes, tinham uma rígida política de controle marcada pelo terror: torturas, amputações e castigos variados aos povos vencidos. Os babilônios, contudo, “levavam todos os
Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor. Pintura de William Brassey Hole.
cativos para sua metrópole, onde viviam agrupados em bairros, com liberdade de cultuar o seu Deus e praticar todos os seus costumes, ou seja, eles [os judeus] levaram consigo e preservavam suas tradições históricas” (TOGNINI, 2009, p. 55). Os exiliados continuaram executando, por exemplo, ainda que com dificuldades, as atividades sacerdotais, a circuncisão e a guarda do sábado.
As riquezas babilônicas adquiridas com a expansão territorial contribuíram com a construção de obras grandiosas como templos, jardins suspensos e suntuosos palácios. Todavia, após a morte de Nabucodonosor, cujo nome na forma aramaica é, provavelmente, a palavra acadiana Nabukudurri-usur, que significa “Nabu protegeu por herança” (Nabu era um dos deuses babilônicos), as lutas internas enfraqueceram a região, como também as rebeliões, algumas causadas pelo alto custo da manutenção da cidade. A Babilônia foi, então, derrotada por Ciro, comandante persa, em 539 a. C.