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O retorno do povo de Israel

Após o decreto de Ciro, que dava liberdade ao povo de Israel de voltar à sua terra, Zorobabel, da linhagem real, e Josué, da linhagem sacerdotal, retornaram à Jerusalém com quase cinquenta mil pessoas, entre judeus e servos. Edificaram um altar, o culto a Deus foi reestabelecido e lançaram os alicerces do templo. Todavia, as coisas não foram fáceis para os que optaram pela volta ao lar.

Os judeus precisaram guerrear contra alguns povos, entre eles, por exemplo, filisteus, edomitas, moabitas, amonitas e samaritanos, os quais estabeleceram moradia no país.

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Tabela 1 - Povos

FILISTEUS

EDOMITAS

MOABITAS

Povo gentio originário de Creta (Egeu) que residia na planície da costa sul da Palestina. Invadiram a costa marítima de Canaã no século XII a. C.

Oprimiram Israel na época dos juízes e de Saul. Foram subjugados por Davi. Desapareceram no tempo dos Macabeus. Eram um povo semítico descendente de Esaú, que se estabeleceu no sul da Palestina e da

Transjordânia por volta do segundo milênio a. C. Seu reino era cercado ao norte pelo deserto da Judéia, pelo Mar Morto, e pelo Zerede; a leste pelo deserto Sírio; a oeste pela Península do Sinai; e ao sul, pelo Golfo de Ácaba. Figuram de forma proeminente na Bíblia, frequentemente no papel de oponentes dos israelitas. O primeiro contato entre os dois povos ocorreu quando os israelitas estavam avançando na Palestina a partir da península do Sinai.

"Moabe" e "moabita" são intrínsecos. Eram um

país e um povo do leste do mar Morto. Segundo Gênesis 19:30-38, eles descendiam de Moabe, filho de Ló, que era sobrinho de Abraão. Sua cultura era muito semelhante a dos cananeus.

Havia adoração à natureza, cultos de fertilidade, orgias, adoração a Baal-Peor, etc.

AMONITAS

SAMARITANOS

Povo descendente de um filho de Ló através de sua

filha mais jovem, que deu à luz Ben-Ami em uma caverna próxima a Zoar. Sua nação ficava entre os rios Arnom e Jaboque, a nordeste de Moabe, protegida por uma forte parede do seu lado norte. Em 721 a. C., o rei Sargão, da Assíria, destruiu Samaria, a capital do Reino do Norte de Israel. Ele levou a população para a Assíria e trouxe estrangeiros para viver nessa terra. Com o passar do tempo, esses estrangeiros se casaram com os poucos judeus que haviam ficado, produzindo uma raça mestiça. Ao longo da história aconteceram algumas desavenças entre judeus e samaritanos, como, por exemplo, durante a construção do templo após o retorno à Jerusalém. Havia rivalidade comercial e preconceitos raciais e religiosos entre eles. É válido dizer também que até hoje os samaritanos guardam como sagrado apenas o Pentateuco. Nada foi acrescentado. Excluem os

Profetas por verem que é dada proeminência a Judá no confronto com Israel.

Fonte: BEERS, 2013; TOGNINI, 2009; Wycliffe Bible Dictionary, 2000; O novo dicionário da Bíblia Vida Nova, 2006. A Bíblia da Mulher, SBB, 2014.

Mesmo com o decreto de Ciro permitindo o retorno dos israelitas à Jerusalém, nem todo o povo quis deixar a terra onde viveu cativo. O fenômeno ficou conhecido como A Dispersão Judaica. "Os judeus desfrutavam de completa liberdade sob os medopersas" (TOGNINI, 2009, p. 69) e muitos preferiram ficar por conta de assuntos comerciais, por exemplo, que foram estabelecidos ao longo dos anos. "Isto os levou a importantes centros econômicos do mundo, e, assim, a maioria das grandes cidades tinha uma colônia judaica" (Wycliffe Bible Dictionary, 2006, p. 568).

É válido lembrar que os judeus tiveram liberdade de culto com Ciro, Assuero e outros poucos líderes persas. Todavia, Ocus, também chamado de Artaxerxes III, reivindicou direitos da nação dominante e perseguiu o povo de Israel. Foram massacrados e tiveram o templo profanado. Inúmeros judeus morreram e outros foram banidos para as terras próximas do mar Cáspio.

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